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A Partilha 2 - O começo de tudo

Olá!

Hoje senti de te contar como eu me reconectei a minha potência e


compartilhar uma teoria com você.

Eu sou uma mulher yang. Criada para competir com os homens.


Mas isso é tema mais para frente.

Conto essa parte agora somente para você entender que para mim
sempre foi contra intuitivo e até improvável que eu desse voz a en-
ergia feminina que habita em mim.

Porém os anos me adoeceram de maneiras diferentes. Tive de-


pressão duas vezes, burnout, me envolvi em dois relacionamentos
abusivos. E tudo isso me empurrou para que buscasse soluções
que aliviassem a frustração, dor, medo e solidão que me acompan-
havam.

Um dia então vi uma amiga lendo o livro Mulheres que Correm


com os Lobos, através de uma foto em seus stories no Instagram.

Não sei explicar isso sem parecer uma adivinhadora de parque de


diversões, mas a real é que aquele livro me chamou. Como se nele
houvesse respostas ocultas para minhas perguntas.

Demorei alguns meses para comprar.

Depois que comprei, demorei outros para abri-lo.

E um dia aconteceu.
Nada de anormal havia ocorrido naquele dia. Apenas naquele
momento a necessidade de ler era infinitamente maior do que
qualquer outra necessidade que pudesse se fazer urgente.

Peguei o livro no meio da tarde de uma terça-feira, e comecei a ler.


No prefácio eu cai no choro.

"Todas nós temos anseio pelo que é selvagem. Existem poucos


antídotos aceitos por nossa cultura para esse desejo ardente.
Ensinaram-nos a ter vergonha desse tipo de aspiração. No
entanto, o espectro da mulher selvagem ainda nos espreita de
dia e de noite. Não importa onde estejamos, a sombra que corre
atrás de nós tem decididamente quatro patas."

Era um choro alto de reconhecimento. Um grunhido da alma que


dizia: finalmente, você encontrou.

De lá para cá minha vida mudou totalmente.

Eu definitivamente NÃO defendo que ler MQCCL seja obrigatório


para todas as mulheres. Existem infinitas formas de se lembrar de
quem é.

Mas, sempre que converso com uma mulher que, seja pelo
caminho que for, se relembrou do próprio sagrado, ela passou por
3 fases e aqui vai minha teoria:

Fase 1 - Distração coletiva - quando essa mulher é um borrão


moderno perdido em suas tarefas e vivendo no piloto automático.

Fase 2 - Atração e curiosidade visceral pelos conhecimentos do


sagrado feminino - um período em que tudo que ela vê a chama
para saber mais, contudo ela ainda não mergulhou de vez em si
mesma para descobrir.
Fase 3 - Catarse - Quando algo acontece e simplesmente ela vê em
um único segundo o oceano inteiro sagrado, feminino e ancestral
que ela não havia percebido pulsando dentro dela mesma. E então
tudo muda.

Em qual desses três momentos você está? Quero saber.

Amanhã vou te contar como esse movimento me trouxe o Theo,


meu filho mais novo, quando eu já nem pensava em ser mãe
novamente.

Com amor
Isa.

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