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PEDERNEIRAS
2016
BRUNO DE FREITAS MIRANDA ANJOLIM
FABIANA CRISTINA DOS SANTOS CARDOSO
IGOR GUILHERME RIGONATO
THIAGO ARIEL DE ASSUNÇÃO GRANJA
PEDERNEIRAS
2016
BRUNO DE FREITAS MIRANDA ANJOLIM
FABIANA CRISTINA DOS SANTOS CARDOSO
IGOR GUILHERME RIGONATO
THIAGO ARIEL DE ASSUNÇÃO GRANJA
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Docente Orientador: Prof. Danilo Souza
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Docente Convidado: .
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Coordenadora de Curso: Dra. Letícia Colares Vilela
Agradeço todas as pessoas que passaram por minha trajetória e de alguma forma
contribuíram para o desenvolvimento de quem me tornei hoje. Os artistas e autores, que me
ensinaram valores - bons ou ruins - e guiaram meu caráter durante minha vida. Meus pais, por
oferecerem o melhor que puderam em minha educação. Meus companheiros de clube Junior
Murari e Camila Schiavon, que me acolheram na instituição que trouxe mudanças que
perdurarão por toda minha vida. Ao meu amigo e mentor Bruno Rodrigues, que revolucionou
minha maneira de lidar com a vida e meus próximos. Ao CLEO Alexandre Silva, que em uma
conversa despretensiosa reacendeu a chama de minha paixão por ser um agente de mudanças
no mundo e na sociedade. A esta faculdade, por aplicar esta ferramenta que me trouxe grande
crescimento pessoal e profissional. Aos meus colegas de grupo, que estiveram comigo durante
todo o desenvolvimento deste trabalho. Por fim, e acima de tudo, agradeço minha namorada,
por sempre me incentivar a ser uma pessoa melhor, me apoiar em tempos difíceis, perdoar
meus defeitos e nunca me abandonar.
EPÍGRAFE
SUN TZU
RESUMO
O marketing digital está crescendo muito rápido ao longo dos anos, e para as
empresas terem um bom relacionamento com seus consumidores a interação através de mídias
digitais é indispensável. Este estudo consiste em entender a importância das mídias sociais no
marketing digital e analisar os resultados de uma interação estruturada nesse meio. Dessa
forma, o presente trabalho baseou-se em uma pesquisa bibliográfica para compor o referencial
teórico, uma análise de atividades no Facebook, Instagram e WhatsApp de marcas do
segmento alimentício a fim de entender seu comportamento e aplicação do conhecimento
obtido na empresa Gula’s Fast Food visando demonstrar a evolução de várias métricas do
branding da empresa ao longo da aplicação.
Digital marketing is growing really fast over the years, and in order that companies
have a good relationship with their customers the interaction through digital media is
indispensable. This study consists in understanding the importance of social media at digital
marketing and to analyze the results of a structured interaction in this environment. This way,
the present work was based on a bibliographic research to compose the theoretical reference,
an analysis of Facebook, Instagram and WhatsApp activities of brands in the food industry in
order to understand their behavior and application of obtained knowledge at Gula’s Fast Food
aiming to demonstrate the improvement of various branding metrics throughout the
application.
Figura 1 – Os 4Ps......................................................................................................................24
Figura 2 – O Futuro do marketing............................................................................................26
Figura 3 – E-mail enviado pela Saraiva....................................................................................28
Figura 4 – Noticia no portal G1 sobre a aquisição do iPhone 6................................................28
Figura 5 – Ciclo do Growth Hacking........................................................................................29
Figura 6 – Pontos de contato.....................................................................................................35
Figura 7 – Processo de geração e extração do valor dos ativos intangíveis.............................36
Figura 8– Prisma da identidade da marca de Kapferer.............................................................37
Figura 9 – Processos do Branding............................................................................................38
Figura 10 – Redes sociais..........................................................................................................44
Figura 11 – Mídias sociais........................................................................................................45
Figura 12 – Promoção McDonald’s..........................................................................................46
Figura 13 – Promoção Sprite....................................................................................................47
Figura 14 – Promoção Budweiser.............................................................................................48
Figura 15 – Interesses globais dos usuários no Facebook........................................................50
Figura 16 – Os dispositivos que acessam o Facebook..............................................................50
Figura 17 – Os números do Instagram......................................................................................51
Figura 18 – Os usuários do Instagram......................................................................................51
Figura 19 – Interatividade do homem-homem por meio das mídias digitais............................54
Figura 20 – Pagina Inicial Gulas Fast Food.............................................................................62
LISTA DE GRÁFICOS
AV. Avenida
FOFA Forças, Oportunidades, Fraquezas, Ameaças
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats
4P’s Produto, Preço, Praça, Promoção
BSC Balanced Scorecard
ROI Return of Investment
KPI Key Performance Indicator
CRM Customer Relationship Management
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................19
2 MARKETING............................................................................................................22
2.1 DEFINIÇÃO DE MARKETING................................................................................22
2.2 HISTÓRIA DO MARKETING...................................................................................22
2.3 MARKETING DIGITAL............................................................................................26
2.3.1 Customer Relationship Management - CRM..............................................................27
2.3.2 Growth Hacking..........................................................................................................29
Sergio Zyman, autor da obra “O fim do marketing como nós conhecemos”, publicada
em 1999, é de grande importância para este trabalho pois trata de questões conceituais e
estratégicas para a marca, mas principalmente critica práticas comuns na área de publicidade e
propaganda. Como conclusão, apresenta uma lista de “princípios do Novo Marketing”,
considerada pelo autor como um guia para tornar seus praticantes revolucionários na área de
Marketing.
Eduardo Heiji Tomiya (2014) escreveu o livro “Branding analítico: Métodos
quantitativos para gestão da marca”, onde buscou ser referência sobre o tema de branding
analítico. Ajuda a conceituar o branding e embasa o posicionamento das marcas com um
ponto de vista analítico. Após isso, aborda a avalicação de marcas já existentes, apresentando
metodologias, estudos de caso e aplicações da marca. Desta forma, permite uma abordagem
concreta e desmistificada do tema.
21
2 MARKETING
2.1. DEFINIÇÃO DE MARKETING
Pelo marketing ser algo que tomou grandes proporções desde que foi tido o
conhecimento de sua existência, inúmeros autores vem criando definições, buscando
demonstrar de maneira clara e objetiva seu significado, baseados em seus conhecimentos
adquiridos de inúmeras formas.
Segundo o professor de Marketing Internacional na Northwestern University,
escritor, e considerado como um dos pais do marketing, Philip Kotler (1978, apud MORICI,
2013, P.01) “O marketing é um processo social e administrativo no qual grupos e indivíduos
obtêm o que necessitam e desejam através de gerar, oferecer e intercambiar produtos de valor
com seus semelhantes”.
Segundo Ray Corey (1991), conforme citado por Kotler (1996, p.01) “São todas as
atividades mediante as quais uma empresa se adapta a seu ambiente de forma criativa e com
rentabilidade”.
Ainda encontramos outras definições que são mais simples, com foco no sucesso do
negócio através perceber o comportamento dos consumidores e suas necessidades, levando
satisfação aos mesmos.
Em Outubro de 2007, a American Marketing Association descreveu a definição como
“a atividade e o conjunto de instituições e processos para criar, comunicar, entregar e trocar
oferendas que tenham valor aos consumidores, clientes, parceiros e sociedade em geral”. Com
a influência da rápida globalização, internet e redes sociais, o marketing de uma empresa
deixa de influenciar seus clientes diretos e passa a gerar influência na sociedade em que esta
inserida.
Figura 1 – Os 4Ps
Durante muito tempo pudemos ver e trabalhar com o marketing tradicional, mas nos
últimos anos um novo tipo de marketing se destacou, o Marketing Digital.
Com a chegada da internet na década de 90, Tim Berners-lee idealiza a web com o
intuito de compartilhar arquivos com seus amigos. Nesse cenário surgiu o e-mail, idealizado
por Ray Tomlinson, sendo a forma da época de compartilhar informações e arquivos. Naquele
tempo o acesso à internet era escasso, mas conforme o tempo foi passando, seus usuários
foram evoluindo e aumentando, tanto no perfil empresarial quanto no pessoal. Devido a isso,
as agências tradicionais buscaram profissionais capazes de entender essa evolução do
mercado, de certa forma mudando o jeito de se fazer marketing.
A partir desse momento, o marketing era voltado para o perfil digital. Em 1995 a
Amazon vendeu o primeiro livro on-line, lançando o conceito de e-commerce, e logo no final
dos anos 90 surge um dos maiores sites do mundo que revolucionou o marketing, o Google.
26
Como podemos observar a evolução do marketing foi muito rápida, pois ela acompanhou as
oportunidades da tecnologia.
O marketing digital surgiu através de uma oportunidade que foi observada no
mercado, a evolução da tecnologia, com um intuito de realizar uma inovação e
aperfeiçoamento ao marketing. Consiste em planos de ações para divulgar, comercializar
produtos e serviços melhorando desta forma o relacionamento das empresas. Desta forma ele
promove ações estratégicas aplicadas no meio digital.
Morici (2013) ressalta que o marketing digital possui menos foco voltado para o
produto em si e muito mais nos relacionamentos que a marca estabelece com seus clientes e
consumidores.
Assim por meio do marketing digital, as empresas conseguem promover seus
produtos, promover seus serviços, práticas e a sua própria marca, de modo que chegue rápido
ao seu público-alvo, tornando um canal de comunicação mais rápido e eficiente com os
clientes.
Um dos métodos de conseguir levantar os resultados obtidos é o ROI (retorno sobre
investimento), por mensurar a relação entre o dinheiro investido e o retorno desse
investimento. Através deste método conseguimos observar a taxa de retorno do investimento
digital; sendo um retorno efetivo, medida de avaliação do desempenho de investimento,
aferido; retorno exigido, é o que determina o valor do investimento; retorno previsto, função
do preço, ou custo, do investimento em fluxo. Por este KPI, podemos identificar juros, lucros,
prejuízos, ganhos e perdas.
realizadas por outros usuários, demonstrando o que pode ser interessante ao cliente, e à
disponibilizam para o mesmo, de maneira direta através de e-mail ou pela própria página da
empresa.
Figura 3 – E-mail enviado pela Saraiva
Fonte: G1 (2014)
28
Mais uma diferença vista entre os profissionais é que o de Marketing busca, em sua
maioria, a atração de novos clientes, enquanto o Growth Hacker segue um modelo de funil,
criado por Dave McClure, que possui a etapa da aquisição de clientes, da ativação dos
clientes, da retenção dos clientes, da recomendação e do faturamento. O funil facilita na
elaboração de estratégias e metas para cada parte dele, podendo assim, facilitar a visualização
de qual etapa necessita de melhorias.
A elaboração e uso das estratégias desse novo profissional acompanham esse
momento de ascensão do marketing digital.
Ao alinhar pontos como foco no cliente, rapidez, inovação e divisão das áreas do
projeto de aplicação, o alcance dos objetivos desejados fica mais próximo do êxito em um
curto período de tempo.
Brand Recall – A marca é lembrada pelo mercado-alvo, mesmo sem haver um aparato
que auxilie os entrevistados a se lembrarem dela. Também conhecido como
notoriedade espontânea.
de investimentos. Hoje em dia, várias ações de marketing e publicidade na internet tem sua
efetividade mensurada através desse indicador.
O ROI “é uma métrica usada para medir os rendimentos obtidos a partir de uma
determinada quantia de recursos investidos. Na prática, essa conta mostra quanto a empresa
ganhou ou perdeu em relação ao que investiu e administrar futuros investimentos. Os
resultados obtidos através do cálculo servem para avaliar, por exemplo, como investimentos
em marketing contribuem para os resultados da empresa e identificar o prazo do retorno
financeiro dessas iniciativas.” (ADMINISTRADORES, 2014).
O cálculo desse KPI segue a seguinte fórmula:
A utilização dessa métrica requer que algumas práticas: atenção ao mercado, rápida
adaptação, paciência na avaliação dos investimentos, foco em métricas diretamente ligadas a
retornos financeiros, medição e avaliação constante das atividades. Isso traz aos tomadores de
decisão informações importantes sobre o desempenho e eficácia dos investimentos e
processos de um negócio, mensurando os impactos de cada atividade. Desta forma, pode-se
identificar pontos de melhoria, como as taxas de conversão entre os estágios de um funil de
vendas, por exemplo. Outros benefícios englobam a priorização de projetos com base em sua
rentabilidade, busca por patrocinadores e compradores, identificação das maiores fontes de
lucro da empresa e os canais de comunicação mais eficazes, avaliação da qualidade do
processo de vendas e atendimento ao cliente.
Além disso, é preciso determinar a origem e objetivo do projeto analisado para poder
calcular com exatidão o retorno financeiro esperado. Por exemplo, a implantação de um
sistema de CRM vai ajudar a equipe de vendas a se comunicar de maneira mais assertiva com
possíveis clientes, aumentando o volume de reuniões, o número de propostas e como
consequência, a quantidade de vendas.
Tudo isso, por fim, se traduz em corte de gastos desnecessários, aumento dos lucros,
resultados duradouros, fortalecimento da cultura e aumento no moral das equipes.
Os consumidores já não são mais indivíduos isolados; agora, estão conectados uns
aos outros. Suas decisões não são mais inconscientes; ao contrário, são bem
fundamentadas em informações. Não são mais passivos; são ativos, oferecendo
feedback útil às empresas. (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2010, p.21)
Atualmente, os profissionais de marketing tem perdido o poder sobre a marca, pois
agora ela faz parte de um corpo maior, o poder coletivo dos Consumidores. Esses grupos de
pessoas em especial começaram a receber nomenclaturas de profissionais do marketing, como
“Cocriadores” e “Prosumidores”.
Os termos se dão através de junção de palavras como “consumidor+criador” e
“produtor+consumidor”, sendo este para seus consumidores internos, seus colaboradores.
Segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010) esse tipo de consumir gosta de mostrar
suas habilidades na geração de valores para que todos vejam.
O setor digital vem crescendo e é imensurável o quanto ainda pode crescer, devido
ao avanço da tecnologia. Seguindo esse crescimento, vem aumentando a quantidade de
pessoas em rede, facilitando assim o aumento considerável de tráfego neste meio,
possibilitando a aplicação de uma estratégia de marketing digital bem elaborada e de baixo
custo, já que pode-se alcançar um grande número de pessoas através de redes que possuem
acesso e uso gratuitos.
Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010) citam uma metáfora utilizada por Brafman e
Beckstrom para demonstrar como devem ser as empresas do futuro. Segundo eles, as
empresas devem ser como uma estrela do mar, pois não tem cabeça e se assemelham a um
grupo de células que trabalham em conjunto. Resta apenas que as empresas enxerguem isso.
34
3 BRANDING
3.1. O QUE É BRANDING?
Branding, do inglês brand, significa marca, e Segundo Bueno (2010, p. 342) marca
significa “sinal de posse”. Desde a antiguidade, o ser humano marcava os seus bens para
identificar sua posse. Hoje, conforme Kotler; Pfoertsch (2008, p.177) “a marca representa
provavelmente o mais poderoso instrumento de comunicação, e, apesar disso, poucas
organizações criam e usam uma identidade de marca [...] para colocar seus produtos e
serviços no mercado”.
Aaker (1998) diz que no futuro a guerra do marketing será baseada em marcas.
Negócios e investidores verão elas como o maior ativo da empresa, com isso o foco começará
a ser sua melhoria para assim dominarem mercados.
Em face dessa questão, quando se pensa em marca, muitos a relacionam a aspectos
criativos. Porém, os aspectos tangíveis - como nome, logotipo, embalagem e design - são, na
verdade, resultado da estratégia da marca, que está ligada principalmente ao seu
posicionamento. Segundo Tomiya (2014), “Hoje, o foco está na gestão de todos os pontos de
contato com o público estratégico”.
Figura 6 – Pontos de contato
Por outro lado, Tomiya (2014) mostra que o branding é o conjunto de atributos
tangíveis e intangíveis que é desenvolvido pelo público interno da organização e é refletido na
imagem que o público externo tem da empresa.
Vale ressaltar que as marcas não se restringem apenas em propagandas ou
comunicação, incluindo todos os pontos de contatos nos quais todas as organizações estão
estruturadas para que possam gerar e extrair valor dos ativos intangíveis e criar a percepção
nos consumidores.
De acordo com Martins (2006), a marca forte e influente no mercado traz uma
responsabilidade muito grande, pois os consumidores passam a ficar mais exigentes com o
padrão de qualidade. A marca não pode “errar”, pois deve fazer jus à sua trajetória e manter o
histórico de confiabilidade conquistado ao longo do tempo.
Figura 7 – Processo de geração e extração do valor dos ativos intangíveis
É necessário conhecer os riscos que as empresas podem correr, para que possa
prevenir os riscos e não deixar que impacte negativamente na imagem da organização.
E de grande importância estar atento ao que a concorrência está praticando no
mercado, buscando estar sempre atualizado. O preferível é buscar a criação de sua própria
identidade de mercado, ao invés de se basear na identidade dos líderes, isso pode ser um risco
para a sua organização. Esta prática é conhecida por mimetismo.
Quando surge a oportunidade da marca expandir em outros segmentos, soma-se a
esses fatores o oportunismo. Tomiya (2014) não é contra essa expansão, mas sugere que esta
pode ser um atentado à essência e identidade da marca. A adesão desta expansão pode se
tornar positiva, onde o nome da marca ajuda no novo segmento, ou negativa, onde a imagem
da marca é danificada.
O idealismo, que consiste em comunicar mais do tem condição para entregar. Hoje,
principalmente, os consumidores estão “vacinados” contra propagandas e promessas
exageradas.
Diante disso, Kotler e Pfoertsch (2008, p. 278) comentam o erro mais comum ocorrido
entre as empresas, que é focar nos atributos e acabar não dando a importância necessária ao
processo do Branding.
Figura 9 – Processos do Branding
O que podemos aprender com o cotidiano nos negócios é que o significado percebido
derivará fortemente dos consumidores, começando pelo nome da marca. Em certo idioma, o
nome passa a percepção do significado do empreendimento. Porém, caso mude para outra
região, com outro idioma, há uma interferência na mensagem que a marca quer passar.
A segunda armadilha, de acordo Kotler e Pfoertsch (2008, p. 279), é achar que as
marcas têm vida própria, ou seja, uma vez que a construção da marca é executada e está rumo
ao sucesso, acaba tornando vida própria, apresentando algo semelhante ao efeito dominó.
Apesar disso é possível existir algumas marcas desse gênero.
A reputação da marca é tudo aquilo que ela representa para o mercado – uma
reputação por satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores de uma maneira
distinta. (KOTLER; PFOERTSCH, 2008, p. 280).
Quando a marca é tratada como ativo, deve ser administrada, renovada e sempre
deve receber investimento na gestão da mesma, pois é afetada pelas forças internas e externas,
portanto exigem reações e mudanças. A organização consegue entender de forma clara a
marca e ter capacidade em administrá-la de forma lucrativa. Kotler e Pfoertsch (2008, p. 180)
dizem que uma gestão proativa da marca é a chave para o sucesso. Não devemos reagir e sim,
agir.
A terceira armadilha comum é exagerar em publicidade com o objetivo de aumentar
a percepção da marca, visto que desperta no indivíduo a necessidade em comprar um produto
ou serviço depende de outros fatores. A proposta em investir em publicidade e faturamento,
precisa de atenção, pois, para investir em publicidade é bom que seu faturamento esteja
alinhado para suprir as necessidades.
A quarta armadilha é as empresas basearem suas estratégias na perspectiva interna.
Kotler e Pfoertsch (2008, p. 185) nomeou essa armadilha de “Não use antolhos”. O que é
antolhos? Segundo Bueno (2010, p. 32), antolhos é uma “peça de couro com que se tapam
lateralmente os olhos aos animais para que olhem para frente”.
É preciso tirar os “antolhos”, ou seja, ter uma visão mais ampla, não restrita à interna,
também estar atento às movimentações externas, os stakeholders – clientes, fornecedores,
acionistas, parceiros, mídias, governo, concorrentes, entre outros – para que possa ter uma
visão mais realista em relação à imagem da marca, evitando assim distorções da percepção da
marca.
Kotler e Pfoertsch (2008, p. 170) afirmam que para se obter resultados a longo prazo,
é necessário que o planejamento da marca faça parte da perspectiva do negócio. Para isso, é
preciso ter o equilíbrio entre continuidade e envolvimento, pois a maioria das empresas criam
inúmeros planos estratégicos, mas nenhum voltado para as marcas. Esta falta de foco na
maioria das vezes é o motivo da marca não alcançar seu potencial máximo.
Para que a empresa tenha foco, é preciso incluir o planejamento da marca no plano
de negócio. Grandes mudanças em marcas não ocorrem rapidamente, e sim de forma gradual,
sempre contendo um plano de ação para garantir a continuidade e o envolvimento.
De acordo com Kotler e Pfoertsch (2008, p. 171), é necessário criar o clima de
mudanças, e que a cúpula da administração libere um tempo para discutir sobre as estratégias
da marca. Além disso, todos devem estar envolvidos no planejamento. O problema que leva
muitas marcas ao fracasso é ter um grupo reduzido de pessoas envolvidas com o plano de
marca. É preciso contar com o fornecimento de informações corretas e atualizadas, incluindo
a análise SWOT ou FOFA, em relação ao posicionamento e a identidade da marca.
Desenvolver procedimentos de inovação e de planejamento rápido, tendo como base
uma profunda análise da marca no mercado externo e interno, podendo assim conhecer
melhor o meio em que está disposta e onde gostaria de chegar.
Possuir padrões para comunicar o plano de marca e suas mudanças eventuais, assim
como indicadores de desempenho claros, são métodos que auxiliam na identificação de
obstáculos.
Vale ressaltar que o objetivo central desse planejamento, segundo o Portal
Administração (2014), é o alinhamento estratégico com o operacional e uma de suas metas é a
mensuração do valor do dos ativos intangíveis, que é de consenso de diversos autores destes
serem bens sem existência física.
Outro são os processos de implantação, ou Programa de Branding, como Kotler e
Pfoertsch (2008, p. 171) preferem chamar. Consiste nos programas de suporte à marca, onde
estão inseridas “marcas existentes e futuras, extensões ou potenciais apropriados de
crescimento” em um plano de ação, para ser gerenciado ao longo prazo.
Para que uma marca consiga sucesso no longo prazo, é preciso colocar em prática
cinco princípios que são muito importantes para que a marca seja bem-sucedida. No quadro a
seguir são apresentados quais são esses cinco importantes princípios do Branding.
A pesquisa de mercado interna e externa é a chave para que se possa responder essas
questões.
Não se trata de compilar montes de dados estatísticos e gráficos que são, em geral,
apresentados uma vez e depois abandonados no primeiro escaninho disponível. Se as
empresas fazem pesquisas de mercado, elas precisam igualmente estar aptas a
analisar e avaliar os resultados de tais estudos. Muitas empresas põem a perder seus
investimentos em pesquisa de mercado porque os resultados são utilizados apenas
como subsídios para responder a uma questão específica de um departamento
específico (em geral o de marketing). Quando a companhia não faz as perguntas
certas e nem mesmo inclui estratégias para a sua execução, a pesquisa de mercado se
revela inteiramente inútil. (KOTLER; PFOERTSCH, 2008, p. 174)
O primeiro passo é identificar qual a fatia de mercado que a marca tem naquela
categoria. Dessa forma poderá saber qual é a posição em que está diante do segmento. A
seguir temos a fórmula da participação da marca no mercado, que pode ser encontrada após
uma comparação entre as vendas de uma única marca e as vendas de outras que compõe o
mesmo setor.
Fonte: Adaptada pelos autores com base Kotler e Pfoertsch (2008, p. 175)
O próximo passo é criar o poder da marca, o qual está ligado à lealdade da marca, ou
seja, o grau de lealdade que os consumidores têm e o quanto é fiel à marca. O outro item é a
cobertura da marca, ou seja, até onde a marca alcança, em relação a faixa etária, amplitudes e
tipos de consumidores. O alcance da marca consiste em quais mercados a marca conseguiu
conquistar. E o domínio da marca, está relacionado à influência que a marca exerce no
mercado em que atua.
O conhecimento da marca é o que os consumidores aprenderam, sentiram, viram,
ouviram e experimentaram com o passar do tempo. O efeito diferencial do
conhecimento da marca é refletido nas percepções, preferências e conduta do
consumidor em relação a todos os aspectos do marketing de determinada marca.
(KOTLER; PFOERTSCH, 2008, p. 176)
42
Convém ressaltar a importância de uma marca ter uma história para passar aos
clientes e consumidores.
43
4 MÍDIAS DIGITAIS
4.1. DIFERENÇAS ENTRE MÍDIA DIGITAL, SOCIAL E REDE SOCIAL
Segundo Alterman (2015) “tanto o termo rede social como mídia social já existiam
antes da internet e nenhum deles era tão usado como são nos dias de hoje”. Existem teorias
afirmativas que os dois termos estão ligados, já outros dizem que não. A rede social, segundo
Alterman (2015), pode ser definida por grupos de pessoas com interesse mútuo, ganhando
força neste nome após o crescimento da internet.
De acordo com a visão de Alterman (2015) os relacionamentos das pessoas com um
interesse em comum, antes era dada de forma exclusivamente off-line, depois com a internet,
passaram a ser on-line. Ele chama de “redes sociais online”.
Figura 10 – Redes sociais
4.3.2. Instagram
O Instagram foi lançado no app store, em 2010, no mesmo ano atingiu a marca de 1
milhões de usuários e foi um dos aplicativos mais baixados. O aplicativo, foi desenvolvido
pelo brasileiro Mike Krieger e o estadunidense Kevin Systrom. Em 2012, uma semana após
lançar a versão para o Android, Facebook a comprou por US$ 1 bilhões. De acordo com
Carvalho (2015) dois anos depois, o número de usuários aumentou em seis vezes.
50
Em relação aos filtros, faz com que corrija as imperfeições, existe tantas opções para
que possa valorizar a foto, é preciso conhecer cada um dos filtros. Segundo Carvalho (2015)
42,9% das fotos postadas no Instagram é ausente de filtros, há dois motivos para isso,
primeiro que a foto é tão bonita que não precisa de edição e segundo motivo é a “pressa ou
falta de conhecimento para a escolher entre tantas opções”.
As hashtags são palavras chaves que utilizado o símbolo “#” antes. É um item que
auxiliam o engajamento das pessoas e fazer com que seja encontrável, segundo Carvalho
(2015) as empresas devem estar cientes quais são as hashtags mais utilizadas pela base dos
clientes. Começou a ser utilizado no Twitter, e em 2013 o Facebook também adotou.
As hashtags viram hiperlinks dentro da rede e são indexáveis pelos mecanismos de
busca no Instagram, se você clicar em uma hashtag tem acesso a todas as fotos não
privadas que a possuem. (CARVALHO, 2015)
Hoje, segundo Carvalho (2015) a demanda pelo conteúdo visual aumentou. E “como
uma plataforma social baseada em imagem, o Instagram permite que as empresas mostrem
seus produtos de uma forma criativa, estabelecendo uma identidade visual para a marca. ”
Com isso utilizado as hashtag ajuda a aproximar dos consumidores. Carvalho (2015)
indica alguns passos para ter um perfil impecável, para promover os produtos e conseguir o
engajamento dos usuários.
Quadro 3 – Passos para ter um perfil de sucesso no Instagram
Com uma imagem em alta qualidade,
Fotos com qualidade faz com que passe profissionalismo e
destaca no feed dos seguidores.
O visual é a prioridade no Instagram, mas
acompanhar com uma legenda
Suas palavras
envolvente pode ser de um grande
impacto, pois complementa a imagem.
É interessante utilizar hashtags simples e
Hashtags exclusivas
interativas.
É necessário ter uma consistência na
apresentação do produto, personalidade
Conte uma história ou de cliente. Para que possa ter a
garantia de uniformidade, ou seja, a
identidade da marca.
Nesse passo consiste em procurar os
principais concorrentes estão fazendo,
Foque em usuários qualificados
tipo o benchmarking, podendo até
desenvolver parcerias.
É importante envolver e interagir com o
público para que tenha êxito em engajar
Enriqueça e envolva seu público
os consumidores.
52
4.3.3. WhatsApp
De acordo com Primo e Cassol (1999, p.68), existem três fatores que contribuem
com a interatividade, citados no quadro abaixo.
Quadro 4 – Fatores que contribuem para a interatividade
54
5 A EMPRESA
55
Para fim de acompanhamento dos resultados, uma pesquisa de mercado foi realizada
nos dias 27, 28 e 29 de Maio de 2016, visando mensurar o ponto de partida dos índices acima,
representados nas tabelas a seguir. O público entrevistado tem abrangência de idade de 16 a
43 anos e é composto de aproximadamente 56% de mulheres e 44% de homens. No total, 94
pessoas foram entrevistadas.
Como podemos observar, os resultados apontam que a marca é conhecida pela maioria
dos entrevistados, porém poucos a conheceram através das redes sociais. Além disso, quase
todos consomem os produtos principais do restaurante e a maioria prefere realizar pedidos
para entrega, ao invés de ir aos estabelecimentos. Por fim, uma baixa quantidade tem o Gula’s
como restaurante preferido.
6 APLICAÇÃO
6.1. JUSTIFICATIVAS DOS MEIOS UTILIZADOS
58
6.1.1. Instagram
6.1.2. Facebook
A interação realizada pelo Facebook talvez seja hoje a mais ampla e eficaz no meio
digital. Além da rede social ser a maior do mundo, é responsável por números muito
expressivos no Brasil.
O Facebook nos possibilita a interação com os clientes através de meios diretos e
indiretos, como o Facebook Mensseger, diversas formas de curtidas, realização de
questionários, entre outras.
A famosa rede social de Zuckerberg atinge bilhões de pessoas ao redor do mundo
possibilitando, portanto, uma grande e rápida expansão de marcas que saibam a utilizar de
maneira eficaz e eficiente.
Pelo Gula’s se tratar de uma empresa que busca aumentar o público conhecedor da
marca e o que ela disponibiliza, voltamos o foco para esta rede social.
59
6.1.3. WhatsApp
6.2.2. Facebook
61
9 15/07/2016 359 22 4
10 15/07/2016 239 39 14
11 20/07/2016 326 42 12
12 22/07/2016 2.487 1251 161
13 27/07/2016 939 25 5
14 30/07/2016 331 43 12
15 31/07/2016 1628 92 8
Fonte: Autores do trabalho
6.2.3. WhatsApp
Para uma análise manual, abrangendo o período de COLOCAR DATAS, foi obtido a
quantidade de 132 dias mensurados ao total, sendo 19 para todos os dias da semana com
exceção de Sexta-feira que possuiu 18. O processo também foi realizado no âmbito mensal,
visando demonstrar progressão por período.
Admitimos que o lucro da empresa como 17% para todos os produtos e o ticket
médio equivaler a aproximadamente R$63,82, conforme informado pelo proprietário. O
método de previsão de demanda utilizado foi a média móvel simples do crescimento da
demanda entre os períodos anteriores, sendo estes de Janeiro a Junho. Os valores esperados
para crescimento das vendas de pizzas e esfirras no estabelecimento eram de 4,66% e 12,92%,
respectivamente. Os valores de crescimento atingidos em Julho, no entanto, foram
expressivos 35,32% e 28,88%. Vale também ressaltar que os picos de crescimento na
demanda dos produtos da categoria ocorreram em Abril e Julho, onde em Abril foi inaugurado
o WhatsApp e em Julho, a aplicação no Facebook e Instagram foi realizada.
Tabela 13 - Comparativo de ROI
Retorno sobre investimento (ROI)
Período Ação Custo Resultado ROI
Mensal Rádio R$ 1.650,00 R$ 1.360,00 -17,6%
Fevereiro Panfletos R$ 3.000,00 R$ 1020,00 -66,0%
Abril Faixas R$ 40,00 R$ - -100,0%
Maio Cartaz R$ 100,00 R$ - -100,0%
Junho Sorteio dia dos R$ 250,00 R$ 67,00 -73,2%
namorados
Julho Sorteio Pizzas R$ 60,00 R$ 228,69 281,2%
Julho Sorteio Esfirras R$ 120,00 R$ 575,09 379,2%
Fonte: Autores do trabalho
Por um custo de R$1650,00 por mês, a empresa realizava propagandas na rádio local.
Em Agosto foi possível realizar uma estimativa de retorno do investimento devido ao serviço
ter sido descontinuado, havendo uma estimativa de faturamento advinda dessa divulgação de
R$8.000,00, com um lucro resultante de R$1360,00 para os períodos. Dessa forma, a empresa
teve prejuízo de 17,6% do valor investido, pois o lucro desse faturamento não excedeu o custo
da ação.
69
Você mora em
Pederneiras?
Sim Não
66 22
75,00% 25,00%
Fonte: Autores do trabalho
Na maioria das vezes, você faz seu pedido em casa ou prefere ir comer
no estabelecimento?
Pedidos para entrega Vou ao estabelecimento N/A
46 37 5
52,27% 42,05% 5,68%
Fonte: Autores do trabalho
7 CONCLUSÃO
Com o grande desenvolvimento tecnológico que o mundo está inserido, boa parte dos
meios comerciais está adotando, além do formato físico, o digital.
Visto a grande competitividade advinda dessa realidade, a lanchonete Gula’s Fast
Food buscou aderir práticas de branding voltadas a esse meio digital como diferencial
competitivo no mercado local, considerando que esse tipo de atividade ainda não é bem
explorado pelos concorrentes da região.
No século XXI, podemos observar a mudança de comportamento de compra dos
consumidores. Eles buscam cada vez mais se identificar com valores, além da possibilidade
de suprir suas próprias necessidades , para fechar um negócio. É aí que o branding entra, com
o objetivo de desenvolver e consolidar a marca no mercado com o intuito de diferenciá-la,
gerar valor ao público-alvo e comunicar os ideais da empresa ou marca em que está sendo
aplicado.
As ferramentas utilizadas para monitorar atividades de marcas famosas do ramo
alimentício nas mídias digitais, estudo bibliográfico para embasamento teórico e
desenvolvimento de aplicações estruturadas nos meios propostos foram úteis para os objetivos
do projeto, que são: demonstrar a eficiência e eficácia dessas aplicações no meio digital e
relacionar os resultados com o impacto no branding da empresa, além de evidenciar a relação
custo x benefício dessas ações, identificar os melhores meios digitais para aplicação do
projeto considerando a realidade do Gula’s Fast Food e os reflexos da evolução do branding
nos resultados das atividades do Gula’s.
As principais oportunidades identificadas na empresa em estudo, através da análise
SWOT e pesquisa de mercado, são a grande demanda de delivery no mercado local, a
ineficiência dos concorrentes em praticar o branding e a quantidade de clientes conectados
nas mídias digitais, que resulta em um maior público atingido pelas campanhas.
Em sugestão para trabalhos futuros, indicamos a utilização dos mesmos meios
digitais presentes nesse trabalho (sendo estes identificados como os mais indicados para o
ramo de atuação); a empresa manter-se atualizada quanto a novos meios digitais e métodos de
interação com o consumidor; focar nos pontos fortes identificados da empresa para posterior
desenvolvimento da marca; utilização de uma plataforma integrada para aumentar a eficiência
do monitoramento e eficácia das ações nas mídias digitais.
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REFERÊNCIAS
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Nova Iorque: The Free Press, 1991.
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