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TIPOS TEXTUAIS x GÊNEROS TEXTUAIS

1. Narração Crônica
Conto
2. Descrição Charge
Jornal
3. Dissertação

4. Injunção
NARRAR é contar uma história real e/ou fictícia
DESCREVER é caracterizar situações, objetos, ambientes, pessoas etc.
DISSERTAR é expor ideias (exposição); é também defender uma ideia
(argumentação).
Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas soluções
onde, na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório e
único de todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males
ficariam resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas
primárias e o conhecimento do abc.

A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em


massa não é condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que
admiram. Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é
comparável, em certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 27.ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2015 (com adaptações)
(SEDF/ CESPE/ 2017) No que se refere às ideias e aos sentidos do texto CB2A6AAA e à
sua classificação quanto ao tipo e ao gênero textual, julgue os próximos itens.

1. O texto classifica-se como injuntivo, já que visa instruir o leitor a pensar de forma
diversa da que pensam “os pedagogos da prosperidade” (l. 1).

2. Conclui-se do texto que, para seu autor, a alfabetização, por si só, pode ser nociva
e que educação não é sinônimo de alfabetização.
(SEDF/ CESPE/ 2017) No que se refere às ideias e aos sentidos do texto CB2A6AAA e à sua classificação
quanto ao tipo e ao gênero textual, julgue os próximos itens.

3. O vocábulo “miragem” (l. 4) foi empregado no texto em sentido figurado.

4. A preposição “para” (l. 4) introduz, no período em que ocorre, uma ideia de finalidade.

5. O autor do texto é contrário à alfabetização em larga escala, pois ele critica a difusão das “escolas
primárias” (l. 6).
(MPU/ NÍVEL MÉDIO/ CESPE/ 2013)

Há um dispositivo no Código Civil que condiciona a edição de biografias à autorização


do biografado ou descendentes. As consequências da norma são negativas. Uma
delas é a impossibilidade de se registrar e deixar para a posteridade a vida de
personagens importantes na formação do país, em qualquer ramo de atividade. (…)
O Globo, 23/9/2013 (com adaptações).

6. Dada a apresentação de fatos, acontecimentos e personagens, o texto é


predominantemente narrativo.
Para começar, ele nos olha na cara. Não é como a máquina de escrever, que a gente olha de

cima, com superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. Ele nos desafia. Parece estar dizendo:

vamos lá, seu desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. A máquina de escrever faz

tudo que você manda, mesmo que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você faz tudo que ele

manda. Ou precisa fazer tudo ao modo dele, senão ele não aceita. Simplesmente ignora você. Mas se

apenas ignorasse ainda seria suportável. Ele responde. Repreende. Corrige. Uma tela vazia, muda,

nenhuma reação aos nossos comandos digitais, tudo bem. Mas quando você o manda fazer alguma

coisa, mas manda errado, ele diz “Errado”. Não diz “Burro”, mas está implícito. É pior, muito pior. Às

vezes, quando a gente erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei a usar o computador

na redação do jornal e volta e meia errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou”.
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. Sabe muito mais coisa e não tem nenhum pudor
em dizer que sabe. Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente quanto quem a usa não
vale com ele. Está subentendido, nas suas relações com o computador, que você jamais aproveitará
metade das coisas que ele tem para oferecer. Que ele só desenvolverá todo o seu potencial quando
outro igual a ele o estiver programando. A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca
usaria, mas não tinha a mesma empáfia, o mesmo ar de quem só aguentava os humanos por falta de
coisa melhor, no momento. E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior impaciência conosco,
jamais faria “bip” em público.

Quando saí da redação do jornal depois de usar o computador pela primeira vez, cheguei em
casa e bati na minha máquina. Sabendo que ela aguentaria sem reclamar, como sempre, a pobrezinha.
Luis Fernando Veríssimo. Tecnologia. In: Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990, p. 58-60.
(FUB/ CESPE/ 2016) Com relação às ideias do texto CB3A1CCC, às construções linguísticas nele
empregadas e à sua tipologia, julgue os itens subsequentes.

7. A correção gramatical do texto seria preservada caso se inserisse a preposição a logo após a forma
verbal “ignora”, na frase “Simplesmente ignora você” (l. 9).

8. O autor defende a opinião de que, na relação com o usuário, o computador é mais passivo e a
máquina de escrever, mais ativa.

9. O computador e a máquina de escrever, instrumentos do cotidiano do trabalho do autor do texto,


são descritos com o uso de recursos textuais que remetem a características humanas.
(FUB/ CESPE/ 2016) Com relação às ideias do texto CB3A1CCC, às construções linguísticas nele empregadas e à
sua tipologia, julgue os itens subsequentes.

10. Considerando os gêneros e tipos textuais, o texto em apreço configura-se como uma crônica em que se
combinam ficcionalidade e narratividade.

11. No trecho “cheguei em casa e bati na minha máquina” (l. 31 e 32), o autor explora o potencial plurissignificativo
do verbo bater para produzir um efeito expressivo de humor dado o contexto de suas afirmações sobre sua
relação com o computador e a máquina de escrever.

12. O termo “Assim” (l. 15) tem valor semântico demonstrativo e, por isso, a sua substituição pela conjunção
Portanto prejudicaria o sentido original do texto.
Em 1961, em Niterói, no Rio de Janeiro, houve um grande incêndio no Gran Circus, que resultou na morte de 350

pessoas. Em São Paulo, foram duas as tragédias, em dois grandes edifícios. Em 1972, 16 pessoas morreram durante o incêndio

no edifício Andraus. Dois anos depois, na região central da cidade, houve o incêndio do edifício Joelma. Pessoas desesperadas

pediam ajuda no topo do edifício. Arriscando suas próprias vidas, bombeiros fizeram tudo o que podiam para salvar o máximo de

pessoas. Salvaram muitas, mas 198 pessoas morreram em decorrência do fogo ou porque se atiraram do prédio, apavoradas

com o fogo que as atingia.

Hoje, com trabalhos de prevenção, equipamentos muito mais modernos e homens mais bem treinados, os bombeiros

têm levado vantagem sobre as chamas. No caso de uma emergência de incêndio, a primeira missão dos bombeiros, ao chegarem

ao local, é a de salvar as pessoas em perigo. A segunda é evitar a propagação do fogo para prédios ou casas vizinhas e lutar para

a extinção do incêndio. Terminado o trabalho, eles ainda fazem o rescaldo do incêndio, em busca de possíveis vítimas ainda com

vida, de focos de fogo pouco visíveis que ainda ofereçam risco, e, por fim, procuram indícios que mostrem a razão do início do

fogo, ou seja, investigam as causas do incêndio.

Internet: <http://pessoas.hsw.uol.com.br > (com adaptações).


(CESPE/ CBMDF/ COMBATENTE) Acerca das ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a

seguir.

13. O emprego da forma verbal “ofereçam” (l.21), no subjuntivo, justifica-se em razão de a informação estar

configurada como hipótese, probabilidade.

14. O primeiro parágrafo do texto, tipicamente narrativo, ilustra o trabalho árduo do corpo de bombeiros no

Brasil.

15. No trecho “em decorrência do fogo ou porque se atiraram do prédio” (l.10-11), a conjunção alternativa

“ou” adquire valor de exclusão, pois uma informação exclui a outra.


O Diabo no espaço

Não foi um sonho, muito menos uma visão. Mas consta que um astronauta, em uma
dessas naves tripuladas que passeiam pelo espaço, enquanto seus colegas, obedecendo aos
horários da base de Houston, dormiam em complicados leitos, montava guarda na cabine de
comando e viu o diabo, em passeio, sem ajuda de qualquer equipamento, apenas com seus
chifres, rabo e pés fendidos, caminhando pelo cosmos, aparentemente procurando alguma
coisa.

Sabendo que o Pai das Trevas, desde o início do mundo, domina uma boa tecnologia, o
astronauta tentou comunicar-se com ele. Para sua surpresa, o Diabo entrou na faixa sonora da
cabine e os dois conversaram. O diálogo está nos arquivos secretos da NASA, esperando hora
propícia para divulgação.
Após considerações gerais sobre os destinos da humanidade, o astronauta quis saber do destino
do próprio Diabo, o que fazia ele ali sozinho, aparentemente perdido no espaço, desorientado e
deprimido. Apesar de ser considerado o inventor da Mentira, o Diabo falou a verdade. Estava deixando o
planeta Terra, onde, desde a revolta dos anjos, antes da criação do Mundo, decidira implantar o Mal e a
Desgraça na obra de Deus.

O astronauta quis saber a razão de tão humilhante retirada. Seria uma derrota diante das forças
do bem? Nada disso – informou o Diabo. Ele ia embora da Terra porque sua atividade tornara-se
supérflua com o advento da Internet. Procurava agora um planeta em estágio tecnológico menos
avançado do que o nosso, sem um tipo de comunicação onde qualquer um pode fazer um estrago bem
maior do que ele na comunidade internacional e na vida de cada um.
Carlos Heitor Cony. Folha Online. 25/9/2008 (com adaptações).
Considerando as ideias do texto acima, julgue as assertivas a seguir.

16. O texto, predominantemente descritivo, apresenta o diálogo entre um ser real e uma
entidade fictícia, ocorrido no espaço cósmico.

17. Com a introdução “Não foi um sonho, muito menos uma visão”, o autor antecipa que os
fatos a serem apresentados são a expressão da verdade que lhe foi transmitida.

18. O astronauta mostra-se insubmisso às ordens do comando, porque deveria estar


descansando junto a seus colegas e se encontrava na cabine de controle.
Considerando as ideias do texto acima, julgue as assertivas a seguir.

19. Segundo o texto, a partir do momento em que o diabo deixar o planeta Terra, o bem
acabará com a desgraça, melhorando a espécie humana e confirmando o propósito da
revolução dos anjos.

20. Depreende-se do texto que a tecnologia mal utilizada pode ser mais perniciosa que ou tão
nefasta como as forças demoníacas.
Doação de sangue

Ninguém está livre de precisar de uma transfusão de sangue. Ninguém está

livre de sofrer um acidente, de passar por uma cirurgia ou por um procedimento

médico em que a transfusão seja absolutamente indispensável.

Como não existe sangue sintético produzido em laboratórios, quem precisa de

transfusão tem de contar com a boa vontade de doadores, uma vez que nada

substitui o sangue verdadeiro retirado das veias de outro ser humano.


Todos sabemos que é importante doar sangue. Mas, quando chega a nossa vez,
sempre encontramos uma desculpa - Hoje está frio ou não estou disposto; nesses últimos
dias, tenho trabalhado muito e ando cansado; será que esse sangue não me vai fazer falta... -
e vamos adiando a doação que poderia salvar a vida de uma pessoa.

Sempre é bom repetir que o sangue doado não faz a menor falta para o doador.
Consequentemente, nada justifica que as pessoas deixem de doá-lo. O processo é simples,
rápido e seguro.
Disponível em:https://drauziovarella.com.br/drauzio/doacao-de-sangue/ . Acesso em: 23 dez. 2016, com adaptações.
21. (HEMOCENTRO/ IADES/ 2017) Considerando a relação existente entre as

informações e as sequências linguísticas que constituem o texto, é correto afirmar

que nele predomina a

a) narração, pois apresenta uma sucessão de ações que expressam a reação das

pessoas diante da necessidade de doar sangue.

b) dissertação, pois manifesta a opinião do autor a respeito da pouca ou nenhuma

importância que as pessoas dão ao ato de doar sangue, o que justifica o fato de elas

se recusarem a ser doadoras.


c) narração, pois tem como foco central relatar o modo como as pessoas reagem

para não doarem sangue, isto é, a forma como elas se esquivam da responsabilidade

de serem doadoras.

d) descrição, pois o autor faz apenas um registro objetivo e imparcial de um fato para

demonstrar ao leitor a realidade em que se encontra a doação de sangue.

e) dissertação, pois o autor defende uma opinião a partir da qual se pode concluir que

reconhecer a importância de doar sangue não necessariamente garante que tal

doação se concretize.

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