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SUMÁRIO
Item Página
Prefácio Nacional 4
Introdução 6
0.1 Aspectos gerais 6
0.2 Ativos, gestão de ativos e sistemas de gestão de ativos 6
0.3 Estrutura deste documento 8
0.4 Linguagem aplicada neste documento 11
1. Escopo 12
2. Referência normativa 12
3. Termos e definições 12
4. Contexto da organização 13
4.1. Entendimento da organização e seu contexto 13
4.1.1. Generalidades 13
4.1.2. Contexto externo 13
4.1.3. Contexto interno 13
4.2. Entendimento das necessidades e das expectativas das partes interessadas 15
4.2.1. Generalidades 15
4.2.2. Partes interessadas internas 15
4.2.3. Partes interessadas externas 15
4.2.4. Necessidades e expectativas das partes interessadas 16
4.2.5. Comunicação com as partes interessadas 17
4.3. Determinação do escopo do sistema de gestão de ativos 17
4.4. Sistema de gestão de ativos 18
4.4.1. Generalidades 18
4.4.2. Plano estratégico de gestão de ativos 20
5. Liderança 21
5.1. Liderança e comprometimento 21
5.1.1. Generalidades 21
5.1.2. Responsabilidades 22
5.1.3. Comprometimento 23
5.2. Política 24
5.3. Autoridades, responsabilidades e papéis organizacionais 25
6. Planejamento 27
6.1. Ações para abordar riscos e oportunidades para o sistema de gestão de ativos 27
6.1.1. Finalidade e conteúdo do planejamento 27
6.1.2. Riscos e oportunidades 28
Item Página
6.2. Objetivos da gestão de ativos e planos para alcançá-los 28
6.2.1. Objetivos da gestão de ativos 28
6.2.2. Planejamento para o alcance dos objetivos de gestão de ativos 30
6.2.2.1. Generalidades 30
6.2.2.2. Plano de gestão de ativos 32
7. Apoio 34
7.1. Recursos 34
7.1.1. Generalidades 34
7.1.2. Portfólio de ativos 34
7.1.3. Sistema de gestão de ativos 35
7.1.4. Gestão de ativos 35
7.2. Competências 36
7.2.1. Generalidades 36
7.2.2. Portfólio de ativos 37
7.2.3. Sistema de gestão de ativos 37
7.2.4. Gestão de ativos 37
7.3. Conscientização 38
7.3.1. Generalidades 38
7.3.2. Portfólio de ativos 38
7.3.3. Sistema de gestão de ativos 39
7.3.4. Gestão de ativos 39
7.4. Comunicação 40
7.4.1. Generalidades 40
7.4.2. O que comunicar 40
7.4.3. Quando comunicar 40
7.4.4. Com quem se comunicar 41
7.4.5. Como comunicar 41
7.5. Requisitos de informação 41
7.5.1. Generalidades 42
7.5.2. Portfólio de ativos 44
7.5.3. Sistema de gestão de ativos 44
7.5.4. Gestão de ativos 45
7.6. Informação documentada 46
7.6.1. Generalidades 46
7.6.2. Criação e atualização 46
7.6.3. Controle da informação documentada 46
Item Página
8. Operação 47
8.1. Planejamento operacional e controle 47
8.1.1. Generalidades 47
8.1.2. Objetivos operacionais e critérios de tomada de decisão 47
8.1.3. Processos de planejamento operacional e controle 47
8.2. Gestão de mudança 48
8.3. Terceirização 49
9. Avaliação do desempenho 50
9.1. Monitoramento, medição, análise e avaliação 50
9.1.1. Generalidades 50
9.1.2. Monitoramento de desempenho 51
9.1.2.1. Generalidades 51
9.1.2.2. Portfólio de ativos 53
9.1.2.3. Sistema de gestão de ativos 54
9.1.2.4. Gestão de ativos 54
9.1.3. Avaliação do desempenho do portfólio de ativos e dos processos de gestão de
55
ativos
9.2. Auditoria interna 56
9.3. Análise crítica pela direção 57
10. Melhoria 59
10.1. Generalidades 59
10.2. Não conformidade e ação corretiva 60
10.2.1. Generalidades 60
10.2.2. Investigação de não conformidades relacionadas aos ativos 61
10.2.3. Investigação de não conformidades do sistema de gestão de ativos 61
10.2.4. Investigação de não conformidades na gestão de ativos 61
10.2.5. Processos para implementar ações corretiva 62
10.3. Ação preventiva 62
10.3.1. Generalidades 62
10.3.2. Ações preventivas para o portfólio de ativos 64
10.3.3. Ações preventivas para o sistema de gestão de ativos 64
10.3.4. Ações preventivas para gestão de ativos 64
10.4. Melhoria contínua 64
10.4.1. Generalidades 64
10.4.2. Melhoria contínua para o portfólio de ativos 65
10.4.3. Melhoria contínua para o sistema de gestão de ativos 66
10.4.4. Melhoria contínua para a gestão de ativos 66
Item Página
Anexos 67
Anexo A (informativo) Consideração de “valor” na gestão de ativos 67
Anexo B (informativo) Escopo de um sistema de gestão de ativos 74
Anexo C (informativo) Plano estratégico de gestão de ativos (SAMP) 86
Anexo D (informativo) Tomada de decisões na gestão de ativos 93
Anexo E (informativo) Gestão de ativos no contesto da ABNT NBR ISO 55001 97
Anexo F (informativo) Relacionamento entre funções financeiras e não financeiras na gestão
101
de ativos
Anexo G (informativo) Escalabilidade – ABNT NBR ISO 55001 para pequenas empresas 107
Anexo H (informativo) Informações sobre as atividades de gestão de ativos 110
Bibliografia 112
Prefácio Nacional
ABNT Diretiva 3.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais
direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à
ABNT a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são
voluntários e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT
não substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo
precedência sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR ISO 55002 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Gestão de Ativos
(ABNT/CEE-251). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de
21.02.2020 a 23.03.2020.
A ABNT NBR ISO 55002 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO
55002:2018, que foi elaborada pelo Technical Committee Asset management (ISO/TC 251).
A ABNT NBR ISO 55002:2020 cancela e substitui a ABNT NBR ISO 55002:2014, a qual foi
tecnicamente revisada.
os “fundamentos” (valor, alinhamento, liderança e garantia) da ABNT NBR ISO 55000 foram
abordados em cada Seção, sempre que aplicável, indicando a contribuição dos requisitos
especifica- dos na ABNT NBR ISO 55001 para alcançar os fundamentos;
a aplicação dos requisitos da ABNT NBR ISO 55001 aos domínios de gestão de ativos
identificados na ABNT NBR ISO 55000 (ver ABNT NBR ISO 55000:2014, Figura 1) foi
esclarecida, isto é, para o portfólio de ativos, para o sistema de gestão de ativos e para gestão
de ativos, estabelecendo a adequação dos requisitos a cada domínio, quando aplicável;
foram adicionados anexos sobre conceitos transversais, presentes no texto principal deste
documento, a fim de oferecer uma orientação combinada para temas específicos na gestão de
ativos que foram identificados como abordados em várias seções.
Quaisquer comentários ou perguntas sobre este documento devem ser direcionados ao órgão
nacional de normas do usuário. Uma lista completa destes órgãos pode ser encontrada em
www.iso.org/members.html.
Scope
This document gives guidelines for the application of an asset management system, in accordance
with the requirements of ABNT NBR ISO 55001.
This document can be applied to all types of assets and by all types and sizes of organizations.
NOTE 1 This document is intended to be used for managing physical assets in particular, but it can
also be applied to other asset types.
NOTE 2 This document does not provide financial, accounting or technical guidance for managing
specific asset types, however, in Annex F information is provided on the relationship between the
financial and non-financial asset management functions.
NOTE 3 For the purposes of ABNT NBR ISO 55000, ABNT NBR ISO 55001 and this document,
the term “asset management system” is used to refer to a management system for asset management.
Introdução
Este documento provê orientação para a aplicação de um sistema de gestão para gestão de
ativos, referido com um “sistema de gestão de ativos”, de acordo com os requisitos da ABNT NBR ISO
55001.
Informações gerais sobre a gestão de ativos e informações sobre a terminologia aplicável a este
documento, é provido na ABNT NBR ISO 55000.
Um ativo é algo que tem valor potencial ou real para uma organização. A gestão de ativos permite
que uma organização gere valor a partir dos ativos, para o atingimento de seus objetivos
organizacionais. Um sistema de gestão de ativos é usado pela organização para direcionar, coordenar e
controlar as atividades de gestão de ativos.
NOTA Um sistema de gestão de ativos pode ser estabelecido por qualquer organização, que pode
ser um empresário independente, companhia, corporação, firma, empresa, autoridade, parceira, órgão
ou instituição de caridade, ou parte ou combinação destes, constituída ou não, pública ou privada. A
organização, por exemplo, pode ser proprietária de ativos, custodiante, operadora, prestadora de
serviços, subsidiária, aliança ou joint venture.
NOTA BRASILEIRA A Comissão de Estudo decidiu manter o termo “joint venture” em inglês,
pois o termo já está amplamente difundido no mercado.
Convém que o sistema de gestão de ativos, a gestão de ativos e o portfólio de ativos estejam
alinhados e apoiem a entrega dos objetivos organizacionais e o plano organizacional.
NOTA BRASILEIRA O plano organizacional pode ser referido por outros nomes, por exemplo,
plano corporativo.
NOTA BRASILEIRA A sigla SAMP (Strategic Asset Management Plan) foi mantida em inglês,
por deliberação da Comissão de Estudo ABNT/CEE-251.
NOTA 1 Apenas as conexões principais são mostradas, para evitar complexidade excessiva.
NOTA 2 O objetivo não é repetir a distinção entre a gestão de ativos e um sistema de gestão de ativos: trata-se
de uma visão de conexões que mostra as direções de influência.
Este documento provê orientação sobre a implementação dos requisitos para um sistema de
gestão de ativos especificados na ABNT NBR ISO 55001. Ao fazer isso, este documento segue uma
estrutura e sequência de seções e subseções similares às da ABNT NBR ISO 55001 (as subseções na
Seção 6 e Seção 10 não estão em estrito alinhamento). Ao longo deste documento, é feita a distinção,
quando pertinente, entre ativos e portfólio de ativos, gestão de ativos e sistema de gestão de ativos. Na
ABNT NBR ISO 55000:2014, 2.4.3, a relação entre estes três conceitos é esclarecida. Um sistema de
gestão de ativos é usado pela organização para direcionar, coordenar e controlar as atividades de
gestão de ativos para gerar valor de seus ativos para a organização e para as partes interessadas. Ao
aplicar a ABNT NBR ISO 55001, é pertinente estar ciente deste relacionamento. Convém que a
organização, por exemplo, distingua entre monitorar e avaliar o desempenho de seu portfólio de ativos,
sua gestão de ativos e seu sistema de gestão de ativos e, o uso dos resultados destes diferentes tipos
de monitoramento, bem como a avaliação nos processos de melhoria contínua em vários níveis.
Quando pertinente, convém que este documento detalhe como uma organização faça a distinção entre
ativos e portfólio de ativos, gestão de ativos e sistema de gestão de ativos para assegurar que a
aplicação da ABNT NBR ISO 55001 promova a criação de valor de seu portfólio de ativos.
Além disso, este documento também aborda vários assuntos que são pertinentes para a
implementação efetiva da gestão de ativos, mas que não estão relacionados a uma (sub)seção
específica da ABNT NBR ISO 55001.
A gestão de ativos é a atividade coordenada de uma organização para gerar valor dos ativos (ver
a definição na ABNT NBR ISO 55000:2014, 3.3.1) e, embora os requisitos da ABNT NBR ISO 55001
englobem a abordagem geral da gestão abrangente de ativos, existem elementos vinculados a várias
seções. Convém que seja dada atenção especial ao alinhamento destes elementos transversais, esses
assuntos são abordados nos anexos deste documento.
f) a relação entre as funções financeiras e não financeiras na gestão de ativos (Anexo F);
NOTA BRASILEIRA Em inglês existem dois verbos (may/can) para expressar a forma verbal
“pode” em português.
Informações indicada como “NOTA” serve como orientação para entendimento ou esclarecimento
do texto associado.
1 Escopo
Este documento fornece diretrizes para a aplicação de um sistema de gestão de ativos, de acordo
com os requisitos da ABNT NBR ISO 55001.
Este documento pode ser aplicado a todos os tipos de ativos e a todos os tipos e portes de
organizações.
NOTA 1 Este documento destina-se a ser usado para gerenciar ativos físicos em especial, mas
também pode ser aplicado a outros tipos de ativos.
NOTA 2 Este documento não provê orientação financeira, contábil ou técnica para a gestão de
tipos de ativos específicos, no entanto, no Anexo F, constam informações sobre a relação entre os
papéis de gestão de ativos financeiros e não financeiros.
NOTA 3 Para os efeitos das ABNT NBR ISO 55000 e ABNT NBR ISO 55001 e deste documento,
o termo “sistema de gestão de ativos” é usado para se referir a um sistema de gestão para gestão de
ativos.
2 Referência normativa
O documento a seguir é citado no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 55000:2014, Gestão de ativos – Visão geral, princípios e terminologia
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições da ABNT NBR ISO
55000.
A ISO e a IEC mantêm as bases de dados terminológicos para uso na normalização nos seguintes
endereços:
4 Contexto da organização
4.1.1 Generalidades
O entendimento do contexto interno da organização pode incluir, mas não se limita à consideração
do seguinte:
a) requisitos de governança;
No nível estratégico, ferramentas como análise de Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e
Ameaças (Strengths, Weaknesses, Opportunities, and Threats – SWOT) e análises Políticas,
Econômicas, Sociais, Tecnológicas, Legais, Ambientais (Political, Economic, Socio-cultural,
Technological, Legal and Environmental – PESTLE) podem ser usadas para identificação e avaliação
de questões contextuais. Uma abordagem mais simples, como o brainstorming, pode ser útil para as
organizações, dependendo do porte e da complexidade de suas operações.
4.2.1 Generalidades
Convém que a organização identifique e analise criticamente as partes interessadas que são
pertinentes para o sistema de gestão de ativos, para a gestão de ativos e para os ativos e as
necessidades e expectativas destas partes interessadas. A identificação e análises críticas das
necessidades e expectativas das partes interessadas permitem a identificação do valor que as partes
interessadas podem receber dos ativos da organização (ver Anexo A para uma discussão sobre o
conceito de valor na gestão de ativos).
a) funcionários da organização;
b) grupos dentro da organização, ou seja, grupos funcionais (por exemplo, engenharia, finanças,
contabilidade, manutenção, operações, compras, recebimento, logística, comunicações e
gestão de informações) ou outros grupos (por exemplo, representantes de segurança);
a) clientes, usuários;
e) contribuintes;
f) comunidades locais;
Convém que as partes interessadas, geralmente, sejam informadas sobre as decisões que podem
afetá-las e forneçam informações sobre as decisões que podem ter impacto sobre elas. A falha de
comunicação e de consultas de forma apropriada sobre as atividades de gestão de ativos pode, por si
só, constituir um risco, porque pode, futuramente, impedir que uma organização atinja seus objetivos.
É importante que a terminologia utilizada na comunicação com as partes interessadas seja consis-
tente e alinhada com outras papéis na organização; isto é particularmente necessário ao comunicar
informações financeiras (ver Anexo F).
Com base nos resultados das análises críticas de seu contexto e partes interessadas (ver 4.1 e
4.2), convém que a organização defina (ou analise criticamente) os limites do sistema de gestão de
ativos e estabeleça seu escopo. Convém que, isto seja comunicado a todas as partes interessadas
pertinentes, internas e externas à organização.
b) aborde a relevância dos ativos considerados para inclusão no escopo, para que sejam
apropriados aos contextos e propósito da organização e inclua todos os ativos significativos;
4.4.1 Generalidades
Convém que o sistema de gestão de ativos não seja isolado. Parte de uma gestão de ativos bem
sucedida é a capacidade de integrar processos, atividades e dados de gestão de ativos com os de
outras papéis ou sistemas de gestão da organização; por exemplo, qualidade, finanças, contabilidade,
segurança, risco e recursos humanos. Sempre que possível, convém que os processos de negócios
existentes sejam aproveitados para evitar novos trabalhos desnecessários e duplicação de trabalhos e
dados existentes. Convém que estas interações com os processos existentes sejam claramente
comunicadas a todos os envolvidos.
Convém que os gestores de ativos assegurem que a organização tenha metodologias sólidas para
gerenciar custos e benefícios, de forma a permitir que eles (ou a organização) tomem as decisões mais
adequadas sobre como maximizar o valor dos ativos tanto para a organização quanto para suas várias
partes interessadas.
Um ponto de partida apropriado pode ser o estabelecimento de uma política de gestão de ativos,
que geralmente ajuda a dar foco para a organização e identificar suas intenções. Em seguida, convém
que a organização desenvolva seu SAMP em alinhamento com a política. Em alguns casos, uma
organização pode priorizar elementos de viabilização e apoio (conforme a ABNT NBR ISO 55001:2014,
Seção 7) e implementar controles operacionais (conforme a ISO ABNT NBR 55001:2014, Seção 8).
Convém que a organização defina o sistema de gestão de ativos em informações documentadas.
Convém que os processos para desenvolvimento do sistema de gestão de ativos, o SAMP e os planos
de gestão de ativos (em conformidade com a ABNT NBR ISO 55001:2014, 7.5 e 7.6) também sejam
definidos em informações documentadas, na medida necessária para assegurar que o sistema de
gestão de ativos seja eficaz.
Convém que a conformidade com os requisitos da ABNT NBR ISO 55001 seja considerada
apenas como o atingimento do ponto de partida mínimo para um sistema de gestão de ativos eficaz e
não seja vista como a meta final. Ir além da conformidade, também, requer adotar os fundamentos da
gestão de ativos descritos na ABNT NBR ISO 55000 (isto é, alinhamento, garantia, liderança e valor).
a) os objetivos organizacionais;
b) o SAMP;
Embora seja necessário distinguir entre o SAMP e o(s) plano(s) de gestão de ativos, não é um
requisito da ABNT NBR ISO 55001 a criação de partes separadas de informações documentadas para
cada uma delas.
Convém que os princípios pelos quais a organização pretende aplicar a gestão de ativos para
alcançar seus objetivos organizacionais sejam definidos em uma política de gestão de ativos. Convém
que a abordagem para implementar estes princípios seja definida em um SAMP, como informação
documentada.
NOTA Um SAMP pode ser referenciado com outros nomes, por exemplo, “estratégia de gestão de
ativos”.
O SAMP detalha os objetivos da gestão de ativos, explica sua relação com os objetivos
organizacionais e a estrutura requerida para alcançar os objetivos da gestão de ativos.
A capabilidade e o desempenho dos ativos, bem como os resultados das atividades de gestão de
ativos [por exemplo, o(s) plano(s) de gestão de ativos], podem ser elementos fundamentais para
estabelecer os objetivos organizacionais realistas e alcançáveis. Convém que haja uma ligação
“bidirecional” entre o plano organizacional e o SAMP, e convém que eles sejam desenvolvidos por meio
de um processo iterativo. Por exemplo, convém que os objetivos organizacionais não sejam
desenvolvidos isoladamente das atividades de gestão de ativos da organização.
Ao desenvolver seu SAMP, convém que a organização considere, entre outras coisas:
Convém que uma das funções do SAMP seja um plano de alto nível que:
identifique e defina os processos que a organização utiliza para estabelecer seus critérios de
tomada de decisão (ver Anexo D);
oriente o desenvolvimento do(s) plano(s) de gestão de ativos, que convém que especifiquem
as atividades no nível do ativo. O(s) plano(s) de gestão de ativos pode(m) ser colocado(s) em
os objetivos organizacionais;
o SAMP;
Isto reforçará, dentro da organização, que as atividades realizadas diretamente nos ativos
sustentem a entrega dos objetivos organizacionais (alinhamento vertical da gestão de ativos).
É importante que este alinhamento seja comunicado para assegurar que as partes interessadas
externas e partes interessadas internas, em todos os níveis da organização, compreendam por que as
atividades do ciclo de vida dos ativos e as atividades de gestão de ativos são implementadas.
5 Liderança
5.1.1 Generalidades
Convém que a liderança seja exercida em todos os níveis dentro da organização, no entanto,
convém que a Alta Direção assegure demonstrar liderança e comprometimento, assumindo um papel
ativo ao engajar, promover, dirigir e apoiar, comunicar e monitorar o desempenho, a eficácia e a
melhoria contínua dos ativos, da gestão de ativos e do sistema de gestão de ativos. As formas como
isso pode ser demonstrado baseiam-se em vários fatores, como o porte e a complexidade de uma
organização, seu estilo de gestão e cultura.
Para uma organização, a “Alta Direção” é composta por executivos e gestores seniores, com
cargos de nível mais alto dentro da organização. Os cargos podem incluir presidente, diretor executivo,
vice-presidente sênior, gerente geral, executivos que atuam no conselho de administração, diretores
executivos e não executivos, incluindo vice-presidente executivo, sócio(s)-gestor(es), proprietário único,
sócio(s), autoridades eleitas, executivos/gerentes seniores e chefes de departamento. Também pode
ser um conselho fiscal (separado).
A Alta Direção tem o poder de delegar autoridade e proverr recursos dentro da organização. Se o
escopo do sistema de gestão abranger apenas parte de uma organização, então a Alta Direção refere-
se àqueles que dirigem e controlam esta parte da organização.
Cada organização tem necessidades diferentes e suas próprias soluções específicas, as quais
serão decididas pela Alta Direção.
5.1.2 Responsabilidades
b) criar a visão, a cultura e os valores que orientam a política e a prática de gestão de ativos, e
promover ativamente estes valores dentro e fora da organização;
1) facilitem a compreensão das expectativas de valor das partes interessadas e a conversão dos
objetivos da organização em objetivos de gestão de ativos;
2) transmitam sua autoridade para apoiar o sistema de gestão de ativos e sejam defensores e
patrocinadores ativos e visíveis para a gestão de ativos;
3) alcancem alinhamento com outros sistemas de gestão dentro da organização, por meio de
abordagens interfuncionais apropriadas e projeto das estruturas divisionais ou departamentais
da organização;
4) apoiem a integração de sistemas de gestão de ativos nos processos de negócios, criando
alinhamento vertical e horizontal do sistema de gestão de ativos;
5) apoiem a incorporação das necessidades e requisitos das partes interessadas no(s)
processo(s) de melhoria contínua da organização;
6) provejam recursos adequados para apoiar o sistema de gestão de ativos (estes recursos
incluem níveis adequados de financiamento, recursos humanos adequados e competentes,
suporte de tecnologia da informação e recursos adequados para promover a colaboração de
equipes multifuncionais e a melhoria contínua);
5.1.3 Comprometimento
O comprometimento da Alta Direção com a gestão de ativos pode ser demonstrado por meio de:
a) estabelecer uma forte cultura de trabalho colaborativo, focada no cumprimento dos objetivos
de gestão de ativos;
f) tratar riscos relacionados a ativos e incorporar estes riscos nos processos de gestão de riscos
da organização;
5.2 Política
A política de gestão de ativos é uma declaração breve que estabelece os princípios pelos quais a
organização pretende aplicar a gestão de ativos para alcançar seus objetivos organizacionais. Convém
que a política de gestão de ativos esteja relacionada às intenções gerais da Alta Direção para ativos, à
gestão de ativos e aos sistemas de gestão de ativos, e não convém que esteja relacionada aos ativos
específicos.
Convém que a política de gestão de ativos seja estabelecida e autorizada pela Alta Direção, a fim
de demonstrar seu comprometimento com a gestão de ativos. Convém que a política de gestão de
ativos opere em alto nível e alinhar-se com as outras políticas da organização, como sua política da
qualidade (por exemplo, uma política da qualidade relacionada à ABNT NBR ISO 9001) ou política de
saúde e segurança ocupacional (por exemplo, relacionada à ISO 45001), política de gestão de risco
corporativo (por exemplo, relacionada à ABNT NBR ISO 31000) ou políticas relacionadas à gestão
financeira e relatórios [por exemplo, Normas Internacionais de Relatório Financeiro (International
Financial Reporting Standards - IFRS)].
Convém que a política de gestão de ativos proveja princípios orientadores para a gestão de ativos
e os objetivos de gestão de ativos e inclua, por exemplo, comprometimento para:
d) apoiar objetivos de longo prazo, resultados sustentáveis e requisitos das partes interessadas;
Convém que a política seja mantida como informação documentada e esteja disponível
para as partes interessadas internas e externas da organização, conforme apropriado (ver
ABNT NBR ISO 55001:2014, 7.3). Informações documentadas separadas sobre a política de gestão de
ativos podem não ser necessáras, mas convém que a política de gestão de ativos seja identificável e
priorizada em informações estratégicas documentadas.
Convém que a política de gestão de ativos seja comunicada dentro da organização (de acordo
com a ABNT NBR ISO 55001:2014, 7.3).
Convém que haja processos em vigor para analisar criticamente e atualizar a política de gestão de
ativos, especialmente se o contexto interno ou externo da organização for alterado.
Convém que fique claro qual papel é responsável por qual atividade. Este alinhamento de papel e
atividade pode ser alcançado por meio do desenvolvimento de descrições de cargos e declarações de
papéis precisos, incluindo responsabilidades de gestão de ativos em descrições de cargo existentes, ou
por meio do estabelecimento de informações documentadas fornecidas em um organograma.
Convém que a Alta Direção atribua papéis internos à autoridade delegada para:
b) apoiar e assegurar que o sistema de gestão de ativos seja apropriado, adequado e eficaz;
outros requisitos relativos à carga de trabalho e sua variabilidade, que podem afetar a
capacidade da pessoa em cumprir os objetivos relacionados à gestão de ativos;
Em organizações de pequeno ou médio porte, várias funções de gestão de ativos podem ser
atribuídas a uma mesma pessoa. Esta escala menor não altera a necessidade de comunicar os arranjos
a outras partes interessadas, ou de esclarecer a responsabilidade desta pessoa.
6 Planejamento
6.1 Ações para tratar riscos e oportunidades para o sistema de gestão de ativos
O planejamento é um processo iterativo que combina direção estratégica de cima para baixo e
iden- tificação de necessidades de baixo para cima, com base no desempenho atual dos ativos, da
gestão de ativos e do sistema de gestão de ativos. Objetivos e planos podem ser desenvolvidos em
diferentes níveis. O SAMP (ver 4.4.2 e Anexo C) abrange os objetivos estratégicos, estratégias, critérios
de tomada de decisão e planos de alto nível para todo o portfólio de ativos e o sistema de gestão de ati-
vos. Os planos de gestão de ativos podem ser desenvolvidos para um portfólio de ativos e/ou ativos; por
exemplo, no nível da unidade de negócios, no nível de local/instalação ou no nível complexo do sistema
de ativos. A interrelação entre os diferentes níveis de planejamento é ilustrada na Figura 1.
a) aderir à política de gestão de ativos e incorporar princípios e gestão de ativos (ver ABNT NBR
ISO 55000:2014, 2.4.2);
b) abordar riscos e oportunidades para o sistema de gestão de ativos (ver ABNT NBR ISO
55001:2014, 6.1) e os objetivos de gestão de ativos (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 6.2),
levando em conta como estes riscos e oportunidades podem mudar com o tempo;
Exemplos de riscos para o sistema de gestão de ativos podem ser: a falha ou a falta de processos
na organização; funcionamento de sistemas de TI em desacordo com as necessidades; e responsabili-
dades, autoridades e competências do pessoal pouco claras ou insuficientes. Exemplos de oportuni-
dades podem ser: a melhoria de processos; e o uso potencial de novas tecnologias.
Convém que a abordagem para gerenciar os riscos associados ao sistema de gestão de ativos
esteja alinhada com a abordagem geral de gestão de riscos da organização. Mais orientações sobre
este assunto podem ser encontradas no Anexo E.
Ao abordar os riscos, convém que uma organização estabeleça e implemente um processo para
identificar, analisar e determinar ações para gerenciar riscos com frequência regular. Convém que os
critérios de risco especificados como parte dos critérios de tomada de decisão sejam aplicados na
determinação destas ações. As ações podem incluir mudanças no sistema de gestão de ativos.
Convém que a organização implemente um processo para avaliar a eficácia das ações tomadas
para gerenciar os riscos e oportunidades (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 8.1 e 9.1).
Os objetivos da gestão de ativos fornecem direção para a organização assegurar que seu portfólio
de ativos possa atender aos seus requisitos (ver o fundamento “garantia” na ABNT NBR ISO
55000:2014, 2.4.2). Convém que a organização leve em conta o valor a ser derivado de seus ativos
para as partes interessadas ao estabelecer seus objetivos de gestão de ativos (ver Anexo A para obter
informações sobre o conceito de valor na gestão de ativos). Os objetivos podem ser definidos em vários
níveis (por exemplo, estratégico, tático e operacional) e variam em termos de detalhes e cronogramas.
Convém que os objetivos estratégicos de gestão de ativos (por exemplo, no nível do portfólio de
ativos) sejam utilizados para informar objetivos da gestão de ativos de nível mais baixo (por exemplo,
unidades de negócios, sistemas de ativos, grupos de ativos) e para viabilizar o desenvolvimento dos
planos de gestão de ativos (ver Anexo C). Geralmente, as organizações limitam os objetivos
estratégicos a um número menor, para propiciar foco e direcionar esforços.
analise criticamente a importância dos ativos relacionados aos seus resultados pretendidos
(ou seja, a criticidade dos ativos).
níveis de serviço;
demanda futura;
retorno do investimento em termos de valor das partes interessadas (social, ambiental etc.);
níveis de competência;
condição do ativo;
expectativa de vida;
Convém que os objetivos da gestão de ativos estejam sujeitos à análise crítica, periódica, pela
direção (9.3) e convém que estas análises críticas informem o processo de melhoria contínua (10.4).
6.2.2.1 Generalidades
Convém que a organização planeje e priorize atividades e recursos para alcançar seus objetivos.
Convém que o(s) plano(s) de gestão de ativos seja(m) definido(s) em informações documentadas com
um nível de detalhe apropriado ao porte e complexidade da organização e ao portfólio de ativos no
escopo do sistema de gestão de ativos (ver Anexo B). Para organizações menores, o SAMP e os planos
de gestão de ativos podem estar em uma única peça de informações documentadas (ver Anexo C). O
SAMP é frequentemente usado para o planejamento de longo prazo e convém que seja disponibilizado
para diferentes partes interessadas, como reguladores e diretorias executivas.
Um plano de gestão de ativos inclui mais detalhes sobre atividades e recursos necessários para
apoiar os usuários deste plano, como gerentes de projeto ou de operações. Além disso, convém que a
organização considere a necessidade de estabelecer os processos e métodos usados para o
planejamento da gestão de ativos.
Convém que o cronograma escolhido para o(s) plano(s) de gestão de ativos reflita o período de
responsabilidade da organização ou a vida útil dos ativos/portfólio de ativos. Por exemplo, um prestador
de serviços que gerencia o ativo durante o seu período contratado pode estar planejando a gestão de
ativos durante este período; entretanto, pode ter que levar em conta as obrigações ou passivos de longo
prazo impostos pelo cliente no contrato.
Convém que os custos do ciclo de vida (custos e despesas de capital, operacionais e financeiras)
sejam considerados no processo de tomada de decisão (ver Anexo D).
Convém que este planejamento esteja alinhado e integrado às outras atividades de planejamento
da organização (por exemplo, recursos financeiros, recursos humanos e outras funções de apoio). É
importante que a organização comprometa os recursos identificados no(s) plano(s) de gestão de ativos,
conforme necessário. A implementação do(s) plano(s) de gestão de ativos é um processo iterativo que
envolve a resolução de conflitos entre o que é planejado e o que pode ser realizado dentro de restrições
financeiras. Se os recursos se tornarem restritos, pode ser necessário reavaliar os objetivos da gestão
de ativos (tanto para o curto prazo, quanto para as consequências no longo prazo) e priorizar as
atividades da forma adequada.
Convém que o(s) plano(s) de gestão de ativos seja(m) analisado(s) criticamente, periodicamente,
para assegurar o alinhamento contínuo com a adequação dos objetivos da gestão de ativos.
Não há um requisito rígido sobre o que convém que seja incluído em um plano de gestão de
ativos ou como convém que ele seja estruturado. Entretanto, é prática comum que tais planos
contenham:
Além disso, os planos de gestão de ativos são geralmente baseados em uma análise crítica de
realizações anteriores.
c) quem convém que seja o responsável pelo desenvolvimento e implementação do(s) plano(s),
sua melhoria contínua e comunicação às partes interessadas;
Ver, por exemplo, a ABNT NBR ISO 22301, para obter mais informações sobre continuidade de
negócios, e a ISO 22320, para obter mais informações sobre gerenciamento de emergência, ou outras
normas e requisitos técnicos específicos.
NOTA A ABNT NBR ISO 55000:2014, 2.5.1, fornece a seguinte orientação: “O plano de gestão
de ativos pode permitir a uma organização criar uma ligação, se necessário, entre seu sistema de
gestão de ativos e uma variedade de requisitos técnicos específicos de gestão de ativos. Estes
requisitos técnicos específicos são fornecidos em normas dentro e fora do ambiente ISO, e nos níveis
de normalização internacional, regional ou nacional; tais normas proveem informações sobre estratégias
e táticas, bem como os requisitos específicos de projeto, construção, materiais ou processos”.
7 Apoio
7.1 Recursos
7.1.1 Generalidades
Convém que a organização mapeie seus recursos disponíveis para recursos necessários para
suas atividades planejadas, a fim de determinar quaisquer lacunas. Esta análise de lacunas pode ser
usada como entrada de dados para o processo de melhoria. Esta análise é aplicável a todas as
atividades de gestão de ativos, pode ser extensa e pode requerer priorização e planejamento de
programas de muitos projetos para fechar estas lacunas.
d) quaisquer mudanças no portfólio de ativos ou ao longo do tempo, que irão requerer uma
análise crítica das necessidades de recursos;
Ao determinar os recursos necessários para o seu sistema de gestão de ativos, convém que a
organização considere suas políticas de gestão de ativos, objetivos, estratégias, planos e critérios de
tomada de decisão. Para permitir o gerenciamento de políticas, objetivos, processos e elementos do
sistema de gestão, estes recursos podem incluir:
a) sistemas de comunicação;
Ao determinar os recursos necessários para suas atividades de gestão de ativos, convém que a
c) competência do pessoal;
d) atividades terceirizadas;
7.2 Competência
7.2.1 Generalidades
7.2.1.1 Convém que a organização determine os níveis de competência requeridos para todas os
papéis e accountabilities de gestão de ativos, bem como a conscientização, conhecimento,
entendimento, habilidades e experiências necessárias para atendê-las. Convém que considere o
seguinte:
a) a cultura da organização;
b) erro humano;
7.2.1.2 Convém que a organização execute avaliações de competência em relação aos requisitos
identificados. As avaliações podem ser usadas para:
7.2.1.3 Convém que a organização retenha informação documentada apropriada como prova de
competência. Os métodos de gestão desta informação documentada podem incluir:
7.2.1.4 Convém que as análises críticas de competência também sejam conduzidas quando
ocorrer uma mudança significativa no portfólio de ativos, no sistema de gestão de ativos e na gestão de
ativos. Os métodos para concluir esta análise crítica podem incluir:
b) planejamento de sucessão.
7.2.1.5 Caso a organização decida terceirizar qualquer aspecto do sistema de gestão de ativos,
convém que a organização assegure que os provedores de recursos externos possam demonstrar sua
competência em relação às atividades necessárias. Convém que a organização, dependendo dos riscos
envolvidos, valide declarações de competência e tenha um processo para assegurar que qualquer
provedor de recursos terceirizado continue a prover recursos competentes.
a) tipos de ativos;
b) sistemas de ativos;
c) configurações de ativos;
f) gestão de mudanças.
Ao determinar seus requisitos de competência para sua operação do sistema de gestão de ativos,
convém que a organização considere os requisitos dos sistemas e as ferramentas facilitadoras.
Ao determinar seus requisitos de competência para suas atividades da gestão de ativos, convém
que a organização considere o seguinte:
a) requisitos de liderança;
b) a cultura na organização;
c) gestão de mudanças.
7.3 Conscientização
7.3.1 Generalidades
Convém que as pessoas que trabalham sob o controle da organização tenham conhecimento
adequado do contexto da organização, dos objetivos de gestão de ativos, sistema, atividades e portfólio
de ativos. Estas pessoas podem incluir funcionários, contratados, prestadores de serviços internos ou
externos e fornecedores. Convém que as necessidades específicas de conscientização de qualquer
parte interessada sob o controle da organização sejam determinadas por sua função e seu
relacionamento com a organização que atendam aos objetivos da gestão de ativos.
Convém que todas as pessoas com papéis e accountabilities atribuídas que podem ter impacto
nos resultados da gestão de ativos tenham:
a) requisitos de liderança;
b) comportamentos esperados;
c) a cultura na organização;
d) gestão de mudanças;
7.4 Comunicação
7.4.1 Generalidades
Convém que as atividades de gestão de ativos executadas pela organização sejam comunicadas
às partes interessadas pertinentes, periodicamente, de forma coordenada, como parte integrante do
sistema de gestão de ativos da organização. Ao estabelecer suas comunicações, convém que a orga-
nização utilize uma abordagem sistemática para identificar quaisquer lacunas nas necessidades de
conscientização e informação, incluindo:
a) o contexto da organização;
d) os requisitos da organização referentes à gestão de ativos. Estes itens poderiam ser incluídos
em um plano de comunicação.
a) política de comunicação;
b) formato de comunicação;
f) tradução de idiomas.
7.5.1 Generalidades
A disponibilidade e a qualidade das informações são vitais para todos os aspectos da gestão de
ativos. Convém que a organização determine seus requisitos de informação e implemente sistemas e
processos para a coleta, o agrupamento, o armazenamento, a manutenção e a transferência de
informações sobre ativos, a fim de possibilitar o alcance de seus objetivos da gestão de ativos. Convém
que a organizações também considerem as informações como um ativo a ser gerenciado como parte do
mesmo sistema de gestão de ativos.
b) utilização;
c) criticidade;
d) desempenho;
e) risco específico;
NOTA 1 A ISO/TS 8000-1 provê orientação sobre medição e gestão da qualidade dos
dados.
NOTA 2 As abordagens de Modelagem de Informação da Construção (BIM) são cada vez mais
utilizadas para assegurar que dados e informações de ativos sejam compartilhados entre diferentes
organizações de modo controlado e que as informações não sejam perdidas entre os principais estágios
do ciclo de vida dos ativos (por exemplo, entre projetos de criação/modificação de um ativo e sua
operação e manutenção subsequentes por diferentes prestadores de serviços).
a) requisitos de liderança;
b) sua cultura;
7.6.1 Generalidades
Embora a ABNT NBR ISO 55001 estabeleça claramente os requisitos para o controle de
informações documentadas (que são consistentes com outras Normas para sistemas de gestão), houve
deliberadamente a omissão de requisito prescritivo estabelecido sobre o que convém que seja
detalhado como informação documentada. Isto reflete o desejo de evitar restringir as organizações ou
requerer informações documentadas que não sejam econômicas ou úteis. Na prática, convém que as
organizações que desejam estar em conformidade com a ABNT NBR ISO 55001 implementarem
informações documentadas adequadas para assegurar que não apenas o SAMP e os planos sejam
formalmente especificados, mas também que outras atividades e padrões sejam controlados. Convém
que as informações necessárias sejam adequadas à complexidade dos ativos e da atividade de gestão
de ativos, bem como aos requisitos legais e regulatórios aplicáveis.
NOTA Mais orientações sobre informações documentadas podem ser encontradas na ISO/TS
9002:2016, 7.5.
Quando a organização cria e atualiza informações documentadas, convém que ela assegure que
a identificação, o formato e a mídia apropriados sejam utilizados e que as informações documentadas
sejam analisadas criticamente e aprovadas.
NOTA As Normas de referência úteis que podem ajudar a projetar um sistema de gestão de
informações documentadas incluem as ABNT NBR ISO 15489-1, ABNT NBR ISO 16175-3 e ISO 30301.
8 Operação
8.1.1 Generalidades
Convém que a organização planeje e controle processos operacionais, incluindo seus critérios de
tomada de decisão, para implementar:
c) ações determinadas para gerenciar riscos e oportunidades para o sistema de gestão de ativos
(ver 6.1);
d) ações corretivas e preventivas determinadas (ver 10.2 e 10.3) que não estejam
especificamente incluídas no SAMP e/ou no(s) plano(s) de gestão de ativos.
Convém que as organizações implementem processos apropriados para realizar diferentes tipos
de atividades em ativos; para ativos físicos, eles podem incluir gestão de projeto, criação/aquisição,
utilização/manutenção, renovação/descarte.
c) alocação de recursos;
e) a disponibilidade e captura de dados e informações pertinentes que podem ser usados para
informar os critérios de tomada de decisão;
A gestão de mudança é importante para abordar alterações internas ou externas que afetem os
ativos, a gestão de ativos ou o sistema de gestão de ativos, que possam afetar a capacidade da
organização de alcançar seus objetivos de gestão de ativos. Convém que os riscos associados às
mudanças sejam avaliados e gerenciados, a fim de assegurar que a integridade do sistema de gestão
de ativos seja mantida e os riscos decorrentes de mudanças permaneçam em um nível aceitável. As
mudanças podem estar:
em portfólio de ativos;
na estrutura da organização.
f) o período de tempo esperado em que uma mudança ocorra ou sua expectativa de duração;
O processo para identificar, comunicar e reportar regularmente possíveis mudanças pode ser
integrado aos processos de trabalho de rotina. Por exemplo, se uma organização realizar reuniões
regulares para discutir o desempenho operacional, ela pode incluir um item da agenda para a
identificação de mudanças reais ou potenciais. Convém que as mudanças identificadas sejam avaliadas
em relação aos riscos. Esta avaliação pode incluir consequências não intencionais que podem ter
impacto em outras partes da organização como resultado da mudança. Dependendo da abordagem da
gestão de risco da organização, os riscos podem ser priorizados e as ações de mitigação estabelecidas.
Convém que sejam adotadas medidas para mitigação antes da implementação da mudança, se
possível.
Exemplos de mudanças que convém que sejam abordadas pelo processo de gestão de mudanças
incluem o seguinte:
8.3 Terceirização
Uma organização pode optar por terceirizar determinadas atividades de gestão de ativos para um
prestador de serviço externo, em vez de realizar estas atividades internamente. Convém que os
detalhes das atividades terceirizadas (que podem influenciar a consecução dos objetivos da gestão de
ativos) sejam definidos, mantidos, controlados e retidos como informações documentadas, para
assegurar que os níveis de desempenho e serviço estejam alinhados com o(s) plano(s) de gestão de
ativos.
c) definir o escopo e os limites dos processos e atividades que são terceirizados, incluindo as
interfaces com o prestador de serviços, atividades de controle, requisitos de qualidade para
serviços e pessoas (7.2 e 7.3), cronogramas, implicações financeiras, feedback e atividades
de melhoria;
e) criar um processo de entrega e/ou retomada do controle sobre ativo(s) e/ou atividade de
gestão de ativos, incluindo o estado requerido dos ativos e as atividades de gestão de ativos
(por exemplo, contemplados em um plano de saída);
f) descrever como as atividades terceirizadas apoiam aos objetivos gerais da gestão de ativos
da organização.
9 Avaliação de desempenho
9.1.1 Generalidades
Convém que a organização (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 7.5) assegure que haja consistência
e rastreabilidade entre informações técnicas de ativos, informações da gestão de ativos, informações do
sistema de gestão de ativos e registros financeiros. Os aspectos a serem considerados para esta
informação são atualidade (informação atualizada), precisão e integridade.
9.1.1.2 Para configurar uma avaliação de desempenho apropriada, convém que a organização
aborde os seguintes aspectos principais:
b) vínculo técnico, operacional e financeiro que seja consistente e rastreável aos ativos em um
nível predefinido de detalhamento;
9.1.1.3 Convém que o sistema de gestão de ativos seja descrito em informação documentada
(incluindo detalhes dos objetivos, estratégias, métodos e critérios de tomada de decisão e, a
accountability associada) a um nível que seja apropriado para avaliação de desempenho. Convém que
o SAMP forneça a lógica e a abordagem, e normalmente inclua os objetivos de gestão de ativos (ver
Anexo C). No contexto do planejamento (ver Seção 6), convém que a avaliação de desempenho seja
utilizada para:
a) estabelecer uma base de referência para o estado atual e futuro do sistema de gestão de
ativos, da gestão de ativos e do portfólio de ativos;
No contexto do apoio (ver Seção 7), convém que a avaliação de desempenho seja utilizada para
estimar os recursos necessários para executar as atividades planejadas, assegurar que esses recursos
estejam disponíveis e validar a eficácia das atividades.
No contexto da operação (ver Seção 8), convém que a avaliação de desempenho seja utilizada
para derivar critérios para controle de processos, monitorar riscos e gerenciar mudanças.
No contexto da melhoria (ver Seção 10), convém que a avaliação de desempenho seja utilizada
para iniciar e terminar o processo de melhoria (quando o desempenho desejado foi alcançado) e avaliar
seus resultados.
9.1.2.1 Generalidades
b) identifique padrões e comportamentos que viabilizem atividades de melhoria (ver Seção 10);
c) utilize critérios de tomada de decisão que levem em conta a variabilidade, magnitude e taxa
de mudança dos parâmetros de desempenho monitorados;
h) assegure que sejam avaliadas as mudanças no valor futuro dos ativos e de seus perfis de
risco, em contextos financeiros e não financeiros;
Muitas das considerações acima para ativos físicos estão incluídas na determinação das
características de confiabilidade e desempenho do ativo ao longo do seu ciclo de vida. Esta abordagem
inclui métodos como a análise do modo de falha, efeitos e criticidade (failure modes, effects and
criticality analysis – FMECA), análise de modos e sintomas de falha (failure modes symptoms analysis –
FMSA), sistema de relatório das falhas, análise e ações corretivas (failure reporting and corrective
action system – FRACAS) e, o conceito de intervalo de probabilidade de falhas (probability failure – PF),
descritos em várias Normas Internacionais relativas ao monitoramento das condições de sistemas de
máquinas e manutenção centrada na confiabilidade (reliability-centred maintenance – RCM).
Convém que a análise da criticidade inclua a análise da gravidade do impacto no valor e no risco,
tanto financeiro como não financeiro. Uma estrutura analítica de ativos pode ser usada para identificar
f) a eficácia das ações corretivas para o sistema de gestão, incluindo ações de análises críticas
anteriores;
g) compliance com o plano de auditoria interna e taxa de encerramento das ações de auditoria.
a) permitam que a Alta Direção faça declarações, em relação à organização, quanto à sua:
3) capacidade de administrar o risco relacionado à gestão de ativos, incluindo compromissos com
as partes interessadas e mudanças no ambiente comercial e tecnológico e no contexto da
organização;
organizacionais;
Convém que a organização realize avaliações de seu portfólio de ativos, gestão de ativos e
sistema de gestão de ativos, a fim de assegurar sua contínua conformidade, adequação e eficácia.
Convém que a avaliação dos ativos da organização e da atividade de gestão de ativos verifique
se:
Convém que a organização realize auditorias levando em conta as diretrizes da Norma ABNT
NBR ISO 19011 e os requisitos da ABNT NBR ISO 55001, e considere a auditoria remota, quando
aplicável.
As auditorias internas do sistema de gestão de ativos podem ser realizadas por pessoal da
organização ou por pessoas externas selecionadas pela organização, atuando em seu nome. Em
ambos os casos, convém que as pessoas que conduzem a auditoria sejam competentes e estejam em
condições de conduzi-las de forma imparcial e objetiva.
exista rodízio de auditores entre as auditorias, a fim de evitar a repetição das conclusões e
resultados da auditoria.
Com base nos resultados das auditorias internas, convém que a organização seja capaz de
avaliar se:
b) o nível de auditoria é feito em um nível adequado ao risco, complexidade e valor dos ativos.
As análises críticas pela direção fornecem à Alta Direção uma oportunidade de avaliar e melhorar
a conformidade, a adequação e a eficácia contínuas dos ativos, da gestão de ativos e do sistema de
gestão de ativos da organização. Convém que a análise crítica pela direção abranja o portfólio de
ativos, o escopo do sistema de gestão de ativos e a atividade de gestão de ativos, a fim de avaliar a
aderência da organização aos fundamentos de gestão de ativos, conforme estabelecido na ABNT NBR
ISO 55000.
Convém que as análises críticas pela direção permitam que a organização analise se a política e
os objetivos da gestão de ativos continuam a ser apropriados para o objetivo da organização. Convém
que elas permitam que a organização estabeleça novas políticas e objetivos de gestão de ativos ou os
atualize, visando o aprimoramento contínuo, de forma apropriada para o próximo período, e considere
se é necessário efetuar mudanças. Convém que as análises críticas pela direção também abordem a
sustentabilidade financeira a longo prazo dos ativos dos quais a organização depende para alcançar
seus objetivos.
Além dos requisitos para análises críticas pela direção, recomenda-se inserir também:
f) possíveis análises críticas de atividades necessárias para assegurar o atendimento das partes
interessadas e outros requisitos aplicáveis (incluindo requisitos legais e regulatórios);
Convém que os resultados das análises críticas pela direção incluam decisões e ações
relacionadas às melhorias nos planos organizacionais, objetivos, sistema de gestão de ativos e
atividades, incluindo:
Convém que a organização comunique os resultados das análises críticas pela direção às partes
interessadas pertinentes.
10 Melhoria
10.1 Generalidades
A melhoria é um processo crítico para a correção de não conformidades e para gerar derivação de
maior valor. Convém que a melhoria contínua seja considerada uma atividade iterativa contínua, com o
objetivo final de cumprir os objetivos organizacionais. A melhoria também pode ser alcançada por meio
da adoção de novas tecnologias ou inovações lideradas por funcionários.
6) eficácia de ações corretivas (para não conformidades ocorridas) e ações preventivas (para
não conformidades potenciais);
2) competências;
1) eficácia e eficiência das atividades relacionadas aos objetivos, riscos e oportunidades;
Convém que a organização retenha informação documentada como comprovação dos resultados
das atividades de melhoria.
10.2.1 Generalidades
Convém que a organização esteja ciente de que podem ocorrer não conformidades (incluindo
falhas e incidentes) em seus ativos, na gestão de ativos e no sistema de gestão de ativos, arriscando
comprometer o atingimento dos fundamentos da organização, conforme estabelecido na ABNT NBR
ISO 55000:2014, 2.4.2. Convém que a organização estabeleça planos e processos para controlar as
não conformidades e suas consequências associadas, a fim de minimizar quaisquer efeitos adversos na
organização e nas necessidades e expectativas das partes interessadas. Isto pode ser feito por meio
da:
Ações corretivas são ações tomadas para tratar a(s) causa(s)-raiz de não conformidades
identificadas, ou incidentes, a fim de gerenciar suas consequências e para prevenir ou reduzir a
probabilidade de recorrência.
avaliação da criticidade dos ativos, incluindo riscos e o valor associado à correção de falhas
ou não conformidades;
A maioria dos métodos aplicáveis aos ativos está contida no domínio da análise de causa-raiz e
inclui métodos relacionais, causais, probabilísticos e baseados em eventos, como diagramas de
Ishikawa, árvore causal, árvore de falhas, árvore de eventos e árvore lógica.
NOTA Mais orientações sobre estas metodologias e princípios podem ser encontradas nas
IEC 62740 e IEC 62508.
A maioria dos métodos aplicáveis aos sistemas de gestão de ativos está contida no domínio de
análise sistêmica e inclui métodos baseados em incidentes (segurança), como gestão de risco por
árvore de supervisão (management oversight risk tree – MORT), método de análise de causa incidente
(incident cause analysis method – ICAM) e método beta tripé (tripod beta method – TRIPOD).
A maioria dos métodos aplicáveis à gestão e à tomada de decisão está contida no domínio da
análise de erro humano e de risco, e inclui métodos baseados em erro humano e cognitivos, como a
árvore de eventos cognitivos (cognitive event tree – COGENT), o modelo de razão, técnica para
predição de taxa de erro humano (technique for human error rate prediction – THERP) e análise de erro
humano (método NASA).
Convém que as ações corretivas adotadas e seus cronogramas sejam compatíveis com os riscos
encontrados. Quando uma ação corretiva identifica novos riscos ou alterações nestes riscos, ou a
necessidade implementação de novos processos, procedimentos ou outras disposições ou alterações
neles para controlar as atividades do ciclo de vida, convém que as ações propostas sejam avaliadas em
relação ao risco antes da implementação (ver 8.2).
Convém que a organização monitore a conclusão em tempo hábil das ações corretivas. O
monitoramento do desempenho seja utilizado para avaliar a eficácia das ações corretivas, a fim de
evitar a recorrência.
10.3.1 Generalidades
As ações preventivas, que podem incluir ações preditivas, são ações tomadas para abordar de
forma proativa as causas-raiz de possíveis falhas ou incidentes e intervir antes que os riscos se tornem
inaceitáveis.
Convém que a organização estabeleça, implemente e mantenha processos para iniciar ações
preventivas ou preditivas. Os elementos a serem considerados no estabelecimento e manutenção de
processos de ações preventivas e preditivas incluem:
10.4.1 Generalidades
Convém que a melhoria contínua seja considerada uma atividade iterativa, com o objetivo final de
cumprir os objetivos organizacionais. Não convém que seja interpretada como uma melhoria cíclica (por
exemplo, anual) nos parâmetros de desempenho dos ativos, da gestão de ativos e do sistema de
gestão de ativos apenas porque podem ser obtidas.
Convém que os processos de melhoria contínua sejam iniciados e também interrompidos com
base na mudança dos riscos para a organização, ou para seus objetivos e valor.
b) avaliação de opções;
f) seleção e execução;
Convém que a organização seja ativa na busca e aquisição de conhecimentos sobre novas
tecnologias e práticas relacionadas à gestão de ativos, incluindo novas ferramentas e técnicas, que
convém que sejam avaliadas para estabelecer seu benefício potencial para a organização e que sejam
incorporadas ao sistema de gestão de ativos conforme apropriado. Alguns exemplos são:
As ações de melhoria contínua dos ativos, incluindo ativos individuais, tipos de ativos e sistemas
de ativos, são mudanças em longo prazo em ativos, estratégias de ativos, métodos de tomada de
decisão e critérios que visam produzir melhoria sustentável na criação de valor, eficácia e eficiência dos
ativos. Estas ações costumam ser extremamente dependentes da eficácia do monitoramento de
desempenho (ver Seção 9), bem como de recursos (ver Seção 7).
Ações de melhoria contínua para a gestão de ativos são mudanças de longo prazo na liderança e
na cultura, que visam produzir uma melhoria sustentável na criação de valor, eficácia e eficiência da
liderança e das atividades da gestão de ativos. Estas ações são extremamente dependentes da
dimensão de fatores humanos do gerenciamento de recursos (ver Seção 7) e do monitoramento (ver
Seção 9) de aspectos da cultura da organização.
Anexo A
(informativo)
A ABNT NBR ISO 55000:2014, 3.3.1, define gestão de ativos como a “atividade coordenada de
uma organização para obter valor a partir dos ativos”. Portanto, é importante que a organização que
implementa um sistema de gestão de ativos compreenda o que é esse valor realizável, ou o que ele
significa, tanto para a organização quanto para suas partes interessadas. Para definir e medir o valor
para a organização, de acordo com a intenção das ABNT NBR ISO 55000 e ABNT NBR ISO 55001, é
necessário considerar uma visão consolidada de como ela é descrita e usada nas ABNT NBR ISO
55000 e ABNT NBR ISO 55001.
A ABNT NBR ISO 55000:2014, 2.4.2-a), estabelece: “O valor (que pode ser tangível ou intangível,
financeiro ou não financeiro) será determinado pela organização e suas partes interessadas, de acordo
com os objetivos organizacionais”; no entanto, a ABNT NBR ISO 55001 não usa o termo. As referências
dentro da ABNT NBR ISO 55000 aos “valores” da organização e “preocupações e expectativas” das
partes interessadas (ABNT NBR ISO 55000:2014, 2.5.3.2) e a necessidade de preservar o “valor do
ativo” [ABNT NBR ISO 55000:2014, 2.2-a)] trazem mais complexidade à compreensão do que significa
“valor”.
Existem, portanto, os seguintes conceitos de valor usados na Norma ABNT NBR ISO 55000:
b) determinação do valor (como avaliação dos ativos ou da organização, por exemplo, o preço
de venda do ativo ou da organização, se for colocado à venda);
A especificação de “valor” para uma organização ou suas partes interessadas pode variar, mesmo
dentro da organização, e diferentes partes interessadas ganham diferentes tipos de valor a partir do
modo como uma organização gerencia seus ativos. Os exemplos a seguir mostram como o valor pode
ser definido ou visto por diferentes partes interessadas.
d) Os clientes são partes interessadas que podem estar interessadas na relação de custo-
benefício, ou valor pelo dinheiro, o relacionamento entre eles e a organização.
Consequentemente, eles também podem se preocupar com uma medida monetária (preço),
mas também recebem valor (benefício) que geralmente não é monetário (por exemplo, água
potável segura ou serviços de energia elétrica confiáveis, ou a confiabilidade de um produto,
como um carro que é produzido usando os ativos do fabricante). Os benefícios podem ser
quantificados por critérios focados em qualidade e quantidade (mensuráveis) ou medidas que
podem requerer substitutos, como usar a satisfação do cliente para representar o
desempenho (por exemplo, ao mesmo tempo em que a duração do tempo de reparo pode ser
uma boa medida de atividade ou desempenho do processo, a satisfação do cliente com a
rapidez com que um reparo é concluído é útil como uma medida de resultado, onde a
disponibilidade ou continuidade da prestação do serviço representa valor para o cliente, neste
caso, isto também pode ser usado para ajudar a determinar a meta de desempenho real para
o tempo de reparo).
e) Para as organizações que prestam serviços públicos ou serviços em que não existe
recebimento de pagamento direto, com muita frequência não há relação direta entre o dinheiro
pago pela comunidade ou os “clientes” e o serviço fornecido. Estes serviços podem variar
desde um governo local ou conselho que presta serviços de biblioteca, financiados por
impostos ou taxas locais, à capacidade de defesa de um governo nacional, financiada
(novamente) por meio de impostos. O valor recebido ou percebido coletivamente pela
comunidade ainda pode ser medido, apesar do fato de que alguns membros específicos da
comunidade podem não usar um serviço específico.
A aplicação do significado e o uso do termo “valor” na série de normas ABNT NBR ISO 55000
inclui a necessidade de compreender a construção de como o valor realizável é identificado e, portanto,
a definição de gestão de ativos, é verticalmente colocado em cascata em objetivos organizacionais e
objetivos da gestão de ativos, a finalidade e o uso do sistema de gestão de ativos, atividades de gestão
de ativos e ativos.
“O valor… determinado pela organização e suas partes interessadas, de acordo com os objetivos
organizacionais. Isto inclui:
1) uma declaração clara de como os objetivos de gestão de ativos se alinham com os objetivos
organizacionais;
2) o uso de uma abordagem de gestão do ciclo de vida para obter o valor dos ativos;
3) o estabelecimento dos processos de tomada de decisão que refletem a necessidade das
partes interessadas e definem o valor.”
A ABNT NBR ISO 55001:2014, 6.2.1, estabelece: “Os objetivos da gestão de ativos devem: ...
“Ao planejar como alcançar os objetivos da gestão de ativos, a organização deve determinar
e documentar:
Figura A.1 – Relacionamento das referências da ABNT NBR ISO 55000 e ABNT NBR ISO 55001
ao valor, objetivos e tomada de decisão
Uma organização e suas partes interessadas têm valores (sejam eles comunicados em
informações documentadas ou não). Estes valores podem incluir um compromisso com padrões de
comportamento ético ou responsabilidade social e podem desempenhar o papel de catalisadores no
estabelecimento de objetivos organizacionais e objetivos da gestão de ativos, bem como na forma como
esses objetivos são alcançados. O valor gerado ao gerir os ativos é então diretamente ligado aos
objetivos.
Uma organização pode considerar a capacidade de demonstrar seu comportamento ético como
geradora de valor e essa resposta pode se traduzir em uma medida de reputação e, subsequentemente,
em preferência do cliente. Existem inúmeros exemplos de organizações que se redefinem na tentativa
de se recuperar de uma perda ou dano em sua reputação e retomar a participação de mercado perdida.
É necessário considerar a determinação do valor do(s) ativo(s) para fins de financiamento, tomada
de decisões de investimento, seguro, tributação e regulação. A determinação do valor do ativo pode ser
obtida a partir do potencial futuro de geração de receita do ativo, de seu custo de reposição depreciado
ou pode ser determinado simplesmente como o valor de mercado do ativo como se estivesse à venda.
A geração de valor dos ativos é o benefício derivado de sua operação ou uso. O relacionamento
entre o valor do(s) ativo(s) e o valor gerado pelo uso dos ativos raramente é determinado por uma
medida simples, como uma taxa de retorno percentual, especialmente quando o valor é definido usando
métricas não financeiras (ou uma mistura de métricas financeiras e não financeiras). Cabe à
organização definir a maneira como buscará gerar valor a partir de seus ativos e desenvolver seu
sistema de gestão e metodologias de tomada de decisão para apoiar esta definição. Ao fazer isso,
convém que a organização proveja especial atenção aos elementos do sistema de gestão que abordam
a avaliação e a melhoria contínua.
Por exemplo, quando um ativo estiver gerando benefícios financeiros, o custo de aquisição,
renovação ou reposição dos ativos e seus custos de operação e manutenção são considerações
importantes na tomada de decisões e na capacidade de obter o valor do uso dos ativos. Se o custo de
reposição ou operação e manutenção for maior do que a capacidade do ativo de gerar um retorno
financeiro (geração de valor), a organização pode então não alcançar suas metas de desempenho para
retorno financeiro. Esta situação também provoca decisões sobre preços de serviços ou produtos, o
preço de venda dos ativos ou da própria organização, ou a viabilidade de a organização renovar ou
repor os ativos ou, em última análise, até mesmo continuar a fornecer o produto ou serviço.
Alternativamente, quando um ativo estiver gerando benefícios ou valor não financeiros (geração
de valor) e não gerar receita suficiente para cobrir os custos da prestação do serviço, a tomada de
decisão então requer considerar a redução no nível de serviço, a busca de fontes alternativas de
financiamento, como subsídios cruzados ou apoio do governo, ou uma solução alternativa para prestar
o serviço.
O valor derivado dos ativos e sistemas de ativos pode mudar ao longo da vida dos ativos. É
provável que o objetivo de diferentes partes da organização apoie o valor atual e o valor futuro. Existem
vários fatores que influenciam a geração de valor ao longo da vida útil dos ativos, por exemplo:
b) alguns ativos podem ter uma defasagem antes da criação de valor, por exemplo, convém que
uma plantação de árvores tenha um valor crescente à medida que as árvores crescem, mas,
até que se torne produtiva, a organização incorre em custos crescentes;
d) em muitas organizações, e para muitos ativos, a obsolescência funcional devido a mudanças
na tecnologia ou mudanças nos objetivos organizacionais pode significar que um ativo mudará
seu valor para a organização; por exemplo, o pico de eficiência e eficácia na fabricação e o
uso de componentes eletrônicos com válvulas ocorreu ao mesmo tempo em que os
transistores foram inventados, tornando toda a tecnologia efetivamente obsoleta.
Pode ser desenvolvida uma matriz de partes interessadas e sua influência, desejos e
necessidades a fim de representar o valor das partes interessadas. Esta matriz pode ser quantificada
por meio de processos de tomada de decisão com múltiplos atributos ou reduzida a um único número,
representativo do valor das partes interessadas. Os processos de tomada de decisão com múltiplos
atributos podem incluir metodologias de ponderação, a fim de permitir a priorização de quais fatores são
percebidos como mais importantes.
A ABNT NBR ISO 55000:2014, 3.3.1, identifica a necessidade de equilibrar custo, riscos e
desempenho na criação de valor. Custo, risco e desempenho se relacionam de forma diferente ao valor.
Normalmente, o custo precisa ser controlado para gerar valor para a organização. Se o custo
financeiro para a organização exceder o valor financeiro gerado pela organização, esta não será
financeiramente viável; isso independe do valor para o cliente. Manter a viabilidade financeira é um
requisito para todas as organizações. A mudança temporal dos custos ou geração de valor pode
desempenhar um papel importante no gerenciamento da viabilidade financeira, e o relacionamento com
a disponibilidade de capital e dívida é um processo complicado de gerenciar e entender.
Por exemplo, alguns prestadores de serviços públicos subsidiam os serviços usando a receita de
áreas de alta densidade populacional a fim de ajudar a financiar serviços que, de outro modo, seriam
inviáveis em áreas pouco povoadas (ou poderiam receber concessões de financiamento de apoio do
governo, se este visse a prestação do serviço na área pouco povoada como uma obrigação social).
Embora o custo seja frequentemente considerado puramente em termos financeiros, alguns custos
podem não ser de natureza financeira (por exemplo, a extensão do dano ambiental causado pela
aquisição e/ou operação dos ativos).
O desempenho pode ser considerado uma medida do sucesso (ou não) na criação de valor ou no
cumprimento dos objetivos da gestão de ativos. No nível mais simples, o desempenho de um ativo pode
contribuir para a geração de valor por meio da operação confiável ou eficiente. Embora possa não haver
um relacionamento numérico direto entre a medida de desempenho do ativo e a especificação de valor
da organização no nível superior, é necessário entender a conexão hierárquica ou o relacionamento. O
retorno sobre os ativos, ou o cumprimento de uma meta de qualidade ou quantidade, pode ser
considerado como medidas de desempenho de nível intermediário.
Anexo B
(informativo)
B.1.3 Convém que a organização assegure a descrição das razões e premissas para o
estabeleci- mento e gerenciamento contínuo do escopo (incluindo mudanças), a fim de assegurar a
integridade e sustentabilidade do sistema de gestão e propiciar a capacidade de assegurar e validar que
o sistema de gestão esteja cumprindo sua finalidade.
B.1.4 O escopo é influenciado pelo porte da organização (para pequenas empresas, ver Anexo
G), a criticidade e/ou contribuição de valor dos ativos para a organização e a complexidade de:
c) portfólio de ativos.
Convém que seja definido em informações documentadas como o sistema de gestão de ativos e
os processos, práticas e procedimentos de gestão de ativos relacionados sejam gerenciados (e quem é
responsável). Alguns podem pertencer e ser gerenciados dentro da estrutura do sistema de gestão de
ativos, mas outros podem ser fornecidos por prestadores de serviços internos ou externos. Quando
forem fornecidos por prestadores de serviços, as condições de limite do sistema (como em um escopo
contratual) fazem parte do escopo para demonstrar controle, gestão de riscos e garantia adequados.
B.1.5 Onde houver outros ativos, sistemas, processos ou áreas funcionais que possam ser
considerados críticos para o desempenho da organização, mas não estejam incluídos no escopo,
convém que haja uma declaração das condições de limite, fornecida em informações documentadas
que descrevam:
b) as interações necessárias;
c) os protocolos relevantes.
NOTA Neste caso, “protocolo” refere-se, por exemplo, às regras relativas a uma função de
armazenamento de peças de reposição, que obtenha aprovação da gestão de ativos ou do gerente de
manutenção para o descarte de estoques de peças de reposição. Uma ferramenta que a organização
pode usar para projetar essa estrutura de aprovação é uma matriz de atribuição de responsabilidade
(também conhecida como matriz RASCI – Responsible, Accountable, Supportive, Consulted and
Informed) ou gráfico de responsabilidade linear. Isto descreve a participação de vários papéis na
conclusão de tarefas ou entregáveis para um projeto ou processo de negócios.
B.2.1 Generalidades
Existem vários tipos de limites ou questões que exigem especificação de condições de limites
para o sistema de gestão de ativos, incluindo:
c) acordos de terceirização;
d) funções e atividades;
e) fatores geográficos;
j) garantia e validação;
k) gestão de mudanças.
Convém que o estabelecimento do escopo do sistema de gestão de ativos seja feito dentro do
contexto dos seguintes itens específicos descritos na ABNT NBR ISO 55000:
a) uma organização é definida na ABNT NBR ISO 55000:2014, 3.1.13, como uma pessoa ou
grupo de pessoas que tem suas próprias papéis com responsabilidades, autoridades e
relacionamentos para alcançar seus objetivos;
c) na ABNT NBR ISO 55000: 2014, 3.4.2, Nota 3, no início, afirma-se: “o escopo de um sistema
de gestão pode incluir toda a organização, papéis específicas e identificadas da organização,
seções específicas e identificadas da organização, ou uma ou mais papéis em um grupo de
organizações”; portanto, uma organização tem uma única identidade, conjunto de objetivos
organizacionais e capacidade de definir e derivar valor, estrutura e sua(s) própria(s)
função(ões) e atividades que constituem, no todo ou em parte, a forma como irá gerenciar os
ativos definidos no escopo do seu sistema de gestão de ativos.
Convém que uma organização também forneça ou disponibilize os recursos necessários para
atender aos objetivos da gestão de ativos e para implementar as atividades especificadas no(s) plano(s)
de gestão de ativos. Os recursos fornecidos e o valor que as organizações podem derivar de ativos
podem ser de diferentes tipos; por exemplo, um proprietário de ativo poderia fornecer dinheiro para
manter o ativo a fim de cumprir seus requisitos de desempenho e gerar renda (valor) proveniente de
seus clientes. Usando esse dinheiro, um prestador de serviços poderia então fornecer equipamentos e
pessoas para realizar a manutenção. O prestador de serviços obtém valor obtendo lucro com o
fornecimento de equipamentos e pessoas e por fazer a manutenção. O impacto no escopo do sistema
de gestão de ativos é esclarecido em B.2.3 a B.2.12.
Existem muitas funções e atividades dentro de uma organização que são necessárias para que
um sistema de gestão de ativos funcione; no entanto, elas nem sempre são consideradas dentro do
sistema de gestão de ativos ou gerenciadas dentro do sistema de gestão de ativos. Isso inclui funções
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como: recursos humanos (RH), tecnologia da informação e comunicação (TIC), compras e cadeia de
suprimentos (observando que o gerenciamento logístico em algumas indústrias é parte do escopo e das
ferramentas do sistema de gestão de ativos).
O sistema de gestão de ativos requer essas funções e atividades de apoio para atender às suas
necessidades, as quais convém que sejam especificadas; por outro lado, a função de apoio pode
precisar de resultados do sistema de gestão de ativos para fornecer o que é requerido pelo sistema.
Convém observar que algumas das funções da organização, como finanças, RH e TIC, também
podem prescrever procedimentos e especificar diretivas imutáveis (internas) que a função de gestão de
ativos tem que respeitar. Elas podem ser consideradas requisitos internos das partes interessa- das; por
exemplo, procedimentos financeiros (relatórios), procedimentos de RH sobre recrutamento ou
desenvolvimento de competências, segurança de TIC e procedimentos de proteção de dados. A
incapacidade de influenciar esses requisitos pode limitar ou restringir as opções de projeto real- mente
disponíveis para os projetistas do sistema de gestão de ativos ou processos e práticas de gestão de
ativos.
Convém que o relacionamento entre um prestador de serviços e a organização cliente (que pode
ser um proprietário do ativo, ou um prestador de serviços de nível superior ou principal) seja definido
com um conjunto de “condições de limite”. Por exemplo, para um prestador de serviços, o escopo do
contrato pode definir os papéis, responsabilidades, autoridades, poder de decisão e transferência de
informações (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 8.3). Portanto, independentemente da adesão do
proprietário aos requisitos da ABNT NBR ISO 55001:2014, o prestador de serviços pode manter ou
avançar para a certificação. Consequentemente, isto irá direcionar elementos do sistema de gestão de
ativos do prestador de serviços, como seus objetivos da gestão de ativos, conscientização (de riscos),
monitoramento e relatórios de desempenho, estrutura de gerenciamento de informações, análise crítica
pela direção e processos de melhoria contínua.
Um relacionamento definido por um contrato que está “comprando resultados”, ou seja, onde o
prestador de serviços tem controle interno total de como eles produzem os efeitos ou resultados
necessários, é o modelo mais provável no qual o prestador de serviços pode demonstrar que está
atendendo a todos os requisitos da ABNT NBR ISO 55001.
Um relacionamento em que a organização cliente está “comprando recursos” (por exemplo, uma
tarifa unitária ou tarifa para um contrato de serviço) significa que não existe um planejamento
descentralizado, poder de decisão ou controle das funções e atividades do sistema de gestão de ativos,
de forma que é improvável que o prestador de serviços seja capaz de demonstrar que está atendendo a
todos os requisitos da ABNT NBR ISO 55001.
Legenda
GA gestão de ativos
SGdA sistema de gestão de ativos
OC organização cliente
Figura B.1 ‒ Exemplo de um modelo de prestador de serviços
a) uma unidade industrial com várias empresas que possuem plantas industriais individuais, nas
quais utilizam um prestador de serviços em comum para a gestão de ativos de suas rodovias,
ferrovias, dutos e cabos (com propriedade coletiva) que estão no local;
b) diferentes proprietários de ativos em diferentes locais, cujos ativos são gerenciados por um
prestador de serviços que atua com metodologias padronizadas dentro da estrutura do
sistema de gestão de ativos do próprio prestador de serviços, que leva em consideração os
objetivos da gestão de ativos de cada um dos proprietários do ativo, dentro da análise do
prestador de serviços quanto às necessidades das partes interessadas.
Legenda
SGdA sistema de gestão de ativos
SAMP plano estratégico de gestão de ativos
Figura B.2 ‒ Exemplo de um modelo de período de responsabilidade
Uma organização cliente pode gerenciar ou demonstrar o controle adequado de seus riscos,
conduzindo as funções e atividades por sua conta, ou colocando em prática requisitos apropriados de
garantia e validação em suas especificações de contrato com seu prestador de serviços.
Reconhecendo que um sistema de gestão de ativos faz parte da gestão de ativos, há várias
maneiras pelas quais várias organizações (ou partes de uma organização) podem contribuir para a
gestão de ativos de um único ativo, tipo de ativo, rede/sistema/instalação de ativos ou portfólio de
ativos, por meio da criação de sistemas de gestão de ativos individuais, mas coordenados.
Legenda
PGA plano de gestão de ativos SGdA sistema de gestão de ativos UN unidade de negócios
NOTA A determinação referente à necessidade ou não de haver um sistema de gestão de ativos é dada
pela extensão do contrato (no caso de um prestador de serviços) ou pela atribuição de responsabilidades e pela
natureza da estrutura da organização (no caso de uma unidade de negócios).
Figura B.3 – Exemplo de modelos de unidades de negócios
O vínculo entre as funções e atividades a um ativo, tipo de ativo ou grupo identificável é uma
tarefa importante para a organização. A ABNT NBR ISO 55001 possui vários requisitos específicos para
demonstrar o desempenho (ou criação de valor) do ativo, a serem planejadas, gerenciadas,
monitoradas, reportadas e revisadas, ao mesmo tempo exigindo a aplicação de atividades preditivas e
de melhoria contínua. Sem um ativo identificado, não é possível que esses requisitos sejam atendidos.
Quando aplicadas, as definições da ABNT NBR ISO 55000:2014, 3.4.2 e 3.4.3, para sistema de
gestão e sistema de gestão de ativos, permitem que diferentes sistemas de gestão de ativos para
diferentes funções ou atividades coexistam ou funcionem juntos. Esses sistemas coexistem, estejam
eles dentro da organização, onde há várias organizações que fornecem funções ou atividades
individuais para obter valor, ou se forem aplicados a diferentes ativos ou ao mesmo ativo (ver Figura
B.4).
Por exemplo, um prestador de serviços especializados pode estar a cargo da responsabilidade por
uma atividade específica, a fim de atender a um objetivo da gestão de ativos que dependa da atividade
ou serviço que ele presta. Especificamente, um prestador de serviços que fornece serviços de
gerenciamento de corrosão pode receber um contrato de montante fixo para gerenciar a corrosão do
ativo para que este atinja sua vida útil.
O contrato deixa as opções de proteção contra corrosão a serem utilizadas a critério do prestador
de serviços, desde que a meta de vida do ativo do cliente seja atendida.
Legenda
SGdA sistema de gestão de ativos
UN unidade de negócios
F & A função e atividade
PS prestador de serviço
NOTA A determinação referente à necessidade ou não de haver um sistema de gestão de ativos é dada
pela extensão do contrato (no caso de um prestador de serviços) ou pela atribuição de responsabilidades e pela
natureza da estrutura da organização (no caso de uma unidade de negócios).
Figura B.4 – Exemplo de um modelo de função e atividade
Por exemplo, uma organização multinacional que possui e opera parques eólicos pode ter planos
de gestão de ativos diferentes em cada país em que opera.
Legenda
PGA plano de gestão de ativos
NOTA A maneira pela qual um tipo de ativo é gerenciado é determinada pela interação da criticidade do
tipo de ativo, o ativo dentro da especificação de tipo e a criticidade da instalação, local ou sistema do qual faz
parte.
Figura B.5 ‒ Exemplo de um modelo de gestão integrada de tipo de ativo
Legenda
PGA plano de gestão de ativos SGdA sistema de gestão de ativos UN unidade de negócios
R/S/I rede-sistema-instalação
NOTA O sistema de gestão de ativos pode atender integralmente a todos os requisitos da
ABNT NBR ISO 55001.
NOTA BRASILEIRA O termo “build–own–operate–transfer (BOOT)” refere-se a uma forma de financia- mento
de projeto, em que uma entidade privada recebe uma concessão do setor público ou privado para financiar,
projetar, construir, possuir e operar uma instalação declarada no contrato de concessão. Isso permite que o
proponente do projeto recupere suas despesas de investimento, operação e manutenção no projeto.
A interação com outros sistemas de gestão pode estar relacionada a outros sistemas da própria
organização, como uma estrutura para responsabilidade social (ABNT NBR ISO 26000), um sistema de
gestão da qualidade (ABNT NBR ISO 9001), um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional
(ISO 45001), sistema de gestão ambiental (ABNT NBR ISO 14001) ou sistema de gestão de ativos de
um prestador de serviços.
Uma questão fundamental a ser considerada é que a ABNT NBR ISO 55001 requer que um
conjunto de critérios de tomada de decisão seja definido. A necessidade de conduzir atividades de
melhoria dentro de sistemas financeiros, contábeis, ambientais, de segurança, de qualidade e outros
sistemas de gestão, que sejam decisões relacionadas a ativos, irão competir entre si por financiamento
ou alocação de recursos. A forma como a organização prioriza essas ações em combinação com ações
especificamente orientadas pelos requisitos da ABNT NBR ISO 55001 (como uma renovação) irá
requerer uma estrutura apropriada de tomada de decisão que permita a avaliação integrada adequada
(ver Anexo D para mais detalhes).
Existem várias características da organização que são acionadas dentro e fora do sistema de
gestão de ativos; consequentemente, convém que o sistema de gestão de ativos tenha uma
especificação clara sobre quais dessas características são necessárias. As características internas
incluem liderança e cultura, motivação, comportamentos, esquemas de incentivo, colaboração. As
características externas incluem questões de contexto, governo, comunidade e PESTLA.
Quando várias organizações ou partes da organização são responsáveis por funções e atividades
que podem resultar em mudanças em como o sistema de gestão, a gestão de ativos ou os ativos
funcionam ou precisam ser gerenciados, existe a necessidade de manter a integridade do sistema, do
desempenho do ativo e da gestão de riscos. O estabelecimento de condições de limite apropriadas
permite que as informações aplicáveis sejam comunicadas de forma eficaz e que todos os papéis,
atividades e ativos afetados sejam ajustados ou alterados da forma adequada.
Anexo C
(informativo)
O plano estratégico de gestão de ativos (SAMP) é definido na ABNT NBR ISO 55000:2014, 3.3.2,
como “informação documentada que especifica como converter os objetivos organizacionais em
objetivos da gestão de ativos, a abordagem para o desenvolvimento de planos de gestão de ativos e o
papel do sistema de gestão de ativos no apoio à realização dos objetivos de gestão de ativos”.
Os requisitos para o SAMP estão distribuídos nas várias subseções da ABNT NBR ISO
55001:2014, 4.1, 4.3, 4.4, 5.1, 5.3, 6.2.1 e 6.2.2.
O SAMP pode ter um período de tempo que seja longo o suficiente para abordar a vida útil
completa dos ativos, que poderia estender-se além do próprio cronograma de planejamento de
negócios da organização. Esta abordagem pode permitir que a organização planeje como irá alcançar
seus objetivos organizacionais dentro de seu período de responsabilidade sobre o portfólio de ativos,
além de permitir a contextualização de decisões de curto prazo com as necessidades de vida útil ou de
longo prazo.
Espera-se que o público-alvo do SAMP seja a Alta Direção, as principais partes interessadas e os
envolvidos no desenvolvimento e na implementação do SAMP e nos planos de gestão de ativos.
Em coerência com a definição da ABNT NBR ISO 55000 e os requisitos da ABNT NBR ISO
55001, convém que o SAMP cumpra uma série de propósitos:
f) apresentar o plano para criar ou melhorar o sistema de gestão de ativos, a fim de assegurar
que as capabilidades e recursos necessários estejam disponíveis para alcançar os objetivos
da gestão de ativos.
a) o plano para o portfólio de ativos, ou seja, as atividades de alto nível a serem realizadas nos
ativos para viabilizar o alcance dos objetivos organizacionais;
Na Figura C.1, o SAMP é mostrado em dois campos ligados para destacar essa distinção.
Em uma grande organização, o portfólio de ativos pode incluir várias instalações ou sistemas de
ativos em vários locais que são gerenciados por unidades de negócios ou entidades diferentes. O
portfólio de ativos pode incluir vários sistemas de ativos com muitos tipos diferentes de ativos. Nessas
circunstâncias, a organização precisaria desenvolver planos de gestão de ativos para agrupamentos de
ativos (por exemplo, aqueles que são gerenciados por uma unidade de negócios, ativos em um
local/instalação ou um sistema complexo de ativos), que fornecem as atividades específicas a serem
realizadas nos ativos dentro de um grupo particular.
Convém que a estrutura e a hierarquia dos planos de gestão de ativos e seus inter-
relacionamentos sejam estabelecidas pela organização no SAMP após considerar fatores como:
Convém que os objetivos estratégicos da gestão de ativos sejam desenvolvidos para o portfólio de
ativos após considerar a política de gestão de ativos, os objetivos organizacionais, as expectativas das
partes interessadas e os fatores internos e externos que influenciam a organização e seu sistema de
gestão de ativos (ver 4,1, 4,2 e 6.2.1). Convém que os objetivos estratégicos da gestão de ativos sejam
colocados em cascata até o nível no qual os planos de gestão de ativos separados são desenvolvidos e
que estejam relacionados às metas de desempenho necessárias para sistemas de ativos e ativos
individuais, ver 6.2.1.
Quando todos os planos de gestão de ativos são desenvolvidos, usando um processo iterativo de
cima para baixo e de baixo para cima (ver 6,2), convém que os resultados destes planos sejam:
Ao desenvolver planos de gestão de ativos com limite de tempo e recursos restritos para um ativo
individual ou um agrupamento de ativos (por tipo de ativo, sistema de ativos, instalação, ou unidade na
organização), é importante que certos métodos/estratégias sejam aplicados para assegurar consistência
e coesão para alcançar os objetivos estratégicos gerais da gestão de ativos. Estas estratégias podem
ser desenvolvidas antecipadamente em termos de estratégias de ciclo de vida de ativos para os
diferentes tipos de ativos, ou estratégias para tipos genéricos de atividade (criação/ aquisição de ativos,
utilização/manutenção, renovação/descarte etc.) e aplicadas no desenvolvimento dos planos de gestão
de ativos, como mostram as setas horizontais da esquerda para a direita na Figura C.1.
Legenda
Refs os números de seção na Figura C.1 referem-se à ABNT NBR ISO 55001.
GA gestão de ativos
PGA plano de gestão de ativos
SAMP plano estratégico de gestão de ativos
Figura C.1 ‒ Diagrama do conceito SAMP
A intenção é que o SAMP seja uma informação documentada no nível executivo, que apresente
uma narrativa sobre por que e o que a organização pretende fazer na gestão do seu portfólio de ativos e
no desenvolvimento da sua capabilidade de gestão de ativos, de forma a viabilizar que os objetivos
organizacionais sejam alcançados; ele também pode proporcionar referências a outras informações
documentadas, para obter informações detalhadas ou orientações.
Convém que a organização determine as áreas a serem abordadas e o nível de detalhes para que
o SAMP atenda às suas necessidades específicas. Uma lista das áreas-chave que podem ser
abordadas em um SAMP para atender aos propósitos definidos em A.2 é recomendada a seguir (as
áreas que requer que sejam abordadas pela ABNT NBR ISO 55001 estão destacadas entre
parênteses):
1) como os ativos contribuem para as atividades da organização; por exemplo, na entrega de
produtos e serviços para seus clientes;
2) como as atividades de gestão de ativos geram valor dos ativos ao viabilizar o alcance de seus
objetivos organizacionais;
3) como o sistema de gestão de ativos permite coordenação, controle, medição de desempenho,
análise crítica e melhoria contínua;
d) uma visão geral de alto nível da composição do portfólio de ativos atual e sua capabilidade
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h) os critérios de tomada de decisão (ver Anexo D e ABNT NBR ISO 55001:2014, 4.2);
i) o escopo do sistema de gestão de ativos, (ver Anexo B e ABNT NBR ISO 55001:2014, 4.3);
1) desenvolver planos de ciclo de vida de ativos para um tipo de ativo ou grupo de ativos cobrindo
todas as atividades do ciclo de vida (por exemplo, criação/aquisição, utilização/manutenção,
renovação/descarte) e outros planos funcionais (por exemplo, plano de investimento de
capital, plano de gerenciamento de energia);
2) desenvolver planos de gestão de ativos (convém que sejam detalhados em informações
documentadas separadamente); sua estrutura e inter-relacionamento para alcançar os
objetivos de gestão de ativos (no nível inferior) (ver Figura C.1);
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n) planos para criar ou melhorar o sistema de gestão de ativos a fim de alcançar os objetivos da
gestão de ativos (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 4.4);
r) acordos para a análise crítica, atualização e melhoria do SAMP; convém que as disposições
incluam a análise crítica contínua da eficácia do SAMP e os gatilhos/periodicidade de
atualizações do SAMP, caso não sejam fornecidos em informações documentadas
separadamente.
Anexo D
(informativo)
As decisões na gestão de ativos são tomadas em todos os níveis dentro de uma organização, ou
seja, nos níveis estratégico, tático e operacional. É importante que a organização estabeleça uma
estrutura de tomada de decisões, que inclua processos de tomada de decisão e critérios de decisão, a
fim de assegurar consistência e alinhamento entre suas decisões.
Os critérios de tomada de decisões são apresentados na ABNT NBR ISO 55001:2014, 4.2, a fim
de levar em consideração as necessidades e expectativas das partes interessadas.
A ABNT NBR ISO 55001:2014, 6.2, requer a ligação entre os objetivos organizacionais, os
critérios de tomada de decisão, os objetivos da gestão de ativos e o planejamento para alcançar os
objetivos, ver Figura D.1.
Além disso, em 6.1 (neste documento) é recomendado que a estrutura da tomada de decisões,
detalhada neste Anexo, seja utilizada para estabelecer os critérios do processo de avaliação de risco.
A avaliação de desempenho (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, Seção 9) e a melhoria contínua
(ver ABNT NBR ISO 55001:2014, Seção 10) ajudam a organização a avaliar e melhorar a validade dos
critérios usados para a tomada de decisões.
NOTA É dada uma atenção especial a problemas complexos de decisão, onde existam
dependências de outras decisões, informações incertas, dados incompletos ou conflitantes etc. Nestes
casos, podem ser usadas técnicas como análise de cenários, análise de sensibilidade, modelagem
probabilística, etc.
A Figura D.1 mostra o alinhamento vertical desde o contexto e as expectativas das partes
interessadas até o planejamento e controle operacional, bem como as influências horizontais de risco e
restrições de conformidade que modificam o planejamento por meio dos critérios de tomada de
decisões. Convém que a estrutura de tomada de decisões seja adaptada às necessidades da
organização. O alinhamento entre os níveis de decisão (alinhamento vertical) é necessário para permitir
a agregação de informações entre os diferentes níveis da organização (por exemplo, níveis
operacionais e corporativos). Convém que este alinhamento considere a autonomia da tomada de
decisões dos diferentes níveis dentro da organização e também a própria organização ao abordar as
questões das partes interessadas externas.
Convém que os requisitos de informação para a tomada de decisões sejam definidos com
precisão em informações documentadas, a fim de assegurar a aplicação apropriada da estrutura de
tomada de decisões. Convém que o método e os critérios para a tomada de decisões sejam detalhados
em informações documentadas, comunicados dentro da organização e às partes interessadas
apropriadas (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 7.6).
Legenda
A organização gera necessidades de atividades. Convém que priorize e decida sobre como
realizar essas atividades (quem, o que, onde, quando e por que). Para responder às múltiplas funções e
disciplinas com diferentes prioridades e requisitos, convém aplicar um processo consistente de tomada
de decisões.
as informações requeridas;
as limitações de tempo.
c) defina e forneça orientações claras sobre a seleção do(s) método(s) de tomada de decisões
(por exemplo, métodos qualitativos ou quantitativos, simulação de eventos distintos);
d) forneça orientação sobre a avaliação dos impactos da decisão no ciclo de vida em termos de
maximização do valor;
Durante o processo de tomada de decisão, podem ser produzidos cenários alternativos, de modo
a poder avaliar e comparar diferentes opções e abordar incertezas nos dados de entrada (por exemplo,
condições de mercado, regulamentações, avanços tecnológicos). Um possível cenário básico seria a
continuação das condições e práticas atuais, frente às quais podem ser comparados cenários
alternativos.
Anexo E
(informativo)
E.1.1 Generalidades
As incertezas podem ser divididas em riscos e oportunidades. Os riscos são efeitos negativos e as
oportunidades são resultados positivos que podem afetar potencialmente o alcance dos objetivos.
Riscos e oportunidades podem afetar a organização, a gestão de ativos, o sistema de gestão de ativos
e os ativos dentro do portfólio.
Com base na atitude de risco da Alta Direção da organização, convém que os gestores de ativos
estabeleçam uma estrutura, incluindo critérios de tomada de decisões, para ilustrar a relação entre essa
atitude de risco e a criação de valor dentro da abordagem de gestão de risco.
NOTA BRASILEIRA A atitude de risco da Alta Direção da organização está relacionada ao nível de propensão
dos gestores em assumir um determinado risco, claramente especificado, comparativamente: aos impactos dos
accontabilities, a geração de valor e, as prováveis responsabilizações dos gestores envolvidos.
a) liderança que iniba ou promova atividades de gestão de ativos que alcancem os objetivos
organizacionais;
d) redução ou aumento de valor resultante de decisões de gestão de ativos que afetem o valor
não financeiro definido pela organização (por exemplo, reputação, índice de satisfação do
cliente, métricas de segurança);
Convém que os riscos ou oportunidades relacionadas ao portfólio de ativos sejam utilizados como
parâmetros para alcançar os objetivos organizacionais e podem incluir:
a) a criação de valor em horizontes de tempo específicos e fases da vida útil do(s) ativo(s), por
exemplo, custos, investimentos e receitas, e valor não financeiro definido pela organização;
d) a segurança do processo.
Riscos com consequências inaceitáveis podem ser tratados e mitigados “ao nível mais baixo
razoavelmente praticável”, considerando o contexto operacional.
Os riscos e as oportunidades surgem de uma ampla variedade de áreas e variam de acordo com
diferentes contextos organizacionais. Como resultado, convém que os gestores de ativos da
organização desenvolvam uma compreensão dos principais motivadores que afetam a exposição ao
risco, tanto interna quanto externamente.
E.2.2 Liderança
Convém que a Alta Direção alinhe a abordagem de gestão de riscos na gestão de ativos à
abordagem geral da gestão de riscos da organização, considerando:
NOTA BRASILEIRA Convém que o risco e os critérios de tomada de decisão sejam claramente
especificados para que, a liderança e a Alta Direção da organização (em função do seu nível de
propensão de assumir o risco) tenham condições de avaliar os impactos dos accontabilities e as
prováveis responsabilizações dos gestores envolvidos.
E.2.3 Planejamento
a) preparar uma lista dos(s) portfólio(s) de ativos e os ativos que o(s) compõem (e os
componentes do ativo) e coletar informações pertinentes;
E.2.4 Apoio
Ao estabelecer os requisitos de apoio para a gestão de riscos na gestão de ativos, convém que
b) convém que os recursos humanos tenham a competência necessária para a tarefa de gestão
de riscos;
c) as pessoas sob o controle da organização estejam cientes dos riscos e oportunidades que
podem impactar ou aos quais estão expostos;
E.2.5 Operação
Quando os gestores de ativos da organização operam o sistema de gestão de ativos, convém que
considerem o seguinte em relação à gestão de riscos:
a) gerenciar riscos relacionados à execução de planos, por exemplo, gestão de riscos do projeto;
c) riscos mudam com o passar do tempo, por exemplo, projeções de preços, decisões políticas
alternativas e perspectivas dos concorrentes;
d) transferência do risco ocorre quando as atividades são terceirizadas; convém que o nível de
risco a ser transferido corresponda ao nível de amadurecimento da gestão de ativos e
obrigações contratuais da organização contratada;
Anexo F
(informativo)
Convém que a organização entenda os relacionamentos entre suas funções financeiras e não
financeiras para a gestão de ativos. Convém que ela estabeleça o alinhamento entre indivíduos,
departamentos com diferentes responsabilidades e autoridades, bem como com os processos e
atividades subjacentes. As funções financeiras referem-se a processos e atividades, como
contabilidade, orçamento, financiamento, avaliação, tributação e relatórios financeiros relacionados aos
ativos, enquanto que as funções não financeiras podem ser consideradas como tudo o mais relacionado
à gestão do ciclo de vida dos ativos. Convém que este alinhamento também aborde a necessidade de
entendimento interfuncional de terminologia e definições técnicas ou disciplinares.
A gestão de ativos não é exclusiva de nenhuma parte da organização, mas convém que seja vista
como multifuncional e multidisciplinar. O planejamento financeiro, a tomada de decisões e a elaboração
de relatórios são críticos para o sucesso da gestão de ativos e, por outro lado, a gestão de ativos tem
grandes impactos no planejamento financeiro, na tomada de decisões e na elaboração de relatórios.
Uma colaboração mais próxima entre as funções financeiras e não financeiras pode contribuir
para melhor atender aos objetivos da organização em benefício da organização e suas partes
interessadas (ver ABNT NBR ISO 55001:2014, 4.2, 6.2.1, 6.2.2, 7.5, 9.1 e 9.3). Uma aplicação
consistente destes requisitos é explicada em F.2 a F.6.
Quando as funções financeiras e não financeiras de uma organização são isoladas ou têm pouca
interação, o foco da gestão de ativos da organização tende a ser limitado pelas diferentes perspectivas
funcionais. As organizações que desenvolveram vínculos entre estas funções, por exemplo, por meio de
plataformas comuns ou altamente interligadas para dados financeiros e não financeiros, estão em
melhor posição para tomar decisões sólidas, fundamentadas em informações. Os especialistas
financeiros conseguem ter percepções sobre a tomada de decisões técnicas que usam dados
financeiros, enquanto os especialistas técnicos obtêm a percepção sobre o custo total de propriedade e
as implicações financeiras de suas decisões técnicas. Este desenvolvimento tem o potencial de
beneficiar toda a organização.
Uma interação eficaz e eficiente entre as funções financeiras e não financeiras geralmente irá
resultar em controles internos aprimorados, relatórios mais transparentes e completos, terminologia
acordada mutuamente com relação aos ativos, uma medição mais eficiente do desempenho e maior
disponibilidade de informações. Estas melhorias contribuem para o alcance dos objetivos
organizacionais.
Convém que o planejamento da gestão de ativos procure identificar e otimizar as ações que
proporcionarão o desempenho esperado do ativo durante um período futuro definido. As ações
planejadas ideais incluem a estimativa e a projeção do desempenho do ativo sob diferentes estratégias
de manutenção, renovação, orçamento e tolerância ao risco, durante o período do ciclo de vida do ativo
pelo qual a organização é responsável. As soluções ideais de planejamento envolvem a estimativa e a
projeção dos custos do ciclo de vida do ativo a serem incorridos durante a vida útil dos ativos. Estes
fatores incluem, dentre outros:
custos de aquisição;
custos operacionais;
custos de manutenção;
custos de reabilitação;
custos de reposição;
custos de expansão;
custos de descarte.
Além disso, pode haver custos relacionados à “solução sem ativos” que convém que sejam
identificados por meio de um processo de planejamento de gestão de ativos. Exemplos incluem:
a) aumento das taxas de utilização de ativos por meio da melhoria no treinamento ou otimização
da programação de turnos;
c) eficiências que auxiliam na redução de custos e/ou aumentam a vida útil restante do ativo,
como planejamento integrado de ativos, gestão de demanda, otimização de processos e
falhas gerenciadas.
Todos estes custos contribuem para as despesas de capital e gastos operacionais de uma
organiza- ção. Assim, esses dados são uma informação essencial para a preparação dos relatórios
financeiros anuais da organização, como balanço, demonstração de resultados e demonstração de fluxo
de caixa.
Os dados sobre os ativos são necessários para informar os registros de ativos financeiros,
convém que façam parte do plano de contas da organização. Convém que embora as funções
contábeis na organização sejam conduzidas em grande parte pelos requisitos de cumprimento das
normas contábeis e de divulgação de informações aplicáveis, convém que haja um vínculo
demonstrável entre os dados usados para contabilidade e os da gestão de ativos.
Existem pelo menos dois elementos comumente requeridos para todos os ativos, sejam
adquiridos por compra, construção ou como “ativos doados” (ver exemplo a seguir): identificação e
descrição básica. Convém que eles sejam comuns e compartilhados em todos os bancos de dados de
todos os tipos na organização. O propósito de ter esses atributos comuns é permitir a identificação de
cada ativo de uma única maneira. Com base nesses atributos comuns, uma organização seria capaz de
vincular informações sobre ativos em cada banco de dados. Além disso, convém que cada
departamento defina e implemente atributos adicionais (conforme apropriado para sua função), os quais
sejam necessários para alcançar sua parte nos objetivos da organização. Esses atributos adicionais
podem residir em um banco de dados comum compartilhado em toda a organização ou em bancos de
dados departamentais, desde que estejam vinculados a todos os outros bancos de dados por meio de
seus atributos comuns.
O grau em que as funções financeiras e não financeiras participam conforme desejado no sistema
de gestão de ativos pode ser medido usando principais indicadores de desempenho (KPIs). Convém
que estes KPIs sejam desenvolvidos para medir pelo menos duas dimensões:
Isto pode informar a organização quanto ao grau de eficácia do sistema de gestão de ativos e
propicia um mecanismo de feedback para identificar as mudanças necessárias.
NOTA Retorno sobre o capital investido (ROIC) (lucro líquido - dividendos) / capital total.
F.6 Análise crítica pela Direção dos relatórios financeiros sobre gestão de ativos
Anexo G
(informativo)
As pequenas empresas são responsáveis pela maior parte dos negócios do mundo. Mais de 95 %
das empresas do mundo são de pequeno e médio porte, e muitos países esperam que as pequenas e
médias empresas (PMEs) impulsionem o crescimento econômico e o emprego. Portanto, a ABNT NBR
ISO 55000, a ABNT NBR ISO 55001 e as Normas relacionadas à gestão de ativos precisam ajudar as
PMEs da mesma forma que as empresas globais, o governo e a sociedade em geral. Em especial,
convém que as PMEs que utilizam ativos (físicos e não físicos) sejam capazes de compartilhar os
ganhos em eficiência e eficácia oferecidos por essas Normas. Estas Normas também podem ser
utilizadas por empresas grandes e pequenas, nos setores público e privado, por fabricantes e
prestadores de serviços, em todos os setores de atividade; entretanto, existem questões de escala que
precisam ser abordadas:
a) para o risco, o porte pode não ser o critério decisivo; por exemplo, uma pequena instalação
far- macêutica ou química pode ter uma necessidade maior de realizar a gestão de ativos do
que a maior serraria do mundo;
b) a complexidade precisa ser vista como um fator de risco e tem perspectivas diferentes para
ativos, processos, produtos, sistemas etc., cada um dos quais pode ter impacto; além disso, a
complexidade tem várias dimensões, como nível de automação, cadeias de processos,
logística etc.;
c) podem existir requisitos externos que determinem atividades de gestão de ativos que
impeçam a capacidade de escala.
Os requisitos da ABNT NBR ISO 55001 são descritos em um alto nível de abstração, que não
facilita a conversão dos requisitos em atividades rotineiras de uma empresa pequena ou de baixa
complexidade; entretanto, uma organização pode se beneficiar do fato de ser pequena, como uma
estrutura simples para a organização, linhas de controle claras e comunicação direta.
A complexidade de uma organização pode ser medida em termos da diferenciação de tarefas para
fornecer produtos e/ou prestar serviços e seu portfólio de ativos.
A diminuição da escala dos requisitos precisa ser um processo feito sob medida para
organizações, situações e portfólios de ativos específicos, e será diferente em todas as seções
individuais da ABNT NBR ISO 55001. Uma análise prática para uma organização específica pode ser
feita rapidamente e sem longas avaliações e discussões.
EXEMPLO Ao considerar duas empresas de distribuição de água de portes diferentes, uma nas
montanhas com apenas um número limitado de usuários e uma em uma grande área urbana com seu
próprio fornecimento de água, os seguintes aspectos podem ilustrar a diferença nas abordagens.
a) A pequena empresa de distribuição de água não tem tratamento de água e bombas, como a
água limpa está prontamente disponível e a altura é suficiente para transportar a água para os
clientes e usuários; a estrutura da organização é simples, com apenas alguns gestores que
estão próximos do trabalho operacional;
b) A grande empresa de água tem suas próprias bombas de tratamento de água e transporte de
água, bem como muitos tipos de clientes com diferentes dutos de conexão e uma rede que
inclui diferentes materiais de dutos e diâmetros, travessias de rios, estradas etc., válvulas e
outros ativos especiais; a estrutura da organização irá consistir de vários níveis gerenciais e
operacionais.
os requisitos para informações documentadas, de muitas seções na ABNT NBR ISO 55001,
podem ser reduzidos para uma PME pela combinação de vários tipos de informações
documentadas necessárias, incluindo os objetivos organizacionais, o SAMP e os planos de
gestão de ativos.
associações de qualidade;
Anexo H
(informativo)
As áreas pertinentes da gestão de ativos abordadas por outras normas, regionais ou nacionais
publi- cadas incluem, mas não estão limitadas a, o seguinte:
gerenciamento de dados;
monitoramento de condições;
gestão de riscos;
gestão da qualidade;
gestão ambiental;
engenharia de sistemas;
engenharia de software;
gestão de configuração;
tero-tecnologia;
desenvolvimento sustentável;
inspeção;
equipamentos de pressão;
gestão financeira;
gestão de valor;
choque e vibração;
acústica;
gestão de projetos;
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ABNT NBR ISO 55002:2020
gestão de facilities;
gestão de equipamentos;
processo de comissionamento;
gestão de energia.
Convém que os usuários da ABNT NBR ISO 55000, ABNT NBR ISO 55001 e deste documento
consultem essas normas para assegurar a execução consistente da gestão de ativos em toda a
organização.
Bibliografia
[2] ABNT NBR ISO 9000, Sistemas de gestão da qualidade – Fundamentos e vocabulário
[4] ISO/TS 9002, Quality management systems – Guideline for the application of ISO
9001:2015
[5] ABNT NBR ISO 9004, Gestão da qualidade – Qualidade de uma organização – Orientação
para alcançar o sucesso sustentado
[6] ABNT NBR ISO 14001, Sistemas de gestão ambiental – Requisitos com orientações para
uso
[7] ABNT NBR ISO 14224, Indústrias de petróleo e gás natural – Coleta e intercâmbio de
dados e manutenção para equipamentos
[8] ISO/IEC/IEEE 15288, System and software e engineering – System life cicle process
[10] ISO 15663-1, Petroleum and natural gas industries – Life cicle costing – Part 1:
Methodology
[11] ISO 15686-2, Buildings and constructed assets – Service life planning – Part 2 Service life
prediction procedures
[12] ISO 16175-3, Infomation and documentatation – Principles and functional requirements for
records in eletronic office enviroments – Part 3: Guidelines and functional requirementas for records in
business systems
[13] ABNT ISO/IEC TS 17021-5, Avaliação da conformidade – Requisitos para organismos que
fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão – Parte 5: Requisitos de competência para a
auditoria e certificação de sistemas de gestão de ativos
[14] ISO 17359, Condition monitoring and diagnostics of machines – General guidelines
[15] ABNT NBR ISO 19011, Diretrizes para auditoria de sistemas de gestão
NOTA BRASILEIRA Existe uma versão traduzida pela ABNT da ISO 19600, Sistemas de gestão
decompliance – Diretrizes
[18] ABNT NBR ISO 20815, Indústrias de petróleo, petroquímica e gás natural – Garantia da
produção e gestão da confiabilidade
[20] ABNT NBR ISO 22301, Segurança da sociedade – Sistema de gestão de continuidade de
negócios – Requisitos
[21] ISO 22320, Security and resilience – Emergency management – Guidelines for incident
management
[24] ABNT NBR ISO 30301, Informação e documentação – Sistemas de gestão de documentos
de arquivo – Requisitos
[27] ISO 45001, Ocupational healt and safety management systems – Requirements with
guidance for use
[28] ABNT NBR ISO 55001:2014, Gestão de ativos – Sistemas de gestão – Requisitos
[30] ABNT NBR ISO/IEC 31010, Gestão de riscos – Técnicas para o processo de avaliação de
riscos
[31] IEC 60300-1, Dependability management – Part 1: Guidance for management and
application
[35] Association of Local Government Engineers of New Zealand, National Asset Management
Steering Group and Institute of Public Works Engineering Australia. International infrastructure
management manual. 4th edition. National Asset Management Steering (NAMS) Group, Wellington,
N.Z., 2011, ISBN 978-0-473-10685-0
[36] ASTM E2132, Standard Practice for Inventory Verification: Electronic and Physical
Inventory of Assets
[37] ASTM E2279, Standard Practice for Establishing the Guiding Principles of Property Asset
Management
[38] ASTM E2608, Standard Practice for Equipment Control Matrix (ECM)
[39] BSI PAS 55, Asset Management – Part 1: Specification for the optimized management of
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[40] NEN NTA 8120, Assetmanagement – Eisen aan een veiligheids-, kwaliteits- en
capaciteitsmanagementsysteem voor het elektriciteits- en gasnetbeheer (Asset management for
electricity and gas networks)
[42] Mitchell J.S. Physical Asset Management Handbook. 4th edition. Reliabilityweb.com, 2012,
ISBN: 9780985361938
[43] Moore R. Making Common Sense Common Practice: Models for Operational Excellence.
5th edition. Reliabilityweb.com, 2017, ISBN: 9781941872666
[45] Gulati R. Maintenance and Reliability Best Practices. 2nd Edition. Industrial Press, NY,
USA, 2009, ISBN 970831134341
[46] Porter M.E. Competitive Strategy: Techniques for Analyzing Industries and Competitors.
The Free Press, 1998, ISBN 9780684841489
[47] Van Hardeveld T., Kiang D. Practical Application of Dependability Engineering. ASME
Press, New York, 2012, ISBN 978-0-7918-6001-4