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Florestal
Categoria: Profissionais
1994 a 2008
1
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) DO SETOR FLORESTAL
RESUMO:
Passos e Nogami (2006), o produto interno bruto (PIB) do setor florestal brasileiro,
contribuiu para PIB brasileiro, mas essa contribuição reduziu ao longo dos anos; o
PIB do setor florestal; o aumento no PIB nominal foi causado, em grande parte, pelo
2
GROSS DOMESTIC PRODUCT (GDP) OF THE BRAZILIAN
ABSTRACT:
The present work analyzed and it esteemed, according with methodology present in
Passos and Nogami (2006), gross domestic product GDP of the Brazilian forest
section, in the period from 1994 to 2008. The obtained results indicated that the
forest section contributed to Brazilian GDP, but that contribution reduced along the
years; the segment of wood processed mechanically was what more contributed to
GDP of the forest section; the increase in nominal GDP was caused, largely, for the
increase of the prices of the forest products; and the segment of non-lumberman
3
1. INTRODUÇÃO
abaterem até 50% do valor do imposto de renda devido, para aplicar em projetos
crescimento da área reflorestada no país situou na faixa de 100 a 250 mil hectares
anuais em 1968 a 1973, elevando-se para 450 mil hectares anuais entre 1974 e
1982. Em 1976, o Brasil era um dos 4 países que mais incentivavam a produção
4
ou incentivando o reflorestamento em pequenos e médios imóveis rurais
plantada de eucalipto foi Minas Gerais com 29% do total, seguido por São Paulo
(22%), Bahia (14%), Rio Grande do Sul (7%). Os demais estados juntos
responderam por 29%. Com relação à área plantada de pinus, os estados da região
sul foram os que mais se destacaram. O Paraná respondeu por 38% da área
plantada com o gênero, Santa Catarina por 30% e o Rio Grande do Sul por 9%. Os
de pinus, no Brasil elas rendem 35 m³/ha/ano, contra 4 m³/ha/ano das coníferas dos
científicos realizados a partir do ano 2000, como o de Valverde (2000); Martins et al.
(2003); Silva (2004); Valverde et al. (2005a); e Valverde et al. (2005b); Sousa et al.
(2010).
5
De um modo geral, esses estudos constataram que o setor florestal
setor florestal no produto interno bruto (PIB) do país, bem como o comportamento do
PIB florestal brasileiro ao longo dos anos (BREPOHL, 1980; PAULA et al., 1996).
Com isso, torna-se relevante atualizar pesquisas nesta área, para entender a
cálculo do PIB real e nominal e divergência dos dados das diferentes fontes
existentes.
6
2. OBJETIVOS
O presente trabalho teve como principal objetivo geral analisar o PIB do setor
Especificamente, pretendeu-se:
período supracitado;
florestal Brasileiro.
7
3. MATERIAL E MÉTODO
nominal e PIB real. O PIB nominal se refere ao valor do PIB calculado a preços
correntes (equação 1) e o PIB real está relacionado com o valor do PIB calculado a
n
PIB no min al = ∑ (Pin xQin ) (1)
i
PIBno min al
PIB real = x100 (2)
Índice de Pr eço
O mais indicado é o uso de seu valor a preços constantes, que leva em conta
apenas as variações nos volumes produzidos dos bens, e não as alterações de seus
preços de mercado.
8
De acordo com Passos e Nogami (2006), ao medir o PIB de um país, surge
Assim, os bens intermediários devem ser excluídos do cálculo, pois eles já estão
como parte do PIB. Mas, excluem-se pneus, aço e vidro, pois estes já estão
eles são considerados bens finais e por isso devem entrar no cálculo do PIB.
das exportações nacionais para não se incorrer em dupla contagem, haja vista que o
Y = a.b T (3)
9
em que:Y = variável dependente; T = tempo; a e b = parâmetros a serem estimados.
Não se trabalhou com um período maior porque alguns dados não estavam
evolução do setor.
(IBGE, 2010).
(FAO, 2010).
10
Ressalta-se que para calcular o valor da produção dos produtos florestais
celulose. Para esse produto, optou-se por utilizar os preços da celulose coletado
2010).
11
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
12
Tabela 1 – PIB do setor florestal brasileiro e de seus segmentos, em milhões de R$.
1994 8.543 7.906 2,4 3.047 2.820 35,7 547 506 6,4 4.555 4.216 53,3
1995 10.414 8.379 1,5 3.317 2.669 31,8 979 787 9,4 5.621 4.523 54,0
1996 9.453 6.964 1,1 2.674 1.970 28,3 1.013 746 10,7 5.230 3.853 55,3
1997 10.463 7.196 1,1 1.795 1.235 17,2 1.106 761 10,6 6.885 4.735 65,8
1998 10.467 7.069 1,1 1.786 1.206 17,1 1.221 825 11,7 6.803 4.594 65,0
1999 15.760 8.877 1,5 1.824 1.027 11,6 2.258 1.271 14,3 11.002 6.197 69,8
2000 16.457 8.464 1,4 1.804 928 11 2.937 1.510 17,8 10.885 5.598 66,1
2001 19.648 9.167 1,5 1.986 927 10,1 2.936 1.370 14,9 14.020 6.541 71,4
2002 24.710 9.031 1,7 2.921 1.067 11,8 3.741 1.367 15,1 16.863 6.163 68,2
2003 27.374 9.355 1,6 3.029 1.035 11,1 4.349 1.486 15,9 18.407 6.290 67,2
2004 32.153 9.822 1,7 3.274 1.000 10,2 6.705 2.048 20,9 20.563 6.281 64,0
2005 31.545 9.501 1,5 3.602 1.085 11,4 7.319 2.204 23,2 18.938 5.704 60,0
2006 32.405 9.417 1,4 3.814 1.108 11,8 8.697 2.527 26,8 18.016 5.236 55,6
2007 28.661 7.698 1,1 3.859 1.036 13,5 5.436 1.460 19,0 16.651 4.472 58,1
2008 33.718 8.342 1,1 3.967 981 11,8 7.038 1.741 20,9 19.415 4.803 57,6
Fonte: Dados da Pesquisa. * Além dos três seguimentos, inclui carvão vegetal e
lenha.
nominal do setor florestal e dos seus segmentos aumentou no período sob análise.
Mas, quando se considera o PIB real, verifica-se que o crescimento do PIB do setor
13
mecanicamente foi menor em relação ao crescimento do PIB nominal. Além disso,
verifica-se que houve uma redução no PIB do segmento de produtos florestais não
madeireiros.
Isso indica que de 1994 a 2008 o aumento no PNB nominal foi causado, em
grande parte, pelo aumento dos preços. Além disso, a preços constantes de 1994 o
PIB do setor florestal aumentou de R$7.906 milhões para R$8.379 milhões, de 1994
para 1995, aumento este de 6%. Raciocínio análogo pode ser feito para os demais
Este último perdeu participação no PIB do setor florestal ao longo dos anos,
investimento da produção (ROSADO et al., 2006; SOUSA et al., 2009; SOUSA et al.,
2011).
segmento concentrar a maior parte das indústrias florestais explica a sua maior
contribuição para o PIB do setor florestal. Como dito, anteriormente, esse segmento
de fibra e lâminas.
14
Nota-se, pela Tabela 1 que a contribuição do setor florestal ao PIB brasileiro
reduziu ao longo dos anos, o que pode está relacionado com o maior crescimento do
setores ter contribuído mais para a economia brasileira no período analisado que o
2010).
TGC (% ao ano)
Variáveis
PIB nominal PIB real
Madeira Processada
11,3 * 1,4 ***
Mecanicamente
15
Verifica-se na Tabela 2 que o PIB nominal do setor florestal aumentou a uma
taxa média anual de 11,1% e o PIB nominal dos segmentos de produtos florestais
nominal do Brasil.
No que diz respeito ao PIB real, pode-se dizer que o PIB real do Brasil
médio anual de 1,3% enquanto o PIB real do Brasil cresceu em média 2,5% ao ano
(Tabela 2).
manejo florestal.
16
m³/ha/ano, enquanto na África do Sul, Chile, Portugal, Espanha, Uruguai, Indonésia,
se, ainda, que no Brasil a rotação das florestas de eucalipto é de 7 anos, inferior a
de países como África do Sul (8 - 10 anos), Chile (10 -12 anos), Portugal (12 – 15
lado, a rotação das florestas de pinus no Brasil é de 15 anos, enquanto que no Chile,
2009).
(BRACELPA, 2009).
No que diz respeito aos custos totais de produção da celulose de fibra curta,
Unidos, indicam que, em 2009, este foi cerca de US$ 494/tonelada no Brasil. Nos
celulose de fibra curta foi cerca de US$ 439, US$ 626, US$ 604, US$ 560, US$ 549
17
5. Propostas para o crescimento do PIB do setor florestal Brasileiro
tributação, legislação, taxa de câmbio, taxa de juros, nos encargos sociais e nas
PIB nacional.
florestal:
produto final.
produtivas;
18
• Apoio ao desenvolvimento tecnológico, para expandir a produção florestal
19
6. CONCLUSÕES
• O setor florestal contribuiu para PIB brasileiro, mas essa contribuição reduziu
• O aumento no PIB nominal foi causado, em grande parte, pelo aumento dos
20
7. REFERÊNCIAS
09/06/2010.
ABRAF. (2009) Anuário Estatístico da ABRAF 2009 – ano base 2008. Disponível
21
GUJARATI, D. N. Econometria Básica. São Paulo: Makron Books, 2000, 3ª ed, 846
p.
22
PAULA, R. A. de; SILVA, M. L. da; REZENDE, J. L. P. Formação do PIB Florestal
Economia e Sociologia Rural, Piracicaba, SP, vol. 49, nº 01, p. 157-180, jan/mar
2011.
23
SOUSA, E. P. de; SOARES, N. S.; SILVA, M. L. da; VALVERDE, S. R. Desempenho
Espírito Santo. Revista Árvore, Viçosa – MG, v. 29, n.1, p. 105– 113, 2005 (b).
24
Anexo 1: Valor da produção de produtos florestais não madeireiros, em R$
25
Anexo 2: Valor da produção de produtos florestais madeireiros
26
2.b) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de madeira
serrada
27
2.c) Preço da celulose, quantidade exportada e valor das exportações de
celulose
28
2.d) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de
aglomerado
Quantidade
Preço de Valor da
produzida
Ano exportação produção
(mil metros
(R$) (R$)
cúbicos)
1994
135 660.000 89.186.989
1995
307 879.300 270.102.762
1996
384 1.059.100 406.202.143
1997
453 1.224.100 554.103.944
1998
354 1.313.100 464.461.306
1999
433 1.500.000 648.934.650
2000
400 1.762.000 705.126.210
2001
470 1.833.000 861.378.635
2002
657 1.940.600 1.275.441.868
2003
615 2.108.400 1.297.713.172
2004
585 2.369.600 1.386.271.291
2005
487 2.263.000 1.101.809.440
2006
539 2.500.000 1.347.899.745
2007
472 2.784.000 1.313.467.912
2008
602 2.751.000 1.654.820.091
Fonte: FAO (2010).
29
2.e) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de
compensado
Quantidade
Preço de Valor da
produzida
Ano exportação produção
(mil metros
(R$) (R$)
cúbicos)
1994
257 1.870.000 481.217.197
1995
425 1.600.000 680.640.167
1996
43 1.670.000 72.111.683
1997
464 1.650.000 766.195.626
1998
42 1.600.000 66.492.647
1999
557 2.200.000 1.224.992.107
2000
498 2.420.000 1.205.760.955
2001
556 2.500.000 1.390.262.583
2002
605 2.700.000 1.632.972.531
2003
760 3.230.000 2.456.208.940
2004
604 3.810.000 2.302.469.374
2005
740 3.700.000 2.739.815.423
2006
485 3.044.000 1.477.451.463
2007
484 2.878.000 1.393.770.367
2008
532 2.669.000 1.419.943.808
Fonte: FAO (2010).
30
2.f) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de MDF
Quantidade
Preço de Valor da
produzida
Ano exportação produção
(mil metros
(R$) (R$)
cúbicos)
1994
- - -
1995
394 10.000 3.940.772
1996
575 20.000 11.509.839
1997
600 30.036 18.010.688
1998
232 166.692 38.663.098
1999
379 357.000 135.343.008
2000
402 381.000 153.341.797
2001
470 609.072 286.220.190
2002
132 845.518 112.006.483
2003
371 1.095.530 406.030.793
2004
36 1.144.270 40.818.576
2005
391 1.400.000 547.073.583
2006
511 1.700.000 868.420.917
2007
337 1.879.000 632.471.400
2008
604 2.000.000 1.208.520.000
Fonte: FAO (2010).
31
2.g) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de chapa
1994
208 313 65.024.382
1995
283 321 90.717.690
1996
297 292 86.803.637
1997
302 292 88.294.169
1998
296 280 82.835.082
1999
537 236 126.795.754
2000
539 198 106.636.762
2001
649 215 139.526.421
2002
463 395 182.968.689
2003
550 458 251.972.025
2004
573 604 346.012.051
2005
664 487 323.334.574
2006
345 776 267.928.000
2007
314 608 191.214.000
2008
370 453 167.707.800
Fonte: FAO (2010).
32
2.h) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de lâminas
1994
342 310.000 105.966.431
1995
402 300.000 120.548.054
1996
581 265.000 154.054.634
1997
624 115.000 71.783.408
1998
706 440.000 310.553.568
1999
618 560.000 345.931.598
2000
1.376 620.000 852.866.237
2001
1.387 620.000 860.154.706
2002
2.085 620.000 1.292.483.273
2003
1.107 620.000 686.224.792
2004
1.258 620.000 779.836.103
2005
976 620.000 604.861.178
2006
719 620.000 445.856.077
2007
516 620.000 319.697.766
2008
838 620.000 519.739.800
Fonte: FAO (2010).
33
2.i) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de papel e
papelão
1994
365 5.730 2.094.077
1995
767 5.856 4.492.791
1996
791 5.885 4.654.263
1997
708 6.475 4.583.416
1998
736 6.524 4.802.028
1999
1.034 6.255 6.465.789
2000
1.057 6.473 6.841.321
2001
1.197 7.354 8.801.424
2002
1.992 7.354 14.651.967
2003
1.844 7.811 14.405.358
2004
1.797 8.221 14.774.360
2005
1.662 8.411 13.976.206
2006
1.490 5.834 8.695.427
2007
1.452 5.835 8.472.242
2008
1.642 5.947 9.765.738
Fonte: FAO (2010).
34
2.j) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de madeira
em tora
1994
20 649.100 12.808.760
1995
43 1.235.000 53.605.616
1996
50 512.000 25.719.633
1997
49 791.800 38.686.262
1998
56 935.300 52.232.479
1999
91 442.000 40.425.318
2000
84 753.600 63.193.578
2001
66 573.800 37.596.616
2002
106 885.000 94.102.438
2003
115 563.627 64.968.751
2004
139 363.000 50.312.007
2005
159 175.025 27.847.102
2006
165 120.777 19.880.600
2007
138 120.777 16.722.000
2008
138 120.777 16.722.000
Fonte: FAO (2010).
35
Anexo 3: PIB do Brasil, 1994 a 2008, em milhões de R$
1994 349.205
1995 705.641
1996 843.966
1997 939.147
1998 979.276
1999 1.065.000
2000 1.179.482
2001 1.302.136
2002 1.477.822
2003 1.699.948
2004 1.941.498
2005 2.147.239
2006 2.369.484
2007 2.661.344
2008 3.004.881
36
Anexo 4: IGP-DI
Ano IGP-DI
1994 108,0525
1995 124,2871
1996 135,7473
1997 145,4001
1998 148,0736
1999 177,5482
2000 194,4444
2001 214,3359
2002 273,6192
2003 292,6252
2004 327,3736
2005 332,0264
2006 344,1162
2007 372,3075
2008 404,2145
37