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BURNOUT
Q UA ND O M E U M A I O R TA L ENTO
S E T R A N S FO R M O U
NO MEU MAIOR FRACASSO
SUMÁRIO:
02 CAPÍTULO_1: BOOM.
05 CAPÍTULO_2: O ENTUSIASMO DA ASCENSÃO
Fase 1: Auto-Afirmação
Fase 2: Dedicação Exagerada
12 CAPÍTULO_4: FRUSTRAÇÃO
Fase 6: Isolamento
Fase 7: Mudança
15 CAPÍTULO_5:APATIA
Fase 8: Ausência
19 CAPÍTULO_6: INTERVENÇÃO
A Fase que zera o jogo: O Burnout.
Saindo da Prisão do Burnout
21 CAPÍTULO_7: RECONSTRUÇÃO
Buscando Reconstruir uma História da Qual se Orgulhe
O Desafio de Todos os Dias
25 LE IA TAM B É M
26 SOBRE
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CAPÍTULO 1
BOOM
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O PIOR dia da minha vida foi aquele dia seguinte, em que eu acordei sem nenhum e-mail
na minha caixa de entrada, sem nenhuma mensagem ou ligação no meu celular, com um
silêncio ressonante da minha própria ausência de mim mesma. Eu estava vazia, triste, soz-
inha, confusa e com muito, muito medo. Aquele silêncio era a confirmação da minha falta
de valor e significância. Eu tivera um Burnout, mas demorei anos até saber disso. Eu só sa-
bia que era ambígua aquela sensação de ter querido tanto um pouco de paz e, ao mesmo
tempo, não saber lidar com o fato de que, acordando ou voltando a dormir, ninguém sen-
tiria a minha falta, que agora eu não fazia diferença - será que algum dia eu tinha feito? Por
muito, muito tempo dali em diante eu tive certeza de que a minha vida simplesmente.. não
importava. E isso é absolutamente esmagador para alguém que se importa. Eu não sabia,
mas os piores dias mesmo estavam à minha frente - e dentro de alguns anos,
os melhores também.
Em Março de 2013 foi o meu “Dia D”, o dia em que eu joguei uma bomba em tudo aquilo
que eu havia construído e conquistado com tanto esmero, esforço e cuidado e, no meio do
meu desespero interno, eu saí correndo para me esconder. Simplesmente porque eu não
tive coragem - ou forças - para ficar e ver o estrago. Eu estava desesperadamente exaus-
ta, ansiosa e deprimida. Eu não mais caminhava, eu desmoronava por onde eu precisava
passar; desmoronava em lágrimas angustiadas que variavam entre um choro compulsivo,
cheio de insegurança sobre o futuro e um choro em córrego, cheio de autopiedade.
Mas, por favor!.. não me entenda errado.
Até aquele exato momento eu nunca tinha sido uma dessas pessoas que se coloca na
posição de vítima da vida ou das circunstâncias, muito pelo contrário. O meu senso de
autorresponsabilidade e a minha sede de realização se alinhavam para se transformar na
minha - íntima, porém assustadoramente grande - autocobrança. Juntas elas construíram
as bases da minha produtividade - que por anos me manteve acima da média tanto em
ação quanto em destaque.
Era disso que eu tinha orgulho! E talvez por este mesmo motivo que naquele momento parte
do meu choro autoindulgente se dava pelo fato de que agora eu não mais me reconhecia.
De alguma forma, alguma coisa dentro de mim havia se quebrado e me transformado em
alguém que não se conhece, cujos hábitos causam tanto estranheza quanto irritação. Eu
não conseguia - e nem queria - entender a minha iminente complacência diante da vida: eu
repudiava a mim mesmo por isso. A sensação era de que eu tinha me mudado de mim
mesma e eu odiava a nova inquilina. E quanto mais eu me perdia de mim, mais difícil ficava
de me reconhecer naquilo tudo.
Imagine perder a melhor parte de ti. Como se a tua essência se esvaísse por aí.. E nossa!..
Como eu amava a minha força propulsora de fazer o que fosse preciso, o meu entusiasmo
diante de um novo projeto, a minha resiliência e poder de ação inabalável para concluir
o que eu começava. Como era maravilhoso me sentir produtiva e requisitada! E como se
fosse essa a receita infalível para o sucesso, muito cedo eu havia conquistado um poder
e um status bem acima da média dos meus pares - e eu sequer preciso dizer o quanto eu
estava orgulhosa por isso. Afora a minha saúde, foi o meu ego inflamado que mais sofreu
com a perda de tudo isso naquele tal Dia Seguinte e também nos demais subsequentes.
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Como eu me definiria agora? Se por anos eu não fui nada além do meu trabalho e do re-
sultado dele, quem seria eu agora? Como eu me apresentaria com toda essa redução de
mim mesma? Eu me perdi. Minha identidade se perdeu. E assim foi por mais três anos, até
o reencontro.
No meio disso tudo, um outro questionamento permaneceu comigo por estes mesmos
anos: como tudo aquilo tinha acontecido? Como eu tinha chagado naquele lugar? Um dia
eu estava tão empolgada evoluindo profissionalmente, me gabando por ter virado 3, 4 noi-
tes seguidas gerenciando 6 projetos ao mesmo tempo e no outro dia eu não tinha sequer a
satisfação de ter uma profissão. Que horas eu dormi nesse filme? No fundo eu sabia que eu
tinha sido responsável por aquilo, mas - ainda sem saber a diferença entre culpa e respons-
abilidade - a última coisa que eu conseguiria naquele momento era ter que lidar com ainda
mais este peso, então, eu culpei a tudo e a todos. Foi mais fácil. E quanto mais eu me em-
brenhava neste processo, mais eu me afastava da resposta para todas aquelas perguntas.
É inacreditável a elasticidade do tempo até a gente vivê-la. Aqueles 3 anos duraram uns 30.
Eles foram longos, lentos, doídos, arrastados, morosos. Cheios de incertezas, dúvidas e
muita, muita fuga. Mas foram igualmente importantes. Imprescindíveis até. Foi através de-
les que eu encontrei as minhas trevas e é no mais escuro das nossas sombras que a gente
encontra a luz que falta para decidir ressurgir.
Foi no processo de me reencontrar que eu finalmente entendi como tudo aquilo aconteceu,
como todo aquele empenho se transformou em vazio. Com meu reencontro comigo mes-
ma veio o dissolvimento das culpas e, com ele, o ressurgimento da minha autoresponsab-
ilidade sobre a minha vida e, com ela, a minha capacidade de me reconstruir, ancorada na
minha melhor versão.
Da nossa vida, tudo pode nos ser tirado: dinheiro, poder, status, postos e patentes. Mas as
nossas experiências se tornam as cicatrizes que contam a nossa história. E são os nossos
aprendizados que sustentam a nossa dignidade. Errar, acertar, ganhar ou perder deixam de
nos definir. Descobrimos que ou a gente aprende ou a gente se deixa levar pelas nossas
emoções. Aprendemos a apreciar a evolução, o processo, o processo de evolução! E nesta
toada, quanto mais evoluímos, mais o Ego se encurta, dando espaço para aquilo que real-
mente importa: a vida que a gente leva, as conexões que fazemos enquanto construímos a
contribuição que deixamos - alinhada com o propósito de evolução da nossa alma.
Ao longo dos capítulos deste breve e-book, você vai encontrar o meu relato sobre as minhas
descobertas através de uma das viagens mais extraordinárias que eu conquistei na minha
vida: o Burnout, em que a minha maior aventura foi me perder para me desconstruir e então
me reencontrar para me refazer.
CAPÍTULO 2
O ENTUSIASMO
DA ASCENSÃO
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TODA CAMINHADA de mil quilômetros começa pelo primeiro passo, sempre repetiu
o meu pai, parafraseando Lao-Tsé. Eu só não entendia que consistência poderia ser tão
mais importante que velocidade. Hoje eu vejo que a nossa vida profissional é como uma
maratona, como uma prova de resistência, mas no começo dos meus 20 anos eu a via
como uma corrida de 100 metros, ou seja, uma prova de força e explosão. Isso por si só já
explicaria muita coisa, mas vamos pari passu nessa história.
Fase 1: Autoafirmação
Compulsão de provar a si mesmo, ambição excessiva.
Eu tenho até medo daquela retórica que começa com “meu pai conheceu a minha mãe!..”.
Já dá um surto de narcolepsia só de imaginar! Mas para contextualizar a cabeça de alguém
que busca o respeito próprio e a própria autovalidação no empenho empregado ao tra-
balho e nos bons resultados advindos disso, é imprescindível que a gente entenda o que
a faz parear merecimento com esforço e o que a faz se submeter ao impossível no afã de
pertencer a um grupo.
Eu nunca fui a criança mais bonitinha da turma, a mais engraçadinha, a mais inteligente,
brilhante ou comunicativa. Mas eu também não era a normalzinha do rolê porque tinha
uma coisa que não me deixava ser: eu levo comigo o título de “Filha de Militar”. E com ele,
a experiência, ainda na infância, de ter visitado 20 Estados Brasileiros e morado em 4 dif-
erentes Regiões do Brasil. Convenhamos que, neste contexto, fica meio difícil se encaixar,
concorda?! Então eu era sempre a esquisitinha: com costumes, hábitos, palavras e frases
simplesmente estranhos aos comuns. Mas eu me esforçava! Eu queria pertencer! Isso era
importante. Pertencer é importante para todos nós. Pertencer é importante para a evolução
da nossa espécie!
Em casa eu era elogiada pelos bons resultados dos meus esforços: boas notas, conquis-
tas, obediência, elogios de terceiros. Esforço não era apenas bem-quisto ou premiado: era
exemplo!
Sempre tive a sorte de ter um pai e uma mãe presentes, mas embora eu não tenha passado
por grandes dificuldades, eles passaram por várias! Meu pai é filho de um faxineiro do INSS
com uma dona de casa. Minha mãe se viu cuidando dos irmãos, órfã de pai e mãe aos 17
anos. Ambos saíram da Classe C para a Classe Média com muita luta. E você sabe que esta
é uma palavra que entra no nosso DNA e reverbera no nosso caráter por gerações, né?
Luta.
Então era isso! Código decodificado: para eu pertencer e ser merecedora de amor e valor,
eu tinha que Lutar! Eureka.
É óbvio dizer que isso não era consciente? Mas foi este o código registrado no repertório
do meu inconsciente. E foi com ele tatuado na minha mente que em 2005, aos 17 anos, eu
iniciei os meus estudos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, em Brasília. Berço do
modernismo brasileiro, respirado a cada “não-esquina”.
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É muito doido que existem algumas profissões que cultuam a exaustão desde a facul-
dade, né? Nós vemos muito isso nas faculdades ligadas à saúde - medicina, fisioterapia,
educação física.. nas ligadas às ciências sociais aplicadas, como o direito, a publicidade
- que constroem agências com rotinas desumanas... as ciências contáveis - que levam às
agências bancárias com metas insanas sob a pena dos próprios pescoços.. nas engenha-
rias - com todo aquele estigma dos Cálculos 1, 2, 3, 4, diferencial, integral e o caramba. Em
todas elas a gente vê a alcunha da pressão e a alma de seus alunos serem sugadas pela
grade com a promessa de um sucesso e reconhecimento profissional... E sim. A Faculdade
de Arquitetura e Urbanismo é uma das que entra nesse rol.
Desde o primeiro semestre, ansiosa por pertencer, eu me inseri nesta cultura da exaustão
pronta para dar tudo de mim! Cultura onde dormir é risível e ridicularizável. Onde virar noi-
tes não é apenas legal, é o mínimo que se esperava de um bom aluno - e, é claro, eu seria
uma boa aluna! Então eu comecei a virar noites para entregar os trabalhos finais desde o
Primeiro Semestre e como uma aluna prodígio que sabia muito bem como se destacar pelo
esforço, já no Segundo Semestre eu comecei a estagiar. Minhas noites viradas me ren-
deram o convite de um respeitável professor para trabalhar em seu prestigioso escritório
de Arquitetura. E foi assim que eu terminei o Terceiro Semestre da faculdade conciliando
dois estágios.
É claro que eu não estava fazendo isso por ninguém além de mim mesma. Diretamente,
ninguém me exigia nada. Eu estava fazendo isso para pertencer à tribo. Eu estava fazendo
isso para me provar para mim mesma. Eu queria me destacar e eu sabia qual era o caminho:
muita dedicação. Eu queria fazer parte do seleto grupo dos profissionais que se destacam
e aquelas eram as regras não escritas daquele jogo. E do alto de todas as minhas insegu-
ranças, eu estava em plena ascensão e mesmo que eu não fosse e nem me sentisse uma
pessoa incrível, pelo menos eu estava me tornando uma profissional que começava a se
autoafirmar nos bons resultados que lutava para conquistar.
De alguma forma, eu estava conseguindo! Lembro de diversas vezes em que eu tive certe-
za que seria impossível dar conta de tudo. Aí eu parava, fazia um planejamento diário até o
fim das Deadlines, que obviamente não envolvia qualquer autocuidado e, mesmo que aos
trancos e barrancos, rolava! Houve um mês em que eu trabalhei mais de 330 horas.
Que divididas por 30 dias corridos, dá uma média de de 11 horas por dia. Isso sem falar nos
3 Natais em que eu só saí do escritório para a Ceia - e olha que eu amo o Natal - e na in-
sanidade inenarrável que é gerenciar 6 projetos (grandes e complexos) ao mesmo tempo.
A esta altura eu já tinha o orgulho de me considerar uma Workaholic (viciada em trabalho)
- título que eu carregava com deferência e reputação que eu me esforçava para manter.
A meta nunca foi entregar apenas o necessário ou o suficiente. A meta era dar conta do
inalcançável e alcançar o extraordinário! A meta era ser extraordinária para compensar a
minha falta de percepção do meu próprio valor, lembra? Então eu não apenas me esforça-
va além de todos para entregar todos os trabalhos dentro de seus prazos e receber as mel-
hores menções, mas também ter todos os trabalhos em destaque! Fazê-los se tornarem
exemplos para os alunos dos próximos semestres. Foi assim que eu consegui alcançar as
minhas metas, uma a uma - com algumas de bônus pelo caminho, apenas para alimentar o
meu já inflamado Ego (doente das polaridades de superioridade e inferioridade): como ser
disputada por dois professores para estagiar em seus escritórios, por exemplo.
Em 2011 eu consegui alcançar uma das maiores metas: depois de uma extenuante com-
petição interna da Faculdade, eu fui selecionada para Trabalhar em Milão, em um escritório
de prestígio internacional. Um Sonho! Em 2012 eu retornei, pronta para me formar. Entreg-
uei 30 Pranchas de um projeto 100% detalhado, parafuso por parafuso, por ter desafiado
o coordenador do meu curso - que à princípio fora contra o meu trabalho de diplomação,
mas acabou nomeando o mesmo projeto para um prêmio de alcance nacional. Outro Son-
ho! Por fim formada, me tornei sócia do escritório do qual eu havia começado como es-
tagiária, naquele terceiro semestre de faculdade. Eu devia estar mesmo sonhando.
Estava tudo dentro do plano, mas eu mesma ainda nem acreditava em mim! Como isso
tudo era possível senão com muita Luta?! Eu descobrira uma fórmula mágica e nada nem
ninguém conseguia me parar - e nem tampouco me acompanhar! Aliás, em muito pouco
tempo, nem eu mesma conseguiria.
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CAPÍTULO 3
DESEQUILÍBRIO
ENTRE ESFORÇO
E RECOMPENSA
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Existe, na cultura da Arquitetura, uma pergunta infame que eu repetia sempre, como um
mantra para eliminar as minhas desculpas: “O que você costuma fazer entre meia noite às
6 da manhã?”. Assim, o sono e o descanso foram os primeiros hábitos que eu abdiquei, mas
isso por si só não era o suficiente. Natural e concomitantemente foram as atividades físicas
- as regulares e as esporádicas também. Aos poucos eu ia abrindo mão das coisas que eu
gostava de fazer e que me faziam bem; das saídas com amigos até jogar um papo fora com
os colegas, qualquer tempinho era otimizado para ser o máximo produtivo.
A negligência à saúde, seja ela física, mental e emocional, é clara, mas de tudo, o que real-
mente me marcou foi a negligência à saúde na falta dela! Quando doente ou diante de
algum desconforto físico, o raciocínio era bem lógico: entre ficar doente, prostrada em uma
cama, e sentada trabalhando, melhor eu me recuperar trabalhando. Fica difícil argumentar
com raciocínio lógico, né?
Para mim o Burnout é como uma montanha-russa. A gente entra no carrinho, aperta os cin-
tos e então ele começa a se mover. Ainda lentamente nós vamos sentindo aquele frio na
barriga enquanto avançamos na subida!... Estamos empolgados! Neste momento a gente
não sabe exatamente tudo que vai sentir, mas existe um momento onde a apreensão é o
clímax. É aquela leve e dramática desacelerada antes da descida. Aquele momento em
que estamos no topo e percebemos que diante de nós existe um abismo. E, não, não tem
outra rota de descida senão esta abissal diante de nós. E no momento em que descemos
com tudo, não há mais vazão, controle ou freio. Esta é a sessação! E aqui, bem aqui nesta
inversão de valores, é que jaz a parte ascendente desta montanha-russa. No momento em
que revisitamos o nossos sistema de valores é como se estivéssemos bambeando no car-
rinho, nos trilhos lá de cima.
Valores são a nossa pequena constituição, é o que a gente prioriza nos momentos decisão.
Seja nas grandes decisões que mudam todo o rumo de nossas vidas - como mudar ou não
de cidade, seja nas pequenas decisões do dia a dia que nem bem consideramos decisões,
mas que juntas formam as nossas regrinhas de conduta - que nos fazem chegarmos sem-
pre no horário ou sempre atrasados, por exemplo.
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O aconchego não é apenas importante para mim como também sempre foi um dos meus
Valores mais altos. Eu consigo suprir o meu valor de aconchego em um ambiente harmo-
nioso, entre pessoas que eu confio, como em casa e junto à minha família. Mas foi preciso
uma caminhada no mundo do autoconhecimento para que isso ficasse claro. Hoje é, mas
não era quando eu cheguei neste ponto da montanha-russa, em que o meu valor pessoal e
a minha autoestima se ancoraram na minha competência laboral e nos (bons) resultados do
meu trabalho. Foi aí que eu também me perdi daquilo que era realmente importante para
mim. Me perdi daquilo que constitui a minha verdadeira essência. Daquilo que realmente
importa(va). Se mudar os nossos Valores é como mudar a nossa constituição, quando mu-
damos isto, mudamos os nossos comportamentos. O que priorizamos, como vivemos e
respondemos às circunstâncias.
Fase 5: Negação
Negar os problemas, acreditar que os outros que são preguiçosos:
os outros são desvalorizados e tidos como incapazes.
É muito fácil refutar alguém que nos diga que estamos trabalhando demais, né?
Além de ser só este projeto, que está me demandando tempo e atenção especial; todos
nós sabemos que trabalhar edifica o homem; que Deus ajuda a quem cedo madruga. Que
só vence quem peleja. Que sem dor não há ganho.
Além disso, todos nós temos como um bom exemplo negativo aquele filho do amigo do
pai do nosso amigo que era um encostado e que até os 30 e poucos anos ainda dependia
financeiramente dos pais. Quem afinal de contas, quer ser uma anomalia, uma atrocidade
dessas?
Na boa.. Errado é quem não trabalha, nós que somos Workaholics devemos ter é orgulho!
Nós devíamos até nos apresentar assim, que é já para nos diferenciarmos do restante das
pessoas. É afinal uma deferência, um título nobre que só quem trabalha em média 12h por
dia nos 7 dias na semana merece. E faça silêncio, porque eu preciso me concentrar aqui.
É muito fácil negar quando excedemos no trabalho. Difícil é nos convencermos que a vida
necessita de pausas, como diria Drummond. A vida precisa é de mais pessoas que se em-
penhem na realização de suas metas.
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CAPÍTULO 4
FRUS
TRA
ÇÃO
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Fase 6: Isolamento
Recolhimento e comportamento antissocial: aversão a grupos,
reuniões e evitar socializar com as pessoas.
É deste ponto em diante que a montanha-russa está em queda plena. E se a subida
é lenta, a queda é rápida, voraz, ávida e.. solitária. Os amigos se foram e a família entendeu
que não dá tempo e nem há paciência. Não existe um marco exato, mas de uma hora para
a outra nós nos vemos sozinhos por todos os lados, afinal, estamos sozinhos por dentro.
Se o pertencimento um dia foi uma motivação, ele perdeu a vez no momento em que os
meus valores foram alterados. E foi assim que a busca pelo pertencimento deu espaço para
o ressentimento - e com ele, mais isolamento - só que agora também no trabalho. Antes
eu me divertia por qualquer coisa que envolvesse o trabalho, especialmente no escritório.
Parece bobo, mas antes de tudo isso, as reuniões me divertiam em especial, porque de
alguma forma elas faziam eu reconhecer o meu valor próprio. Mas com a mudança dos
valores, elas começaram a me irritar, me dando a sensação de tempo perdido na angústia
da montanha-sem-fim de tudo que precisava ser feito...
Fase 7: Mudança
Os outros percebem as mudanças comportamentais evidentes.
Existem vantagens em ter um Workaholic na equipe. Ele está sempre empolgado para tra-
balhar e isto, de uma forma ou de outra, contagia a todos! Mas quando o amigo Workaholic
se vê em queda livre nos trilhos do Burnout, a empolgação abre espaço para outra sorte de
sentimentos e a equipe como um todo também é afetada com o cidadão agora ensimes-
mado. De uma hora para outro a montanha-russa se traveste de trem fantasma e é assim
que imperam o medo, a frustração, a angústia, a mágoa, o ressentimento, a apatia e, claro,
a culpa e a vergonha.
- “Como assim apatia? Quem é você?!” Esta não é uma pergunta que necessariamente
venha de fora. A mudança não é só percebida pelos outros, mas estranhada e repudiada
por si mesmo.
Eu sabia que eu não estava sendo eu mesma, mas eu também não sabia mais quem eu
era exatamente. Eu mudei quando os meus Valores mudaram, mas agora eu simplesmente
não me reconhecia e claro, as outras pessoas, especialmente as mais íntimas, também
não. Eu costumava ser a pessoa entusiasmada do escritório, que chegava feliz, saltitante e
com um largo sorriso no rosto para trabalhar, que fazia festa por estar ali - cedo, tarde ou
de madrugada - que amava reuniões para conversar com as pessoas, que fazia salada de
frutas para todos perto das 18h - que estava bem longe de ser a hora que acabava a minha
jornada de trabalho. Agora eu me via triste. As pessoas à minha volta me viam distante e
com alguns algumas boas pitadas de agressividade. Sendo bem honesta comigo mesma,
agora eu sequer tinha vontade de estar ali, quiçá ser aquela pessoa que pula, brinca e con-
tagia com a vontade de realizar. Eu sequer tinha vontade de realizar.
- “Como assim sem vontade de realizar? Quem é você?!”. É a pergunta que não sai
dos pensamentos.
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CAPÍTULO 5
APATIA
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Fase 8: Ausência
Perda de contato consigo mesmo: despersonalização.
É muito estranho quando a gente percebe que não está sendo a gente mesmo,
justamente porque é quase impossível tentar ser quem somos a não ser que seja natural-
mente. Se a ideia é buscarmos espontaneidade, não dá para forçarmos a barra para con-
segui-la intencionalmente. Isso seria uma contradição! Assim o que existe é um lado de si
mesmo que está tentando interpretar o papel de si próprio. O resultado disso é esquisito e
eu tenho certeza que você sabe do que eu to falando.
Nesta ausência de mim, eu mesma não me reconhecia e nem tampouco me aceitava. Não
me aceitar me afastou da possibilidade de me ajudar. E não me reconhecer foi uma das pi-
ores sensações de todas porque eu não sabia ao certo o que fazer para me resgatar. Com o
estranhamento do não reconhecimento veio a culpa e toda sorte de questionamentos que
fizeram morada na minha mente.
Desta ausência a maior lembrança que eu tenho é da caminhada do meu carro até o es-
critório. Lembro de cada pensamento que vinha com cada passo: “eu só tenho 25 anos e só
estou ensinando, sem aprender mais nada. Não é possível que seja só isso. Eu tenho pelo
menos mais 40 anos de atuação profissional à minha frente, não é possível que seja só isso.
Não é possível que seja só isso, mas o que eu ainda não estou enxergando?”
E nesta toada eu tentava imaginar o futuro, mas ele era só um quadro branco com um
pequeno ponto de interrogação em perspectiva lá no fundo.
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Aos poucos eu fui me tornando uma casca ambulante. Oca. Eu tentava seguir como se
nada estivesse acontecendo, fingindo não sentir, como um Zumbi, mas cheia de question-
amentos e transbordando de sentimentos. Principalmente a raiva (de mim mesma), a apatia
a culpa e a vergonha.
Não se reconhecer cria na gente este vazio interno que não se explica muito bem. Mas que
te faz questionar tudo. É como um looping infinito.
Não me reconheço > Não me aceito > Me repudio > Me questiono > Questiono tudo > Tenho
vontade de nada > Me questiono > Me repudio > Não me aceito > Não me reconheço
Existia, no entanto, uma música que não saía da minha cabeça (e que hoje me dá arrepio só
de lembrar). Mas ela conseguia traduzir de tantas formas os meus sentimentos e question-
amentos confusos que era impossível tirá-la dos meus pensamentos:
Eu tinha essa vontade de fugir, mas, sejamos realistas, fugir de quê? De quem?! O vazio
estava dentro e não se foge de si mesmo a não ser por vias que eu não estava disposta a
adentrar. Alguém com uma mentalidade mais fraca se anestesiaria ou tentaria escapar da
própria vida. Mas no meu caso, a minha única fonte de anestesia era justamente o trabalho,
então eu segui trabalhando. Mesmo com aquele sabor amargo e ingrato na boca, eu se-
gui nos trilhos unidirecionais daquela montanha-russa-fantasmagórica. Não foi gostosinho,
evoluir pela dor nunca é gostosinho. Mas valeu a pena. Evoluir sempre vale a pena. É para
evoluir, afinal, que estamos por aqui, não é? Mesmo que sejamos incapazes de perceber o
porquê ou para quê naquele exato momento circunstancial da vida.
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Anos mais tarde, lendo o livro “Mindset, a Nova Psicologia do Sucesso”, da Carol Dweck,
que eu descobri uma informação bastante relevante desta fase da minha vida. Nem todo
mundo sabe - bom, pelo menos eu não sabia! - que as pessoas reagem à depressão essen-
cialmente de duas diferentes formas. Usando os termos da Carol: pessoas com “mindset
fixo” se deixam levar prostradas em uma cama sem conseguirem se levantar, quando dep-
rimidas, já as pessoas de “mindset de crescimento” continuam fazendo as mesmas coisas,
mas na raça, na moral. Se arrastando para os seus compromissos, sem nenhuma vontade
de cumpri-los de fato e lidando com toda a culpa por terem perdido não só o entusiasmo,
como também a produtividade.
Eu fui esta pessoa que carregava este elefante branco nas costas... Eu levantava, vazia e
pesada, e ia - me esforçando para acreditar que eu só estava perdida por aí, em algum lu-
gar pelo caminho, mas que uma hora ou outra eu retornaria para mim mesma. Mas eu não
retornava e então batia um desespero. Eu olhava para o futuro atormentada com aquele
quadro branco com aquela enigmática interrogação em perspectiva ao fundo e me sen-
tia mais uma vez vazia. Eu não via graça, sentido ou propósito no meu presente e então o
choro escorria em córrego. Por nenhum motivo - ou por todos estes - as lágrias apenas
desciam silenciosas.
CAPÍTULO 6
INTERVENÇÃO
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Poderia ter sido, mas no meu caso a motivação nunca foi o dinheiro, mas o reconheci-
mento do meu próprio valor e a sensação de que eu poderia, por fim, pertencer. Reflexo
da autocobrança e da autocrítica tão excessivas, além das constantes Crises Agudas de
Enxaqueca, as consequências na minha saúde foram as constantes Crises de Ansiedade e
Pânico casadas com todo aquele vazio da Depressão. As crises de ansiedade vinham como
uma onda que me esmagava e quanto mais eu lutava para fora dela, mais eu me via presa
naquele caixote. Talvez você saiba, mas levar um caixote do mar “é ser envolvido por uma
onda grande, ficar rolando sem controle até quebrar na areia ou ser levado para alto mar!...”
E de repente eu me vi assim. À deriva e de muitas formas traída - pelo que eu achava que
era o grande amor da minha vida: o meu trabalho.
“Soneto de Seperação”,
de Vinicius de Moraes e Tom Jobim
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CAPÍTULO 7
RECONSTRUÇÃO
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Todos nós temos uma saída, uma alternativa para construirmos uma história
diferente. E a saída não é pela ação (pela ação). A única saída real é por dentro. A gente só
constrói resultados diferentes quando nos dispomos a mergulhamos fundo, dentro de nós
mesmos, afim de descobrirmos novas camadas escondidas na nossa imensidão.
Foi por um instinto de proteção e fuga que eu decidi romper com a Arquitetura. Mas, por
mais que eu tentasse me persuadir e acreditar que esta tinha sido a decisão mais acertada,
a dúvida continuava a me atormentar. E ela me atormentou até o momento em que eu fi-
nalmente tive os bagos de encarar tudo aquilo. De engolir o meu orgulho para buscar ajuda
e finalmente entender a minha dose de responsabilidade naquilo tudo. Foi só assim que,
contraditoriamente para muitos, eu me libertei das amarras da culpa e pude fluir para os
meus novos objetivos. Estes sim, realmente alinhados com o meu anseio de alma.
Depois de ter rompido com uma profissão da qual eu tinha tido uma projeção tão ascen-
dente e, ao mesmo tempo, que eu tinha me empenhado tanto, por muito tempo eu duvidei
que eu conseguiria encontrar alguma outra profissão que me desse a mesma satisfação,
sensação de competência e pertencimento. E, no afã de acabar com tudo aquilo na marra
e movida à ansiedade, ao invés de parar para recalcular a rota, eu preferi sair correndo para
experimentar - o que me rendeu bastante experiência e resiliência, mas também muito
tempo mal empreendido, muita dedicação em matérias que eu não tinha interesse e nem
mesmo afinidade, além de uma pós-graduação e um mestrado completos que não servem
sequer para eu pendurar os respectivos diplomas na parede. Até que fui bem-sucedida nos
meus empreendimentos aleatórios, mas a sensação de vazio permanecia acesa e fume-
gante, me queimando por dentro. Hoje eu sei que a minha tentativa de me encontrar se-
guia a estratégia de uma bolinha de Pinball, que quando lançada vai para todos os lugares,
menos para o lugar que deveria - a não ser por sorte.
E mesmo com essa trajetória nada linear, eu tive muita sorte. Especialmente ao fim do me-
strado, quase 3 anos depois daquele fatídico Dia Seguinte, quando todas aquelas emoções
represadas vieram novamente à tona - só que de uma forma ainda mais intensa. Todo
aquele vitimismo sobre o passado somado à desesperança sobre o futuro me impuseram
um quadro depressivo que veio acompanhado das inúmeras crises de ansiedade diárias -
com direito àquele choro compulsivo que simplesmente não se controla. Este processo do
que aconteceu nesse período de busca dos 3 anos seguintes ao Burnout que eu conto no
meu Ebook “Saindo do Ciclo da Autossabotagem - quando o meu maior fracasso se tornou
a minha missão de vida” (que você também encontra disponível em CamilaGlycerio.com.br
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E se hoje eu atendo diariamente pessoas que também passaram pelos mesmos desafios
que eu passei, eu sei que para se construir uma vida de realização, ou seja, uma vida em
que de fato a gente se orgulhe das histórias que contamos, a gente precisa estar alinhado
- e este é um exercício constante de autoconhecimento e realinhamento.
Estar alinhado significa ter uma vida profissional que utiliza e se vale dos nossos talentos,
que atende os nossos Valores, que tira proveito do melhor da nossa personalidade, que
preenche o nosso senso de contribuição e propósito e que atende os anseios da nossa
alma. Viver pelos nossos talentos também exige uma certa reeducação da nossa parte,
especialmente quando acreditamos que precisamos ralar muito para termos algum re-
torno, o que normalmente é o modus operandi comum de quem é habituado a trabalhar
à exaustão; precisamos, neste sentido, estarmos preparados para o fato de que quando
utilizamos os nossos talentos, os resultados vêm com menos esforços. Ter um senso de
propósito é outro ponto fundamental, pois ele tem relação com a nossa missão de vida e
faz parte do subproduto do nosso profundo autoconhecimento; é quando finalmente o de-
scobrimos e o entendemos que temos a sensação de completude, ou seja, some aquele
vazio existencial que é subproduto de quando trabalhamos pelo nosso ego - ou pior, quan-
do trabalhamos apenas pelos nossos bolsos. E ainda que tudo isto esteja alinhado, é im-
portante entendermos que todos os dias nós vivemos, aprendemos e nos renovamos, e é
exatamente por isso que o processo de autoconhecimento é contínuo.
E é exatamente por isso que é tão importante nos reposicionarmos de nós mesmos, seja
para recarregarmos as energias seja para revermos a rota para cumprirmos a nossa missão
e o nosso propósito.
Assim como um ex-viciado que passou por uma overdose, um ex-workaholic que teve um
Burnout é alguém que precisa de vários cuidados e algumas restrições. Ao contrário das
drogas e das bebidas, em que o mais indicado seja a abstinência completa, um viciado em
trabalho não pode se dar ao luxo de simplesmente parar de trabalhar e se encostar na ra-
beira de outro ser humano. Ainda que haja um período sabático, que aliás é extremamente
benéfico para a reestruturação do indivíduo e também para a descoberta de diferentes
fontes de satisfação cotidiana, é chegada uma hora em que simplesmente é preciso voltar
ao batente! O desafio de todos os dias é descobrir e manter o ponto de equilíbrio entre os
diversos papéis que representamos em nossas vidas. Isso tudo, é claro, mantendo o movi-
mento - porque infelizmente o mundo não para pra que a gente se recomponha.
Não adianta fingirmos para nós mesmo que a gente tem o controle da situação. 1. Não te-
mos e 2. Controle é uma ilusão. Quem já passou por um Burnout sabe que o limite não tem
margem. E o primeiro desafio que todos nós precisamos lidar é justamente com este medo.
Fica um trauma. Aliás, ficam vários traumas. Temos medo de não conseguirmos superar-
mos os efeitos colaterais que permaneceram na gente, como a depressão, a ansiedade ou
aqueles problemas de saúde bem específicos, como pânico, insônia, enxaqueca, gastrites
e outras “ites” e até mesmo disfunções sexuais. Temos medo de nunca mais conseguirmos
sermos verdadeiramente bem-sucedidos em alguma outra profissão, pois acreditamos
que, para tal, há um preço a ser pago com o excesso de dedicação. E principalmente,
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Passado o desafio de descobrir se devemos abrir mão da profissão que nos levou ao lim-
ite ou se devemos permanecer e lidar com ela de uma forma diferente, nós encaramos o
desafio de buscarmos e encontrarmos a satisfação também nas demais áreas da vida. Fica
mais fácil buscarmos equilíbrio e separarmos tempo para cada uma das nossas atividades
cotidianas se elas nos estimulam e nos atraem, mas não sentimos isso se não sabemos o
que é que nos impele e repele. Quais são os nossos valores que dão diretrizes aos nossos
comportamentos. Quais são as crenças que criam a nossa percepção de mundo (tal como
ele supostamente é).
O primeiro convite é para nos conectarmos! Eu vou amar muito saber que você leu este
pedaço da minha história e que, de alguma forma, ela te tocou. A gente se gosta mais de-
pois que se conhece, já reparou?! Então deixa eu te conhecer também! Eu estou lá no Insta
como Instagram.com/CamilaGlycerio.com.br e vai ser muito legal ver uma marcação sua
(seja nos Stories ou no Feed) sobre a sua experiência com a leitura deste Ebook. E aí, você
topa?!
O segundo convite que eu quero te propor é que você Realize MUITO. Mas do JEITO CER-
TO. E este jeito certo exige algumas pequenas mudanças, como privilegiar a consistência
à velocidade e que o aproveitar a jornada também se faça presente na sua agenda - todos
os dias. Afinal, uma #VidaDeConquistas de verdade não envolve apenas o sucesso no tra-
balho, mas principalmente o se perceber respeitando ativamente os seus próprios valores
- sem máscaras - todos os dias.
Eu entendo, porém, que esta não é uma mudança nem fácil e nem tampouco simples, afi-
nal, a busca pelo caminho do meio pode ser de muitas formas confusa, abstrata, amórfica e
sem direção. E é por este motivo que agora eu te convido a acessar > www.VidaDeConquis-
tas.com.br/Descubra <. Lá você vai descobrir como eu posso contribuir para a sua jornada
- independente da etapa que você esteja - para que você dê conta de tudo, mas sem se
sentir afogado pela sua própria vida.
Leia também:
Eu conto mais sobre este processo de
descobertas no meu Ebook
“Saindo do Ciclo da Autossabotagem -
quando o meu maior fracasso se
tornou a minha missão de vida”,
que você também encontra em
CamilaGlycerio.com.br
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Sobre:
Camila Glycério ajuda pessoas que se sentem afogadas pelas demandas da vida a romper-
em com seus padrões de autossabotagem para que se realizem em seus propósitos
de vida.
Depois de ter sido uma Workaholic e passar por um processo de Burnout que a fez romper
com a sua primeira área de atuação (onde foi extremamente bem-sucedida) passou 3 anos
presa em um Ciclo de Autossabotagem até finalmente descobrir o universo do Desenvolvi-
mento Humano e, com ele, as maneiras de sair de tudo isso. Hoje se realiza sendo instru-
mento de transformação na vida de outros realizadores que também querem ser e fazer a
diferença no mundo, mas se veem presos em seus próprios padrões de autossabotagem.
É Master Coach pelo Instituto Geronimo Theml (IGT). Formada pelo Método EVO e pelo
IGT, Especialista em Coaching Avançado, de Carreira e Executive Coaching (IGT). Analista
e Especialista em Mapeamento de Perfil Comportamental - Metodologia DISC - (SOAR e
Solides), Practitioner em PNL pelo HARPIA; Hipnoterapeuta pelo Instituto Brasileiro de For-
mação em Hipnose (IBFH); Mapeadora Emocional e Especialista em Crenças Limitantes.
Também é Arquiteta e Urbanista, Pós-graduanda em Gestão Pública e Mestre pela UnB.
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