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A importância da família

e o diagnóstico
Prof. Nágila Guedes Geraldine
Prof. Nágila Guedes Geraldine

Graduação em Psicologia pela UNAERP

Pós Graduação em Psicopedagogia Faculdade Barão de Mauá

Especialização em ABA (Análise do Comportamento


Aplicada ao Autismo) pela UFSCar.
● O reconhecimento da sintomatologia manifestada pela
criança com autismo é fundamental para a obtenção do
diagnóstico precoce. Comumente, as manifestações
clínicas são identificadas por pais, cuidadores e familiares
que experienciam padrões de comportamentos
característicos do autismo, tendo em vista as
necessidades singulares dessas crianças.
● Após o diagnóstico, algumas famílias sentem-se culpadas e
angustiadas por não acreditarem que seu filho (a) pudesse
ter algum problema, sendo assim, essa fragilidade dos
pais/cuidadores de pessoas que estão no Espectro Autístico
faz com que os mesmos passem a procurar por uma
avaliação médica antes mesmo de aceitar tal situação. Deste
modo, compreende-se que a revelação diagnóstica do
autismo torna-se um momento complexo, delicado e
desafiador para a família, assim como para os profissionais
de saúde responsáveis por essa missão.
● O ambiente físico associado às demais circunstâncias
relacionadas à notícia, poderá interferir positivamente ou
não para a minimização do sofrimento familiar. O impacto
do diagnóstico de uma doença pode propiciar à família
vivenciar as mesmas fases do luto, inclusive a negação,
sendo estas uma adaptação pelas quais perpassam as
pessoas quando perdem algo almejado ou significativo.
● O diagnóstico de uma criança com deficiência ocasiona uma
realidade nova para a família, especialmente entre os pais. A
doença ou a deficiência pode ser vista como um fator estressante,
afetando a rotina e as relações entre os seus membros. É
importante ressaltar que a afetividade é um fator de grande valia
quando se trata do sucesso do acompanhamento de pessoas que
estão no espectro autístico. Uma vez que é necessário
responsabilidade, dedicação, persistência e sacrifícios da família
para adequar a vida social, o ambiente de casa e a rotina em prol
das necessidades e respeitar os limites que impedem determinadas
mudanças.
● É a partir de um diagnóstico inesperado de
síndrome/doença crônica, que a família passa a sofrer
contínuas adaptações a fim de suprir as necessidades da
criança.
● Diante do reconhecido impacto do TEA nas famílias das
crianças acometidas pelo transtorno, destaca-se que
muitas dessas famílias são capazes de se reorganizar
frente às mudanças, buscando estratégias que auxiliem
em suas necessidades.
● Nesse sentido, a literatura tem se referido às “estratégias
de coping” (enfrentamentos que são vistos como
esforços cognitivos e comportamentais para lidar com
situações de dano, de ameaça ou de desafio, quando não
está disponível uma rotina ou uma resposta automática)
como formas encontradas pelas famílias para lidarem
com os desafios geradores de estresse. Além do
processo de resiliência familiar, no qual encontram formas
saudáveis de lidar com a situação adversa sem sucumbir
a ela.
● O recebimento do diagnóstico de TEA da criança é um
momento bastante discutido na literatura, sendo entendido
como um processo difícil, em que os familiares vivenciam
sentimentos de tristeza, dúvida e desamparo. No que tange
às relações entre os membros da família, o estudo revelou
que as famílias tiveram que se unir ainda mais frente à
problemática da criança com TEA. A união da família
revela-se, portanto, de grande importância na adaptação
dos membros ao transtorno, possibilitando apoio comum e
atenção às demandas da criança.
● A aceitação pela família pode amenizar o impacto
e tornar as relações mais sólidas ou, em outras
palavras, unir mais a família. Os estudos
referem-se que os familiares de crianças com TEA
possuem necessidades de apoio emocional, para
lidar com as repercussões do transtorno no
cotidiano familiar, profissional e para receberem
orientações sobre como agir com a criança.

‘’Muitas pessoas perdem a alegria enquanto


aguardam a grande felicidade. Já a família autista
comemora com imensa felicidade as pequenas
alegrias’’ Gretchen Stipp

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