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RAÍSSA FRANCO FRANÇA

ARGAMASSA POLIMÉRICA NO ASSENTAMENTO DE


BLOCOS CERÂMICOS

Campo Grande
2018
raíssa Franco França

ARGAMASSA POLIMÉRICA NO ASSENTAMENTO DE


BLOCOS CERÂMICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Uniderp, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Engenharia
Civil.

Orientador: Karla Teodoro.

Campo Grande
2018
RAÍSSA FRANCO FRANÇA

ARGAMASSA POLIMÉRICA NO ASSENTAMENTO DE


BLOCOS CERÂMICOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Uniderp, como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Engenharia
Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Campo Grande, de dezembro de 2018.


Dedico este trabalho em memória do meu
avô Valter França .
AGRADECIMENTOS
FRANÇA, Raíssa Franco. Argamassa polimérica no assentamento de blocos
cerâmicos . 2018 . Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso
Engenharia Civil – Uniderp, Campo Grande, 2018.

RESUMO

O estudo destinou uma comparação de argamassas, a qual tem grande relevância


dentro de uma obra, pois ela pode ocasionar muitas vantagens , quanto
desvantagens. A argamassa tradicional, feita in loco no canteiro de obras por
maquinas como a betoneira, utilizando matérias como cimento, areia , cal e alguns
aditivos , e a argamassa polimérica industrializada, que já chega pronta para o
assentamento de blocos cerâmicos ; buscando a necessidade dos profissionais da
área em reduzir os custos no mercado construtivo da civil , como também a
velocidade de produção que são fatores essências nos dias atuais.

Palavras-chave: concreto ; polímero ; cimento ; produção ; industrializada.


FRANÇA, Raíssa Franco. Título do trabalho na língua estrangeira. 2018. Número
total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil – Uniderp, Campo
Grande, 2018.

ABSTRACT

The study aimed a comparison of mortars, a great action within a work, because it is
a slope of many advantages, as disadvantages. A traditional mortar, made in loco at
the construction site of machines like concrete mixer, using the riches, calorie, some
alivos, and an industrialized polymer mortar, that already comes ready for the
settlement of ceramic blocks; The choice of costs in the construction market, as well
as the speed of production are essential factors in the present day.

Key-words: concrete ; polymer ; cement; production ; industrialized.


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Índice de consistência..........................................................................14


Gráfico 02 – Resistência mecânica...........................................................................15
Gráfico 03 – Resistência à tração.............................................................................16
Gráfico 04 – Resistência à compressão...................................................................17
Grafico 05
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR Norma Brasileira


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................11

1 .2 JUSTIFICATIVA..................................................................................................11

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA................................................................................11

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 OBJETIVOS GERAIS........................................................................................12

1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................12

1.5 METODOLOGIA...................................................................................................12

2 CONTROLE DE QUALIDADE E RESISTÊNCIA....................................................12

2.1 DEFINIÇÕES........................................................................................................13

2.2 CONTROLE DE QUALIDADE..............................................................................13

2.3 ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA...............................................................................14

2.4 RESISTÊNCIA......................................................................................................15

2.4.4 RESISTÊNCIA MECÂNICA...............................................................................15

2.4.4.1 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NA FLEXÃO.......................................................16

2.4.4.2 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL......................................................16

3 MATERIAIS.............................................................................................................17

REFERÊNCIAS..........................................................................................................14
1 INTRODUÇÃO
Compreende-se que as novas formas de construção civil no mercado
encontram muitas barreiras até ser aplicada do dia a dia no canteiro de obras,
principalmente pelo fato de ainda existir consumidores varejistas.Entende-se que
ainda a necessidade de avançar, e modernizar o campo construtivo na Engenharia
Civil, melhorar diretamente a produtividade e consequentemente reduzir custos no
lucro final da obra, vale investimentos em produtos manufaturados. Ainda em pleno
século XXI, o consumo dentro da construção civil ainda é muito pequeno em relação
a estes produtos.
Logo então, a pesquisa busca demonstrar as vantagens em usar argamassa
polimérica, substituindo a argamassa convencional. Comparando valores na
produção, resistência do seu traço, reduzir custo dos materiais utilizados, economia
com energia e espaço para armazenamentos, redução de riscos patológicos e a
qualificação da mão de obra quanto a facilidade de aplicar qualidade e estética aos
blocos cerâmicos assentados.
O estudo sobre a argamassa industrializada tem grande relevância, e as
novas tecnologias ajudam a melhorar, vem conquistando novas gerações de
profissionais, que possuem consciência da importância das novas tecnologias dentro
de suas obras, atendendo as normas e demonstrando resultados surpreendentes.

1.2 JUSTIFICATIVA

Apesar da grande rejeição, a argamassa polimérica vem demonstrando seus


benefícios a quem utiliza, é necessário que a mão de obra esteja disposta a
aprender, não sendo um processo tão difícil quanto já estão acostumados com a
argamassa convencional. Trazendo assim, facilidade para quem trabalha com sua
aplicação.

1.3 PROBLEMA DE PESQUISA

O porque trocar a argamassa convencional feita no canteiro de obras,


constituída de cimento, areia, cal e podendo ainda conter aditivos para chegar a sua
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resistência necessária, pela argamassa industrializada polimérica, que é necessário


apenas assentar os blocos cerâmicos?

1.4 OBJETIVOS
1.4.1 OBJETVOS GERAIS

Este trabalho tem como objetivo geral ressaltar a viabilidade de novas formas
no mercado da construção civil, a qual vem avançando a economia do país,
buscando cada dia mais rapidez na execução, junto com a qualidade de preços.
Demonstrar como pode-se renovar a forma de construir, dando ênfase na
argamassa polimérica, que está surpreendendo os Engenheiros, pois é uma
alternativa para grande redução de custos da obra, sem desperdícios e aumentando
a produtividade no canteiro de obras. Sendo ainda um produto sustentável, e
podendo reaproveitar os seus resíduos gerados em sua produção.

1.4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Como objetivos específicos apontar definição da argamassa, índice de


consistência e suas respectivas resistências; realizar custos em relação à mão de
obra, armazenamento, perdas, economia de tempo, redução de outras matérias e
sustentabilidade; comparar velocidade de produção.

1.5 METODOLOGIA

Com intuito da revisão de literatura para concluir qual argamassa possui mais
vantagens dentro do canteiro de obra, foi visto as definições pela NBR 13529/1995
de argamassa preparada em obra, e para argamassa industrializada. Por conta de
ser um assunto muito recente, não foi encontrado literaturas sobre o tema
específico.
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2 CONTROLE DE QUALIDADE E RESISTÊNCIA

2.1 Definições

A argamassa é imprescindível para qualquer área na construção civil, sendo


utilizada em assentamento de vários tipos de blocos, tanto cerâmicos e cimentícios.
Apresenta características físicas químicas que se adéquam para um ótimo resultado
quanto sua trabalhabilidade, seja para fins de ligamentos, assentamentos.
Isaia (2010, p.893):
Argamassas são materiais de construção, com
propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura
homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água,
podendo conter ainda aditivos e adições minerais.
Logo se entende que a argamassa é uma mistura de matérias como cimento,
areia , cal hidratada e água , obtendo uma mistura final homogênea, resultando
numa boa trabalhabilidade e atingindo uma boa aderência para utilizar conforme
cada construção.

2.2 Controle de Qualidade

O objetivo de controlar a qualidade é obter valores necessários para atender


às exigências, mas principalmente a segurança dos usuários durante toda a vida útil,
conforto e durabilidade, que será satisfatório quando executada corretamente,
evitando riscos e valor às vidas humanas.
Para obter um controle de qualidade dentro de uma obra, levamos em conta
uma distribuição estatística, não sendo possível especificar apenas uma lei, ou seja,
nos amparamos a ações estatisticamente como as resistências.
O uso cada vez mais disseminado da massa tradicional traz maiores
responsabilidades para os técnicos responsáveis, tanto no projeto quanto na
execução do assentamento dos blocos cerâmicos, por isso leva-se em conta
abranger o conhecimento e controlar cada etapa construtiva, além de influenciar na
segurança e durabilidade, mas principalmente sobre o custo.
A qualidade da massa tradicional feita in loco depende de suas propriedades
tanto no estado fresco, desde o primeiro instante quanto à adição de água, até o
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assentamento dos tijolos cerâmicos, como no estado endurecido ao longo da sua


vida útil.
O cimento escolhido deve apresentar grande relevância quanto à qualidade,
pois é o material mais importante que constitui a massa tradicional, sua resistência e
durabilidade dependerão diretamente da quantidade, qualidade e tipos de
aglomerantes utilizados.
Devido ao crescimento da concorrência, as indústrias têm tido grande
preocupação em manter e melhorar a qualidade do seu produto, seguindo a norma
de desempenho NBR 15.575:2013 e referenciada comparativa a argamassa
convencional e com a normativa da argamassa polimérica NBR 16.590.

2.3 Índice de consistência

No Gráfico 01, demonstra os valores médios obtidos através do ensaio de


determinação do índice de consistência realizado nas amostras das duas
respectivas argamassas.
Gráfico 01: Índice de consistência

2.4 Resistência
16

Conforme Isaia (1988, p. 16) “A resistência característica (Fk) dos materiais é


definida como o valor de resistência abaixo do qual é esperada a probabilidade de
5% de todas as medições possíveis da resistência especificada.”.
Segundo Mehta (1994, p.43) “A resistência de um material é definida como a
capacidade de este resistir a tensão sem ruptura. A ruptura é algumas vezes
identificada como o aparecimento de fissuras.”.
E até mesmo quando o traço da argamassa não atingir resistência, interfere
diretamente na boa alvenaria, ou seja, podendo surgir trincas e fissuras quando sua
resistência for menor.
A NBR 13279, (ABNT, 2005) diz que “Preparar a argamassa a ser utilizada
neste ensaio, conforme a ABNT NBR 13276.”

2.4.4 Resistência mecânica

A resistência mecânica de argamassas é diretamente relacionada à


capacidade de resistir esforços de tração , compressão ou cisalhamento .
A argamassa deve-se obter resistência a compressão, para que possa
permitir o assentamento de varias fiadas , porem não é necessário uma resistência
tão alta, pois não pode ser superior ao dos blocos cerâmicos, assim não prejudica a
aderência e sua consistência esperada.

Gráfico 02 : Resistência mecânica

Fonte: Costa (2014, pg. 18)


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2.4.4.1 Resistência à tração na flexão

No gráfico 03 demonstra os resultados da resistência a tração na flexão das


respectivas argamassas de acordo com a NBR 13279 (ABNT, 2005):

Gráfico 03: Resistência à tração

Conforme a NBR 13279 (ABNT, 2005):


Quando o desvio absoluto Maximo for superior a 0,5
Mpa, deve ser calculada uma nova media, desconsiderando o valor
discrepante, identificando-o no relatório do ensaio, com asterisco. O ensaio
é considerado válido quando o resultado for constituído da média de no
mínimo quatro corpos-de-prova, caso contrário, o ensaio deve ser refeito.

2.4.4.2 Resistência à compressão axial

No gráfico 04, demonstra os resultados médios da resistência à compressão axial


das respectivas argamassas estudadas conforme a NBR 13279 (ABNT, 2005):
Podemos analisar conforme mostra o gráfico 04, que aos 7 (sete) primeiros
dias de idade a argamassa tradicional demonstrou uma diferença maior na sua
resistência quando compara a argamassa polimérica, porem ao longo dos dias , a
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argamassa polimérica apresentou valores superiores nos 28 (vinte e oito) dias de


idade, representando 29 % de diferença maior que a argamassa tradicional.

Gráfico 04: Resistência à compressão

Conforme a NBR 13279, (ABNT, 2005):


Quando o desvio absoluto máximo for superior a 0,5 Mpa, deve ser
calculada uma nova média, desconsiderando o valor discrepante,
identificando-o no relatório do ensaio, com asterisco. O ensaio é
considerado válido quando o resultado for constituído da média de no
mínimo quatro corpos-de-prova, caso contrário, o ensaio deve ser refeito.

Logo, podemos concluir que conforme os resultados demonstrados nos


gráficos, aos 28 (vinte e oito) dias tanto nos ensaios de resistência à tração na flexão
quanto à resistência à compressão é superior, afirmando a vantagem de maior
resistência da argamassa polimérica industrializada comparada a argamassa
tradicional feita in loco.
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2 MATERIAIS

No presente trabalho realizou-se um comparativo para avaliar a


eficiência das duas argamassas: a argamassa tradicional produzida em
canteiros de obras e a argamassa polimérica industrializada da empresa
Fênix tintas de Concórdia –SC. Desta forma, utilizou-se os seguintes
materiais:

1. Cimento Portland;

2. Agregado miúdo natural;

3. Cal hidratada;

4. Água de amassamento;

5. Argamassa polimérica.
3
NBR NM 52 – Agregado miúdo
2.2.1.1 Argamassa convencional

Chama-se de argamassa convencional a argamassa


também conhecida como argamassa tradicional
produzida em canteiros de obras, porém, deve-se
obedecer a critérios e traços pré-estabelecidos em
projeto.
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2.2.1.1.1 Cal hidratada


A NBR 7175 (ABNT, 2003),

AGUA de amassamento
CIMENTO:

O cimento utilizado foi o CP II Z – 32, por se tratar de um cimento


bastante utilizado e facilmente encontrado no comércio. E que de acordo com
a NBR 11578 (ABNT, 1997) contém de 94 a 76% de clínquer mais sulfatos de
cálcio, de 6 a 14% material pozolânico e de 0 a 10% material carbonático.

O cimento é fornecido em sacos de 50 kg e fica armazenado em local


protegido de intempéries e empilhado sobre estrados de madeira para evitar o
contato direto com o piso.

Com decorrer do tempo, as tecnologias foram sendo estudadas e obtivemos o


cimento Portland, hoje o principal componente da argamassa. O cimento Portland é
definido pela NBR 11172/1990 como “Aglomerante hidráulico artificial, obtido pela
moagem de clínquer Portland, sendo geralmente feita a adição de uma ou mais
formas de sulfato de cálcio”.
Os cimentos mais comuns são:
Cimento Portland Comum
(CP)- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NROMAS TÉCNICAS, 1980, NBR
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5732 , utilizado para uso geral quando não são exigidas propriedades
especiais como resistência a agentes agressivos, baixo calor de hidratação ,
etc. São classificados nos tipo CP-25, CP-32 e CP-40, sendo o numero
designativo da resistência da argamassa normal aos 28 dias de idade, em
MPA;
Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP- ARI)-
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, 1980, NBR 5733, é
utilizado para estruturas com desmoldagem em menor prazo e utilização
rápida de pecas estruturais ou para serviços de emergência;
Cimento Portland de Alto Forno (CP- AF) ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 1980, NBR 5735-, é um cimento
resultante da moagem de clinquer de cimento comum com escória de alto-
forno. Apresenta baixo calor de hidratação e melhor resistência aos sulfatos
sendo recomendado para uso em ambiente agressivo.
Porém ainda é necessário verificar os agregados, como a areia e brita, pois
deve estar limpo, seu formato dos grãos e umidade; para um bom controle e assim
formar a resistência necessária.
Para a argamassa polimérica, levamos em conta que ela já venha com sua
resistência exigida pela norma, tenha sido passada por corpos de provas. Pois já é
pronta para o uso, fabricantes recomendam que sejam utilizados blocos cerâmicos
de boa qualidade, ou seja, primeira linha. Logo se propõe que o responsável pela
compra escolha um material adequado em qualidade e uniformidade.

3 argamassas
: convencional e polimerica

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13529: Revestimento


de parede e tetos de argamassas inorgânicas. Rio de Janeiro, 1995.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15.575: Edificações


habitacionais. Desempenho – Requisitos para sistemas de coberturas, Rio de
Janeiro ,2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16.590: Composto


polimérico para assentamento de alvenaria de vedação.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR11172: Aglomerantes


de origem mineral. Rio de Janeiro, 1990.
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR15270-1: Componentes


cerâmicos. Parte 1 – Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação. Rio de Janeiro,
2005.

MANO, Eloisa Biasotto. Polímeros como materiais de engenharia. Editora São


Paulo: Edgard Blucher LTDA. 1991.

MANO, Eloisa Biasotto. Química experimental de polímeros. Editora São Paulo:


Edgard Blucher LTDA. 2004.

ISAIA, Geraldo C. Controle de qualidade das estruturas de concreto armado.


Santa Maria: Edições UFSM. 1988.

Mehta, Povindar Kumar. Concreto: estrutura, propriedades e matérias. Editora


São Paulo: Pini LTDA. 1994.

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