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Concurso de Monografias – I

Premio Serviço Florestal Brasileiro em Estudos de Economia e Mercado

Florestal

Categoria: Profissionais

Tema: Produto Interno Bruto (PIB Verde)

Título da Monografia: Produto Interno Bruto (PIB) do setor florestal brasileiro,

1994 a 2008

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PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) DO SETOR FLORESTAL

BRASILEIRO, 1994 A 2008

RESUMO:

O presente trabalho analisou e estimou, conforme metodologia apresentada em

Passos e Nogami (2006), o produto interno bruto (PIB) do setor florestal brasileiro,

no período de 1994 a 2008. Os resultados obtidos indicaram que o setor florestal

contribuiu para PIB brasileiro, mas essa contribuição reduziu ao longo dos anos; o

segmento da madeira processada mecanicamente foi o que mais contribuiu para o

PIB do setor florestal; o aumento no PIB nominal foi causado, em grande parte, pelo

aumento dos preços dos produtos florestais; e o segmento de produtos florestais

não madeireiros perdeu participação no PIB do setor florestal.

Palavras-chave: agregado econômico, crescimento econômico, economia florestal.

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GROSS DOMESTIC PRODUCT (GDP) OF THE BRAZILIAN

FOREST SECTION, 1994 TO 2008

ABSTRACT:

The present work analyzed and it esteemed, according with methodology present in

Passos and Nogami (2006), gross domestic product GDP of the Brazilian forest

section, in the period from 1994 to 2008. The obtained results indicated that the

forest section contributed to Brazilian GDP, but that contribution reduced along the

years; the segment of wood processed mechanically was what more contributed to

GDP of the forest section; the increase in nominal GDP was caused, largely, for the

increase of the prices of the forest products; and the segment of non-lumberman

forest product lost participation in GPD of the forest section.

Key words: macroeconomics aggregated, economic growth, forest economy.

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1. INTRODUÇÃO

Entende-se por setor florestal todo o conjunto de atividades produtivas

primárias e secundárias, que exploram, conservam, manejam e renovam e ou

implantam florestas, bem como utilizam a madeira como principal insumo na

transformação industrial (BREPOHL, 1980).

Esse setor começou se destacar no país a partir de 1965, quando foram

criados os incentivos fiscais ao reflorestamento, que possibilitou às empresas

abaterem até 50% do valor do imposto de renda devido, para aplicar em projetos

florestais. Em decorrência da legislação (lei n° 5.106, de setembro de 1966), o

crescimento da área reflorestada no país situou na faixa de 100 a 250 mil hectares

anuais em 1968 a 1973, elevando-se para 450 mil hectares anuais entre 1974 e

1982. Em 1976, o Brasil era um dos 4 países que mais incentivavam a produção

florestal no mundo, depois da China, União Soviética e Estados Unidos. Ressalta-se

ainda, que os projetos vinculados à política de incentivos fiscais totalizaram,

aproximadamente, 6,2 milhões de hectares entre 1967 e 1986 (LEÃO, 2000).

Em 1988, foi extinto os incentivos fiscais ao reflorestamento devido às

deficiências técnicas na instalação e a distorções na aplicação de recursos

disponíveis. A produção de muitos projetos florestais implantados ficou abaixo das

expectativas, em termos de qualidade e quantidade. Mas, mesmo com o fim dos

incentivos fiscais, esse setor continuou se desenvolvendo no país, porém, com as

grandes empresas de base florestal dedicando-se a ampliar sua área reflorestada,

com recursos próprios ou tomando empréstimos de longo prazo em bancos de

fomento estaduais ou federais, como o Badep (Banco de Desenvolvimento do

Paraná S/A) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),

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ou incentivando o reflorestamento em pequenos e médios imóveis rurais

(ANTONANGELO e BACHA, 1998; LEÃO, 2000).

Em 2008, a área com florestas nativas no Brasil foi de 540 milhões de

hectares e com plantadas 6,5 milhões de hectares. Em termos de florestas

plantadas, os gêneros que mais se destacaram foram o eucalipto e o pinus,

representando 64,7% e 28,4% do total, respectivamente. O estado com maior área

plantada de eucalipto foi Minas Gerais com 29% do total, seguido por São Paulo

(22%), Bahia (14%), Rio Grande do Sul (7%). Os demais estados juntos

responderam por 29%. Com relação à área plantada de pinus, os estados da região

sul foram os que mais se destacaram. O Paraná respondeu por 38% da área

plantada com o gênero, Santa Catarina por 30% e o Rio Grande do Sul por 9%. Os

outros estados representaram 23% do total. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE

PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS, 2009).

A produtividade média das florestas de eucalipto no país alcança de 45-

50 m³/ha/ano, enquanto no Chile, Estados Unidos, Canadá e Finlândia isso

corresponde a 20, 10, 7 e 4 m³/ha/ano, respectivamente. Com relação às florestas

de pinus, no Brasil elas rendem 35 m³/ha/ano, contra 4 m³/ha/ano das coníferas dos

países do Hemisfério Norte e 20 m³/ha/ano do pinus no Chile (Votorantim Celulose e

Papel – VCP, 2004).

A relevância do setor florestal para a economia brasileira, em termos de

geração de renda, emprego, impostos e divisas, foi comprovada em vários estudos

científicos realizados a partir do ano 2000, como o de Valverde (2000); Martins et al.

(2003); Silva (2004); Valverde et al. (2005a); e Valverde et al. (2005b); Sousa et al.

(2010).

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De um modo geral, esses estudos constataram que o setor florestal

configurou-se como um setor-chave na economia em um determinado ano, pois teve

considerável poder de compra; apresentou melhor desempenho em termos de

produção, emprego, renda e arrecadação de impostos do que importantes setores

econômicos; e contribuiu para o saldo positivo da balança comercial brasileira.

Contudo, até o momento, há poucos estudos analisando a participação do

setor florestal no produto interno bruto (PIB) do país, bem como o comportamento do

PIB florestal brasileiro ao longo dos anos (BREPOHL, 1980; PAULA et al., 1996).

Com isso, torna-se relevante atualizar pesquisas nesta área, para entender a

contribuição desse setor na economia ao longo dos anos e auxiliar na formulação de

políticas públicas que visem favorecer o crescimento do setor e, consequentemente,

do país, uma vez que o PIB é um indicador de crescimento econômico.

Além disso, há dificuldades em estimar o PIB florestal devido à

indisponibilidade de dados, falta de conhecimento sobre o conceito e o método de

cálculo do PIB real e nominal e divergência dos dados das diferentes fontes

existentes.

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

O presente trabalho teve como principal objetivo geral analisar o PIB do setor

florestal brasileiro, no período de 1994 a 2008.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Especificamente, pretendeu-se:

- Estimar o PIB do setor florestal no país e dos seus principais segmentos no

período supracitado;

- Verificar a contribuição do setor florestal ao PIB brasileiro e a contribuição

dos seus segmentos ao PIB do setor; e,

- Propor políticas que podem contribuir para o crescimento do PIB do setor

florestal Brasileiro.

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3. MATERIAL E MÉTODO

3.1. Estimativa do PIB

O PIB é um dos indicadores mais utilizados na economia para mensurar a

atividade econômica de uma região ou país. Ele representa a soma, em valores

monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada

região, sejam países, estados e cidades, durante um determinado período de tempo,

independente da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras desses

bens e serviços (FROYEN, 2001, MANKIW, 1999).

Para analisar o PIB ao longo do tempo, é necessário distinguir entre PIB

nominal e PIB real. O PIB nominal se refere ao valor do PIB calculado a preços

correntes (equação 1) e o PIB real está relacionado com o valor do PIB calculado a

preços constantes (equação 2) (PASSOS e NOGAMI, 2006).

n
PIB no min al = ∑ (Pin xQin ) (1)
i

em que P = preço, Q = quantidade produzida, i= produto, e n = período.

 PIBno min al 
PIB real =   x100 (2)
 Índice de Pr eço 

O mais indicado é o uso de seu valor a preços constantes, que leva em conta

apenas as variações nos volumes produzidos dos bens, e não as alterações de seus

preços de mercado.

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De acordo com Passos e Nogami (2006), ao medir o PIB de um país, surge

um grande problema, que é a possibilidade de dupla contagem, ou seja, de

computarmos mais de uma vez um bem no PIB, acabando por superestimá-lo.

Assim, os bens intermediários devem ser excluídos do cálculo, pois eles já estão

incluídos no valor do produto final. Por exemplo: Considera-se o valor do automóvel

como parte do PIB. Mas, excluem-se pneus, aço e vidro, pois estes já estão

incluídos no preço do veículo. Entretanto, se os pneus, aço e vidro são exportados,

eles são considerados bens finais e por isso devem entrar no cálculo do PIB.

Assim, para calcular o PIB do setor florestal brasileiros, utilizaram-se as

equações (1) e (2) e considerou-se o valor da produção nacional dos seguintes

produtos: carvão vegetal, lenha, madeira serrada, aglomerado, compensado, MDF,

Chapas de fibra, lâminas, papel e papelão e produtos florestais não madeireiros.

No caso da celulose e da madeira em tora, considerou-se para cálculo o valor

das exportações nacionais para não se incorrer em dupla contagem, haja vista que o

preço da celulose está incluso no preço do papel e do papelão e o preço da madeira

em tora está incluso no preço dos produtos da madeira processada mecanicamente

como madeira serrada, aglomerado, compensado, MDF, Chapas de fibra e lâminas.

3.2 . Evolução do PIB Florestal Brasileiro

A análise envolvendo a evolução do PIB foi realizada por meio da taxa

geométrica de crescimento (TGC) (equação 3) (GUJARATI, 2000).

Y = a.b T (3)

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em que:Y = variável dependente; T = tempo; a e b = parâmetros a serem estimados.

Aplicando a forma logarítmica, tem-se (equação 4):

LogY = log a + T log b (4)

Deste modo, a TGC é obtida pela equação 5.

TGC = ( Anti − log b − 1) x100 (5)

3.3. Fonte de Dados

Os dados utilizados para cálculo do PIB do setor florestal brasileiro são

provenientes de séries temporais anuais, abrangendo o período de 1994 a 2008.

Não se trabalhou com um período maior porque alguns dados não estavam

disponíveis e por entender que o período abrangido é representativo e capta a

evolução do setor.

O valor da produção nacional do carvão vegetal, lenha e produtos florestais

não madeireiros são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística–IBGE, este

último refere-se ao valor da produção da extração vegetal coletados pelo instituto

(IBGE, 2010).

O valor da produção da madeira serrada, aglomerado, compensado, MDF,

Chapas de fibra, lâminas e papel e papelão, são da Food And Agriculture

Organization – FAO, como o valor das exportações de celulose e madeira em tora

(FAO, 2010).

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Ressalta-se que para calcular o valor da produção dos produtos florestais

madeireiros no Brasil, utilizou-se o preço de exportação como proxy do preço médio

anual desses produtos no país devido à indisponibilidade de dados, com exceção da

celulose. Para esse produto, optou-se por utilizar os preços da celulose coletado

pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – CEPEA (CEPEA,

2010).

Os dados sobre o PIB do Brasil, utilizados para verificar a contribuição do PIB

florestal ao PIB brasileiro, são do IBGE e estão disponíveis no site do Instituto de

Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA (IPEA, 2010).

Para calcular o PIB real, foi utilizado o Índice Geral de Preços -

Disponibilidade Interna (IGP-DI) (1994 = 100) da Fundação Getúlio Vargas (FGV),

também disponíveis no site do IPEA (IPEA, 2010).

Os dados utilizados para cálculo do PIB real e nominal estão em anexo.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Estimativas do PIB

As estimativas do PIB do setor florestal e dos segmentos de produtos

florestais não-madeireiros, celulose e papel e madeira processada mecanicamente,

de 1994 a 2008, pode ser verificado na Tabela 1, assim como a contribuição do

setor florestal brasileiro ao PIB nacional e a contribuição dos segmentos de produtos

florestais não-madeireiros, celulose e papel e madeira processada mecanicamente

ao PIB do setor florestal.

Como descrito anteriormente, o mais indicado é a análise do PIB real para

identificar seu comportamento ao longo do tempo. Contudo, por motivo de

comparação o PIB nominal foi incluído no presente trabalho.

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Tabela 1 – PIB do setor florestal brasileiro e de seus segmentos, em milhões de R$.

Table 1 - Brazilian forest section GDP and of their segments, in millions of R$

Produtos Florestais Madeira Processada


Setor Florestal * Celulose e Papel
Não-Madeireiros Mecanicamente
Ano
PIB PIB % PIB PIB PIB % PIB PIB % PIB PIB % PIB
PIB real PIB real
nominal real brasileiro nominal real florestal nominal florestal nominal florestal

1994 8.543 7.906 2,4 3.047 2.820 35,7 547 506 6,4 4.555 4.216 53,3

1995 10.414 8.379 1,5 3.317 2.669 31,8 979 787 9,4 5.621 4.523 54,0

1996 9.453 6.964 1,1 2.674 1.970 28,3 1.013 746 10,7 5.230 3.853 55,3

1997 10.463 7.196 1,1 1.795 1.235 17,2 1.106 761 10,6 6.885 4.735 65,8

1998 10.467 7.069 1,1 1.786 1.206 17,1 1.221 825 11,7 6.803 4.594 65,0

1999 15.760 8.877 1,5 1.824 1.027 11,6 2.258 1.271 14,3 11.002 6.197 69,8

2000 16.457 8.464 1,4 1.804 928 11 2.937 1.510 17,8 10.885 5.598 66,1

2001 19.648 9.167 1,5 1.986 927 10,1 2.936 1.370 14,9 14.020 6.541 71,4

2002 24.710 9.031 1,7 2.921 1.067 11,8 3.741 1.367 15,1 16.863 6.163 68,2

2003 27.374 9.355 1,6 3.029 1.035 11,1 4.349 1.486 15,9 18.407 6.290 67,2

2004 32.153 9.822 1,7 3.274 1.000 10,2 6.705 2.048 20,9 20.563 6.281 64,0

2005 31.545 9.501 1,5 3.602 1.085 11,4 7.319 2.204 23,2 18.938 5.704 60,0

2006 32.405 9.417 1,4 3.814 1.108 11,8 8.697 2.527 26,8 18.016 5.236 55,6

2007 28.661 7.698 1,1 3.859 1.036 13,5 5.436 1.460 19,0 16.651 4.472 58,1

2008 33.718 8.342 1,1 3.967 981 11,8 7.038 1.741 20,9 19.415 4.803 57,6

Fonte: Dados da Pesquisa. * Além dos três seguimentos, inclui carvão vegetal e

lenha.

Com base nos resultados apresentados na Tabela 1, nota-se que o PIB

nominal do setor florestal e dos seus segmentos aumentou no período sob análise.

Mas, quando se considera o PIB real, verifica-se que o crescimento do PIB do setor

florestal e dos segmentos de celulose e papel e madeira processada

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mecanicamente foi menor em relação ao crescimento do PIB nominal. Além disso,

verifica-se que houve uma redução no PIB do segmento de produtos florestais não

madeireiros.

Isso indica que de 1994 a 2008 o aumento no PNB nominal foi causado, em

grande parte, pelo aumento dos preços. Além disso, a preços constantes de 1994 o

PIB do setor florestal aumentou de R$7.906 milhões para R$8.379 milhões, de 1994

para 1995, aumento este de 6%. Raciocínio análogo pode ser feito para os demais

períodos e para os segmentos do setor florestal (Tabela 1).

A Tabela 1 mostra, ainda, que o segmento da madeira processada

mecanicamente é o que mais contribuiu para o PIB do setor florestal brasileiro,

seguido pelo segmento de celulose e papel e produtos florestais não madeireiros.

Este último perdeu participação no PIB do setor florestal ao longo dos anos,

contrário aos segmentos de celulose e papel e madeira processada mecanicamente.

A perda de participação do segmento de produtos florestais não-madeireiros

no PIB pode ser explicada pela falta de políticas governamentais favoráveis ao

desenvolvimento da produção. A taxação elevada, a falta de linhas de créditos

específicas para a atividade com taxas de juros compatíveis, a necessidade de

política de preços e de taxa de câmbio favorável a atividade desestimulam o

investimento da produção (ROSADO et al., 2006; SOUSA et al., 2009; SOUSA et al.,

2011).

No caso do segmento da madeira processada mecanicamente, o fato desse

segmento concentrar a maior parte das indústrias florestais explica a sua maior

contribuição para o PIB do setor florestal. Como dito, anteriormente, esse segmento

engloba as indústrias da madeira serrada, aglomerado, compensado, MDF, Chapas

de fibra e lâminas.

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Nota-se, pela Tabela 1 que a contribuição do setor florestal ao PIB brasileiro

reduziu ao longo dos anos, o que pode está relacionado com o maior crescimento do

PIB brasileiro em relação ao PIB do setor florestal e ao fato de o PIB de outros

setores ter contribuído mais para a economia brasileira no período analisado que o

PIB do setor florestal, conforme Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA,

2010).

4.2. Evolução do setor florestal brasileiro

Na Tabela 2, está a TGC do PIB nominal e do PIB real do Brasil, do setor

florestal e dos segmentos que o compõem, de 1994 a 2008.

Tabela 2 - Taxa Geométrica de Crescimento (TGC) do PIB, de 1994 a 2008.

Table 2 - Growth Geometric Rates of the GDP, from 1994 to 2008.

TGC (% ao ano)
Variáveis
PIB nominal PIB real

Brasil 12,3 * 2,5 *

Setor Florestal 11,1 * 1,3 **

Produtos Florestais não-


3,7 * -6,0 *
madeireiros

Celulose e Papel 18,9 * 9,1 *

Madeira Processada
11,3 * 1,4 ***
Mecanicamente

Fonte: Dados da Pesquisa. * significativo em nível de 1%; ** significativo em nível de

5%; *** significativo em nível de 14%.

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Verifica-se na Tabela 2 que o PIB nominal do setor florestal aumentou a uma

taxa média anual de 11,1% e o PIB nominal dos segmentos de produtos florestais

não madeireiros, celulose e papel e madeira processada mecanicamente,

aumentaram em média 3,7%, 18,9% e 11,3% ao ano, respectivamente. Apenas o

PIB nominal do segmento de celulose e papel apresentou TGC superior ao PIB

nominal do Brasil.

No que diz respeito ao PIB real, pode-se dizer que o PIB real do Brasil

cresceu o dobro do PIB real do setor florestal. Este apresentou um crescimento

médio anual de 1,3% enquanto o PIB real do Brasil cresceu em média 2,5% ao ano

(Tabela 2).

Considerando os segmentos do setor florestal, constatou-se que o PIB real do

segmento de celulose e papel e da madeira processada mecanicamente cresceu

9,1% e 1,4%, respectivamente. No segmento de produtos florestais não madeireiros,

ocorreu uma redução no PIB da ordem de 6% ao ano, em média (Tabela 2).

A Tabela 2 mostra, também, que somente o segmento de celulose e papel

apresentou taxa de crescimento do PIB real superior a do PIB real nacional.

Além do aumento dos preços da celulose e do papel, fatores que aumentaram

a produção desses produtos no Brasil podem ter contribuído para o crescimento do

PIB do segmento no período sob análise. Dentre estes, citam-se elevada

produtividade das florestas de eucalipto no Brasil, que possibilita ciclos de rápido

crescimento e alta qualidade; baixo custo de produção da celulose no Brasil em

relação a outros países; e avanço tecnológico na área de genética, biotecnologia e

manejo florestal.

No tocante à produtividade das florestas nacionais pode-se dizer que, em

2007, a produtividade média das florestas nacionais de eucalipto alcançou 41

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m³/ha/ano, enquanto na África do Sul, Chile, Portugal, Espanha, Uruguai, Indonésia,

esta corresponde à 20, 25, 12, 10, 25 e 20 m³/ha/ano, respectivamente. Acrescenta-

se, ainda, que no Brasil a rotação das florestas de eucalipto é de 7 anos, inferior a

de países como África do Sul (8 - 10 anos), Chile (10 -12 anos), Portugal (12 – 15

anos), Espanha (12 – 15 anos) (BRACELPA, 2009).

Com relação ao pinus, no Brasil a produtividade média das florestas de pinus

spp é de 35 m3/ha/ano. Já as florestas de pinus radiata no Chile e na Nova Zelândia

conseguem produzir 22 m3/ha/ano de madeira. Nos Estados Unidos, a produtividade

média das florestas de pinus elliotti e de pinus taeda é de 10 m3/ha/ano e no Canadá

a produtividade média das florestas de pinus oregon é de 7 m3/ha/ano. Por outro

lado, a rotação das florestas de pinus no Brasil é de 15 anos, enquanto que no Chile,

Nova Zelândia, Estados Unidos é de 25 anos e no Canadá, 45 anos (BRACELPA,

2009).

Observa-se, também, que enquanto no Brasil são necessárias um área de

100.000 ha para produção de um milhão de tonelada de celulose por ano, na

Península Ibérica são necessários 300.000 ha e na Escandinávia 720.000 ha

(BRACELPA, 2009).

No que diz respeito aos custos totais de produção da celulose de fibra curta,

os dados apresentados em Montebello (2006) corrigidos pelo IPA dos Estados

Unidos, indicam que, em 2009, este foi cerca de US$ 494/tonelada no Brasil. Nos

países de tradição florestal como Indonésia, Costa Leste do Canadá, Suécia,

Finlândia, Portugal e Espanha, o custo total de produção de uma tonelada de

celulose de fibra curta foi cerca de US$ 439, US$ 626, US$ 604, US$ 560, US$ 549

e US$ 604, respectivamente.

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5. Propostas para o crescimento do PIB do setor florestal Brasileiro

Acredita-se que fatores como à ineficiência das políticas públicas na

tributação, legislação, taxa de câmbio, taxa de juros, nos encargos sociais e nas

políticas comerciais podem explicar a redução da contribuição do setor florestal ao

PIB nacional.

Como o PIB é um indicador de crescimento econômico, um crescimento do

PIB do setor florestal brasileiro contribuiria para o crescimento da economia do país.

Assim, recomendam-se as seguintes medidas para a expansão do PIB

florestal:

• Políticas governamentais de longo prazo para aumentar a produção de

produtos florestais no país e a área plantada.

• Aperfeiçoamento das linhas de financiamentos existentes para aquisição

de máquinas e equipamentos florestais, como o FINAME, pois as máquinas e

equipamentos florestais possuem preços elevados e são demandados em todo o

processo produtivo, ou seja, da etapa de produção da matéria-prima (madeira) até o

produto final.

• Incentivo ao fomento florestal privado e aumento do número de produtores

atendidos pelo fomento florestal público.

• Redução da taxa de juros para os projetos florestais, principalmente, para

o pequeno produtor rural.

• Melhoria em logística e infra-estrutura, principalmente, quanto a

transportes, custos portuários e de energia;

• Eliminação da incidência de tributos em cascata ao longo das cadeias

produtivas;

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• Apoio ao desenvolvimento tecnológico, para expandir a produção florestal

e as indústrias do setor no país, no sentido de manter a competitividade industrial no

longo prazo e fortalecer o posicionamento das empresas no setor;

• Política cambial favorável às exportações de produtos florestais; e

• Política de preços para os produtos florestais não madeireiros.

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6. CONCLUSÕES

Do presente trabalho, conclui-se que:

• O setor florestal contribuiu para PIB brasileiro, mas essa contribuição reduziu

ao longo dos anos;

• O segmento da madeira processada mecanicamente foi o que mais contribuiu

para o PIB do setor florestal;

• O aumento no PIB nominal foi causado, em grande parte, pelo aumento dos

preços dos produtos florestais; e

• O segmento de produtos florestais não madeireiros perdeu participação no

PIB do setor florestal.

Sugere-se para outros trabalhos de pesquisa, uma comparação entre o PIB do

setor florestal brasileiro com o PIB de outros setores da economia no sentido de

verificar a contribuição de cada setor para o PIB nacional.

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7. REFERÊNCIAS

ANTONÂNGELO, A.; BACHA, C. J. I. As fases da silvicultura no Brasil. Revista

Brasileira de Economia, Rio de Janeiro - RJ, v. 52, n. 1, p. 207-238, 1998.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL – BRACELPA. Setor de

Celulose e Papel. (2009). Disponível em: <http://www.bracelpa.org.br>. Acesso em

09/06/2010.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORES DE FLORESTAS PLANTADAS –

ABRAF. (2009) Anuário Estatístico da ABRAF 2009 – ano base 2008. Disponível

em: <http://www.abraflor.org.br/>. Acesso em: 10/06/2010.

BREPOHL, D. Contribuição do Setor Florestal à Economia Brasileira. Revista

Floresta, Curitiba – PR, v. 11, n.1, p. 53 – 57, 1980.

CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA – CEPEA.

(2010). Informativo CEPEA – Setor Florestal. Vários números. Disponível em:

<http://www.cepea.esalq.usp.br>. Acesso em: 11/05/2010.

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<http//:www.fao.org>. Acesso em: 23/04/2010.

FROYEN, R. T. Macroeconomia. São Paulo: Saraiva. 2001. p. 129-135.

21
GUJARATI, D. N. Econometria Básica. São Paulo: Makron Books, 2000, 3ª ed, 846

p.

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24
Anexo 1: Valor da produção de produtos florestais não madeireiros, em R$

Ano Extração vegetal Eucalipto (folha) Resina


Total
1994 3.038.107 1.669 7.399
3.047.175
1995 3.307.863 825 8.082
3.316.770
1996 2.652.889 9.884 10.941
2.673.714
1997 1.773.132 10.802 11.087
1.795.021
1998 1.764.149 10.935 11.282
1.786.366
1999 1.798.287 11.153 14.089
1.823.529
2000 1.773.851 10.788 19.492
1.804.131
2001 1.970.791 3.349 12.344
1.986.484
2002 2.888.787 1.333 30.648
2.920.768
2003 2.983.002 1.076 45.395
3.029.473
2004 3.204.479 1.798 67.953
3.274.230
2005 3.463.036 3.701 135.218
3.601.955
2006 3.716.852 3.096 94.263
3.814.211
2007 3.778.137 1.745 79.065
3.858.947
2008 3.897.517 2.245 66.832
3.966.594
Fonte: IBGE (2010).

25
Anexo 2: Valor da produção de produtos florestais madeireiros

2.a) Valor da produção de Carvão Vegetal e Lenha, em R$

Ano Carvão Vegetal Lenha

1994 219.300.000 161.051.000

1995 270.909.000 173.008.000

1996 296.519.000 214.373.000

1997 437.731.000 200.070.000

1998 358.404.000 246.113.000

1999 345.324.000 290.985.000

2000 364.892.000 403.188.000

2001 338.996.000 328.888.000

2002 549.301.000 542.023.000

2003 1.006.606.000 517.293.000

2004 766.693.000 793.944.000

2005 831.106.000 827.195.000

2006 955.382.000 902.882.000

2007 1.585.241.000 1.112.621.000

2008 2.024.014.000 1.258.005.000

Fonte: IBGE (2010).

26
2.b) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de madeira

serrada

Preço de exportação Quantidade produzida Valor da produção


Ano
(R$) (toneladas) (R$)

1994 204 18.691.000 3.813.817.490

1995 246 18.100.000 4.455.201.205

1996 239 18.830.000 4.499.035.367

1997 279 19.310.000 5.386.915.386

1998 299 19.520.000 5.839.777.872

1999 415 20.530.000 8.520.468.928

2000 364 21.600.000 7.861.292.052

2001 478 21.950.000 10.481.991.895

2002 550 22.488.000 12.367.241.651

2003 576 23.090.000 13.309.056.770

2004 669 23.480.000 15.707.722.255

2005 578 23.557.000 13.620.783.256

2006 572 23.797.000 13.608.787.910

2007 524 24.414.000 12.800.583.202

2008 578 24.987.000 14.444.271.465

Fonte: FAO (2010).

27
2.c) Preço da celulose, quantidade exportada e valor das exportações de

celulose

Quantidade Valor das


Preço da celulose
Ano exportada exportações
(R$)
(toneladas) (R$)

1994 262 2.077.473 544.923.142

1995 491 1.985.505 974.182.940

1996 449 2.245.800 1.008.068.162

1997 440 2.502.700 1.101.870.469

1998 434 2.802.800 1.216.427.161

1999 724 3.109.200 2.251.036.435

2000 973 3.011.200 2.929.940.986

2001 878 3.333.200 2.927.418.968

2002 1.409 2.644.300 3.726.000.826

2003 1.651 2.624.903 4.334.113.040

2004 1.632 4.098.604 6.690.143.785

2005 1.479 4.939.771 7.304.936.437

2006 1.392 6.243.538 8.688.101.651

2007 825 6.576.538 5.427.607.361

2008 975 7.208.538 7.028.029.048

Fonte: FAO (2010), CEPEA (2010).

28
2.d) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de

aglomerado

Quantidade
Preço de Valor da
produzida
Ano exportação produção
(mil metros
(R$) (R$)
cúbicos)

1994
135 660.000 89.186.989
1995
307 879.300 270.102.762
1996
384 1.059.100 406.202.143
1997
453 1.224.100 554.103.944
1998
354 1.313.100 464.461.306
1999
433 1.500.000 648.934.650
2000
400 1.762.000 705.126.210
2001
470 1.833.000 861.378.635
2002
657 1.940.600 1.275.441.868
2003
615 2.108.400 1.297.713.172
2004
585 2.369.600 1.386.271.291
2005
487 2.263.000 1.101.809.440
2006
539 2.500.000 1.347.899.745
2007
472 2.784.000 1.313.467.912
2008
602 2.751.000 1.654.820.091
Fonte: FAO (2010).

29
2.e) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de

compensado

Quantidade
Preço de Valor da
produzida
Ano exportação produção
(mil metros
(R$) (R$)
cúbicos)

1994
257 1.870.000 481.217.197
1995
425 1.600.000 680.640.167
1996
43 1.670.000 72.111.683
1997
464 1.650.000 766.195.626
1998
42 1.600.000 66.492.647
1999
557 2.200.000 1.224.992.107
2000
498 2.420.000 1.205.760.955
2001
556 2.500.000 1.390.262.583
2002
605 2.700.000 1.632.972.531
2003
760 3.230.000 2.456.208.940
2004
604 3.810.000 2.302.469.374
2005
740 3.700.000 2.739.815.423
2006
485 3.044.000 1.477.451.463
2007
484 2.878.000 1.393.770.367
2008
532 2.669.000 1.419.943.808
Fonte: FAO (2010).

30
2.f) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de MDF

Quantidade
Preço de Valor da
produzida
Ano exportação produção
(mil metros
(R$) (R$)
cúbicos)

1994
- - -
1995
394 10.000 3.940.772
1996
575 20.000 11.509.839
1997
600 30.036 18.010.688
1998
232 166.692 38.663.098
1999
379 357.000 135.343.008
2000
402 381.000 153.341.797
2001
470 609.072 286.220.190
2002
132 845.518 112.006.483
2003
371 1.095.530 406.030.793
2004
36 1.144.270 40.818.576
2005
391 1.400.000 547.073.583
2006
511 1.700.000 868.420.917
2007
337 1.879.000 632.471.400
2008
604 2.000.000 1.208.520.000
Fonte: FAO (2010).

31
2.g) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de chapa

Preço de Quantidade Valor da

Ano exportação produzida produção

(R$) (toneladas) (R$)

1994
208 313 65.024.382
1995
283 321 90.717.690
1996
297 292 86.803.637
1997
302 292 88.294.169
1998
296 280 82.835.082
1999
537 236 126.795.754
2000
539 198 106.636.762
2001
649 215 139.526.421
2002
463 395 182.968.689
2003
550 458 251.972.025
2004
573 604 346.012.051
2005
664 487 323.334.574
2006
345 776 267.928.000
2007
314 608 191.214.000
2008
370 453 167.707.800
Fonte: FAO (2010).

32
2.h) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de lâminas

Preço de Quantidade Valor da

Ano exportação produzida produção

(R$) (toneladas) (R$)

1994
342 310.000 105.966.431
1995
402 300.000 120.548.054
1996
581 265.000 154.054.634
1997
624 115.000 71.783.408
1998
706 440.000 310.553.568
1999
618 560.000 345.931.598
2000
1.376 620.000 852.866.237
2001
1.387 620.000 860.154.706
2002
2.085 620.000 1.292.483.273
2003
1.107 620.000 686.224.792
2004
1.258 620.000 779.836.103
2005
976 620.000 604.861.178
2006
719 620.000 445.856.077
2007
516 620.000 319.697.766
2008
838 620.000 519.739.800
Fonte: FAO (2010).

33
2.i) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de papel e

papelão

Preço de Quantidade Valor da

Ano exportação produzida produção

(R$) (toneladas) (R$)

1994
365 5.730 2.094.077
1995
767 5.856 4.492.791
1996
791 5.885 4.654.263
1997
708 6.475 4.583.416
1998
736 6.524 4.802.028
1999
1.034 6.255 6.465.789
2000
1.057 6.473 6.841.321
2001
1.197 7.354 8.801.424
2002
1.992 7.354 14.651.967
2003
1.844 7.811 14.405.358
2004
1.797 8.221 14.774.360
2005
1.662 8.411 13.976.206
2006
1.490 5.834 8.695.427
2007
1.452 5.835 8.472.242
2008
1.642 5.947 9.765.738
Fonte: FAO (2010).

34
2.j) Preço de exportação, quantidade produzida e valor da produção de madeira

em tora

Preço de exportação Quantidade produzida Valor da


Ano
(R$) (toneladas) Produção (R$)

1994
20 649.100 12.808.760
1995
43 1.235.000 53.605.616
1996
50 512.000 25.719.633
1997
49 791.800 38.686.262
1998
56 935.300 52.232.479
1999
91 442.000 40.425.318
2000
84 753.600 63.193.578
2001
66 573.800 37.596.616
2002
106 885.000 94.102.438
2003
115 563.627 64.968.751
2004
139 363.000 50.312.007
2005
159 175.025 27.847.102
2006
165 120.777 19.880.600
2007
138 120.777 16.722.000
2008
138 120.777 16.722.000
Fonte: FAO (2010).

35
Anexo 3: PIB do Brasil, 1994 a 2008, em milhões de R$

Ano PIB do Brasil

1994 349.205

1995 705.641

1996 843.966

1997 939.147

1998 979.276

1999 1.065.000

2000 1.179.482

2001 1.302.136

2002 1.477.822

2003 1.699.948

2004 1.941.498

2005 2.147.239

2006 2.369.484

2007 2.661.344

2008 3.004.881

Fonte: IBGE (2010), citado por IPEADATA (2010).

36
Anexo 4: IGP-DI

Ano IGP-DI

1994 108,0525

1995 124,2871

1996 135,7473

1997 145,4001

1998 148,0736

1999 177,5482

2000 194,4444

2001 214,3359

2002 273,6192

2003 292,6252

2004 327,3736

2005 332,0264

2006 344,1162

2007 372,3075

2008 404,2145

Fonte: IPEADATA (2010).

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