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CURSO

2ª Edição 2016DE ACTUALIZAÇÃO


| CURSO DE ACTUALIZAÇÃO

CONTABILIDADE FINANCEIRA
Coordenação
Doutor Rui M. P. Almeida
Formadores:
• Doutor Rui M. P. Almeida
• Drª Ana Costa Nogueira,
• Dr. Eurico da Silva
• Drª Isabel Menezes
CURSO DE ACTUALIZAÇÃO
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PROGRAMA DETALHADO

Sessão 10 - Concentração da actividade empresarial.

➢ 10.1. Reconhecimento de activos e passivos


➢ 10.2. Métodos de valorização/Mensuração
➢ 10.3. Goodwill (positivo/negativo)
➢ 10.4. Acordos conjuntos
➢ 10.5.Divulgação

BIBLIOGRAFIA RELEVANTE
➢ Plano Geral de Contabilidade
➢ IFRS 03– Concentrações de actividades empresariais
➢ IFRS 11– Acordos conjuntos;
➢ IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas

CONTABILIDADE FINANCEIRA SESSÃO 10


Concentração das actividades empresariais
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APRESENTAÇÃO DA NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE

IFRS 3– Concentrações de actividades empresariais

RESUMO

 OBJECTIVO (§1)
 ÂMBITO (§2)
 IDENTIFICAR UM CONCENTRAÇÃO DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS (§3)
 O MÉTODO DE AQUISIÇÃO (§4 a 53)
 MENSURAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO SUBSEQUENTES (§54 a 58)
 DIVULGAÇÕES (§59 a 63)
 Apêndice A e B

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Objectivo

… melhorar a relevância, fiabilidade e comparabilidade das


informações que uma entidade que relata proporciona nas suas DF ...
Estabelece princípios e requisitos para a forma como o adquirente:

a) reconhece e mensura nas suas demonstrações financeiras os


activos identificáveis adquiridos, os passivos assumidos e qualquer
interesse que não controla na adquirida;

b) reconhece e mensura o goodwill adquirido na concentração de


actividades empresariais ou um ganho resultante de uma compra a
preço baixo; e

c) determina as informações a divulgar que permitam aos utentes


das demonstrações financeiras avaliar a natureza e os efeitos
financeiros da concentração de actividades empresariais.

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Âmbito

… aplica-se a uma transacção ou outro


acontecimento que cumpra a definição de uma
concentração de actividades empresariais.

Uma transacção ou outro acontecimento em que uma adquirente obtém o


controlo sobre uma ou mais actividades empresariais. As transacções por
vezes referidas como «verdadeiras fusões» ou «fusões de iguais» são
também concentrações de actividades empresariais na acepção do termo
utilizada nesta IFRS.

Um conjunto integrado de actividades e activos que pode ser dirigido e


gerido com a finalidade de proporcionar um retorno, na forma de
dividendos, custos reduzidos ou outros benefícios económicos,
directamente aos investidores ou outros proprietários, membros ou
participantes.
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Uma entidade deve determinar se uma transacção ou outro


acontecimento é uma concentração de actividades empresariais
aplicando a definição contida nesta IFRS, que exige que os
activos adquiridos e os passivos assumidos constituam uma
actividade empresarial.

Se os activos adquiridos não são uma actividade empresarial, a


entidade que relata deve contabilizar a transacção ou outro
acontecimento como uma aquisição de activos.

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10.1. Reconhecimento de activos e passivos

Uma entidade deve determinar se uma transacção ou outro acontecimento é uma concentração
de actividades empresariais aplicando a definição contida nesta IFRS, que exige que os
activos adquiridos e os passivos assumidos constituam uma actividade empresarial.

MÉTODO DA AQUISIÇÃO

§5 - A aplicação do método de aquisição exige:

a) a identificação da adquirente;

b) a determinação da data de aquisição;


c) o reconhecimento e mensuração dos activos identificáveis
adquiridos, dos passivos assumidos e de qualquer interesse
que não controla na adquirida;

d) o reconhecimento e mensuração do goodwill ou de um


ganho resultante de uma compra a preço baixo
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10.1. Reconhecimento de activos e passivos

Uma entidade deve determinar se uma transacção ou outro acontecimento é uma concentração
de actividades empresariais aplicando a definição contida nesta IFRS, que exige que os
activos adquiridos e os passivos assumidos constituam uma actividade empresarial.

MÉTODO DA AQUISIÇÃO

§5 - A aplicação do método de aquisição exige:

a) a identificação da adquirente;

§6 - Para cada concentração de actividades


empresariais, uma das entidades que se concentram
deve ser identificada como a adquirente.

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10.1. Reconhecimento de activos e passivos

Uma entidade deve determinar se uma transacção ou outro acontecimento é uma concentração
de actividades empresariais aplicando a definição contida nesta IFRS, que exige que os
activos adquiridos e os passivos assumidos constituam uma actividade empresarial.

MÉTODO DA AQUISIÇÃO

§5 - A aplicação do método de aquisição exige:

b) a determinação da data de aquisição;

A adquirente deve identificar a data de aquisição,


que é a data na qual a adquirente obtém o controlo
sobre a adquirida.

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10.1. Reconhecimento de activos e passivos


Uma entidade deve determinar se uma transacção ou outro acontecimento é uma concentração
de actividades empresariais aplicando a definição contida nesta IFRS, que exige que os
activos adquiridos e os passivos assumidos constituam uma actividade empresarial.

MÉTODO DA AQUISIÇÃO
§5 - A aplicação do método de aquisição exige:

c) o reconhecimento e mensuração dos activos identificáveis adquiridos, dos


passivos assumidos e de qualquer interesse que não controla na adquirida;

À data de aquisição, a adquirente deve classificar ou designar os activos identificáveis


adquiridos e os passivos assumidos conforme necessário para aplicar outras IFRS
subsequentemente. A adquirente deve fazer essas classificações ou designações com
base nos termos contratuais, nas condições económicas, nas suas políticas operacionais
ou contabilísticas e noutras condições pertinentes conforme existirem à data de aquisição.

Princípio da mensuração §18.

A adquirente deve mensurar os activos identificáveis adquiridos e os


passivos assumidos pelos seus justos valores à data de aquisição.
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O goodwill

§32 - A adquirente deve reconhecer o goodwill à data de aquisição mensurado


como o excesso do agregado de:

i) a retribuição transferida mensurada em conformidade com esta IFRS,


que geralmente exige o justo valor à data de aquisição …
ii) a quantia de qualquer interesse que não controla na adquirida …
iii) numa concentração de actividades empresariais alcançada por fases
(ver parágrafos 41 e 42), o justo valor à data de aquisição do interesse
de capital próprio anteriormente detido da adquirente na adquirida.

Sobre …
.
b) o líquido das quantias à data de aquisição dos activos identificáveis
adquiridos e dos passivos assumidos mensurados …

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O goodwill

§34 – Compras a baixo preço “goodwill negativo”

Ocasionalmente, uma adquirente fará uma compra a preço baixo, que é uma
concentração de actividades empresariais em que a quantia dos activos
idntificaveis adquiridos e dos passivos assumidos excede o agregado das
quantias (…pagas).

Se esse excesso permanecer após a aplicação dos requisitos contidos no


parágrafo 36, a adquirente deve reconhecer o ganho resultante nos lucros
ou prejuízos à data de aquisição.

.
O ganho deve ser atribuído à adquirente.

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§34 – Compras a baixo preço “goodwill negativo”

Ocasionalmente, uma adquirente fará uma compra a preço baixo, que é uma concentração de actividades
empresariais em que a quantia dos activos idntificaveis adquiridos e dos passivos assumidos excede o
agregado das quantias (…pagas).
Se esse excesso permanecer após a aplicação dos requisitos contidos no
parágrafo 36, a adquirente deve reconhecer o ganho resultante nos lucros ou
prejuízos à data de aquisição.

Antes de reconhecer um ganho numa compra a preço baixo, a adquirente deve reavaliar se
identificou correctamente todos os activos adquiridos e todos os passivos assumidos ….
A adquirente deve então rever os procedimentos usados para mensurar as quantias que esta
IFRS exige que sejam reconhecidas à data de aquisição para todos os seguintes elementos:
a) os activos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos;
b) o interesse que não controla na adquirida, se houver;
c) no caso de uma concentração de actividades empresariais alcançada por fases, o
interesse de capital próprio na adquirida anteriormente detido pela adquirente; e
d) a retribuição transferida.

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APRESENTAÇÃO DA NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE

IFRS 11– Acordos conjuntos

RESUMO

 OBJECTIVO (§1 a 2)
 ÂMBITO (§3)
 ACORDOS CONJUNTOS (§4 A 19)
 D.F. DAS PARTES NUM ACORDO CONJUNTO (§20 a 25)
 D.F. SEPARADAS (§26 e 27)
 Apêndice A e B

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Objectivo

… consiste em estabelecer princípios para o relato financeiro por parte


das entidades com interesses em acordos controlados conjuntamente
(ou seja, acordos conjuntos)

Âmbito

… deve ser aplicada por todas as entidades que sejam parte num
acordo conjunto.

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Um acordo conjunto é um acordo sobre o qual duas


ou mais partes têm o controlo conjunto.

CARACTERÍSTICAS

As partes estão vinculadas O acordo contratual confere


por um acordo contratual a duas ou mais dessas
§5 a) partes o controlo conjunto
§5 b)

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Um acordo conjunto é um acordo sobre o qual duas


ou mais partes têm o controlo conjunto.

TIPOS DE ACORDO

Uma operação conjunta é um


acordo conjunto pelo qual as Um empreendimento conjunto
partes que detêm o controlo é um acordo conjunto pelo qual as
conjunto do acordo têm direitos partes que detêm o controlo
sobre os ativos e obrigações pelos conjunto do acordo têm direitos
passivos relacionados com esse sobre os ativos líquidos do acordo.
acordo. Estas partes são Estas partes são denominadas
denominadas operadores empreendedores conjuntos.
conjuntos.

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Uma operação conjunta é um acordo conjunto …

Um operador conjunto reconhece, relativamente ao seu interesse numa operação


conjunta:

(a) os seus ativos, incluindo a sua parte de qualquer ativo detido conjuntamente;

(b) os seus passivos, incluindo a sua parte em quaisquer passivos incorridos


conjuntamente;

(c) o seu rendimento proveniente da venda da sua parte da produção decorrente da


operação conjunta;

(d) a sua parte dos rendimentos decorrentes da venda da produção por parte da operação
conjunta; e

(e) as suas despesas, incluindo a sua parte de quaisquer despesas incorridas em conjunto.

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Um empreendimento conjunto é um acordo conjunto…

Um empreendedor conjunto reconhece o seu interesse num empreendimento conjunto


como um investimento e contabiliza esse investimento utilizando o método da
equivalência patrimonial de acordo com a IAS 28 Investimentos em Associadas e
Empreendimentos Conjuntos a menos que a entidade esteja isenta da aplicação do
método da equivalência patrimonial conforme especificado nessa Norma.

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§ 26 - Nas suas demonstrações financeiras separadas, um operador


conjunto ou um empreendedor conjunto contabiliza os seus interesses:

(a) numa operação conjunta de acordo com os parágrafos 20–22;

… consolidação proporcional

(b) num empreendimento conjunto de acordo com o parágrafo 10 da IAS 27

(a) pelo custo, ou


(b) em conformidade com a IFRS 9 (…o ou IAS 39).

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IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS

Demonstrações financeiras separadas são as que são apresentadas por


uma empresa-mãe (ou seja, um investidor que exerce controlo sobre
uma subsidiária) ou por um investidor que exerce o controlo conjunto ou
uma influência significativa sobre uma investida, em que os
investimentos são contabilizados pelo custo ou em conformidade com a
IFRS 9 Instrumentos Financeiros.

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IAS 27 – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEPARADAS


Demonstrações financeiras separadas são as que são apresentadas por uma empresa-mãe
(ou seja, um investidor que exerce controlo sobre uma subsidiária) ou por um investidor que
exerce o controlo conjunto ou uma influência significativa sobre uma investida, em que os
investimentos são contabilizados pelo custo ou em conformidade com a IFRS 9 Instrumentos
Financeiros.

As demonstrações financeiras separadas são as apresentadas além


das demonstrações financeiras consolidadas ou além das
demonstrações financeiras em que os investimentos em
associadas ou empreendimentos conjuntos são contabilizados
pelo método de equivalência patrimonial, exceto nas
circunstâncias previstas nos parágrafos 8 (dispensa de consolidação
ou de aplicação do MEP)-8A (entidade de investimentos).

As demonstrações financeiras separadas não precisam de ser


anexadas ou de acompanhar essas demonstrações.
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Consolidação
GRUPO DE EMPRESAS

Um conjunto de empresas apenas pode ser considerado um grupo se forem:

 Entidades juridicamente autónomas;


 Dependentes de um centro de decisão.

Considera-se que as partes estão em relação de dependência se uma parte


tiver capacidade de controlar a outra parte ou exercer influência
significativa sobre a outra parte ao tomar decisões financeiras e
operacionais.

Tipos de dependência:
 Financeira – detenção da maioria de direitos de voto;
 Directiva – poder de designar a maioria dos membros da administração, gerência
ou fiscalização;
 Contratual – acordos com a sociedade ou com alguns dos seus
accionistas/sócios;
 Económica – situação de quase monopólio das actividades pelo grupo
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Consolidação
PERCENTAGEM DE PARTICIPAÇÃO VS
PERCENTAGEM DE CONTROLO

Percentagem de Participação – Fracção do capital, ou da quota parte do património,


detida, directa ou indirectamente, na sociedade dependente;

Percentagem de Controlo – Grau de dependência das sociedades participadas


relativamente à participante. É representada pela percentagem de direitos de voto da
empresa participada que a participante consegue controlar, em consequência das suas
participações quer directas, quer indirectas.

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Consolidação
CONTROLO EXERCIDO

Controlo Exclusivo – A sociedade - mãe detém uma percentagem de


controlo superior a 50% ou, por qualquer outra situação, tem uma relação de
domínio sobre a filial;

Controlo Conjunto – O poder de controlo da sociedade participada está


distribuído por um grupo restrito de sociedades participantes, todas com
equivalente poder (grupo fechado);

Influência Significativa – A sociedade participante exerce algum poder de


controlo, sobre a participada, mas que não é dominante. Normalmente
corresponde a percentagens de controlo entre os 20% e os 50%, desde que
não se verifiquem situações de controlo conjunto ou quaisquer outras que
originem controlo exclusivo.

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Consolidação
TIPOS DE GRUPO

Grupos verticais (ou de subordinação) - são constituídos por uma empresa


dominante (empresa-mãe) e todas as suas empresas dependentes (influência
dominante), colocadas sob a sua direcção (única).

Grupos horizontais (ou paritários) - são constituídos por empresas não vinculadas
como dependentes por relações de domínio (empresas irmãs), mas que têm uma
direcção única, por os seus órgãos sociais serem compostos maioritariamente pelas
mesmas pessoas ou por força de contrato ou cláusulas contratuais.

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

Técnica de natureza contabilística que tem por finalidade elaborar as


demonstrações económicas e financeiras de um grupo de sociedades, como
se de uma única entidade (empresa) se tratasse.

Obtém-se um só conjunto de demonstrações financeiras.

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

Vantagens das Contas Consolidadas

•Permitem uma visão completa da situação económico-financeira do grupo;


•Instrumento de gestão – melhor aplicação de recursos financeiros;
•Contribui para a normalização contabilística através da uniformização de critérios e
processos;
•A consolidação pode ser utilizada fiscalmente para efeitos de tributação a nível de
grupo, sob certas condições …

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS
Limites da Consolidação de Contas

 Diluição das características individuais das empresas;

 Os diferentes critérios valorimétricos ou de classificação contabilística


utilizados pelas várias empresas do grupo podem distorcer os valores
consolidados;

 Não discriminação das filiais lucrativas das não lucrativas

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

Exclusões Temporárias

Ficam excluídas temporariamente do Plano Geral de Contabilidade, até que venham ser
regulamentadas as disposições constantes nas normas da International Federation of
Accountants (actual IFRS – IASB) referentes aos seguintes assuntos:

a) Contabilização de locações;
b) Determinação, registo e divulgação de impostos diferidos;
c) Contabilização dos planos de benefícios de reforma;
d) Concentração de actividades empresariais (consolidação de contas);
e) Efeitos de alterações das taxas de câmbios em Demonstrações Financeiras de
Operações Estrangeiras.

Plano Geral de Contabilidade, ponto 4.2, página 12

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

• A consolidação de contas não é obrigatório, mas quando qualquer entidade entende


que deve elaborar as Demonstrações Financeiras Consolidadas pode fazê-lo desde
que:
✓ Prepare as Demonstrações Financeiras Individuais;
✓ Prepara as Demonstrações Financeiras Consolidadas tendo em conta as normas da
International Federation of Accountants (actual IFRS-IASB) referidas na alinea d) e
e).
✓ As Demonstrações têm que ser apresentadas de acordo com o PCG.
✓ Divulgar nas notas das contas consolidadas as disposições seguidas tendo em conta
as normas da International Federation of Accountants (actual IFRS – IASB)

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

TRABALHOS E OPERAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO

TRABALHOS PREPARATÓRIOS

▫ Elaboração do organigrama de grupo;


▫ Harmonização contabilística;
▫ Preparação do Manual de Consolidação;
▫ Criação de um grupo de trabalho;
▫ Preparação da contabilidade do grupo.

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

TRABALHOS E OPERAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO

OPERAÇÕES DE PRÉ-CONSOLIDAÇÃO

Ajustamentos e Regularizações

Conversão Cambial

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

TRABALHOS E OPERAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO

OPERAÇÕES DE PRÉ-CONSOLIDAÇÃO

CONVERSÃO CAMBIAL

Método Corrente

Método Temporal

3 IMETRO - DCEG DOCENTE:Joana


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Baptista LAD/LEO 3º ANO
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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

MÉTODOS DE CONSOLIDAÇÃO

Método de Consolidação Integral

Método de Consolidação Proporcional

E ainda também considerado …

Método da Equivalência Patrimonial

3 IMETRO - DCEG DOCENTE:Joana


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Baptista LAD/LEO 3º ANO
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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

Geralmente, aplica-se:

▫ o Método de Consolidação Integral às sociedades sobre as quais a empresa mãe exerce


controlo exclusivo,

▫ o Método da Consolidação Proporcional àquelas sociedades sobre as quais a sociedade


mãe exerce controlo conjunto e

▫ o Método da Equivalência Patrimonial às sociedades sobre as quais a sociedade mãe


exerça influência significativa.

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

QUE OPERAÇÕES DE CONSOLIDAÇÃO SE DEVEM EFECTUAR?

 Acumulação de contas do balanço e da demonstração de resultados;


 Eliminação do valor da participação financeira e da correspondente fracção nos
capitais próprios da empresa participada, sendo, para tal, necessário determinar:
 Fracção que pertence ao grupo;
 Fracção que pertence a terceiros (Interesses Minoritários).
 Evidenciação da diferença de consolidação, sendo esta diferença entre o valor de
aquisição da participação financeira e a fracção que lhe cabe nos capitais próprios
da empresa participada;
 Anulação das dívidas entre empresas do grupo;
 Anulação das operações entre empresas do grupo:
 Operações recíprocas;
 Operações não recíprocas.

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

CONSOLIDAÇÃO POR PATAMARES (OU POR FASES) - Cada sociedade é


consolidada na empresa que a domina:

 Primeiro, consolidam-se as empresas de cada subgrupo de nível inferior na


estrutura do grupo;
 Depois, consolida-se cada um destes subgrupos com as empresas do
respectivo subgrupo de nível imediatamente superior e assim
sucessivamente;
 Finalmente, consolidam-se os subgrupos de nível superior na empresa-mãe.

CONSOLIDAÇÃO DIRECTA - Todas as empresas são consolidadas


directamente na empresa mãe, considerando as percentagens de controlo
em vez das percentagens de participação, o que permite reduzir a estrutura
do grupo a um só nível (estrutura fictícia).

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

CONSOLIDAÇÃO POR PATAMARES (OU POR FASES)

VANTAGENS
 Permite uma segmentação da informação económico-financeira por
subgrupos, o que melhora o conhecimento do grupo;
 Permite a descentralização dos trabalhos de consolidação, o que poderá
traduzir-se numa maior eficácia e numa menor margem de erro das
informações produzidas;
 Apresenta-se com maior aderência à verdadeira realidade do grupo,
levando à definição de um perímetro mais adequado.

DESVANTAGENS
 Maior custo do processo de consolidação;
 Atraso mais acentuado na elaboração das DFs consolidadas
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9 CONTABILIDADE FINANCEIRA SESSÃO 10
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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

TÉCNICAS DE CONSOLIDAÇÃO

CONSOLIDAÇÃO DIRECTA

VANTAGENS
 Permite uma consolidação mais rápida e a menor custo.

DESVANTAGENS
 Falta de informação segmentada (por subgrupos);
 Maior distanciamento à verdadeira realidade do grupo;
 A consolidação de filiais que se encontram muito distanciadas da empresa-mãe
poderá originar um menor rigor das contas consolidadas, sendo os erros e
falhas mais difíceis de controlar devido ao centralismo que esta técnica obriga.

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CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

As demonstrações financeiras consolidadas contempladas no PGC são:

▫ Balanço Consolidado;
▫ Demonstração de Resultados Consolidada;
▫ Notas às contas (Anexo) ao Balanço Consolidado e à Demonstração de
Resultados Consolidada;
▫ Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidada.

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Caso prático 1

A entidade Épsilon, S.A. e a entidade Alfa, S.A. acordaram em concentrar as


suas actividades por forma a incrementar a sua actividade comercial,
nomeadamente para aumentar a sua competitividade no mercado onde se
posicionam.

À data de 31 de Dezembro, procederam assim a uma fusão por


incorporação[3], em que a Épsilon é a adquirente (entidade incorporante) e a
Alfa é a adquirida (entidade incorporada).

A incorporação da Alfa será efectuada mediante o pagamento aos accionistas


desta de 2.000,00 em dinheiro e ainda pela atribuição de 5.000 novas acções
(emissão de capital) às quais foi atribuído um valor de 7,00 cada acção.

Note que estas acções são emitidas com o valor nominal de 5,00.

Ver balanço das entidades envolvidas

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