O minimalismo é aquela extremada corrente de arqueólogos que negam
a historicidade de praticamente tudo o que a Bíblia diz, ficando apenas com o mínimo do mínimo de sua narrativa, daí o nome minimalistas. Para eles figuras clássicas como rei Davi e outros heróis bíblicos nunca existiram e quase totalidade das histórias narradas especialmente no Antigo Testamento, não passa de mitos produzidos depois do cativeiro babilônico. Dizem que estes mitos foram criados pelos escribas que viveram no período helenista no 4º século a.C. Quando estudamos a história da arqueologia moderna especialmente a arqueologia do oriente médio percebemos uma coisa curiosa na trajetória desta ciência. Até meados da década de 1970, havia um razoável consenso entre os especialistas, de que a Bíblia era uma fonte histórica confiável principalmente se estivesse tratando da história antiga do povo hebreu, sabia se que a arqueologia fornecia e indiscutíveis confirmações do relato bíblico e a oposição de alguns acadêmicos geralmente sem treinamento arqueológico não passava de uma voz isolada. Para ter uma noção de como era praticamente unânime a opinião dos grandes arqueólogos a respeito dos relatos bíblicos veja o que disseram alguns dos grandes pioneiros da arqueologia no passado. “O leitor moderno pode seguramente afirmar-se na conclusão de que nada tem sido encontrado [pelos arqueólogos] que traga o menor distúrbio a fé. E nada do que se descobriu jamais pode se desmentir uma só doutrina teológica. Já não estamos mais preocupados em tentar “harmonizar” ciência e religião, ou tentar “provar” a Bíblia. Nossa conclusão é que a Bíblia pode se estabelecer por si mesma. Contudo não existe a menor dúvida de que a arqueologia tem confirmados substancialmente a historicidade da tradição escritor escriturística. ” william foxwell albright
“Se algo legítimo a ser dito em relação ao Antigo Testamento é que a
evidência arqueológica tem restabelecido a sua autoridade histórica. Bem como aumentado seu valor por torná la mais conhecida a luz do seu contexto e ambiente cultural. Arqueologia ainda tem muito por revelar é claro mas os resultados até agora confirmam o que a fé sugeriu que a Bíblia é um livro digno de confiança. ” Frederic G. Kenyon
“É perfeitamente seguro dizer que nenhuma descoberta da
arqueologia tem desmentido uma referência bíblica sequer. O que o conjunto de evidências arqueológicas tem feito é confirmarem claros detalhes as declarações históricas encontradas na Bíblia. “ Nelson Glueck
Ocorre, no entanto, que comentários como estes são rechaçadas por
alguns como sendo coisa do passado, a pouco mais de 30 anos havia uma nova postura arqueológica que surgiu no território do oriente médio, esta postura tem procurado a todo custo desmentir as conclusões a que chegaram estes eminentes especialistas do passado. Esta nova linha arqueológica digamos ceticismo é comumente chamada de arqueologia minimalista e como o próprio nome diz ela acentua que tudo em termos de documentação textual antiga que não esteja claro corroborado por evidências arqueológicas contemporâneas deve ser desacreditado; por exemplo, a Bíblia fala que houve no Egito um primeiro ministro chamado José e também na Babilônia um assessor do rei chamado Daniel, porém como até hoje não se encontrou nem o Egito nem na Babilônia exemplos ou indícios diretos da existência destas duas personagens, a conclusão a que muitos chegam é que estes não passam de figuras lendárias do imaginário judeu. Todo esse questionamento começou na Inglaterra e na universidade de Copenhague na Dinamarca e estes são os principais expositores do minimalismo: Niels Peter Lemche e Thomas L. Thompson, Philip R. Davies e Keith Whitelam. Todos esses homens foram pródigos em afirmar, especialmente nos anos 80 que Davi e Salomão e outras figuras chaves mencionadas na Bíblia não passavam de criações literárias produzidas pelos autores bíblicos nós sem nenhum respaldo histórico ou arqueológico. Será isto verdade? Não podemos mais confiar na historicidade da Bíblia? Quais são afinal os principais argumentos usados pelos minimalistas? Seria este o fim daquela antiga arqueologia que sustentava que as histórias mencionadas na Bíblia eram verdadeiras? Na metade dos anos 80 o principal argumento usado pelos minimalistas envolve a adaptação dos textos bíblicos escritos em hebraico, a escola minimalista insistia em dizer que os judeus só começaram a escrever o Antigo Testamento depois do cativeiro da Babilônia, isto é, a partir de 538 a.C. e a sua forma final como a conhecemos, só foi alcançada no final do período helenístico em torno do quarto século a.C. Ora isto levaria a forma final do texto como a conhecemos para algo em torno de 700 anos depois de Davi. Logo, para esta escola de pensamento nenhum dos relatos bíblicos anteriores teria solidez histórica e apenas uns poucos episódios mais recentes teriam algum fragmento de memória genuína estes seriam os únicos eventos confirmados pela arqueologia. Assim a conclusão lógica, seria a de que importantes descrições bíblicas não passariam de imaginação literária com fins propagandísticos. Nunca houve algo como: um dilúvio, um êxodo do Egito, nem as chamadas 12 tribos de Israel ou até mesmo um reino unificado de Davi e Salomão. Tudo isto diziam os críticos era uma lenda. Portanto, uma das propostas desse grupo é reescrever a história de Israel como ela teria de fato acontecido, e não como a Bíblia no apresenta. Em seu livro intitulado “Em busca do Antigo Israel”, publicado em 1992, Davis afirma que a busca acadêmica pelo Israel antigo é necessária porque o que se elaborou até hoje sobre esse assunto teria apenas a Bíblia como fundamento e ela já não pode mais ser considerada um livro histórico. Trabalhando com novas definições de termos como: Israel, cananeus, exílio e período persa, deve se conclui que é simplesmente impossível dizer que a literatura bíblica ofereceria um quadro suficientemente claro e imparcial da palestina anterior ao ano 300 a.C. Deste modo, devemos extrair a nossa definição de palestina de outras fontes o que exclui a literatura bíblica. “O historiador diz ele já no começo de seu livro precisa investigar a história real independentemente do conceito bíblico. “ Davies
O problema, é definir que fonte poderia dar à esta história um aspecto
real de forma independente e não setorizada, o que levanta um grande debate não somente na historiografia bíblica, mas também nas discussões arqueológicas em geral. É a velha disputa de até onde vai a crença no texto antigo e até onde vai a crença no artefato encontrado. Alguns historiadores praticamente abandonaram o testemunho dos artefatos para se valer apenas do antigo texto escrito, já alguns arqueólogos extremadas chegaram a considerar como pressuposto de qualquer pesquisa o fato de que o texto antigo estaria sob suspeita até que se provasse o contrário. A maneira equilibrada de resolver isto, seria obviamente, colocando lado a lado textos e artefatos antigos lembrando é claro que nenhum dos dois poderá nos dar um quadro completo do passado, pois segundo Carl Sagan, “a ausência da evidência não significa evidência da ausência. ” Um dos grandes argumentos dos minimalistas consiste em negar a realidade de um evento de um episódio passado apenas porque não se encontraram evidências, isto é, artefatos que testemunha a seu respeito. O fato de não se encontra nenhum artefato arqueológico no Egito que afirme os hebreus construíram estas ruínas, já para eles o suficiente para afirmar que os hebreus nunca estiveram ali. Daí o texto que narra o Êxodo seria, portanto, um mito, que na verdade seria um eufemismo para dizer o texto mentiu. Estes céticos se esquecem, porém que a maior parte do tesouro arqueológico da humanidade ainda não foi escavado, está debaixo da terra ou há muito tempo foi destruída pela ação dos anos, pela guerra ou pelo saque de caçadores de tesouros. Veja o episódio interessante que aconteceu no Egito pouco antes dos protestos de rua contra Mubarak. O editor Hershel Shanks estampou na capa da Biblical Archaeology Review uma entrevista que fizeram com renomados Zahi Hawass então secretário-geral do supremo conselho de antiguidades egípcias no governo de Mubarak. Neste cargo de alta confiança comanda 32 mil funcionários públicos que cuidam de todo o acervo do Egito, o pais mais cobiçados por historiadores do mundo inteiro. Hawass especialista formado em egiptologia pela universidade do Cairo e PHD na mesma área pela universidade da Pensilvânia. Hershel Shanks lhe perguntou entre outras coisas o que ele dizia sobre a possibilidade histórica dos hebreus terem estado no Egito como afirma Bíblia. Embora ele não aceite o texto bíblico, já que é de cultura muçulmana secular, Zahi Hawass discordou daqueles que afirmavam categoricamente que não há nenhuma possibilidade de os hebreus terem estado no Egito. Em primeiro lugar, ele lembrou que os faraós construíram tumbas para sua memória posterior e não para contar o que de fato aconteceu, suas memórias seriam sempre de batalhas nas quais eles saíram vitoriosos e não as batalhas nas quais perderam como seria o caso do Êxodo. O faraó unificara o alto e baixo Egito e por isso queria ser lembrado como vitorioso deus e não como alguém que fracassou a história do êxodo não mereceria ser contado nos relatórios reais. Ademais concluiu Hawass, o que se achou até hoje, não representa 30% dos monumentos egípcios que ainda estão debaixo do solo esperando para ser escavados. Embora não se trate de um defensor da Bíblia nem esteja diretamente falando do minimalismo, este especialista dá declarações que nos revelam na sua opinião, que algumas informações daqueles minimalistas seriam altamente especulativas não científicas e preconceituosas. Elas se baseiam não o que se achou nem no que pode ser encontrado, mas no que se crê nunca será encontrado. É exatamente este o método inaugurado na Inglaterra e na escola de Copenhagen. O que os artefatos podem nos revelar acerca da história da Bíblia e do antigo povo hebreu. Muito da discussão minimalista centralizou-se na narrativa bíblica acerca de 1.000 anos a.C., este seria o tempo quando Davi governou sobre a monarquia unida de Israel, de fato pela narrativa bíblica o reino de Davi e seu filho Salomão alcançou uma extensão grandiosa que abarcaria parte do atual Líbano, Síria, Jordânia e Egito. Os minimalistas é claro afirmam que reino nunca existiu, parte da sua argumentação estaria na ausência de documentos extra bíblicos que mencionasse o rei Davi. Este rei seria para eles apenas uma personagem tão fantasiosa quanto o rei Arthur da literatura inglesa, porém entre 1993 e 1994 estes fragmentos de uma antiga Estela aramaica foram encontrados nas escavações de Tel Dan na qual uma expressão que assombrou os arqueólogos ela dizia: Beth David, "Casa de Davi". A escavação liderada pelo conceituado professor Dr. Abraham Biran, revelou ser um grande e importante achado arqueológico. Aquela seria uma pedra comemorativa erguida por um rei inimigo de Israel, e ele menciona especificamente um rei de Israel e um rei da casa de Davi, isto é, da descendência de Davi. Isto prova não apenas que existiu um rei com este nome, mas também que ele tinha uma descendência ocupando o trono de Judá e de Israel. Esta descoberta também levou a nova análise dessa pedra conhecida como “A Pedra Moabita ou Estela de Mesha” e que hoje pode ser vista no museu do Louvre em Paris. É que esta outra Estela comemorativa produzida por um rei Moabita contemporâneo daqueles tempos, trazia num canto bastante danificado da escrita uma expressão que o paleógrafo André Lemaire da universidade de Sorbonne traduziu como sendo, “casa de Davi”. A análise paleográfica de ambos os artefatos os datou em torno do 900 a.C. e nele do pelo menos uma possibilidade ou duas referências extra bíblicas ao rei Davi referindo a sua descendência ambas produzidas entre 100 e 120 anos depois do seu reinado. Importante dizer que a expressão aramaica “Beith Davi” ou casa de Davi referindo se à sua descendência é encontrada mais de 20 vezes no Antigo Testamento como em 1 Reis 12.19 “Assim, Israel se mantém rebelado contra a casa de Davi até ao dia de hoje” ou em Isaías 7.2 “Deu-se aviso à casa de Davi: A Síria está aliada com Efraim. Então ficou agitado o coração de Acaz...” como estas a outras várias passagens que trazem a mesma expressão. Os minimalistas ficaram tão incomodados com essa descoberta arqueológica, que começaram a propor traduções diferentes para aquela expressão aramaica “Beith Davi” eles disseram que ela significaria: casa do tio, casa do amado ou até casa da chaleira, mas como nenhuma epígrafista endossou essas possibilidades eles pararam de usar este argumento. Hoje eles preferem admitir que Davi existiu mas afirmam que ele não foi um grande monarca que governou uma grande extensão de terra, ora isto é uma insistência em afirmar uma teoria que já se comprovou infundada. Uma coisa é certa, o texto inscrito trás o nome de Javé - Deus de Israel, como também apresenta a forma como rei de Moabe atacou a cidade de Astaroth que foi edificada por um anônimo rei israelita. Este evento mencionado na Estela de Mesha foi o unanimemente datado em torno de 850 a.C., portanto bem antes do cativeiro babilônico. Ela mostra não somente o nome do Deus de Israel já era conhecido pelos povos vizinhos, como também menciona uma cidade no território da Transjordânia ocupada por Israel. O texto prossegue dizendo que, este rei de Israel comandava ou controlava aquela região a partir de uma capital, que obviamente seria bem distante dali. Isto por si só já indicaria um grande reino pertencente aos israelitas, o texto inscrito afirma também que este rei por muito tempo subjugou um grande reino Moabita e que seu filho havia feito o mesmo. Líderes tribais não teriam tanto poder e extensão territorial. O texto também fornece o nome do rei Onri, e que seu filho possivelmente, Acabe é mencionado duas linhas abaixo. Yossi Garfinkel se dedicava a pesquisa arqueológica pré-histórica especialmente aquela alusiva à arte neolítica, mas com o tempo ao ver evidências que não podiam ser negados ele migrou para o departamento de arqueologia bíblica e hoje dirige a escavações nesta área. Yossi Garfinkel discorda veementemente dos minimalistas, diz ter fortes argumentos para afirmar a existência histórica do reino unificado de Davi, como também o fim da arqueologia minimalista. A arqueologia tem mostrado através das várias inscrições antigas extra bíblicas que Davi existiu e foi rei de Israel, uma dessas inscrições onde o nome aparece com certeza e a Estela de Tel Dan, encontrada pela equipe do arqueólogo professor Dr. Abraham Biran, a outra é a Estela de Mesha segundo a tradução do paleógrafo André Lemaire. Outras personagens da Bíblia, anteriores ao período monárquico também já tiveram a sua historicidade confirmada, é o caso de fragmentos achados em Deir Alla, Jordânia, é possível ler o que está escrito nela trata se de um antigo dialeto da região Moabita escritos com caracteres aramaicos e sul canaanitas, ela traz o oráculo original atribuído acerto profeta cujo nome era Balaão, filho de Beor (Números 22 a 24) e ali ainda dito que ele profetizavam em nome de El Shaddai exatamente como diz a Bíblia, essa pedra contendo o nome de Balaão foi encontrado em 1967 nesse sítio arqueológico de Deir Alla, na Jordânia a 40 quilômetros das planícies de Moabe. Os especialistas adaptaram em torno de 800 anos a.C., sabe-se que Balaão viveu bem antes disso o que mostra que ele foi muito famoso tanto é que seus oráculos ainda eram citados muito tempo depois da sua morte. Joseph Yossi Garfinkel da Universidade Hebraica de Jerusalém como um arqueólogo pré-histórico hoje trabalha com arqueologia bíblica e têm questionado com força os pressupostos minimalistas de questionamento a Bíblia. Suas escavações encontram-se próxima a Kiryat Aba ao longo da principal rota da região dos filisteus ali foi encontrada a estrutura de uma cidade judaica de aproximadamente 500 ou 600 habitantes que floresceu durante o reinado de Davi e Salomão em Jerusalém. A datação obtida pela cerâmica local e também pelo carbono 14 que foi aplicado sobre restos de antigas oliveiras encontradas no estrato inferior, ajudou a adaptar o sítio entre 1050 e 970 a.C. exatamente tempo da monarquia em Israel. Vários arqueólogos têm identificado esse sítio como sendo a antiga ruína da cidade de Etã ou Aim (1 Crônicas 4.32) outros pensam que seria a fortaleza de Saaraim mencionado em (1 Samuel 17.52). Inconformados em admitir a existência histórica do rei Davi por causa do achado de Tel Dan, os minimalistas concluem que Davi embora tenha existido seria apenas um líder tribal sem nenhuma projeção e que aquele reino unificado que a Bíblia menciona composto pelas tribos de Israel e Judá dominando todo o território da seria uma lenda, um mito ou uma ficção. Segundo Para eles Israel e Judá jamais foram unidos, nem constituíram aquele país monumental país apresentado na Bíblia. Segundo Philip R. Davies e Keith Whitelam a região central da palestina entre os séculos 10 e 9 a.C., havia apenas um sistema patronal, ou seja, pequenos latifundiários que dominavam espaço cercados por trabalhadores, escravos ou temporários. Estes patrões então, teriam um outro patrão mais rico que, acabava assumindo o papel de rei entre os demais uma espécie de sistema feudal da antiguidade. Uma outra proposta um tanto distinta desta é a teoria do professor Israel Finkelstein, diz que a região possuía uma população permanente escassa, portanto isolada e a margem de qualquer coisa que pudesse ser chamado de um reino unificado. A semelhança entre essas duas propostas é que além de ambos negarem a historicidade da Bíblia quanto ao reino unificado de Davi, também negam que a região tivesse cidades fortificadas e organizadas no século 10 a.C. negando a historicidade dos relatos bíblicos. Um princípio básico dos achados arqueológico moderno, seja ela pública ou não, é que a ação do tempo, desastres naturais, a própria ação da estratigrafia, podem fazer desaparecer permanentemente ou temporariamente uma cidade, uma civilização inteira, logo, o fato de não encontrarmos uma cidade não surpreende a quem lida com o método arqueológico. Antes do final do século 19 a maioria absoluta dos historiadores acreditavam que a grande cidade da Babilônia nunca tinha existido, já que nada fora encontrado em toda a extensão do rio Eufrates. Até que finalmente perceberam que o rio seguia um outro curso na antiguidade e não passava mais pela abandonada colina de Babil e naquela colina estavam os restos da grande metrópole que muitos afirmavam nunca ter existido. O mesmo se pode dizer do grande império Hitita e também da cidade de Tróia e de outras grandes civilizações perdidas ao redor do mundo. A afirmação dos minimalistas é de que a região da palestina era quase desabitada ou formada apenas por sociedades patronais; negam ou insistem em desconhecer a própria história da arqueologia moderna que já encontrou assentamentos mencionados e antigos registros e que antes muitos supunham que nunca houvesse existido. Nas escavações de Khirbet Qeiyafa, foi encontrada uma fortaleza reforçada com grande estrutura de pedras toda disposta estrategicamente na fronteira entre o território de Judá e à terra dos filisteus, esta foi projetada com uma amarração de pedras, que mostra a sofisticação dos construtores do reino de Davi. Suas muralhas têm aproximadamente 700 metros de extensão por 4 metros de largura, com quatro torres de observação. Algumas das pedras da fundação pesavam mais de cinco toneladas e a fortaleza como um todo tem umas 200 mil toneladas de pedra, o que mostra que uma fortaleza dessa magnitude exigiria uma sociedade muito mais complexa e organizada do que uma tribo, como alegam os minimalistas. Yossi Garfinkel e sua equipe encontraram ali reflexos de uma sociedade urbanística altamente organizada, fortalecida, o que condiz com o retrato bíblico de um reino unificado sob o governo de Davi. Sobre a datação do sítio, a maior parte com exceção de dois pontos mais ao topo condiz apenas com o tempo de Davi e não com os tempos posteriores, muito menos com os tempos helenísticos propostos pelos minimalistas. Havia por tanto, grandes centros urbanos no século 10 em Judá. Os minimalistas tentaram desconsiderar a datação, embora até a conceituada Universidade de Oxford confirmou o período davídico daquelas escavações, depois propuseram uma nova forma de contar a cronologia, quando nada disso funcionou apresentaram uma nova hipótese mudando seu discurso original admitiam que Davi existiu, mas que Khirbet Qeiyafa era uma cidade fortaleza filisteia e não um assentamento judeu. Eles não admitem existência um reino judaico unificado nessa época. A nova proposta minimalista é que Khirbet Qeiyafa seria um assentamento filisteu, embora nada do que escavou ali naquele sítio aponta para a menor possibilidade de ser aquele lugar um assentamento dos filisteus. Diferente do que é encontrado em sítios filisteus, nenhum osso de porco foi encontrado em ali evidenciando se tratar de um assentamento tipicamente judaico. Sítio arqueológico de Tel Zafit, com ruínas de uma cidade genuinamente filisteia, a cidade de Gate um assentamento filisteu e bem diferente de Qeiyafa muitos ossos de porco e de cachorro são encontrados junto à jarros de comida revelando a dieta dos filisteus, que é bem distinta da dieta judaica. Ademais, a principal entrada é voltada para Jerusalém conforme o costume judeu. Construída com os muros fazendo um duplo círculo, cidades com essa estrutura não existem na região dos filisteus, mas são comuns no lado judaico. A Filístia, a terra dos filisteus tinha apenas cinco grandes cidades todas elas mencionadas na Bíblia que seriam: Asdode, Ascalão, Ecrom, Gaza e, a maior delas, Gate todas fortificadas nenhuma outra cidade filisteia era fortificada, logo se que a fosse mesmo uma cidade dos filisteus deveria ter sido listada. Em Judá não apenas cinco, mas muitas cidades eram fortificadas. Para encerrar a discussão, um pedaço de argila que chamado de Óstraco ou Óstracon foi encontrado em Qeiyafa com uma inscrição hebraica de letras proto-cananitas, indicando que no local tinha o hebraico como língua nativa, o que é importante já que os minimalistas também negam que havia atividade da escrita ao no corredor siro-palestinense antes 8º século a.C., que a atividade de escrever se deu apenas no período helenístico, para os minimalistas não havia como os judeus escreverem antes de Davi, porque eles nem sabiam escrever. Se tal fato fosse verdade, reforçaria a tese de que nenhum livro da Bíblia teria sido escrito antes do cativeiro, portanto seriam apenas lendas tardias artificialmente traduzidas ou atribuídas à autoria de figuras também lendárias como Moisés Samuel e outros. Este artefato achado, que desmonta a afirmação de que não havia comunicação escrita naquele tempo, foi submetido aos mais sofisticados métodos de datação e foi seguramente datado em torno do século 10 a.C.,ou seja nos tempos de Davi, a única discussão é se o texto está escrito em hebraico ou um idioma proto-cananita. O principal epígrafista da Universidade Hebraica Amihai Mazar deu consistentes provas de que se trata de um texto hebraico escrito com caracteres proto-cananita. A última tentativa dos críticos minimalistas de responder a essa evidência foi adotar a controvertida teoria da cronologia baixa sugerida por Israel Finkelstein. A cronologia de Israel é dividida em períodos, geralmente eles chamam período o tribal de Israel de idade do ferro 1 (período dos juízes), o período seguinte a idade do ferro 2 (organização urbana e um estado centralizado). Há um consenso geral sobre esses dois períodos e que Davi e Salomão reinaram entre 1.000 e 925 a.C. A grande questão é situar estes 75 anos de reinado, estão eles na idade do ferro 1 ou 2. Os reinos de Davi Salomão eram reinos tribais ou reinos urbanos? Na cronologia tradicional a transição ocorre por volta do ano 1000 a.C., colocando assim os dois reinados na idade do ferro 2 (governo urbano), os minimalistas por sua vez reduzem essa data situando-a por volta de 925 a.C., e colocando os dois reinados na idade do ferro 1 (governo tribal) assim todos os achados arquitetônicos são eles atribuídos a um período posterior negando que Davi teria capacidade de construir tais monumentos e atribuído ao período dos juízes. Assim, com poucas evidências arqueológicas sobre o reino de Davi e Salomão não poderíamos falar muito sobre eles, se tinham um alfabeto, se poderiam ter usado a capacidade de escrever, como esta simples mudança pode trazer grandes consequências. Seus argumentos são principalmente baseados em datação radio métrica, ou seja, em restos orgânicos presentes nas escavações. Há certos ares de precisão científica nessa datação, mas a verdade é que ela pode ser bem precisa dependendo é claro de uma série de fatores. De que estrato o material foi retirado? Por exemplo, a cidade poderia existir desde o ano 1.000 a.C. mas se a mostra é do ano 900 a.C. levaria a uma conclusão errada, como também o material orgânico o que nos leva a ver a datação radio métrica apenas como uma forma de determinar qual a data provável daquilo que está sendo tratado aliás a bem da verdade os dados da cronologia radio métrica são tão vagos que eles tanto servem para suportar abaixo a cronologia quanto à cronologia tradicional. Israel Finkelstein que escava a anos em Megido, ficou surpreso quando recebeu em 2007 os resultados de amostras de carbono 14 que colocavam a destruição de Megido por volta de 1.000 a.C., conforme a cronologia tradicional apontado na Bíblia. Um outro importante achado parece confirmar-se, o palácio original de Davi em Jerusalém. À frente destas escavações está a Dra. Eilat Mazar da Universidade Hebraica de Jerusalém, caso a suspeita se confirmem será um golpe final do minimalismo, pois eles mesmos dizem que a ausência de um palácio em Jerusalém seria um outro elemento para negar a existência de um reino unificado de Israel. As expectativas quanto a este palácio de Davi são promissoras e o que se encontrou até agora está mais a favor do texto bíblico do que das argumentações dos críticos. e nesse ponto alguém ironizou que novamente teremos o pequeno Davi derrotando os gigantes do minimalismo na verdade pode ser eu espero que esses dois programas tenham dado elementos básicos para que você entenda que A crença na historicidade da Bíblia sagrada é algo mais do que razoável não é apenas uma questão de fé sem evidências que substanciam o texto da Bíblia, mas que tem argumentação na história.