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UNIVERSIDADE LICUNGO EXTENSAO BEIRA

FACULDADE DE LETRAS E HUMANIDADE

CURSO DE JORNALISMO

CONVERGÊNCIA MEDIÁTICA E AS MÉDIAS NA ERA DIGITAL

Beira
2023
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Abel João Jalane


Ivan Amarchand Ribeiro

Alberto Francisco Mavundo

Gonçalves Simão Pessoa Mandala

Paulino Carlos Afonso

Samito Hilário Gibante Magrande

CONVERGÊNCIA MEDIÁTICAS E AS MÉDIAS NA ERA DIGITAL

Docente:

Dra. Paulina Morteiro

Beira
2023
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ÍNDICE
0.0 INTRODUÇÃO...................................................................................................................4

0.1 OBJECTIVOS......................................................................................................................5

0.1.2 Objectivos geral.............................................................................................................5

0.1.3 Objectivos Específicos..................................................................................................5

0.2 Metodologia.........................................................................................................................5

Método (s)..............................................................................................................................5

0.3 MOTIVAÇÃO.....................................................................................................................5

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS..................................................................................................6

1.0 Convergência Mediática E As Médias Na Era Digital.........................................................6

1.1 Convergência Mediática...................................................................................................6

1.2 O Passado.........................................................................................................................6

1.3 O Presente.........................................................................................................................7

1.4 Os jornais impressos.........................................................................................................8

1.5 O rádio..............................................................................................................................8

1.6 A Televisão.......................................................................................................................8

1.7 As Médias Na Era Digital.................................................................................................9

CONCLUSÃO.........................................................................................................................10

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................11
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0.0 INTRODUÇÃO
Sempre que um novo meio de comunicação surge são levantadas questões sobre o meio
anterior. Vai acabar ou sobreviver, vai procurar novas formas de abordagem ou um novo
público. No passado, por exemplo, aconteceu com o rádio, diante da chegada da televisão. As
perguntas sobre a sobrevivência desse meio de comunicação que só emite a voz em
comparação a um que mostra a imagem foram grandes. No entanto, os dois convivem hoje
pacificamente e chegam a compartilhar o mesmo público. Não foi diferente com a chegada da
internet e os jornais impressos. Várias especulações sobre o fim dessa média foram
levantadas. Afinal, para que ter em mãos aquilo que se pode ler na tela do computador?
Contudo, mais uma vez mostra-se falacioso de que uma média pode acabar com outra.
(JENKINS, 2006, p.30-31)

O presente trabalho pretende abordar sobre a convergência das médias, um assunto novo e
presente no quotidiano da população. Através da análise de livros e artigos, o trabalho mostra
como o tema teve suas bases no passado, com o surgimento de novos veículos de
comunicação, principalmente da internet; como é algo presente no quotidiano, com a
interacção entre o público e a média; e também possibilidades para o futuro, explorando
como e o que pode acontecer daqui a alguns anos com os meios de comunicação em meio a
este intenso ritmo de desenvolvimento tecnológico. As mudanças realizadas em redacções e a
nova forma de o jornalista realizar o trabalho em uma época de convergência mediática
também fazem parte da reflexão. Além disso, o trabalho busca mostrar às universidades as
adaptações necessárias para formação de alunos a um novo mercado de trabalho que é o
jornalista multimédia.
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0.1 OBJECTIVOS

0.1.2 Objectivos geral


 Com a presente pesquisa pretendemos fazer uma análise ampla para compreender e
trazer a ribalta o conhecimento adquirido no que concerne a Convergência
mediática e as médias na era digital

0.1.3 Objectivos Específicos


 Identificar a Convergência mediática e as médias na era digital
 Descrever o passado e o presente da convergência mediática

0.2 Metodologia

Método (s)
Os recursos para a pesquisa usados nesse trabalho de pesquisa foi descritiva e explicativa.
Fazendo uma abordagem directa ao tema e subtemas. Foi usado rigorosamente a pesquisa
bibliográfica para a localização dos conteúdos sugeridos pela docente. Manuais virtuais e
busca na internet, fizeram parte dos instrumentos usados na elaboração do trabalho e várias
referências bibliográficas foram destacados para a fundamentação do trabalho.

0.3 MOTIVAÇÃO
O que nos motivou a escrever sobre o presente tema, é a vontade de junto dos demais
podermos analisar, compreender, melhor e alargar o nosso conhecimento assim como dos
leitores acerca do tema do presente trabalho de pesquisa de modo a melhorar as suas
capacidades, habilidades e atitudes no que concerne a Convergência mediática e as médias na
era digital.
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PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

1.0 Convergência Mediática E As Médias Na Era Digital

1.1 Convergência Mediática


É um conceito desenvolvido por Henry Jenkins e designa uma tendência que os meios de
comunicação estão aderindo para poder se adaptar a internet, consiste em usar este suporte
como canal para distribuição de seu produto. Assim os outros tipos de média podem ser
encontrados na internet.

1.2 O Passado
A primeira dificuldade para se falar da convergência mediática no passado, verificada em
todos os autores, é definir qual foi a primeira experiência que marcou o início da integração
dos meios de comunicação. Alguns defendem o rádio, por ser o primeiro veículo acessível
aos consumidores, como o precursor da convergência.

Faz sentido se for pensado que, no principio, as informações jornalísticas eram tiradas de
jornais impressos e lidas por locutores nas estações. Ainda pode ser analisado como o veículo
que tornou possível o surgimento da televisão, que integrou a voz e a imagem. No entanto, o
poder do rádio ficaria restrito a esses factores.

O surgimento da Arpanet em 1962, sistema norte-americano que integrava vários


pesquisadores em diferentes universidades e os estimulava a compartilhar pesquisas no
campo militar, é o mais citado como base para o surgimento da convergência. Foi a partir
desse sistema que começaram a desenvolver o que é hoje a internet e que possibilitou integrar
os meios de comunicação, pois como disse Nicholas Negroponte, a sociedade passou de
átomos para bits.

Estabelecido esse marco, é possível entender como se pensava a convergência das médias
dos anos de 1960 até hoje. Um dos primeiros passos para essa integração citada nos dois
livros de Manuel Castells e também por Nicholas Negroponte foi o surgimento de uma
tecnologia capaz de juntar todos os dados em formato digital, o que possibilitou que os povos
se compreendessem em uma só linguagem informatizada. (CASTELLS, 1999, p. 375)

A tecnologia digital permitiu a compactação de todos os tipos de mensagens,


inclusive som, imagens e dados, formou-se uma rede capaz de comunicar todas as
espécies de símbolos sem o uso de centro de controles. A universalidade da
linguagem digital e a lógica pura do sistema de comunicação em rede criaram as
condições tecnológicas para a comunicação horizontal global.
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Apesar de estabelecido esse formato digital, a internet ainda vai demorar a aparecer como
fonte utilizada para propagar arquivos e integrar médias. Alvin Toflerem momento algum do
capítulo específico sobre as médias cita a web. No entanto, deixa claro algo que já existe
actualmente e que ganhou impulso com a internet.

Segundo ele, as cidades serão interligadas por cabos e vai permitir ao usuário que interaja
com as emissoras, pedindo programas, fotos, dados e matérias de jornais e revistas.
Interacção esta presente na rede, pois a notícia nesse meio, em grande parte, vem junto de
gráficos, imagens e vídeos.

1.3 O Presente
Vive-se um momento em que há informação por todos os lados. Os computadores, o celular,
a televisão e o rádio estão ao alcance de uma parcela considerável da população em qualquer
lugar e a qualquer momento.

O grande mérito desse fato deve-se, em parte, à convergência das médias. Muito mudou com
relação ao que os autores previram no passado e muito se discute sobre a integração dos
meios hoje. A principal discussão trata-se da integração dos meios em um único aparelho.
Todos os autores contemporâneos analisados refutam essa ideia. Nicholas Negroponte não
especifica, mas em nenhum momento diz que tudo será transmitido ou realizado em um único
aparelho. Henry Jenkins trata do assunto como a “falácia da caixa preta”. “Mais cedo ou mais
tarde, diz a falácia, todos os conteúdos mediáticos irão fluir por uma única caixa preta em
nossa sala de estar (ou, no cenário dos celulares, através de caixas pretas que carregamos
connosco para todo o lugar)” (JENKINS, 2008, p.40).

Não sei quanto a você, mas na minha sala de estar estou vendo cada vez mais caixas
pretas. Há o meu videocassete, o descodificador da TV a cabo, o DVD player, meu
gravador digital, meu aparelho de som e meus dois sistemas de vídeo games, sem
falar nos montes de fitas de vídeo, DVDs e CDs, cartuchos e controles de games,
espalhados por cima, por baixo e pelos lados do meu aparelho de TV. (...) O eterno
emaranhado de fios que há entre mim e meu centro de “entretenimento caseiro”
reflecte a incompatibilidade e a disfunção existentes entre as diversas tecnologias
mediáticas.

A afirmação de Jenkins pode, à primeira vista, contradizer tudo que foi dito sobre
convergência mediática. No entanto, cabe ressaltar que, apesar de ligada à convergência
tecnológica, a integração dos meios de comunicação não necessariamente se faz por um único
aparelho. A busca pela utilização de um só meio para integrar as médias compete na maior
parte à área tecnológica. (SERRA, 2007, p.334)
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Com o advento da internet os meios de comunicação sofreram com as perdas de ibope e de


assinaturas. As grandes empresas prevendo não poder concorrer com essa nova tecnologia se
aliaram a ela, daí surge a convergência, onde as várias médias podem ser encontradas na
internet. Esse processo não aconteceu repentinamente, até porque ainda vem acontecendo.

1.4 Os jornais impressos


Já adoptaram a postura de convergir, a grande maioria dos jornais já possuem site, existem
diferentes formas como o conteúdo dos jornais é exibido na internet. Alguns disponibilizam
todo seu material que sai impresso na rede, outros apenas para assinantes e há ainda os que só
oferecem no site algumas matérias, porém todos usam a internet como ferramenta de
interacção. Um fenómeno típico da convergência mediática é o uso de conteúdo em vídeo por
empresas de jornais impressos nos seus sites, isso acontece pela necessidade que o leitor tem
de ver algum assunto com mais velocidade, e pela facilidade que as novas tecnologias
oferecem na hora de fazer um vídeo, pois em tese qualquer pessoa com um celular ou uma
câmara de vídeo é capaz de gerar notícias, e isso ainda integra mais o leitor ao jornal pois
esse muitas vezes é o gerador desses vídeos.

1.5 O rádio
Ganhou maiores proporções com a internet, seu alcance passou a ser mundial com as web
rádios, a convergência mediática possibilitou à qualquer usuário colocar suas produções
radiofónicas na rede, sem precisar de uma concessão do ministério das comunicações.

1.6 A Televisão
Televisão digital é um bom exemplo da convergência mediática, pois é uma junção da
televisão tradicional com a internet. As diferenças começam pela interactividade do
telespectador com a emissora, em tese o usuário é quem irá escolher a programação que
prefere assistir, será possível também cessar a internet e ter notícias em tempo real.

Outra tecnologia que resume a convergência mediática é a dos smartphones.


Aparelhos móveis que misturam funções de computador, telefone, câmara digital,
com acesso a internet, player de música e vídeos, jogos electrónicos e outras
possibilidades de interacção, produção e acesso de conteúdo, convergindo assim
várias médias em uma única máquina. A mobilidade se traduz na possibilidade de
criar e cessar conteúdos estando em movimento. Como exemplos desta função
podemos citar os vídeos amadores do atentado de 11 de Setembro ao World Trade
Center e dos Tsunamis na Ásia, assim como os protestos contra governos e outros
movimentos em todo o mundo. A convergência também está presente no jornalismo
colaborativo, inserindo cada vez mais o internauta como consumidor produtor de
conteúdo. Pérez (2017; P.61).
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1.7 As Médias Na Era Digital


Hoje, com a precisão da segmentação das médias digitais e a possibilidade de saber a origem
de cada venda, o modo como as médias tradicionais operavam se tornou menos interessante
para as marcas. Além disso, o público já não aceita tão bem os anúncios invasivos. Por isso,
as emissoras de TV têm investido em mais interactividade com o público, principalmente por
meio das redes sociais. No mais, elas também começaram a produzir conteúdo digital para ser
consumido.

A média impressa tem seguido o mesmo caminho, muitas vezes disponibilizando o seu
conteúdo nos meios digitais e o monetizando por meio de anúncios e assinaturas,
exactamente como acontecia no caso das publicações vendidas na banca ou entregues na casa
do leitor.

Quando a televisão foi criada, muitos acreditaram que seria o fim do rádio. Quando surgiu a
internet, falou-se no fim da TV e do jornal impresso. Nada disso aconteceu e nem acontecerá,
pois todos esses meios continuaram existindo, adaptando-se às novas tecnologias e se
complementando. O que muda neles é o modo de se relacionarem com o público e de
desempenharem a sua função na sociedade. Por isso, o investimento em tecnologia e o
pensamento fora da caixa é que definirão a sobrevivência ou não de cada canal de média
tradicional e não o meio em si.

Por exemplo, uma emissora de TV ou uma revista pode deixar de existir sem a ajuda da
tecnologia, mas isso não significa que a televisão e a média impressa como um todo estão
fadadas a desaparecer, pois as médias tradicionais que se reinventarem permanecerão no
mercado.
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CONCLUSÃO
Com o presente trabalho, concluímos que a convergência das médias é um assunto ainda
novo e por isso pouco explorado pelos estudiosos da comunicação social. os autores Nicholas
Negroponte, Manuel Castells, Henry Jenkis e Pierre Lévy compartilham da opinião de que o
surgimento da Arpanet foi o primeiro passo para o começo de uma sociedade multimédia.
Alvin Tofler, autor do livro mais antigo usado na pesquisa, previu que algo que utilizava
cabos e que interligava as cidades seria um dos factores principais para uma integração.os
autores também concordam que nenhum dos meios de comunicação vai acabar com o
surgimento de outros. Todos crêem que eles convivem entre si e tentam sempre se adaptar
quando surge uma nova forma de comunicação. Opinião comprovada hoje quando pode se
ver todos as tecnologias presentes, dividindo o mesmo público.
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BIBLIOGRAFIA
SERRA, Ana Paula Gonçalves. Convergência Tecnológica em Sistemas de Informação.
Revista Integração. nº 12, p. 333-338, 2006. São Paulo.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet – reflexões sobre a internet, os negócios e a


sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

Bechara,D.P.(2009).A internet e as Médias9 tradicionais .48ª ed. São Paulo.

Pérez Gutiérrez, M. (2017). O advento da internet .1ª ed. Madrid

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