Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN
5. HABILIDA DES ARITMÉTIC AS
O examinador deverá entregar para o indi-
víduo uma folha em branco e ler a seguinte
instrução:
Vou lhe pedir para fazer algumas contas. Você
deve usar este papel para montar a conta e
fazer o cálculo. Vou considerar somente o
resultado escrito no papel. Quanto é... ?
6. LINGUAGE M
6.1. Linguagem oral
A) Nomeação
O examinador deverá ler para o indivíduo a
instrução a seguir. Após isso, deverá mostrar um
relógio de pulso (fora do pulso) e perguntar qual
o nome do objeto mostrado. Fazer o mesmo com
a caneta esferográfica azul, lembrando que esta
deve ser diferente da utilizada pelo examinador
para anotar as respostas no protocolo.
Vou lhe mostrar dois objetos e pedir para que
me diga o nome deles.
Após a leitura da instrução:
Qual o nome disso (o que é isso)?(mostrando
o relógio fora do pulso)
Qual o nome disso (o que é isso)? (mostrando
uma caneta esferográfica azul)
Nota: Esses objetos não podem ter sido vis-
tos antes da tarefa de nomeação pelo indivíduo
examinado.
O examinador deverá ler a instrução a seguir.
Após sua leitura, deverá mostrar a primeira
figura e perguntar o que é. Em seguida, deverá
mostrar a segunda figura e fazer novamente a
pergunta (Livro de estímulos I, págs. 25 e 26).
Vou lhe mostrar duas figuras e pedir para que
me diga o que é.
Após a leitura da instrução:
O que é isso? (mostrando a figura da escada)
O que é isso? (mostrando a figura da cama)
Nota: Deve-se evitar apontar para as figuras,
para que itens específicos não sejam nomeados (por
exemplo, travesseiro na figura cama).
B) Repetição
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Vou lhe dizer algumas palavras para você repetir.
Você deverá sempre repetir como escutá-las.
Após a leitura da instrução, deverá proceder
a leitura das palavras para que o indivíduo as
repita. Feito isso, procederá a leitura da instru-
ção seguinte para a repetição das pseudopala-
vras. Depois de ler essa instrução, deverá ler as
pseudopalavras para que o indivíduo as repita.
Deverá anotar no protocolo de aplicação a for-
ma exata como o indivíduo repete as palavras e
pseudopalavras (transcrição literal), até mesmo
com as possíveis alterações na repetição.
Agora, vou lhe dizer algumas palavras sem
significado para você repetir. Você deverá
sempre repetir como escutá-las.
C) Linguagem automática
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Conte de 1 a 1O em voz alta.
Após o término da contagem, deverá ler esta
instrução:
Fale para mim todos os meses do ano, em ordem.
Em ambos os casos, as respostas do indivíduo
deverão ser anotadas no protocolo de aplicação.
A emissão deve ser registrada para análise qua-
litativa posterior.
D) Compreensão (Livro de estímulos I, págs. 27-30)
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Vou lhe pedir para me mostrar algumas fi-
guras.
27
 Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
Após isso, deverá mostrar o primeiro cartão
(Livro de estímulos I, pág. 28) e solicitar que o indi-
víduo lhe mostre a figura representando a mão:
Mostre a mão.
Em seguida, deverá mostrai· o segundo cartão
(Livro de estímulos I, pág. 29) e solicitar que o
indivíduo lhe mostre a figura em que o menino
olha o cachorro.
Mostre a figura em que o menino olha o ca-
chorro.
Feito isso, deverá apresentar o terceiro cartão
(Livro de estímulos I, pág. 30) e solicitar que o
indivíduo lhe mostre a figura em que o homem
xinga o cachorro porque ele derrubou o lixo.
Mostre a figura em que o homem xinga o ca-
chorro porque ele derrubou o lixo.
O examinador deverá anotar as respostas do
indivíduo. Em caso de erro, deverá marcar um
"x" na casela correspondente ao lugar da figura
apontada pelo indivíduo.
E) Processamento de inferências
O examinador deverá ler para o indivíduo a
seguinte instrução:
Vou lhe falar algumas frases, você deve me
dizer o que elas significam.
Após isso, deverá ler as frases para que o
indivíduo explique seu significado. As respostas
deverão ser anotadas.
Observações
1. Quando o indivíduo responder com outra
metáfora, pedir para explicar com outras
palavras.
2. Caso o indivíduo responda com alguma
explicação que o examinador considere
ambígua, ou seja, passível de interpretação
literal e não literal, uma nova explicação
deverá ser solicitada e/ou uma decisão por
28
uma ou outra resposta entre duas verba-
lizadas.
Lembrete
Aplique as provas 4.2.B e C.
4.2. Memória verbal episódico-semântica
B) Evocação tardia
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Você se lembra daquela lista de palavras que
eu pedi para você guardar? Diga-me todas as
palavras que lembrar daquela lista.
As respostas deverão ser anotadas.
C) Reconhecimento
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Agora vou lhe dizer algumas palavras e você
deve dizer se a palavra estava naquela lista
apresentada anteriormente ou não.
Para cada palavra lida, anote a resposta do
indivíduo dentro dos parênteses à esquerda das
palavras (S para sim e N para não) .
6.2. Linguagem escrita
A) Leitura em voz alta (Livro de estímulos I, págs.
31-43)
O examinador deverá ler para o indivíduo a
instrução a seguir. Após a leitura da instrução,
deverá apresentar cada palavra individualmente,
respeitando a ordem do Livro de estímulos, para
que o indivíduo as leia em voz alta.
Vou lhe mostrar algumas palavras escritas;
você deve lê-las em voz alta.
Para as pseudopalavras, o procedimento é o
mesmo e a instrução é a seguinte:
Agora vou lhe mostrar umas palavras sem signi-
ficado, para você também ler em voz alta.
O examinador deverá anotar a forma exata
como o indivíduo lê as palavras e pseudopalavras
(transcrição li tera!).
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN
B) Compreensão escrita (Livro de estí11111/os !, págs.
44-47)
O examinador deverá ler para o indivíduo a
seguinte instrução:
Vou lhe mostrar algumas palavras e frases es-
critas. Você vai lê-las, em silêncio, e apontar
a figura que corresponde ao que leu.
Após isso, deverá apresentar as palavras e
frases escritas junto com as figuras equivalen-
tes, seguindo a ordem do Livro de estímulos I.
As respostas deverão ser anotadas. No caso de
en-o, marque um "x" na casela correspondente
ao lugar da figura apontada pelo indivíduo.
C) Escrita espontânea
O examinador deverá entregar uma folha
em branco para o indivíduo e ler a seguinte
instrução:
Escreva uma frase.
Se o indivíduo perguntar qual frase, o exami-
nador deverá responder "qualquer frase, a que
você quiser".
D) Escrita copiada (Livro de estímulos I, pág. 48)
O examinador deverá entregar uma folha
em branco para o indivíduo e mostrar a página
do Livro de estímulos I com a frase: "O médico
trabalha no hospital." (pág. 49). Leia a seguinte
instrução:
Copie esta frase.
E) Escrita ditada
O examinador deverá entregar uma folha
em branco para o indivíduo e ler a instrução a
seguir. Feito isso, deverá ler as palavras para que
o indivíduo as escreva na folha.
Vou lhe ditar algumas palavras que você deve
escrever.
Para as pseudopalavras, o procedimento é o
mesmo e a instrução a ser lida pelo examinador
é a seguinte:
Agora vou lhe ditar umas palavras sem signi-
ficado, que você deve escrever.
7. PRAXIAS
7.1. Ideomotora
O examinador deverá ler as seguintes ins-
truções:
Mostre-me como se faz para se pentear.
Mostre-me como se faz para escovar os dentes.
Mostre-me como se faz para se despedir com
tchau.
7.2. Construtiva (Livro de estímulos I, págs.
50-53)
O examinador deverá apresentar uma figura
por vez na ordem do L ivro de estímulos I. Para
cada figura, deverá fornecer uma folha em bran-
co e ler a seguinte instrução.
Você deve copiar esta figura.
Após fazer isso com as três figuras, deverá
entregar uma folha em branco para o indivíduo
e ler a seguinte instrução:
Você deve desenhar um relógio. Coloque todos
os números e os ponteiros marcando 15:45.
Observação
Caso o indivíduo não escreva os números,
por exemplo, quando coloca riscos no lugar de
números, o examinador deverá lembrá-lo que a
tarefa exige todos os números e ponteiros.
7.3. Reflexiva
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Vou fazer alguns gestos seguidos (um atrás do
outro) para você imitar na mesma ordem em
que eu fizer. Primeiro você me observa fazendo
e depois repete os gestos que eu fiz.
Após a leitura da instrução, o examinador
deverá executar os gestos, conforme indicado
no protocolo de aplicação, para que o indivíduo
os reproduza.
29
. ,- - -- - -- - -- - - -- - - --- --- --- --- --- --- ---
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Salles • Maria Alice de Mattos
s. FUNÇÕ ES EXECU TIVAS
8.1. Resolução de problemas
O examinador deverá ler a instrução a seguir.
Respond a a u,na pergunt a: "É verdade que
quanto mais pessoas estiverem dentro de um
carro, mais rápido ele anda?"
Agora vou lhe fazer uma afirmação e você deve
responder a próxima pergunta com base (ou a
partir) nessa afirmação: ''A. maçã é maior do que
a laranja. Qual fruta é a menor das duas?"
As respostas emitidas pelo indivíduo deverão
ser anotada s no protocolo de aplicação.
8.2. Fluência verbal
O examinador deverá ler a seguinte instrução:
Diga-me o maior número de palavra s que você
conhece que iniciam com a letra F, durante 1
minuto. Não valem nomes próprios.
30
Pimenta Parente
Observação
Para pessoas de baixa escolaridade, além de
instruir sobre a letra F, fazer o som de /f/ (fffffff).
Além disso, para essas, deve-se explicar: "Não
valem nomes de pessoas, cidades e ruas."
O tempo deverá ser cronom etrado (sessent a
segundos) e as palavras emitidas pelo indivíduo
anotadas.
MEMÓ RIA PROSP ECTIV A
Ao final, o examina dor deverá dizer:
Pronto, termina mos a avaliaçã o.
Espere 30 segundos; caso o indivídu o não
entregu e a folha com seu primeiro nome escrito,
o examinador deverá dizer (pista):
Você não ficou de fazer algo para mim ao final
da avaliação?
4 NORMAS DE PONTUAÇÃO DO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
NEUROPSICOLÓGICA BREVE NEUPSILIN
NORMAS GERAIS
• Para todos os subtestes e itens será aceita
uma única autocorreção, com exceção da
tarefa Praxias - Construtiva, em que se-
rão aceitas duas autocorreções, isto é, três
tentativas.
• Quando não for dada uma resposta, pon-
tua-se com escore O.
• Caso haja um padrão de uso de apenas uma
das metades da folha, isso também pode ser
sugestivo de heminegligência.
• Nos casos em que o indivíduo consulta o
relógio para ver a data (tarefa Orientação
tempôro-espacial) e/ou para desenhar o
relógio na tarefa Praxias - Construtiva,
durante a aplicação, deve-se pedir para não
olhar. Deve-se anotar quando isso aconte-
cer. O indivíduo recebe pontos nesses itens,
mesmo quando olha o relógio.
1. ÜRIENTAÇÃO TÊMPORO-ESPACIAL
Cada acerto deve ser pontuado com escore 1.
Observações
1. No local ou lugar, aceitar também o bairro
e a cidade.
2. No ano e mês, aceitar também quando o
indivíduo fala o número correspondente
Exemplo: mês 5, ano 9 (maio de 2009).
Rochele Paz Fonseca
Jerusa Fumagalli de Salles
Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
Josiane Pawlowski
Denise Ruschel Bandeira
2. ATENÇÃO
2.1. Contagem inversa
Escore 1: é atribuído um escore de 1 ponto para
cada número contado adequadamente. Aceita-se
como correta a omissão do primeiro (50) ou do
último (30), totalizando, portanto, um máximo
de 20 pontos. Será aceita uma autocorreção na
resposta, considerando essa última na pontuação
final. A partir da segunda autocorreção, ainda,
cada autocorreção corresponde a menos 1 ponto
no escore geral, sendo todas as autocorreções
computadas para a pontuação geral. Então, pode
ocorrer de o participante acertar tudo e perder 2
pontos equivalentes a duas autocorreções além
da primeira. Cada omissão, intrusão e inversão
corresponde à diminuição de 1 ponto.
Para a pontuação final com escore máximo de 20
pontos, devem-se seguir os procedimentos abaixo:
1º) parte-se do escore 20 quando a pessoa tiver
contado 50 e/ou 30;
2º) subtrai-se 1 ponto para cada omissão,
intrusão e inversão efetuada;
3º) subtrai-se 1 ponto para cada autocorreção,
a partir da segunda;
4º) a pontuação mínima é zero, mesmo que a
contagem resulte em um escore negativo.
Nota: Nas autocorreções, não considere como
erros os números retomados como repetições.
Veja o exemplo 6.
31
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
Escore 2: É um escore qualitativo que deve ser
marcado com um "x" quando houver ocorrência
de inibição, ou seja, quando o indivíduo finalizar
a tarefa no número 30 ou 31 (quando omitir o
30), sem continua r com 29, 28, 27, 26 ... No en-
tanto, há casos em que esse escore não se aplica.
Quando o indivíduo erra muito, oscilando, por
exemplo, entre contagem inversa e direta, com
muitas omissões ou interrupç ão da contagem
antes do 31, deve-se marcar essa casela com a
expressão "N.A.", não se aplica.
Análise qualitativa: Deve-se marcar a casela con-
tagem direta com um "x" quando o indivíduo contar
na ordem direta parcial ou integralmente.
Exemplos:
Contage m direta parcial:
50,49,48,4 7,46,45,44,43,44,45,46,4 7,48,49,50 ...
Contage m direta integral :
50, 51, 52, 53, 54, 55 .. .
30, 31, 32, 33, 34, 35 .. .
Exemplos:
1) 50 49 48 47 46 45 44 43 42 4140 39 38 37
36 35 34 33 32 31 30 29
Escore 1: 20 pontos/20 .
Escore 2: ( ) ocorrênc ia de inibição (essa
casela não é marcada com um "x", pois o
indivíduo não interrom peu no número 30
[ou 31), conforme instruído ).
2) 49 48 47 46 45 44 43 42 4140 39 38 38 37
36 35 34 33 32 31 30
Escore l: 20 pontos - 1 ponto pelo número
38 repetido = 19 pontos/20 .
Escore 2: ( X ) ocorrênc ia de inibição (pois
inibiu o restante da contagem inversa).
3) 50 49 48 4 7 46 45 44 43 42 41 40 39 38 37
36 35 34 32 3130
Escore 1: 20 pontos- 1 ponto pelo número
33 omitido = 19 pontos/20 .
Escore 2: ( X ) ocorrênc ia de inibição (pois
inibiu o restante da contagem inversa).
4) 50 49 48 4 7 46 45 44 43 42 41 40 30 31 39
38 37 36 35 34 33 32 31 29 30
Escore 1: 20 pontos- 3 pontos pelas intru-
sões dos números 30 e 31 e pela inversão
29 30 = 17 pontos/20 .
32
Escore 2: (X) ocorrênci a de inibição (pois
inibiu o restante da contagem inversa).
5) 50 49 48 47 45 (Opa!!) 47 46 45 44 43 42
414039 383736 353433 323130
Escore 1: 20 pontos. u
Explicação: Não perdeu pontos, pois reali-
zou apenas uma autocorreção. Mesmo que
tenha retomado o 4 7, o fez para corrigir a j
omissão do 46. Portanto , a segunda emis-
são dos números 4 7 e 45 não é considera da
repetição (erro).
Escore 2: (X) ocorrênc ia de inibição (pois
l
inibiu o restante da contagem inversa).
6) 50 49 48 47 46 44 (Opa!!) 46 45 44 42 41
(Opa!) 44 43 42 41 40 39 38 37 36 35 34
33 32 31 30
Escore 1: 19 pontos.
Explicação: Os dígitos sublinha dos foram
os considerados para a pontuaçã o. O ponto
perdido correspon de à segunda autocor-
reção, que deve ser diminuíd a do escore
geral.
Escore 2: ( X ) ocorrênc ia de inibição (pois
inibiu o restante da contagem inversa).
7) 49 48 46 45 44 43 42 41 40 4142 43 44 45
46 47 48 49 50
Escore l: 20 pontos - 1 por não ter dito 50
ou 30 na ordem correta; 10 pela omissão
dos números 47, 39, 38, 37, 36, 35, 34, 33,
32 e 31; e, ainda menos 10 pontos pela in-
trusão dos números de 41 a 50 na ordem
direta= Oponto/20 .
Escore 2: (NA.) ocorrênc ia de inibição (essa
casela é marcada com N. A., pois nesse caso
o individuo inverteu a ordem de contagem ,
impossib ilitando a verificação da ocorrên-
cia de inibição).
( X) contagem direta parcial (marca-s e a
casela porque começou com uma contagem
inversa e depois mudou para contagem di-
reta)
2.2. Repetição de sequência de dígitos
Escore 1: será atribuído 1 ponto para cada
dígito repetido corretam ente (na ordem correta).
 Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN
A partir da primeira intrusão, inversão, omissão
ou troca de posição, a contagem é interrompida.
O escore máximo é de 7 pontos, 1 para cada
dígito. Dá-se escore 7, mesmo quando após
a repetição correta dos 7 dígitos, o indivíduo
adiciona um número. Isso deve ser registrado.
Caso a pessoa examinada responda agrupando
os dígitos de dois em dois ou de três em três,
pontua-se até o número dito isoladamente. Por
exemplo, em vez de 4/9/2/8/1/4/3, se o indivíduo
responde 49/28/3 (quarenta e nove, vinte e oito,
três), recebe escore O; se responde 4/92 (quatro,
noventa e dois), recebe escore 1, pois o número
4 foi evocado corretamente.
Escore 2: informar o número de intrusões,
inversões, omissões e trocas de posição realiza-
das nas caselas correspondentes.
Exemplos:
Modelo: 4 9 2 814 3
1. 4 9 2 12 4 3 = 3 pontos/7
(1) intrusões (número 12)
(O) inversões
(2) omissões (números 8 e 1)
(2) trocas de posição (números 4 e 3; mes-
mo parecendo que esses números estão na
mesma ordem que no modelo, na medida
em que os números anteriores foram repe-
tidos inadequadamente, não se pode afir-
mar que esses últimos números estejam na
ordem esperada). A repetição dos números
finais 4 3 indica, no entanto, a ocorrência
do fenômeno de recência.
2. 4 9 2 8 1 4 9 3 = 6 pontos/7
(1) intrusões (segundo número 9)
(O) inversões
(O) omissões
(1) trocas de posição (número 3, pois de-
veria estar no lugar do segundo número 9
que foi uma intrusão)
3. 4 9 2 8 1 3 = 5 pontos/7
(O)intrusões
(O) inversões
(1) omissões (segundo número 4)
(1) trocas de posição (número 3, que foi ante-
cipado pela omissão do segundo número 4)
4. 4 9 2 8 4 1 3 = 4 pontos/7
(O) intrusões
(1) inversões (números 1 e 4 para 4 e 1)
(O) omissões
(1) trocas de posição (número 3)
5. 4 9 2 = 3 pontos/7
(O) intrusões
(O) inversões
(4) omissões (números 8, 1, 4 e 3)
(O) trocas de posição
6. 4 9 2 8 4 3 = 4 pontos/7
(O) intrusões
(O) inversões
(1) omissão (número 1)
(2) trocas de posição (segundo número 4 e
3, que foram antecipados pela omissão do
número 1)
7. 4 9 8 1 2 3 = 2 pontos/7
(O) intrusões
(O) inversões
(1) omissões (segundo número 4)
(4) trocas de posição (números 2, 8, 1 e 3)
8. 4 9 2 8 12 3 = 5 pontos/7
(1) intrusão (segundo número 2)
(O) inversões
(1) omissões (segundo número 4)
(1) trocas de posição (número 3)
Observação
A troca de posição corresponde a todo número
evocado, presente no modelo, que vier depois de
um erro cometido, seja esse erro uma intrusão,
uma omissão ou, até mesmo, uma inversão.
3. PERCEPÇÃO
3.1. Verificação de igualdades e diferenças
Para cada item adequadamente verificado,
atribua 1 ponto.
33
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente

Respostas esperadas

Primeiro par: sim, são iguais, do mesmo tamanho.

Segundo par: sim, são iguais, do mesmo tamanho.
Terceiro par: não, não são iguais; ou então, não, esta é maior, ou aquela é menor.
Quarto par: não, não são iguais.
Quinto par: sim, são iguais, do mesmo tamanho .
Sexto par: sim, são iguais, do mesmo tamanho.

3.2. Heminegligência visual
Atribua 1 ponto para traços marcados em toda
a folha de estímulos. Atribua Ono caso de ausên-
cia de marcação em uma das metades ou em um
quadrant e da folha. Caso 1 ou 2 traços não sejam
marcados em uma das metades da folha, mantenha
escore de 1 ponto. Caso haja alguns traços aleató-
rios espalhados pela folha que não tenham sido
riscados, mantenh a o escore de 1 ponto (ressalta-
se que esses traços não podem estar juntos em um
quadrant e ou em uma metade da folha, ou seja,
três traços juntos já sugerem heminegligência).
3.3. Percepção de faces
Atribua 1 ponto para cada resposta correta.

Resposta esperada para cada dupla de faces apresentada

1. Não é a mesma pessoa.

2. É a mesma pessoa.
3. É a mesma pessoa.

3.4. Reconhecimento de faces Caso o indivíduo reconheç a mais de duas faces,

Atribuir 1 ponto para cada reconhecimento
verdadeiro. Está correto mesmo que o indivíduo
aponte os desenhos reconhecidos fora de ordem.
atribui-se escore O, assinalan do-se a casela da
análise qualitativ a abaixo com um "x".
Análise qualitativ a: ( ) reconhec imento de
mais de duas faces

Respostas esperadas

34
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN

4. MEMÓRIA • Oponto: quando a palavra não for repetida

4.1. Memória de trabalho
A) Ordenamento ascendente de dígitos
Atribua 1 ponto para acerto e O para erro.
Como após três erros consecutivos a prova é
descontinuada, os demais itens não aplicados re-
ceberão O. Considerar como maior sequência re-
petida corretamente aquela composta pelo maior
número de dígitos, com pelo menos um dos itens
do bloco ou conjunto respondido corretamente.
Há blocos ou conjuntos de 2 a 6 dígitos.
B) Span auditivo de palavras em sentenças
• 2 pontos: para a palavra do item repetida na
ordem corret;a, do início ao fim, para cada bloco
de sentenças. Após a primeira inversão, intru-
são, omissão ou troca de posição, as demais
palavras repetidas são consideradas fora de
ordem, recebendo, no máximo, 1 ponto cada.
• 1 ponto: para a palavra do item repetida
fora de ordem.
nem fora de ordem, ou seja, quando for
omitida, ou para palavras não presentes
no modelo (intrusões).
Análise qualitativa:
Marque a quantidade de intrusões:
Conjunto 2: ( ) intrusões
Conjunto 3: ( ) intrusões
Conjunto 4: ( ) intrusões
Conjunto 5: ( ) intrusões
Observação geral
Caso haja alterações na repetição das fases,
marque um "x" na casela alterações fonológicas,
quando houver trocas de sons, e/ou na casela
"outras" quando houver outro tipo de troca,
descrevendo na linha em branco qual(is) a(s)
alteração(ões).
O maior conjunto de palavras repetido corre-
tamente é aquele em que todas as palavras foram
evocadas em ordem, ou seja, todas as palavras
receberam escore 2.

Exemplos

Resposta do indivíduo Pontuação

Modelo
49 (o) (1)
94
82 (o) (1)
82
367 (o) (1)
736
519 (o) (1)
195
2457 (o) (1)
4275
(o) (1)
9138
8 91 3
(o) (1)
23569
53692
(o) (1)
32149
39214
(o) (1)
123678
216873
(o) (1)
142569
695241

Total: 5/10 (4) (5) (6)

Maior sequência repetida corretamente: (O) (2) (3)
35
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalli de Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente

Exemplos

1. A menina sentou na cama. Cama (2) (1) (O)

O coelho comeu ração. Ração (2) (1) (O)

A vaca mordeu o milho. Milho (2) (1) (O)

O menino subiu no sótão. Sótão (2) (1) (O)
A aula ocorreu no pátio. Pátio (2) (1) (O)

A mulher pegou o vaso. Jornal (2) (1) (O)

O professor leu o jornal. Vaso (2) (1) (O)
Avovó passou a calça. Calça (2) (1) (O)
O pássaro bicou a planta. Planta (2) (1) (O)

O porco derrubou a cerca. Cerca (2) (1) (O)

A criança cortou a perna. Sítio (2) (1) (O)
A titia colocou o brinco. Carro (2) (1) (O)
O amigo comprou um carro. (2) (1) (O)
A moça gostou do sítio. (2) (1) (O)

Total: 18 /28
Maior conjunto de palavras repetido corretamente: (O) (2) (3) (4) (5)

Explicação da marcação do último conjunt,o de momenro na resposta do indivíduo, recebendo esco-

frases des.se exemplo: esperava-se cerca como primei- re O. A terceira palavra esperada era brinco, que não
ra palavra; como o indivíduo evocou cerca como a sendo evocada, recebeu escore O. As quarta e quinta
primeira palavra, recebeu 2 ponros. Asegunda palavra palavras esperadas eram carro e sítio, que aparece-
esperada era perna, que não apareceu em nenhum ram fora de ordem, recebendo pontuação 1.

2.

A menina sentou na cama. Cama (2) (1) (O)

O coelho comeu ração. Ração (2) (1) (O)

A vaca mordeu o milho. Menino (2) (1) (O)

O menino subiu no sótão. Sótão (2) (1) (O)
A aula ocorreu no pátio. Pátio (2) (1) (O)
Conjunto 3: (1) intrusões (palavra menino)

A mulher pegou o vaso. Vaso (2) (1) (O)

O professor leu o jornal. Jornal (2) (1) (O)
A vovó passou a calça. Planta (2) (1) (O)
O pássaro bicou a planta. (2) (1) (O)

O porco derrubou a cerca. (2) (1) (O)

A criança cortou a perna. (2) (1) (O)
Atitia colocou o brinco. (2) (1) (O)
O amigo comprou um carro. (2) (1) (O)
A moça gostou do sítio. (2) (1) (O)

Total: 11 /28
Maior conjunto de palavras repetido corretamente: (0)(2)(3)(4)(5)

36
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN

3.
A menina sentou na cama. sentou na cama (2)(1)(0)
O coelho comeu ração. comeu ração (2) (1) (O)

A vaca mordeu o milho. Sótão (2) (1) (O)

O menino subiu no sótão.
(Repetição: O menino subiu no sópão.) _ _ _ _M_llh_o_ _ __ (2) (1) (O)
A aula ocorreu no pátio. (2) (1) (O)

A mulher pegou o vaso.

Vaso (2) (1) (O)
(Repetição: A mulher pegou o vajo.)
O professor leu o jornal. Calça (2) (1) (O)
A vovó passou a calça. Planta (2) (1) (O)
O pássaro bicou a planta. (2) (1) (O)

O porco derrubou a cerca. (2) (1) (O)

(Repetição: O gato derrubou a cerca.)
A criança cortou a perna . (2) (1) (O)
(2) (1) (O)
A titia colocou o brinco.
(2) (1) (O)
O amigo comprou um carro.
A moça gostou do sítio. (2) (1) (O)
(Repetição: A moça amou o sítio.)

Total: 6 /28
Maior conjunto de palavras repetido corretamente: (O) (2) (3) (4) (5)

( x ) alteração na repetição das sentenças ( x ) outras: substituição de palavras sem

( x ) alterações fonológicas (ver frases O me- relação fonológica, mas semântica (O gato der-
nino subiu no sópão e A mulher pegou o uajo) rubou a cerca).

4.

A menina sentou na cama. na cama (2) (1) (O)

O coelho comeu ração. a ração (2) (1) (O)

A vaca mordeu o milho. a primeira é milho (2) (1) (O)

O menino subiu no sótão. a segunda eu não lembro (2) (1) (O)
A aula ocorreu no pátio. a terceira é pátio (2) (1) (O)

A mulher pegou o vaso. Vaso (2) (1) (O)

O professor leu o jornal. a segunda e a terceira eu não lembro (2) (1) (O)
A vovó passou a calça. elanta (2) (1) (O)
O pássaro bicou a planta. (2) (1) (O)

O porco derrubou a cerca. Não lembro das primeiras 4;

(2) (1) (O)
sei q11e a (1ltirna é sítio
A criança cortou a perna. (2) (1) (O)
(2) (1) (O)
A titia colocou o brinco.
(2) (1) (O)
O amigo comprou um carro.
A moça gostou do sítio. (2) (1) (O)

Total: 7 /28
Maior conjunto de palavras repetido corretamente: (O) (2) (3) (4) (5)

37
 Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
Recheie Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Salles •
Observação
Há casos em que o indivíduo evoca as últim as
palav ras das frases do coaju nto anteri or junto
com as últim as palav ras das frases do coaju nto
que está sendo aplicado. Deve-se pontu ar como
1 ponto todas as palav ras do bloco atual e re-
petir a instru ção, enfatizando-se que apena s as
palav ras de cada coaju nto de frases devem ser
lembradas.
4.2. Memória verbal episódico-
semântica
A) Evocação imedi ata
Cada palav ra evocada recebe escore 1, inde-
pende nteme nte da ordem do modelo.
Há quatr o casela s a serem marca das. Na
casela intrus ões, deve-se escrev er o núme ro de
palavras emitidas não prese ntes na lista lida pelo
examinador. Na casela perseverações, deve-se es-
crever o núme ro de palav ras faladas mais de urna
vez pelo indivíduo. Cada vez que uma palav ra já
emitid a pelo indivíduo for novam ente evocada,
conta-se 1 perseveração. As caselas prima zia e
recência devem ser assina ladas com um "x" con-
siderando-se o efeito de memó ria predo minan te
(primazia e/ou recência), caso haja.
Exemplos
Exemplos de marca ção qualit ativa indicativa de prima zia e/ou
1)
( x) braço Resposta: braço, leão, gato, garfo, gato
( x) leão
) dedo
) prato Total: 3/9
) faca Análise qualitativa:
) cobra
) olho
) peixe
( x) garfo
38
Prima zia - braço e leão ou braço, leão e dedo
Recência - peixe e garfo ou olho, peixe e garfo
Obrig atoria mente a prime ira palav ra deve
estar prese nte para ser prima zia e a últim a para
ser recência.
Não impor ta a ordem em que essas palav ras
sejam evoca das na respo sta do indiví duo. A
ocorrência de intrus ão també m não interf ere na
marcação de prima zia e recência.
Para essa anális e, suger e-se que a lista de
palav ras seja dividida em três blocos. Para se
marc ar o efeito de prima zia, é neces sária a
predo minân cia da evocação do terço/ dupla ini-
cial. Da mesm a forma, para se marca r o efeito
de recência, é neces sária a predo minân cia da
evocação do terço/ dupla final. Se houve r urna
evocação igualm ente ou quase igualm ente dis-
tribuí da entre os blocos (ex.: 3 - 3 - 3, 2-2- 2;
3 - 2 - 3; 2 - 2 - 1; 1- 2 - 2; O- 2 - 2; 2 - 2 - O),
não marqu e nenhu m efeito de memó ria. Quan do
o bloco interm ediári o tiver os 3 itens evocados,
não marqu e nenhu m efeito.
Observação
O indivíduo faz uma intrus ão, por exemplo, da
palav ra gato. Na segun da vez que ele/el a evoca r
a palav ra gato, essa será uma persev eração .
recência:
( 1 ) intrusões
( 1 ) perseverações
( X ) primazia
( ) recência
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN

2)
( ) braço Resposta: faca, leão, peixe, dedo, garfo
( x) leão
( x) dedo
( ) prato Total: 5/9 ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ) perseverações
( ) cobra ) primazia
( ) olho ( x ) recência
( x) peixe
( x) garfo

3)
( x) braço Resposta: braço, gelo, leão, faca
( x) leão
( ) dedo
( ) prato Total: 3/9 ( 1 ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ( ) perseverações
( ) cobra ( X ) primazia
( ) olho ( ) recência
( ) peixe
( ) garfo

4)
( x) braço Resposta: braço, faca, leão, peixe, garfo
( x) leão
( ) dedo
( ) prato Total: 5/9 ( ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ( ) perseverações
( ) cobra ( X ) primazia
( ) olho ( X ) recência
( x) peixe
( x) garfo

5)
( x) braço Resposta : braço, faca, peixe, garfo
( ) leão
( ) dedo
( ) prato Total: 4/9 ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ) perseverações
( ) cobra ) primazia
( ) olho ( X ) recência
( x) peixe
( x) garfo

39
Rochele Paz Fonseca • Jorusa Fumagall l do Sallos • Maria Alice do Mattos Pimenta Parente ~
6) r:i
( x) braço Resposta: braço, leão, dedo, raca, peíxe l~
( x) leão
(X) dedo
( ) intrusões
n~
( ) prato Total: 5/9
( x) faca Análise qualítativa: ( ) perseverações rr~
( X ) primazia
( ) cobra
( ) olho ( ) recência
~
( x) peixe ,,;
( ) garfo

7) ~~
~
( ) braço Resposta: peixe, gelo, garfo, faca
( ) leão
( ) dedo
( ) prato Total: 3/9 ( 1 ) intrusões ~
( x) faca Análise qualitativa: ( ) perseverações
( ) cobra ( ) primazia ~
( ) olho ( X ) recência
~
( x) peixe
( x) garfo ri:
Exemplos de distribuição equilibrada entre os três grupos de palavras, sem haver efeitos de pri-
a:
mazia e/ou recência: e-e:
8)
[t:
Resposta: dedo, prato, faca, cobra, braço,
( x) braço leão, peixe, garfo út:
( x) leão
(X) dedo t'-1:
( x) prato Total: 8/9 ( ) intrusões
Análise qualitativa: ( ) perseverações
nt:
( x) faca
( ) primazia
( x) cobra l:t
( ) olho ( ) recência
( x) peixe ti:
( x) garfo
[t
9)
Resposta: braço, leão, dedo, faca, cobra,
ti:
( x) braço
olho, peixe, garfo
( x) leão
lt
( x) dedo
Total: 8/9 ) intrusões
!t
( ) prato
( x) faca Análise qualitativa: ) perseverações tt
( x) cobra ) primazia
( x) olho ) recência 1
( x) peixe
( x) garfo
1
~
40
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN

10)

( ) braço Resposta: leão, peixe, olho, faca, dedo

( x) leão
( x) dedo
( ) prato Total: 5/9 ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa : ) perseverações
( ) cobra ) primazia
(X) olho ) recência
( x) peixe
( ) garfo

11)

( ) braço Resposta: cobra, faca, leão, dedo

( x) leão
(X) dedo
( ) prato Total: 4/9 ( ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ( ) perseverações
( x) cobra ( ) primazia
( ) olho ( ) recência
( ) peixe
( ) garfo

12)

( x) braço Resposta: braço, leão, faca , cobra, garfo

( x) leão
( ) dedo
( ) prato Total : 5/9 ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ) perseverações
( x) cobra ) primazia
( ) olho ) recência
( ) peixe
( x) garfo

13)

) braço Resposta: faca, cobra, peixe, garfo

) leão
) dedo
) prato Total : 4/9 ( ) intrusões
( x) faca Análise qualitativa: ( ) perseverações
( x) cobra ( ) primazia
( ) olho ( ) recência
( x) peixe
( x) garfo

41
 Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalli de Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
B) Evocação tardia
Cada palavra evocada recebe escore 1, inde-
pendentemente da ordem do examinador.
Anote o número de intrusões e/ou persevera-
ções, caso presentes.
C) Reconhecimento
Atribua 1 ponto para cada resposta correta
- reconhecimentos verdadeiros (identificar
corretamente as palavras ouvidas) e para cada
negação dos distratores (dizer que não ouviu a
palavra antes). Dessa forma, o reconhecer cor-
retamente que a palavra dita pelo examinador
não faz parte da lista inicial também recebe 1
ponto.
4.3. Memória semântica de longo prazo
Atribua 1 ponto para a resposta correta na
primeira questão.
Resposta esperada
Brasília
Exemplo
1) Distrito Federal (O) (1)
Atribua 1 ponto para cada cor respondida
corretamente (verde, azul, amarelo e branco)
na segunda questão, totalizando 4 pontos quan-
do a questão é respondida na íntegra. Caso o
indivíduo inclua preto ou azul marinho na sua
resposta, não há perda nem acréscimo de pontos,
não substituindo uma das quatro cores.
Respostas esperadas
Verde Azul
Amarelo Branco
4.4. Memória visual de curto prazo
Cada estímulo adequadamente verificado
recebe escore 1, conforme alternativa rachurada
nos respectivos itens no protocolo de aplicação
( )a ( )b ( )c
42
4.5. Memória prospectiva
• Atribua 2 pontos para o procedimento
correto, sem pista.
• Atribua 1 ponto para o procedimento cor-
reto, com pista ("Você não ficou de fazer
algo para mim ao final da avaliação?").
• Atribua escore O se o sujeito não realizar
o procedimento correto, mesmo com pista
do examinador.
Observação:
Caso o indivíduo lembre que tem de fazer
algo, mas não sabe o quê, pontue com escore O.
Além disso, caso ele(a) coloque o primeiro nome
na folha, mas não a entregue (.por exemplo, leve-a
consigo), atribua escore O. Considera-se certo se
o indivíduo escreve seu primeiro nome e deixa a
folha sobre a mesa ou a entrega ao examinador.
Quaisquer comportamentos indicativos delem-
brança dessa tarefa devem ser registrados para
posterior análise qualitativa.
s. HABILIDADES ARITMÉTICAS
O indivíduo recebe os seguintes escores
quando:
• 2 pontos: construção da conta e resultado
final escritos corretos.
• 1 ponto: construção da conta incorreta ou
ausente e resultado final escrito correto.
• Oponto: resultado incorreto, independen-
temente da construção da conta, ou seja,
atribui-se escore O, mesmo com construção
da conta correta, mas com o resultado final
incorreto. Caso o indivíduo em avaliação
dê oralmente o resultado correto, segue
com escore O (pois foi solicitado a escrever
resultado).
A ausência de sinal da operação matemática
nas construções verticais das contas não impli-
ca a retirada de pontos, exceto na operação de
divisão, em que a ausência do sinal impede a
identificação da conta.
Instrumento de Avaliação Neuropslcológlca Breve • NEUPSILIN

6. LINGUAGEM Meses do ano

1. janeiro, fevereiro, março, maio, junho,
julho, agos to, setembro, outubro, novembro,
6.1. Linguagem oral dezembro
(1) (O) (pois houve a omissão do mês de abril)
A) Nomeação
Cada objeto e figura adequadamente nomea- D) Compreensão
dos recebem escore 1. Cada figura identificada adequadamente re-
cebe escore 1, conforme alternativa rachurada
Respostas esperadas
nos itens no protocolo de aplicação.

E) Processamento de inferências
Relógio Caneta
Provérbio: "Não se deve colocar a carroça na
Escada Cama
frente dos bois."

Explicações esperadas (escore 1 ponto).

B) Repetição
Cada estímulo adequadamente repetido rece- Ideia geral: Não se deve antecipar ou apressar
be escore 1. Caso haja erros fonológicos culturais os fatos ou acontecimentos. Há uma ordem em
(regionalismos) por descendência italiana ou que os fatos devem ocorrer. Deve-se esperar que
alemã, por exemplo, que permitam, ainda, a as coisas ocorram no seu tempo.
identificação da palavra, mantenha escore 1.
Transposições (p. ex.: cocrodilo) são pontuadas Metáfora: ''Aquela menina é uma baleia. "
com escore O. Na repetição de pseudopalavras, Explicações esperadas (escore 1 ponto).
qualquer alteração invalida a pontuação 1.
Ideia geral: É uma menina gorda.
Exemplos
Metáfora: ''A vizinha está nas nuvens. "
1. pavão: pavon (1) (O) Explicações esperadas (escore 1 ponto).
2. crocodilo: cocrodilo (1) (O)
3. restaurante: ristorante (1) (O) Ideia geral: Ela está contente, alegre, feliz (sen- ··
4. [kabar]: cabarum (1) (O) sação de bem-estar). Algo de bom aconteceu com
5. [prina]: prima (1) (O) ela. Ela está distraída, desatenta, desconcentrada.
Ela está apaixonada. Está sonhando, fora da
C) Linguagem automática realidade.
É atribuído escore 1 para os números e 1
Observação
para os meses do ano adequadamente emitidos,
na ordem correta. Caso haja qualqu er inversão,
A resposta "está viajando" será aceita quando
intrusão, omissão ou troca de posição, atribui-se corresponder à idéia de distração e/ou de estar
escore O. Além disso, caso o sujeito siga contan- sonhando, fora da realidade, fantasiando.
do além de 10, também recebe escore O. Caso o
indivíduo comece a emitir os meses a partir do INSTRUÇÕES GERAIS PARA O
mês corrente em que a avaliação foi conduzida, PROVÉRBIO E PARA AS METÁFORAS
atribua escore O.
Quando o indivíduo responde explicando com
Exemplos um exemplo, se o exemplo é impreciso, pontua-se
com escore O(exemplo provérbio de número 17).
Números Além disso, respostas com explicações literais ou
1. 1 2 3 5 4 6 7 8 9 10 (1) (O) concretas também recebem escore O (exemplo

43
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Saltes • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente

provérbio de número 20). Quando o indivíduo for-
nece duas e:ll.-plicações ou dois cxcmplm1 nu moi;mn
resposta e o examinador não pede pnrn olo(n) BC
explicar melhor ou se docidi1; pontun-Bo u melhor
resposta (exemplo prové1·bio do nú moro 14). Quan-
do o examinador solicita que o indivíduo docidu-se
entre uma ou oul,ra explicação, a resposta escollúda
ó uqueln que será pontuada. Quando for solicitada
explicoçõo da primeira resposta e essa explicação
csLivor incorreLa ou incoerente, atribui-se escore
O. Quundo uma resposta contraria a outra, pede-se
pura o indivíduo escolher qual a melhor.

Exemplos

Provérbio: "Não se deve colocar a carroça na frente dos bois."

1) Não se deve( ... ) As coisas tem que estar em ordem para elas funcionarem. (O) (1)

2) Espera algo acontecer para depois fazer o ato. (O) (1)

3) Tem que fazer as coisas na ordem certa. (O) (1)
4) Não atropelar as coisas, deixar que elas aconteçam naturalmente, não ir com tanta sede ... (O) (1)
5) Tem que ir devagar para não(... ) Pensar antes de fazer as coisas. (O) (1)
6) Não fazer as coisas sem planejar. (O) (1)
7) Tem que ter um certo cuidado, não se precipitar. (O) (1)
8) Não deve se precipitar. (O) (1)
9) A pessoa tem que esperar, ter calma. (O) (1)
1O) Quando a pessoa tiver falando, não pode se meter na conversa. (O) (1)
11) Falar rápido, na frente do assunto. (O) (1)
12) É um alerta pra não ter pressa. (O) (1)
13) A carroça não pode ficar na frente dos bois. (O) (1)
14) Não pode se apurar, adiantar. Não ficar pensando o que é, se é mentira ou verdade. (O) (1)
15) Não deve dizer coisas que o outro não disse. (O) (1)
16) Alguém colocou a carreta na frente dos bois. (O) (1)
17) Fazer as coisas por partes. (O) (1)
18) Pessoas que não pensam antes de fazer as coisas. (O) (1)
19) A pessoa mais nova não deve ser mais do que a pessoa mais velha. (O) (1)
20) Não colocar porque quem puxa são os bois. (O) (1)
21) Não pode passar na frente, tem que ser atrás. (O) (1)
22) Colocar a culpa de algo em alguém para proteger outra pessoa. (Aplicador pede para que O indivíduo
(O) (1)
explique melhor sua resposta.) Ficar com ansiedade de algo acontecer antes que aconteça.
23) Não deve ir além daquilo que não consegue, não suporta. (O) (1)
24) Não pode querer fazer uma coisa antes da outra. (O) (1)
25) Não se deve fazer nada na frente, antes do tempo. (O) (1)
26) Não se deve fazer alguma coisa ao contrário. (O) (1)
27) Não apressar para fazer uma coisa se não tem certeza. (O) (1)
28) Não se pode fazer as coisas inversas. (O) (1)
29) Esperar o momento certo de as coisas acontecerem. (O) (1)

Metáfora: ''A vizinha está nas nuvens."

1) Ela tá sonhando, avoada. (O) (1)

44
 Instrumento de Avallação Neuropslcológlca Breve • NEUPSILIN

2) Ela está multo bem. (O) (1)

3) Apaixonada. (O) (1)
4) Tá viajando mentalmente ou tá fellz. (O) (1)
5) Está sonhando.
(O) (1)
6) Pensando alto. (O) (1)
7) Tá extasiada, com uma sensação boa, de leveza. (O) (1)
8) Tá pensando longe, em coisa que aconteceu. Momento bom. (O) (1)
9) Tá pensando bobagem. (O) (1)
10) Tá fora de si. (O) (1)
11) Não tá nem ai pra nada. (0) (1)
Obs.: Ideia de desinteresse.
12) Tá viajando. (O) (1)
13) Tá pensativa.
(O) (1)
14) Tá esquecida.
(O) (1)
Obs.: Ideia de consequência.
15) Fora do ar.
(O) (1)
16) Tá num lugar alto. (0)(1)
17) Ela não tá nem aí para o que a gente tá falando. (O) (1)
18) Tá no mundo da lua. (Aplicador pede para que o indivíduo explique melhor.) Tá pensando (O) (1)
alguma coisa, tá longe.
19) Tá fora de si. (Aplicador pede para que o indivíduo explique melhor.) Com pensamento (O) (1)
bem longe.
20) Tá viajando. (Aplicador pede para que o indivíduo explique melhor.) Tá falando coisa sem nexo. (O) (1)
Obs.: Se o indivíduo responder somente "viajando", escore 1, mas com explicação solicitada
pelo examinador inadequada, escore O.
21) Tá viajando. (Aplicador pede para que o indivíduo explique melhor.) Tá falando com a pessoa (O) (1)
e ela não tá prestando atenção.
22) Cabeça em outro planeta. (Aplicador pede para que o indivíduo explique melhor.) Tá sem (O) (1)
atenção.
23) Emocionada. (O) (1)
24) Vive na ilusão. (Aplicador pede para que o indivíduo explique melhor.) Muito relaxado com (O) (1)
algum acontecimento.
Obs.: Indica tranquilidade e não necessariamente bem-estar.

6.2. Linguagem escrita Análise qualitativa:

A) Leitura em voz alta
Cada acerto recebe escore 1. Na pseudopa-
lavra "cusbe", aceita-se a pronúncia "cusbi"
também como correta. Ênfases nas sílabas ini-
ciais ou finais das pseudopalavras são aceitas,
recebendo escore 1.
( ) respostas sugestivas de heminegligência
( ) esquerda ( ) direita
Essa casela deve ser assinalada com um "x"
caso se observe um padrão de leitura de apenas
metade das palavras (metade esquerda ou di-
r eita).

45
 te
Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Paren
Recheie Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de

Exemplos de palavras reais a) com verbo, mesmo sem pont uaçã o final
ou
1) porque: pôrque (1) (O) b) interjeições ou frases exclamativas, quan-
2) fixo: ficho (1) (O) do sem verbo, necessariamente com ponto
3) que: quem (1) (O) de exclamação (caso não tenh a ponto de
exclamação, o escore é O).
Exemplos de pseudopalavras
(O)
Caso a frase seja uma oração, pontua-se com
l)cu sbe: cusp e (1)
(1) (O) escore 2 quando houver estru tura gram atica l
2)cu sbe: gusb e
3) hofem: houfem (1) (O) adequada (sujeito, verbo e objeto ou sujeito e
4) hofem: hofém (1) (O) predicado) e trans miti r algum significado iden-
5) hofem: hófem (1) (O) tificável. Quando houver erros ortográficos sim-
ples, no nível da palavra, ou erros sintáticos, tais
B) Compreensão escrita como erros de concordância nominal ou verbal,
Cada figu ra iden tific ada adeq uada men te no nível da sentença, que não comprometam a
recebe escore 1. compreensão de cada palavra da frase, nem seu
sentido geral, pontua-se com escore 1. Nos de-
C) Escrita espontânea mais casos, pontua-se com escore O. Por exemplo,
A frase deve rá rece ber pont uaçã o 2, caso linguagem abreviada, do tipo utilizado na comu-
apre sente estru tura gramatical suficiente para
nicação virtual (MSN, por exemplo), não será
trans miti r algum conteúdo compreensível, ca-
racterizando duas condições: aceita como correta, atribuindo-se escore O.

Exemplos de escrita espontânea

(2) (1) (O)
1) Vendem-se casas .
(2) (1) (O)
2) Socorro!
(2) (1) (O)
3) Bom dia!
(2) (1) (O)
4) Gosto muito de meus netos.
(2) (1) (O)
5) Gosto.
(2) (1) (O)
6) Meus netos.
(2) (1) (O)
7) A menina e bonita .
(2) (1) (O)
8) Eu ti amu meu mor.
(2) (1) (O)
9) Que dia maravilhoso!
10) Fogo! (2) (1) (O)
11) Silêncio (2) (1) (O)
Obs.: Interjeição sem ponto de exclamação.
(2) (1) (O)
12) Acho o amanhecer e anoitecer lindo .
Obs.: Erro de concordância nominal. O corre
to seria: "Acho o amanhecer e o anoitecer
lindos."
(2) (1) (O)
13) Que semana bonita
Obs.: Frase exclamativa sem ponto .
(2) (1) (O)
14) Que pena que o Brasil perdeu para França
15) Aproveite o dia (2) (1) (O)
16) Um minuto para o fim do mundo (2) (1) (O)
17) Está frio (2) (1) (O)
18) Estudar para saber e saber para vencer (2) (1) (O)
19) Menina bonita (2) (1) (O)

46
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve - NEUPSILIN

20) Sou loco

(2) (1) (O)
21) Hoje eu fui a escola
(2) (1) (O)
22) Uma frase qualquer (hehehe)
(2) (1) (O)
23) O amanhecer
(2) (1) (O)

Observação Assim, recebem 1 ponto as seguintes respostas:

mepação e mepassão; entretan to, mepassam,
Quando o indivíduo escrever um texto ou um mepasão, mepacão (sem cedilha) ou mepaçam
parágra fo, pontua-se a primeir a frase. receberão escore O.

D) Escrita copiada Exemplos

A frase copiada conforme o modelo recebe
2 pontos. Quando a frase é copiada com erros 1) fórmula: formula (1) (O)
ortográficos simples que não comprometam a 2) gelo: jelo (1) (O)
compre ensão de cada palavra da frase, pontue 3) gelo: gêlo (1) (O)
com escore 1. Quando a frase escrita não puder 4) gelo: gelu (1) (O)
ser identificada como cóp~a do modelo ou quando 5) passarinho: pasarinho ( 1) (O)
houver cópia incompl eta ou ausênci a de cópia, 6) quando: cuando (1) (O)
pontue com escore O.
Tanto nessa tarefa quanto na de escrita es- 7, PRAXIA S
pontâne a a alternân cia entre letras maiúsculas
e minúscu las, assim como a ausência de letra A) Ideomotora
maiúscu la na primeir a palavra e de ponto final, Cada acerto recebe escore 1.
não interfer e na pontuaç ão, não sendo conside- Pentear o cabelo = levar a mão à cabeça e exe-
rada erro. cutar gesto de pentear.
Análise qualitat iva: Escovar os dentes = levar a mão à boca e rea-
( ) resposta sugestiv a de heminegligência lizar o movimento de escovação.
( ) esquerd a ( ) direita Despedir-se com tchau = levantar a mão e
fazer movimentos para os lados ou só levantar a
Essa casela deve ser assinala da com um "x", mão; pontua-se como O gestos com polegar ou
caso se observe que apenas a metade esquerd a outros tipos de cumprim ento não indicativos
ou direita da frase foi copiada . de despedida.

Exemplos
1) O medico trabalha no ospital. (2) (1) (O)
2) O medico brinca no hospital. (2) (1) (O)
E) Escrita ditada
Todas as palavras devem ser pontuad as com
escore 1 quando forem adequadamente escritas,
conform e regras ortográficas do Portugu ês do
Brasil. Quando houver quaisqu er erros ortográ-
ficos, atribua escore O. Para as pseudopalavras,
"mepaç ão" poderá ser escrita com todos os gra-
femas correspo ndentes ao fonema /s/, que não
alterem a forma como ela é lida/pronunciada.
B) Construtiva
Cada uma das três praxias a seguir apresen ta
normas de pontuação específica.
Análise qualitativa:
( ) respostas sugestivas de heminegligência
( ) esquerd a ( ) direita
Essa casela deve ser assinalada com um "x",
caso se observe um padrão de cópia de apenas
metade das figuras modelo (metade esquerd a
ou direi ta).
Somente nesse subteste, serão aceitas até três
tentativ as de cópia, ou seja, duas autocorreções,
pontuando-se sempre a última tentativa, já que

47
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalll de Salles • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
as demais foram consideradas pelo próprio indi-
víduo avaliado como inadequadas, necessitando
de substituição.
Quadrado
• Escore 3: forma que se identifica como qua-
cirado, mesmo com vértices não totalmente
fechados ou ângulos totalmente retos.
Para que um quadrado com lados não total-
mente iguais seja diferenciado de um retângulo,
normatizou-se a pontuação da seguinte maneira:
deve-se mensurar com régua o comprimento do
lado maior e do lado menor. Faz-se a seguir a
divisão da medida do lado maior pela medida
do lado menor. Se o resultado dessa divisão for
menor que 1,5, a figura ainda é considerada um
quadrado. Caso o resultado seja maior ou igual
a 1,5, passa a ser considerada um retângulo.
Para selecionar qual lado será medido, parta
do critério lados do ângulo mais próximo de um
ângulo reto (90 graus).
• Escore 2: forma fechada de 4 lados não iden-
tificável como quadrado, podendo ser identi-
ficada como outras formas geométricas
(por exemplo, retângulo, trapézio, losango,
paralelograma).
• Escore 1: forma que possui 2 ou 3 lados
apenas, não permitindo identificação do
quadrado.
• Escore O: rabiscos ou ausência de desenho,
não permitindo identificação do quadrado.
Análise qualitativa:
Independentemente do escore atribuído ao
quadrado, caso o traçado seja caracterizado por
tremor, marque a casela "com tremor"; caso
contrário, marque a casela "sem tremor".
Traçado ( ) com tremor ( ) sem tremor
Margarida
• Escore 3: objeto identificado como flor, com
presença do caule, do miolo e do mesmo
número de pétalas do modelo (8), sem al-
terações de proporção ou de forma.
• Escore 2: objeto identificado como flor, com
presença do caule, do miolo e de pétalas,
48
com uma ou mais de uma das seguintes
alterações, que devem ser assinaladas com
um "x" nas casalas correspondentes:
( ) pétalas em quantidade diferente da do
modelo
( ) maior ( ) menor
( ) desproporção entre os elementos da
flor (por exemplo, miolo grande para o
tamanho das pétalas; algumas pétalas pe-
quenas e outras grandes; algumas pétalas
estreitas e outras largas) - comparar entre
os elementos da forma produzida
( ) forma diferente das pétalas - compa-
rar com o modelo (por exemplo, pétalas
arredondadas e não alongadas como as do
modelo; pétalas pontiagudas) ou disposição
diferente das pétalas ao redor do miolo,
mas que ainda permitam a identificação
do objeto desenhado como flor
• Escore 1: objeto identificado como flor, com
ausência do caule ou do miolo. A ausência
de pétalas invalida a identificação do objeto
como flor, recebendo escore O.
• Escore O: não identificação do objeto dese-
nhado como flor, rabiscos ou ausência de
desenho.
Observação
Alterações no tamanho, na posição ou na
inclinação do caule "não interferem na pontua-
ção", não sendo considerados como inadequação
de praxia construtiva.
Cubo
• Escore 5: desenho de um cubo com a pers-
pectiva representada pelos 3 planos, sem
quaisquer erros, mesmo que os vértices
de cada plano não estejam totalmente fe-
chados. Quando um dos planos tiver uma
forma retangular (semelhante a um "tijo-
lo") e o restante estiver correto, o desenho
também receberá pontuação 5.
• Escore 4: desenho de um cubo com a pers-
pectiva representada pelos 3 planos, mas
com 1 deles com erro de perspectiva e/ou de
proporção, mesmo que os vértices de cada
i Instrumento de Avaliação Neuropslcológlca Breve - NEUPS
ILIN
plano não estejam totalmente fechados; cubo
pontuado como 4 ou 5, porém vazado.
• Escore 3: desenho de um cubo com a pers-
pectiva repres entad a pelos 3 planos, mas
com erros de perspectiva e/ou de proporção
entre os planos em 2 planos, mesmo que
os vértices de cada plano não estejam to-
talme nte fechados.
• Escore 2: desenho de um cubo com ten-
tativa de repres entaç ão da perspectiva,
podendo conter 2 planos apenas ou 3 planos
com erros grosseiros de perspectiva; todos
os planos prese ntes que podem ser 3 ou
2 apres entam erros de proporção ou de
perspectiva, mesmo que os vértices de cada
plano não estejam totalm ente fechados.
• Escore 1: desenho sem quaisquer indícios
de repre senta ção da perspectiva, com a
prese nça de pelo menos mais de um qua-
drilátero, mesmo que os vértices de cada
plano não estejam totalm ente fechados.
• Escore O: desenho de apenas um quadrilá-
tero, rabiscos ou ausência de desenho.
Para auxili ar na pontuação, seguem abaixo
aspectos impor tantes para a análise de perspecti-
va e de proporção:
Perspectiva ➔ os dois lados verticais devem
estar paralelos entre sim, assim como os dois
lados horizontais de cada face que dá origem aos
planos do cubo.
Proporção ➔ cada plano deve estar simétrico
com relação aos outros dois; assim, um plano com
altura menor, mais estrei to ou mais largo que os
demais carac teriza uma desproporção.
Análise qualitativa:
Uma ou mais das caselas abaixo devem ser
assin alada s com um "x", caso a modificação
corres ponde nte a cada casela ocorra.
( ) desenho de um cubo com forma retangu-
lar (semelhante a um "tijolo")
( ) desen ho com acréscimo de um quart o
plano
( ) desenho com a inclinação invertida
Relógio
O desenho do relógio receberá escore 5, 4, 3,
2, 1 ou Oa partir da soma das caselas assinaladas
com um "x". Cada casela deve ser assinalada com
um "x" sempre que o elemento correspondente
estiver presente no desenho do relógio.
( ) assimetria correta de ponteiros e quan-
tidade corre ta de ponteiros (caso haja
dúvida, meça os ponteiros do centro até
o início da flecha, quando presente, com
o auxílio de uma régua).
) ponteiro da hora localizado entre o nú-
mero 3 e o número 4
) ponteiro dos minutos localizado no nú-
mero 9
) núme ros caracterizados corret amen te
- arábicos ou romanos - aceita-se que
os dois tipos de números sejam mistu-
rados com no máximo um arábico e 11
romanos ou vice-versa; todos os números
devem estar presentes e adequadamente
caracterizados, sem omissões, repetições,
inversões e números espelhados.
) disposição espacial adequ ada dos nú-
meros (números 12, 3, 6 e 9 dispostos
adequadamente dividindo o relógio em
quatro quadrantes; ausência de rotação
de qualquer número)
O desenho recebe O quando nenhu ma das
caselas anteriores for assinalada, quando for
composto apenas por um círculo, quando houver
apenas rabiscos ou quando não houver desenho.
O escore máximo é de 5 pontos.
C) Reflexiva
Cada acerto recebe escore 1. Os gestos deverão
ser repetidos na ordem dada pelo examinador.
Caso o segundo gesto seja o terceiro, por exem-
plo, o indivíduo recebe apenas 1 ponto. Além
disso, a partir do primeiro erro, o(s) outro(s)
gesto(s) não pode(m) ser considerado(s) como
estando na ordem, sendo zerados.
Exemplos
1. Primeiro gesto: certo; segundo gesto: er-
rado; terceiro gesto: apare nteme nte certo
49
 • Maria Alice de Mattos Pimenta Parente
Rochele Paz Fonseca • Jerusa Fumagalli de Salles

categoria gramatical (por exemplo, final,

= 1 ponto, pois mesmo que o terceiro seja
o esperado, com o erro do segundo, não
se pode garan tir que o terceiro esteja na
ordem correta.
2. Primeiro gesto certo; segundo gesto: repro-
dução do terceiro; terceiro gesto: reprodu-
ção do segundo = 1 ponto.
3. Primeiro gesto: errado; segundo e terceiro
gestos: apare ntem ente certos = O ponto,
pois o primeiro erro já invalida o resta nte
da sequência.
finalizado e finalmente valem três pon-
tos) ou de sentido (faca e faqueiro valem
dois pontos, assim como funk e funkeiro).
As conjugações diferentes de um mesmo
verbo contam como apenas 1 palav ra (por
exemplo: fazer e feito).
• Nornes próprios não sendo de locais ou de
pessoas são aceitos (por exemplo: Fusca, Fri-
gider, Fórmula I, Ferrari, Focus). No entanto,
França e Fábio não são considerados.

s. FUN ÇÕE S EXECUTIVAS O indivíduo receb erá os segui ntes escores

dependendo da faixa de núme ro de palavras em
8.1. Resolução de problemas que seu total de vocábulos pude r ser inserido:

Número de palavras escores

Recebe 1 ponto cada respo sta correta. Deve-
1
se considerar a respo sta indicativa sim ou não, 0-2
indep enden teme nte da explicação que a segue. 3-5 2
6-8 3
Respostas esperadas 9-11 4
12-14 5
Prim eira pergu nta: 15-17 6
a respo sta deve ser "não" ou "men tira". 18-20 7
Segu nda pergu nta: a laranja. 8
21-23
24-26 9
27-29 10
8.2. Fluência verbal 11
30-32

Deve-se quan tifica r o núme ro de palav ras

emitidas. Os critérios a segui r devem ser con-
siderados para que cada palav ra emiti da seja
considerada na quantificação:
• Os sinônimos são aceitos.
• As repetições de palav ras não são consi-
deradas.
• Os anglicismos utilizados de forma habitual
são aceitos (por exemplo, funk) .
• Os derivados morfológicos de uma mesm a
palav ra não são considerados unica ment e
se forem variações de gênero (por exemplo,
fechada e fechado conta m como 1 palavra),
núme ro (foca e focas tamb ém contam como
1 palavra) e grau (faca e faqui nha conta m
como uma palavra) da palavra. São acei-
tos quan do eles geram uma muda nça de
Registro no gráfico de perfil
neuropsicológico
Na últim a págin a do protocolo de aplicação,
parte integ rante do Livro de Aplicação da coleção
NEUPSILIN há uma gráfico que tem por objeti-
vo oferecer um apoio em forma de representação
gráfica para a exposição da pontu ação bruta
trans form ada em escore padronizado (escore Z),
cujo cálculo é explicado no Capítulo 7 deste livro.
Neste gráfico a pontu ação em escore Z deve ser
localizada para cada subte ste utilizando-se um
valor com uma casa decimal do máximo. Exem-
plos serão dados de modo mais conte xtual izado
no próprio Capítulo 7.

50
Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve • NEUPSILIN

EXEMPLOS DE CÁLCULOS

A) Escore 2

IJ
1,, \' ri '"" \ 1
\ "'\ <

1 \
~ .J ,1
-r,v\ ..'1-·\..\\.~l1
J ''\

q'J~ l} 1/
g , .f., J ~ -.
--n:- -q-q ;

- t{ ~

95 :i· ~ i-:i- fft-jl=~~ /4 .>< 11 = l/ 'b ~s : 5., .zs

B) Escore 1

-
q_j
81-
't ~
u. X 12 1 e;
~
?

C) Escore O

/'t-1../_
/l, ' (tf 1·-, X.. '}J.
~
/[&'6... 15: J~: 15
·-rr !ia
Exemplos de quadrado com escore 3:

------

O.
D 51