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Certificação em Produtos de Investimentos


ANBIMA - Série 10
Setembro 2013

Módulo 5
Fundos de Investimento
(25 a 40% do exame)

“Este documento foi classificado pelo Departamento de Recursos Humanos / UniBrad e o acesso está autorizado, exclusivamente, aos
colaboradores da organização Bradesco
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Dúvidas: 4636.financeiro@bradesco.com.br

SUMÁRIO

5. Fundos de Investimento ( 25 a 40%) 1


5.1. Definições legais 1
5.1.1. Fundo de Investimento e Fundo de Investimento em Cotas 1
5.1.2. Condomínio 1
5.1.3. Cota 2
5.1.4. Propriedade dos Ativos de Fundos de Investimentos – excluindo
2
fundos imobiliários
5.1.5. Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros
2
(Chinese Wall) - Também conhecido como Barreira de informação.
5.1.6. Assembleias Geral de cotistas (Competência e Deliberações) 3
5.1.7. Direitos e obrigações dos Condôminos 4
5.1.8. Informações relevantes (disclaimers) 4
5.1.8.1. Informações periódicas 5
5.1.8.2. Conceito de informações eventuais e fato relevante 6
5.1.9. Segregação de funções e responsabilidades 7
5.1.9.1. Administradores 7
5.1.9.2. Gestores 7
5.1.9.3. Distribuidores 8
5.1.9.4. Custodiante 8
5.1.9.5. Auditor independente 8
5.1.10. Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em Cotas
(FIC): Definições
5.1.10.1. Abertos
5.1.10.2. Fechados 9
5.1.10.3. Com carência
5.1.10.4. Sem carência
5.1.10.5. Exclusivos
5.2. Dinâmica de Aplicação e Resgate 10
5.2.1. Aplicação de recursos e compra de ativos por parte dos gestores 10
5.2.2. Resgate de recursos e venda de ativos por parte dos gestores 10
5.2.3. Prazo de cotização: conceito (prazo de conversão de cotas na
11
aplicação e no resgate)
5.2.4. Prazo de Liquidação Financeira: conceito e limite 11
5.2.5. Cota de abertura e fechamento: conceito e impactos 12
5.2.6. Prazo de carência para resgate 12
5.2.7. Fechamento dos fundos para resgates e aplicações 12
5.3. Principais Características 13
5.3.1. Acessibilidade ao mercado financeiro 13
5.3.2. Diversificação 14
5.3.3. Liquidez 14
5.4. Política de Investimento 14
5.4.1. Objetivo 14
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5.4.2. Fundos com Gestão Ativa e Passiva: Definição 15
5.4.3. Carteiras de curto prazo e longo prazo: Definição 15
5.4.4. Dificuldades de replicação dos índices de referência (benchmark) e
suas principais causas: custos, impostos, dinâmica de cálculo da 16
rentabilidade do fundo e regras de contabilização a mercado
5.4.5. Instrumentos de divulgação das políticas de investimento:
regulamento, prospecto, termo de adesão e termo de ciência de 17
risco de crédito
5.5. Carteira de Investimentos 24
5.5.1. . Principais Mercados (juros pré e pós-fixados, câmbio, inflação,
24
ações; seus derivativos)
5.5.1.1. Marcação a Mercado: conceito, finalidade e relevância para o
25
investidor
5.5.2. Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira 25
5.5.3. Alavancagem: conceito, vantagens e desvantagens 26
5.5.4 Impacto de variações nas taxas de juros, câmbio e inflação sobre os
26
tipos de fundos: consequências.
5.6. Taxas de Administração e Outras 27
5.6.1. Taxa de administração, taxa de performance, taxa de ingresso e
27
taxa de saída: conceitos e formas de cobrança
5.7. Classificação CVM: 31
5.7.1. Curto Prazo, Referenciado, Renda Fixa, Ações, Cambial, Dívida
33
Externa e Multimercado:
5.7.1.1. Ativos elegíveis e composição do patrimônio 34
5.7.1.2. Fatores de risco inerentes a cada classe 36
5.7.1.3. Fundos de longo prazo, segundo regulamentação fiscal. Definição e
36
utilização
5.7.1.4. Fundos de Crédito Privado: Definição 37
5.8. Outros Fundos 37
5.8.1. Fundos de Investimento em Índice de Mercado – também conhecido
37
como ETF (Exchange Traded Fund): conceito
5.8.2. . Fundo de Investimento Imobiliário – FII: conceito. 38
5.9. Tributação 39
5.9.1. IOF 39
5.9.2. Imposto de Renda (IR): fato gerador, alíquotas (conforme tipo de
fundo – curto prazo e longo prazo e ações, segundo a Secretaria da
40
Receita Federal – e tempo de permanência da Aplicação), bases de
cálculo e responsabilidade de recolhimento
5.9.3. Imposto de Renda (IR) – “Come-Cotas”: fato gerador, alíquotas
(conforme tipo de fundo – curto prazo e longo prazo), datas de 41
incidência e responsabilidade de recolhimento
5.9.4. Compensação de perdas no pagamento de IR 43
Exercícios – Módulo 5 – Fundos de Investimento 44
Gabarito 45

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5. Fundos de Investimento
5.1 Definições Legais
5.1.1 Fundo de Investimento e Fundo de Investimento em Cotas
Fundo de Investimento: é uma comunhão de recursos, constituída sob a forma de
condomínio, destinado à aplicação em ativos financeiros (conforme item 5.7.1.1.).

Fundo de Investimento em Cotas: destina-se à aquisição de cotas de um fundo de


investimento - FI. Deverá manter, no mínimo, 95% de seu patrimônio, investido em
cotas de fundo de investimento da mesma classe, exceto os FICs classificados como
"Multimercado", que podem investir em cotas de fundos de classes distintas.

Os restantes 5% do patrimônio do fundo poderão ser mantidos em depósitos à vista ou


aplicados em:
I - títulos públicos federais;
II - títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
III - operações compromissadas, de acordo com a regulação específica do Conselho
Monetário Nacional - CMN.

Deverá constar da denominação do fundo a expressão "Fundo de Investimento em


Cotas de Fundos de Investimento" acrescida da classe dos fundos investidos de
acordo com regulamentação específica.
Os percentuais referidos acima deverão ser cumpridos diariamente, com base no
patrimônio líquido do fundo do dia imediatamente anterior.

5.1.2 Condomínio
Os fundos de investimento são constituídos sob a forma de condomínio. Isso significa
que cada investidor detém uma parte do valor que está aplicado. Sendo compostos por
vários aplicadores, os fundos de investimento têm um poder de negociação que o dos
investidores isoladamente. Além disso, ao aplicar num fundo de investimento, o Cliente
terá seu dinheiro administrado por profissionais especializados na análise das
alternativas de investimento. Eles buscam a melhor relação risco-retorno para o
investimento.

Em se tratando de um condomínio, a rentabilidade gerada num fundo de investimentos


será atribuída a cada investidor na proporção de sua participação no fundo. O mesmo
procedimento será adotado com relação às despesas geradas pelo fundo.
Os participantes de um condomínio são chamados de condôminos. A qualidade de
condômino num fundo de investimentos caracteriza-se pela abertura de conta de
depósito em seu nome. Nessa conta serão mantidas as cotas de cada investidor.

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5.1.3 Cota
É uma fração ideal do patrimônio do fundo é escritural e nominativa. Ao aplicar seus
recursos num fundo, o investidor adquire um determinado número de cotas que é
obtido dividindo-se o valor aplicado pelo valor da cota da data na aplicação ou
conforme disponha o regulamento do fundo.
5.1.4 Propriedade dos ativos de fundos de investimentos
Como você pôde perceber, os recursos que ingressam num fundo de investimentos
são provenientes de vários investidores. Agrupados, os recursos são aplicados no
mercado financeiro, compondo a carteira do fundo. A escolha dos ativos que comporão
a carteira de um fundo de investimentos é feita por profissionais de instituições
financeiras, as quais estão prestando um serviço para o cotista (ou condômino) do
fundo. Assim, os ativos que compõem a carteira de um fundo de investimentos não
são propriedade da instituição financeira, mas sim de todos os cotistas organizados
em condomínio, à exceção do Fundo de Investimento Imobiliário.

Para bem caracterizar o fato exposto, o fundo deve ter escrituração contábil destacada
da instituição administradora e CNPJ próprio. As demonstrações financeiras anuais do
fundo devem ser auditadas por auditor independente registrado na Comissão de
Valores Mobiliários.

5.1.5 Segregação entre gestão de recursos próprios e de terceiros (chinese wall)


– também conhecido como Barreira de Informação.
Fundos de Investimento são, geralmente, administrados por instituições financeiras que
têm outras funções no mercado financeiro. Para evitar conflitos entre interesses do
administrador e dos investidores que têm seus recursos por ele administrados, teria
que haver uma barreira intransponível separando os recursos próprios do administrador
e os recursos dos investidores (terceiros). A essa barreira o mercado deu o nome de
Chinese Wall (também conhecido como barreira de informação), ou Muralha da China.

O Chinese Wall para o mercado financeiro visa a proteger os recursos que estão nos
fundos de investimento e, portanto, pertencem aos investidores, quanto ao uso de
informações não públicas, evitando seu uso ilegal.

A segregação dessas atividades pode ser promovida mediante a contratação de


empresa especializada na prestação de serviços de gestão de recursos de terceiros ou,
por meio da designação de membro da diretoria, ou se for o caso, sócio-gerente,
tecnicamente qualificado, para responder, civil, criminal e administrativamente, pela
gestão e supervisão dos recursos de terceiros, bem como pela prestação de
informações a eles relativas.

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5.1.6 Assembleia Geral de Cotistas
Compete privativamente à Assembleia Geral de Cotistas deliberar sobre:
- demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
- substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do fundo;
- fusão, incorporação, cisão, transformação ou liquidação do fundo;
- aumento da taxa de administração;
- alteração da política de investimento do fundo;
- emissão de novas cotas no fundo fechado;
- amortização de cotas, caso não esteja prevista no regulamento; e
- alteração do regulamento.

Convocação: A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência,


encaminhada a cada cotista. Nela, deverão ser enumeradas, expressamente, na ordem
do dia, todas as matérias a serem deliberadas. A entrega da correspondência deve ser
feita com 10 dias de antecedência, no mínimo, da data da realização da Assembleia.

A convocação por iniciativa do gestor, do custodiante ou de cotistas será dirigida ao


administrador, que deverá no prazo máximo de 30 dias contados do recebimento,
realizar a convocação da assembléia geral.

As deliberações da assembleia geral serão tomadas por maioria de votos, cabendo a


cada cota um voto.

O regulamento poderá mencionar a possibilidade de as deliberações da assembleia


serem adotadas mediante processo de consulta formal, sem necessidade de reunião
dos cotistas, como também estabelecer quórum qualificado para as deliberações.

- Há possibilidade de envio de correio eletrônico (e-mail) mediante anuência do


investidor;
- Há possibilidade de realização da assembleia fora da sede do administrador;
- A assembleia geral se instalará com a presença de qualquer número de cotistas.
O resumo das decisões tomadas na assembleia geral deverá ser enviado a cada
cotista no prazo de até 30 dias após a data de realização da mesma, podendo ser
utilizado para tal finalidade o extrato de conta que for enviado após a comunicação.
Caso a assembléia geral seja realizada nos últimos 10 dias do mês, a comunicação
tratada no item acima poderá ser efetuada no extrato de conta relativo ao mês seguinte
ao da realização da assembleia.

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5.1.7 Direitos e Obrigações dos Condôminos
Direitos
- receber, gratuitamente, exemplar do regulamento do fundo;
- ser informado a respeito do periódico (ex.: jornal) utilizado para prestação de
informações do fundo, e também da taxa de administração praticada pelo
administrador;
- ser informado, ampla e imediatamente, sobre qualquer ato ou fato relevante, de
modo a ter garantido o acesso às informações que possam, direta ou indiretamente,
influir em suas decisões quanto à sua permanência no fundo;
- ter acesso às demonstrações financeiras do fundo;
- receber mensalmente demonstrativo de que conste o número de cotas de sua
propriedade e seu respectivo valor e também como a rentabilidade do fundo no
período;
- ser informado, com a devida antecedência, a respeito da realização de assembleias
gerais com dia, hora, local de realização e assuntos a serem tratados;
- convocar assembleia geral, desde que o condômino possua, no mínimo, 5% do total
de cotas emitidas pelo fundo;
- votar nas Assembleias Gerais na proporção de um voto por cota possuída.
Obrigações
- manter atualizados seus dados cadastrais.

- analisar os diversos fundos disponíveis e sua compatibilidade com seus objetivos


pessoais;
- ler regulamento e prospecto do fundo, pois ao investir o Cliente está implicitamente
concordando com as regras do fundo, sua política e objetivo de investimento;
- acompanhar por meio do material disponibilizado pelo administrador, a performance
do fundo;
- comparecer às Assembleias Gerais de Cotistas.

5.1.8 Informações Relevantes (Disclaimers)


Quando investe em fundos de investimento, o Cliente deve ter acesso a uma série de
informações que são disponibilizadas por meio dos regulamentos e prospectos dos
fundos. Além das informações técnicas que devem constar desses documentos, muitas
vezes deve-se chamar a atenção do cotista para algumas informações importantes a
respeito do investimento que está sendo feito.

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Essas informações aparecem de forma destacada no prospecto do fundo e são
chamadas de “disclaimers”. Na realidade “disclaimers” são declarações que isentam o
gestor ou o administrador do fundo ou mesmo um órgão regulador de uma
responsabilidade. Um exemplo de “disclaimer” é:

"A CONCESSÃO DE REGISTRO PARA A VENDA DE COTAS DESTE FUNDO NÃO


IMPLICA, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES
PRESTADAS OU DE ADEQUAÇÃO DO REGULAMENTO DO FUNDO OU DO SEU
PROSPECTO À LEGISLAÇÃO VIGENTE OU JULGAMENTO SOBRE A QUALIDADE
DO FUNDO OU DE SEU ADMINISTRADOR, GESTOR E DEMAIS PRESTADORES
DE SERVIÇOS”.

O “disclaimer” acima deve ser publicado nos prospectos dos fundos de investimento,
conforme dispõe a Instrução Normativa da CVM.

5.1.8.1 Informações Periódicas


O administrador do fundo está obrigado a:
I - divulgar, diariamente, o valor da cota e do patrimônio líquido do fundo aberto;
II - remeter mensalmente ao cotista extrato de conta contendo:
a) nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
b) nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
c) nome do cotista;
d) saldo e valor das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao
longo desse período;
e) a rentabilidade do fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior e o último dia
útil do mês de referência do extrato;
f) data de emissão do extrato da conta; e
g) o telefone, o correio eletrônico e o endereço para correspondência do serviço.

III - disponibilizar as informações do fundo, inclusive as relativas à composição da


carteira, no tocante à periodicidade, ao prazo e ao teor das informações, de forma
equânime entre todos os cotistas.
Caso o administrador divulgue informação a terceiros referente à composição da
carteira, a mesma informação deve ser colocada à disposição dos cotistas na mesma
periodicidade, ressalvadas as hipóteses de divulgação de informações pelo
administrador aos prestadores de serviços do fundo, necessárias para a execução de
suas atividades, e também aos órgãos reguladores, aos autorreguladores e às

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entidades de classe, quanto aos seus associados, no atendimento a solicitações legais,
regulamentares e estatutárias por eles formuladas.

O administrador não está obrigado a cumprir o disposto no inciso II do artigo anterior


nos casos em que o cotista, por meio de assinatura em documento específico,
expressamente optar pelo não recebimento do extrato.

O administrador deverá manter o documento previsto neste artigo à disposição da


CVM, pelo prazo de cinco anos.

Caso o cotista não tenha comunicado ao administrador do fundo a atualização de seu


endereço, seja para envio de correspondência por carta ou através de meio eletrônico,
o administrador ficará exonerado do dever em prestar-lhe as informações previstas a
partir da última correspondência que houver sido devolvida por incorreção no endereço
declarado.

O administrador deverá manter a correspondência devolvida à disposição da


fiscalização da CVM, enquanto o cotista não proceder ao resgate total de suas cotas.

5.1.8.2 Conceito de Informações Eventuais e Fato Relevante


Informações Eventuais
O administrador deve remeter, através do Sistema de Envio de Documentos disponível
na página da CVM na rede mundial de computadores, os seguintes documentos,
conforme modelos disponíveis na referida página:
I - informe diário, no prazo de dois dias úteis;
II - mensalmente, até dez dias após o encerramento do mês:
a) balancete;
b) demonstrativo da composição e diversificação de carteira; e
c) perfil mensal.
III - anualmente, no prazo de noventa dias, contados a partir do encerramento do
exercício a que se referirem as demonstrações contábeis acompanhadas do parecer do
auditor independente.

IV - formulário padronizado com as informações básicas do fundo, denominado “Extrato


de Informações sobre o Fundo”, sempre que houver alteração do regulamento, na data
do início da vigência das alterações deliberadas em assembleia.
O prazo de retificação das informações é de 3 (três) dias úteis, contados do fim do
prazo estabelecido para a apresentação dos documentos.

Fato Relevante

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O administrador é obrigado a divulgar imediatamente, por meio de correspondência a
todos os cotistas e de comunicado por meio do Sistema de Envio de Documentos
disponível na página da CVM, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado
ao funcionamento do fundo ou aos ativos integrantes de sua carteira.

Considera-se relevante qualquer ato ou fato que possa influir de modo ponderável no
valor das cotas ou na decisão dos investidores de adquirir, alienar ou manter tais cotas.

Exemplo de fato relevante: alterações nos valores de movimentação.

5.1.9 Segregação de Funções e Responsabilidades


Fundos de investimento envolvem uma série de atividades distintas. Normalmente, as
pessoas se referem a esses termos como se fossem sinônimos, mas há uma clara
diferença entre eles. Veja a seguir:

5.1.9.1 Administrador
Cabe a ele praticar todos os atos necessários à administração do fundo e da carteira,
bem como exercer os direitos inerentes aos ativos financeiros e às modalidades
operacionais que integrem a carteira.
As principais atividades exercidas pelo administrador são: constituir o fundo, produzir
os regulamentos e prospectos, divulgar o valor das cotas nos jornais, emitir extrato aos
cotistas, ser o responsável pelas informações devidas ao investidor e aos órgãos
reguladores.
Perceba que o administrador do fundo é a instituição responsável legal pelo fundo.
Podem ser administradores de fundos de investimento as pessoas jurídicas autorizadas
pela CVM.

5.1.9.2 Gestor
A atividade de gestão se relaciona à escolha dos ativos financeiros que serão incluídos
na carteira de investimentos do fundo. As principais atividades exercidas por ele são:
selecionar as melhores alternativas de investimentos que estejam de acordo com o
regulamento e o prospecto do fundo, elaborar a estratégia de investimentos do fundo,
comprar e vender títulos, controlar o caixa, analisar o risco e retorno das operações,
ser o responsável pela rentabilidade do fundo. O gestor é profissional especializado
que acompanha o mercado e procura definir os melhores momentos de compra e
venda dos ativos financeiros que compõem a carteira do fundo. A gestão da carteira do
fundo é a gestão profissional, conforme estabelecido em seu regulamento, dos títulos e
valores mobiliários dela integrantes, desempenhada por pessoa natural (PF) ou jurídica
credenciada como administradora de carteira de valores mobiliários pela CVM.
Obs.: O administrador e o gestor estão obrigados a adotar as seguintes normas de
conduta:

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I - exercer suas atividades buscando sempre as melhores condições para o fundo, ter o
cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma dispensar à
administração de seus próprios negócios, atuar com lealdade em relação aos
interesses dos cotistas e do fundo, evitar práticas que possam ferir a relação fiduciária
com eles mantida e responder por quaisquer infrações ou irregularidades que venham
a ser cometidas sob sua administração ou gestão;

II - exercer, ou diligenciar para que sejam exercidos todos os direitos decorrentes do


patrimônio e das atividades do fundo, ressalvado o que dispuser o regulamento sobre a
política relativa ao exercício de direito de voto do fundo; e

III - ser, na defesa dos direitos do cotista, diligente conforme exigirem as


circunstâncias, praticando todos os atos necessários para assegurá-los e adotando as
medidas judiciais cabíveis.

Parágrafo único. O administrador e o gestor devem transferir ao fundo qualquer


benefício ou vantagem que possam alcançar em decorrência de sua condição,
admitindo-se, contudo, que o administrador e o gestor de fundo de cotas sejam
remunerados pelo administrador do fundo investido.

5.1.9.3 Distribuidor

Aquele que distribui as cotas do fundo, ou seja, que vende as cotas no mercado. As
cotas dos fundos do Bradesco são distribuídas pela rede de agências.

5.1.9.4 Custodiante

Os serviços de custódia qualificada compreendem a liquidação física e financeira dos


ativos, sua guarda, bem como a administração e informação de eventos associados a
esses ativos. Os serviços não envolvem negociação ou qualquer tipo de
aconselhamento sobre o investimento. A custódia permite a segregação de funções
entre quem toma a decisão de investimento e quem faz a liquidação financeira e a
guarda dos ativos, o controle e a contabilização das contas do fundo, trazendo mais
transparência e segurança para o processo.

5.1.9.5 Auditor Independente

As demonstrações financeiras anuais do fundo devem ser auditadas por auditor


independente registrado na CVM. O administrador deve manter atualizado e em
perfeita ordem os pareceres do auditor independente.

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5.1.10 Fundos de Investimento (FI) e Fundos de Investimento em Cotas (FIC):


Definições
Podem ser classificados como:
5.1.10.1 Abertos
São aqueles em que os cotistas podem solicitar o resgate de suas cotas a qualquer tempo.
Portanto, nos fundos abertos, o ingresso e a saída de cotistas se dão automaticamente por
solicitação junto ao Administrador do Fundo.
5.1.10.2 Fechados
São aqueles em que as cotas só podem ser resgatadas ao término do prazo de duração do
fundo ou quando de sua liquidação. Logo, nos fundos fechados não há resgate de cotas.
Neste caso, as cotas podem ser negociadas em mercado secundário, apresentando,
portanto, diferentes níveis de liquidez.
5.1.10.3 Com Carência
São fundos que estabelecem um período mínimo de permanência dos recursos do cliente no
fundo. Havendo resgate durante o período de carência, o cliente perde o rendimento
proporcionado neste período.
5.1.10.4 Sem Carência
São fundos que oferecem liquidez diária, logo o cotista pode fazer resgates a qualquer tempo
sem perda de rentabilidade.
5.1.10.5 Exclusivos
São os fundos para investidores qualificados
constituídos para receber aplicações exclusivamente
de um único cotista.
Mas quem são os Investidores Qualificados?
Por definição:
- As instituições financeiras;
- Companhias seguradoras e sociedades de
capitalização;
- Entidades abertas e fechadas de previdência
privada complementar;
- Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor superior a
R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
- Fundos de investimento destinados exclusivamente a investidores qualificados;
- Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM
- Comissão de Valores Mobiliários, em relação a seus recursos próprios; e
- Regimes próprios de previdência social instituído pela União, pelos Estados, pelo
Distrito Federal ou por Municípios.

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Conheça algumas regras da CVM para os Fundos destinados a Investidores


Qualificados:

Desde que previsto em seu regulamento, pode:


I – admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na integralização e resgate
de cotas, com o estabelecimento de critérios detalhados e precisos para adoção
desses procedimentos, atendidas ainda, quando existirem, as correspondentes
obrigações fiscais;

II – dispensar a elaboração de prospecto, assegurando que as informações


previstas, estejam contempladas no regulamento;

III – cobrar taxas de administração e de performance, conforme estabelecido em


seu regulamento; e

IV – estabelecer prazos para conversão de cota e para pagamento dos resgates


diferentes daqueles previstos nesta Instrução.

5.2 Dinâmica de Aplicação e Resgate


5.2.1 Aplicação de recursos e compra de ativos por parte dos gestores
Já vimos que, quando aplica seus recursos em um fundo de investimento, o Cliente
adquire cotas desse fundo e espera que essas cotas se valorizem para que seu
investimento tenha rentabilidade positiva.
Ao receber os recursos do Cliente, o gestor do fundo tem que se preocupar em
rentabilizá-la. Para isso, ele precisa adquirir os ativos que comporão a carteira do
fundo, pois são eles que possibilitarão a valorização das cotas. O raciocínio é o
seguinte: “dinheiro parado não rende”.

Observe o diagrama:

$ $
Cliente Fundo Mercado de Títulos
cotas títulos

Quando o Cliente aplica seus recursos num fundo de investimento, o gestor desse
fundo vai ao mercado e adquire títulos que comporão a carteira do fundo.

5.2.2 Resgate de recursos e venda de ativos por parte dos gestores


Da mesma forma que o gestor compra ativos para compor a carteira do fundo ao
receber uma nova aplicação de um Cliente, quando o cotista deseja fazer um resgate o
gestor tem que vender parte dos ativos que estão em carteira, pois só assim consegue
dinheiro para devolver ao Cliente.

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Lembre-se de que os recursos que compõem o patrimônio do fundo estão
permanentemente aplicados para gerar rentabilidade para o Cliente. Portanto, a um
resgate corresponderá à venda de ativos do fundo.

Observe o diagrama:
cotas títulos
Cliente Fundo Mercado de Títulos
$ $

Quando o Cliente solicita resgate de cotas de um fundo de investimento, o gestor


precisa vender parte dos títulos que compõem a carteira do fundo no mercado para
creditar a conta-corrente em reais.

5.2.3 Prazo de cotização: conceito (prazo de conversão de cotas na


aplicação e no resgate)

Cotização é a transformação dos recursos em cotas no momento da aplicação e, no


resgate, é a conversão de cotas em recursos.
Ao investir num fundo de investimento, o Cliente adquire um determinado número de
cotas desse fundo. Essa aquisição pode ser feita no próprio dia da aplicação (D0) ou
no dia seguinte (D+1). Esse processo é chamado de cotização.
Regras para conversão de cotas:
- aplicação e resgate: poderá ser utilizada cota de abertura ou fechamento do dia
seguinte ao da efetiva disponibilidade, para os fundos das classes: Curto Prazo,
Referenciado e Renda Fixa; e somente cota de fechamento do dia ou do dia
seguinte ao da efetiva disponibilidade, para os fundos das classes: Cambial,
Multimercado, Ações e Dívida Externa.

(mais adiante você verá as definições de cota de abertura e de fechamento)


- pagamento do resgate: conforme estabelecido no regulamento.
5.2.4. Prazo de liquidação financeira: conceito e limite

Liquidação é o efetivo débito ou crédito dos recursos em conta do investidor, ou seja,


a entrada ou a saída desses recursos em sua conta.

Caso o investidor comande a aplicação e ela seja feita no mesmo dia, diz-se que a
liquidação ocorre em D0. Se, por outro lado, comanda-se uma aplicação hoje e ela só é
feita amanhã, a liquidação é feita em D+1.

Portanto:
O prazo de cotização e o prazo de liquidação financeira estão associados aos
momentos em que as cotas são emitidas ou resgatadas, e aos correspondentes

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momentos em que os recursos monetários ingressam ou saem do fundo de
investimento.
Regras para liquidação de cotas:

- de aplicação: no dia (D0) ou no dia seguinte (D+1) à disponibilidade dos recursos;


- pagamento do resgate: não poderá ser superior a 5 dias úteis, contados da data
da cotização.
Agora, analise o seguinte exemplo:

Um Cliente solicitou uma aplicação no Fundo Xis no dia 5. No mesmo dia foi efetuado
o débito correspondente em sua conta-corrente. A conversão do valor aplicado em
número de cotas ocorreu no dia 6. Nesse exemplo, a liquidação ocorre em D0 e a
cotização em D+1.

5.2.5 Cota de abertura e fechamento: conceito e impactos


Cota de Abertura
Reflete os preços de mercado do dia anterior e é, na verdade, a cota de fechamento do
dia anterior. Quando o fundo utiliza cota de abertura, o investidor sabe, no momento da
aplicação, o valor da cota que será utilizada para converter seu capital bem como a
quantidade de cotas que adquiriu. Portanto, o regulamento do fundo poderá
estabelecer que o valor da cota do dia será calculado a partir do patrimônio líquido do
dia anterior, devidamente atualizado por um dia, quando se tratar dos fundos de
investimento classificados como Curto Prazo, Renda Fixa e Referenciados.

Cota de Fechamento
Calculada com base nos preços de mercado do dia, sendo apurada ao final do dia.
Quando um fundo utiliza cota de fechamento, o investidor não sabe no momento da
compra, a quantidade de cotas que adquiriu.

5.2.6. Prazo de carência para resgate


O regulamento poderá estabelecer prazo de carência para resgate, com ou sem
rendimento, caso o regulamento estabeleça:
- data de conversão da cota diferente da data de resgate;
- pagamento do resgate em data diferente do pedido; ou
- prazo de carência para o resgate.
Esses dados deverão ser incluídos com destaque na capa do prospecto e em todo o
material de divulgação, de forma clara e legível.

5.2.7. Fechamento de fundos para resgates


Em casos excepcionais de iliquidez (baixa liquidez) dos ativos componentes da carteira
do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com a
liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário do fundo
ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o administrador poderá

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declarar o fechamento do fundo para a realização de resgates. Nesse caso, é
obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária, no prazo máximo de
um dia, para deliberar, no prazo de 15 dias, a contar da data do fechamento para
resgate, nas seguintes possibilidades:

I - substituição do administrador, do gestor ou de ambos;


II - reabertura ou manutenção do fechamento do fundo para resgate;
III - possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários;
IV - cisão do fundo; e
V - liquidação do fundo.
O fechamento do fundo para resgate deverá, em qualquer caso, ser imediatamente
comunicado à CVM.
A assembleia de que trata o caput deverá realizar-se mesmo que o administrador
delibere reabrir o fundo antes da data marcada para sua realização.

O administrador poderá solicitar à CVM autorização específica para proceder à cisão


do fundo antes da reabertura para resgates, ficando, nesse caso, vedadas novas
aplicações no fundo resultantes da cisão, e devendo, de qualquer modo, realizar-se a
assembleia de que trata o caput.

Fechamento dos Fundos para Aplicações


É facultado ao administrador suspender, a qualquer momento, novas aplicações no
fundo, desde que tal suspensão se aplique indistintamente a novos investidores e
cotistas atuais.

A suspensão do recebimento de novas aplicações em um dia não impede a reabertura


posterior do fundo para aplicações.
O administrador deve comunicar imediatamente aos intermediários sobre a eventual
existência de fundos que não estejam admitindo captação.
O fundo deve permanecer fechado para aplicações enquanto perdurar o período de
suspensão de resgates.

5.3. Principais Características

5.3.1 Acessibilidade ao Mercado Financeiro


Quando se fala em acessibilidade ao mercado financeiro, se faz referência justamente
à possibilidade que os fundos de investimento proporcionam ao investidor de, com
poucos recursos, ter acesso a investimentos que exigem um capital muito maior, o qual
é obtido pela união dos recursos de vários investidores. Além disso, montar uma
carteira individual representa custos altos para um pequeno investidor. Esses custos

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são diluídos quando se investe em Fundos de Investimento já que são divididos entre
diversos cotistas.
Para entender bem este tópico, basta pensar no seu dia a dia: um Cliente que deseja
aplicar R$ 100,00 tem algumas opções no Banco, enquanto outro que dispõe de
R$ 100.000,00 tem muitas outras opções.

5.3.2 Diversificação
Todos os profissionais do mercado financeiro concordam que é muito melhor para o
investidor diversificar sua carteira entre vários ativos do que concentrar num único
investimento. A diversificação faz com que perdas de uma aplicação sejam
compensadas com ganhos em outras.
Diversificar investimentos é tarefa que demanda tempo e experiência. Negociar no
momento certo é mais fácil para profissionais especializados do que para o investidor
pouco afeito ao mercado financeiro. Ao aplicar em fundos de investimentos, o Cliente
tem seus recursos administrados por profissionais especializados que buscam conciliar
o retorno com o risco da carteira. Na verdade, a principal vantagem de investir em um
fundo é que os gestores tendem a otimizar suas carteiras, ou seja, tentam minimizar o
risco dada a estratégia do investimento.

Imagine um Fundo Agressivo (por exemplo, um Fundo de Investimento em Ações


Ativo). Quem investe nesse tipo de fundo aceita correr riscos para ter maior
rentabilidade, mas não quer correr riscos desnecessários. Se dois ativos têm a mesma
perspectiva de rentabilidade, mas apresentam riscos diferentes, o gestor escolhe o
ativo de menor risco. É claro que o gestor não comporá a carteira com um único ativo,
então essa tarefa de análise será feita continuamente para que a diversificação seja a
mais eficiente possível.

5.3.3 Liquidez
Quando compõe a carteira de um fundo de investimentos, o gestor pode adquirir títulos
com alta liquidez e títulos menos líquidos, os quais tendem a proporcionar rentabilidade
mais elevada. Como nem todos os cotistas farão resgates ao mesmo tempo, não é
necessário que a carteira seja altamente líquida para que os cotistas usufruam o
benefício da liquidez.

Pense no seu próprio patrimônio. Se você tem algum dinheiro no banco e ações, se
precisar de recursos rapidamente você recorre primeiro ao dinheiro (que é mais
líquido). Caso sua necessidade persista, você vende suas ações.

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5.4 Política de Investimento
5.4.1 Objetivo
Os fundos de investimento devem ter objetivos e política de investimento, os quais
devem ser divulgados de maneira clara e objetiva para os cotistas e demais
interessados. A política de investimentos deve ser compatível com os objetivos
traçados pelo administrador do fundo. Confira a diferença entre objetivos e política de
investimentos num fundo:

Objetivos de investimento: dizem respeito ao seu “fim” e devem responder à


pergunta “Aonde o fundo pretende chegar?”. Dessa forma o administrador deverá
descrever, obrigatoriamente, os objetivos de investimento do fundo de investimento,
mencionando, quando for o caso, metas e parâmetros de performance. Poderá também
indicar a categoria ou tipo do fundo.

Política de investimento: diz respeito aos “meios” utilizados pelo gestor, devendo
responder à questão “Como os objetivos serão atingidos?” Assim a política de
investimentos deve descrever, obrigatoriamente, como o fundo de investimento
pretende atingir os seus objetivos de investimento, identificando as principais
estratégias técnicas ou práticas de investimento utilizadas, os tipos de títulos e valores
mobiliários nos quais o fundo pode investir (incluindo derivativos e suas finalidades),
políticas de seleção e alocação de ativos e, quando for o caso, sua política de
concentração. Definir também as faixas de alocação de ativos e limites de
concentração e limites de alavancagem, quando for o caso.

Vale lembrar que a distinção entre política de investimento e objetivo deve ser clara no
prospecto do fundo.

5.4.2 Fundos com Gestão Ativa e Passiva: definição


Um gestor de fundos de investimento pode adotar duas estratégias diferentes na
gestão dos recursos:

 Fundos passivos, ou fundos com gestão passiva, são aqueles que buscam
alcançar uma rentabilidade a mais próxima possível de seu parâmetro de
comparação (benchmark) e com a menor volatilidade possível de sua rentabilidade
em relação à desse mesmo parâmetro.

 Fundos ativos, ou fundos com gestão ativa, são aqueles que buscam superar a
rentabilidade de seu parâmetro de comparação (benchmark), podendo admitir uma
maior volatilidade em relação a esse mesmo parâmetro.

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5.4.3 Carteiras de curto prazo e longo prazo: definição CVM
Os fundos são classificados como “Curto Prazo“, segundo a CVM, quando o prazo
máximo dos títulos que compõem a sua carteira é de 375 dias e o médio, inferior a 60
dias.

Longo Prazo: quando o prazo médio da carteira for superior a 365 dias.
O fundo classificado como Referenciado, Renda Fixa, Cambial, Dívida Externa ou
Multimercado que estabelecer, em seu regulamento ou prospecto, que tem o
compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de Longo Prazo previsto
na regulamentação fiscal vigente, estará obrigado a:

- incluir a expressão Longo Prazo na denominação do fundo; e


- atender as condições previstas na referida regulamentação de forma a obter o
referido tratamento fiscal.

5.4.4 Dificuldades de replicação dos índices de referência (benchmarks) e suas


principais causas: custos, impostos, dinâmica de cálculo da rentabilidade do
fundo e contabilização a mercado

Investir num fundo é, muitas vezes, mais interessante para o aplicador do que gerir
seus próprios recursos de maneira isolada. No entanto, mesmo para um fundo passivo,
cujo objetivo é replicar o seu índice de referência (benchmark), atingir esse objetivo não
é tarefa fácil.
Em um fundo há despesas (encargos), como por exemplo, a taxa de administração e
performance, além de outras despesas (encargos) que podem ser debitadas
diretamente pela instituição administradora:

I – taxas, impostos ou contribuições federais, estaduais, municipais ou autárquicas, que


recaiam ou venham a recair sobre os bens, direitos e obrigações do fundo;

II – despesas com o registro de documentos em cartório, impressão, expedição e


publicação de relatórios e informações periódicas previstas nesta Instrução;

III – despesas com correspondência de interesse do fundo, inclusive comunicações aos


cotistas;

IV – honorários e despesas do auditor independente;

V – emolumentos e comissões pagas por operações do fundo;

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VI – honorários de advogado, custas e despesas processuais correlatas, incorridas
em razão de defesa dos interesses do fundo, em juízo ou fora dele, inclusive o valor
da condenação imputada ao fundo, se for o caso;

VII – parcela de prejuízos não coberta por apólices de seguro e não decorrente
diretamente de culpa ou dolo dos prestadores dos serviços de administração no
exercício de suas respectivas funções;

VIII – despesas relacionadas, direta ou indiretamente, ao exercício de direito de voto


do fundo pelo administrador ou por seus representantes legalmente constituídos, em
assembleias gerais das companhias nas quais o fundo detenha participação;

IX – despesas com custódia e liquidação de operações com títulos e valores


mobiliários, ativos financeiros e modalidades operacionais;

X – despesas com fechamento de câmbio, vinculadas às suas operações ou com


certificados ou recibos de depósito de valores mobiliários;

XI – no caso de fundo fechado, a contribuição anual devida às bolsas de valores ou


às entidades do mercado de balcão organizado em que o fundo tenha suas cotas
admitidas à negociação; e

XII – as taxas de administração e de performance;

 Quaisquer despesas não previstas como encargos do fundo, inclusive as relativas


à elaboração do prospecto, correm por conta do administrador, devendo ser por
ele contratados.
 Sem prejuízo das responsabilidades de cada um dos prestadores de serviços de
administração do fundo, podem ser constituídos, por iniciativa dos cotistas, do
administrador ou do gestor, conselhos consultivos, comitês técnicos ou de
investimentos, os quais não podem ser remunerados a expensas do fundo.

Essas despesas fazem com que seja mais difícil para o gestor proporcionar o
rendimento igual ao do benchmark. Como por exemplo, a taxa de administração e, em
alguns casos, a taxa de performance (esses assuntos serão tratados mais adiante).
Além disso, o rendimento de um fundo de investimentos está sujeito à tributação. Logo,
a rentabilidade divulgada pelo administrador é bruta, ou seja, ainda não foram
descontados os tributos. Outro fator que pode dificultar a tarefa do gestor em igualar o
benchmark do fundo é a Marcação a Mercado.

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Situações conjunturais podem alterar o valor de mercado dos títulos que compõem a
carteira do fundo, fazendo com que a rentabilidade apresentada se distancie do
referencial do fundo. Se você não se recorda bem do mecanismo da Marcação a
Mercado consulte o material do Módulo 3.

5.4.5 Instrumentos de divulgação das políticas de investimento: regulamento,


prospecto, termo de adesão e termo de ciência de risco de crédito
Há uma série de informações relevantes às quais o cotista de um fundo de
investimento deve ter acesso. Essas informações são colocadas à disposição do
condômino por meio do regulamento e do prospecto do fundo.

Regulamento do Fundo
O Regulamento é o documento no qual estão estabelecidas as regras básicas de
funcionamento do Fundo. Dentre essas regras, merecem destaque aquelas que se
referem aos ativos que serão adquiridos e às estratégias de investimento adotadas,
uma vez que estão diretamente relacionadas com o risco do investimento.

O regulamento deve, obrigatoriamente, dispor sobre:

I – qualificação do administrador do fundo;

II – quando for o caso, referência à qualificação do gestor da carteira do fundo;

III – qualificação do custodiante;

IV – espécie do fundo, se aberto ou fechado;

V – prazo de duração, se determinado ou indeterminado;

VI – política de investimento, de forma a caracterizar a classe do fundo;

VII – taxa de administração, fixa e expressa em percentual anual do patrimônio líquido


(base 252 dias);

VIII – taxa de performance, de ingresso e de saída;

IX – demais despesas do fundo, em conformidade com o disposto no art.99 (IN CVM


409);

X – condições para a aplicação e o resgate de cotas;

XI – distribuição de resultados;

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XII – público alvo;

XIII – referência ao estabelecimento de intervalo para a atualização do valor da cota,


quando for o caso;

XIV – exercício social do fundo;

XV – política de divulgação de informações, inclusive as relativas à composição de


carteira;

XVI – política relativa ao exercício de direito do voto do fundo, pelo administrador ou


por seus representantes legalmente constituídos, em assembleias gerais das
companhias nas quais o fundo detenha participação;

XVII – informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas;

XVIII - política de administração de risco, com a descrição dos métodos utilizados pelo
administrador para gerenciar os riscos a que o fundo se encontra sujeito.

Na definição da política de investimento exigida no inciso VI do caput, devem ser


prestadas informações sobre:

I – o percentual máximo de aplicação em títulos e valores mobiliários de emissão do


administrador, gestor ou de empresa a eles ligada;

II – o percentual máximo de aplicação em cotas de fundos de investimento


administrados pelo administrador, gestor ou empresa a eles ligada;

III – o percentual máximo de aplicação em títulos e valores mobiliários de um mesmo


emissor, observados os limites do art. 86 (IN CVM 409); e

IV – o propósito do fundo de realizar operações em valor superior ao seu patrimônio,


com a indicação de seus níveis de exposição em mercados de risco.

A política de divulgação de informações referida no inciso XV do caput deverá abranger


pelo menos o seguinte:

I – a periodicidade mínima para divulgação da composição da carteira do fundo;

II – o nível de detalhamento das informações;

III – o local e meio de solicitação e divulgação das informações.


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A política de divulgação deverá ser idênticas para todos os consultores de
investimento, agências classificadoras e demais interessadas.

Será sempre conferido tratamento idêntico ao conjunto dos cotistas quanto à


divulgação de informações, observadas as disposições desta instrução e, se for o caso,
aquelas constantes da política de divulgação que a eles se refiram.

Se o fundo contratar agência classificadora de risco:

I – a remuneração da agência classificadora constituirá despesa do administrador;

II – o contrato deverá conter cláusula obrigando a agência classificadora de risco a,


imediatamente, divulgar em sua página na rede mundial de computadores e
comunicar à CVM e ao administrador qualquer alteração da classificação do fundo,
ou a rescisão do contrato;

III – na hipótese de que trata o inciso II o administrador deverá, imediatamente,


divulgar fato relevante ao mercado; e

IV - as informações a ela fornecidas poderão abranger aquelas fornecidas aos


cotistas

A remuneração de agência classificadora de risco contratada pelo fundo poderá


constituir despesa do fundo desde que:

I – seja deduzida da taxa de administração; e

II – tal possibilidade conste do regulamento.”

O administrador pode destinar diretamente aos cotistas as quantias que forem


atribuídas ao fundo a título de dividendos, juros sobre capital próprio ou outros
rendimentos advindos de ativos que integrem sua carteira, desde expressamente
autorizado pelo regulamento.

Da Alteração do Regulamento

A alteração do regulamento depende da prévia aprovação da assembleia geral de


cotistas, sendo eficaz a partir da data deliberada pela assembleia.

Salvo se aprovadas pela unanimidade dos cotistas do fundo, as alterações de


regulamento serão eficazes no mínimo a partir de 30 (trinta) dias após a comunicação
aos cotistas de que trata o art. 55, (IN CVM 409) nos seguintes casos:

I – aumento ou alteração do cálculo das taxas de administração, de performance,


de ingresso ou de saída;

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II – alteração da política de investimento;

III – mudança nas condições de resgate; e

IV – incorporação, cisão ou fusão que envolva fundo sob a forma de condomínio


fechado ou que acarrete alteração, para os cotistas envolvidos, das condições
elencadas nos incisos anteriores.

 O administrador deverá encaminhar, através do Sistema de Envio de Documentos


disponível na página da CVM na rede mundial de computadores, na data do início
da vigência das alterações deliberadas em assembleia, os seguintes documentos:

I – exemplar do regulamento, consolidando as alterações efetuadas; e

II – prospecto atualizado se for o caso.

 O regulamento pode ser alterado, independentemente da assembleia geral, sempre


que tal alteração decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a
exigências expressas da CVM, de adequação a normas legais ou regulamentares
ou ainda em virtude da atualização dos dados cadastrais do administrador, do
gestor ou do custodiante do fundo, tais como alteração na razão social, endereço e
telefone.

As alterações referidas no caput devem ser comunicadas aos cotistas, por


correspondência, no prazo de até 30 (trinta) dias, contados da data em que tiverem
sido implementadas.

O administrador tem o prazo de até 30 (trinta) dias, salvo determinação em contrário,


para proceder às alterações determinadas pela CVM, contados do recebimento da
correspondência que formular as referidas exigências.

Prospecto do Fundo

O prospecto deve conter todas as informações relevantes para o investidor relativas à


política de investimento do fundo e aos riscos envolvidos.

O prospecto atualizado deve estar à disposição dos investidores potenciais durante o


período de distribuição, nos locais em que esta for realizada, em número suficiente de
exemplares.

O administrador do fundo deverá encaminhar à CVM, em meio eletrônico através do


Sistema de Envio de Documentos disponível na página da CVM na rede mundial de

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computadores, no prazo de 1 (um) dia útil, quaisquer alterações realizadas no
prospecto, as quais serão colocadas à disposição para consulta pública.

O prospecto deve conter, em linguagem clara e acessível ao público alvo do fundo,


informações sobre os seguintes tópicos, assim como quaisquer outras informações
consideradas relevantes:

I – metas e objetivos de gestão do fundo, bem como seu público alvo;

II – política de investimento e faixas de alocação de ativos, discriminando o processo


de análise e seleção dos mesmos;

III – relação dos prestadores de serviços do fundo;

IV – especificação, de forma clara, das taxas e demais despesas do fundo;

V – apresentação detalhada do administrador e do gestor, quando for o caso, com


informação sobre seu registro perante a CVM, seus departamentos técnicos e demais
recursos e serviços utilizados para gerir o fundo;

VI – condições de compra de cotas do fundo, compreendendo limites mínimos e


máximos de investimento, bem como valores mínimos para movimentação e
permanência no fundo;

VII – condições de resgate de cotas e, se for o caso, prazo de carência;

VIII – política de distribuição de resultados, se houver, compreendendo os prazos e


condições de pagamento;

IX – identificação dos riscos assumidos pelo fundo;

X – informação sobre a política de administração dos riscos assumidos pelo fundo,


inclusive no que diz respeito aos métodos utilizados para gerenciamento destes riscos;

XI – informação sobre a tributação aplicável ao fundo e a seus cotistas, contemplando


a política a ser adotada pelo administrador quanto ao tratamento tributário perseguido;

XII – política relativa ao exercício de direito de voto do fundo, pelo administrador ou por
seus representantes legalmente constituídos, em assembleias gerais das companhias
nas quais o fundo detenha participação;

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XIII – política de divulgação de informações, inclusive as de composição de carteira,
que deverá ser idêntica para todos que solicitarem;

XIV – quando houver identificação da agência classificadora de risco do fundo, bem


como a classificação obtida;

XV – observado o disposto no art. 75 (IN CVM 409), a indicação sobre o local, ou meio,
e a forma de obtenção dos resultados do fundo em exercícios anteriores, e de outras
informações referentes a exercícios anteriores, tais como demonstrações contábeis,
relatórios do administrador do fundo e demais documentos pertinentes que tenham sido
divulgados ou elaborados por força de disposições regulamentares aplicáveis;

XVI – o percentual máximo de cotas que pode ser detido por um único cotista;

 O prospecto deve conter, de forma destacada, os dizeres: "A concessão de registro


para a venda de cotas deste fundo não implica, por parte da CVM, garantia de
veracidade das informações prestadas ou de adequação do regulamento do fundo
ou do seu prospecto à legislação vigente ou julgamento sobre a qualidade do fundo
ou de seu administrador, gestor e demais prestadores de serviços.".
 O fundo que pretender realizar operações com derivativos que possam resultar em
perdas patrimoniais ou, em especial, levar à ocorrência de patrimônio líquido
negativo, deverá inserir na capa de seu prospecto e em todo o material de
divulgação, de forma clara, legível e em destaque, uma das seguintes advertências,
conforme o caso:

I – "Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua
política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar
em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas."; ou

II – "Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua
política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar
em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar
perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar
recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo."

 Caso o regulamento estabeleça data de conversão diversa da data de resgate,


pagamento do resgate em data diversa do pedido de resgate ou prazo de carência
para o resgate, tais fatos deverão ser incluídos com destaque na capa do prospecto
e em todo o material de divulgação, de forma clara e legível.
 Se o administrador tiver contratado agência classificadora de risco, o prospecto
deverá conter advertência de que a manutenção desse serviço não é obrigatória,
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podendo o mesmo ser descontinuado, a critério do administrador do fundo ou da
assembleia geral de cotistas.
 Na descrição da política de administração de risco, o prospecto deverá conter
advertência de que os métodos utilizados pelo administrador para gerenciar os
riscos a que o fundo se encontra sujeito não constituem garantia contra eventuais
perdas patrimoniais que possam ser incorridas pelo fundo.

É importante saber que a composição da carteira e a política de investimento do


Fundo são responsáveis pela determinação do RISCO do investimento.
Obs.: Os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados, desde que
previsto em seu regulamento, pode dispensar a elaboração de prospecto.
Termo de adesão
Todo cotista ao ingressar no fundo, deve atestar por meio de Termo de Adesão, que:
- recebeu o regulamento e o Prospecto;
- tomou ciência dos riscos envolvidos e da política de investimento; e
- tomou ciência da possibilidade de ocorrência de patrimônio líquido negativo, se for o
caso, e, nesse caso, é de sua responsabilidade os consequentes aportes adicionais
de recursos.
O administrador deve manter à disposição da CVM o termo contendo as declarações
acima, devidamente assinado pelo investidor, ou registrado em sistema eletrônico que
garanta o atendimento ao acima disposto.
O Termo de Adesão assinado pelo Cliente é a prova de que dispõe o administrador do
fundo de que o cotista conhece as principais características do investimento feito e os
riscos a ele inerentes. É, portanto, obrigatório quando do ingresso no fundo, que o
cotista assine o Termo de Adesão correspondente, o que será fiscalizado pela CVM.

Termo de Ciência de Risco de Crédito


Quando do ingresso do investidor no fundo de investimento que realizar aplicações em
quaisquer ativos ou modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas
ou jurídicas de direito privado, ou de emissores públicos outros que não a União
Federal que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% de seu patrimônio líquido,
será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos inerentes à composição
da carteira do fundo, de acordo com modelo (IN 409), sendo vedada a utilização de
sistemas eletrônicos para esse fim.

Ao assinar o termo o investidor estará afirmando que tem ciência de que:

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- o fundo no qual está investindo, poderá adquirir títulos de responsabilidade de
emissores privados, ou de emissores públicos outros que não a União Federal, em
montante superior a 50% do patrimônio líquido do fundo; e

- existe a possibilidade de perda substancial de patrimônio líquido do fundo em caso de


não pagamento dos títulos que compõem a sua carteira.

5.5 Carteira de Investimentos


5.5.1 Principais mercados (juros pré e pós-fixados, câmbio, inflação, ações; seus
derivativos).
A carteira de um fundo de investimento é composta pelos ativos que são adquiridos
pelo gestor com os recursos que ingressam no fundo. Ao compor uma carteira de
investimentos, o gestor deverá seguir o estabelecido no regulamento do fundo (política
de investimento).

Os principais mercados de atuação dos gestores de fundos são:


Mercados Característica
Juros pré e Nesse mercado, são negociados os títulos que pagam taxa de juros pré e
pós-fixados pós-fixada.
Câmbio Nesse mercado são negociados os títulos indexados à variação cambial.
Inflação Nesse mercado são negociados títulos atrelados a índices de preços.
Ações De renda variável, nesse mercado, negociam-se ações de diversas companhias.

Há, ainda, os derivativos que são ativos financeiros cujos valores e características de
negociação estão “amarrados” aos ativos que lhes servem de referência. A palavra
derivativo vem do fato de que o preço do ativo é derivado de outro. Alguns fundos de
investimento podem aplicar em derivativos de juros, ações ou câmbio.

5.5.1.1. Marcação a Mercado. Conceito, finalidade e relevância para investidor


Os ativos financeiros mantidos em carteira devem ser “marcados a mercado”
diariamente. Marcação a Mercado consiste em registrar todos os ativos que compõem
a carteira de um fundo de investimento pelos preços praticados no mercado,
diariamente, afetando assim o valor da cota.

Embora provoque certo desconforto, porque afinal ninguém gosta de ver o valor de seu
patrimônio oscilar, esse procedimento é necessário para assegurar que não haverá
transferência de riqueza de um investidor para outro. O ganho ou perda deve ser
atribuído a quem está no fundo no momento do evento.
O regulamento de cada fundo de investimento determina os critérios que serão
utilizados pelo administrador para executar esse procedimento.

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5.5.2. Riscos dos ativos individuais versus riscos da carteira
O risco de uma carteira de investimentos não é a soma dos riscos individuais dos
diversos ativos que a compõem. Já vimos que o risco de um título isolado é maior que
o risco de uma carteira diversificada, mas por que isso ocorre?

Para responder bem a essa questão, é necessário que você conheça um conceito
simples de Estatística: correlação.

Correlação é a dependência, entre duas ou mais variáveis aleatórias (que podem ser
dois ativos numa carteira), em que a ocorrência de um valor de uma das variáveis
favorece a ocorrência de um conjunto de valores das outras variáveis. Essa correlação
poderá ser negativa ou positiva. A correlação será negativa quando, por exemplo, dois
ativos movimentam-se em direção oposta (quando um sobe o outro desce) e
chamamos de correlação positiva quando dois ativos movimentam-se na mesma
direção (os dois sobem ou descem).

Para facilitar o entendimento, pense na taxa de juros e na bolsa de valores. Em geral,


quando a taxa de juros sobe, a bolsa de valores cai e quando a taxa de juros cai, a
bolsa sobe. Nesse exemplo, existe correlação negativa.

Existe correlação entre salários e consumo? Quando o salário sobe, há aumento de


consumo. Por outro lado, quando os salários caem, há redução de consumo. Nesse
exemplo, existe correlação positiva.

As carteiras de investimentos apresentam a vantagem de reduzir o risco por meio do


processo de diversificação dos ativos que as compõem.

Aplicando o conceito de correlação, imagine que uma carteira seja montada com dois
ativos com correlação positiva: quando um sobe, o outro sobe também. Certamente,
essa não é uma boa estratégia de redução dos riscos. No entanto, se a carteira tiver
dois ativos com correlação negativa, os riscos serão minimizados, pois a baixa de um
ativo será compensada pela alta do outro.

Perceba que, apesar de os ativos conservarem seus riscos individuais, quando


agrupados em uma carteira, ocorre minimização do risco.
Lembre-se
O risco não pode ser eliminado, uma vez que o risco total é composto por duas
classes de risco: o sistemático e o não sistemático. O risco sistemático não pode ser
eliminado pela diversificação. Em caso de dúvidas, volte ao Módulo 4.

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26
INTERNA
5.5.3 Alavancagem: conceito, vantagens e desvantagens.
Os cotistas de alguns fundos de investimento podem estar dispostos a correr mais
riscos para ter melhor rentabilidade. Uma das estratégias que os gestores podem
utilizar para alcançar esse objetivo é a alavancagem.
Alavancagem pode ser definida como a utilização de recursos de terceiros com o
objetivo de aumentar a exposição financeira de um fundo de investimento acima do seu
patrimônio líquido. Essa estratégia visa a aumentar as possibilidades de ganhos, com
consequente aumento do grau de risco do investimento.
A vantagem de utilizar a alavancagem é que se consegue aumentar a rentabilidade do
fundo de investimentos. Por outro lado, apresenta a desvantagem de aumentar o risco
incorrido.
5.5.4 Impacto de variações nas taxas de juros, câmbio e inflação sobre os
tipos de fundos: consequências.
Quando ocorrem mudanças no cenário econômico, os fundos de investimento são
afetados.

Veja algumas consequências:


Fundos de Renda Fixa Fundos Cambiais Fundos de Ações
Fundos DI

Uma elevação da taxa de


A alta na taxa de juros faz Altas das taxas de juros
juros gera uma perda de São afetados pelas taxas de
com que fundos que são, normalmente,
rentabilidade momentânea juros, pois os títulos que
aplicam em títulos pós- prejudiciais para as
dos fundos de renda fixa, compõem as carteiras dos
fixados passem a ter bolsas de valores, uma
dada a marcação a mercado fundos cambiais pagam uma
rentabilidade mais elevada. vez que com alta
Taxa de dos títulos que compõem a taxa de juros (chamada de
Uma baixa na taxa de juros rentabilidade não vale a
Juro carteira. Uma redução da cupom) acrescida da variação
reduz a rentabilidade do pena correr o risco da
taxa gera uma valorização cambial. O efeito de
fundo. A rentabilidade de renda variável. Quando a
das cotas dos fundos de variações da taxa de juros é
um fundo DI tende a taxa de juros está baixa,
Renda Fixa, em razão do similar ao verificado nos
acompanhar as taxas de o mercado de ações fica
mesmo mecanismo de fundos de Renda Fixa.
juros vigentes. mais atraente.
contabilização.

Normalmente, altas de taxa


de câmbio elevam a
A taxa de câmbio não afeta A taxa de câmbio não afeta rentabilidade dos fundos A taxa de câmbio não
Câmbio diretamente os diretamente os Fundos de cambiais. Movimentos de afeta diretamente os
Fundos DI. Renda Fixa. valorização do real, por outro Fundos de Ações.
lado, reduzem a rentabilidade
desses fundos.

Em razão da atual política econômica, elevações das taxas de inflação geram reação do Banco Central no sentido de
elevar a taxa de juros. Confira os efeitos das taxas de juros nos quadros acima.
Inflação
Devem-se considerar também os efeitos da inflação sobre a rentabilidade real dos fundos: quanto maior for a inflação,
menor tende a ser a rentabilidade real do fundo.

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5.6 Taxas de administração e outras despesas
5.6.1 Taxa de administração, taxa de performance, taxa de ingresso e taxa de
saída: conceitos e formas de cobrança
Você já viu que a rentabilidade proporcionada pelos títulos que compõem a carteira do
fundo é totalmente repassada para os cotistas.
Para remunerar o administrador existem as taxas, tais como: de administração, de
performance, de ingresso e de saída.

Taxa de Administração: Como a administração do fundo compreende o conjunto de


serviços relacionados direta ou indiretamente ao funcionamento e à manutenção do
fundo, que podem ser prestados pelo próprio administrador ou por terceiros por ele
contratados, por escrito em nome do fundo, a taxa de administração é cobrada pela
instituição devido ao serviço de administração de um fundo de investimento.
O regulamento deve dispor sobre a taxa de administração, que remunerará todos os
serviços indicados a seguir:

I - gestão da carteira do fundo;


II - consultoria de investimentos;
III - atividades de tesouraria, de controle e processamento dos títulos e valores
mobiliários;
IV - distribuição de cotas;
V - escrituração da emissão e resgate de cotas;
VI - custódia de títulos e valores mobiliários e demais ativos financeiros; e
VII - classificação de risco por agência especializada constituída no País.

Como se trata da remuneração desse serviço fica a critério da instituição estabelecer o


valor percentual dessa taxa, que deve estar preestabelecida no regulamento e no
prospecto do fundo. A taxa de administração é calculada sobre o patrimônio do fundo,
sendo provisionada diariamente e cobrada mensalmente. A taxa de administração é
fixa, sendo a forma mais comum de remuneração do administrador.

Formas de cobrança (ajuste no valor da cota)

A regulamentação estabelece que a instituição administradora deva estipular a


remuneração a ser percebida pela prestação do serviço de administração do fundo. Os
termos dessa cobrança devem estar estabelecidos no regulamento do fundo.
Acompanhe o exemplo abaixo:
O regulamento do Fundo Xis estabelece que sua taxa de administração é de 3% ao
ano sobre o patrimônio líquido do fundo. A remuneração do administrador é calculada à
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base de 1/252 da taxa referida, sobre o valor diário do patrimônio líquido do fundo.
Essa remuneração é paga mensalmente, por períodos vencidos.
O cálculo da taxa de administração obedece a uma “receita”, da mesma forma que
utilizamos uma receita para preparar um bolo. Veja os passos utilizados para calcular a
taxa de administração:

Tenha em mãos o valor do Patrimônio Líquido do fundo e o número de cotas


distribuídas. Reserve.
1. Calcule a taxa de administração diária seguindo as instruções do administrador.
(O Fundo Xis tem taxa anual de 3%, sendo cobrada à base de 1/252 sobre o
Patrimônio Líquido diário do fundo).
2. Aplique a taxa diária sobre o Patrimônio Líquido do Fundo. Essa será a
remuneração devida ao administrador nesse dia.
3. Subtraia a remuneração encontrada no item 3 do valor do Patrimônio do Fundo.
4. Esse será o novo Patrimônio Líquido do fundo.
5. Divida o novo Patrimônio Líquido pelo número de cotas distribuídas. Pronto.
O valor encontrado é o novo valor da cota desse fundo.

Colocando em números:
1. Patrimônio Líquido do Fundo = R$ 1.000.000,00
Número de Cotas Distribuídas = 850.000

2. Taxa de administração = 3 x 1/252 = 0,011905% ao dia.

3. Remuneração do Patrimônio x Taxa de


Administrador = Líquido Administração Diária

Remuneração do = 1.000.000,00 x 0,011905 = 119,05


Administrador

4. Novo Patrimônio Patrimônio _ Remuneração do


Remuneração do =
Líquido = 119,05
Líquido Administrador
Administrador

Novo Patrimônio _
= 1.000.000,00 119,05 = 999.880,95
Líquido

Novo Valor de Novo Patrimônio Líquido


5. =
Cota
Número de Cotas do Fundo

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Novo Valor de 999.880,95


= = 1,176331
Cota 850.000

Embora os cálculos tenham sido feitos de forma simplificada (perceba que sequer
consideramos a rentabilidade da carteira no dia), o importante é que você saiba que a
taxa da administração afeta o valor das cotas do fundo, ou seja, quando o
administrador divulga o valor das cotas de um fundo, esse valor já está líquido da taxa
de administração.

Taxa de Performance: é a taxa percentual cobrada pelos bancos sobre a parcela da


rentabilidade do fundo de investimento que exceder a variação de um determinado
índice previamente estabelecido, portanto é uma taxa variável. Ex.: se a taxa de
performance é de 25% sobre o CDI, significa que este percentual será cobrado sobre
os rendimentos que ultrapassarem a variação do CDI no período.
Analise os seguintes exemplos considerando uma taxa de performance de 25%:

Rentabilidade do Fundo Benchmark (CDI) Taxa de Performance


1,90% 1,80% 0,025%
1,70% 1,80% não há

A CVM determinou as regras para a cobrança de taxa de performance:


O regulamento poderá estabelecer a cobrança da taxa de performance, sendo vedada
a cobrança (exceto quando se tratar de fundos destinados a investidor qualificado) para
os fundos das classes: Curto Prazo, Referenciado e Renda Fixa.

A cobrança da taxa de performance deverá atender aos seguintes critérios:

a) vinculação a um parâmetro de referência compatível com a política de


investimento do fundo e com títulos que efetivamente a componham;

b) vedação da vinculação da taxa de performance a percentuais inferiores a 100% do


parâmetro de referência;

c) cobrança por período, no mínimo, semestral; e

d) cobrança após a dedução de todas as despesas, inclusive da taxa de administração.

e) é vedada a cobrança de taxa de performance quando o valor da cota do fundo for


inferior ao seu valor por ocasião da última cobrança efetuada.

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f) é permitida a cobrança de ajuste sobre a performance individual do cotista que
aplicar recursos no fundo posteriormente à data da última cobrança,
exclusivamente, nos casos em que o valor da cota adquirida for inferior ao valor da
mesma na data da última cobrança de performance efetuada.
g) os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados podem cobrar taxa
de performance, de acordo com o seu regulamento.

Vale lembrar que:


A taxa de administração e a de performance não podem ser aumentadas sem
prévia aprovação da assembleia geral de cotistas. O administrador pode, contudo,
reduzir unilateralmente as taxas a que faça jus, comunicando o fato à CVM e aos
cotistas e promovendo a devida alteração no prospecto.
Os fatores que afetam o valor da cota são: composição da carteira, marcação a
mercado; taxa de administração, performance e outras despesas.
O Imposto de Renda NÃO afeta o valor da cota, e sim a quantidade de cotas.

Taxa de Ingresso: Alguns fundos cobram taxa de ingresso no momento da aplicação,


desde que conste do regulamento suas formas de cobrança.

Taxa de Saída: Alguns fundos cobram taxa de saída no resgate, que pode ser utilizada
para penalizar uma saída antes de um prazo preestabelecido.

Obs.: a maioria dos Fundos de Investimento não aplica essa cobrança atualmente,
sendo mais comum sua utilização nos Planos de Previdência Complementar.

5.7 Classificação da CVM - Comissão de Valores Mobiliários


5.7.1 Curto Prazo, Referenciado, Renda Fixa, Ações, Cambial, Dívida Externa e
Multimercado.

I. Fundo de Curto Prazo:


- deverá aplicar seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou
privados prefixados ou indexados à taxa SELIC ou a outra taxa de juros, ou em
títulos indexados a índice de preços, com prazo máximo a decorrer de 375 dias, e
prazo médio da carteira do fundo inferior a 60 dias;
- os títulos privados referidos acima deverão ter seu emissor classificado na
categoria baixo risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de
classificação de risco localizada no País;
- a utilização de derivativos é permitida somente para proteção da carteira e a
realização de operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais;

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- a cobrança de taxa de performance é vedada, salvo quando se tratar de fundo
destinado a investidor qualificado.

II. Fundo Referenciado: deverá identificar em sua denominação o seu indicador de


desempenho, em razão dos ativos financeiros integrantes das respectivas
carteiras, desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:
- tenha 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por:
a) títulos de emissão do Tesouro Nacional ou do Banco Central do Brasil;
b) títulos e valores mobiliários de renda fixa cujo emissor esteja classificado na
categoria baixo risco de crédito ou equivalente, com certificação por agência de
classificação de risco localizada no país;
- estipule que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de
forma a acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de
desempenho (benchmark) escolhido;
- restrinja a respectiva atuação nos mercados de derivativos a realização de
operações com o objetivo de proteger posições à vista, até o limite delas;
- o indicador de desempenho deve estar expressamente definido na denominação do
fundo;
- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo
destinado a investidor qualificado.
Fundo de Renda Fixa: deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a
variação da taxa de juros doméstica ou de índice de preços ou ambos.
- deverá possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados direta ou
indiretamente sintetizados, via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;
- é vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de fundo
destinado a investidor qualificado ou classificado como Renda Fixa de Longo Prazo
(quando o prazo médio de sua carteira superar 365 dias).
III. Fundo de Ações: deverá ter como principal fator de risco a variação de preços de
ações admitidas à negociação no mercado à vista de bolsa de valores ou em
entidade do mercado de balcão organizado.
- 67%, no mínimo, de seu patrimônio líquido deverá ser compostos pelos seguintes
ativos:
a) ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão
organizado;

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INTERNA
b) bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações admitidas à
negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;
c) cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações, negociadas
em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado; e
d) BDR - Brazilian Depositary Receipts -, classificados como nível II e III.
- O patrimônio líquido do fundo que exceder o percentual fixado (67%), poderá ser
aplicado em qualquer outra modalidade de ativos financeiros, observados os limites de
concentração por modalidades de ativos.

- O investimento nos ativos financeiros listados acima não estará sujeito a limites de
concentração por emissor (exceto BDR nível I), desde que o regulamento, prospecto e
material de venda do fundo e os extratos enviados aos Clientes contenham, com
destaque, alerta de que o fundo pode estar exposto a significativa concentração em
ativos de poucos emissores, com riscos daí decorrentes.

IV. Fundo Cambial: deverá ter como principal fator de risco de sua carteira a variação
de preços de moeda estrangeira ou a variação do cupom cambial.
- deverá possuir 80%, no mínimo, da carteira em ativos relacionados direta, ou
indiretamente sintetizados via derivativos, ao fator de risco que dá nome à classe;

V. Fundo de Dívida Externa: deverão aplicar, no mínimo, 80% de seu patrimônio


líquido em títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União,
sendo permitida a aplicação de até 20% do patrimônio líquido em outros títulos de
crédito transacionados no mercado internacional.
- Os títulos representativos da dívida externa de responsabilidade da União devem ser
mantidos, no exterior, em conta de custódia, no Sistema Euroclear ou na LuxClear –
Central Securities Depositary of Luxembourg (CEDEL).
- Os títulos integrantes da carteira do fundo devem ser custodiados em entidades
habilitadas a prestar esse serviço pela autoridade local competente.
- A aquisição de cotas de outros fundos classificados como “Dívida Externa” não está
sujeita à incidência de limites de concentração por emissor.
- Os recursos porventura remanescentes podem:
a) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados de
derivativos no exterior, exclusivamente para fins de hedge dos títulos integrantes da
respectiva carteira, ou ser mantidos em conta de depósito em nome do fundo, no
exterior, observado, relativamente a essa última modalidade, o limite de 10% do
patrimônio líquido respectivo;

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INTERNA
b) ser direcionados à realização de operações em mercados organizados de
derivativos no País, exclusivamente para fins de hedge dos títulos integrantes da
respectiva carteira e desde que referenciadas em títulos representativos de dívida
externa de responsabilidade da União, ou ser mantidos em conta de depósito à vista
em nome do fundo, no País, observado, no conjunto, o limite de 10% do patrimônio
líquido respectivo.

VI. Fundo Multimercado: devem possuir políticas de investimento que envolva vários
fatores de risco, sem o compromisso de concentração em nenhum fator especial ou em
fatores diferentes das demais classes.
- O regulamento dos fundos poderá autorizar a aplicação em ativos financeiros no
exterior, no limite de 20% de seu patrimônio líquido;
- Quando adquirir cotas de fundos classificados como Dívida Externa, não estará
sujeita à incidência de limite de concentração por emissor; e
- Não estará sujeito a limites de concentração por emissor, desde que o regulamento,
prospecto e material de venda e os extratos enviados aos Clientes contenham, com
destaque, alerta de q ue o fundo pode estar exposto a significativa concentração em
ativos de poucos emissores, com riscos daí decorrentes, os investimento nos seguintes
ativos:
a. ações admitidas à negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão
organizado;
b. bônus ou recibos de subscrição e certificados de depósito de ações admitidas à
negociação em bolsa de valores ou entidade de balcão organizado;
c. cotas de fundos de ações e cotas dos fundos de índice de ações, negociadas em
bolsa de valores ou entidade de balcão organizado; e
d. BDR - Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III.

5.7.1.1. Ativos elegíveis e Composição do Patrimônio

Para efeito da composição do patrimônio do fundo, são considerados ativos


financeiros:

I - títulos da dívida pública;

II - contratos de derivativos;

III - ações, debêntures, bônus de subscrição, seus cupons, direitos, recibos de


subscrição e certificados de desdobramento, certificados de depósito de valores
mobiliários, cédulas de debêntures, cotas de fundos de investimento, notas
promissórias, desde que a emissão ou negociação tenha sido registrada ou autorizada

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pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários e quaisquer outros valores mobiliários,
que não os referidos no inciso IV;

IV - títulos ou contratos de investimento coletivo, registrados na CVM e ofertados


publicamente;

V - certificados ou recibos de depósito emitidos no exterior com lastro em valores


mobiliários de emissão de companhia aberta brasileira;

VI - o ouro ativo financeiro, desde que negociado em padrão internacionalmente aceito;

VII - quaisquer títulos, contratos e modalidades operacionais de obrigação ou


coobrigação de instituição financeira; e

VIII - warrants, contratos mercantis de compra e venda de produtos, mercadorias ou


serviços para entrega ou prestação futura, títulos ou certificados representativos
desses contratos e quaisquer outros créditos, títulos, contratos e modalidades
operacionais desde que expressamente previstos no regulamento (Exemplo: CCB,
CPR, warrants etc.).

Os ativos cuja liquidação possa ser feita por meio da entrega de produtos, mercadorias
ou serviços deverão:

 ser negociados em bolsa de mercadorias e futuros que garanta sua liquidação;


 ser objeto de contrato que assegure ao fundo o direito de sua alienação antes do
vencimento, com garantia de instituição financeira ou de seguradora.

Os ativos financeiros referidos nos itens de I a VIII incluem os ativos financeiros da


mesma natureza negociados no exterior, nos casos e nos limites admitidos, desde que
a possibilidade de sua aquisição esteja expressamente prevista em regulamento.

Limites por emissor e por modalidade de ativo financeiro

Limites de concentração por emissor na Composição da


% Máximo do
Carteira dos Fundos de Investimento (exceto aos Fundos de
PL
Ações)
100%  Quando o emissor for a União Federal (Títulos Públicos).
 Quando o emissor for instituição financeira autorizada a funcionar pelo
Banco Central do Brasil; e
20%  Em títulos ou valores mobiliários de emissão do administrador, do
gestor ou de empresas a eles ligadas;

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 Quando o emissor for companhia aberta;
10%

 Quando o emissor for fundo de investimento;


10%

 Quando o emissor for pessoa física ou pessoa jurídica de direito


privado que não seja companhia aberta ou instituição financeira
5%
autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e

 De ações de emissão do administrador, exceto no caso do fundo cuja


política de investimento consista em buscar reproduzir índice de
0% mercado do qual as ações do administrador ou de companhias a ele
ligadas façam parte, caso em que tais ações poderão ser adquiridas na
mesma proporção de sua participação no respectivo índice.

Limites por modalidade de ativo na Composição da Carteira


% Máximo do
dos Fundos de Investimento (sem prejuízo das normas
PL
aplicáveis a cada Classe de fundo)
 Títulos públicos federais e operações compromissadas
lastreadas nestes títulos;
 Ouro, desde que adquirido ou alienado em negociações
realizadas em bolsas de mercadorias e futuros;
Não haverá  Títulos de emissão ou coobrigação de instituição financeira
limite de autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil; e
concentração  Valores mobiliários diversos daqueles previstos na IN CVM 409,
desde que registrados na CVM e objeto de oferta pública de
acordo com a Instrução CVM nº 400; e
 Contratos derivativos, exceto se referenciados nos ativos
listados abaixo.

% Máximo
Limites para o conjunto dos seguintes ativos:
do PL
 Cotas de fundos de investimento registrados com base na IN CVM
409;
 Cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de
investimento registrados com base na IN CVM 409;
 Cotas de Fundos de Investimento Imobiliário – FII;
 Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC;
 Cotas de Fundos de Investimento em Fundos de Investimento em
20%
Direitos Creditórios – FIC-FIDC;
 Cotas de fundos de índice admitidos à negociação em bolsa de
valores ou no mercado de balcão organizado;
 Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI; e
 Outros ativos financeiros não previstos, desde que permitidos pela
na IN CVM 409.

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 Será computado em dobro se o fundo destinado exclusivamente a
40% Investidores Qualificados.

Limites de aplicações em ativos no exterior por tipo de fundo


O fundo poderá manter, em sua carteira, ativos financeiros negociados no exterior,
desde que a possibilidade de sua aquisição esteja expressamente prevista em
regulamento, conforme os limites de acordo com a classe:
- 100% para os fundos classificados como “Dívida Externa” (mantida a necessidade de
80% do patrimônio líquido em títulos de dívida externa da União);
- 20% para os fundos classificados como “Multimercado”; e
- 10% nas demais classes.

5.7.1.2 Fator de risco inerente a cada classe


Entende-se como principais fatores de risco de um fundo o índice de preços, a taxa de
juros, o índice de ações ou o preço do ativo cuja variação produza, potencialmente,
maiores efeitos sobre o valor de mercado da carteira do fundo.

5.7.1.3 Fundos de Longo Prazo, segundo regulamentação fiscal. Definição e


utilização

“Longo Prazo”, quando o prazo médio da carteira for superior a 365 dias.

O fundo classificado como Referenciado, Renda Fixa, Cambial, Dívida Externa ou


Multimercado que estabelecer, em seu regulamento ou prospecto, que tem o
compromisso de obter o tratamento fiscal destinado a fundos de Longo Prazo previsto
na regulamentação fiscal vigente, estará obrigado a:
- incluir a expressão Longo Prazo na denominação do fundo; e

- atender as condições previstas na referida regulamentação de forma a obter o


referido tratamento fiscal.

5.7.1.4 Fundos de Crédito Privado: definição


Os fundos de investimento pertencentes às classes: Curto Prazo, Referenciado, Renda
Fixa, Cambial e Multimercado, que realizarem aplicações em quaisquer ativos ou
modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas de
direito privado, exceto no caso de ativos financeiros listados na classe “Ações”, ou de
emissores públicos que não seja a União Federal que, em seu conjunto, excedam o
percentual de 50% de seu patrimônio líquido, deverão observar as seguintes regras,
cumulativamente àquelas previstas para sua classe:

- na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito Privado”;


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- o regulamento, o prospecto e o material de venda do fundo deverão conter, com
destaque, alerta de que o fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu
patrimônio líquido em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos
integrantes de sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de
administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos emissores
responsáveis pelos ativos do fundo;

- o ingresso no fundo será condicionado à assinatura de termo de ciência dos riscos


inerentes à composição da carteira do fundo, de acordo com modelo anexo à IN, sendo
vedada a utilização de sistemas eletrônicos para esse fim; e
- caso a política de investimento considere a possibilidade de alocação de mais de 30%
do patrimônio líquido do fundo em créditos privados deverão constar disclaimers
(informações relevantes) nos prospectos.

Obs.: Essas regras aplicam-se aos fundos de investimento em cotas (FICs) de fundos
de investimento.

5.8. Outros Fundos


5.8.1. Fundos de Investimento em Índice de Mercado – também conhecido como
ETF (Exchange Traded Fund): conceito

Fundos de Investimento em Índice de Mercado – Fundos de Índice é uma


comunhão de recursos destinado à aplicação em carteira de títulos e valores
mobiliários que vise refletir as variações e rentabilidade de um índice de referência, por
prazo indeterminado.

Índice de referência é o índice de mercado específico reconhecido pela CVM, ao qual


a política de investimento do fundo esteja associada.

São fundos espelhados em índices e suas cotas são negociadas em Bolsa da mesma
forma que as ações.

O fundo deve manter 95%, no mínimo, de seu patrimônio aplicado em valores


mobiliários ou outros ativos de renda variável autorizados pela CVM, na proporção em
que estes integram o índice de referência, ou em posições no mercado futuro do índice
de referência, de forma a refletir a variação e rentabilidade de tal índice.

É conhecido no mundo todo como ETFs (Exchange Traded Funds).

Ao adquirir cotas de um determinado Fundo de Índices, o investidor passa a deter


todas as ações componentes do índice a ele relacionado, sem ter de comprar
separadamente os papéis de cada empresa. Desta forma, os Fundos de Índices podem
proporcionar maior praticidade, rapidez e eficiência no momento de investir, além de
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facilidade para acompanhar seu desempenho, que está associado ao do respectivo
índice.

5.8.2. Fundo de Investimento Imobiliário – FII: conceito.

O Fundo de Investimento Imobiliário é uma comunhão de recursos, captados por meio


do sistema de distribuição de valores mobiliários e destinados à aplicação em
empreendimentos imobiliários.

Características principais:

- Constituído sob a forma de condomínio fechado, cujo resgate de cotas não é


permitido. Contudo, alguns fundos permitem a negociação de cotas em mercado
secundário.

- O Fundo poderá ter prazo de duração determinado ou indeterminado.


- Não tem personalidade jurídica própria.
- Sua denominação deverá constar a expressão “Fundo de Investimento Imobiliário”.
- No mínimo 75% dos recursos deverão ser investidos no mercado imobiliário.

- Será destinado ao desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, tais como


construção de imóveis, aquisição de imóveis prontos, ou investimentos em projetos
visando viabilizar o acesso à habitação e serviços urbanos, inclusive áreas rurais, para
posterior alienação, locação ou arrendamento.

5.9 Tributação
5.9.1 IOF - Imposto sobre Operações Financeiras

Fato gerador: aquisição, cessão, resgate, repactuação ou pagamento para liquidação


de títulos e valores mobiliários.

Alíquota
O IOF será cobrado à alíquota de 1% (um por cento) ao dia sobre o valor do resgate,
cessão ou repactuação, limitado ao rendimento da operação, em função do prazo,
conforme tabela a seguir I, para:
I – às operações realizadas no mercado de renda fixa;

II - o resgate de cotas de fundos de investimento e de clubes de investimento (com


carteira com menos de 67% em ativos de renda variável).

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Tabela regressiva de IOF

Nº de Dias % limite do Nº de % limite do Nº de % limite do


rendimento Dias rendimento Dias rendimento
01 96 11 63 21 30
02 93 12 60 22 26
03 90 13 56 23 23
04 86 14 53 24 20
05 83 15 50 25 16
06 80 16 46 26 13
07 76 17 43 27 10
08 73 18 40 28 06
09 70 19 36 29 03
10 66 20 33 30 00

- O IOF será cobrado à alíquota de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) ao dia sobre o
valor de resgate de cotas de fundos de investimento, constituídos sob qualquer forma,
na hipótese de o investidor resgatar cotas antes de completado o prazo de carência
para crédito dos rendimentos.

- Ficam sujeitas à alíquota 0% (zero) as operações:

I - de titularidade das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a


funcionar pelo Banco Central do Brasil, excluída a administradora de consórcio;

II - das carteiras dos fundos de investimento e dos clubes de investimento;

III - de resgate de cotas dos fundos e clubes de investimento em ações, assim


considerados pela legislação do imposto de renda (carteiras com no mínimo 67% em
ativos de renda variável).

Base de Cálculo

A base de cálculo do IOF é o valor:

I - de aquisição, resgate, cessão ou repactuação de títulos e valores mobiliários de


renda fixa;

II - de aquisição ou resgate de cotas de fundos de investimento e de clubes de


investimento considerados de renda fixa.

Responsável pelo recolhimento: o Administrador do Fundo ou a instituição


intermediadora da operação (na fonte).

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5.9.2 Imposto de Renda (IR): fato gerador, alíquotas (conforme tipo de fundo –
curto prazo, longo prazo e ações, segundo a Secretaria da Receita Federal – e
tempo de permanência da aplicação), bases de cálculo e responsabilidade de
recolhimento

Para fins tributários, os fundos de investimento serão classificados em fundos de curto


prazo e fundos de longo prazo, de acordo com a composição da carteira.

Curto Prazo: aquele cuja carteira de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.

Longo Prazo: aquele cuja carteira de títulos tenha prazo médio superior a 365
(trezentos e sessenta e cinco) dias.

Observação: o Fundo de Investimento em Cotas de Outros Fundos de Investimento


(FIC), para enquadrar-se como fundo de investimento de longo prazo, fica obrigado a
manter, no mínimo, o percentual médio de 90% (noventa por cento) de seu patrimônio
investido em cotas de fundos de investimento de longo prazo.

Observe que as alíquotas de tributação levam em consideração o prazo em que os


recursos ficam aplicados, conforme tabela a seguir:

Modalidade Prazo de Alíquotas Retenção


Permanência
até 180 dias 22,50%
Fundos de Longo de 181 a 360 dias 20,00%
Prazo de 361 a 720 dias 17,50% Imposto
acima de 720 dias 15,00% de Renda
até 180 dias 22,50% na fonte
Fundos de Curto
Prazo acima de 180 dias 20,00%
Obs.: rendimentos produzidos até 31.12.2004 serão tributados em 20%, conforme a legislação anterior.

Base de Cálculo: será o valor do rendimento constituído pela diferença positiva entre o
valor da alienação, líquido do IOF (se couber), e o valor da aplicação financeira.

5.9.3 Imposto de Renda (IR) – “Come-cotas”: fato gerador, alíquotas (conforme


tipo de fundo – curto prazo e longo prazo), datas de incidência e
responsabilidade de recolhimento.

A incidência do imposto sobre a renda na fonte sobre os rendimentos auferidos por


qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, nas aplicações em fundos de
investimento, classificados como de curto ou de longo prazo, ocorrerá:

I - no último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano, ou no resgate, se
ocorrido em data anterior;
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II - na data em que se completar cada período de carência para resgate de cotas com
rendimento ou no resgate de cotas, se ocorrido em outra data, no caso de fundos com
prazo de carência de até 90 (noventa) dias.

O administrador do fundo de investimento de longo ou de curto prazo deverá, nas datas


a que se refere os itens I e II anteriores, reduzir a quantidade de cotas de cada
contribuinte em valor correspondente ao imposto sobre a renda devido (come-cotas).

A incidência do imposto a que se refere será apurada de acordo com as seguintes


alíquotas:

I - 20% (vinte por cento) no caso de fundos de investimento de curto prazo; e

II - 15% (quinze por cento) no caso de fundos de investimento de longo prazo.

Por ocasião do resgate das cotas será aplicada alíquota complementar.

Nota: O IR afeta a quantidade de cotas e não o valor da cota do fundo.


Fundos com Carência

Prazo de Carência Ocorrência do “come-cotas”


- no último dia útil dos meses de maio e
superior a 90 dias novembro de cada ano, ou no resgate, se
ocorrido em data anterior.
- na data em que se completar cada período de
carência para resgate de cotas com rendimento
até 90 dias ou no resgate de cotas, se ocorrido em outra
data, no caso de fundos com prazo de carência
de até 90 (noventa) dias.

Responsabilidade de recolhimento: a responsabilidade pela retenção e pelo


recolhimento do tributo é do administrador do fundo de investimento, o qual deverá, nas
datas de ocorrência do fato gerador, em se tratando do come-cotas, reduzir a
quantidade de cotas de cada contribuinte em valor correspondente ao imposto de
renda devido. No caso de resgate, o valor do imposto é reduzido do valor resgatado.

Lembre-se: o cálculo do IR é feito depois de descontado o IOF, quando devido.

Fundo de Ações

Os cotistas dos fundos de investimento em ações serão tributados pelo imposto sobre
a renda exclusivamente no resgate de cotas, à alíquota de 15% (quinze por cento).

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Alíquot
Modalidade Prazo de Permanência
a
Fundos de Renda Variável
(Ações) e clube de qualquer prazo 15%
investimentos

Obs.: Os rendimentos produzidos até o ano-calendário de 2001 serão tributados a


alíquota de 10%.

Consideram-se fundos de investimento em ações aqueles cujas carteiras sejam


constituídas, no mínimo, por 67% (sessenta e sete por cento) de ações negociadas no
mercado à vista de Bolsa de Valores ou entidade assemelhada, no País ou no exterior,
na forma regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários.

Para efeito da proporção da carteira de no mínimo, por 67%, serão equiparados às


ações:
I - no Brasil:
a) os recibos de subscrição;
b) os certificados de depósito de ações;
c) os Certificados de Depósito de Valores Mobiliários (Brazilian Depositary Receipts - BDR);
d) as cotas dos fundos de ações; e
e) as cotas dos fundos de índice de ações negociadas em Bolsa de Valores ou mercado
de balcão organizado;
II - no exterior:
a) os American Depositary Receipts (ADR); e

b) os Global Depositary Receipts (GDR).

Responsabilidade pelo recolhimento: será do administrador do fundo.

5.9.4 Compensação de Perdas no Pagamento de IR

Considera-se perda a diferença negativa entre o valor do resgate e o valor da


aplicação acrescido dos rendimentos tributados anteriormente.

 As perdas apuradas no resgate de cotas de fundos de investimento poderão


ser compensadas com rendimentos auferidos em resgates ou incidências
posteriores:

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a) No mesmo ou em outro fundo de investimento administrado pela mesma


pessoa jurídica, desde que sujeitos à mesma classificação;
b) Devendo a instituição administradora manter sistema de controle e registro em
meio magnético que permita a identificação, em relação a cada cotista, dos
valores compensáveis.

 Quando houver resgate total de cotas em todos os fundos de investimento


administrados pela mesma instituição:

a) o valor das perdas deverá permanecer nos sistemas de controle e registro da


referida instituição até o final do ano-calendário seguinte ao do resgate.

O disposto acima se aplica inclusive quando houver substituição do administrador


do fundo, em relação às perdas havidas pelo cotista em resgates anteriores.

Acompanhe o exemplo, considerando um fundo de renda variável:

Rendimento do Compensação de Rendimento


Período IR devido
Mês Perdas Tributável
primeiro R$ 1.000,00 - R$ 1.000,00 R$ 150,00
segundo (R$ 700,00) - - -
terceiro R$ 500,00 R$ 500,00 - -
quarto R$ 1.000,00 R$ 200,00 R$ 800,00 R$ 120,00

A perda no segundo período foi compensada nos períodos seguintes, quando o


Cliente não pagou o Imposto de Renda. Veja a mesma tabela, sem a compensação
de perdas:
Rendimento do Rendimento
Período IR devido
Mês Tributável
primeiro R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 150,00
segundo (R$ 700,00) - -
terceiro R$ 500,00 R$ 500,00 R$ 75,00
quarto R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 R$ 150,00

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Exercícios - Módulo 5 - Fundos de Investimento


1. São fundos cujas cotas só podem ser resgatadas ao término do prazo de
duração do fundo ou quando de sua liquidação:

a. Fechados. c. Ativos.
b. Indexados. d. Exclusivo

2. Um fundo de curto prazo, segundo a classificação CVM, deverá ter em sua


carteira títulos com prazo máximo a decorrer de:

a. 360 dias. c. 180 dias.


b. 375 dias. d. 370 dias.

3. Um distribuidor é aquele que:

a. distribui as cotas do fundo e que faz a liquidação financeira e a guarda dos ativos;
b. distribui as cotas do fundo, ou seja, quem as vende no mercado;
c. escolhe os ativos financeiros que serão incluídos na carteira de investimento do
fundo e distribui as cotas no mercado;
d. administra a carteira do fundo, sendo o responsável legal, bem como faz a escolha
dos ativos financeiros para compor a carteira do fundo.
4. Indique qual das alternativas abaixo NÃO afeta a quantidade de cotas do
investidor de um Fundo de Investimento:

a. Taxa de administração
b. Aplicações
c. Resgates
d. Imposto de renda
5. A convocação de assembleia geral de cotistas deverá ser feita por:
a. correspondência, com no mínimo, 10 dias de antecedência.
b. telegrama.
c. telefone ou internet (e-mail, correio eletrônico)
d. carta registrada, telegrama, telefone ou e-mail, sempre com o registro de
recebimento e aceite do Cliente.

6. Os recursos aplicados em fundos de investimento são convertidos em número


de:
a. Cotas.
b. Taxas.
c. Planilhas.
d. Ativos.
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7. Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do risco em fundos de
investimento:
O risco de uma carteira de investimentos não é a soma dos riscos individuais dos
diversos ativos que a compõem.
a. Todo ativo representa determinado risco.
b. A eliminação do risco só depende de uma gestão eficiente.
c. As carteiras de investimentos apresentam a vantagem de reduzir o risco por meio
do processo de diversificação dos ativos que as compõem.
8. Assinale a melhor definição para cota de um fundo de investimento:
a. É um conjunto de títulos que compõem um fundo de investimento.
b. É uma fração do patrimônio do fundo de investimento.
c. Situação que ocorre quando diversos investidores têm perdas significativas de
patrimônio devido à não marcação a mercado.
d. Nomenclatura utilizada para designar a quantidade de títulos públicos que
determinado fundo de investimento possui.
9. Assinale a alternativa que melhor conceitua Regulamento de um Fundo de
Investimento:
a. É o documento que trata unicamente dos riscos envolvidos.
b. É o documento que apresenta a experiência do administrador do fundo, e também a
do gestor da carteira e demais empresas contratadas para prestação de serviços ao
Fundo.
c. É o documento no qual estão estabelecidas as regras básicas de funcionamento do
fundo.
d. É o documento que reproduz a legislação do Banco Central a respeito de fundos de
investimento.

10. As declarações que isentam o gestor ou o administrador do fundo de uma


determinada responsabilidade são:
a. os regulamentos do fundo.
b. os prospectos do fundo
c. as Informações relevantes (Disclaimers)
d. os materiais de marketing.
Certificação em Produtos de Investimentos –Série 10 Módulo 5
Validade Indeterminada
4240 – Dep. De Recursos Humanos - UniBrad
Escola Negocios 3684.5332
Antonia Clarice de Oliveira (4636.clarice@bradesco.com.br)
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W:\Compartilhado\Entre_Secoes\D4636S010\Escolas\A_Cursos Bradesco_Geral\Anbima CPA 10 e 20\CERTIFICAÇÃO ANBIMA 10 E 20\CERTIFICAÇÃO ANBIMA S_10\Apostilas\Apostilas anteriores\Apostila_2013_atual

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