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Capitulo I......................................................................................................................................2
1. Introdução................................................................................................................................2
1.1. Objectivos.............................................................................................................................2
1.2. Metodologia..........................................................................................................................3
Capítulo II....................................................................................................................................4
2.2. Radiomorfose........................................................................................................................5
2.3.3. Podcast...............................................................................................................................7
2.3.5. Rádio multimediática.........................................................................................................8
Capítulo III.................................................................................................................................10
1. Introdução
A Internet pode ser considerada a face mais visível da globalização, visto que informações de
todos os lugares do mundo e sobre os mais variados assuntos estão disponíveis na rede, ela é a
espinha dorsal da comunicação global mediada por computadores.
Desde a década de 90 o número de usuários da Internet só vem crescendo, essa expansão da rede,
inevitavelmente, afectou a toda a estrutura social, pois, tornou-se um substituto da comunicação
sem mediadores e fez com que as relações se dessem mais na distância do que presencialmente.
A comunicação neste sentido está intrinsecamente ligada à Internet, visto que é um canal de
informação. Neste aspecto, o jornalismo não poderia deixar de estar presente na Internet, não
poderia ficar à margem, uma vez que os meios de comunicação possuem um papel essencial na
sociedade, independentemente se bem desempenhado ou não, de organizar e de pautar os
pensamentos, de sincronização.
E a rádio também desenvolveu-se em paralelo com este crescimento da tecnologia, ela “vestiu”
essa imagem de forma que não fosse extinto. Neste sentido, este trabalho centra a sua abordagem
na Rádio no contexto da Convergência Digital com foco na radiomorfose e as novas formas de
transmissão.
1.1. Objectivos
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1.2. Metodologia
A metodologia consiste na descrição da estrutura de um estudo, na medida de fazer conhecer os
procedimentos usados para a recolha de dados, assim como os procedimentos da abordagem do
tema em causa.
Este trabalho resulta de uma revisão da literatura. É na base da pesquisa bibliográfica que foi
possível a consulta de algumas matérias disponíveis que, directo ou indirectamente, abordam
temáticas sobre a rádio no contexto da convergência digital (Cf. Marconi e Lakatos, 2008:57).
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Capítulo II
Na história dos meios de comunicação os avanços tecnológicos sempre serviram como uma mola
propulsora para o seu desenvolvimento, a rádio não ficou de fora nesses avanços.
A convergência se dá, em grande parte, pelo fato da Internet/tecnologia possibilitar a junção das
mídias, ou seja, permitir que os textos se somem às imagens e aos sons, se integrem, exigindo
cada vez mais habilidades por parte de quem produz e abastece este meio com informações.
Desde o início da sua existência, o rádio foi marcado por mudanças. Para que se mantivesse como
um dos veículos mais consumidos pela população, sofreu alterações técnicas e de linguagem.
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O rádio que sempre foi sinónimo de instantaneidade, com a popularização da internet e a rapidez
com que os conteúdos passaram a ser consumidos, viu-se atrasado.
Para tal, precisou se reinventar novamente. As mudanças e adaptações ocorrem há décadas. Não é
à toa que segue sendo um dos veículos mais consumidos, porém, hoje em dia, de algumas formas
diferentes.
Com a chegada de dispositivos como os tablets e smartphones, e dos aparelhos que podem ser
instalados nos automóveis, o rádio se tornou uma peça móvel, compacta, permitindo, assim,
maior mobilidade
2.2. Radiomorfose
O que hoje se designa correctamente por rádio é um meio de difusão conhecido primeiro, pelo
nome de telegrafia sem fio T.S.F. Como aconteceu com a televisão, a invenção da rádio foi fruto
de diversas inovações e realizações práticas sucessivas, cujas origens longínquas (Cazeneuve,
1976: 244)
Antes de definirmos o que é Radiomorfose, é importante olharmos de onde este termo surge.
Podemos tomar por empréstimo o vocábulo mediamorfose, cunhado por Roger Fidler (1997) e
criar um novo termo, especialmente para este momento vivido pelo rádio, a radiomorfose.
O autor defende a complementaridade dos meios, isto é, a co-evolução, de modo que os novos
meios não supõem necessariamente o desaparecimento dos existentes previamente, mas uma
reconfiguração dos usos, das linguagens e os necessários ajustes sobre o público-alvo.
Fidler (1997) afirma que, como numa metamorfose, há a adaptação dos velhos meios às novas
mudanças tecnológicas. Assim, ao invés de morrer, pelo princípio de sobrevivência, o meio
antigo procura se adaptar e continuar evoluindo em seus domínios.
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A teoria de Fidler (1997) é claramente aplicável ao rádio. Assim, poderíamos afirmar que o rádio
dos anos 50, através do processo de radiomorfose, superou o impacto tecnológico do advento da
TV e buscou uma nova linguagem.
O veículo não morreu, apenas se transformou. Hoje, neste princípio do século XXI, a
radiomorfose continua e o veículo não vai morrer com o impacto das novas tecnologias digitais e
da web, mas busca uma readaptação e encontra seu caminho numa nova linguagem,
especialmente desenvolvida para os novos suportes.
Actualmente vemos a ascensão do podcast, rádios multiplataforma, web rádios e entre outras
formas, que na verdade, são alternativas que este veículo, desenvolveu de forma a continuar a
exercer a sua tarefa.
Prata (2008) explica que podemos afirmar que o rádio na web repete as fórmulas e os conceitos
hertzianos, velhos conhecidos do ouvinte, pois é pela repetição que o público se reconhece. Mas,
ao mesmo tempo, insere novos formatos, enquanto reconfigura elementos antigos, numa mistura
que transforma o veículo numa grande constelação de signos sonoros, textuais e imagéticos.
A rádio via internet é uma outra coisa diferente à rádio. Não se trata da rádio via internet senão
de uma informação sonora acompanhada de outros elementos paralelos escritos e visuais com
capacidades de conexões, de navegação, de ruptura do sincronismo deixando o usuário livre para
acessá-la quando quiser.
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2.3.2. Rádio on-line
São rádios que possuem programação sonora veiculada, sendo em grande parte emissoras que
transmitem a mesma programação existente em sua estação analógica. Aproveitam do espaço
online para divulgar informações sobre as programações, horários, locutores, etc., com o
objectivo de atrair um maior público para a estação analógica, utilizando das vantagens de
alcance da tecnologia em rede.
Essa difere-se da Web rádio, pois ela é criada directamente para o ambiente digital, possuindo
além da programação tradicional com locução, uma maior interacção com as tecnologias da
internet.
2.3.3. Podcast
É um programa de rádio que pode ser ouvido pela internet a qualquer hora, por meio do celular
ou do computador. Com temas e durações variadas.
A origem do termo podcast teria surgido a partir da junção de iPod, dispositivo da Apple de
reprodução de arquivos MP3 (áudio), e broadcast, palavra em inglês que significa "transmissão"
(de rádio).
Aqui, a sua audiência consegue acessar a informação da maneira que é mais cómoda para ela, no
momento em que quiser e no formato que preferir.
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2.3.5. Rádio multimediática
Definição da rádio que pode, além do áudio, trazer vídeo, imagens, texto, tudo incorporado, tanto
nas redes sociais quanto nos sites das emissoras, é um exemplo de formato que reforça a ideia de
uma nova linguagem, de um “novo rádio”.
A agregação de informações complementares, como textos, fotos, gráficos, vídeos também cria
novos horizontes para o veículo no rumo da multimédia, um dia tido como moribundo. Assim,
ganham todos: radiodifusores e ouvintes, que passam a ser chamados de 'usuários multimédia'.
Por ora, o que se pode constatar é que dispositivos que implementam a convergência digital estão
cada vez mais presentes nos lares e na vida das pessoas. Que tipo de problemas essa nova
tecnologia pode causar – tais como obesidade, excesso de trabalho, síndrome de pânico ou outras
consequências –, ninguém ainda pode predizer.
No entanto, usando as palavras de Albert Einstein, "não podemos solucionar problemas usando o
mesmo tipo de raciocínio que usamos quando os criamos". A convergência digital é uma nova
realidade, saberemos lidar com ela da mesma forma que lidamos com outras questões.
Com a popularização da internet e o início das rádios digitais, a radiodifusão ganhou novos
ouvintes, os jovens que haviam parado de consumir da maneira convencional. Aumentou a
interacção do locutor com o ouvinte. Hoje, os veículos possuem redes sociais onde a
comunicação é infinita. Foi por meio da tecnologia que passamos a ouvir rádios de outros países,
algo que antigamente era impossível. A internet tirou os limites que existiam na nossa
comunicação.
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Por mais que a era digital seja o nosso presente, a maneira como ela existe hoje, daqui há dois
anos, já será passado. Isso quer dizer que nossa evolução sempre será contínua.
Novos métodos irão surgir, a comunicação irá se reinventar e nós também seguiremos neste
ritmo. Talvez não seja possível afirmarmos muito sobre o futuro da tecnologia, mas da
comunicação e da informação de qualidade, não há dúvidas, ela perdura.
Neste novo campo de comunicação, a criatividade dos profissionais radiofónicos deverá ser cada
vez mais dinâmica e inovadora acompanhando concomitantemente os processos sociais e
assumindo o papel de ser um elemento participante e importante neste processo.
O advento da “nova rádio”, graças a convergência digital e a internet, convida-nos a uma nova
postura, onde nas palavras de Kuhn, citado por Prata “o ouvinte e o web ouvinte podem manter
os olhos bem abertos, pois agora no portal das rádios há textos, fotos e animações para serem
visualizadas”
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Capítulo III
Talvez não seja possível afirmarmos muito sobre o futuro da tecnologia, mas da comunicação e da
informação de qualidade, não há dúvidas: ela perdura. O futuro está cada vez mais na palma da
mão. Mas quem vai levar ele até lá, somos nós.
No desenrolar da convergência digital, a rádio não perdeu sua autonomia, mas, de certa forma,
prosperou, integrando-se aos diversos formatos de mídias. Como se nota, o rádio está sempre
buscando novas saídas para as dificuldades que vão surgindo ao longo dos seus mais de 100 anos
de existência.
Quando se pensa que não há mais sobre vida para o veículo, ele ressurge das próprias tecnologias
que poderiam sufocá-lo enquanto veículo de comunicação.
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3.2. Referências bibliográficas
CAZENEUVE, Jean, Guia Alfabética das Comunicações de Massas, edições 70, 1976
MARCONI, Marina de Andrade, LAKATOS, Eva Maria, Técnicas de Pesquisa, 7ª edição, São
Paulo, Editora Atlas S.A, 2008.
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