Restauração Da Identidade Apostólica Na Igreja Contemporânea.

RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE
APOSTÓLICA NA IGREJA
CONTEMPORÂNEA
Um Clamor
Profético
LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 1 04/10/2020 21:23:22

Apóstolo Francisco Dantas
RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE
APOSTÓLICA NA IGREJA
CONTEMPORÂNEA
Um Clamor
Profético
1ª Edição
Manaus-Am 2020

AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos e meu reconhecimento a

todas essas pessoas:
À minha esposa Elenice Vieira, que por muitas

vezes me incentivou quando, nas minhas incertezas,
me apoiando com uma palavra de auto-estima e fé.
À minha família, meus filhos e principalmente

minha neta Maria Clara, pelos momentos que não
pude lhe dar a atenção.
Aos meus intercessores: Pra.Rejane, Prs.Ema-

nuel e Elis Feitoza, Prs.Marivaldo e Solange.
Ao meu mentor e Paternidade apostólica Ricar-

do Ribeiro, pelas inspirações e conselhos.
À todos os meus discípulos, pelo carinho e in-

centivos.
E por fim, não menos importante ao meu amigo

Espírito Santo, pelas revelações e direção quando eu
não as tinha.
E que tudo que foi escrito neste livro, seja para a

honra e glória do Abba e de seu Filho Yeshua, meu
Salvador e amigo.

PREFÁCIO
Nestes dias em que a tecnologia tem ocupado
tanto a mente, sábios são aqueles que ainda prefe-
rem encontrar na palavra escrita os melhores te-
souros do conhecimento. Ainda sim, na escassez
denunciada pelos dias corridos aos quais vivemos,
louvo pela sabedoria profética dada por Deus ao es-
critor, para em poucas e objetivas palavras, entregar
tamanho conteúdo.
Ao ler este livro partes de mim estremeceram.

Há códigos novos, impartições e esclarecimentos
que devem ser absorvidos com empenho.
Apóstolo Dantas é um apóstolo, pastor e mestre,

e o mestre é o profeta da Palavra. Isso é percebido
claramente ao ler o conteúdo disposto neste material.
Me sinto privilegiado a ser possivelmente o pri-

meiro a ter lido este material, e principalmente por
tê-lo prefaciado.
Profeta e apóstolo, Ricardo Ribeiro

SUMÁRIO
CAPÍTULO I 11
RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA
DA IGREJA
CAPÍTULO II 21
RESTAURAÇÃO DA IGREJA, ATRAVÉS DOS
DONS MINISTERIAIS
CAPÍTULO III 33
RESTAURAÇÃO DO TEMPO PROFÉTICO
NA IGREJA.
CAPÍTULO IV 40
MUDANÇA DE MENTALIDADE

CAPÍTULO V 46
A FUNCIONALIDADE DOS DONS
ESPIRITUAIS PARA A IGREJA
CAPÍTULO VI 66
RESTAURAÇÃO DO LOUVOR E ADORAÇÃO
PROFÉTICA
CAPÍTULO VII 74
RESTAURANDO O PRIMEIRO AMOR
BIBLIOGRAFIA 81

CAPÍTULO I
RESTAURAÇÃO
DA IDENTIDADE
APOSTÓLICA DA IGREJA
No ano 380 d.C, o Cristianismo tornou-se reli-
gião de Estado do Império Romano, neste período
as raízes judaico-cristãs uniram-se à antiguidade
greco-romana, numa associação que tem influen-
ciado até os dias de hoje.
O reinado de Constantino como imperador

(306-337 EC), mudou de uma forma drástica a dire-
ção que o cristianismo assumiria. Sob seu governo, o
cristianismo tornou-se a religião oficial do Império
Romano.
Charles Guignebert, professor de história do

cristianismo da Universidade de Paris, observa:
“Observe a Igreja cristã do início do século IV, por-
Apóstolo Francisco Dantas 11

tanto, terá dificuldade de reconhecê-la em sua co-
munidade dos tempos apostólicos, ou melhor não
conseguiremos reconhecê-la” (A História do Cris-
tianismo Primitivo, 1927,p.122).
O escritor dinamarquês e filósofo do século

XIX, Soren Kierkegaard, escreveu que “o cristianis-
mo do Novo Testamento simplesmente não existe”.
Ele questionou sobre o quanto o cristianismo

popular havia se desviado do caminho de vida des-
crito e praticado na Bíblia Sagrada.
Será possível que o cristianismo de hoje, seja

muito diferente dos ensinamentos dos apóstolos?
Alguns estudantes sérios da Bíblia reconhecem que
as práticas da Igreja primitiva são muito diferentes
das de hoje.
“Por cinquenta anos, após a vida de São Paulo,

uma cortina pairou sobre a igreja, através da qual
nos esforçamos em vão para olhar, e quando final-
mente ela se levanta, cerca do ano 120 EC com os
escritos dos mais antigos padres da igreja, encon-
tramos uma igreja, em muitos aspectos, muito dife-
rente daquela dos dias de São Pedro e São Paulo” (A
História da Igreja Cristã,1970,p.33).
Portanto, diante dos textos acima mencionados,

vemos a necessidade não de uma reforma, mas de
Restauração da Identidade Apostólica na Igreja
12 Contemporânea | Um Clamor Profético

uma restauração apostólica da Igreja nos nossos dias.
Você deve estar perguntando a si mesmo e qual

é a diferença de reforma e restauração?
Na reforma, são aceitas mudanças de todos os

tipos, muitas vezes perdendo o padrão original.
Na restauração, apenas é corrigido as falhas e o

desgaste natural, mantendo o aspecto e os materiais
originais.
Para consolidar este pensamento, gostaria de

mencionar aqui um texto da Bíblia em atos dos
apóstolos no capítulo 3:21
“ao qual é necessário que o céu receba até

aos tempos da restauração de todas as coi-
sas, de que Deus falou por boca dos seus
santos profetas desde a antiguidade” (Bi-
blia de Estudo Almeida-SBB).
Veja que conforme o texto Bíblico o autor de

atos dos apóstolos, menciona tempos no plural, in-
dicando que a restauração seria necessária no de-
correr dos anos. Muito tempo se passou e a Igreja
foi perdendo o seu padrão original que é a igreja
primitiva, fundamentada nos ensinos de Jesus que
fora repassado aos seus apóstolos ( que chamamos
de apóstolos do Cordeiro).

Neste capítulo, estamos falando sobre a restauração
da identidade apostólica da Igreja, que foi deformada,
deturpada, usurpada, e que precisa ser restaurada nes-
ses dias ao qual chamamos de tempos da restauração.
Em primeiro lugar precisamos entender o sig-

nificado de identidade, em seguida entenderemos
sobre a restauração dessa identidade.
IDENTIDADE: é a qualidade de idêntico,

conjunto das qualidades e características de uma
pessoa, que torna possível sua identificação. Confor-
me o conceito de identidade, como conceituaríamos
a igreja contemporânea, ou seja dos nossos dias?
Na minha ótica, vejo uma igreja com padrões e

costumes muito diferente da igreja primitiva e apos-
tólica, vejo denominações à gosto do freguês total-
mente desprovidas de bases apostólicas, erguidas
por homens conforme suas visões e interpretações
das Escrituras, interpretações estas muito equivoca-
das com o real sentido do contexto da palavra.
A IGREJA SAIU DE ROMA, MAS ROMA

NÃO SAIU DA IGREJA!!!
Esta frase é uma metáfora, como sabemos pe-
las fontes históricas, a igreja dos tempos primitivo,
solidificada nos ensinos apostólicos, foi tragada por


Roma em um período de domínio greco-romano
onde sua estrutura e fé foram transformadas e com
isso valores antes ensinados foram perdendo força
e valor, por isso entendo que a igreja saiu de Roma,
mas não se libertou dela, trazendo ainda velhas prá-
ticas de fé nos seus cultos.
Para exemplificar dentre muitas outras expe-

riências vividas, quero relatar aqui o que experimen-
tei em uma igreja, que fui convidado para ministrar,
esta igreja tinha na sua placa o nome de pentecos-
tal, chegando ali, logo na entrada do templo, me foi
dado um manual de liturgia do culto no qual tinha
descrito tudo o que seria feito.
Bom, fiquei desesperado pelo Espírito Santo na-

quele momento e comecei a questionar com Ele, por
ter permitido que eu fosse aquele lugar onde Ele não
era o dirigente do culto, mas aos poucos antes de co-
meçar a pregar fui ouvindo a sua voz, e tudo mudou
dentro de mim e naquele ambiente.
Muito bem, com este relato entre muitas outras

experiências que vivi, entendi que a igreja atual pre-
cisa muito mais que uma reforma e sim uma res-
tauração da sua identidade na adoração, louvor, na
pregação, no amor, na comunhão, na generosidade,
e tudo isso só alcançaremos com a ajuda do Espírito
Santo que nos guiará ao princípio de toda a verdade.

Como era a igreja dos tempos de Pedro, Paulo
e João, é só olhar para as escrituras no livro de atos
dos apóstolos no capítulo 2; 42-47
“E perseveravam na doutrina dos apósto-

los e na comunhão, no partir do pão e nas
orações.
Em cada alma havia temor; e muitos pro-
dígios e sinais eram feitos por intermédio
dos apóstolos.
Todos os que creram estavam juntos e ti-
nham tudo em comum.
Vendiam as suas propriedades e bens, dis-
tribuindo o produto entre todos, à medida
que alguém tinha necessidade.
Diariamente perseveravam unânimes no
templo, partiam o pão de casa em casa e
tomavam as suas refeições com alegria e
singeleza de coração.
Louvando a Deus e contando com a sim-
patia de todo o povo. Enquanto isso, acres-
centava-lhes o Senhor, dia a dia, os que
iam sendo salvos” (Bíblia de Estudo Al-
meida-SBB).
Conforme o texto bíblico citado acima, pode-

mos afirmar que esta era a identidade da igreja pri-
mitiva com uma plataforma apostólica.
Vale aqui ressaltar segundo o texto as caracte-
rísticas dessa igreja modelo:

- Primeira característica: era a doutrina (gr.di-
dachê), que significa ensino ou instrução dos após-
tolos, esta palavra é entendida por alguns líderes de-
nominacionais de forma errada, muitos pensam ser
algo como usos e costumes.
A doutrina aqui é de origem divina, o costume

é de origem humana, o costume é imposto pelo ho-
mem de maneira espontânea ou obrigatória.
Vemos no texto bíblico que nossos irmãos da

igreja primitiva, perseveravam nos ensinos dos
apóstolos e o que vemos hoje na igreja contempo-
rânea?, um ensino com uma mentalidade diferente
da igreja primitiva e apostólica, onde supostos atos
proféticos, com elementos como, vestimentas, pin-
turas feminina, sal, água, rosa ungida, etc, usados
fora de contexto, tirando a supremacia e revelação
do Espírito Santo para a igreja.
OBS: creio em atos proféticos feitos por pessoas

capacitadas e autorizadas pelo o Senhor, debaixo de
um manto de revelação profético.
- Segunda característica comunhão: (gr.koi-

nonia, que vem de koinós que significa comum).
A igreja moderna está perdendo esta característica
onde não há mais a compreensão do comum entre
os irmãos, precisamos restabelecer esta característi-

ca da igreja apostólica para que o espírito de divisão
não destrua a igreja, você deve estar perguntando
neste momento e o que fazer? voltar a prática das
primeiras obras, foi isso que o Senhor Jesus deter-
minou a igreja em Éfeso (Ap.2:5), que perdeu da sua
essência o primeiro amor.
- Terceira característica orações : Este tipo de

prática era comum pois eles tinham o mesmo senti-
mento e propósito daquilo que pediam a Deus. Hoje
na igreja de nossos dias, estou a presenciar divisão
até neste momento com Deus. Quando a igreja en-
tender o princípio da concordância, (Em verdade
também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a
terra, concordarem a respeito de qualquer coisa
que, porventura, pedirem, ser-lhes-à concedida
por meu Pai, que está nos céus. Mt.18:19 ). Nossa
cidade, nosso estado,nosso país,nossas autoridades,
serão alinhadas com o propósito ( Feliz a nação
cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu
para a sua herança Sl.33:12).
- Quarta característica são os prodígios e si-

nais: Infelizmente esta característica tem desapa-
recido da igreja nos nossos dias, na igreja primiti-
va era parte do culto e da cultura da comunidade
apostólica, na atualidade quando se levanta alguém
com o verdadeiro espírito apostólico e os milagres


acontecem, levantam-se outros para julgar, confor-
me suas crenças e entendimentos daquilo que eles
acham ser correto.
Alguns chegam a afirmar, que isso foi somente

para uma época da igreja primitiva.
Quando João estava no cárcere, enviou seus dis-

cípulos a Jesus para saber se era ele mesmo, então
ele se identifica na sua missão, a qual ele deu a igre-
ja apostólica, através dos apóstolos, vejamos o texto
bíblico.
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e

anunciai a João o que estais ouvindo e ven-
do: os cegos vêem, os coxos andam, os le-
prosos são purificados, os surdos ouvem, os
mortos são ressuscitados, e aos pobres está
sendo pregado o evangelho” Mt.11.4-5 (Bí-
blia de Estudo Almeida-SBB).
Acredito na restauração dessa característica

apostólica, pois disse o Senhor: “Porque eu o Se-
nhor, não mudo...Ml.3:6a”, e foi ele mesmo que fa-
lou. “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que
crêem: em meu nome, expelirão demônios, falarão
novas línguas, se impuserem as mãos sobre os enfer-
mos, eles ficarão curados. Mc.16:17,18”.
- Quinta característica Generosidade: a igreja

de hoje é pastoral, ou seja, olha somente para den-

tro, para suas programações, organização interna e
não para fora, numa visão de reino, onde a ação so-
cial, deveria ser a marca da igreja, em resposta a um
clamor do necessitado. Nos tempos da igreja pri-
mitiva esta característica da generosidade era uma
marca poderosa da igreja, onde diz o texto que eles
contavam, com a simpatia de todo o povo, e novas
pessoas eram inseridas no contexto cristão daquela
época. Que maravilha, voltemos a esta prática!!!


CAPÍTULO II
RESTAURAÇÃO DA
IGREJA, ATRAVÉS DOS
DONS MINISTERIAIS
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,
outros para profetas, outros para evan-
gelistas e outros para pastores e mestres.
Ef.4.11 (Bíblia de estudo Almeida-SBB).
Neste capítulo falaremos acerca dos dons minis-

teriais, aqui queremos fazer uma distinção dos dons
do Espírito Santo descritos na Bíblia em I Corintios
no capitulo 12:7-10
“A manifestação do Espírito é concedida a

cada um visando um fim proveitoso. Por-
que a um é dada, mediante o Espírito, a
palavra da sabedoria; e a outro segundo
o mesmo Espírito, a palavra do conheci-

mento; a outro, no mesmo Espírito, a fé, e a
outro no mesmo Espírito, dons de curar; a
outro, operações de milagres; a outro pro-
fecia, a outro, discernimento de espíritos;a
um variedade de línguas; e a outro, capaci-
dade para interpretá-las.(Bíblia de Estudo
Almeida-SBB).
Precisamos entender a diferença dos dons mi-

nisteriais e os dons do Espírito Santo, conforme
vimos acima nos textos bíblicos citados, Jesus deu
dons aos homens “Por isso diz: Quando ele su-
biu as alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu
dons aos homens”Ef.4.8 (Bíblia de Estudo Almei-
da-SBB).
Estes dons dados por Jesus é diferente dos dons

Espirituais dados pelo Espírito Santo. Os dons de Je-
sus são ministeriais para o desempenho do ministé-
rio (serviço), enquanto que os dons espirituais, é para
um fim proveitoso, ou seja, aplica-se a uma necessi-
dade momentânea dada a uma situação específica.
A igreja contemporânea precisa dos dons mi-

nisteriais ativos, para um alcance do propósito a ela
estabelecidos pelo Senhor Jesus. E qual é esse pro-
pósito, é só olharmos para as escrituras no texto de
Efésios 4:12,13.
“com vistas ao aperfeiçoamento dos santos


para o desempenho do seu serviço, para a
edificação do corpo de Cristo. Até que to-
dos cheguemos à unidade da fé e do pleno
conhecimento do filho de Deus, a perfeita
varonilidade, à medida da estatura da ple-
nitude de Cristo.”(Biblia de estudo Almei-
da-SBB).
Conforme o texto bíblico acima,vejamos o

propósito desses dons ministeriais para o corpo de
Cristo, a Igreja:
1- Aperfeiçoamento dos santos: aqui encon-

tramos o ministério do apóstolo, sendo este o res-
ponsável por trazer os fundamentos do reino para
a igreja.
2- Edificação do corpo: aqui encontramos o

ministério do profeta, este é o responsável pela libe-
ração dos decretos de Deus, trazendo alinhamento
espiritual e edificação ao corpo de Cristo,a igreja.
3- Unidade da fé: aqui encontramos o ministé-

rio do pastor, este é o responsável por nutrir e man-
ter o corpo de Cristo a igreja, unidos na mesma fé.
4- Conhecimento do Filho de Deus: aqui en-

contramos o ministério do evangelista, este é o res-
ponsável por levar as pessoas até Jesus.
5- Estatura de Cristo: aqui encontramos o mi-

nistério de mestre, este é o responsável pelo ensino
que levará o cristão a um crescimento, pelo entendi-
mento da Palavra de Deus.
A FUNCIONALIDADE DOS DONS

MINISTERIAIS NA IGREJA.
O Dom Apostólico: O ministério do apóstolo, é

representado pelo dedo polegar, porque o seu traba-
lho no corpo de Cristo é de fundamentador ou seja,
são os arquitetos os que colocam o fundamento que
sustenta o edifício.
São guias, mestres, dimensionadores e pais, sua

tarefa é abrir novas portas para pregação do evan-


gelho de Cristo, colocando as bases da plataforma
apostólica deixada
como ensino pelos primeiros apóstolos, chama-

dos apóstolos do Cordeiro que é Jesus Cisto, a igreja
não pode cortar esse dedo.
Aqui chamamos de dom apostólico porque

são dons ministeriais, não são cargos como alguns
pensam, e sim funções ministeriais que devem ser
exercidas, por aqueles que receberam um chamado
segundo a vontade de Jesus.
“ Por isso diz: Quando ele subiu às alturas,

levou cativo o cativeiro e concedeu dons
aos homens.” Efésios 4:8 (Bíblia de Estudo
Almeida- SBB).
Talvez você pense que o ministério do apóstolo

já se encerrou, que foi apenas para o tempo da igreja
primitiva, não condeno este seu pensamento porque
fomos ensinados com essa crença, eu também cheguei
a pensar assim, até que meu entendimento foi restau-
rado e fui liberto do espírito de religiosidade romano.
Existiram apóstolos, além daqueles chamados

pessoalmente por Jesus? Talvez seja esta a sua per-
gunta e a resposta é sim! Há vários textos bíblicos
que nos mostram isso, deixarei aqui algumas refe-
rências para que você possa examinar.

- Paulo e Barnabé chamado apóstolo, em atos
capítulo 14:4
-Andrônico e Júnias, chamados apóstolos em

Romanos 16:7
-Apolo chamado apóstolo juntamente com

Paulo ICo. 4: 6,9
-Tiago o irmão do senhor mencionado por Pau-

lo em Gl.1:19
-Havia na igreja de Antioquia, profetas e mes-

tres At.13:1
Creio na restauração do ministério apostólico,

perdido pela igreja cristã, logo depois da sua roma-
nização. Eis mais um paradigma que precisamos
quebrar !!! Se a bíblia diz que existiram outros após-
tolos além dos doze, então nós cremos no ministé-
rio apostólico na atualidade.
Apóstolo na língua hebraica é Shaliach, que sig-

nifica emissário, mensageiro, missionário, alguém
enviado no caráter daquele que o enviou.
Na língua grega é apostellein, que significa en-

viado, mensageiro ou embaixador, usada no mun-
do clássico grego, para referir-se a um almirante de
uma frota de barcos que era enviada, com o propó-
sito de estabelecer uma colônia nova.


Logo o apóstolo era o comandante que conquis-
tava uma cidade e a fundava, como vemos a função
do apóstolo, na visão cristã, é conquistar territórios
e fundar igrejas com a visão apostólica.
A igreja foi edificada sobre os fundamentos dos

apóstolos e profetas (Ef.2:20), porém o espírito de
religiosidade romano, foi uma herança maldita, tra-
zendo mudanças e padrões de cultos e crenças que,
foram absorvidos pela igreja e assim esta perdeu a
sua originalidade apostólica.
Diante do exposto, acredito que é de suma im-

portância nestes dias o ministério apostólico, para
restaurar os fundamentos perdido ou adormecido
da igreja contemporânea.
Conforme Dr. Peter Wagner, apóstolos por

definição, são a quem tem sido dado o dom espiri-
tual de apóstolo pela graça de Deus. Este dom está
listado entre muitos outros em 1 Coríntios 12. O
mesmo capítulo, no entanto, indica que nem to-
dos os que tem o mesmo dom têm o mesmo minis-
tério, e nem todos os que tem o mesmo ministério
tem a mesma atividade (veja 1 Coríntios. 12:4-6).
Entre os que tem o dom de apóstolo, alguns

tem o ministério de apóstolo vertical.
Isto significa que estão em uma posição de li-

derança apostólica sobre uma rede de igrejas e mi-
nistérios ou uma rede de pessoas que ministram
em uma esfera de certa afinidade, como mulheres,
ou oração, ou juventude, ou adoração, etc. Outros
são apóstolos horizontais que tem um ministério
de convocação e de conectar pares, como outros
apóstolos ou pastores ou profetas, etc.
Alguns são apóstolos territoriais, a quem

Deus deu autoridade cobrindo uma determinada
área geográfica, como um bairro, uma cidade, um
estado ou uma nação.
Outros tem autoridade em uma área social,

como governo, finanças, mídia, etc. ( C. Peter Wag-
ner, Apóstolo Presidente [à época] ICA - Interna-
cional Coalition of Apostles.) Texto em negrito.
A igreja edificada sob o fundamento dos apósto-

los e profetas, cresce com muita maturidade espiritual,
porque reconhece a forma de governo que o Senhor
estabeleceu. Hoje o que vemos no meio das igrejas é
o contrário disso, muita imaturidade, espírito de reli-
giosidade, falsos padrões bíblicos, homens ganancio-
sos fazendo da fé um negócio rentável para si.
Hoje o ministério do apóstolo, se faz necessá-

rio na igreja contemporânea tanto quanto o foi na
igreja primitiva.


O DOM PROFÉTICO: O ministério do profe-
ta é representado pelo dedo indicador, porque tem
a função de mostrar o caminho, apontar a direção.
Aqui quero salientar a diferença do ministério de
profeta (Efésios 4:11), para o dom de profecia (ICo-
rintios 12:10), muitos fazem confusão por falta de
entendimento, a diferença começa com os textos bí-
blicos, enquanto que o dom de profecia é um dos
dons espirituais, é dado com um fim proveitoso sen-
do este uma manifestação momentânea do Espírito
Santo, o ministério de profeta é um dom ministerial
dado com uma missão específica, para o serviço do
corpo de Cristo a igreja.
Os profetas foram homens escolhidos por Deus,

para serem canais da manifestação de sua vontade
ao povo no Antigo testamento. Foram instrumen-
tos poderosamente usado e através destes, a glória
do Senhor por diversas vezes foi manifestada. Ao
contrário do que pregam muitas igrejas, a Bíblia
não determina o fim deste ofício em João Batista, na
verdade, afirma que nos dias finais o veríamos, em
plena atividade.
Havia na igreja de Antioquia profetas e mes-

tres...(Atos cap.13:1), logo podemos ver que este
ministério era ativo na igreja do novo testamento.
O ministério profético com zelo espiritual edi-

fica o homem, exorta e consola. Estas são três ca-
racterísticas principais que constatam com efeito a
ação de um profeta na vida das pessoas porque as-
sim como o apóstolo Paulo diz, em sua carta a igreja
de Corinto, ICo. 14:5, “aquele que profetiza é maior
do que o que fala em línguas, a não ser que também
interprete para que a igreja receba edificação”.
O DOM DE EVANGELISTA: O ministério de

evangelista é representado pelo dedo da mão, cha-
mado dedo médio é o maior de todos os outros, in-
dicando assim um alcance maior pelas almas.
A palavra evangelista no grego euangelizomai,

que significa trazer boas novas, no livro de Atos
21:8, essa função do evangelista é atribuída a Felipe.
Esse termo “evangelista” ao longo da história da

igreja passou a ser aplicado também para designar
os escritores dos evangelhos de Mateus, Marcos, Lu-
cas e João.
No ano de 1950, ressurgiu o movimento evan-

gelístico e com ele o ministério do evangelista foi
restaurado levando a mensagem da salvação às
multidões. Surgiram então renomados evangelistas
como Oral Roberts, T.L.Osborn, Willian Branham,
Paul Cain, Kathryn Khulman, dentre outros.
O ministério desses renomados evangelistas,


foram marcados com curas e milagres extraordi-
nários, pois este é o manto, a unção na vida de um
evangelista.
DOM DE PASTOR: Este ministério é repre-

sentado pelo dedo anelar, que representa o dedo da
aliança. O pastor é quem tem o dom do cuidado, o
amor pelas ovelhas.
Na lígua grega pastor é poimen, significa aquele

que cuida, que guia, alimenta, supervisor ou bispo
(gr.episcopos) que significa ancião, um pastor com
mais experiência, mais experimentado ou seja pas-
tor e bispo é a mesma coisa, lembrando que bispo
não está entre os dons ministeriais, sendo portanto
um cargo e não uma função ministerial, seria um
pastor com o encargo de cuidar de um grupo de
pastores de sua ação ministerial. Vale aqui ressaltar
que este modelo de bispado é de linhagem romana,
uma vez sabido que pastor e bispo desempenham a
mesma função, sendo que um é dom ministerial e
outro é um cargo de destaque dos demais.
DOM DE MESTRE: este ministério é repre-

sentado pelo dedo menor (mínimo), tem aqui a
simbologia do dedo que limpa o ouvido, como diz
as escrituras: De sorte que a fé vem pelo ouvir, e
o ouvir pela palavra de Deus.Rm: 10:17 (Biblia de
Promessas-João Ferreira de Almeida, King’s Cross).

A palavra grega para mestre é didaskalo que sig-
nifica instrutor, alguém com habilidade pedagógi-
cas, e uma grande destreza para ensinar a Palavra de
Deus com profundidade, sabedoria e Rhema (pala-
vra revelada). Dentro da cultura de igreja evangéli-
ca, substituiu mestre por professores, o mestre é um
profeta da Palavra e o professor um repartidor de
revestinhas.
Vejamos agora, este ministério ativo na igreja

apostólica de atos:
-Havia na igreja de Antioquia profetas e mes-

tres... At.13:1
-Era uma marca da igreja no primeiro século.

At.2:42
-Os apóstolos se dedicaram a oração, pregação

e ensino. At.5:42/ 6:4. Como vimos a representação
destes cinco ministérios na palma da mão (veja foto
na pág. 02), a mão não pode estar completa sem os
cincos dedos, assim como cada dedo tem sua função
e importância, os cincos dons ministeriais tem um
nível de unção, poder, revelação, carismas e sabedo-
ria, que são de suma importância para o equilíbrio
moral e espiritual da igreja.


CAPÍTULO III
RESTAURAÇÃO DO
TEMPO PROFÉTICO
NA IGREJA.
Ao qual é necessário que o céu receba até
aos tempos da restauração de todas as
coisas, de que Deus falou por boca dos
seus santos profetas desde a antiguidade
(At.3;21).
O texto acima das sagradas escrituras, fala de

tempos da restauração usando o plural para a pala-
vra tempos, e qual o significado disso ?
Sabemos que a nossa fé está baseada em três pe-

ríodos da história a saber: antigo testamento, novo
testamento e tempo presente (contemporâneo), es-
tes períodos tem suas plataformas de ação, o antigo
testamento sua plataforma é profética, o novo tes-
tamento tem em sua plataforma o apostólico e nos

dias atuais a plataforma é apostólico e profético, ou
seja o cumprimento dos dois testamentos.
Está escrito na Palavra de Deus ,” edificados so-

bre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo
ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” Ef.2:20
(Bíblia de Estudo Almeida-SBB).
Com isto entendemos que o profético ativa o

apostólico e este em movimento manifesta o pro-
fético. Logo o que precisa ser restaurado na igreja
contemporânea é o apostólico para que ela manifes-
te o profético.
O cumprimento dos tempos da restauração, que

mencionamos acima no texto da Palavra de Deus,
refere-se ao profético, pois foram falados pelos san-
tos profetas desde a antiguidade, como nos diz as
escrituras sagradas.
A igreja está vivendo os tempos proféticos, e

esse é o tempo da restauração ou seja, voltar ao prin-
cípio de como tudo começou, pois restauração fala
disso renovar sem perder a originalidade.
A igreja primitiva é o modelo a ser restaurado,

pois essa era apostólica nas suas formas de cultos
nas, mas diversas áreas.
A igreja da atualidade perdeu o padrão do ori-

ginal, onde suas formas de fé foram mudadas, em


detrimento de uma nova concepção de fé, estabele-
cidos por homens que visam nisso somente os seus
interesses pessoais, tais como a teologia da prospe-
ridade, atos proféticos envolvendo elementos como,
sal, fita vermelha, água, flor dentre outros.
Acredito em atos proféticos, pois a igreja está ali-

cerçada em duas ordenanças bíblicas, que são profé-
ticas, que é o batismo em águas e a ceia do Senhor.
Porém atos proféticos, desalinhados com o pro-

pósito de Deus para a igreja, não passam de atos hu-
manos visando um propósito humano.
A igreja deste século XXI , precisa entender o

apostólico em seus princípios, e um deles é a men-
talidade de reino, quando examino as sagradas es-
crituras, não vejo placas denominacionais, que só
servem para trazer divisão ao corpo de Cristo, mas
o que vejo apartir do apostólico nas escrituras são
igrejas apostólicas com o nome da cidade onde estas
estão, isto é mentalidade de reino.
Que reino é este? É o reino de Deus, do amor, da

família, da fraternidade, da mesma fé, da unidade “
Sl.133:1 Oh como é bom e agradável viverem unidos
os irmãos” (Bíblia de estudo Almeida-SBB).
Um dos propósitos dos dons ministeriais, des-

critos no livro de Efésios no capítulo 11, é a unidade

da fé conforme o versículo 13, deste mesmo capítu-
lo. Isto é mentalidade de reino.
Jesus disse no livro de Marcos no capítulo 3:27,

que um reino dividido não poderá subsistir.Logo en-
tendemos que existe um reino, um só rei e um só povo.
Esse é o tempo da restauração de uma nova

mentalidade da igreja, mentalidade de reino, men-
talidade apostólica para nossos dias, tempo de cum-
primento de um tempo profético.
Quebrando os protocolos: Davi, rei de Israel

quebrou protocolos reais, quando entrou em Jeru-
salém trazendo a Arca da Aliança, que representava
a presença de Deus entre o povo, sua mulher Mical
desprezou a sua atitude, pois para ela aquela atitude
do rei era uma quebra de protocolo, o rei Davi po-
rém falou, é diante do meu Senhor que tenho me
alegrado, esse relato bíblico está em IISamuel no
cap. 6:20-23.
Voltando Davi para abençoar sua casa,

Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se
com ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei
de Israel, descobrindo-se, hoje, aos olhos
das servas de seus servos, como, sem pejo,
se descobre um vadio qualquer ! Disse, po-
rém, Davi a Mical : Perante o Senhor, que
me escolheu a mim antes do que a teu pai e
a toda a sua casa, mandando-me que fosse

chefe sobre o povo do Senhor, sobre Israel,
perante o Senhor me tenho alegrado. Ainda
mais desprezível me farei e me humilharei
aos meus olhos; quanto às servas, de quem
falaste, delas serei honrado. Mical filha de
Saul, não teve filhos, até o dia da sua mor-
te. (Bíblia de Estudo Almeida-SBB).
Mical esposa de Davi rei de Israel, é um arqué-

tipo da igreja com os costumes e a cultura herdados
da romanização, Davi é um arquétipo da igreja que
adora proféticamente.
A igreja contemporânea precisa quebrar os

protocolos da religiosidade, dos padrões huma-
nos, dos velhos paradigmas, Mical não teve filhos
até a sua morte, exatamente porque estava presa a
determinados protocolos, regras e normas, que não
podiam ser quebrados, o que a tornaram estéril por
toda a vida.
Semelhantemente hoje muitas igrejas se torna-

ram estéril, deixando assim de gerar milagres, em
detrimento de suas liturgias.
Como se estivessem adorando um deus morto,

em um culto cheio de regras e normas, assemelhan-
do-se aos que o fazem, aqueles que estão em Roma
espiritual.
A igreja precisa viver dentro de um ambiente

profético, Davi quando adorou estava dentro des-
se ambiente, por isso sua adoração foi extravagante
quebrando todos os protocolos humanos.
Davi representa o arquétipo da adoração profé-

tica, ele se despiu da roupa de um rei, para adorar
como um servo comum, Davi dançava, saltava, fora
de padrões habituais de um rei.
O crente apostólico sabe criar seu ambiente

sobrenatural. Ele conhece as músicas, palavras
, locais e pessoas que o ativam ao espiritual e no
profético ele se mantêm seguro. O crente profé-
tico conhece o que é lugar de intimidade, o talit
de hoje, a oração em línguas, onde dali Deus nos
envia ao propósito.
No ambiente profético somos blindados con-

tra demônios. Não existe fortaleza humana que
possa ser mais poderosa do que o ambiente pro-
fético. No salmo de Moisés este ambiente é citado
como “Esconderijo do Altíssimo”. Neste ambien-
te somos livres de macumba, feitiçaria, bruxaria,
palavras de afronta, cativeiros e iniquidades.
Devemos aprender a nos esconder no am-

biente de glória. (texto em negrito extraído do livro
Davi Apostólico pág.111 – autor Ricardo Ribeiro.
Ed.Ruja).


O ambiente profético é o momento que o céu se
manifesta na terra, criando uma esfera propícia para
realizações espirituais, alinhamento com a Palavra
de Deus, abertura de portais para novos níveis de
unção. A igreja precisa restaurar essas novas dimen-
sões do profético.
Para finalizar este capítulo, gostaria de deixar

registrado o que Jesus disse para a mulher samari-
tana “ Mas vem a hora e já chegou, em que os ver-
dadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
em verdade; porque são estes que o Pai procura
para seus adoradores.” Jo.4:23 (Bíblia de estudo Al-
meida-SBB).
Mas vem a hora e já chegou, é tempo de restau-

ração de todas as coisas!!!

CAPÍTULO IV
MUDANÇA DE
MENTALIDADE
E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa
mente, para que experimenteis qual seja a
boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Rm.12:2 (Biblia de Estudo Almeida-SBB).
Este texto das sagradas escrituras, nos chama

a uma reflexão, sobre uma mudança em relação ao
que o mundo, nos apresenta como modelo de visão
e entendimento.
A mudança de mentalidade passa por dois pro-

cessos segundo o texto bíblico, que são, a transfor-
mação e a renovação da nossa mente.
A palavra transformação na língua grega é me-

tamórphosis, originalmente ela foi formada pelo


prefixo “meta” (mudar) e morfón (forma), logo en-
tendemos que metamorfose, é mudança completa
de forma, natureza ou estrutura.
A palavra renovação na língua grega é anakainõ-

sis, e tem dois significados básicos, o primeiro é fa-
zer algo se tornar novo e diferente, o segundo é cau-
sar uma mudança a um estado anterior preferível. (
Greek-English Lexicon of the New Testament [Léxico
Grego-Inglês do Novo Testamento] de Louw e Nida,
vol. 1, pp. 157, 594).
Gostaria de falar do processo da metamorfose

(transformação), da lagarta em borboleta nesse ci-
clo de mudança a lagarta passa pelo casulo, que é
apertado, então ela toma a decisão de abrir as asas e
romper com a prisão.
Muitos líderes denominacionais, estão dentro

de um casulo que a tradição religiosa os colocou,
não tomaram a decisão de abandoná-lo, a lagar-
ta entra no casulo e sai borboleta, para viver a fase
adulta.
Mudança de mentalidade fala disso, transfor-

mar e renovar, para viver a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus, a gente não pode ajudar com as
próprias mãos, uma borboleta a sair do casulo, está
nas mãos dela, está na ousadia de suas asas.

Assim também não podemos mudar, quem não
quer experimentar o novo de Deus, tenho me de-
parado com líderes que não querem ser demovidos
dos seus padrões e normas religiosas, aprendidos
com os seus líderes antepassados.
Nas sagradas escrituras no livro de Lc.5:37-39

está escrito:
“E ninguém põe vinho novo em odres ve-

lhos, pois o vinho novo romperá os odres;
entornar-se-à o vinho, e os odres se estra-
garão. Pelo contrário vinho novo deve ser
posto em odres novos (e ambos se conser-
vam). E ninguém, tendo bebido o vinho ve-
lho, prefere o novo; porque diz: O velho é
excelente.(Bíblia de Estudo Almeida-SBB).
Nestas escrituras Jesus fala por meio de ale-

gorias, os odres velhos eram recipientes feitos de
couro de animal, representam aquelas pessoas que
não queriam deixar seus dogmas, seus farisaísmos,
o vinho representa a mensagem nova de Jesus, e os
benefícios que elas produziriam nos seus ouvintes
praticantes, como gozo, alegria e salvação.
O interessante é que Jesus fala que quem expe-

rimentou o vinho velho, não prefere o novo, o vi-
nho velho aqui representa o antigo ensino, a antiga
aliança, o antigo pacto, que não estava mais surtin-
do efeito diante de Deus.

Quem está nos velhos costumes, nas velhas cul-
turas, tem medo do novo e cria barreiras para que
este se manifeste em seus ministérios, e o novo do
qual estamos falando é a restauração da identidade
apostólica da igreja, outrora perdida em meio a per-
seguição e domínio greco-romano.
No Reino de Deus a mudança não é algo que se

discute, é algo que se obedece. E os que o obedecem
entendem que são uma geração do vinho novo.
Todas as mudanças ou transições são produzi-

das por pessoas que sabem que pertencem a essa
geração e vão marcando o caminho a uma próxima
geração. O Espírito de Deus se move para fazer e
produzir mudanças, não para que sintamos bem, se-
não para que o façamos bem. Deus me dá liberdade
para fazer o que devo fazer, não o que não quero
fazer. Por isso ser livres é para responsáveis e não
para irresponsáveis. Ser livre não é fazer o que que-
ro, senão o que devo.
Se você quer ser parte da geração do vinho novo,

você precisa vencer as suas crenças limitantes, que é
nossa maneira de pensar, aquilo que acreditamos,
essas crenças podem ser positivas ou negativas, mas
podem ser mudadas por meio da ressignificação,
que é o método utilizado em neurolinguística, para
fazer com que as pessoas, possam atribuir novo sig-
nificado às suas crenças.

Eu quero aqui te dar seis passos, de como tratar
e mudar uma crença limitante:
1-DUVIDE: duvide de todas as suas crenças.

2-VASCULHE: olhe para dentro de você, seja
qual for a crença, ela tem uma origem.
3-CONFRONTE: confronte a sua crença.
4-AVALIE: as vantagens e desvantagens dessa crença.
5-ELABORE: elabore uma nova crença.
6-FALE: sempre que precisar, repita em voz audí-
vel a nova crença, escreva ou realize alguma ação, é na
prática e repetição que a nova crença é criada.
Talvez esses seis passos, possam servir para você

em alguma área de sua vida, em que, essas crenças
limitantes tem te paralisado, mas também serve para
avaliar o nosso culto a Deus, pois como está escrito
nas sagradas escrituras, conforme o texto abaixo, nos-
so culto tem que ser racional.
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias

de Deus, que apresenteis o vosso corpo por
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional. Rm:12:1 (Biblia de
estudo Almeida-SBB).
Culto racional é inteligente, é cheio da verdade,

é livre das crenças limitantes, está escrito na Bíblia em
Jo.8:32 “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

A igreja contemporânea precisa de mudança de
mentalidade, tem que deixar de ser pastoral, dirigi-
do à congregação para ser apostólica, ou seja, diri-
gido ao mundo. Saindo das quatro paredes da igreja
local, para o mundo. A estrutura de governo da igre-
ja não pode seguir manejando-se desde uma pers-
pectiva pastoral (episcopal) ou empresarial onde
aparece mais a figura de um chefe hierárquico que a
de um profeta ou apóstolo do reino.
A mudança afeta a todos: Ainda que você se

negue a mudar, a mudança o mudará.
A mudança chegará: Com você, ao redor de

você e sem você.
Temos dois destinos: Mudar ou fracassar (são as

duas únicas alternativas)
As mudanças são difíceis de fazer porque não

há nada mais seguro que o conhecido e o atual. Es-
tamos tão acostumados ao modelo antigo e tradi-
cional... “Sempre temos feito assim não podemos
mudar”... há trinta anos que fazemos nossos cultos
desta maneira e não temos porque fazer de outro
jeito.
Essas são as alegações de muitos líderes da igre-

ja da atualidade.

CAPÍTULO V
A FUNCIONALIDADE
DOS DONS ESPIRITUAIS
PARA A IGREJA
Os dons espirituais são ferramentas espirituais
para a igreja apostólica, equipando-a, para viver os
altos níveis de manifestações do poder de Deus.
Mas na atualidade vejo uma grande ignorân-

cia, por parte da igreja contemporânea, onde seus
adeptos, desconhecem a funcionalidade desses dons
espirituais, exatamente por que seus líderes não en-
sinam sobre o assunto, e quando o fazem é muito
superficialmente.
O apóstolo Paulo na sua primeira carta à igre-

ja em Corinto, alerta sobre a ignorância sobre esse
tema, vejamos o que ele disse:


A respeito dos dons espirituais, não que-
ro, irmãos, que sejais ignorantes. ICo.12:1
(Bíblia de estudo Almeida-SBB).
Esta igreja, era imatura concernente aos dons

espirituais, o apóstolo Paulo, ainda na carta aos Co-
ríntios no capítulo 14:20 diz:
Irmãos, não sejais meninos no juízo; na

malícia sim, sede crianças; quanto ao juí-
zo, sede homens amadurecidos (Bíblia de
estudo Almeida-SBB).
Muitos líderes, com o pretexto da decência e or-

dem, em que o apóstolo fala neste mesmo capítulo
14:40 “ Tudo, porém, seja feito com decência e or-
dem”. Deixam de ensinar sobre os dons espirituais,
contribuindo desta maneira para que seus discípu-
los sejam imaturos nesta área.
Esta imaturidade da igreja, tem contribuído,

para muitos escândalos, tanto para os de dentro
como para os de fora, desta forma os dons são cor-
rompidos.
O apóstolo Paulo, em nenhum momento, proí-

be as manifestações sobrenaturais do Espírito Santo,
através dos dons, mas sim, a desordem que eles fa-
ziam na operação dos dons espirituais, exatamente
pela ignorância que é falta de conhecimento.

ENTENDENDO A DIFERENÇA DOS DONS
Quero primeiramente fazer a distinção dos
dons de Deus, dons de Jesus e dons espirituais, te-
nho lido alguns artigos, e até mesmo livros, em que
seus autores, colocam uma relação bem grande de
dons, usando como base, textos da bíblia em que o
apóstolo Paulo menciona esses dons, sem colocar na
ordem, fazendo apenas citação destes, de uma for-
ma geral.
Acredito que depois de você ler este capítulo

deste livro, suas dúvidas desaparecerão, pois o que
pretendo aqui é tão somente, de uma forma simples
e didática, te ensinar a compreender os dons enten-
dendo as suas manifestações
DONS DE DEUS: São dons pessoais, talentos,

habilidades humanas dadas por Deus, ou seja dons
naturais, exemplo; pessoas que nascem com certas
habilidade, que tem facilidade para desenvolver cer-
tos tipos de atividades, como músicos, cantores, ar-
tistas plásticos, escritores e outros.
Essas habilidades, que chamamos de dons de

Deus, podem ser dadas a qualquer pessoa, indepen-
dente do seu credo religioso, e todos nós nascemos
com uma pré-disposição à um talento, que nos foi
entregue pelo Senhor.


Quanto ao homem a quem Deus conferiu
riquezas e bens e lhe deu poder para deles
comer, e receber a sua porção, e gozar do
seu trabalho, isto é dom de Deus. Ec.5:19
Conforme este texto das sagradas escrituras, es-

sas pessoas são aquelas, que nascem com talentos
para o empreendedorismo, ou seja tem habilidades
para adquirir riquezas e bens.
“Disse Deus a Salomão: Porquanto foi este

o desejo do teu coração, e não pediste ri-
quezas, bens ou honras, nem a morte dos
que te aborrecem, nem tampouco pediste
longevidade, mas sabedoria e conhecimen-
to, para poderes julgar a meu povo, sobre o
qual te constituí rei.
Sabedoria e conhecimento são dados a ti, e

te darei riquezas, bens e honras, quais não
teve nenhum rei antes de ti, e depois de ti
não haverá teu igual.” II Cr.1:11-12 (Bíblia
de estudo Almeida-SBB).
Conforme este texto da bíblia, Salomão recebeu

de Deus talento e habilidades para adquirir riquezas
e bens, isso é um dom de Deus, e que nem todos
tem, mas podem receber por meio de uma busca
com propósito ao Senhor.
“E também que é dom de Deus que possa

o homem comer, beber e desfrutar o bem

de todo o seu trabalho” Ec.3:13.(Biblia de
Estudo Almeida-SBB).
Mas uma vez vemos neste texto bíblico, que

Deus dá dons, que são dádivas, benefícios, talentos,
habilidades humanas, dons naturais.
DONS DE JESUS: Esses dons se diferem dos

dons de Deus, pois são ofícios, são funções, são
pessoas.
Por isso, diz:
Quando subiu as alturas, levou cativo o ca-

tiveiro e concedeu dons aos homens Ef.4:8
Esses dons do ministério fazem parte do pro-

pósito de Deus para o amadurecimento dos santos
até que Jesus volte para buscar a sua igreja.
E ele mesmo concedeu uns para apóstolos,

outros para profetas, outros para evan-
gelistas e outros para pastores e mestres.
Ef.4:11(Bíblia de estudo Almeida).
Estes dons segundo as escrituras, são ministe-

riais e não são dados para todo o corpo de Cristo,
que é a igreja, mas para aqueles que o Senhor Jesus
chama para um fim específico de ministério. (vide
capítulo III).


DONS DO ESPÍRITO SANTO: diferentemen-
te dos dons de Deus e dos dons de Jesus, estes dons
são manifestações espirituais momentânea, visando
sempre um fim específico e proveitoso.
A manifestação do Espírito é concedida
a cada um visando a um fim proveitoso.
Porque a um é dada, mediante o Espírito,
a palavra da sabedoria; e a outro, segundo
o mesmo Espírito, a palavra do conheci-
mento; a outro no mesmo Espírito, a fé, e a
outro, no mesmo Espírito, dons de curar; a
outro, operações de milagres; a outro, pro-
fecia; a outro, discernimento de espíritos;
a um variedades de línguas; e a outro, ca-
pacidade para interpretá-las. ICo. 12: 8-10
Conforme os dons espirituais, citados no texto

acima, podemos separá-los em três categorias a saber.
DONS DE REVELAÇÃO:
1-Palavra da sabedoria
2-Palavra do conhecimento
3-Discernimento de espíritos
DONS DE PODER:
4-Dom da fé
5-Dons de curar
6-Operações de milagres

DONS DE INSPIRAÇÃO VOCAL:
7-Variedades de línguas
8-Interpretação de línguas
9-Dom de profecia
Veremos então o funcionamento desses dons

listados acima.
DONS DE REVELAÇÃO:
1-Palavra da sabedoria: existe dois tipos de sabe-
doria a que é dada por Deus conforme Tiago 1:5
“Ora, se algum de vós tem falta de sabedo-

ria, peça-a a Deus, que a todos dá liberal-
mente e nada censura, e ser-lhe-á dada.”
Essa sabedoria é natural, não revela Deus, mas

as coisas naturais pertencentes aos homens. Pode-
mos usar, como exemplo bíblico, Salomão que pe-
diu sabedoria de Deus, e recebeu para governo de
um povo, os israelitas, vemos esta sabedoria colo-
cada em prática, no julgamento que ele teve que fa-
zer, entre duas mulheres que requeriam o mesmo
filho, sem saber qual das duas era a verdadeira mãe,
mandou que a criança fosse cortada ao meio, com
isso a mãe verdadeira abriu mão de seus direitos, e
logo viu o rei Salomão que esta era a mãe verdadei-
ra, com isso vejo que Salomão usou da psicologia

feminina , uma forma de sabedoria humana, para
resolver aquele conflito. (IRe.3:16-28).
Porém a palavra da sabedoria como um dos

dons do Espírito, descrito no livro de ICo.12: 8, é
uma revelação dos propósitos de Deus, para uma
nação, um povo ou uma determinada situação que
precise de uma intervenção de Deus. É um senso
de direção Divina, um discernimento com relação a
Vontade de Deus.
Um exemplo nas escrituras é a visão do após-

tolo Pedro, em atos 10:9-16, ele teve a visão de um
lençol contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis
da terra e aves do céu, em seguida uma voz (palavra
da sabedoria), era Deus dando a Pedro instrução de
como deveria proceder, este não deveria chamar de
comum e imunda ao que o Senhor purificou.
2-Palavra do conhecimento: não se trata aqui, de

um conhecimento científico, adquirido por estudos
em uma faculdade ou outros meios, mas sim a re-
velação de algum fato do conhecimento apenas de
Deus, ou seja algo que está na mente do Senhor.
A palavra do conhecimento, pode ser manifestada

por uma palavra revelada, por uma visão ou uma re-
velação no interior da pessoa que manifesta este dom.
Vejamos exemplos da operação desse dom nas

escrituras sagradas.

No livro de João 4:16-18, Jesus manifesta a pa-
lavra do conhecimento, no diálogo que ele tem com
a mulher samaritana, revelando a situação da mes-
ma, na sua área matrimonial.
No livro de apocalipse 1:10-20, João na Ilha de

Pátmos através de uma visão, manifesta esse dom,
conhecendo o estado das sete igrejas da Ásia menor.
3-Discernimento de espíritos: este dom espiritual,

não deve ser confundido com perícia, psicologia ou
qualquer outra técnica humana, para desvendar ou
descobrir alguma faceta humana, mas sim uma atua-
ção direta do Espírito Santo na mente do homem.
Este dom tem a função de discernir a origem da

ação do espírito, se é humano, demoníaco ou divino.
O discernimento de espírito, é um dom muito

importante na vida do cristão e também no corpo
de Cristo, pois no evangelho de Marcos, encontra-
mos a seguinte advertência: “pois surgirão falsos
cristos e falsos profetas, operando sinais e prodí-
gios, para enganar, se possível, os próprios eleitos.
Estais vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito.
Mc.13:22-23 (Bíblia de estudo Almeida-SBB).


DONS DE PODER:
1-Dom da Fé : esta fé é diferente da fé salvífica, que
tem por função levar o pecador a se arrepender, o
receptor do dom da fé é carregado por uma ousa-
dia sobrenatural, em que o limite só existe para o
natural.
E ele lhes respondeu:
Por causa da pequenez da vossa fé. Pois em

verdade vos digo que, se tiverdes fé como
um grão de mostarda, direis a este mon-
te: Passa daqui para acolá, e ele passará.
Nada vos será impossível. (Mt.17.20).
O dom da fé é sobrenatural, não tem limites

pois é uma capacitação do Espírito Santo, para rea-
lizações de coisas impossíveis aos olhos humanos.
A igreja apostólica moderna, precisa buscar e se

movimentar neste dom da fé, pois estamos vivendo
dias difíceis, onde a fé que no texto bíblico acima,
Jesus chama de pequena, está sendo tragada pelas
adversidades do mundo.
Para finalizar sobre o dom da fé, gostaria de

mencionar quatro os níveis de fé:
1-Fé salvifíca: é aquela que leva a pessoa se arrepen-

der dos seus pecados, e ela vem pelo ouvir a palavra
da pregação.

2-Fé natural: toda criatura humana possui uma me-
dida de fé, para a realização de coisas naturais.
3-Fidelidade: que é um fruto da fé, é desenvolvido

no andar do cristão em comunhão com o Espírito.
4-Dom da fé: essa é uma manifestação sobrenatural

do Espírito Santo, visando um fim proveitoso.
2-Dons de curar : este é o único dom no plural, pois

fala da multiforme graça de Deus para curar diver-
sas doenças e enfermidades.
Vale ressaltar que assim como este dom é plura-

lizado, também o são os seus instrumentos, ou seja
cada pessoa que é ungido com estes dons, carregam
características diferentes, uns são usados para cura
de ossos, outros para cura de câncer, outros para
cura de dores diversas, e assim por diante.
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com

o Espírito Santo e com poder, o qual andou
por toda parte, fazendo o bem e curando a
todos os oprimidos do diabo, porque Deus
era com ele”.Atos 10.38.
O Espírito Santo quer ungir sua igreja com os

dons de curar, essa era uma marca na igreja primi-
tiva e apostólica, onde os sinais das curas dos enfer-
mos era um sinal constante, hoje na nossa contem-
poraneidade a igreja apostólica precisa desses dons,
pois há uma geração enferma clamando:

JESUS, FILHO DE DAVI, TEM
MISERICÓRDIA DE MIM
3-Operações de milagres: é uma intervenção sobre-
natural, que muda o percurso daquilo que é natural,
ou seja uma suspensão sobrenatural da lei natural.
A saída do povo do Egito até Canãa, foi marca-

da por muitos milagres:
- O mar vermelho se divide e retorna ao seu lei-
to (Êx.14.21)
- As águas de Mara se tornam doces (Êx.15.15)
- Água tirada da rocha (Êx.17.6)
- Envio de cordonizes e maná (Êx.16.13-15) e
muitos outros milagres.
- Josué ordenou e o sol parou no seu curso e a
lua também (Js.10;12).
No âmbito da cura, milagres são frequentemen-
te recebidos, mas não são o resultado da operação
de milagres; são milagres de cura. Tudo quanto
Deus faz é milagroso em certo sentido, mas não é
sempre um milagre do tipo de transformar água em
vinho, simplesmente ao falar uma palavra- é essa a
operação de milagres.
A água transformada em vinho mediante o

processo da natureza é um milagre da natureza.

Mas a água transformada em vinho por uma pa-
lavra falada, conforme Jesus fez em João 2.1-11, é
o resultado do dom espiritual da operação de mi-
lagres. (texto negrito extraído do livro, A respeito
dos Dons Espirituais pág.98 Autor: Kenneth Hagin-
Graça Artes gráficas e Editora-RJ)
No Novo Testamento Pedro andou sobre as

águas, conforme mandou Jesus e assim ele o fez
(Mt.14.22-36). Enquanto Pedro estava conectado no
sobrenatural ele andou sobre as águas, mas apartir
do momento que ele esquece da ordem de Jesus
“Vem Pedro”, começa então a afundar nas águas.

Nestes dias o Senhor está dizendo a igreja VEM !!!
Há um mover sobrenatural que Jesus quer liberar
sobre a igreja através do seu Espírito, não tenha
medo do barulho das águas.
DONS DE INSPIRAÇÃO VOCAL

1- Variedades de línguas: São a expressão vocal,
mediante ao Espírito Santo, em idiomas nunca
aprendidos pela pessoa que fala. Essas línguas
podem ser humanas ou desconhecidas (celestiais).
O apóstolo Paulo em I Coríntios 14.27-28, não

está proibindo o falar em línguas, mas sim orientan-
do como fazê-lo, por causa da falta de conhecimen-


to da igreja, vejamos o que o apóstolo Paulo ensinou
na igreja de Corinto:
- O que fala em outra língua, a si mesmo se edi-

fica... (ICo. 14.4).
- Eu quisera que vós todos falásseis em outras

línguas...(ICo. 14.5)
- Dou graças a Deus, porque falo em outras

línguas mais do que todos vós (ICo.14.18).
- “Não proibais o falar em outras línguas”

(ICo.14.39).
Por uma falta de compreensão, e até mesmo en-

sinos recebidos por líderes do passado, muitos hoje
na igreja contemporânea desprezam este dom espi-
ritual, achando que o benefício do mesmo foi só
para o momento em que o receberam, no batismo
com o Espírito Santo.
Dentre os noves dons espirituais de ICo.12.7-

10, oito deles recebemos para ajudar o nosso pró-
ximo, e apenas um que é a variedade de línguas é
para ser usado em nosso benefício, como vemos
em ICo.14.4 “O que fala em línguas, a si mesmo
se edifica”. Interessante que a igreja de Corinto, não
entendia isso, assim como a igreja atual.
O apóstolo Paulo dá instrução aos Coríntios, de

como fazer uso deste dom coletivamente na igreja....
falando consigo mesmo e com Deus (ICo.14.28),
isso para que houvesse ordem no culto, mas em ne-
nhum momento houve a proibição do mesmo.
O que fala em outras línguas deve fazê-lo sem

reservas, pois seremos edificados, como nos instrui
as escrituras sagradas, portanto o meu conselho é,
e o digo por experiência, reserve um tempo do seu
devocional para orar em línguas, pois quando o fa-
zemos, estamos orando proféticamente, lembre-se
que a palavra nos diz em Romanos no capítulo 8.26
“Também o Espírito, semelhantemente,

nos assiste em nossa fraqueza; porque não
sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós sobremaneira,
com gemidos inexprimíveis.”
2- Interpretação de Línguas: a interpretação de que

trata este dom, não tem nada haver com tradução de
linguagem, como o faz um tradutor.
Pelo que, o que fala em outra língua deve orar

para que possa interpretar. (ICo.14.13).
Essa interpretação não é uma tradução ao pé

da letra, muitas vezes você pode ouvir alguém falar
muitas palavras em línguas estranhas e a interpreta-
ção pode ser de umas poucas palavras, muitas vezes
de uma frase somente.

O apóstolo Paulo no texto acima de ICo.14.13,
nos orienta a orar pedindo ao Senhor, que possamos
compreender aquilo que falamos noutras línguas,
eu pessoalmente, tenho essa experiência, após dese-
jar no meu íntimo e orar por isso, o Espírito Santo
me concedeu que, em algumas vezes eu venha com-
preender aquilo que falo, quando é uma forma de
mensagem direta de Deus para mim mesmo.
Vejo que a igreja contemporânea, e quando falo

de igreja estou me referindo a pessoas, tem despre-
zado este dom que para muitos não tem muito valor.
Porque, se eu orar em outra língua, o meu

espírito ora de fato, mas a minha mente
fica infrutífera. Que farei, pois? Orarei
com o espírito, mas também orarei com a
mente; cantarei com o espírito, mas tam-
bém cantarei com a mente (ICo.14.14,15).
Conforme as escrituras, no texto mencionado

acima, entendemos que quando oramos através do
dom de línguas, edificamos o nosso espírito, e quan-
do se manifesta o dom de interpretação de línguas,
edificamos a nossa alma (mente).
Faça isso apartir de agora e viva novos níveis, e

novas experiências com o maravilhoso amigo Espí-
rito Santo.
3-Dom da profecia: O dom da profecia é por mui-

tos confundido, com o ofício de profeta. Há o minis-
tério de profeta mas nem todos os que profetizam,
são profetas, vejo hoje no meio cristão, muitos se
intitulando profetas, quando na verdade não o são,
e por falta de conhecimento criam muita confusão.
O ministério profético é exercido através de um

dom ministerial dado por Jesus à Igreja. Enquanto
que o dom de profecia, é uma capacitação sobrena-
tural do Espírito Santo, concedida a uma pessoa do
povo para transmitir a mensagem divina.
No ministério profético, Deus usa principalmen-

te a mente do profeta; no dom de profecia, Deus usa
principalmente o aparelho fonador (boca) da pessoa.
O dom de profecia como inspiração do Espírito

Santo, é para todos: “Todos podereis profetizar”,
1Co 14.31. O ministério profético, não: “São todos
profetas?”, 1Co 12.29, questiona o apóstolo Paulo.
COMO SABER SE SOU UM PROFETA OU

TENHO APENAS O DOM DE PROFECIA?
O dom de profecia é para todos como vimos no
texto acima, porém para recebê-lo, é preciso buscar
com sabedoria e zelo, pois é uma ferramenta para a
igreja se equipar.

Porém o fato de você profetizar por meio deste
dom, que é uma inspiração momentânea do Espí-
rito santo, não faz de você um profeta, você apenas
operou no dom de profecia e para operar neste dom
você precisará da fé “se profecia, seja segundo a
proporção da fé” Rm.12.6.
O ministério de profeta é diferente em sua ma-

nifestação, enquanto que a pessoa usada no dom de
profecia fala: “eis que eu o Senhor te digo”, pois o
Espírito Santo o está usando na primeira pessoa, por
meio de uma unção recebida naquele momento.
O profeta de ministério diz: “assim diz o Senhor”,

porque lhe foi revelado a mente de Deus, por meio dos
dons de revelação (palavra do conhecimento, palavra
da sabedoria ou discernimento de espíritos).
No dom da profecia Deus fala por meio do vaso,

no ministério de profeta este conhece a vontade de
Deus, por meio da palavra do conhecimento.
O dom de profecia pode ser dado a todos, que

buscam segundo a fé e graça do Senhor, enquanto
que o ministério de profeta é dado a aqueles a quem
o Senhor escolhe, pois é um chamado ministerial.
No dom de profecia a palavra vem por uma ins-

piração (unção), do Espírito Santo para um deter-
minado fim naquele momento.

No ministério profético a unção é liberada, para
manifestar o espírito da profecia, na vida ministe-
rial do chamado, ou seja ele não está profeta , ele é
profeta.
Para exemplificar a diferença com texto das sa-

gradas escrituras, quero aqui mencionar:
Atos 21.8- 11, no dia seguinte, partimos e fo-

mos para Cesaréia; e entrando na casa de Felipe,
o evangelista, que era um dos sete, ficamos com
ele. Tinha este quatro filhas donzelas, que profe-
tizavam.
Demorando-nos ali alguns dias, desceu da Ju-

déia um profeta chamado Ágabo; e vindo ter co-
nosco, tomando o cinto de Paulo, ligando com ele
os próprios pés e mãos, declarou:
Isto diz o Espírito Santo: Assim os Judeus em

Jerusalém, farão ao dono deste cinto e o entrega-
rão nas mãos dos gentios.
Nestes textos da bíblia, vemos a menção das fi-

lhas de Felipe, como moças que profetizavam sob a
inspiração do Espírito Santo, ou seja pelo dom de
profecia, mas vemos também a menção ao profeta
Ágabo que falava pela revelação do Senhor, sob o
ministério de profeta.


Ainda sobre o profeta Ágabo, encontramos nas
escrituras sagradas uma outra menção desse profeta
em Atos 11.27,28.
Para concluir quero fazer menção do fruto do

Espírito, no livro de Gálatas 5.22,23. O apóstolo
Paulo neste texto nos fala de nove fruto do Espírito,
isso nos leva a fazer uma associação com os nove
dons do Espírito Santo, parece nos que, para cada
dom tem um fruto do Espírito.
Resumindo tudo, o que quero aqui deixar como

conselho é: antes de buscar os dons, busque primei-
ro o fruto do Espírito.
SHALOM.

CAPÍTULO VI
RESTAURAÇÃO DO
LOUVOR E ADORAÇÃO
PROFÉTICA
Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me
que a hora vem, quando nem neste monte,
nem em Jerusalém adorareis o Pai.
Mas vem a hora e já chegou, em que os

verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito em verdade; porque são estes
que o Pai procura para seus adoradores.
Jo.4.21,23. (Bíblia de estudo Almeida-SBB).
O Senhor procura verdadeiros adoradores, en-

tenda-se porque também há falsos adoradores. Esta
mulher representa o espírito de religiosidade pre-
sente hoje também nas Igrejas. Estamos vivendo o
tempo do profético, como apostólicos precisamos
manifestar o louvor e a adoração profética.


Temos o hábito de chamar o ministério de mú-
sica como “Ministério de Louvor e Adoração”. Na
verdade, colocamos juntos essas duas palavras, e
não paramos para pensar nas diferenças comple-
mentares entre elas.
VEJAMOS NA LÍNGUA HEBRAICA ALGUNS

VOCÁBULOS QUE EXPRESSAM O LOUVOR.
- HALLAL: (raiz da palavra Hallelujah) signi-

fica fazer barulho, estar feliz e alegre, grito de júbilo
e alegria.
- YADA: sig. Fazer movimentos corporais em

especial o levantar das mãos.
- ZAMAR: sig. Expressão mediante cânticos e

instrumentos musicais.
O QUE VEM A SER ADORAÇÃO?

- No hebraico é SHACHAH: sig. Prostrar, reve-
renciar, suplicar humildemente, chorar.
- No Grego é PROSKENEO: sig.ir para beijar,

o adorador não vai com um pedido, mas como um
amante e admirador, (também é se prostrar reconhe-
cendo que o que está de pé é seu senhor, ou ‘lamber
a mão” como um cão faz na mão de seu dono. É isso
que Satanás queria de Jesus quando disse “me adore”)

- Na adoração a Deus, acabam-se as nossas pa-
lavras e muitas vezes passamos a orar em línguas
(canções e orações proféticas).
- Adoração é o amor da noiva (igreja), respon-

dendo ao amor do noivo (Yeshua).
Vejamos um paralelo entre LOUVOR e ADO-

RAÇÃO:
LOUVOR: Motivado na alma por um desejo de

receber do Senhor. ADORAÇÃO: Motivado no es-
pírito por um desejo de dar ao Senhor.
LOUVOR: É mais exuberante, enérgico, movi-

mentado, barulhento, com mais palavras.
ADORAÇÃO: É mais sóbrio, com menos mo-

vimentos, menos palavras, inclinando-se a cânticos
espirituais e silêncio.
Na verdade, a Bíblia nos indica que existem vá-

rias expressões de louvor e de adoração, vejamos
Colossenses 3:16 “...louvando a Deus, com salmos,
e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão em vos-
so coração.”
*SALMOS: é expressar o que estamos sentindo

para Deus
*HINOS: louvor que engrandece a Deus


*CÂNTICOS ESPIRITUAIS: adoração em lín-
guas do espírito.
NO TABERNÁCULO HAVIA TRÊS NÍVEIS

DE A DORAÇÃO:
- O ÁTRIO : Lugar da purificação
- O LUGAR SANTO: Lugar de comunhão
- O LUGAR SANTÍSSIMO: Lugar da presença

de Deus
PODEMOS ENTENDER OSTRÊS

NÍVEIS DO TARBENÁCULO DA
SEGUINTE MANEIRA:
1) CÂNTICOS DE TRANSIÇÃO: Ações de
graças, expressar nossos sentimentos, (salmos).
2) CÂNTICOS DE LOUVOR: proclamar, exal-

tar, bendizer, honrar, falar bem, engrandecer, (hinos).
3) CÂNTICOS DE ADORAÇÃO: contemplar,

admirar a Glória do Senhor, (cânticos espirituais).
Cremos que a adoração descrita no capítulo

6 do livro de Isaías, é o modelo de adoração que
agrada a Deus, a adoração como fazem os serafins.

Quem são os serafins, é uma classe de anjos: Se-
rafins parecem estar preocupados com a adora-
ção e santidade. Eles conduzem o céu na adoração
a Deus.
Os serafins estavam acima dele; cada um

tinha seis asas: com duas cobriam o ros-
to, e com duas cobriam os pés, e com duas
voavam.
E clamavam uns para os outros, dizendo:

Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos Exér-
citos; toda a terra está cheia da sua glória.
E os umbrais das portas se moveram com

a voz do que clamava, e a casa se encheu
de fumaça.
Então disse eu: ai de mim, que vou pe-

recendo! Porque eu sou um homem de
lábios impuros e habito no meio de um
povo de impuros lábios; e os meus olhos
viram o rei, o Senhor dos Exércitos!
Mas um dos serafins voou para mim tra-

zendo na mão uma brasa viva, que tirara
do altar com uma tenaz; e com ela tocou
na minha boca e disse: Eis que isto tocou
os teus lábios; e a tua iniquidade foi tira-
da, e perdoado o teu pecado (Isaías 6.2-7).
Vejamos a forma de adorar dos serafins, nos

diz o texto, que eles adoravam com tudo que ti-


nham: cada um tinham seis asas: com duas co-
briam o rosto, significando que não queriam
aparecer, ou demonstrar algo de si mesmo, mas
reconhecer a autoridade e soberania de Deus.
Com duas cobriam os pés, este ato significava

que estavam na presença de Deus, a terra se tor-
nou santa,.. disse o Senhor a Moisés: ...tira as san-
dálias dos teus pés, porque o lugar em que estás
pisando é terra santa... (Êxodo. 3.5)., é um tempo
de santificação na presença de Deus, para purifi-
cação de nossas obras, deixar as obras carnais e
absorver o espiritual.
Com duas voavam, este gesto significa que na

verdadeira adoração, somos elevados a novos ní-
veis espirituais, como está escrito no livro do pro-
feta Isaías no capítulo 40.31 “ ... renovarão as suas
forças, subirão com asas como águias..”.
A igreja contemporânea, precisa experimen-

tar os novos níveis de unção que vem por meio da
adoração e do louvor.
Quero deixar aqui meu testemunho do louvor e

adoração profética, vi em pleno culto de um domin-
go à noite, em meio a um louvor exuberante pessoas
caírem endemoninhadas no salão da igreja, também
presenciei no meu ministério pessoas serem batiza-
das com o Espírito Santo, outras sendo curadas no

momento do louvor, e muitas outras experiências.
A pergunta é: porque esses sinais não aconte-

cem com frequência, quando a igreja louva e adora,
a resposta é, o profético precisa ser restaurado pois
este leva a igreja para novos níveis espirituais.
Existem padrões e costumes velhos e errados,

que precisam ser quebrados, fomos ensinados que
tem louvores antigos e os novos, mas isso é um en-
sino errado, pois o Senhor quer receber uma ex-
pressão nova daquele que o adora, como nos diz as
escrituras nos Salmos 98:1 “ Cantai ao Senhor um
cântico novo, porque ele tem feito maravilhas...”.
O cântico novo, é um cântico de um novo tempo, é
o profético se manifestando com vitórias e conquis-
tas. Encontro também escrito nos salmos 40.3 “ E
me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de
louvor ao nosso Deus...”.
O cântico novo não se aprende, não é ensinável,

é apenas experimentável, é profético.
Apocalipse 14.3 “Entoavam novo cântico

diante do trono, diante dos quatro seres vi-
ventes e dos anciãos. E ninguém pôde apren-
der o cântico, senão os cento e quarenta e
quatro mil que foram comprados da terra”.
Qual é o estilo e o propósito da sua adoração ao

Senhor; Jesus nos ensinou que o vinho novo, só con-


servará se for colocado em odres novos, vinho novo
em odres velhos romperão e se estragarão.
O novo de Deus só se manifestará na sua vida,

quando houver um rompimento com o velho; ve-
lhos padrões, velhos costumes, velha religiosidade,
velhas crenças, etc.
Nestes dias o Senhor quer nos vestir com o seu

louvor, pois nos diz as escrituras por meio do profe-
ta Isaías 61.3 “...veste de louvor, em vez de espírito
angustiado...”.
A adoração profética vem de Deus, produz efei-

to e volta para Deus, muda o nosso caráter e as nos-
sas atitudes, Isaías disse “...porque sou homem de
lábios impuros”. Então um dos serafins voou para
mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara
do altar; com a brasa tocou a minha boca...” Is.6.5-7.
O Senhor que tocar em nossos lábios, para que

a adoração seja profética, nos levando a novos níveis
de escolha e chamado. Esse é um tempo de reconhe-
cimento dos nossos pecados e arrependimento, para
que se manifeste a cura de Deus para a sua igreja.

CAPÍTULO VII
RESTAURANDO O
PRIMEIRO AMOR
O restauração do primeiro amor é um clamor
do Espírito de Deus, e também uma necessidade da
igreja nos dias atuais.
E por se multiplicar a iniquidade, o amor

se esfriaria de quase todos.Mt.24.12
Esta declaração de Jesus, é muita assustadora,

uma vez que o amor é base de tudo. O triunfo de
Yeshua na cruz do calvário foi por amor, “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito....Jo.3.16.
Na Ilha de Patmos, o apóstolo João tem a revela-

ção sobre o estado espiritual das sete igrejas da Ásia
menor, Yeshua fala a João a respeito de uma dessas
igrejas que está em Éfeso.


Tenho, porém, contra ti que abandonaste
o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de
onde caíste, arrepende-te e volta à prática
das primeiras obras; e, se não, venho a ti e
moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso
não te arrependas” (Ap. 2.4-5).
Infelizmente, essa ameaça de Jesus logo tornou-

-se realidade. A igreja de Éfeso, que se encontrava
onde hoje é a Turquia, desapareceu e não há pratica-
mente mais nada que lembre esta igreja.
Onde antes havia o candeeiro da Palavra de

Deus, hoje estão os minaretes das mesquitas islâmi-
cas. A igreja tinha abandonado o primeiro amor, não
voltou a ele e isso teve consequências desastrosas.
Será que não estamos assim já durante algum

tempo na nossa caminhada cristã, e abandonamos
o primeiro amor, mesmo sem ter percebido? Mas
o que é então o primeiro amor, que Jesus cobra da
igreja em Éfeso?
O primeiro amor pode ser entendido como

a fase de maior entrega, fervor, dedicação e práti-
cas piedosas na vida do crente. A igreja em Éfeso
era perseverante nas suas obras, mas já não fazia
isso movidos pelo princípio do amor, os padrões da
religiosidade tomou o lugar desse amor. O mais in-
teressante é que esta recebe o nome do lugar onde
estava “ÉFESO” que significa desejável, há portanto

algo mais precioso e desejável que o primeiro amor?
Na carta do apóstolo Paulo aos Efésios no capí-

tulo 1.15, ele reconhece a prática do amor entre os
irmãos desta igreja, mas no livro do Apocalipse 2.4,
Jesus revela a João um amor em declínio total, esta
prática do amor que o apóstolo Paulo menciona na
carta aos Efésios, é abandonada ou seja o principal
motivo da perseverança dos irmãos desta igreja era
manter vivo os seus padrões de fé e não o amor, que
está no coração de quem serve a Jesus.
Infelizmente muitos cristãos, apesar de perseve-

rantes, abandonam esse amor, como os efésios fize-
ram, tornando-se infrutíferos na prática. De acordo
com Apocalipse 2:5, precisamos voltar onde caímos,
nos arrependermos e voltar às práticas do início.
Deus conhece-nos pessoalmente e deseja que vi-
vamos constantemente o ardor do primeiro amor,
agindo pela fé e revestidos pelo seu amor neste
mundo.
A língua grega define o amor de quatro for-

mas:
1- Amor Ágape, que é o amor sacrificial, divino.
2-Amor de Philia, que é o amor fraternal, de

amizade.


3-Amor Storge, que é o amor biológico, familiar.
4-Amor Eros, que é o amor entre o casal, ma-

trimonial.
Quando olho essas definições de amor, vejo que

todas elas estão em escassez na nossa contempora-
neidade, o amor ao próximo, o amor nas famílias,
o amor no casamento, e principalmente o amor ao
Eterno criador, que é o princípio de todos os demais,
pois Yeshua deixou escrito: “...Amarás o Senhor, teu
Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de
todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.Lc.10.27.
Não conseguiremos amar o nosso próximo, se

não estivermos no primeiro amor, pois dele depen-
dem todos as outras formas de amar.
A igreja primitiva tinha como um grande ativo,

em sua comunidade a generosidade, o amor que per-
meava naquela comunidade apostólica era extraor-
dinário, era o verdadeiro e único o primeiro amor,
no livro de atos dos apóstolos, no capítulo 2.42-47. É
relatado o resultado desse amor, a comunhão entre
os irmãos era verdadeira, havia temor, prodígios e
sinais eram feitos pelos apóstolos, não havia neces-
sitados na comunidade, salvação de pessoas, admi-
ração dos de fora, uau como gostaríamos de ver isto

de novo nos dias atuais na igreja do Senhor.
A igreja contemporânea precisa da restauração

do primeiro amor, talvez seja a falta desse amor, que
impede ainda a vinda do nosso Senhor Yeshua.
No texto do evangelho de Lucas cap.10.38-42, é

relatado que Jesus entra num povoado e ali é hospe-
dado por Marta, que tinha uma irmã por nome Ma-
ria, quero fazer uso de uma alegoria com essas duas
irmãs, Marta e Maria podem simbolizar as igrejas
de hoje, enquanto Jesus estava em sua casa Marta
não se preocupou em devotar o primeiro amor ao
seu hóspede e sim cuidar das tarefas de casa, estava
mais preocupada com as coisas materiais. Marta é
a simbologia das igrejas atuais, que se preocupam
com as formas de cultos e não com a presença do
Espírito Santo, estão mais preocupados com coisas
materiais, do que com o espiritual.
Maria pode ser representada como a igreja que-

brantada, adoradora, cheia de amor, diz o texto que
Maria quedava-se assentada aos pés de Jesus, este
é um sinal de que esta mulher estava com o ardor
em seu coração, o primeiro amor à fazia deixar de
lado as preocupações materiais, esse amor nos dei-
xa sedentos, famintos pela presença da Shechinah
(Glória), de Deus em nossas vidas.


MARIA OU MARTA, QUAL DELAS
VOCÊ SE PARECE?
No evangelho de Mateus cap. 19.16-22, relata o
encontro do jovem rico com Jesus, este queria mui-
to saber como alcançar a vida eterna, uma vez que,
se achava cumpridor de todos os mandamentos, Je-
sus manda que que ele venda tudo que tem e dê aos
pobres, porém ele se retirou triste, por ser dono de
muitas propriedades.
Jesus deu esta ordenou ao jovem rico, que ven-

desse tudo o que tinha, exatamente porque sabia
onde estava o primeiro amor no coração daquele
jovem, estava nas riquezas do mundo, Jesus sabia
que esta seria a reação do jovem rico, por isso nos
versículos seguintes, ele ministra aos seus discípulos
o perigo do amor as riquezas do mundo, Jesus não
é contra o bem estar e as conquistas dos seus filhos
neste mundo, o que Ele quer deixar claro aqui aos
seus discípulos, é concernente ao primeiro amor,
onde ele está, no mundo ou no priorizar o seu Reino
e a sua justiça, para que todas as coisas sejam acres-
centadas em nossas vidas. (Mt.6.33).
Não vemos mais nenhuma menção do jovem

rico, após este encontro com Jesus, mas a verdade é
que o Senhor deixou escrito: “...porque honrarei aos

que me honram, mas os que me desprezam serão
desprezados” (ISm.2.30).
Quando direcionamos o nosso primeiro amor

ao Senhor, somos honrados por Ele, como nos diz
as escrituras no livro de provérbios “...Honra ao Se-
nhor com os teus bens e com as primícias de toda
a tua renda...” Pv.3.9, a honra desatará sobre nossas
vidas, um fluir poderoso da bondade de Deus.
No livro do profeta Malaquias, o Senhor diz:

“...O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se
eu sou pai, onde está a minha honra?
O Abba (pai) quer nesses dias restaurar o pri-

meiro amor, pois a igreja é a sua noiva, e esta deve
viver ardendo no fogo do amor pelo seu noivo.
Baruch haba b’shem Adonay, Yeshua.
Bendito o que vem em nome do Senhor, Jesus.


BIBLIOGRAFIA
-Bíblia de Estudo Almeida Revista e

Atualizada-Soc.Bíblica do Brasil.
-Os dons do Espírito Santo- Gordon
Chown, Ed.Vida 2002.
-O Dom da Profecia-Kenneth E.Hagin,
Ed.Graça Editorial
-A Existência e a Pessoa do Espírito
Santo-Severino Pedro da Silva, CPAD.
-Desenvolvendo o seu Dom Profético-
-Graham Cooke,Ed.Danprewan 2005.
-Ministério Apostólico-Dan Duke, Di-
namus Editorial.
-Apuntes sobre el o ministério Apos-
tólico-Apóstol Rony Chaves, Prod.
A.M.M.
-O Ministério de um Profeta- Kenneth
Hagin, Graça Editorial.
-Os Dons do Ministério-Kenneth Ha-
gin, Ed.Graça Editorial.
-Davi Apostólico- Ap.Ricardo Ribeiro,
Ed.Ruja.

________________________
Este Livro foi impresso
em outubro de 2020 em
Manaus, Amazonas - Brasil

Restauração Da Identidade Apostólica Na Igreja Contemporânea.

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RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 1 04/10/2020 21:23:22

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 3 04/10/2020 21:23:22

Meus agradecimentos e meu reconhecimento a

À minha esposa Elenice Vieira, que por muitas

À minha família, meus filhos e principalmente

Aos meus intercessores: Pra.Rejane, Prs.Ema-

Ao meu mentor e Paternidade apostólica Ricar-

À todos os meus discípulos, pelo carinho e in-

E por fim, não menos importante ao meu amigo

E que tudo que foi escrito neste livro, seja para a

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 5 04/10/2020 21:23:22

Ao ler este livro partes de mim estremeceram.

Apóstolo Dantas é um apóstolo, pastor e mestre,

Me sinto privilegiado a ser possivelmente o pri-

Profeta e apóstolo, Ricardo Ribeiro

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 7 04/10/2020 21:23:22

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 9 04/10/2020 21:23:22

O reinado de Constantino como imperador

Charles Guignebert, professor de história do

Apóstolo Francisco Dantas 11

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 11 04/10/2020 21:23:22

O escritor dinamarquês e filósofo do século

Ele questionou sobre o quanto o cristianismo

Será possível que o cristianismo de hoje, seja

“Por cinquenta anos, após a vida de São Paulo,

Portanto, diante dos textos acima mencionados,

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 12 04/10/2020 21:23:22

Você deve estar perguntando a si mesmo e qual

Na reforma, são aceitas mudanças de todos os

Na restauração, apenas é corrigido as falhas e o

Para consolidar este pensamento, gostaria de

“ao qual é necessário que o céu receba até

Veja que conforme o texto Bíblico o autor de

Apóstolo Francisco Dantas 13

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 13 04/10/2020 21:23:22

Em primeiro lugar precisamos entender o sig-

IDENTIDADE: é a qualidade de idêntico,

Na minha ótica, vejo uma igreja com padrões e

A IGREJA SAIU DE ROMA, MAS ROMA

Restauração da Identidade Apostólica na Igreja

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 14 04/10/2020 21:23:22

Para exemplificar dentre muitas outras expe-

Bom, fiquei desesperado pelo Espírito Santo na-

Muito bem, com este relato entre muitas outras

Apóstolo Francisco Dantas 15

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 15 04/10/2020 21:23:22

“E perseveravam na doutrina dos apósto-

Conforme o texto bíblico citado acima, pode-

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 16 04/10/2020 21:23:23

A doutrina aqui é de origem divina, o costume

Vemos no texto bíblico que nossos irmãos da

OBS: creio em atos proféticos feitos por pessoas

- Segunda característica comunhão: (gr.koi-

Apóstolo Francisco Dantas 17

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 17 04/10/2020 21:23:23

- Terceira característica orações : Este tipo de

- Quarta característica são os prodígios e si-

Restauração da Identidade Apostólica na Igreja

LIVRO RESTAURAÇÃO DA IDENTIDADE APOSTÓLICA - AP DANTAS.indd 18 04/10/2020 21:23:23

Alguns chegam a afirmar, que isso foi somente

Quando João estava no cárcere, enviou seus dis-

“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e