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GRAÇA IMERECIDA
CURITIBA
2018
1. RESUMO
2. INTRODUÇÃO
Em sua raiz etimológica, a palavra graça (do grego: χάρη) tem por tradução a
palavra charis, que traduzido literalmente significa “favor imerecido”. Para efeito de
conhecimento, não há no hebraico termo equivalente. Há relação também com as
palavras que se relacionam a favor e misericórdia. O conhecimento da origem desta
palavra é de fundamental importância, visto que graça é um termo muito falado e
banalizado, porém muitas vezes não compreendido ou compreendido de maneira
distorcida.
3.1. PRIMÓRDIOS
3.2. HISTÓRICO
3.3. CONTEXTO
Assim foi com Davi. Ficam aqui duas lições que são podem ser muito bem
contextualizadas. A primeira é que de toda a história trágica, da morte de Urias até a
morte da criança, pela graça e bondade nasce Salomão. Portanto se nos
arrependermos e confessarmos os nossos pecados Ele é fiel para estender a mão e
perdoar, sendo que não há pecado grande o suficiente que possa ofuscar o amor
Dele. A segunda é que situações trágicas podem se inverter. A despeito das
consequências (elas de fato existiram), na linha familiar, Jesus é descendente de
Davi, e portanto também de Salomão.
A graça é de fato o favor imerecido. Não merecemos nada daquilo que Deus
nos dá. Ocorre que dentro do círculo concernente aos incrédulos, como poderiam
eles produzir produzir continuamente algo bom se, por muitas vezes, até blasfemam
contra o Senhor? A questão é mais ampla do que aparenta.
Tal questão leva ainda a maiores questionamentos. Diz o Salmo 73:03: “eu
invejava os arrogantes, ao ver a prosperidade dos perversos.” Davi parece
demonstrar um sentimento de confusão e incômodo ao ver o próximo perverso
(rebelde para com Deus). Ele questiona, sintetizando: qual o motivo de tais com
comportamento digno de reprovação alcançarem a prosperidade? Há uma resposta
que sana a questão, dada por Salomão: “Nada há melhor para o homem do que
comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi
também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste quem pode comer ou
quem pode alegrar-se?” (Ec. 02:24-25). Ou seja, em termos de graça comum, ao
homem bom e mau, fiel e infiel, crédulo e incrédulo, pacificador e guerreador; a
todos, a graça é derramada. É importante ressaltar que esta graça pode ser
comparada a um vetor de sentido único, de Deus para os homens. Ele escolheu
assim, e tem sido assim desde o princípio.
Ainda sobre o tema, cabe citar, nas palavras de Jesus, o trecho do sermão da
montanha (Mt 06:25-34) que versa sobre as ansiosidades da vida:
“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou
beber, nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais
importante que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? Observai as aves do
céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo o vosso Pai
celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? Qual de
vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso de sua vida? E
por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do
campo: eles não trabalham, nem fiam. Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão
em toda a sua glória se vestiu como qualquer deles. Ora, se Deus veste assim a
erva do campo que hoje existe a amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós
outros, homens de pequena fé? Portanto, nos vós inquieteis dizendo: que
comeremos? Que beberemos? Ou: com que nos vestiremos? Porque os gentios é
que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de
todas elas; buscai, pois em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça e todas estas
coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã,
pois o amanhã trará os seus cuidados, basta ao dia o seu próprio mal. (Mt.06:25-34).
“Uma pessoa não convertida pode produzir o que for nobre, que leve à
reflexão, divirta ou edifique? A resposta obviamente é sim. Um erudito como Rui
Barbosa, embora nunca tenha feito parte de uma igreja evangélica, escreveu artigos
e ensaios sobre o direito e a cidadania tão dignos que servem de ilustração,
inclusive, para um sermão. Um estadista, como Winston Churchil pôde nos brindar
com um discurso tão verdadeiro, que todos, inclusive os pastores, devem aplaudir.
Um poeta como Carlos Drummond de Andrade, embora um ateu professo, deixou-
nos um legado poético espetacular. A teologia da queda não propõe que os
descendentes de Adão sejam incapazes de boas ações. A alienação do pecado não
anula completamente a imagem de Deus nos homens. Todos os seres humanos,
mesmo os mais vis, ainda carregam traços do Criador. Isto os habilita a praticar
boas obras. A prostituta Raabe ajudou os espias em Jerico mesmo sem ter completo
conhecimento de Jeová. Ciro, o rei da Pérsia, foi usado como instrumento de Deus,
mesmo sem qualquer indício de que ele jamais tenha se rendido a Deus como
Senhor de sua vida. Devemos nos lembrar do samaritano que ajudou o moribundo
na beira do caminho entre Jerusalém e Jerico. Na concepção dos judeus, somente
os verdadeiros filhos de Abraão seriam capazes de agir com dignidade. Porém,
Cristo dá o troféu da bondade a um estranho. Mais tarde, Cristo afirma que os filhos
das trevas são, muitas vezes, mais sábios que os filhos da luz (Lc. 16:8). Deduz-se
que um juiz não necessita converter-se para conduzir um tribunal com justiça. Um
fiscal pode, mesmo nunca tendo experimentado o novo nascimento, manter-se
íntegro. Um artista é capaz de pintar, compor, escrever ou esculpir obras de arte
mesmo sem ter se submetido ao senhorio de Cristo. Na história da humanidade
houve grandes compositores que escreveram e nos encantaram com peças
belíssimas. Muitos deles não eram cristãos convertidos. Mozart, Tchaikovsky,
Beethoven, dotados de um gênio musical ímpar, não possuíam uma vida
consagrada a Deus. A imagem do Criador neles é que transbordava em excelência
musical. Michelangelo, Rodin, e tantos outros escultores conseguiram dar vida e
significado às pedras brutas de mármore, metais contorcidos e blocos de granito,
porque a “Graça Comum” habilitava os. Arquitetos, romancistas, decoradores,
pintores e tantos outros homens e mulheres presenteiam-nos constantemente com
suas obras de arte, porque Deus faz com que sua graça seja derramada tanto sobre
os justos como sobre os injustos”.
Uma reflexão que cabe aqui é: fazer o bem, inclusive boas obras, é produto
da graça comum. Fazer o bem, inclusive boas obras, com ideologia, pensamento,
comportamento, raciocínio e sentimento para exaltar continuamente o nome de
Jesus é produto da graça salvadora. Conclui-se então que a graça salvadora excede
a graça comum pois seu resultado é a salvação.
- Foi dada para prescrever a conduta de Israel, assim como definir o que era e
o que não era pecado;
Ocorre que, em nossos dias, criou-se uma dicotomia entre lei e graça. Alguns
estudiosos, inclusive algumas denominações se utilizam de sofismas, distorcendo o
texto, tirando-o do contexto com propósitos de criar argumentos para heresias. Um
argumento utilizado é o de que o cristão por viver debaixo da “graça” e não da “lei”
está isento de todas as obrigações da lei. Indo além, algumas poucas denominações
se utilizam desse argumento para não somente permitir, mas incentivar a prática de
comportamentos que são totalmente reprováveis a luz tando do Antigo Testamento,
como do Novo Testamento.
Trata-se de uma grande heresia. Lei e graça não são antagonistas entre si. O
versículo chave para elucidação é o versículo 1 do Salmo 27: “O Senhor é a minha
luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida;
a quem temerei?”
Lei e graça podem ser temas que conectados ou separados geram outros
trabalhos de conclusão de curso. O assunto é mais extenso do que parece, a
intenção foi colocá-lo aqui dentro do contexto da graça imerecida visando enriquecer
o conteúdo.
4. METODOLOGIA
De graça.
6. REFERÊNCIAS
REILLY, Matt O'. Graça Comum vs. Graça Preveniente: Qual é a diferença?:
Artigo da Society of Evangelical Arminians traduzido por Wellington Mariano. 2014.
Disponível em: <https://artigos.gospelprime.com.br/graca-comum-vs-graca-
preveniente/>. Acesso em: 08 out. 2018.