Você está na página 1de 7

Anais Eletrônicos do

26º Congresso Odontológico de Bauru


“Prof. Dr. Alceu Berbert”

ISBN: 978-85-65648-04-2

Bauru 2013
Estomatologia / Radiologia
/ Diagnóstico Oral /
Patologia / Pacientes com
Necessidades Especiais

Oral

144
CARCINOMA ESPINOCELULAR INCIPIENTE EM LESÃO LEUCOPLÁSICA.
LUCENA F.S. (e-mail: fernanda.lucena@usp.br.); LIMA H.G.; PAGIN O.; LARA
V.S.; SANTOS P.S.S. Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia de
Bauru, BAURU, SP, Brasil.

Paciente leucoderma, do gênero masculino, 65 anos, lavrador, com queixa principal de


“manchas no lábio e ardência na boca” e tempo de evolução de quatro anos. O
paciente relatou que, dois anos antes, uma lesão branca localizada no lado direito do
lábio inferior foi biopsiada e recebeu diagnóstico microscópio de estomatite crônica de
padrão liquenóide, no qual recidivou. A história médica revelou Diabetes melittus tipo 2
controlada. Ao exame intraoral observou-se extensa mancha branca, não removível,
apresentando vários nódulos entremeados por áreas eritroplásicas, acometendo parte
do lado direito do lábio inferior, comissura labial, estendendo-se até mucosa jugal. A
lesão apresentava forma irregular e contorno bem definido por halo eritematoso com
aproximadamente 2 cm de comprimento e 1 cm de largura. O diagnóstico presuntivo
foi de leucoplasia nodular (LN). Biópsia incisional foi realizada e o exame
histopatológico revelou epitélio hiperplásico e hiperparaqueratinizado apresentando,
principalmente no terço inferior, áreas com características displásicas. Na lâmina
própria subjacente, havia ilhotas de células epiteliais de tamanhos variados,
sugestivas de hiperplasia pseudoepiteliomatosa ou microinvasão tumoral. Com base
nas características clínicas e microscópicas observadas o diagnóstico final foi de LN
com possível foco de transformação maligna. Diante disso, foi realizada uma segunda
biópsia, de três regiões distintas da lesão, e inúmeras ilhotas epiteliais neoplásicas
foram observadas na lâmina própria, confirmando o diagnóstico de carcinoma
espinocelular. O paciente foi encaminhado à um Serviço Oncológico e a lesão foi
removida com margens de segurança. O paciente está sob acompanhamento há dois
anos e não apresentou recidiva. Este caso realça a importância da seleção da área a
ser biopsiada e a interação entre o cirurgião-dentista e o patologista bucal. Além disso,
a identificação precoce de lesões cancerizáveis possibilita um melhor prognóstico aos
pacientes.

Palavras-chave: Leucoplasia Bucal; Carcinoma Espinocelular.

165
FISSURAS LABIOPALATINAS EM EXAMES DE TCFC. LOPES, I. A. (e-mail:
ivnalbano@hotmail.com); LOPES, I. A.; PAGIN, O.; PIRES, C. A. C.; CARVALHO,
I. M. M.; CENTURION, B.S. Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais,
Universidade de São Paulo, BAURU, SP, Brasil.

As fissuras labiopalatinas são anomalias craniofaciais que tem uma ocorrência no


Brasil em torno de 1:650 nascimentos. Com o surgimento da TCFC é possível avaliar
a verdadeira extensão dos diferentes tipos de fissuras além de facilitar a mensuração
com precisão e acurácia, o que reflete no tratamento para a reabilitação desses
pacientes, tais como tratamentos ortodônticos e cirúrgicos, como a realização de
enxertos ósseos alveolares. O fato de ser uma nova tecnologia que vem se
disseminando dentre os profissionais da área odontológica, traz a necessidade de
estudar e reconhecer a real extensão dessas diferentes fissuras, além do que discutir
o beneficio desse tipo de exame para esses pacientes. O objetivo desse trabalho é
demonstrar por meio de diferentes exames de TCFC casos clínicos de fissuras
labiopalatinas. Foram utilizados exames de TCFC (i-Cat Next Generation) de
indivíduos com fissuras do arquivo de imagens da Seção de Diagnóstico Bucal do
Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais - USP, com protocolos de
aquisição que compreendiam a maxila e o voxel de no máximo 0,3mm. Todos os
exames foram realizados com justificativas clínicas diversas (implantes, enxertos
ósseos, endodontia e outras) Os diferentes tipos de fissuras foram visualizados nas
reconstruções multiplanares do software i-Cat Vision®. As imagens referentes aos
diferentes tipos de fissuras nas reconstruções estudadas mostraram que é possível
avaliar com maior detalhe essa anomalia. As vantagens desse exame para esses
pacientes são inúmeras, entretanto deve-se ficar atento a justificativa para a realização
do mesmo, devido ao fato de fornecer uma dose de radiação mais alta do que quando
comparada a dose das radiografias convencionais.

Palavras-chave: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Fissura labial;


Fissura palatina.

170
O DESAFIO DOS EXAMES IMAGINOLÓGICOS PARA ANOMALIAS DENTÁRIAS
NA ENDODONTIA. PITA, M. P. (e-mail: mpitap@unal.edu.co); VELAZQUE, L. R.;
CASTRO, L. P.; PAGIN, O.; CARVALHO, I. M. M.; CENTURION, B. S. Hospital de
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo, BAURU,
SP, Brasil.

Na Endodontia, os exames imaginológicos são primordiais para o correto


desenvolvimento da prática clínica. Os critérios para a indicação da técnica
radiográfica a ser utilizada são baseados na anatomia do dente, na dose de radiação e
no principio ALARA. Com a evolução da tecnologia, houve uma mudança do cenário
da radiologia odontológica, com o surgimento das técnicas digitais e da tomografia
computadorizada de feixe cônico (TCFC). Os indivíduos com fissuras labiopalatinas
apresentam anomalias dentárias, como por exemplo, as alterações de forma e
tamanho dos incisivos centrais e laterais, que podem apresentar dilaceração radicular.
Todas essas diferenças encontradas dificultam a seleção e a realização dos exames
imaginológicos. Nesse trabalho relatamos um caso clínico de um paciente com fissura
labiopalatina classificada como transforame incisivo bilateral que apresentava os
dentes 11 e 21 em uma posição ectópica na pré-maxila. Esses dentes necessitaram
de endodontia, e para tanto foi requisitada a realização de radiografias periapicais.
Durante a execução da técnica, devido ao posicionamento dos dentes no arco, não foi
possível a visualização de maneira correta das raízes, e como consequência houve
uma impossibilidade da padronização da técnica durante as etapas do tratamento
endodôntico. Assim sendo decidiu-se por realizar um exame de TCFC para evitar
complicações. Com esse exame foi possível estabelecer o real comprimento de
trabalho, e visualizar de maneira precisa a posição dos dentes e as alterações de raiz
que eles apresentavam. Nesse caso o exame de TCFC foi primordial para a realização
do correto tratamento. Porém deve-se ressaltar que a indicação da TCFC não deve
ser uma regra frente a uma dificuldade encontrada com as técnicas convencionais,
mas deve ser considerada uma opção. Deve-se escolher o correto protocolo, para
reduzir assim a dose de radiação com o objetivo de fornecer sempre a melhor opção
para o paciente.

Palavras-chave: Fissura Palatina; Endodontia; Radiografía Dental; Tomografia


Computadorizada de Feixe Cônico.

171
Estomatologia / Radiologia
/ Diagnóstico Oral /
Patologia / Pacientes com
Necessidades Especiais

Painel

175
A AVALIAÇÃO DAS ANOMALIAS DENTÁRIAS EM EXAMES DE TCFC. FILPO-
PÉREZ, C.A (e-mail: cfilpo@hotmail.com); PAGIN, O.; CARVALHO, I.M.M.; PIRES,
C.A.C.; CENTURION, B.S. Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais,
Universidade de São Paulo, BAURU, SP, Brasil.

Os indivíduos com fissuras labiopalatinas apresentam muitas anomalias dentárias


principalmente próximas a região da fenda. As mais comumente encontradas são os
dentes supranumerários, microdontias, agenesias dentárias, alterações de forma e
tamanho de coroa e raiz, geminação, cúspide supranumerária e fusão. As imagens
radiográficas convencionais têm limitações tais como a sobreposição de imagens e a
dificuldade na padronização das técnicas que interferem muitas vezes em um
planejamento odontológico. A Tomografia computadorizada de feixe cônico vem
quebrando algumas barreiras e auxilia de forma mais precisa na avaliação dessas
anomalias dentárias. Esse trabalho apresenta um caso clínico, de uma paciente com
fissura labiopalatina, que na radiografia panorâmica e na radiografia periapical
apresentava anomalias na região dos dentes 11 e 12. Porém devido à sobreposição
de imagens e a presença de uma provável cúspide supranumerária, as técnicas não
foram muito esclarecedoras. O setor de endodontia necessitava realizar o tratamento
endodôntico do dente 11 e para isso foi solicitada a TCFC. Com esse exame pode-se
visualizar com clareza a geminação do dente 11 e a presença do dente 12 com
cúspide supranumerária, facilitando dessa forma o estabelecimento do tratamento do
paciente, o que justifica a requisição de uma técnica radiográfica que proporciona uma
dose maior de radiação ao paciente quando comparada com as técnicas
convencionais.

Palavras-chave: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico; Anomalias


Dentárias; Endodontia.

185

Você também pode gostar