Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(c) determina qual a informação a divulgar que permite aos utilizadores das demonstrações
financeiras avaliar a natureza e os efeitos financeiros de uma concentração de actividades
empresariais.
ÂMBITO
2. Esta Norma aplica-se a uma transacção ou acontecimento que cumpre com a definição de uma
concentração de actividades empresariais. Uma concentração de actividades empresariais é uma
transacção ou outro acontecimento com base no qual uma entidade (a adquirente) obtém o
controlo de uma ou mais actividades empresariais (negócios) de outra entidade (a adquirida).
(b) à aquisição de um activo, ou grupo de activos, que não constitui uma actividade empresarial.
Nesses casos a adquirente deve identificar e reconhecer os activos adquiridos individualmente
identificáveis, bem como os passivos assumidos. O custo do grupo deve ser imputado aos activos
e passivos identificáveis com base nos seus justos valores relativos à data de aquisição. Este tipo
de transacções não dá origem a goodwill;
5. Uma adquirente pode obter o controlo de uma adquirida por várias formas como, por exemplo:
(a) Pela transferência de caixa, equivalentes de caixa ou outros activos (incluindo activos
líquidos que constituem uma actividade empresariais);
Ou
(b) uma entidade concentrada transfere os seus activos líquidos, ou os seus detentores de capital
transferem os seus interesses, para outra entidade concentrada ou para os seus accionistas;
(c) todas as entidades concentradas transferem os seus activos líquidos, ou os seus detentores de
capital transferem os seus interesses, para outra nova entidade; ou
(d) um grupo de antigos detentores de capital de uma das entidades concentradas obtém o
controlo da entidade concentrada.
MÉTODO DA COMPRA
(c) reconhecimento e mensuração dos activos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos
e de quaisquer interesses minoritários na adquirida;
Identificação da adquirente
8. Para cada concentração de actividades empresariais, uma das entidades deve ser identificada
como a adquirente.
9. Caso não haja uma identificação clara de qual das entidades concentradas é a adquirente,
devem ser avaliados os seguintes factores:
(i) os direitos de voto relativos (a cada entidade concentrada) após a concentração de actividades
empresariais. A adquirente é geralmente a entidade cujos detentores (como um grupo) retenham
ou recebam a parte mais significativa dos direitos de voto da entidade concentrada; (ii)a
existência de votos de interesses minoritários significativos na entidade combinada se nenhum
detentor de capital (por exemplo, accionista) ou grupo organizado de detentores de capital
tiverem direitos de voto significativos. A adquirente é geralmente a entidade cujo detentor de
capital individual, ou grupo organizado de detentores de capital, detenha o maior dos direitos de
voto minoritários na entidade combinada;
(v) as condições de troca dos interesses de capital. A adquirente é geralmente a entidade que
paga um prémio acima do justo valor dos interesses de capital (antes da concentração) das outras
entidades combinadas.
(d) A adquirente é geralmente a entidade cuja dimensão relativa (medida, por exemplo, pelos
activos, rédito ou resultado) é significativamente maior do que a dimensão das restantes
entidades.
10. A adquirente deve identificar a data de aquisição, a qual representa a data em que a entidade
adquiriu o controlo da adquirida. A data de aquisição é geralmente a data em que a adquirente
transfere legalmente a retribuição, adquire os activos e assume os passivos da adquirida.
Reconhecimento e mensuração dos activos identificáveis adquiridos, dos passivos assumidos e
de quaisquer interesses minoritários na adquirida
Princípio de reconhecimento
12. Para que os activos adquiridos e passivos assumidos numa concentração de actividades
empresariais se qualifiquem para reconhecimento deverão cumprir, na data de aquisição, com as
definições de activos e passivos previstos no Quadro Conceptual.
Numa concentração de actividades empresariais, uma adquirente pode readquirir um direito que
tinha anteriormente concedido à adquirida para usar um ou mais activos reconhecidos, ou não
reconhecidos, da adquirente. Um direito readquirido é um activo intangível identificável que a
adquirente reconhece separadamente do goodwill. Se os termos do contrato que dá origem à
reaquisição de direitos forem favoráveis ou desfavoráveis relativamente a transacções correntes
de mercado para itens semelhantes, a adquirente reconhece um ganho ou perda da liquidação.
Classificação ou designação de activos identificáveis adquiridos e passivos assumidos numa
concentração de actividades empresariais
15. O princípio do parágrafo anterior aplica-se excepto quanto à classificação de uma locação
como locação operacional ou locação financeira. A adquirente deve classificar esses contratos
com base nos termos contratuais e outros factores no início do contrato (ou, se os termos do
contrato tiverem sido alterados de forma a que alterassem a sua classificação, na data dessa
alteração, que poderá ser a data de aquisição).
Princípio de mensuração
17. Na mensuração do justo valor de um activo na data de aquisição que seja objecto de uma
locação operacional na qual a adquirente é o locatário, a adquirente toma em consideração os
termos da locação. Nestas circunstâncias, a adquirente não reconhece um activo ou passivo
separado relativamente a uma locação operacional que seja favorável ou desfavorável quando
comparada com as condições de mercado.
18. Para cada concentração de actividades empresariais, a adquirente deve mensurar quaisquer
interesses minoritários na adquirida pelo seu justo valor ou pela parte proporcional dos interesses
minoritários nos activos líquidos identificáveis da adquirida.
Passivos contingentes
19. A adquirente deve reconhecer na data de aquisição um passivo contingente assumido numa
concentração empresarial quando se tratar de uma obrigação presente resultante de
acontecimentos passados e o seu justo valor puder ser mensurado com fiabilidade. Desta forma,
contrariamente ao previsto na NCRF 24 – Provisões, passivos contingentes e activos
contingentes, a adquirente reconhece um passivo contingente assumido numa concentração de
actividades empresariais na data da aquisição mesmo que não seja provável que é exigida a saída
de recursos incorporando benefícios económicos para liquidar a obrigação.
20. A adquirente deve reconhecer um activo ou passivo por impostos diferidos com origem nos
activos adquiridos e passivos assumidos numa concentração de actividades empresariais de
acordo com a NCRF 12 – Impostos sobre o rendimento correntes e diferidos.
21. A adquirente deve contabilizar todos os efeitos fiscais potenciais das diferenças temporárias
ou reportes fiscais de uma adquirente que existiam à data de aquisição, ou surjam como resultado
da aquisição, de acordo com aquela mesma Norma.
22. A adquirente deve reconhecer e mensurar um passivo (ou activo, caso exista) relacionado
com os benefícios dos empregados da adquirida de acordo com a NCRF 19 – Benefícios dos
empregados.
Direitos readquiridos
24. A adquirente deve mensurar o valor de um direito readquirido reconhecido como um activo
intangível na base do prazo contratual remanescente do respectivo contrato, independentemente
dos participantes do mercado poderem considerar renovações contratuais potenciais na
determinação do justo valor.
25. A adquirente deve mensurar um activo não corrente adquirido (ou grupo para alienação) que
é classificado como detido para venda na data de aquisição, de acordo com a NCRF 22 – Activos
não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas pelo justo valor menos
os custos de vender de acordo com essa Norma.
26. O adquirente deve reconhecer o goodwill na data de aquisição e mensurá-lo como o excesso:
(a) Do somatório
(iii) mais o justo valor, na data de aquisição, dos anteriores interesses de capital próprio
da adquirente na adquirida, no caso de se tratar de uma concentração de actividades
empresariais efectuada por fases. (b) sobre o valor líquido dos activos identificáveis
adquiridos e os passivos assumidos, mensurados de acordo com a presente Norma na data
de aquisição.
28. Ocasionalmente, uma adquirente realiza aquisições que são concentrações empresariais cuja
quantia da alínea (b) do parágrafo 26 excede a quantia da alínea (a) do mesmo parágrafo, isto é,
cuja quantia do justo valor dos activos adquiridos e dos passivos assumidos numa concentração
de actividades empresariais excede a retribuição paga por esses activos e passivos. Quando se
conclui pela existência desse excesso (goodwill negativo), a adquirente deve reconhecer o
respectivo ganho nos resultados na data de aquisição.
29. Antes de reconhecer um ganho numa aquisição com goodwill negativo, a adquirente deve
reverificar se identificou correctamente todos os activos adquiridos e todos os passivos
assumidos e reconhecer quaisquer activos ou passivos adicionais identificados nessa revisão. A
adquirente deve então rever os procedimentos usados para mensurar as quantias cujo
reconhecimento na data de aquisição é exigido pela presente Norma em relação a todas as
situações seguintes:
Retribuição transferida
30. A retribuição transferida numa concentração de actividades empresariais deve ser mensurada
pelo justo valor, o qual deve ser calculado como a soma dos justos valores dos activos
transferidos pela adquirente, os passivos assumidos pela adquirente em relação a anteriores
accionistas da adquirida e os interesses de capital emitidos pela adquirente.
31. A retribuição transferida pode incluir activos ou passivos da adquirente cujas quantias
registadas diferem dos seus justos valores na data de aquisição. Nesta situação, a adquirente deve
mensurar os activos ou passivos transferidos para os seus justos valores na data de aquisição e
reconhecer os respectivos ganhos ou perdas, caso existam, nos resultados. Contudo, por vezes os
activos ou passivos transferidos permanecem na entidade combinada após a concentração de
actividades empresariais e a adquirente, consequentemente, retém o respectivo controlo. Neste
caso, a adquirente deve mensurar esses activos e passivos pelas suas quantias registadas
imediatamente antes da data de aquisição e não deve reconhecer qualquer ganho ou perda nos
resultados associados aos activos que controla quer antes quer após a concentração de
actividades empresariais.
Retribuição contingente
32. A adquirente deve reconhecer o justo valor na data de aquisição da retribuição contingente
como uma parte da retribuição transferida em troca da adquirida.
33. A adquirente deve classificar uma obrigação para pagar uma retribuição contingente como
um passivo ou como capital próprio com base nas definições de instrumento de capital próprio
ou passivo financeiro previstos na NCRF 25 – Instrumentos financeiros, ou outra Norma
aplicável. A adquirente deve classificar como um activo o direito a receber uma retribuição
transferida anteriormente se estiverem cumpridas determinadas condições, tal como tratado nesta
Norma.
34. Numa concentração de actividades empresariais efectuada por fases, a adquirente deve
remensurar o seu anterior interesse de capital na adquirida pelo justo valor na data de aquisição e
reconhecer o resultante ganho ou perda em resultados. Quando, em períodos de relato anteriores,
a adquirente reconheceu alterações no valor dos seus interesses de capital da adquirida no capital
próprio, essa quantia deve ser reconhecida na mesma base que seria exigido se a adquirente
tivesse alienado directamente um interesse de capital anterior.
Período de mensuração
37. Após terminar o período de mensuração, a adquirente apenas pode rever a contabilização de
uma concentração de actividades empresariais para corrigir um erro de acordo com a NCRF 4 –
Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros.
38. A adquirente e a adquirida podem ter uma relação anterior ou um acordo prévio, antes do
início das negociações da concentração de actividades empresariais, ou podem entrar num
acordo durante as negociações que é separado da concentração de actividades empresariais. Em
qualquer das situações, a adquirente deve identificar quaisquer quantias que não fazem parte do
que a adquirente e a adquirida (ou os anteriores detentores de capital) trocaram na concentração
de actividades empresariais. A adquirente deve reconhecer, como parte da aplicação do método
de compra, apenas a retribuição transferida para a adquirida e os activos adquiridos e os passivos
assumidos em troca da adquirida. As transacções separadas devem ser contabilizadas de acordo
com as Normas relevantes. 39. Quando uma concentração de actividades empresariais regulariza,
de facto, uma relação pré-existente, a adquirente reconhece um ganho ou perda, mensurado da
seguinte forma:
(b) no caso de uma relação contratual pela menor das seguintes quantias:
40. A adquirente deve contabilizar os custos relacionados com a aquisição como gastos no
período em que são suportados
41. De uma forma geral, uma adquirente deve mensurar e contabilizar subsequentemente os
activos adquiridos, os passivos assumidos e os instrumentos de capital emitidos numa
concentração de actividades empresariais de acordo com outras Normas aplicáveis a cada um
desses itens, dependendo da sua natureza. Contudo, a presente Norma proporciona orientação
quanto à mensuração e contabilização subsequente de alguns activos adquiridos, passivos
assumidos e instrumentos de capital emitidos numa concentração de actividades empresariais
como nos casos de direitos readquiridos, passivos contingentes, activos por indemnização e
retribuição contingente.
Direitos readquiridos
42. Um direito readquirido reconhecido como um activo intangível deve ser amortizado durante
o período contratual remanescente do contrato em que o direito foi concedido. Uma adquirente
que, subsequentemente, venda um direito readquirido a um terceiro deve incluir a quantia
registada do activo intangível na determinação do ganho ou perda na venda.
Passivos contingentes
43. Após o reconhecimento no momento inicial, e até que o passivo seja liquidado ou cancelado,
ou expirar, a adquirente deve mensurar um passivo contingente reconhecido numa concentração
de actividades empresariais como a maior quantia entre:
(a) A quantia que teria sido reconhecida de acordo com a NCRF 24 – Provisões, passivos
contingentes e activos contingentes; e
44. No final de cada período de relato subsequente, a adquirente deve mensurar um activo por
indemnização reconhecido à data de aquisição na mesma base que o activo ou passivo
indemnizado, sujeito a quaisquer limitações contratuais na sua quantia e, para um activo por
indemnização que não seja subsequentemente mensurado pelo justo valor, a avaliação do órgão
de gestão sobre a sua recuperabilidade. A adquirente deve anular o reconhecimento do activo por
indemnização apenas quando este for reembolsado, vendido ou tenha perdido o seu direito.
Retribuição contingente
45. Algumas alterações no justo valor da retribuição contingente que a adquirente reconhece
após a data de aquisição podem ser resultantes de informação adicional que a adquirente obteve
após essa data sobre factos e circunstâncias que existiam na data de aquisição. Esses
ajustamentos são ajustamentos do período de mensuração de acordo com os parágrafos 16 e 18.
Contudo, alterações resultantes de acontecimentos após a data de aquisição não são ajustamentos
do período de mensuração. A adquirente deve contabilizar as alterações no justo valor da
retribuição contingente que não sejam ajustamentos do período de mensuração da seguinte
forma:
(a)A retribuição contingente classificada como capital próprio não deve ser remensurada
e a sua liquidação subsequente deve ser contabilizada em capitais próprios;
DIVULGAÇÕES
46. A adquirente deve divulgar informação que permita aos utilizadores das demonstrações
financeiras avaliar a natureza e o efeito financeiro de uma concentração de actividades
empresariais que ocorra quer durante o período de relato corrente, quer após o fim do período
corrente mas antes de as demonstrações financeiras estarem autorizadas para emissão.
(e) uma descrição qualitativa dos factores que levaram ao reconhecimento de goodwill;
(f) o justo valor na data de aquisição da retribuição total transferida e o justo valor na data
de aquisição de cada tipo de retribuição, tais como:
(i) dinheiro;
(iii) uma estimativa do intervalo de valores (não descontados) ou, se tal não for possível,
o facto e os motivos pelos quais não é possível determinar o intervalo. Se o montante
máximo for ilimitado, a adquirente divulga tal facto.
(iii)a melhor estimativa dos fluxos de caixa contratuais que não se espera receber, à data
de aquisição.
As divulgações devem ser apresentadas por classe de contas a receber, tais como
empréstimos e locações financeiras, entre outras.
(j) quando não tiver sido reconhecido um passivo contingente pelo facto do seu justo
valor não poder ser mensurado com fiabilidade, a adquirente divulga os motivos pelos
quais o passivo não pode ser mensurado com fiabilidade;
(m) as divulgações da alínea anterior devem incluir o montante dos custos relacionados
com a aquisição e, separadamente, a quantia desses custos reconhecidos como gastos e a
rubrica da demonstração dos resultados onde estão reconhecidos. Devem ser igualmente
divulgados os custos de emissão não reconhecidos como gasto e a forma como foram
reconhecidos;
(ii) uma descrição dos motivos pelos quais a transacção originou um ganho.
(ii) para cada interesse minoritário numa adquirida mensurado pelo justo valor, as
técnicas de avaliação e inputs chave do modelo usados na determinação do justo valor.
(i) o justo valor da participação na adquirida detida pela adquirente imediatamente antes
da data de aquisição;
(i) as quantias de rédito e dos resultados da adquirida desde a data de aquisição incluídos
na demonstração consolidada dos resultados; e
Se for impraticável divulgar qualquer uma da informação exigida por este parágrafo, a
adquirente divulga tal facto e explica os respectivos motivos. A informação a ser divulgada nos
termos deste parágrafo é igualmente exigida para concentrações de actividades empresariais cuja
data de aquisição tenha ocorrido após o fim do período mas antes que as demonstrações
financeiras tenham sido autorizadas para emissão.
48. A adquirente deve divulgar informação que permita os utilizadores das demonstrações
financeiras avaliar os efeitos financeiros dos ajustamentos reconhecidos no período de relato
corrente que se relacionem com uma concentração de actividades empresariais que ocorreu no
período ou períodos de relato anteriores.
(ii) os activos, passivos, interesses de capital para os quais a contabilização inicial não
está finalizada;
(iii) as técnicas de avaliação e inputs chave do modelo usado para mensurar a retribuição
contingente.
(i) o valor bruto das perdas por imparidade acumuladas no início do período;
(iv) o goodwill incluído num grupo classificado como detido para venda de acordo com a
NCRF 22 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais
descontinuadas e o goodwill cujo reconhecimento foi anulado durante o período que não
tenha sido anteriormente incluído num grupo de alienação classificado como detido para
venda;
(v) perdas por imparidade reconhecidas durante o período de acordo com a NCRF 18 –
Imparidade de activos;
(ii) seja de uma dimensão, natureza ou incidência tal cuja divulgação seja relevante para
a compreensão das demonstrações financeiras da entidade combinada.