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CAPÍTULO 03

INERRÂNCIA, INFALIBILIDADE, AUTORIDADE E


SACRALIDADE DA BÍBLIA.
TÓPICO 1
A INERRÂNCIA DAS ESCRITURAS

 1 INTRODUÇÃO
A inspiração divina, garante a credibilidade e autoridade dos
textos bíblicos.
 2 INERRÂNCIA
A inspiração pressupõe a inerrância, isto é, sabemos que a
Bíblia é a Palavra de Deus revelada à nós, e que ela não
contém erros, a isto chamamos de inerrância.
A Inerrância da Bíblia.
Norman Geisler
3 OS CONCEITOS DE INERRÂNCIA
3.1 INERRÂNCIA ABSOLUTA
A bíblia é totalmente verdadeira, incluindo fatos e análises
da ciência e da história.
3.2 A INERRÂNCIA PLENA
A bíblia e completamente verdadeira, suas declarações sobre
assuntos (ciência e história) são completamente verdadeiras.
3.3 A INERRÂNCIA LIMITADA
A bíblia é inerrante e infalível, nas suas referências a
salvação. Conhecimento de escritores quanto a ciência e a
história, não têm muita importância. Utilizada por escritores
modernos frente a psicologia da religião moderna.
 5 A INERRÂNCIA E OS FENÔMENOS

Existem fenômenos que contradizem a


 4 A IMPORTÂNCIA DA inerrância. A doutrina da inerrância garante
INERRÂNCIA que se pode confiar na Bíblia. Os que não
defendem a inerrância da Bíblia muitas vezes
A bíblia é inerrante, ou seja, desconsideram uma dificuldade. Muitos ensinos
plenamente verdadeira no bíblicos estão vinculados a doutrinas que não
aspecto teológico, histórico suportam provas empíricas. Se a Bíblia labora
e epistemológico em erro nas áreas em que se pode confirmar
(conhecimento definido seu conteúdo, com base em que se pode
entre crença e a verdade). afirmar ser ela correta em assuntos não
passíveis de confirmação independente? A fé se
torna, nesse caso, mera questão de
credulidade. A inerrância garante que podemos
confiar em tudo que a Bíblia afirma.
 6 O CONSERVADORISMO E O
MODERNISMO  7 DEFINIÇÃO DE INERRÂNCIA
Por 18 séculos se manteve a opinião
conservadora ortodoxa sobre a
“A bíblia quando corretamente
inspiração, a Bíblia é a Palavra de interpretada, de acordo com o
Deus. nível a que a cultura e os meios de
Com a modernidade surge novos comunicação haviam chegado na
argumentos frente a inerrância
limitada (inspiração parcial), os época em que foi escrita e de
escritores não entrariam em detalhes acordo com os propósitos a que foi
em outras matérias como a ciência e
a história.
destinada, é plenamente fidedigna
Esses teólogos não consideram que a
em tudo que afirma” Erickson. É a
bíblia apenas pretende fornecer posição definida de inerrância
alguns dados históricos e científicos. plena.
O pensamento moderno procura
colocar a ciência acima de Deus,
quando sabemos que Deus é o
criador da ciência.
TÓPICO 2
INFALIBILIDADE DAS ESCRITURAS

 1 INTRODUÇÃO
A revelação = >inspiração => inerrância=> infalibilidade.

 2 DEFINIÇÃO DE INFALIBILIDADE
Característica de ser incapaz de falhar na realização de um propósito. Nos
idiomas originais em que foi escrita, a Bíblia é absolutamente infalível e
sem erro de qualquer tipo. Esta tem sido a posição de todas as confissões
das grandes igrejas evangélicas através dos anos.
Jesus referiu-se a inúmeros personagens e acontecimentos do Antigo Testamento, dando assim
testemunho da sua autenticidade e autoridade. É interessante notar, pela lista seguinte, que
Jesus colocou seu selo de aprovação sobre alguns dos eventos e milagres do Antigo Testamento
que sempre foram muito questionados pelos críticos. Ele aprovou a narração do seguinte:

• Criação e casamento - Mateus 19:5


• O dilúvio e a arca de Noé - Lucas 17:26,27
• A destruição de Sodoma e Gomorra - Lucas 17:28,29 . A destruição de Tiro e Sidom - Mateus
11:21,22 . A circuncisão - João 7:22 . A páscoa - Mateus 26:2 . A lei - João 7:19
• Os mandamentos - Mateus 19:7-9
• A lei judia do divórcio - Mateus 19:7-9 . O fato da sarça ardente - Marcos 12:26
• O símbolo de Jonas e o grande peixe - Mt 12:40
• O arrependimento de Nínive - Mateus 12:41 . A glória de Salomão - Mateus 6:29
• A sabedoria de Salomão - Mateus 12:42
• A festa dos tabernáculos - João 7
• Davi come os pães da proposição - Mateus 12:3 . Os sacerdotes profanam o sábado - Mateus
12:5 . O céu se fecha na época de Elias - Lucas 4:25 . A história de Naamã, o leproso - Lucas 4:27
• O registro da serpente levantada - João 3:14-15
• O assassinato de Abel e Zacarias - Mateus 23:35 . A missão do Messias - Lucas 4:16-21
• A missão de João Batista - Mateus 17:10-13 . A missão de Elias - Mateus 17:10-13
• Daniel e sua grande profecia - Mateus 24:15
 3.3 A BÍBLIA É IMUTÁVEL
 3 O DEPOIMENTO DA  Muito da incerteza e incredulidade a respeito da
INFALIBILIDADE Bíblia partiu dos chamados cientistas. A ciência
assumiu uma aura de autoridade e quase
 3.1 QUAL O FUNDAMENTO DA
infalibilidade. Muitos fizeram dela praticamente um
DOUTRINA DA INFALIBILIDADE? deus. O termo "ciência" significa apenas
( 2TM 3:16; 2PE 1:21; DEUT "conhecimento", e ela não deve ser adorada nem
temida. O ponto significativo sobre a ciência é que
4:2,12:32; PV 30:6; AP 22:18-
ela tem tido necessidade de mudar as suas conclusões
19) à medida que novos fatos surgem. Os textos
científicos ficam rapidamente obsoletos, enquanto a
Bíblia não teve de ser alterada em nada, no decorrer
 3.2 A BÍBLIA É UMA de milhares de anos desde que foi escrita. Por que
REVELAÇÀO ORIGINAL DA duvidar de um livro que resistiu aos séculos e a todos
VERDADE os ataques feitos contra ele, aceitando ciências que
necessitam ser revistas a cada passo? A Bíblia não é
Ela revela o início e o final do um manual científico, mas jamais foi provado que
homem pelo plano da redenção. contenha qualquer fato científico falso. O relato da
criação em Gênesis continua de pé.
 3.4 A BÍBLIA É EXATA MORAL E ESPIRITUALMENTE
 A bíblia tem produzido resultados práticos, têm
influenciado civilizações, transformando vidas, trazido
luz, inspiração e conforto a milhões e sua obra ainda
continua. Leia (1 Ts 2:13).
 2A AUTORIDADE BÍBLICA
TÓPICO 3  Hb 4:12.
A AUTORIDADE DA BÍBLIA  A doutrina da inerrância garante que se
pode confiar na Bíblia. Os que não
defendem a inerrância da Bíblia muitas
 1INTRODUÇÃO vezes desconsideram uma dificuldade.
Muitos ensinos bíblicos estão vinculados a
doutrinas que não suportam provas
 Os pós-modernistas não empíricas. Contra as teorias deviantes é
aceitam esta definição. O necessário afirmar:
fato é que autoridade da
bíblia está em si mesma.  1-a inspiração é divina e não humana;
 2-a inspiração é única e não comum;
 3-a inspiração é viva e não mecânica;
 4-é completa e não somente parcial;
 5-é verbal e não apenas de conceitos.
3 CARCTERÍSTICAS DA AUTORIDADE DA BÍBLIA
3.1 AUTORIDADE RELIGIOSA
A bíblia é autoridade religiosa, por que Deus é seu autor.

3.1.1 O PADRÃO DA AUTORIDADE

DEUS -> revelação -> autor ^ ^ <-cristão <-iluminação <-Espírito Santo


I I
INSPIRAÇÃO

3.1.2 A BÍBLIA E A RAZÃO


A fé não é irracional ou ilógica, pois mais subjetiva ou transcendente. Crer também é pensar. Existem
métodos de interpretação bíblica para determinar significados que são necessários e importantes. Uso da
razão com o auxílio do Espírito Santo.

3.2 AUTORIDADE HISTÓRICA


Diz respeito a cultura bíblica.

3.3 AUTORIDADE NORMATIVA


Comunica a vontade de Deus a nós. Vontade de Deus comunicando suas verdades ao homens, sendo elas :
universal, temporal e pessoal.
4 SOLA ESCRIPTURA
Princípio protestante “a única fonte e norma de todo conhecimento
cristão é a sagrada escritura”.

Quem deu ensejo a este princípio foi Martinho Lutero em 1521.


Iniciou em seus pensamentos desde 1517, quando afixou as 95
teses.

5 A INERRÂNCIA E OS MANUSCRITOS ORIGINAIS E AS CÓPIAS

A inerrância faz referência apenas aos livros originais da bíblia, não


é asseverada a respeito de qualquer cópia específica daqueles livros
que sobrevierem até nosso tempo.
TÓPICO 4
A SACRALIDADE DA ESCRITURA- O CANÔN
 1INTRODUÇÃO
Confiabilidade das escrituras  2.1 DEFINIÇÃO
inspiradas.
Os livros das sagradas escrituras aceitos pela
Igreja cristã que contêm a regra autoritária da
 2 AS ESCRITURAS E DEFINIÇÃO DE fé e da prática.
CANONICIDADE
A palavra vêm “cânon”grego Kanon,
que significa, “cana”ou “vara de  2.2 CANONICIDADE
medir”, ou “régua”. Também
significa um modelo para medir ou É o direito que um livro têm de estar no
julgar uma regra. Assim, canôn canôn sagrado. Possuem autoridade divina.
configura os livros considerados com
mérito para serem incluídos nas
sagradas escrituras.
 3 O CANÔN DO A.T.  3.2 O CANÔN DO AT AFIRMADO E
AUTORIZADO POR CRISTO
Temos registros do início da escrita da Lei, mas
não do término, há opiniões diferentes a esse
respeito. Nos dias de Cristo, o canôn do AT já
(ÊX 17:14; 24:3; Deut 31:9-11) estava encerrado e definido.
João 5:39; Lucas 24:27.
 3.1 O PRINCÍPIO DO CANÔN DECLARADO
Dt 31: 24-26
 3.3 A BÍBLIA HEBRÁICA
 3.4 CRONOLOGIA AT E PRODUÇÀO
Os livros da lei foram reconhecidos como
canôn nos dias de Esdras (444 a.c). ESCRITURÍSTICA- PANORÂMA BÍBLICO
DO AT.
Os profetas reconhecidos algum tempo depois
(200 a.c).
Os escritos receberam canonicidade por volta  Vide livro.
de (100 a.c).
4 O CANÔN DO NT
A Igreja primitiva tinha a sua disposição e utilizava o antigo testamento, as
palavras de Jesus, os ensinos dos apóstolos, e os relatos das viajens e as epístolas.
Os livros do NT foram escritos na segunda metade do século 1 d.c.

(1Jo 1:3; 2Ped 1:16; At2:42; 1Ts 5:27; Tg 1:11; Ap 1:1)

A recém-formada igreja cristã usava as Escrituras do Antigo Testamento como base


para a sua fé, mas, além disso, era dada grande importância às palavras de Jesus e
aos ensinos dos apóstolos. Dessa forma, não decorreu muito tempo antes que os
evangelhos passassem a ser usados juntamente com o Antigo Testamento.
A autoridade dos apóstolos é plenamente confirmada. João declara: "o que temos
visto e ouvido anunciamos também a vós outros" (I Jo 1:3); Pedro diz que foram
"testemunhas oculares de sua majestade" (II Pe 1:16); e lemos a respeito dos
primeiros crentes: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão" (At
2:42).
Em vista de as epístolas de Paulo terem sido escritas para satisfazer a uma necessidade específica de uma igreja
local ou de um indivíduo, eram preservadas pelo seu valor espiritual e lidas nas igrejas. Em várias ocasiões,
Paulo deu instruções definidas para que suas cartas fossem lidas e circuladas. Ele escreveu à igreja em
Tessalônica: "Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja lida a todos os irmãos" (I Ts 5:27).
À igreja de Colossos ele advertiu: "E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai para que seja também
lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a igualmente perante vós" (Cl 4:16). A fim de que isso
pudesse acontecer, é provável que uma cópia das cartas para Colossos e Laodicéia tivesse de ser feita. A medida
que esta prática se ampliou, é fácil ver que, dentro de poucos anos, coleções das cartas de Paulo poderiam ser
obtidas.
O Novo Testamento sugere uma distribuição bastante ampla desses escritos. João recebeu instruções: "O que
vês, escreve em livro e manda às sete igrejas" (Ap 1:11). A Epístola de Tiago foi dirigida "às doze tribos que se
encontram na dispersão" (Tg 1:11). A primeira epístola de Pedro foi escrita" aos eleitos que são forasteiros da
dispersão, no Ponto, Galácia, Capadócia, Asia e Bitínia" (I Pe 1:1).
Existe uma forte possibilidade de uma compilação primitiva de um cânon do Novo Testamento a ser reconhecido
num mesmo plano que as escrituras do Antigo Testamento.
"E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos
escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar acerca destes assuntos, como de fato costuma fazer em
todas as suas epístolas, nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis deturpam,
como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles" (II Pe 3:15,16).
Durante os primeiros anos do século II, começou a fazer-se sentir a influência dos Pais da Igreja. Tratava-se de
estudantes talentosos, professores e líderes da igreja. Em suas cartas às primeiras igrejas, eles faziam inúmeras
citações dos livros que viriam a tornar-se o cânon do Novo Testamento. Essas cartas dão um testemunho definido
do valor do livro que citavam, colocando-o em posição superior às suas próprias palavras.
Por estranho que pareça, um conhecido herege, o gnóstico Márcion (140 A.D.), foi utilizado para
inspirar o reconhecimento de alguns dos livros do Novo Testamento, especialmente as epístolas de
Paulo. Márcion compilou seu próprio cânon, incluindo o Evangelho de Lucas e dez das epístolas
paulinas. Ele rejeitou as epístolas pastorais, Hebreus, Marcos, João, Atos, as epístolas gerais e
Apocalipse.

Sua atitude deu lugar a muitas críticas e a um estudo mais profundo dos livros que rejeitara. No
final do século II, todos menos sete dos 27 livros do Novo Testamento foram reconhecidos como
canônicos. Os sete livros que não receberam completo reconhecimento na época são os seguintes:
Hebreus, II e III João, II Pedro, Judas, Tiago e Apocalipse.

Um impulso adicional no sentido de formar um cânon definitivo do Novo Testamento surgiu em vista
das perseguições ordenadas pelo imperador Diocleciano (302-305), que ordenou que as Escrituras
fossem queimadas. Tornou-se assim necessário determinar quais livros eram considerados como
Escritura. Os cristãos precisavam decidir por quais livros valia a pena sofrer e morrer.

A questão do cânon teve um significado sério e prático. Vinte e cinco anos depois das perseguições
de Diocleciano, Constantino, o novo imperador, abraçara o cristianismo e ordenara a Eusébio, bispo
de Cesaréia e historiador da igreja, que preparasse e distribuísse 50 cópias do Novo Testamento.
Foi assim necessário decidir quais livros deveriam ser incluídos.
Não é difícil compreender que, na ocasião em que o cânon estava sendo
considerado, havia muitos livros que reclamariam exame. Estes escritos eram
geralmente divididos nos assim chamados pseudopígrafos e apócrifos. No primeiro
está incluído um grupo de livros adulterados e heréticos, considerados como
escritos falsos. Eles praticamente não foram reconhecidos por qualquer concílio
nem citados pelos Pais da Igreja. Muitas doutrinas heréticas, tais como as
defendidas pelos gnósticos, que negavam a encarnação de Cristo; pelos céticos,
que negavam a realidade da humanidade de Cristo; e pelos monofisistas, que
rejeitavam a dualidade da natureza de Cristo, são encontradas nestes livros.
Mais de 280 deles foram citados, reunidos sob os títulos: Evangelhos, Atos,
Epístolas, Apocalipses e outros. Geisler e Nix declaram: "Quaisquer fragmentos de
verdades neles preservados são obscurecidos tanto pela sua fantasia religiosa
como por suas tendências heréticas. Os livros não só deixam de ser canônicos,
como também é pequeno seu valor com fins religiosos ou devocionais. Seu
principal mérito é histórico, revelando as crenças de seus criadores."
4.1 A necessidade de seleção pela
igreja.
 Os líderes da igreja se depararam com um
problema em relação aos escritos da era cristã, o
novo Testamento.
 A igreja precisou se posicionar-se e definir o
Cânon. Cinco causas importantes levaram a igreja
a colecionar e publicar os livros considerados
como divinamente inspirados, quais sejam:
4.1.1 O Cânon de Marcion (Marcião)
 Marcião de Sínope - ou Marcion - (em grego: Μαρκίων Σινώπης, ca. 85 —
160 (75 anos)) foi um dos mais proeminentes heresiarcas durante o
Cristianismo primitivo 1 . A sua teologia chamada marcionismo propunha
dois deuses distintos (Era gnóstico), um no Antigo Testamento e outro no
Novo Testamento, foi denunciada pelos Pais da Igreja e ele foi
excomungado. Curiosamente esta separação será posteriormente adoptada
pela igreja e utilizada a partir de Tertuliano 2 , assim como a sua rejeição
de muitos livros que seus contemporâneos consideravam como parte das
escrituras mostrou à Igreja antiga a urgência do desenvolvimento de um
cânon bíblico. Foi excomungado pela igreja.
 Em 140 d.c. decidiu por sua conta compilar seu próprio cânon. Era contra
qualquer influência judaica no cristianismo. Tal atitude foi completamente
rejeitada, pois o judaísmo é o berço do cristianismo, e o AT e o NT estão
intimamente ligados.
4.1.2 O Mestre Taciano e o evangelho
único.
 Taciano, o Sírio, nasceu provavelmente, por volta do ano 120, em "terra dos assírios" de
família pagã. Educado aprimoradamente na cultura grega, pesquisador inquieto, estudou
várias religiões e se iniciou nos mistérios. Mais tarde, por volta de 152, conheceu as
Escrituras cristãs e se converteu ao cristianismo, provavelmente, em Roma. Foi em Roma que
Taciano encontrou Justino mártir, freqüentou sua escola e se destacou como discípulo
brilhante.
 Por volta de 165, Taciano começou a se afastar da Igreja, inclinando-se para a heresia
encratita (ou continente). Esta heresia acentua o pessimismo quanto à queda do homem,
despreza a matéria, tem o matrimônio como fornicação e prega a abstinência da carne e do
vinha. Seu rigorismo na observância desta abstinência levou-o a substituíra vinho pela água
na celebração da eucaristia.
Entendia-se que 4 evangelho falando de Jesus poderia confundir a muitos, então Taciano resolveu
fazer uma fusão em um único, chamada de Diatessarão. Segundo alguns, o livro deveria ser
chamado Diapente, isto é, evangelho tirado dos cinco. porque Taciano teria usado também o
apócrifo evangelho segundo os Hebreus.

As inúmeras versões provam o sucesso desta obra. Ela foi, de fato, o "evangelho" usado pela igreja
siríaca até o séc. V. Santo Efrém a comentou, entre os anos 360 a 370. Esta obra exerceu ainda
influência importante na tradução dos textos dos evangelhos canônicos. Embora a obra tenha
traços das tendências heréticas de seu autor (encratista anti-judaica, docetista) nunca foi
condenada pela Igreja. Sua composição se deu, com toda probabilidade, depois que Taciano
retornou ao Oriente, anterior, com certeza, ao ano 254.

Considerado herege, as igrejas da sírias foram obrigadas a adotar traduções do evangelho


diferenciadas sob a luz de Taciano.
4.1.3 O Teólogo Montano e a Bíblia sem fim.
 O Montanismo foi um movimento cristão fundado por Montano por volta de 156-157 (ou 172),
que se organizou e difundiu em comunidades na Ásia Menor, em Roma e no Norte de África. Por
ter se originado na região da Frígia, Eusébio de Cesareia relata em sua História Eclesiástica
(V.14-16) que ela era chamada de Heresia Frígia na época.
 Montano teria nascido na Frígia (Ásia Menor Romana, hoje Turquia), Montano afirmava possuir o
dom da profecia, e que havia sido enviado por Jesus Cristo para inaugurar a era do Paráclito.
Duas mulheres que o acompanhavam, Priscila (ou Prisca) e Maximila2 , afirmavam que o Espírito
Santo falava através delas1 . Durante os seus êxtases anunciavam o fim iminente do mundo,
conclamando os cristãos a reunirem-se na cidade de Pepusa, na Frígia, onde surgiria a
Jerusalém celeste, uma vez que uma nova era cristã se iniciava com esta nova revelação divina3
.
 O seu adepto mais famoso foi Tertuliano (c. 170-212), um dos primeiros doutores da Igreja,
autor de inúmeras obras em defesa da Cristandade. Em torno de 210, insatisfeito com o
pensamento cristão e suas práticas, uniu-se ao Montanismo, sendo considerado herético,
embora não haja evidências concretas de que tenha fundado uma seita própria. Para ele a
revelação de Deus era contínua e o Cânon não teria fim.
 As perseguições à igreja aumentaram sensivelmente durante o governo do imperador
Constantino I, que contra ela expediu severos decretos imperiais. O movimento perdurou,
entretanto, até ao século VIII.
4.1.4 Escritos de inspiração duvidosa.
 Alguns líderes religiosos começaram a aceitar livros como canônicos ou semicanônicos
(pseudopigráficos), alguns inscritos de inspiração duvidosas. Esses líderes queriam juntas livros
não canônicos aos canônicos. Surgiram vários livros que quase vieram a corromper os originais
com inclusão de heresias. Estes livros não foram aceitos pelos Pais da igreja, e nem foram
citados em nenhum concílio da igreja.
 Algumas doutrinas heréticas que surgiram na época:
Gnosticismo: a negação da encarnação de Cristo;
Ceticismo: negavam a ralidade da humanidade de Cristo;
Monofisismo: rejeitavam a dualidade da natureza de Cristo (natureza hipostática).
Alguns dos livros apócrifos mais populares da época que não foram aceito no cânon do NT:
epístola de Barnabé (70-79
),terceira epístola aos coríntios (96), o pastor de Hermas (115-140), ensino Didakê dos Doze(100-
120), epístola dos laudicênses (sec. IV?), epístola de policarpo aos filipenses (108) e as sete
epístolas de Inácio (110).
4.1.5 O Edito de Diocleciano (302-305)
A igreja viu-se presa em meio a uma tensão provocada, de um lado, por quem queria acrescentar livros
à lista dos" canônicos e, por outro, por quem queria eliminar alguns livros, de modo que o ônus da
decisão recaiu sobre os primeiros *pais da igreja, para que definissem com precisão os limites do cânon
sagrado.
O estímulo político à lista dos canônicos As forças que pressionavam a canonização culminaram na
pressão política que passou a influir na igreja primitiva. As perseguições de Diocleciano (c. 302-305)
representaram um forte motivo para a igreja definir de vez a lista dos livros canônicos. De acordo com
o historiador cristão Eusébio, houve um edito imperial da parte de Diocleciano, de 303, ordenando que
"as Escrituras fossem destruídas pelo fogo". Não deixa de ler irônico que 25 anos antes o imperador
Constantino se "convertera" ao cristianismo e dera ordem a Eusébio para que se preparassem se
distribuíssem cinquenta exemplares da Bíblia. A perseguição motivou um exame sério da questão dos
livros canônicos: quais eram realmente canônicos e deveriam ser preservados? O pedido de Constantino
também tornou necessária a criação da lista de livros canônicos.
A compilação e o reconhecimento progressivos dos livros canônicos Há evidências fortes a mostrar que
os primeiros cristãos coligiram e preservaram os livros inspirados do Novo Testamento. Tais livros sem
dúvida alguma foram copiados e circularam entre as igrejas primitivas.
 Igreaj Ocidental: Ambrósio de Milão (340-397),
Jerônimo de Estridão (347-420), Santo Agostinho de
Hipona (354-430) e São Gregório Magno (540-604).
*Pais da igreja. Igreja Oriental: Basílio de Cesareia (c.329-379),
Santo Atanásio de Alexandria (c.296-373), Gregório
de Nazianzo (329-c.389) e João Crisóstomo (347-
407). Estes são também chamados os "Oito Doutores
da Igreja".
No terceiro *concílio de Cartago (397), as igrejas cristãs ocidentais
estabeleceram a forma final do cânon do NT.
Desse modo, no final do século IV, os 26 livros foram aceitos.

Desde esta época, não houve nenhum movimento cristão para acrescentar ou
anular qualquer parte do cânon estabelecido. Porém novos concílios foram
realizados.

* (O concílio de Cartago, chamado de terceiro por Denzinger [Heinrich Joseph


Dominicus Denzinger (Liége, 10 de Outubro de 1819 - 1883) foi um teólogo
católico] em 28 de agosto de 397 publicou um cânon da Bíblia, citado como
"Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 4 livros
de Reis, 2 livros de Crônicas, Jó, Salmos de Davi, 5 livros de Salomão, 12 livros
de profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, 2 livros de
Esdras, 2 livros de Macabeus." No Novo Testamento, "4 Evangelhos, 1 livro de
Atos dos Apóstolos, 13 cartas paulinas, 1 carta dele para os Hebreus, 2 de Pedro,
3 de João, 1 de Tiago, 1 de Judas e o Apocalipse de João".)
4.2 O padrão canônico.
 Os testes de canonicidade para definição, foram utilizados alguns princípios:
 Apostolicidade (quanto à autoria) : o livro deveria ter sido escrito por um homem
apostólico, ou homem próximo aos apóstolos. Ex: homens próximos: Marcos, Lucas, o
autor de Hebreus.
 Exatidão doutrinária (quanto à doutrina): o conteúdo do livro deveria ser
doutrinariamente correto. Qualquer livro contendo heresia, não correto frente as
demais escrituras, era retirado.
 Conteúdo espiritual (quanto ao conteúdo): o conteúdo do livro deveria ter um caráter
espiritual suficientemente elevado, deveria estar sendo lido nas igrejas, sendo seu
conteúdo meio de edificação pessoal.
 Universalidade (quanto ao uso): Deveria o livro ser aceito e recomendado a todas a
igrejas e amplamente citado pelo País.
 Inspiração do Espírito Santo (quanto à inspiração): Teste final e mais importante, a
canonicidade é determinada ela inspiração.
 Razões históricas, as quase
explicam o fenômeno do
cristianismo;
 Razões culturais, as quais
têm permeado a civilização
ocidental;
Inspiração do  Por razões teológicas, pois é
Espírito Santo a narrativa inspirada sobre a
missão redentora de Jesus
Cristo neste mundo, sendo o
padrão de crenças e práticas
da igreja.
4.3 CRONOLOGIA NT-PANORÂMA BÍBLICO
(Vide apostila página 48, ano 2014)
(Vide PDF em material de apoio - cronologia AT e NT)

Segue alguns exemplos:


Fica muito mais fácil traçar a canonização dos vinte e sete livros do Novo Testamento do que a dos
do Antigo Testamento. A evidência disponível é muito maior. Os livros do Novo Testamento foram
escritos durante a última metade do século I a.D.

A recém-formada igreja cristã usava as Escrituras do Antigo Testamento como base para a sua fé,
mas, além disso, era dada grande importância às palavras de Jesus e aos ensinos dos apóstolos.
Dessa forma, não decorreu muito tempo antes que os evangelhos passassem a ser usados
juntamente com o Antigo Testamento.

A autoridade dos apóstolos é plenamente confirmada. João declara: "o que temos visto e ouvido
anunciamos também a vós outros" (I Jo 1:3); Pedro diz que foram "testemunhas oculares de sua
majestade" (II Pe 1:16); e lemos a respeito dos primeiros crentes: "E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na comunhão" (At 2:42).

Em vista de as epístolas de Paulo terem sido escritas para satisfazer a uma necessidade específica
de uma igreja local ou de um indivíduo, eram preservadas pelo seu valor espiritual e lidas nas
igrejas. Em várias ocasiões, Paulo deu instruções definidas para que suas cartas fossem lidas e
circuladas. Ele escreveu à igreja em Tessalônica: "Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja
lida a todos os irmãos" (I Ts 5:27).
À igreja de Colossos ele advertiu: "E, uma vez lida esta epístola perante vós,
providenciai para que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de
Laodicéia, lede-a igualmente perante vós" (Cl 4:16). A fim de que isso pudesse
acontecer, é provável que uma cópia das cartas para Colossos e Laodicéia tivesse de
ser feita. A medida que esta prática se ampliou, é fácil ver que, dentro de poucos
anos, coleções das cartas de Paulo poderiam ser obtidas.

O Novo Testamento sugere uma distribuição bastante ampla desses escritos. João
recebeu instruções: "O que vês, escreve em livro e manda às sete igrejas" (Ap
1:11). A Epístola de Tiago foi dirigida "às doze tribos que se encontram na
dispersão" (Tg 1:11). A primeira epístola de Pedro foi escrita" aos eleitos que são
forasteiros da dispersão, no Ponto, Galácia, Capadócia, Asia e Bitínia" (I Pe 1:1).
Existe uma forte possibilidade de uma compilação primitiva de um cânon do Novo
Testamento a ser reconhecido num mesmo plano que as escrituras do Antigo
Testamento.
"E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor, como igualmente o nosso
amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada, ao falar
acerca destes assuntos, como de fato costuma fazer em todas as suas epístolas,
nas quais há certas coisas difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis
deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria
destruição deles" (II Pe 3:15,16).

Durante os primeiros anos do século II, começou a fazer-se sentir a influência


dos Pais da Igreja. Tratava-se de estudantes talentosos, professores e líderes da
igreja. Em suas cartas às primeiras igrejas, eles faziam inúmeras citações dos
livros que viriam a tornar-se o cânon do Novo Testamento. Essas cartas dão um
testemunho definido do valor do livro que citavam, colocando-o em posição
superior às suas próprias palavras.
Por estranho que pareça, um conhecido herege, o gnóstico Márcion (140 A.D.), foi
utilizado para inspirar o reconhecimento de alguns dos livros do Novo Testamento,
especialmente as epístolas de Paulo. Márcion compilou seu próprio cânon,
incluindo o Evangelho de Lucas e dez das epístolas paulinas. Ele rejeitou as
epístolas pastorais, Hebreus, Marcos, João, Atos, as epístolas gerais e Apocalipse.
Sua atitude deu lugar a muitas críticas e a um estudo mais profundo dos livros que
rejeitara. No final do século II, todos menos sete dos 27 livros do Novo Testamento
foram reconhecidos como canônicos. Os sete livros que não receberam completo
reconhecimento na época são os seguintes: Hebreus, II e III João, II Pedro, Judas,
Tiago e Apocalipse.

Um impulso adicional no sentido de formar um cânon definitivo do Novo


Testamento surgiu em vista das perseguições ordenadas pelo imperador
Diocleciano (302-305), que ordenou que as Escrituras fossem queimadas. Tornou-
se assim necessário determinar quais livros eram considerados como Escritura. Os
cristãos precisavam decidir por quais livros valia a pena sofrer e morrer.
A questão do cânon teve um significado sério e prático. Vinte e cinco anos depois
das perseguições de Diocleciano, Constantino, o novo imperador, abraçara o
cristianismo e ordenara a Eusébio, bispo de Cesaréia e historiador da igreja, que
preparasse e distribuísse 50 cópias do Novo Testamento. Foi assim necessário
decidir quais livros deveriam ser incluídos.

Não é difícil compreender que, na ocasião em que o cânon estava sendo


considerado, havia muitos livros que reclamariam exame. Estes escritos eram
geralmente divididos nos assim chamados pseudopígrafos e apócrifos. No primeiro
está incluído um grupo de livros adulterados e heréticos, considerados como
escritos falsos. Eles praticamente não foram reconhecidos por qualquer concílio
nem citados pelos Pais da Igreja. Muitas doutrinas heréticas, tais como as
defendidas pelos gnósticos, que negavam a encarnação de Cristo; pelos céticos,
que negavam a realidade da humanidade de Cristo; e pelos monofisistas, que
rejeitavam a dualidade da natureza de Cristo, são encontradas nestes livros.
Mais de 280 deles foram citados, reunidos sob os títulos: Evangelhos, Atos,
Epístolas, Apocalipses e outros. Geisler e Nix declaram: "Quaisquer fragmentos
de verdades neles preservados são obscurecidos tanto pela sua fantasia religiosa
como por suas tendências heréticas. Os livros não só deixam de ser canônicos,
como também é pequeno seu valor com fins religiosos ou devocionais. Seu
principal mérito é histórico, revelando as crenças de seus criadores.“

Os seguintes princípios foram usados para determinar a posição de um livro no


cânon:

Apostolicidade: O livro foi escrito por um apóstolo, ou por alguém associado de


perto com os apóstolos? Esta questão tinha especial importância com respeito a
Marcos, Lucas, Atos e Hebreus, já que Marcos e Lucas não se encontravam entre
os doze e a autoria de Hebreus era desconhecida.
Conteúdo espiritual: O livro estava sendo lido nas igrejas e seu
conteúdo era um meio de edificação espiritual? Este era um
teste muito prático.

Exatidão doutrinária: O conteúdo do livro era


doutrinariamente correto? Qualquer livro contendo heresia, ou
contrário aos livros canônicos já aceitos, era rejeitado.
O uso: O livro fora universalmente reconhecido nas igrejas,
sendo amplamente citado pelos Pais da Igreja?

Inspiração divina: Ele dava verdadeira evidência de inspiração


divina? "Este era o teste básico, e tudo teria que convergir
para este ponto."
TÓPICO 5
LIVROS APÓCRIFOS  Os quatorze livros apócrifos são os
 EM RELAÇÃO AO AT: A palavra "apócrifos", em seu seguintes, às vezes dispersos
significado comum, quer dizer "Livros Apócrifos" através de todo o Antigo
e se refere a quatorze livros acrescentados ao Testamento e outras vezes
Antigo Testamento, considerados como parte do
cânon sagrado, especialmente pela Igreja Católica impressos no seu final: I e II
Romana. Os protestantes geralmente não os Esdras, Tobias, Judite, adições ao
incluem em sua Bíblia. O termo veio a ter o livro de Ester, Sabedoria de
sentido de "oculto" ou "escondido".
Salomão, Eclesiástico, Baruque,
 A Septuaginta (LXX), tradução do Antigo Epístola de Jeremias, a Canção das
Testamento em grego, feita entre 280 A.C. e 180
A.C., contém os livros apócrifos. Jerônimo os
Três Crianças Santas, a História de
incluiu em sua tradução latina do Antigo Suzana, Bel e o Dragão, A Oração
Testamento, chamada de Vulgata. Esses livros não de Manassés, I e II Macabeus.
fazem parte da Bíblia hebraica.
 Os reformadores são em grande parte
responsáveis por eliminar os Apócrifos da Bíblia,
por haver neles elementos inconsistentes com a
doutrina protestante (por exemplo, doutrinas de
oração pelos mortos e intercessão dos santos).
Embora partes de quase todos os livros do cânon do Antigo
Testamento sejam citadas ou referidas diretamente no Novo
Testamento, não existe qualquer citação ou referência a nenhum dos
livros apócrifos.

EM RELAÇÃO AO NT: Os livros citados como os apócrifos do Novo


Testamento eram aqueles tidos em alta estima pelo menos por um
dos Pais da Igreja. Embora contenham muita informação útil relativa
à história da Primeira Igreja, jamais foram aceitos no cânon do Novo
Testamento.
Alguns dos mais populares entre eles são:

Epístola de Barnabé (70-79), Terceira Epístola aos Coríntios (96), O Pastor de


Hermas (115-140), Ensino Didakê dos Doze (100-120), Epístola aos Laodicenses
(sec. IV?), Epístola de Policarpo aos Filipenses (108) e as Sete Epístolas de
Inácio (110).

Atanásio (nascido cerca de 298 A. D.), em uma de suas epístolas pastorais,


menciona os 27 livros do Novo Testamento como Escritura. No terceiro concílio
de Cartago (397), as igrejas cristãs ocidentais estabeleceram a forma final do
cânon do Novo Testamento. Desse modo, no final do século IV, os 27 livros
foram aceitos. Geisler e Nix concluem, portanto: "Uma vez que as discussões
resultaram no reconhecimento dos 27 livros canônicos do cânon do Novo
Testamento, não houve movimentos no cristianismo nem para acrescentar, nem
para anular qualquer coisa nele."
Significado de apócrifo.

É usado em três sentidos:


 Oculto: escondido, livros sobre assuntos secretos
e misteriosos;
 Livros de origem ignorada ou falsas;
 Documentos não canônicos.
4. Terminologia técnica dos livros
apócrifos.
 HOMOLOGOUMENA (FALAR COMO UM): são os livros bíblicos aceitos por
todos;
 ANTILEGOMENA (FALAR CONTRA): são os livros que em certa ocasião
forma questionados por alguns, foram eles: cânticos dos cânticos,
Eclesiastes e Provérbios, porém no fim, prevaleceu a autoridade divina
destes livros.
 PSEUDEPIGRÁFICOS (FALSOS ESCRITOS): são livros não bíblicos, não
aceitos. Exmplos: o livro do jubileu, epístolas de aristéia, etc (vide livro
página 49, ano 2014).
DEUTEROCANÔNICOS:

Deuterocanônico (português brasileiro) ou deuterocanónico (português europeu), chamados


apócrifos ou pseudo-canônico por protestantes, refere-se a alguns livros que estão presentes na
Septuaginta, e por isso tidos como inspirados pelos primeiros cristãos, e que foram reafirmados
como inspirados por Deus no Concílio de Roma em 382 d.C., de Hipona em 393 d.C., III Concílio
de Cartago em 397, e no Concílio de Trento no ano de 1546, deste último não participou a
Igreja Ortodoxa, sendo, porém contestados pelos protestantes, sucessores de Lutero e
Calvino[carece de fontes], e ao fim do século XVIII retirados da maioria das
denominações[carece de fontes].

Durante algum tempo os deuterocanônicos não se restringiam apenas ao Antigo Testamento,


alguns dos primeiros reformadores protestantes teria considerado apócrifos também livros
(Hebreus, Tiago, Judas, 2 Pedro, 2 e 3 João e Apocalipse) e o trecho final do livro do Evangelho
de Marcos, mas que logo veio o reconhecimento[carece de fontes]. No Brasil, na tradução de
Almeida do ano de 1681, já constavam os livros de Hebreus, Tiago, Judas, 2 Pedro, 2 e 3 João e
Apocalipse, o que evidencia que antes de 1681, as bíblias protestantes europeias já
consideravam os livros supracitados como inspirados. Outra referencia dos livros citados acima
nas bíblias protestantes é a bíblia King James do ano 1769.
5. Quais e onde estão os livros apócrifos.

 Desde a reforma, o termo apócrifo tem sido dado aos escritores judaicos não-
can6onicos originários do período interbíblico.
6 Razões pelos quais os apócrifos não são aceitos
pelos evangélicos.
 Os livros apócrifos foram escritos no período chamado interbíblico;
 A inspiração destes livros foram negadas pelos judeus e protestantes e eles nunca froam incluídos em
qualquer coleção das Escrituras (bíblia hebraica);
 Nem Cristo e nem os apóstolos citaram estes livros;
 Flávio Josefo (37-100dc) judaico – romano, declarou que os apócrifos não foram incluídos na ESCRITURAS
SAGRADAS dos judeus.
 A igreja Católica Romana, através da Contra-Reforma, esperou mais de mil anos (1546) para incluir os
apócrifos à Sagrada Escritura, no Concílio de Trento. Sendo essa ação polêmica e prejudicial.
 Os próprios escritores muitas vezes dizem “não foram inspirados por Deus ao escrever”.
 Arte cristã primitiva não oferece base para a canonicidade;
 Os primeiros pais da igreja depuseram contra os apócrifos (pais: Mileto, Orígenes, Cirio de Jerusalém e
Atanásio.
 Jerônimo rejeitou sua canonicidade, diferente de Agostinho que denominava-os de deuterocanônicos;
 Os apócrifos não trazem acréscimos aos conhecimento das verdades messiânicas ao povo de Deus.
Conteúdo dos livros apócrifos:

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