Você está na página 1de 4

ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO


COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE LAGUNA
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA SAUL ULYSSÉA – 3647-7998

Componente Curricular: Tecnologias Digitais e a Internet como Espaço Social


Aprofundamento: Filosofia
Professora: Kelly Domiciano da Costa
Turma: 201 - 2° Ano Ensino Médio - NEM

CONTEÚDO PARA PODCASTS

A adolescência é um período crucial para o desenvolvimento e manutenção de hábitos sociais e emocionais


importantes para o bem-estar mental. Estes incluem: a adoção de padrões de sono saudáveis; exercícios regulares;
desenvolvimento de enfrentamento, resolução de problemas e habilidades interpessoais; e aprender a administrar emoções.
Ambientes de apoio na família, na escola e na comunidade em geral também são importantes.
Múltiplos fatores determinam a saúde mental de um adolescente. Quanto mais expostos aos fatores de risco, maior o
potencial impacto na saúde mental de adolescentes. Entre os fatores que contribuem para o estresse durante esse momento da
vida, estão o desejo de uma maior autonomia, pressão para se conformar com pares, exploração da identidade sexual e maior
acesso e uso de tecnologias.
A influência da mídia e as normas de gênero podem exacerbar a disparidade entre a realidade vivida por um
adolescente e suas percepções ou aspirações para o futuro. Outros determinantes importantes para a saúde mental dos
adolescentes são a qualidade de vida em casa e suas relações com seus pares. Violência (incluindo pais severos e bullying) e
problemas socioeconômicos são reconhecidos riscos à saúde mental. Crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis à
violência sexual, que tem uma associação clara com a saúde mental prejudicada.
Alguns adolescentes estão em maior risco de problemas de saúde mental devido às suas condições de vida, estigma,
discriminação ou exclusão, além de falta de acesso a serviços e apoio de qualidade. Estes incluem adolescentes que vivem em
ambientes frágeis e com crises humanitárias; adolescentes com doenças crônicas, transtorno do espectro autista, incapacidade
intelectual ou outra condição neurológica; adolescentes grávidas, pais adolescentes ou aqueles em casamentos precoces e/ou
forçados; órfãos; e adolescentes que fazem parte de minorias étnicas ou sexuais ou outros grupos discriminados. s conflitos
familiares
A sala virou local de estudos, a cozinha se tornou área de reuniões. A quarentena trouxe à tona questões importantes,
que na correria do dia a dia passavam despercebidas ou não dávamos muita importância: os conflitos familiares.
Com as famílias sendo forçadas a se manterem em casa, vários problemas se misturaram e prejudicam ainda mais
os relacionamentos entre os familiares.
Vários “mundos” distintos, como a escola, o trabalho, academia, se uniram em apenas um: a casa. Com o convívio
prolongado os familiares passam mais tempo juntos e os conflitos podem surgir, causando estresse e aumentando a  ansiedade,
sobre um futuro incerto, frente ao cenário atual.
A falta de uma boa comunicação pode atrapalhar o relacionamento dos familiares, somando-se ao estresse com
problemas do trabalho, ou da escola, muitas vezes só piora uma situação que já se encontra em desgaste.  Evidenciando,
assim, um distanciamento emocional entre os membros da família.

Conflitos e a ansiedade
Viver em um ambiente com muitos conflitos pode se tornar algo estressor para a pessoa, e para toda a família. E com
o tempo todo esse estresse pode acabar evoluindo para um quadro de ansiedade, onde a pessoa se mantém em alerta frente ao
possível conflito, mesmo que ele não ocorra.
Por não saber como lidar de maneira adequada com os conflitos que surgem no núcleo familiar, o indivíduo pode se
sentir deslocado, incompreendido e não pertencente à família. Dessa forma tende a se afastar dos demais membros da família,
restringindo sua comunicação apenas ao mais básico contato. E sem uma comunicação eficaz, os problemas tendem a piorar e
os relacionamentos a se desgastarem ainda mais.

Sintomas da ansiedade
A ansiedade se mostra através de sintomas fisiológicos, ou seja, a partir de reações físicas no corpo, como por
exemplo: Falta de ar ou respiração rápida, Insônia, Cansaço, Taquicardia, Boca seca, Náuseas, Tremedeiras ou palpitações,
entre outros.
Ou também através de comportamentos, como: Inquietação, Irritabilidade, Preocupação excessiva com o futuro,
Hiper vigilância, Medo, Falta de concentração, Pensamento acelerado, Etc.
Caso as crises de ansiedade não sejam tratadas, podem evoluir para um transtorno de ansiedade, que com o tempo
afetará o paciente em outros aspectos de sua vida. Uma pessoa ansiosa sente dificuldade para esperar, tenta realizar várias
coisas ao mesmo tempo e, normalmente, não as realiza ou deixa algumas incompletas, pode experimentar crises súbitas de
medo, entre outros sintomas e comportamentos. 
Vale ressaltar que apenas um ou outro sintoma não caracterizam uma crise ou transtorno de  ansiedade, é necessário
apresentar uma certa quantidade de sintomas durante um determinado tempo, para que se possa diagnosticar um transtorno. O
psicólogo é o profissional recomendado para realizar essa avaliação, bem como seu tratamento.

Como lidar com o conflito


Estabelecer um canal de comunicação ativo e de boa qualidade é essencial para se manter um bom relacionamento
entre a família, onde cada membro possa falar e dar sua opinião sobre fatos e acontecimentos da vida grupal, e ser ouvido
com atenção e respeito.
Uma boa comunicação pode ser usada para se conhecer melhor as pessoas com que vivemos, mesmo residindo
embaixo do mesmo teto, existem particularidades que só serão observadas e conhecidas quando se dedica uma atenção à
pessoa, quando há o compartilhamento de sonhos, desejos, gostos, vontades. Assim, fortalecendo a confiança e amizade entre
pais e filhos, entre irmãos, avós e netos, ou qual seja a configuração de família existente. Algumas atividades em família
podem aproximar seus membros e proporcionar que as pessoas envolvidas se conectem.
Segue uma pequena lista do que se pode fazer juntos: Jogos, como mímica, forca, Stop (ou adedonha), uno, teatro;
aprender algo juntos, como desenhar, um novo idioma; culinária, talvez preparem um bolo ou algo mais elaborado, onde cada
membro possa realizar uma determinada tarefa; Leitura em grupo, sarau, recital; exercite-se, faça meditação em grupo, talvez
uma competição de dança, show de talentos, organizem uma noite temática. 
Outra dica importante é ter empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro e tentar compreender o que ele sente.
Muitas vezes as pessoas precisam de alguém que as ouça, querem ser compreendidas, e se isso vier de alguém mais próximo,
como um familiar, com certeza ambos sairão ganhando com a melhora do relacionamento.

Como a terapia pode ajudar


A terapia pode ajudar tanto o indivíduo em si quanto a família como um todo. Podem ser trabalhados os mais
diferentes temas durante um processo terapêutico. O psicólogo pode auxiliar no entendimento correto do que o paciente sente,
o porquê sente determinados sentimentos e qual a causa desses sentimentos e emoções. Como lidar com
sentimentos negativos e de que forma pode trabalhar isso junto a sua família. 
Entender que os conflitos familiares existem e são normais existirem é um passo importante do processo. São pessoas
com personalidades e vontades distintas, vivendo juntas, e com isso o conflito devido a algo pode surgir. Porém, é necessário
que esse conflito seja solucionado de maneira satisfatória para todos, onde não se guarde magoas ou se utilize de meios
violentos para tentar resolvê-lo.
O profissional pode auxiliar no manejo da ansiedade utilizando e ensinando algumas técnicas para conter as reações
fisiológicas causadas pela mesma.
Técnicas de relaxamento, respiração, foco, são algumas utilizadas para a diminuição dos sintomas físicos. Com o
manejo adequado por parte do psicólogo e a dedicação do paciente em seguir as orientações, poderá haver uma melhora
significativa nos sintomas apresentados. E como uma consequência esperada do trabalho terapêutico, o paciente poderá
conseguir se relacionar melhor com seus parentes, amigos e afins.
Sintomas de depressão, você sabe reconhecê-los? Depressão ou transtorno depressivo maior é um transtorno de
humor comum, porém grave. A depressão provoca sentimentos de tristeza e/ou perda de interesse em atividades que em
momentos anteriores traziam prazer.
O transtorno pode levar a uma variedade de problemas emocionais e físicos, além de diminuir a capacidade de uma
pessoa manter suas atividades normais no trabalho e em casa.
Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir,
comer ou trabalhar, e devem estar presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja diagnosticado.

Depressão não é tristeza


A morte de um ente querido, a perda de um emprego ou o fim de um relacionamento são experiências difíceis para
uma pessoa suportar. Assim, é normal que sentimentos de tristeza ou de luto se desenvolvam em resposta a tais situações.
Desse modo, aqueles que experimentam perda, muitas vezes podem descrever-se como “deprimido”.
Contudo ficar triste não é o mesmo que ter depressão. O processo de luto é natural e único para cada indivíduo e
compartilha alguns dos mesmos sinais de depressão. Ou seja, tanto o luto quanto a depressão podem envolver tristeza intensa
e afastamento das atividades habituais.
Para algumas pessoas, a morte de um ente querido pode causar depressão grave. Perder um emprego, ser vítima de
uma agressão física ou de um grande desastre pode levar à depressão para algumas pessoas.
Quando o luto e a depressão coexistem, o luto é mais grave e dura mais do que o luto sem depressão. Apesar de alguma
sobreposição entre tristeza e depressão, elas são diferentes. A distinção entre elas pode ajudar as pessoas a obter ajuda, apoio
ou tratamento de que precisam.
A depressão pode afetar qualquer pessoa – até mesmo alguém que parece viver em circunstâncias relativamente
ideais. Aquela ideia comum de que só terá o transtorno quem já é triste é equivocada.
Inclusive, muitas vezes pessoas que têm muito dinheiro ou sucesso se veem depressivas por não conseguirem desenhar
objetivos para sua vida.
A adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A baixa autoestima, os conflitos familiares, o
fracasso escolar, as perdas afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem colocar os
jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos.
Vários fatores podem desempenhar um papel no surgimento do transtorno:
Bioquímica: Diferenças em certas substâncias químicas no cérebro podem contribuir para os sintomas.
Genética: Depressão pode ocorrer em famílias. Por exemplo, se um gêmeo idêntico tem depressão, o outro tem 70% de
chance de ter a doença em algum momento da vida.
Personalidade: Pessoas com baixa autoestima, que são facilmente oprimidas pelo estresse, ou que são geralmente pessimistas,
parecem mais propensas a sofrer de depressão.
Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, negligência, abuso ou pobreza pode tornar algumas pessoas mais
vulneráveis à depressão.
Além disso, existem ainda outros fatores que podem aumentar a chance de ter depressão: Transtornos psiquiátricos
correlatos; Estresse e ansiedade crônicos; Disfunções hormonais, problemas na tireoide; Excesso de peso, sedentarismo e
dieta desregrada; Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas); Hiper conexão e excesso de estímulos, como o uso excessivo de
internet e redes sociais; Traumas físicos ou psicológicos, experiências de violência doméstica ou abuso; Separação conjugal,
perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou a perda de uma pessoa muito querida; Fibromialgia e outras dores
crônicas.
A depressão, especialmente na meia-idade ou em adultos mais velhos, pode ocorrer em conjunto com outras doenças
médicas graves, como diabetes, câncer, doenças cardíacas e doença de Parkinson. Estas condições são muitas vezes piores
quando a depressão está presente.
Às vezes, medicamentos tomados para estas doenças físicas podem causar efeitos colaterais que contribuem para a
depressão. Um médico experiente no tratamento destas doenças pode ajudar a elaborar a melhor estratégia de tratamento.
No Brasil, 5,8% da população sofre com a depressão. Ela afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros.
Ou seja, segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão
da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm
5,9% de depressivos. 13 Sintomas de depressão
Então, se você tem experimentado alguns dos seguintes sinais e sintomas a maior parte do dia, quase todos os dias,
durante pelo menos duas semanas, você pode estar sofrendo de depressão: Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo, Irritabilidade, Sentimento de culpa, inutilidade ou desamparo, Perda de
interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades, Diminuição da energia ou fadiga, Mover ou falar mais devagar, Sentir-se
inquieto ou ter problemas para ficar sentado, Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões, Dificuldade
para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais, Apetite e/ou alterações de peso, Pensamentos de morte ou suicídio,
ou tentativas de suicídio, Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e/ou que não se
aliviam mesmo com o tratamento.
Contudo, nem todo mundo que está deprimido experimenta cada sintoma. Porque algumas pessoas experimentam
apenas alguns sintomas. No entanto, outros indivíduos podem experimentar muitos. Vários sintomas persistentes, além do
humor baixo, são necessários para um diagnóstico de depressão maior.
Pessoas com apenas alguns, mas angustiantes, sintomas podem se beneficiar do tratamento de sua depressão
“subsindrômica”. Assim, a gravidade, a frequência dos sintomas e quanto tempo eles duram variam dependendo do indivíduo
e sua doença particular. Os sintomas de depressão também podem variar dependendo do estágio da doença.

Bullying
O termo bullying vem do inglês “bully”, que significa “valentão”. É um problema comum: segundo um levantamento
feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 18 países, o percentual de crianças e jovens que já foram vítimas é de
29% a 46%. Normalmente, a situação ocorre no ambiente de ensino, no chamado bullying escolar.
Esse conceito corresponde a diferentes formas de agressões físicas e/ou psicológicas feitas por um ou mais agressores à sua
vítima. Os pais e a escola precisam estar atentos desde as formas iniciais do problema, como apelidos e brincadeiras
maldosas, chegando até os casos mais sérios, como xingamentos e ataques físicos.
Nenhuma criança ou jovem deve ser exposto a esse tipo de intimidação, pois as consequências são sérias e podem percorrer
até a vida adulta. Segundo o relatório “The economic impact of school violence“, elaborado em 2010 pela ONG Plan, jovens
que são vítimas de bullying se mostram duas vezes mais propensos a abandonarem a escola.
Esse comprometimento na formação diminui a capacitação para o mercado, o que leva a empregos com salários
inferiores. Além disso, as vítimas de bullying têm uma tendência cinco vezes maior do que a média de terem uma ficha
criminal.
De acordo com um levantamento realizado no Reino Unido e divulgado pela Revista Veja, 1 em cada 5 vítimas de
bullying já pensou em tirar a própria vida para não passar mais pela perseguição. O estudo avaliou jovens de 11 a 16 anos.
Entre os possíveis motivos que levam a criança a agir como bully, estão: não consegue lidar com sua raiva; não
consegue resolver seus problemas com diálogo; não tem uma visão positiva de si mesma; tem necessidade de sentir que é
superior; tem necessidade de sentir que é mais forte.
O que também pode acontecer é a criança ou adolescente espelhar no ambiente escolar aquilo que vivencia em casa.
Ou seja, torna-se um bully pois o ambiente familiar é um local de conflitos, abusos, agressões verbais ou até físicas e
negligência.
Ainda, pode ocorrer um “comportamento de manada”: crianças e adolescentes passam a praticar bullying
simplesmente porque é normal na escola que frequentam, na tentativa de não parecerem deslocados e, por isso, virarem alvo.
Ou seja, na busca por não se tornarem vítimas, passam a agredir e humilhar os demais.
Para que você tenha uma ideia, de acordo com a última edição da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE),
20,1% dos estudantes relataram já ter praticado alguma forma de bullying. O levantamento foi feito em 2015 pelo Ministério
da Educação (MEC) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Você também pode gostar