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SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA INDEPENDENTE – STBI SP

CURSO DE FORMAÇÃO PLENA

Adriana G. Carnier

RESUMO DO LIVRO “A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA”


AUTOR – MATTHIEU RICHELLE

São Paulo
2022
SEMINÁRIO TEOLÓGICO BATISTA INDEPENDENTE – STBI SP
CURSO DE FORMAÇÃO PLENA

Adriana G. Carnier

RESUMO DO LIVRO “A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA”


AUTOR – MATTHIEU RICHELLE

Resumo do livro “A Arqueologia e a Bíblia – de


Matthieu Richelle”, apresentado no módulo de
Arqueologia Bíblica, para composição de nota, sobre a
orientação do Professor André.

São Paulo
2022
Resumo do livro:
RICHELLE, Matthieu. A Arqueologia e a Bíblia. Local: São Paulo. Vida Nova, 2017. 176 p.

por Adriana Gomes Carnier

A arqueologia fornece uma riqueza de informações apesar de seus limites inerentes. Ela

precisa relacionar os achados arqueológicos com os acontecimentos bíblicos.

O alvo principal não é esclarecer ilustrações sobre o Antigo ou o Novo Testamento, apenas

revelar toda a sua riqueza e o passado de civilizações. Sua relevância está em não provar a

veracidade bíblica pois, a bíblia é a palavra de Deus inerrante. Existe dois riscos para os

cristãos que são apegados a veracidade da Bíblia, de um lado em um esforço apologético

buscar provar o valor dela graças a descobertas o que neste caso a Bíblia não necessita dessa

prova, e de outro lado temer as descobertas e cair num obscurantismo que rejeita as

dificuldades. Portanto, é mais prudente compreender que os achados podem corroborar o

discurso bíblico e tomar conhecimento com serenidade.

As escavações arqueológicas propriamente ditas geralmente têm por objeto os “tells”, que são

colinas artificiais formadas ao longo dos séculos pelo empilhamento de diferentes estágios

que passa uma cidade. Estes estágios são numerados de forma que seja fácil a compreensão de

cada um. Dessa forma, os arqueólogos estabelecem uma cronologia que ajuda a determinar a

ordem dos estratos.

A principal ferramenta que os arqueólogos utilizam para determinar o tempo são as

cerâmicas, pois suas características e seus cacos deixados no solo ajudam a definição da

evolução dos tempos.

A tendencia atual, portanto, é a revalorização dos dados concernentes à realidade cotidiana.

Os dois tipos de construção mais importantes nesse sentido são as casas e os edifícios
públicos. Uma forma de descobrir a vida cotidiana dos israelitas são os das ferramentas e dos

recipientes que utilizavam. Os arqueólogos desenterram círculos de pedras que serviam de

fornos, bem como muitos pilões para moer cereais.

De modo geral, alguns israelitas viviam em belas edificações, enquanto outros se contentavam

com moradias de baixíssima qualidade.

As escavações realizadas nos templos oferecem informações preciosas. De maneira geral, as

descobertas mostram que as práticas religiosas da população eram com frequência distantes

das prescrições da aliança mosaica. Apesar das informações adquiridas, ainda assim não é

possível obter informações relativas à história factual com base nas escavações, indicando

assim que os frutos da arqueologia permanecem relativamente limitados.

A palavra inscrições abarca, na verdade, uma ampla gama de textos, que podiam ser inscritos

em estelas de pedra ou em uma tabuinha de argila, ou ainda escritos à tinta em um papiro, um

pergaminho ou um caco de cerâmica. As mais belas inscrições tinham um aspecto

monumental quando serviam aos reis, proclamando de maneira pública suas realizações.

Mesmo munido de um espírito formado pelo rigor científico, o arqueólogo constantemente

corre o risco de sucumbir a uma tentação de prontamente fazer a correspondência entre uma

descoberta no campo e um elemento mencionado nas fontes literárias antigas, e em particular

na Bíblia. Deve-se ter em mente que na maior parte do tempo, as correlações são possíveis,

mas não comprovadas de maneira absoluta.

Devemos ter em mente de que é ilusório pensar que se pode provar a Bíblia por meio das

descobertas feitas nas escavações, e é possível ser enganado em vão. É evidente que jamais

será possível verificar cada elemento dos relatos bíblicos a começar pelos diálogos entre

personagens. A bíblia não precisa que sua veracidade seja provada por meios de testemunhos

materiais para que se creia nela, a atitude diante do texto sagrado dos fiéis é feita por meio da

fé.
Por fim, convém deixar a Bíblia em seu devido lugar nas investigações sobre o passado

tratando-a como uma fonte histórica preciosa quando se sintetizam os dados, mas não deve

prescrever de antemão o que se deve descrever com rigor durante as escavações. Estas se

fazem atualmente, independentes da exegese, mesmo que a Bíblia possa desempenhar um

papel heurístico, o que é um avanço.

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