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Abstract: This paper presents an exegesis of Matthew 18:21-35, applied
to God's forgiveness and human forgiveness. The aim is to investigate the
consequences of forgiveness and the lack of it in human life. If human beings
have received Christ's forgiveness, why do they have difficulty in forgiving their
neighbors? Biblical/theological foundations of forgiveness from God and
forgiveness between people (horizontal and vertical) will be investigated, as well
as its effects and benefits in physical, spiritual, and emotional healing. Lack of
forgiveness leads to health problems, a bad conscience, and other negative
factors in human life. Therefore, the act of forgiveness brings many benefits to
the human being. This research is qualitative and exploratory in nature. The
technical procedure used was bibliographic research. The results of the
research indicate that the forgiveness received in Jesus Christ must be worked
on, especially by the pastor, to encourage and motivate church members to
forgive one another, bringing personal and collective peace.
INTRODUÇÃO
Não é raro ouvirmos alguém dizer: “Como posso perdoar tal pessoa que
arruinou a minha vida?” Ou: “Como perdoar um assassino, um psicopata,
alguém que só pensa em fazer o mal?” Uma desculpa que muitas pessoas
usam quando se negam a perdoar os outros é dizer: “Eu tenho o direito de reter
isso contra ele. Ele realmente cometeu uma injustiça contra mim” (CHEUNG,
2003, p.33). Remorso, ódio. Alimentamos a vingança e a vontade de fazer
justiça com as próprias mãos. São inúmeros os casos, inclusive dentro do
contexto familiar e da igreja.
Já se falou muito do perdão, mas pouco se pratica no dia a dia. Por que
é tão difícil libertarmo-nos das correntes da amargura e do ressentimento? Por
que retemos o perdão? Jesus ilustrou essa dificuldade pela parábola do credor
incompassivo ou, então, do servo que não quis perdoar, em Mateus 18.21-35.
Nesta, um homem que foi perdoado de uma grande dívida pelo rei não
consegue perdoar a pequena dívida de um conservo. Num primeiro momento,
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será apresentada uma breve exegese da parábola de Mateus 18.21-35.
Depois, com base nessa parábola, será feito um estudo sobre o perdão.
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A parábola do servo que não queria perdoar, que aparece apenas em
Mateus e que se caracteriza por sua simplicidade e clareza, é uma parábola
narrativa (SNODGRASS, 2010, p.106), pois é contada no tempo pretérito.
Jesus contou essa parábola aos seus seguidores, a pessoas que já haviam
experimentado o Reino. (Lembrando que outras parábolas foram contadas a
um público mais amplo ou, então, àqueles que se opunham a Jesus.) Dentro
de seu contexto, a parábola enfatiza o que significa seguir a Jesus e a forma
como isso se relaciona com o pecado e o perdão (SNODGRASS, 2010, p.113).
DELIMITAÇÃO DO TEXTO
Já houve quem sugerisse que a parábola deveria terminar no versículo
33 ou mesmo antes3. Mas esta sugestão deriva mais da dificuldade dos
intérpretes de assimilarem o fato de que a parábola termina num tom negativo
do que de qualquer razão de ordem literária. A estrutura paralela dos três atos
na história, especialmente o tom negativo do v. 30, demonstra que o versículo
34 faz parte, sim, da parábola. 4 Igualmente o “houtos” (“assim”) do v. 35 segue
um típico costume judeu na aplicação de uma parábola. A pergunta retórica do
senhor (v. 33) exige uma resposta, e todos os leitores ficam querendo saber o
que acontecerá com o servo. A mimshal do versículo 35 cumpre a necessária
tarefa de explicar o tema da parábola (SNODGRASS, 2010, p.116-117).
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que Jesus tinha dito a respeito do irmão que peca, em Mateus 18.15-17
(BRATCHER; SCHOLZ, 2013, p.515). Era típico de um judeu dizer: “Nunca
guarde rancor” (KEENER, 2004, p.97). Era tradicional o ensino dos rabinos “de
que se podia perdoar o ofensor até três e não ir até quatro vezes” (Am 1.3; Jó
33.29,30) (CABRAL, 2005, p.94). O rabino José Ben Jehuda dizia: "Se alguém
cometer uma ofensa uma vez, perdoem-no, se cometer uma ofensa pela
segunda vez, perdoem-no, se cometer uma ofensa pela terceira vez, perdoem-
no, se a cometer pela quarta vez, não o perdoem" (BARCLAY, p.622). Carson
entende que:
Jesus poderia ter dado a mesma resposta que aparece em Lucas 17.4:
“Se pecar contra você sete vezes num dia e sete vezes vier para lhe dizer:
‘Estou arrependido’, perdoe-lhe.” Mas Jesus respondeu: “Não digo a você que
perdoe até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (v. 22).
Em sua resposta, Jesus alude a Gênesis 4.24: “Se Caim é vingado sete
vezes, Lameque será vingado setenta vezes sete.” A vingança de Lameque é
transformada em um princípio de perdão. Jesus toma o número sete, que havia
sido sugerido por Pedro, e o multiplica por dez (sendo que sete e dez são
números que simbolizam a perfeição). Disso resulta um “setenta vezes”. A isto
Jesus acrescenta outro “sete”, resultando num “setenta vezes – sete vezes”, o
que representa a perfeição (sete) vezes a perfeição (dez) e mais a perfeição
(sete). 5
5
Cabe o registro de que o texto grego tem apenas duas palavras: “setenta vezes” e
“sete”. Não está claro se esses dois números devem ser multiplicados ou somados.
5
Com sua resposta, Jesus deixa claro que não há limites para o perdão
(WARREN, 2010, p.1174). Ou seja, Jesus não está sugerindo um limite de 77
vezes ou 490 vezes. Pelo contrário, ele ensina que o perdão para os irmãos de
sua comunidade de “pequeninos” não pode ser limitado pela frequência nem
pela quantidade, pois, como indica a parábola que ele contará a seguir, todos
eles foram muito mais perdoados do que jamais perdoarão (CARSON, 2010,
p.473). A misericórdia de Deus é tão grande que não pode ser medida. Assim,
Jesus quebrou a matemática legalista, indicando um número ilimitado para a
capacidade de perdoar o ofensor (CABRAL, 2005, p. 94-95). Isso quer dizer
“perdoar sempre”. Como Kretzmann explica,
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superior exigir prestação de contas da parte de seus subordinados. A lição
inicial que Jesus queria dar aos seus discípulos era de que haveria um dia em
que todos prestaríamos contas ao Senhor (CABRAL, 2005, p.95). Esse
versículo reflete a situação espiritual do ser humano perante Deus (GOERL,
1964, p.213). Revela a nossa situação pecaminosa, como explica Lopes:
6
O uso da expressão “reino dos céus” e a figura de um “rei” como personagem
principal da parábola são aspectos típicos do Evangelho de Mateus.
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E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil
talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, o patrão ordenou
que fossem vendidos ele, a mulher, os filhos e tudo o que possuía e
que, assim, a dívida fosse paga. Então o servo, caindo aos pés dele,
implorava: “Tenha paciência comigo, e pagarei tudo ao senhor.” E
o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e
perdoou-lhe a dívida.
No processo de acerto de contas, foi trazido (não se diz por quem) um
servo que devia dez mil talentos. Era uma quantia considerável. Um talento
equivalia a 34 quilos (Bíblia de Estudo NAA, 2017, p.1408). D. A. Carson
explica:
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mensagem que se tem em vista. Não se trata simplesmente de uma história da
vida terrena com uma mensagem celestial.
Por se tratar de uma quantia que pode ser descrita como uma “dívida
absurda”, percebe-se a presença de hipérbole 7 nessa parábola. Trata-se de
uma falsa realidade. Não há, contudo, a intenção de enganar, mas de apontar
para o fato de que a dívida era tão grande que não havia qualquer
possibilidade de o servo quitá-la (SNODGRASS, 2010, p.114). A parábola é
propositalmente hiperbólica para ilustrar a culpa humana diante de Deus
(KEENER, 2017, p.100), que é algo que não se pode enumerar ou contar, ou
seja, algo infinito (KISTEMAKER, 1992, p.87). Somos devedores por sermos
pecadores. Agostinho, numa interpretação ousada típica de sua época, em
geral de caráter alegórico, dividiu os dez mil talentos pelos dez mandamentos,
dando em resultado mil faltas a cada um dos preceitos divinos (GOERL, 1964,
p.214).
A prática de alguém ser vendido para saldar uma dívida foi sancionada
pelo Antigo Testamento (Lv 25.39; 2 Rs 4.1), mas esses escravos tinham de
ser libertados no ano do jubileu 9 (todo quinquagésimo ano) (CARSON, 2010,
p.474). Por isso, deve-se pensar primeiramente em posse de terras e imóveis.
7
“Hipérbole” (literalmente “excesso”) é um exagero que não tem a intenção de
enganar, mas que é usado em função da ênfase que se tem em vista. Registra-se o
uso de hipérbole quando Jesus fala em arrancar o olho e cortar a mão (Mt 5.27-30),
quando ele fala sobre um camelo passando pelo fundo de uma agulha (Mt 19.23-
24), e quando fala sobre coar o mosquito e engolir o camelo (Mt 23.23-24). Quando
João afirma, no final de seu Evangelho, que no mundo inteiro não caberiam os livros
que seriam escritos para relatar tudo aquilo que Jesus fez (Jo 21.25), ele está se
valendo do recurso da hipérbole (SCHOLZ, 2010, p.107).
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Segundo J. Jeremias, visto que o preço de um escravo era em média cerca de 500
e 2000 denários, o produto da venda da família estaria longe de contribuir
significativamente para abater a gigantesca dívida de 100 milhões de denários
(JEREMIAS, 1986, p.208-209).
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A lei (Êx 22.2) já prevê a venda do devedor como escravo. Contudo, o compatriota
vendido tinha de ser alforriado no sétimo ano (Êx 21.2) (RIENECKER, 1998, p.209-
210).
9
O direito israelita só permitia vender um israelita em caso de roubo, se o ladrão
não pudesse ressarcir o roubado (JEREMIAS, 1986, p.208). Escravizar a
família de um homem endividado era um costume gentio que os judeus nesse
período achavam detestável (KEENER, 2004, p.98). A partir disso, tremenda é
a realidade da parábola! Deus é o rei, e nós, os servos. E tremenda é esta
realidade: Deus fala conosco através da sua lei, a lei que é justa, intransigente,
inexorável, sua lei que exige pagamento da dívida (GOERL, 1964, p.215).
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pragas que afetavam a colheita os tornavam inadimplentes. Porém nesses
casos o tributo não arrecadado era comparativamente pequeno (KEENER,
2004, p.98). A situação do servo da parábola era bem diferente disso.
Assim, a solução não veio do próprio servo, mas do senhor, que perdoou
a dívida por compaixão. Como diz Cheung,
Deus nos perdoa não pelo que somos, mas por quem ele é. A base do
perdão não é o mérito humano, mas a graça divina (LOPES, 2019, p.566).
Dívida perdoada é dívida cancelada. Deus nunca mais lança em nosso rosto os
pecados dos quais ele nos perdoa. Ele não cobra mais uma dívida que já
perdoou. Seu perdão é completo (LOPES, 2019, p.567). O perdão de Deus
nasce de sua compaixão, graça, paciência e amor fiel (Ne 9.17; Sl 86.15;
103.8-10; 145.8; Jl 2.13; Jn 4.2) (CHISHOLM apud BOCK; GLASER, 2015,
p.164).
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A segunda cena se passa fora do palácio real. “Aquele servo”, a saber, o
mesmo servo que havia sido perdoado, saiu da presença do rei. Perdoado, o
servo poderia sair feliz, pois estava liberto da dívida:
Não podia haver homem mais feliz do que o servo ao sair da presença
do rei, dirigindo-se a passos largos para o lar, onde iria com seus
familiares enaltecer a bondade e magnanimidade de seu senhor. Fora
resguardado de uma desgraça que lhe parecera inevitável. Libertado
do terrível pesadelo podia agora encarar o futuro com novo ânimo e
indisfarçável alegria (GOERL, 1964, p.218).
10
Moeda romana de prata, o denário era o pagamento por um dia de trabalho
(Bíblia NAA, 2017). Essa moeda é mencionada dezesseis vezes no Novo
Testamento, mais frequentemente do que qualquer outra moeda (BEACON, 2006,
p.132).
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Colbert afirma, com razão, que pessoas com falta de perdão costumam
viver com raiva. Elas exibem um estado constante de irritação, frustração e
hostilidade (COLBERT, 2013, p.148).
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conservo, assim como eu tive compaixão de você?” E, indignando-
se, o senhor entregou aquele servo aos carrascos, até que lhe
pagasse toda a dívida.
Nada foi feito às escondidas; era difícil guardar segredos no palácio.
Outros servos viram o que tinha acontecido e não podiam manter silêncio.
Tinham que contar ao rei (KISTEMAKER, 1992, p.88).
12
Emprega-se o verbo diesaphêsan, que é um verbo bem expressivo, com o sentido
de “explicar em detalhes” (CARSON, 2010, p.474-475).
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O rei ficou irado, não porque tinha perdoado uma dívida impagável
àquele primeiro servo, mas porque esse servo se havia recusado a perdoar o
seu companheiro (Bíblia de Estudo da Reforma, 2017, p.1587). Ele não
questionou se o segundo servo devia dinheiro ao primeiro. Simplesmente
condenou o comportamento do primeiro servo. As palavras do rei trazem uma
ênfase que raramente é reproduzida em tradução. O rei diz, literalmente, “toda
aquela dívida perdoei a você”. Hendriksen explica que
O rei concluiu a sua fala com uma pergunta: “Será que você também
não devia ter compaixão do seu conservo, assim como eu tive compaixão de
você?” (v. 33). Não havia aquele servo sido perdoado integralmente só porque
tinha pedido um prazo adicional, sem poder apresentar uma única desculpa ou
oferecer em resgate uma parcela, por mínima que fosse? E como lhe havia
sido perdoada "aquela dívida", quantia astronômica, que pela força da lei lhe
teria valido prisão perpétua, não podia ele por sua vez perdoar ao companheiro
uma dívida infinitamente menor?
A cena termina com o relato do que o rei decidiu fazer, depois de falar
com o servo. Indignado, “o senhor entregou aquele servo aos carrascos, até
que lhe pagasse toda a dívida” (v. 34).
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O servo agora não teve mais oportunidade para falar. O rei o entregou
aos “carrascos” (basanistais).13 O uso desta palavra lembra as advertências
anteriores em Mateus 18 (vs. 6, 8, 9). O servo deve ser torturado até pagar
tudo que deve, o que ele realmente não pode fazer de jeito nenhum (CARSON,
2010, p.475). Os devedores eram submetidos à tortura para levá-los a revelar
fontes inconfessas de renda. Neste caso, porém, a tortura foi unicamente
penal, pois a vítima nunca teria meios para pagar (TASKER, 1980, p.142). A
sentença era equivalente a uma condenação. E essa condenação representa o
castigo eterno (BÍBLIA DE ESTUDO DA REFORMA, 2017, p.1587). Esse “até
que lhe pagasse toda a dívida” só pode significar, em vista do montante da
dívida, que a pena não tem fim (JEREMIAS, 1986, p.210).
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Os carcereiros, muitas vezes, torturavam os detentos. Não havia pena de tortura
em Israel, a não ser que se tenha pensado em Herodes, o Grande, que usou
largamente da tortura, sem se incomodar com o direito judaico (JEREMIAS, 1986,
p.210). Sobre isso, ver Flávio Josefo, Ant. 15.289-290; 16.232. Em geral, no Oriente,
a tortura era usada contra governadores infiéis ou lentos em entregar os impostos,
para conseguir a confissão sobre onde teriam colocado o dinheiro ou para
pressionar os seus parentes e amigos para cobrirem as dívidas.
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acrescenta que esse perdão precisa vir “do íntimo”, “do coração” (como diz o
texto grego). A maioria traduz isso por “de coração” (BRATCHER; SCHOLZ,
2013, p.523). Isto se contrapõe a um perdão só de lábios. Pode ser visto
também como o contrário de um perdão relutante, um perdão com espírito
queixoso (TASKER, 1980, p.142). Interessa, assim, a autenticidade do perdão
(JEREMIAS, 1986, p.210). Mais importante que o ato em si é o propósito que
leva a pessoa a agir.
Essa referência ao Pai que age com severidade choca muita gente. Mas,
como Carson explica,
Quem não perdoa o seu irmão, também o Senhor não lhe perdoa os
pecados, conforme a quinta petição do Pai-Nosso: “E perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores”
(ALBRECHT, 1990, p.70). "Assim também meu Pai fará com vocês" não é
lembrete vazio de efeito sentimental, mas constitui séria ameaça da parte
daquele que em pessoa, dia virá, procederá ao julgamento final (GOERL, 1964,
p.221). Como afirma Lopes, a falta de perdão fecha a porta da misericórdia de
Deus (LOPES, 2019, p.572).
O SIGNIFICADO DE PERDOAR
14
Grande Dicionário da Língua Portuguesa. Porto Editora Lida, p.7074, 2013.
17
contra nós mesmos e que jamais será lembrada. É o que Deus fez por nós (Hb
8.12)” (CABRAL, 2005, p.100).
18
para a reconciliação nos coloca num terrível contraste com
Deus. Enquanto nós vivemos incessantemente de seu perdão,
usufruindo dele numa medida que nem se pode comparar com
o que devemos uns aos outros, qualquer ofensa à nossa honra
nos torna tão irados que não nos deixamos aplacar e que não
queremos saber nada de perdoar (SCHLATTER apud
RIENECKER, 1998, p.210).
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que Jesus faz da forma como a mente humana funciona, ou seja: aquele que
não perdoa é também incapaz de compreender e de receber o perdão de Deus
(Bíblia Conselheira, 2011, p.46). Na relação de falha com o nosso próximo, nós
mesmos o prendemos quando este peca ou nos ofende, causando uma ruptura
na relação de amor. Esta situação cria um estado de escravidão na coleira de
quem foi ofendido.
Schlink comenta que o fato de o evangelho poder ser aplicado “por meio
de mútuo colóquio e consolação dos irmãos” mostra claramente que a
liberdade do poder das chaves é confiada não somente a Pedro, mas para
todos os membros da igreja (SCHLINK, 1999, p.163). Perdoados, em Cristo,
podemos perdoar os nossos irmãos, pois o verdadeiro perdão provém de um
coração que foi purificado e regenerado. Pela fé, em Cristo, temos condições
de perdoar tanto na Igreja, quanto em nossa vida diária:
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cristã, a nossa grande família, onde convivemos com pais e
irmãos na fé (GOERL, 1964, p.221).
OS BENEFÍCIOS DO PERDÃO
CONSIDERAÇÕES
21
repetição. É reconhecer que os outros não são responsáveis pela nossa
infelicidade. Perdoar significa livrar a nós e ao outro da armadilha de culpar
alguém. Perdoar significa voltar a experimentar a ferida causada pelo ofensor,
mas desta vez em um contexto diferente. Agora o ofensor participa de um
sentido que ele nunca imaginou: perdoar é aceitar. Aceitar que vivemos
dependendo da graça de Deus; aceitar-nos a nós mesmos como pessoas
perdoadas (Bíblia Conselheira, 2011, p.45).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
22
BEACON. Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Volume 6. 1. ed. Rio
de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), 2006.
CARSON, D.A. O comentário de Mateus. Trad. Lena Aranha & Regina Aranha.
São Paulo: Shedd Publicações, 2010.
CHISHOLM, Robert. B. Jr. Perdão e Salvação em Isaías 53. In: BOCK, Darrell.
(Org.). O Servo Sofredor. A interpretação de Isaías 53 nas Teologias Judaica e
Cristã. Trad. Vagner Barbosa. São Paulo: Cultura Cristã, 2015.
23
HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento: Mateus Volume 2.
Trad. Valter Graciano Martins. 1. ed. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2001.
LOPES, Hernandes Dias. Mateus: Jesus, o rei dos reis. São Paulo: Hagnos,
2019.
RIEWE, Ilmo. 14° Domingo após Pentecostes. Mateus 18.21-35. Revista Igreja
Luterana. São Leopoldo, v. 73, n. 1, p.66-68, 2014.
SCHLINK, Edmund. Teologia das Confissões Luteranas. [s.ed.]; [s.l.],1999.
SCHOLZ, Vilson. Princípios de interpretação bíblica. Canoas: Ed. ULBRA,
2010.
24
TASKER, R.V.G. Mateus: Introdução e Comentário. Trad. Odair Olivetti. 1. ed.
São Paulo: Série Cultura Bíblica. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova e
Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, 1980.
25