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Conflitos e a ansiedade
Viver em um ambiente com muitos conflitos pode se tornar algo estressor para a pessoa, e para toda a família. E com
o tempo todo esse estresse pode acabar evoluindo para um quadro de ansiedade, onde a pessoa se mantém em alerta frente ao
possível conflito, mesmo que ele não ocorra.
Por não saber como lidar de maneira adequada com os conflitos que surgem no núcleo familiar, o indivíduo pode se
sentir deslocado, incompreendido e não pertencente à família. Dessa forma tende a se afastar dos demais membros da família,
restringindo sua comunicação apenas ao mais básico contato. E sem uma comunicação eficaz, os problemas tendem a piorar e
os relacionamentos a se desgastarem ainda mais.
Sintomas da ansiedade
A ansiedade se mostra através de sintomas fisiológicos, ou seja, a partir de reações físicas no corpo, como por
exemplo: Falta de ar ou respiração rápida, Insônia, Cansaço, Taquicardia, Boca seca, Náuseas, Tremedeiras ou palpitações,
entre outros.
Ou também através de comportamentos, como: Inquietação, Irritabilidade, Preocupação excessiva com o futuro,
Hiper vigilância, Medo, Falta de concentração, Pensamento acelerado, Etc.
Caso as crises de ansiedade não sejam tratadas, podem evoluir para um transtorno de ansiedade, que com o tempo
afetará o paciente em outros aspectos de sua vida. Uma pessoa ansiosa sente dificuldade para esperar, tenta realizar várias
coisas ao mesmo tempo e, normalmente, não as realiza ou deixa algumas incompletas, pode experimentar crises súbitas de
medo, entre outros sintomas e comportamentos.
Vale ressaltar que apenas um ou outro sintoma não caracterizam uma crise ou transtorno de ansiedade, é necessário
apresentar uma certa quantidade de sintomas durante um determinado tempo, para que se possa diagnosticar um transtorno. O
psicólogo é o profissional recomendado para realizar essa avaliação, bem como seu tratamento.
Bullying
O termo bullying vem do inglês “bully”, que significa “valentão”. É um problema comum: segundo um levantamento
feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 18 países, o percentual de crianças e jovens que já foram vítimas é de
29% a 46%. Normalmente, a situação ocorre no ambiente de ensino, no chamado bullying escolar.
Esse conceito corresponde a diferentes formas de agressões físicas e/ou psicológicas feitas por um ou mais agressores à sua
vítima. Os pais e a escola precisam estar atentos desde as formas iniciais do problema, como apelidos e brincadeiras
maldosas, chegando até os casos mais sérios, como xingamentos e ataques físicos.
Nenhuma criança ou jovem deve ser exposto a esse tipo de intimidação, pois as consequências são sérias e podem percorrer
até a vida adulta. Segundo o relatório “The economic impact of school violence“, elaborado em 2010 pela ONG Plan, jovens
que são vítimas de bullying se mostram duas vezes mais propensos a abandonarem a escola.
Esse comprometimento na formação diminui a capacitação para o mercado, o que leva a empregos com salários
inferiores. Além disso, as vítimas de bullying têm uma tendência cinco vezes maior do que a média de terem uma ficha
criminal.
De acordo com um levantamento realizado no Reino Unido e divulgado pela Revista Veja, 1 em cada 5 vítimas de
bullying já pensou em tirar a própria vida para não passar mais pela perseguição. O estudo avaliou jovens de 11 a 16 anos.
Entre os possíveis motivos que levam a criança a agir como bully, estão: não consegue lidar com sua raiva; não
consegue resolver seus problemas com diálogo; não tem uma visão positiva de si mesma; tem necessidade de sentir que é
superior; tem necessidade de sentir que é mais forte.
O que também pode acontecer é a criança ou adolescente espelhar no ambiente escolar aquilo que vivencia em casa.
Ou seja, torna-se um bully pois o ambiente familiar é um local de conflitos, abusos, agressões verbais ou até físicas e
negligência.
Ainda, pode ocorrer um “comportamento de manada”: crianças e adolescentes passam a praticar bullying
simplesmente porque é normal na escola que frequentam, na tentativa de não parecerem deslocados e, por isso, virarem alvo.
Ou seja, na busca por não se tornarem vítimas, passam a agredir e humilhar os demais.
Para que você tenha uma ideia, de acordo com a última edição da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE),
20,1% dos estudantes relataram já ter praticado alguma forma de bullying. O levantamento foi feito em 2015 pelo Ministério
da Educação (MEC) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).