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Ano VII                             
                            
                            
              
Domingo, 10 de Janeiro de 2010                            
                            
                            
              
Número 181

A Guerra Fria do Oriente Médio

DANIEL PIPES | 26 JUNHO 2009
INTERNACIONAL - ORIENTE MÉDIO

Uma nova divisão ideológica divide agora a região, o que eu chamo de a guerra fria do Oriente Médio. Sua dinâmica
ajuda a explicar uma crescente confrontação hostil entre os dois blocos.

Navegação Uma guerra fria é "a chave para o entendimento do Oriente Médio do século XXI". Assim sustenta Yigal Carmon e três
Aborto dos seus colegas do Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (MEMRI) em um estudo recente, "Uma Escalada
Regional da Guerra Fria".
Eles identificaram uma importante confrontação que por alguma razão a mídia não percebeu -
Ambientalismo
e que é da maior importância pelo fato de Mahmoud Ahmadinejad ter acabado de ser designado novamente presidente
Ciência do Irã.
Conservadorismo
Uma guerra fria, de acordo com o dicionário Merriam-Webster, é "um conflito a respeito de diferenças ideológicas
Cultura mantido por métodos que não chegam a sustentar ações militares manifestas e normalmente sem o rompimento de
Desarmamento relações diplomáticas". Observe os três elementos nesta definição: diferenças ideológicas, sem combates reais e sem o
rompimento de relações diplomáticas.
Desinformação

Entrevistas A clássica ocorrência de uma guerra fria, é claro, envolveu os Estados Unidos e a União Soviética entre 1945 e 1991,
um impasse global e duradouro. A "guerra fria árabe" de 1958-70, mais curta e mais localizada, demonstra uma
Direito
segunda ocorrência notável. Neste caso, Gamal Abdel Nasser, um egípcio revolucionário, tentou subverter a região
Internacional enquanto os sauditas lideravam o esforço em manter o status quo. O conflito deles culminou com a guerra do Iêmen de
América Latina 1962-70, um conflito cruel que só terminou com a morte de Abdel Nasser.

China Uma nova divisão ideológica divide agora a região, o que eu chamo de a guerra fria do Oriente Médio. Sua dinâmica
Estados Unidos ajuda a explicar uma crescente confrontação hostil entre os dois blocos.

Europa O bloco revolucionário e seus aliados: o Irã lidera a Síria, o Catar, Omã e duas organizações, o Hisbolá e o
Oriente Médio Hamas. A Turquia serve como um auxiliar muito importante. O Iraque está em cima do muro. Paradoxalmente,
vários destes países são propriamente ditos, não revolucionários.
Rússia
O bloco do status-quo: Arábia Saudita (de novo) lidera, com o Egito, a Jordânia, o Líbano, a Tunísia, a Argélia, o
Economia Marrocos e seguindo, a maioria dos países de língua árabe, junto com o Fatah. Israel serve como um semi-
Educação auxiliar. Observe que o Egito, que outrora liderava seu próprio bloco, agora lidera um, juntamente com a Arábia
Saudita, refletindo a influência diminuída do Cairo na última metade do século.
Globalismo Alguns países, como a Líbia, estão afastados do palco dos acontecimentos.
Governo do PT
A atual guerra fria se inicia em 1979, quando o Aiatolá Khomeini tomou o poder em Teerã e acolheu grandes ambições
Humor para desestabilizar outros países da região com o propósito de impor seu modo de Islã revolucionário. Estas ambições
Movimento Revolucionário minguaram após a morte de Khomeini em 1989, mas voltaram à vida com a presidência de Ahmadinejad em 2005,
juntamente com a construção de armas de destruição em massa, terrorismo amplamente difundido, engajamento no
Religião
Iraque e a reivindicação sobre o Barein.
Terrorismo
A guerra fria do Oriente Médio tem muitas manifestações significativas; aqui estão quatro delas.

Tags (1) Em 2006, quando o Hisbolá combateu as Forças de Defesa de Israel, vários países árabes condenaram
publicamente o Hisbolá por seus "atos inesperados, inapropriados e irresponsáveis". Um editorial de um jornal iraniano
Al-Qaeda |
América Latina |
Bolívia |
Brasil
respondeu com uma "maldição eterna sobre os muftis da corte saudita e do faraó do Egito".
|
Castro |
Che Guevara |
China |
Chávez |
Colômbia |
Cuba |
Direito |
EUA |
Estados (2) O governo do Marrocos anunciou em março de 2009 que tinha rompido relações diplomáticas com Teerã baseado
Unidos |
Europa |
FARC |
FHC |
Fidel Castro na "intolerável interferência nos assuntos internos do reino", significando, os esforços iranianos em converter os Sunnis
|
Folha de S. Paulo |
Foro de São Paulo | para a versão Shiita do Islã.
Hitler |
Honduras |
Igreja Católica |
Israel |
Jihad |
KGB |
Lula |
MST |
Marx |
Morales |
Nova (3) O governo do Egito prendeu 49 agentes do Hisbolá em abril, acusando-os de desestabilizarem o Egito; o líder do
Ordem Mundial |
O Estado de São Paulo |
O Hisbolá Hassan Nasrallah então confirmou que o líder do grupo trabalhava para ele.
Globo |
ONU |
Obama |
Oriente Médio |
Rússia
|
Venezuela |
aborto |
ahmadinejad |
brasil | (4) Laços íntimos entre a Turquia e Israel começaram a patinar quando a liderança turca de maneira evidente, cada vez
mais se opôs à política do governo israelense, usa linguagem hostil contra o estado judeu, convida seus inimigos a
capitalismo |
censura |
cinema |
comunismo |
Ancara, transfere armas iranianas ao Hisbolá e usa o anti-sionismo para isolar os militares turcos.
conservadorismo |
cristianismo |
cultura |
denúncia |
desinformação |
doutrinação |
Ao desviar paixões do aparente interminável conflito árabe-israelense, a guerra fria do Oriente Médio pode parecer estar
economia |
editorial |
educação |
eleições | ajudando a reduzir tensões. Isto, contudo, não é o caso. Por mais perversas que sejam as relações entre o Fatah e o
esquerdismo |
globalismo |
governo do PT
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história |
holocausto |
ideologia |
islamismo | Hamas, com cada um matando os operativos do outro, no final eles sempre reunirão suas forças contra Israel. Da
liberalismo |
marxismo |
media watch | mesma forma, Washington não encontrará apoio significativo na Arábia Saudita ou qualquer membro do seu bloco vis-à-
movimento gay |
movimento vis o Irã. No final, os países muçulmanos se encolhem quando se trata de se unirem com não muçulmanos contra seus
revolucionário |
nazismo |
oriente médio | companheiros muçulmanos.
politicamente correto |
positivismo |
religião |
Olhando de forma mais ampla, a guerra fria do Oriente Médio internacionaliza questões outrora locais - tais como as
revolução |
socialismo |
terrorismo |
tortura |
afiliações religiosas dos marroquinos - imbuindo-os com as largas repercussões do Oriente Médio. Assim, esta guerra
totalitarismo |
2012
fria adiciona novos pontos críticos e maior volatilidade para uma região que já é a mais instável do mundo.

Este artigo deriva de uma palestra dada no início deste mês em uma conferência da EMET-Heritage Foundation.

Publicado originalmente no Jerusalem Post

Original em inglês: The Middle Eastern Cold War
Tradução: Joseph Skilnik

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Tags: Oriente Médio

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