Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Goiânia
2017
Isabella de Barros Penna
Goiânia
2017
Isabella de Barros Penna
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Dra. Marina Roriz Rizzo Lousa da Cunha–Faculdade de Informação e
Comunicação - Universidade Federal de Goiás (orientador)
__________________________________________
Prof. Dra. Eliany Alvarenga de Araújo–Faculdade de Informação e Comunicação –
Universidade Federal de Goiás
____________________________________________
Alexandre Augusto Seixlack Caramaschi. – Diretor de Marketing e Relações
Internacionais Herreira Semijoias
Dedico este trabalho à minha família que
sempre esteve ao meu lado e ao meu amor,
meu companheiro em todos os momentos.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus familiares pela paciência, pelo apoio e por todo o suporte possível
para eu chegar até aqui. Em especial, agradeço a minha mãe querida, por sempre ter me
passado sua força que eu pego como inspiração diária para meu crescimento como ser
humano e como profissional. E ao meu pai de coração, que me inspira com sua inteligência,
força de vontade e honestidade em tudo que faz. Um agradecimento especial a minha tia
Sumaia, pelo apoio essencial na reta final deste trabalho. Ao meu amor, meu companheiro de
todas as horas, ao meu confidente de todos os momentos difíceis, quando eu pensava em
desistir, eu te amo, obrigada por tudo. A minha orientadora, pelo suporte e paciência,
juntamente com todos os professores do curso, que de algum modo me conduziram a me
tornar uma Gestora de Informação. Aos meus colegas de curso, que assim como eu, sempre
acreditaram na grande área que estamos inseridos. Um agradecimento especial a toda empresa
Herreira Semijoias, por ter me acolhido e me dado a oportunidade de crescer como
profissional e como pessoa, e por ter me dado a oportunidade de desenvolver trabalhos
incríveis, além de ter se disponibilizado a me ajudar com este trabalho, fornecendo seus dados
e estrutura para a realização do mesmo.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo identificar os papéis do gestor da informação no marketing
digital e exemplifica-los em um estudo de caso. Inicia-se pelos conceitos e história da Ciência
da Informação, aprofundando no cenário da gestão da informação (como surgiu, o porquê),
falando-se um pouco sobre a inteligência competitiva, chegando por fim, ao universo das
mídias sociais e ao marketing digital. Neste momento, identifica-se a importância de se fazer
marketing nas mídias sociais de forma estratégica e assertiva, mostrando perfis de
profissionais responsáveis por essa assertividade. Depois de identificados esses perfis,
percebe-se que um deles caracteriza por inteiro o gestor da informação. Assim, através dos
dados fornecidos pela empresa Herreira Semijoias, consegue se demonstrar, na prática, a
importância do Gestor da Informação no marketing digital e caracterizar suas ações nos perfis
levantados.
Palavras chaves: Gestão da Informação, Gestor da Informação, Marketing Digital.
ABSTRACT
This paper aims at identify the roles of the information manager in the digital marketing and
exemplifies them in a case study. It starts with concepts and history of Information Science,
deepening in the scene of information management (how it came to be, why), talking a little
about competitive intelligence, finally, the universe of social media and digital marketing. At
this time, the importance of marketing social media strategically is identified and assertive,
showing profiles of professionals responsible for this assertiveness. Once these profiles have
been identified, one of them information manager. Thus, through data provided by Herreira
Jewelry, It can be demonstrate in practice the importance of the Information Manager in the
digital marketing and characterize their actions in the raised profiles.
Keywords: Information Management, Information Manager, Digital Marketing.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabela 1 - Desempenho dos anúncios por link patrocinado – Google Adwords .....................37
Tabela 2 - Desempenho das Redes Sociais no período de novembro de 2015 – janeiro
2016...........................................................................................................................................37
Tabela 3 - Desempenho das Redes Sociais no período de janeiro de 2016 – abril de
2016.......................................................................................................................................…38
Tabela 4 - Funil de Vendas, comparativo Comparativo (Nov 2015 a Jan 2016 com Fev a Abr
2016) ........................................................................................................................................39
Tabela 5 - Indicadores de desempenho (julho de 2016 e agosto de 2016) ..............................49
Tabela 6 - Evolução de visitantes/ leads ao longo dos meses de 2016.....................................59
Sumário
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 10
CAPÍTULO 1 ............................................................................................................. 13
2.1.1Cenário Inicial............................................................................................... 35
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 68
11
INTRODUÇÃO
O mundo da informação dos dias de hoje, começou há muito tempo atrás, onde a
sociedade ainda não percebia o quão valioso era a informação. A partir do momento que a
sociedade percebeu que a informação poderia modificar o comportamento social, surgia uma
ciência a qual estudaria mais a fundo o que seria a informação e suas transformações na
sociedade.
Com o surgimento dessa ciência, denominada Ciência da Informação, evoluíram as
pesquisas, e um dos grandes braços dessa nova ciência, aparece: a Gestão da Informação. A
Gestão da Informação, é abordada como resultado de uma sociedade que começa a viver
grandes transformações causadas pelo alto índice de informação em todos os lugares. Nesse
momento, por volta do início do século XXI, no mercado das organizações de diversos
segmentos, nota-se que a informação começa a ser instrumento capaz de gerar vantagem
competitiva. Assim, destaca-se o surgimento de um profissional que vem munido de
ferramentas para levar as empresas a se adaptarem a esse novo contexto em que o mercado se
torna informacional. Surge então um profissional que possui um olhar analítico, estratégico e
que sabe transformar a informação em conhecimento, capaz de auxiliar a tomada de decisão.
Estamos falando do gestor da informação.
O gestor da informação é preparado para lidar com a informação em diversas áreas. Ele
desempenha papéis nas organizações relacionadas ao desenvolvimento da informação em
diversos contextos. Ou seja, se esta informação está inserida nos processos da tecnologia, o
gestor da informação está apto a entender como usar a informação de forma assertiva nos
meios nos quais a tecnologia necessita dela. Ou também, se ele estiver inserido na área
estratégica e planejamento de uma organização, ele vai poder auxiliar nas tomadas de decisão,
sabendo utilizar a informação para facilitar na tomada de decisões. Esses são alguns dos
papéis que esse profissional pode contribuir nas organizações, seja elas públicas ou privadas,
e como esses papéis podem apoiar a desenvolver estrategicamente essas organizações no
universo informacional.
Visando entender melhor estes papéis, o presente trabalho tem como objetivo, entender
os papéis do gestor da informação. Para tanto, escolheu-se como cenário, o ambiente do
marketing digital. Marketing esse, que está inserido na evolução do que há de mais moderno
na era da informação, o digital, que toma conta dos processos organizacionais sejam eles
públicos ou privados. Hoje, no mercado, em especial no contexto do marketing, as empresas
estão buscando se adaptar às mudanças tecnológicas e de comportamento do consumidor do
12
século XXI. Consumidor esse, caracterizado por sua conectividade com o meio online e com
muito mais acesso ás informações. Com o surgimento da Web 2.0 e o advento das mídias
sociais, o marketing teve que se reinventar, e a era digital “bateu á porta” das empresas.
Entendeu-se que ali havia uma oportunidade, e aquelas organizações que inovassem em fazer
marketing estratégico nas mídias sociais, estariam saindo na frente de muitas, ainda
engessadas no passado.
Devido a esse novo contexto de marketing e sua direta ligação com um fluxo alto de
informação, percebeu-se a necessidade de um profissional capaz de lidar com monitoramento,
análise e aplicação de estratégias nos meios digitais do marketing de uma organização. E é
nesse momento que o gestor da informação aparece, e demonstra a sua capacidade de auxiliar
nas tomadas de decisão no marketing digital, e na construção de vantagem competitiva para as
empresas em que atua. Por que isso acontece? Quais papéis fazem do gestor da informação
um elemento essencial, neste contexto? Qual sua importância na era do marketing digital?
Essas são algumas das questões que este trabalho procura responder.
Para analisar tal situação, a metodologia escolhida foi o estudo de caso. O estudo de
caso, segundo Oliveira (2001) se caracteriza por ser uma forma de pesquisa que consiste, de
forma exploratória, aplicar em um contexto real, as propostas sugeridas na temática que
envolve todo o trabalho, com o objetivo de responder os questionamentos levantados. Para a
realização deste estudo de caso, foram colhidos relatórios e análises produzidos com
resultados do trabalho desenvolvido por um gestor da informação. O período analisado foi de
07 meses de trabalho (abril de 2016 a outubro de 2016). A empresa escolhida foi a Herreira
Semijoias, empresa essa, que não tinha desenvolvido atividades estratégicas, no marketing
digital, até então. O trabalho como um todo, teve como foco, a aplicação de algumas
características que compõem os papéis identificados para alguns profissionais das mídias
sociais e o marketing digital voltado para o olhar estratégico e analítico.
Este trabalho está estruturado em dois capítulos. No primeiro capítulo destrincha-se o
contexto no qual está inserido a temática deste do mesmo, trazendo conceitos e bibliografia
sobre o tema apresentado. Inicia-se este primeiro capítulo contextualizando o cenário onde
tudo começou, através da Ciência da Informação, e como esta ciência evoluiu até chegar na
Gestão da Informação. Alguns tópicos principais que compõem este capítulo, estão centrados
em levantar os papéis que podem fazer parte das atividades ligadas a um gestor da informação
e à contextualização do universo do marketing digital e das mídias sociais. Ao se mostrar o
cenário central deste trabalho, identifica-se os papéis profissionais que são importantes para o
13
CAPÍTULO 1
Entender informação é entender seu conceito, suas aplicações e seus impactos. Enxergar
a informação como fonte primária de estudo, é visualizar a base de uma ciência que surge na
humanidade, para entender exatamente como uma simples informação “amontoada” a outras
várias informações, podem modificar um contexto social. Informação, segundo Le Coadle
(1994, pág. 05), é “conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita (impressa ou
numérica), oral ou audiovisual.” E ainda complementa que “A informação comporta um
elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por meio de uma
mensagem inscrita...”. A visão de Starec (2012, pág. 04), por outro lado, traz um conceito
mais contemporâneo de informação, dizendo que “... a informação é qualificada como um
instrumento modificador da consciência do homem...”. E acrescenta relacionando informação
com o conhecimento, dizendo que a informação, quando adequadamente assimilada, produz
conhecimento e modifica o estoque mental de significados do indivíduo.
A informação foi bem conceituada, com duas visões de autores diferentes, em épocas
diferentes, mas ambos conceitos se complementam, e ambos conceitos nos levam a entender
que é um cenário muito mais complexo que uma mera situação de comunicação entre pessoas.
É a partir de noções básicas, como as apresentadas até aqui, que encontramos as estruturas de
desenvolvimento para a base da Ciência da Informação, e ainda, entendemos como de fato a
informação começa a ser vista (uma informação que gera conhecimento). Starec (2012, pág.
04-05) questiona “como trabalhar essa informação enquanto conjunto de estruturas
significantes, com a intenção de direcioná-la a seu propósito de produtora de conhecimento
para a sociedade? Como organizá-la, controlá-la e distribuí-la de maneira correta,
considerando sua ingerência na produção do conhecimento?”
Perguntas como estas, norteiam o estudo dessa nova ciência que se desenvolve a partir
do século XX, a Ciência da Informação – CI. Muitos estudiosos trazem conceitos diversos
sobre essa ciência, como: Rees e Saracevic (1967, pág 98), que dizem que “A ciência da
informação não é uma melhor recuperação de dados, como a física não é uma mecânica
reforçada... é um ramo de pesquisa que toma sua substância, seus métodos e suas técnicas de
diversas disciplinas para chegar à compreensão das propriedades, comportamento e circulação
de informação”. E acrescentam que CI é um “estudo dos fenômenos da comunicação e das
propriedades dos sistemas de comunicação” (RESS E SARACEVIC, 1967, pág. 98). Já
15
Marchiori (2002) conceitua CI de forma mais direta e aplicada ao século XXI, nos dizendo
que “em sua essência se ocupa do estudo da informação em si, isto é, a teoria e a prática que
envolvem sua criação, identificação, coleta, validação, representação, recuperação e uso,
tendo como princípio o fato de que existe um produtor/consumidor de informação que busca,
nesta, um “sentido” e uma “finalidade” (MARCHIORI, 2002, pág. 75). Sendo assim,
conceituada como uma ciência que vai se aprofundar em entender a informação como um
fator primário de modificação social, encarando-a como geradora de conhecimento e estudo
do comportamento humano, diante de um cenário de sociedade exposta à um universo
informacional que se formava.
A Ciência da Informação (CI), se desenvolveu historicamente porque os problemas
informacionais modificaram completamente sua relevância para a sociedade (SARACEVIC,
1991). Segundo Wersing& Nevelling (1975, pág. 127-140 apud SARACEVIC, 1991, pág.
43), “atualmente, transmitir o conhecimento para aqueles que dele necessitam é uma
responsabilidade social, e essa responsabilidade social parece ser o verdadeiro fundamento da
CI”. Assim, podemos ver dois fatores sociais que contribuíram para o surgimento da CI: um
fator onde os problemas informacionais na sociedade já começavam a modificar a própria
sociedade e a questão de a responsabilidade social estar diretamente ligada à transmissão de
conhecimento (onde vimos que a informação está ligada diretamente à produção de
conhecimento).
As conceituações do que seriam CI apresentados até aqui, se complementam. Ress,
Saracevic e Marchiori, respondem através dos seus conceitos, os questionamentos levantados
por Starec (2012): para trabalhar essa informação enquanto conjunto de estruturas
significantes e direcioná-las ao seu propósito de produtora de conhecimento para a sociedade,
é necessário entendê-la, a partir de um estudo aprofundado dos fenômenos da comunicação e
das propriedades dos sistemas de comunicação. Ou até mesmo, entendê-la como objeto
essencial para um existente produtor/consumidor que busca, nesta, um sentido, uma
finalidade. Neste sentido, cabe a questão: é possível administrá-la de forma que gere
conhecimento? Sim, crê Marchiori (2002). Para tanto é preciso saber, identificar, coletar,
validar, recuperar e usar, voltando como base para um consumidor que a espera como a
resposta para a sua necessidade.
Baseando-se por esses dois conceitos e o cenário histórico apresentados nos dois
últimos parágrafos, podemos entender como Ciência da Informação um estudo aprofundado
da informação, onde o seu foco central é entender como a informação é modificadora da
sociedade, sabendo analisá-la, monitorá-la, identificá-la como estrutura base do conhecimento
16
e aplicando-a da melhor forma nos ambientes sociais, sejam eles pessoais ou organizacionais.
Entender a informação como geradora do conhecimento, faz com que muitos estudiosos, de
muitas áreas de pesquisa, comecem a se interessar por este novo cenário informacional.
Para Saracevic (1991), a Ciência da Informação pode ser vista como uma ciência com
uma interdisciplinaridade profunda. Ele, quando questionado sobre a relação dessa nova
ciência com outros campos do conhecimento, responde: “A relação interdisciplinar é de
interesse direto para a ciência da informação como fonte de estrutura teórica para cognição, na
qual a informação enquanto fenômeno desempenha o mais importante papel” (SARACEVIC,
1991, pág. 04). Levando-nos a visualizar o que já tinha sido levantado por Ress e Saracevic
(1967), explorando como um fenômeno comunicacional todo o processo que se desenvolveria
o estudo da informação e a criação da CI.
Para Le Coadle (1994, pág.22), a Ciência da Informação é uma área multidisciplinar,
formada por aspectos que envolvem a linguística, a psicologia, a sociologia, a informática, a
matemática, a lógica, a estatística, a eletrônica, a economia, o direito, a filosofia, a política e
as telecomunicações. Na figura 1 estão representadas essas grandes áreas que se agregam e
formam a estrutura da CI:
O autor acredita que a integração das áreas da CI está diretamente relacionada ao fato
desta ciência estar preocupada em esclarecer um problema social concreto, o da informação, e
voltada para o ser social que procura a informação, coloca-se no campo das ciências sociais
(das ciências do homem e da sociedade), que são o meio principal de acesso a uma
compreensão do social e do cultural.
Diante de tudo o que foi exposto até aqui, percebemos que esta ciência é composta por
um campo interdisciplinar, onde a informação, como objeto de estudo, passa a ser vista como
peça fundamental para estudar o comportamento humano como consumidor e gerador do
conhecimento. Podemos dizer que a CI está inserida no universo das Ciências sociais
aplicadas, agregando e gerando conhecimento diante de uma base informacional (LE
COADIC, 1991).
1992). Vemos uma informação analisada e estudada, voltada para a estratégia de mercado e
caminhando junto com a sociedade capitalista e contemporânea. Neste sentido, Marchiori
(2002) defende a necessidade de gerir e administrar informações e entendê-las como fonte de
progresso e apoio à decisão no universo social e organizacional:
“O ponto de partida é a demanda de informação, e o processo de
atendimento a esta demanda envolve, em distintos momentos e em diferentes
estágios, uma série de outros elementos, potencialmente identificados como
pertinentes para o oferecimento da resposta adequada. Desta forma, o
enfoque da ciência da informação permite que se identifique a abrangência
da gestão da informação.” (MARCHIORI, 2002, pág. 75).
Esse modelo processual explica que “o primeiro passo para criar uma estratégia de
administração da informação é avaliar acuradamente as necessidades de informações (Passo
01) dos vários grupos e indivíduos da organização” (CHOO, pág. 397, 2003). Em seguida,
ele explica que a aquisição da informação (Passo 02) se tornou uma função crítica e cada vez
mais complexa da administração da informação, isso porque a organização vive uma espécie
de “dilema informacional”, onde a aquisição da informação equilibra duas demandas opostas.
Um lado seria relativo àquele que as organizações têm uma necessidade de informação alta,
por outro lado, o homem tem um limite de assimilação de informação limitada, que obriga as
organizações a selecionarem as mensagens a que darão atenção, obrigando-as, a selecionarem
as informações, definirem as fontes de informação, as monitorarem e as avaliarem,
considerando-as como um recurso vital para a organização.
Depois de adquirir essa informação de forma assertiva, e com seleção de fontes seguras,
é fisicamente organizada e armazenada (Passo 03) em arquivos, bancos de dados
computadorizados e outros sistemas de informação, de modo a facilitar sua partilha e
recuperação. Em uma nova etapa, o autor observa que “uma função primordial da
21
Reforça-se o que já foi identificado como base para a construção e sucesso desse novo
“braço” da CI que é a Gestão da Informação (a aplicação da aquisição, organização, controle,
disseminação e uso de informação relevante). Além disso, observa-se um ponto interessante:
o interesse, o envolvimento e o desempenho por completo das organizações em querer
administrar essas informações de forma estratégica e aplicável nas tomadas de decisões, ou
seja, a organização deve estar aberta a receber esse novo campo, e identificá-lo como
importante para as suas ações/tomadas de decisão.
1
"Mineração de Dados é um passo no processo de Descoberta de Conhecimento que consiste na
realização da análise dos dados e na aplicação de algoritmos de descoberta que, sob certas limitações
computacionais, produzem um conjunto de padrões de certos dados" (FAYYAD, PIATETSKY-SHAPIRO,
1996).
2
Vantagem Competitiva pode ser definida como “A razão pela qual os clientes escolhem os produtos
ou serviços fornecidos pela empresa e detrimento dos produtos e serviços oferecidos pelos seus concorrentes”
(NUNES, 2015).
3
Big data: “Um conjunto de tendências tecnológicas que permite uma nova abordagem para o tratamento
e entendimento de grandes conjuntos de dados para fins de tomada de decisões” (SILVA E BRETENITZ, 2013,
pág. 02)
24
Inteligência Competitiva (IC), que tem como finalidade munir os tomadores de decisão, de
informação que permite as organizações a passarem com sucesso por essa nova realidade
informacional. Starec (2012, pág. 59) define IC como: “É um sistema operacional de coleta,
tratamento e encaminhamento da informação tácita e explícita para os tomadores de
decisões”. Assim sendo, a IC gera conhecimento para a tomada de decisão estratégica, pois a
informação permite obter respostas em tempo real. Ficamos diante da IC como uma
alternativa para as organizações sobreviverem na era informacional e assim sendo, o melhor
momento para falar sobre as mudanças no mercado devido a evolução das tendências
tecnológicas, o avanço da tecnologia e o surgimento da internet e toda sua revolução no
ambiente organizacional.
Destaca-se, então, um novo paradigma das organizações neste novo cenário que envolve
o meio digital, o surgimento da internet e o avanço das tecnologias da informação, constroem
a base desse paradigma contemporâneo das organizações. Silva (2003) quando fala sobre a
Inteligência Competitiva na era da globalização, aborda em primeiro momento esse novo
paradigma que envolve as organizações neste contexto de mudança, destacando a importância
da informação como recurso estratégico, com a ajuda da inovação, para a aplicação da
informação como insumo estratégico e assim garantir uma competividade neste novo
momento que as organizações começam a encarar. Ilustra-se bem esse processo na Figura 04:
para esse cliente “conectado”4 (a sociedade em rede e o surgimento das Mídias Sociais).
Pensando neste perfil de cliente “conectado”, Starec (2012) questiona quais seriam os hábitos
e comportamentos característicos dessa geração conectada, e é respondido através de Tapscott
(2008) que seleciona 08 normas que caracterizam essa geração de consumidores: 1.
Liberdade; 2. Personalização; 3. Escrutínio; 4. Integridade; 5. Colaboração; 6.
Entretenimento; 7. Velocidade; 8. Inovação;
Diante disso vale entender o que seria esse novo universo conectado, quais as suas
características, quais as necessidades informacionais que existem nesse novo tempo, como
lidar e ter vantagem competitiva nesse novo universo “online”? O que seria o fenômeno das
Mídias Sociais e o surgimento do Marketing Digital para as organizações?
1.3.2 As Mídias Sociais e o Marketing Digital
Como já visto, com o advento da internet, possibilitou as pessoas terem acesso há uma
grande massa de informações, em qualquer lugar do mundo, fazendo com que a utilização da
internet passasse a ser uma necessidade (SILVA, 2003). Uma das características da Web 2.0
já exposta, foi a evolução de sistemas de informação oriundos do crescimento da web,
fazendo que mais pessoas se tornassem conectadas e começassem a se comunicar por esse
novo meio de comunicação, daí o surgimento das Mídias Sociais. Área que nos últimos
tempos tem tido um crescimento em escala ascendente e volume informacional, despertando o
interesse das organizações em tratar com inteligência esse “braço” da internet que tanto cresce
com o passar do tempo.
Monteiro & Azarite (2012) colocam uma situação bem interessante para visualizar
melhor este cenário específico: “Um cliente de uma empresa posta em seu perfil de uma mídia
social: “Que droga! O celular que eu comprei pela Internet ainda não chegou. Liguei para a
empresa e fui mal atendido”. Quando a empresa citada vê esta informação na internet, com o
potencial de ser replicada por outras pessoas, o primeiro pensamento é: precisamos resolver o
problema. Mas qual área deve ajudar o cliente? Provavelmente, a área de atendimento, certo?
Talvez não. Isso porque o problema não foi apresentado pelo cliente em um canal privado,
como telefone, carta ou e-mail, mas publicamente nas mídias sociais! Logo, é certo que a área
de Relações Públicas da empresa deveria ter conhecimento do post. E não paramos por aí! A
informação também poderia ser aproveitada pela área do Marketing, interessada em conhecer
4
Prosumidores: “No que toca à informação, os consumidores são simultaneamente produtores. São
responsáveis por partilhar as suas informações com os demais. Publicam, criam espaços de partilha de
informação, são ativos na relação com as indústrias na Internet e não têm medo de dizer o que pensam”.
(TOFFLER, 1980, Disponível em:< http://www.gbsnresearch.com/os-prosumidores-de-alvin-toffler/ >. Acesso
em: 16 de jun. 2017.).
27
a percepção da marca entre os consumidores...” (MONTEIRO & AZARITE, 2012, pág. 11).
Com esta situação, podemos começar a visualizar uma grande área no qual a informação no
meio digital (no contexto de sobrecarga informacional e o surgimento da WEB 2.0) começa a
atingir e modificar a sociedade, consequentemente dentro das organizações, observa-se o
surgimento das Mídias Sociais, o Marketing Digital estratégico e o poder transformador das
Redes Sociais digitais, como ferramentas para a Inteligência Competitiva e geradora de
vantagem competitiva nas organizações do século XXI.
Podemos encarar o fenômeno das Mídias Sociais, como uma revolução! Revolução,
pois desde os meados dos anos 2000, com a criação dos “blogs”, evoluindo com os sistemas
de informação, as pessoas passaram a cada vez mais ficarem conectadas, e através das Mídias
Sociais, observa-se uma nova forma de organização dessas pessoas. Em primeira vista, é
assustador para uma empresa visualizar essa grande mudança, mas não, o surgimento das
Mídias Sociais, veio para estreitar esse relacionamento entre organização e cliente. Monteiro
& Azarite (2012) descrevem esse momento como “transferência de poder”, nos dizendo que
agora o poder deixou se der centralizado pelos veículos de comunicação (jornais, revistas,
televisão) e passou a ser distribuído, o momento certo de aproximação das empresas com seus
clientes.
Quando as organizações percebem o potencial das Mídias Sociais, o primeiro impulso é
usá-las da forma como se era acostumado usar com os primeiros meios de comunicação
(televisão, jornal, revista etc), como se fosse uma vitrine, só que agora, uma vitrine online. É
como se as utilizassem como um novo meio de outdoor, ou até mesmo como se fosse um
anúncio de jornal, só que agora digital. Porém, muitos autores começam a discutir o
verdadeiro sentindo das Mídias Sociais como forma de gestão das organizações, utilizando-as
como fontes de informações estratégicas, como canal de relacionamento entre marca e cliente.
Autores como Fábio Cipriani, em seu livro “Estratégia em mídias sociais”, que é citado por
Monteiro & Azarite (2012), ao se referiram à forma correta das organizações de utilizar as
Mídias Sociais, argumenta que “ As empresas veem as mídias sociais meramente como mídia,
e não uma plataforma de relacionamentos, diálogos, conversação com mercado” e acrescenta
que “ Além de adotar perfis nas mídias sociais, as empresas precisam adotar novas formas de
fazer negócios” (CIRPRIANI, 2011, pág. 20-21, apud MONTEIRO & AZARITE, 2012, pág.
32). Percebemos aqui, que as Mídias Sociais passam a ser estudadas pelas organizações não
só como meio de “exibir o seu produto”, mas sim, uma forma de gerar novas formas de
negócio e gestão. Ilustra-se bem essas possibilidades das Mídias Sociais através da Figura 5:
28
5
Inbound Marketing: “Em uma tradução livre, o termo Inbound Marketing pode ser definido como marketing
de atração. A principal diferença entre o marketing tradicional – que chamamos de Outbound Marketing – e o Inbound
é que, no segundo, quem procura a empresa é o cliente e não o contrário” (Disponível em:<
http://resultadosdigitais.com.br/inbound-marketing/#>. Acesso em: 18 de jun. 2017.)
29
6
O Business Intelligence (BI) oferece o apoio nas decisões de forma inteligente por meio de um processo
de captação de dados, as informações são adquiridas de qualquer sistema e gravadas em um banco de dados
modelado para o seu negócio (Disponível em:< http://knowsolution.com.br/o-que-e-business-intelligence-bi/>.
Acesso em: 17 de jun. 2017.)
30
No universo das Mídias Sociais também não é diferente, como mostrado até aqui,
percebe-se que as organizações já conseguem entender os caminhos que as Mídias Sociais e o
Marketing Digital proporcionam, e um dos seus desafios nesse momento é conseguir gerir
essas informações dos meios digitais de forma estratégica e ter colaboradores que possam
fazer isso. Na Figura 6 se encontra a influência das Mídias Sociais nas competências dos
profissionais dentro da organização:
Percebe-se aqui três perfis nos quais, baseado em o que já foi exposto até aqui, que o
profissional da informação, mais especificamente o Gestor da Informação, se encaixaria
perfeitamente. Dentre os três perfis, o perfil “3” é o que mais em todos os processos, se
encaixa o Gestor da Informação. Interpreta-se dessa forma, como já visto, a área da Gestão da
Informação prepara profissionais que vão saber gerir as informações em qualquer ambiente
que ela esteja. São profissionais que são capazes de gerenciar processos e liderarem projetos.
Nas mídias sociais, também não seria diferente, esse profissional passa por todos os processos
de monitoramento da informação no meio digital, sendo ele capaz de monitorar, analisar,
gerar conhecimento, estruturar estratégias, delegar ações e auxiliar os tomadores de decisão.
Portanto, no meio digital, esse profissional vai estar atrelado a competência principal nas
Mídias Sociais, já exposta: uma competência que engloba conhecimento em monitoramento e
métricas.
Identificamos que no Marketing Digital, no ambiente das Mídias Sociais, no campo
vasto do meio digital, o Gestor da Informação pode desempenhar papéis fundamentais para
que o processo de sucesso das organizações nos meios digitais seja alcançado. O surgimento
da importância da informação desde de quando ela foi percebida como ciência, passando pela
criação de áreas específicas para o gerenciamento dessas informações e o surgimento de
profissionais que dominem esse cenário encontrado, também foi mostrado até aqui,
identificando e mostrando a importância da informação para a sociedade moderna. Chegou o
momento de aplicar e demonstrar na prática como esse profissional da Informação vai agir no
32
mercado, dentro e inserido em uma organização. O estudo de caso apresentado a seguir, tem o
objetivo de demonstrar na prática como esse Gestor da Informação vai desenvolver suas
habilidades dentro do universo informacional de uma organização. Como praticar de forma
estratégica e assertiva o Marketing Digital e como aplicar a competência levantada como
principal pelos autores Monteiro & Azarite (2012) como principais para o sucesso das
organizações nas Mídias Sociais (conhecimento em monitoramento e métricas). A Indústria e
marca Herreira Semi-Joias (Herreira Industria e Comercio Ltda), passou pela gestão de um
Gestor da Informação em seus processos de Marketing Digital e Comercial, por um período
de mais de 365 dias (1 ano), e aqui será apresentado e analisado todas as informações que
reitere esses papeis e a importância de um Profissional da Informação nos meios digitais, no
Marketing Digital e no fenômeno das Mídias Sociais como geradora e inovador modelo de
negócio.
CAPÍTULO 2
7
Missão: “Criar estilo e gerar desejo no segmento de semijoias”. Visão: “Ser referência em fabricação de
semijoias com excelência em criatividade e gestão”. Valores: “Interatividade; Entusiasmo;
Competência;Inovação;Bem estar”.(HERREIRA SEMIJOIAS, 2015). Disponível em:<
http://herreirasemijoias.com.br/herreira-semi-joias/>. Acesso em: 21 de jul. 2017.
33
8
“Podem ser usadas Pedras Naturais, Sintética e Artificiais na fabricação de semijoias. Porém, na Herreira
semijoias é utilizado pedras Naturaie e Sintéticas, aquelas retiradas da natureza e outras produzidas em
laboratório com uso de tecnologias avançadas.” (PENNA,2017, Manual das Pedras Herreira Semijoias).
9
“Zircônia Cúbica dióxido de zircónio é uma gema produzida em laboratório como imitação do diamante”
(Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Zirc%C3%B4nia_c%C3%BAbica>. Acesso em: 05 de set. 2017.
34
antes da chegada de um Gestor da Informação, vale expor como era feita a Gestão da
informação, compreendendo a parte analítica e estratégica dentro do Marketing da Herreira
Semijoias.
O universo encontrado na Herreira Semijoias em março do ano de 2016 foi já de uma
estruturação de processos de marketing digital, voltados para estratégias e ações assertivas
dentro do universo digital. Porém, o que ainda não era feito, era o uso do monitoramento e
ferramentas de análise e estratégia para se tomar decisões mais assertivas no marketing da
marca.
2.1.1 Cenário inicial
Antes de começar a visualização dos dados coletados, temos que conceituar alguns
termos que vão aparecer diversas vezes neste estudo de caso. O primeiro termo é entender o
que são “Leads”? Leads10, seriam basicamente aqueles usuários que preencheram com
informações pessoais algum formulário online, seja ele dentro de um site (cadastro, contato,
etc) ou até mesmo se inscreveu para baixar algum conteúdo ou receber alguma notícia relativo
a alguma marca (MARKETING DE CONTEÚDO, 2017).Com os denominados Leads vamos
entender a maioria das estratégias informacionais aplicadas na marca, como por exemplo, a
contratação e uso da ferramenta de automação de marketing digital, RD Station11, que ao ser
implantada dentro da empresa, teve como objetivo automatizar os processos do Marketing
Digital, definidos através de um Funil, denominado de Jornada de Compra, que só vai
acontecer se tivermos os leads. Logo, a plataforma gira em torno dos tão citados Leads. Mas
não podemos falar de Jornada de Compra, sem falar de Inbound Marketing12: no português é
chamado de “Marketing de Conteúdo” ou “Marketing de Ação”, basicamente o cliente
encontra a empresa através de alguma estratégia de ação (conteúdo) no meio digital, e ali
começa um relacionamento entre marca e cliente (RESULTADOS DIGITAIS, 2017). O
Inbound marketing vai ser muito usado diante do estudo de caso proposto, pois o marketing
de conteúdo é a peça chave para o desenvolvimento da plataforma RD Station. Os leads só
10
“A palavra lead se tornou popular entre empresas que trabalham com o marketing digital, que
começaram a tratar seus visitantes como clientes em potencial, desenvolvendo estratégias para gerar contatos e
enviá-los para a parte comercial.” (MARKETING DE CONTEÚDO, 2017. Disponível
em:<http://marketingdeconteudo.com/o-que-e-lead/>.) Acesso em: 26 de jul. 2017.
11
“O RD Station apresenta todos os recursos necessários para a implementação de uma sólida estratégia
de Marketing Digital” (RESULTADOS DIGITAIS, 2011. Disponível em:<
http://www.rdstation.com/funcionalidades/>.) Acesso em 07 de ago. 2017.
12
“Inbound Marketing é um conjunto de estratégias que têm como objetivo atrair voluntariamente
clientes potenciais para o site da empresa. O Inbound baseia-se no relacionamento e educação do consumidor,
em vez usar propagandas e prospecção ativa de clientes.” (RESULTADOS DIGITAIS, 2016. Disponível em:
<https://resultadosdigitais.com.br/inbound-marketing/>.) Acesso em 07 de ago. 2017.
35
vão chegar ao site e entrar na base atraídos por algum tipo de conteúdo disponibilizado, seja
ele um conteúdo extenso ou uma publicação nas Redes Sociais que chame para o site.
Diante disso, podemos falar da Jornada de Compra, que seria basicamente traçar
estratégias informacionais focadas em 04 etapas essenciais expostas na figura 7:
4. Decisão de Compra: Por fim, na quarta etapa, o usuário analisa todas as opções e
toma sua decisão. É a hora da empresa mostrar que é a melhor solução e convencer o
usuário que sua marca é a excelência na oportunidade buscada. É a hora de fechar
negócio. (D’ ALAMA, 2014).
Depois de explicar as 04 etapas, ainda temos alguns profissionais na área do Marketing
Digital que acreditam que exista uma quinta etapa: Análise e Relacionamento. Esta etapa seria
basicamente após a venda do produto/serviço, no qual a empresa analisa os resultados obtidos
e mantém através de conteúdos ricos (Inbound Marketing) um relacionamento com seus
novos “clientes/Leads”, fazendo que os mesmos façam o processo de “recompra”. Na figura
06 ainda observamos que ao lado de cada etapa da Jornada de Compra há temáticas propostas.
Basicamente foram propostas de títulos de conteúdos a serem produzidos, focados em cada
etapa da jornada de compra. Esses conteúdos foram pensados através da consultoria dada pela
Plataforma RD Station, com as estratégias voltadas a fazer o lead passar por todas as etapas
do funil. Aplicando,assim, cada etapa da Jornada de Compra para o segmento das semijoias.
Ao longo deste estudo, serão apresentados os resultados dessas aplicações de conteúdos
voltados para a Jornada de Compra e mostrado a importância do Inbound Marketing no
processo de captação dos Leads.
Para entender os processos implantados e os resultados obtidos, tem que se entender que
contexto estava inserido no Marketing Digital da Herreira Semijoias, à época. O primeiro
conjunto de dados coletados foi no mês de abril de 2016,sendo um breve relatório de
desempenho trimestral do meio digital, onde se encontrava os resultados obtidos de novembro
de 2015 até fevereiro de 2016 e fevereiro de 2016 até abril 2016. Baseado nos dados
colocados neste relatório, podemos destacar o uso de ferramentas como: Google Analytics13,
que tem como objetivo medir a quantidade de pessoas que navegam um site, e também como
eles se comportam dentro do site (VALLE, 2017). Na imagem abaixo, observa-se o
desempenho do site Herreira Semijoias no período descrito:
13
“O Google Analytics é um sistema gratuito de monitoramento de tráfego que pode ser instalado em qualquer
site, loja virtual ou blog.” (ACADEMIA DO MARKETING, 2014. Disponível em:<
http://www.academiadomarketing.com.br/o-que-e-google-analytics/ >.) Acesso em: 24 de jul. 2017.
37
Figura 8 – Gráfico geral Google Analytics, Herreira Semijoias, fevereiro de 2016 a abril de 2016.
Fonte: HERREIRA SEMIJOIAS (2016), Relatório Trimestral fevereiro de 2016 a abril de 2016
Neste período vale ressaltar que foram feitos investimentos em anúncios pagos pelo
Google Adwords14, a ferramenta de anúncios do Google, sendo uma observação importante
para ressaltar os resultados obtidos neste período. Nota-se um grande acesso ao site da
Herreira, com o total de 18.700 acessos, ou seja, o site durante o período descrito (fevereiro
de 2016 a abril de 2016) teve esse quantitativo de acessos em seu total. Sendo assim, uma
média de 6 mil visitas por mês, neste período. O link patrocinado, como foi feito neste
período através do Google Adwords, funcionou como o maior captador de visitantes para o
site, através de palavras-chaves que são cadastradas no anúncio e quando um usuário pesquisa
por essa palavra chave, o anúncio aparece em primeira página, incentivando ao usuário a
clicar e ser direcionado ao seu site. Na tabela abaixo é possível observar desempenho do
anúncio pelo Google Adwords neste período:
“O Google Adwords é a maior ferramenta de links patrocinados da internet. A cobrança pelos anúncios é feita
14
Entende-se por essa tabela, que se teve um investimento em Google Adwords que
trouxe no período de fevereiro a abril de 2016, cerca de 2.153 visitantes no total, oriundos do
anúncio de link patrocinado. Já nas Redes Sociais, que neste período havia um destaque na
página do Facebook (depois de um tempo esse cenário muda), e ainda apareciam Instagram,
Linkedin, Google + e o Pinterest, sendo todas apenas mais uma forma de demonstrar os
produtos, mas nenhuma estratégia voltada somente para elas. Os resultados encontrados de
novembro de 2015 janeiro de 2016 foram:
Tabela 2 – Desempenho das Redes Sociais no período de Novembro de 2015 – Janeiro de 2016
Fonte: HERREIRA SEMIJOIAS (2016), Relatório Trimestral fevereiro de 2016 à abril de 2016
Observa-se na Tabela 2 que o Facebook é uma rede social no período, que atraia muitos
visitantes ao site, aparecendo também, Redes Sociais como o Linkedin, Google + e Pinterest.
Em fevereiro de 2016 a abril de 2016 esse número cresceu referente ao Facebook, e
apareceram outras Redes Sociais com alguns números expressivos, como o Linkedin, que no
trimestre anterior apareceu, mas não com expressividade:
39
Tabela 3 – Desempenho das Redes Sociais no período de janeiro de 2016 – abril de 2016
Fonte: HERREIRA SEMIJOIAS (2016), Relatório Trimestral fevereiro de 2016 à abril de 2016
Tabela 4 – Funil de Vendas, comparativo Comparativo (Nov 2015 a Jan 2016 com Fev a Abr 2016)
Fonte: HERREIRA SEMIJOIAS (2016), Relatório Trimestral fevereiro de 2016 à abril de 2016
Portanto, entende-se que nesse cenário inicial, alguns dados eram obtidos, mas não eram
aplicados em forma de conhecimento e estratégias de Marketing Digital. Além disso, não se
tinha automatização de nenhum processo de marketing digital, até então. Diante do que foi
encontrado e a breve análise que foi feita neste período, já observamos um primeiro papel
importante do Gestor da Informação exposto no levantamento bibliográfico, quando se
classificou perfis para aqueles profissionais que trabalham com Mídias Sociais e negócios.
Perfil no qual vai colher os dados, transformá-los em informação e a partir daí, analisar e tirar
algumas conclusões, que mais a adiante, trarão apoio a tomada de decisão: o Perfil Specialist.
O Gestor da Informação neste momento desenvolve um papel importante, monitora e analisa
cenários, permitindo planejar e traças estratégias/ações que vão melhorar os resultados. E
assim foi feito. Depois de ter acesso aos dados em que se encontravam os meios digitais da
empresa, a função do Gestor da Informação, foi analisar e entender o que seria feito, e a
primeira ação tomada, foi a contratação e implementação da ferramenta de automação de
Marketing Digital, o RD Station.
41
2.1.2 RD Station
A busca por uma plataforma que automatizaria os processos do marketing digital se deu
por algum tempo, pesquisando melhores propostas e suportes de aplicação de estratégias de
marketing. A plataforma escolhida foi a da empresa Resultados Digitais15que oferece um
sistema automatizado de processos de marketing digital, que no momento em que se
encontrava a fábrica Herreira, supriria todas as necessidades, pois a fase era de inserção em
estratégias e automação de procedimentos do marketing proposto. Primeiramente a plataforma
foi contratada para uma das marcas do Grupo Herreira, a marca Aulore Joias. Todo o processo
de implementação da plataforma foi guiado pelo Gestor da Informação, identificando cada
etapa que era necessária para a criação da conta, sendo elas: integração com os dados do site,
integração dos dados das redes sociais, importação de base de leads já existente da empresa
para dentro da plataforma e consultoria de implementação e estratégia. Da mesma forma que
foi feita nos meses de abril e maio para a Aulore Joias, em junho de 2016 foi criada a conta da
Herreira Semijoias dentro da plataforma RD Station. Durante os meses que antecederam a
criação da conta da Herreira, foram definidas nos relatórios (abril e maio de 2016) algumas
estratégias para já serem aplicadas para quando houvesse a criação da conta no RD Station, e
essas estratégias foram:
1. Mês de Abril: “Iniciar os trabalhos de inbound marketing (estratégia que deve ser
planejada em reunião com equipe). Uma ideia seria criar uma área para “downloads”
de materiais para conquistar leads a partir dessa iniciativa (como o próprio pessoal da
RD Station nos aconselhou). No início, seria interessante criar um material por mês
para compartilhar no site, blog e redes sociais” (PENNA, 2016). Portanto, o mês de
abril foi inserido nas atividades do marketing, ações estratégicas de inbound marketing
(marketing de conteúdo) para serem iniciadas, assim com o foco já definido de acordo
com cada etapa da Jornada de Compra (figura 06).
2. Mês de Maio: Neste mês foi feito o Planejamento de Marketing focado em algumas
estratégias propostas pela consultoria da plataforma RD Station. Foram definidos,
alguns pontos essenciais para se criar a conta no RD e se ter assertividade nos
resultados estratégicos. O que se pode destacar desse Planejamento de Marketing foi:
15
“A Resultados Digitais é uma empresa que tem como objetivo ajudar empresas de todos os portes a entender e
aproveitar os benefícios do Marketing Digital, conseguindo assim resultados reais e permanentes para seus
negócios.” (RESULTADOS DIGITAIS, 2015. Disponível em:<https://resultadosdigitais.com.br/sobre// >.)
Acesso em: 29 de ago. 2017.
42
16
“Persona é a representação fictícia do seu cliente ideal. Ela é baseada em dados reais sobre comportamento e
características demográficas dos seus clientes, assim como uma criação de suas histórias pessoais, motivações,
objetivos, desafios e preocupações. ”(SIQUEIRA, 2016, disponível em:<
https://resultadosdigitais.com.br/blog/persona-o-que-e/ >. Acesso em: 03 de set. 2017.).
17
“O significado de B2B se refere a duas empresas que fazem negócios como cliente e fornecedor.
”(CORDOVEZ, 2015, disponível em:< https://resultadosdigitais.com.br/blog/persona-o-que-e/ >. Acesso em: 03
de set. 2017.).
18
“Páginas de conversão, do termo em inglês Landing Pages, são páginas criadas para o seu site com o objetivo
bem definido de produzir uma Conversão desejada para o seu negócio. ”(SANTOS, 2010. Disponível
em:<https://resultadosdigitais.com.br/blog/o-que-sao-paginas-de-conversao-e-por-que-elas-sao-importantes-
para-o-seu-negocio/>. Acesso em: 05 de set. 2017.).
43
Observa-se na Figura 10 justamente esse banner com uma chamada de ação (Call to
Action), convidando esse visitante a conhecer a “nova coleção”. E bem chamativo no canto
direito, mostra-se ao visitante que ali ele consegue fazer um “pré-cadastro” e começar o seu
45
processo de atendimento e compra. Outro ponto que foi implantado no site da Herreira pelo
gestor da informação, foram outras formas de captação de novos leads, além dos formulários
de “pré-cadastro” e “contato”:
Na figura 10 consegue-se perceber duas janelas que se abrem uma no canto direito, e
outra no canto esquerdo. Na do canto direito funciona um “chat online” que tem como função,
esclarecer as principais dúvidas do possível cliente e já fazer um “pré-atendimento”. Já a do
canto esquerdo é um formulário de captação de novos leads com o objetivo de nutrir aquele
visitante com e-mail marketing (com notícias da marca). Neste momento visualizamos um
cenário todo voltado para a captação de novos leads, sendo esses leads, instruídos a
fornecerem suas informações (e-mail sendo a principal fonte de comunicação com a marca) e
assim, ocorrendo mais uma ação implantada: a configuração da automação de e-mail
marketing dentro da plataforma RD Station.
Entre os processos propostos pela consultoria de implementação da plataforma (RD
Station), se encontrava a automatização de e-mail marketing 19, que seria basicamente criar e-
mails para serem enviados de forma automatizada aos leads que iam entrando na base através
dos formulários do site. Sendo que, cada e-mail marketing era focado em ações que seguiam a
Jornada de Compra, já explicada acima. Dentro da plataforma RD, essa etapa é chamada de
“fluxos de automação” e essa automação evita um trabalho manual de envio de e-mail. Sua
19
“Email Marketing é um dos melhores canais de Marketing Digital disponíveis, principalmente quando o
assunto é relacionamento com a audiência.”(RESULTADOS DIGITAIS, 2016. Disponível
em:<https://resultadosdigitais.com.br/relacionar/email-marketing/>. Acesso em: 20 de ago. 2017.
46
funcionalidade resume em: “nutrir Leads automaticamente levando em conta o interesse, estágio
de compra, informações que fornece na Landing Page, etc.” (PALMA, 2014, pág. 01).
20
“Termo de origem inglesa, e-Book é uma abreviação para “electronic book”, ou livro eletrônico: trata-se de
uma obra com o mesmo conteúdo da versão impressa, com a exceção de ser, por óbvio, uma mídia digital. ”
(AMARAL, 2009, pag. 01). Disponível em: < https://www.tecmundo.com.br/educacao/1519-o-que-e-e-book-
.htm >. Acesso em 16 de set. 2017.
47
A autora mostra exatamente o que foi percebido pelo gestor da informação, ao entender
que o Instagram seria uma grande oportunidade para divulgar a nova coleção, pois é uma rede
social que mexe totalmente como visual (foco em imagens bonitas e bem produzidas),
totalmente favorável ao mercado da moda. E o resultado não foi diferente. A imagem da atriz
e cantora convidada, também alavancou o alcance das ações feitas, sendo assim, a coleção
“Sonho Caribenho” da Herreira Semijoias, foi um sucesso no meio digital:
1. Mais de 40 publicações nas Redes Sociais (Facebook, Instagram e Twitter), com foco
no Instagram: publicações estas que tiveram mais de 800 curtidas no Facebook, e o
crescimento de 3.326 seguidores no perfil do Instagram;
2. Publicações no blog: publicações com foco na nova coleção e com divulgação focada
nas redes sociais e outras mídias digitais, fez com que crescesse o acesso ao blog;
3. E-mails marketing: foi utilizado com o foco de divulgar a nova coleção, e os
resultados obtidos foram positivos, quando o gestor da informação percebeu o grande
acesso as mídias sociais, vindas dos e-mails enviados;
21 “KPI vem da sigla em inglês para Key Performance Indicator, ou seja, Indicador-chave de Performance. São
aquelas métricas mais relevantes para sua estratégia e que determinam seu sucesso ou não. ”(ROCK CONTENT,
2014, pag. 01). Disponível em: <https://marketingdeconteudo.com/kpi/>. Acesso em 19 de set. 2017.
51
Neste relatório de agosto de 2016, foi inserido pelo gestor da informação, uma análise e
monitoramento do processo de “telemarketing”22, que no caso da Herreira Semijoias, o
telemarketing consiste no atendimento via telefone ou Whatsapp23 com todos os clientes que
preencheram os formulários do site:
22
“O principal objetivo do telemarketing é atingir novos clientes e negócios, e ao mesmo tempo buscar a
fidelização dos clientes atuais baseado no estreitamento das relações humanas. ”(MARKETING FUTURO,
2016, pag. 01). Disponível em: <http://marketingfuturo.com/o-que-e-telemarketing-conceito-e-termo/>. Acesso
em 25 de set. 2017.
23
“Whatsapp é um software para smartphones utilizado para troca de mensagens de texto instantaneamente,
além de vídeos, fotos e áudios através de uma conexão a internet. ” (SIGNIFICADOS, 2014, pag. 01).
Disponível em: <https://www.significados.com.br/whatsapp/>. Acesso em 25 de set. 2017.
53
4. Sem interesse: Aqueles leads que se cadastraram, mas no ato do atendimento pelo
telemarketing, viram que não queriam mais.
5. Outros: Essa segmentação é feita pelo telemarketing com aqueles leads em que não se
teve o sucesso do contato (não atendeu o telefone, não respondeu mensagem no
WhatsApp e nem e-mail e é marcado uma nova tentativa de contato).
Um ponto importante, a se destacar nesse momento, é a grande demanda de cadastros
que foram surgindo ao longo dos meses no site Herreira, sendo a função de somente um
colaborador para esse atendimento, passar a ser impossível entrar em contato com todos esses
leads. Logo, observa-se na figura 13 que foram feitas somente 183 ligações/ envio de
mensagens, dos 280 leads que caíram na base da Herreira Semijoias no mês de agosto
(acumulando para o próximo mês). Um problema passado pelo gestor da informação aos
responsáveis pela gestão da empresa, ao perceber que esse problema afetaria a assertividade
do atendimento, gerando uma insatisfação por parte dos usuários que procuravam a marca e
havia uma demora de retorno.
Ainda na figura 16, vale ressaltar outro dado interessante: canais por onde esse lead foi
captado e enviado ao site. A Herreira Semijoias tem um bom posicionamento na pesquisa do
Google com palavras importantes como “semijoias” “semi joias” e “semi joias para
revender”, ou seja, quando as pessoas pesquisam no Google essas palavras-chaves, a Herreira
aparece como resposta, na primeira página.
“Estar na primeira página do Google com uma palavra-chave
estratégica para seu negócio significa que muitas pessoas
estarão acessando o seu site sem que você precise ficar
promovendo-o. Mais: se bem executada a estratégia
de Marketing de Conteúdo, isso resulta em mais Leads, mais
vendas e mais faturamento” (FARIAS, 2016, pág. 01).
Portanto, explica-se o porquê do fluxo de leads oriundos do Google ser tão alto. Em
seguida, as redes sociais aparecem também como grandes canais de captação de novos leads.
Destaque para o Instagram, já colocado aqui como grande captador de novos leads, mostrando
o poder de captação das redes sociais de mostrar brevemente o objetivo da marca e direcionar
ao site para que o usuário saiba mais e entre em contato com a marca, através dos formulários
do site. Aproveitando esse momento das redes sociais como grande captadora de novos leads,
e coloca-se mais um dado de agosto que merece destaque, o desempenho do Instagram
Herreira Semijoias:
54
analisar o comportamento da persona Herreira nos meios digitais), foi decidido pelo gestor da
informação, acordado com a gestão da empresa, aplicar essa pesquisa no ambiente online.
Para ser feita essa pesquisa, foi montada uma “landing page” (já identificada como estratégia
da plataforma RD Station), com perguntas fechadas (objetivas) e um campo aberto
(qualitativo) de mensagem, caso o lead quisesse deixar algum recado para a marca, com o
foco na qualidade de atendimento. O formulário gerado através do link divulgado por e-mail e
por Whatsapp para os leads, visualiza-se nas figuras 18 e 19:
3. A pergunta no qual o foco era descobrir em qual canal de comunicação online que a
pessoa conheceu a marca, destaca-se o site (pela pesquisa Google) e as redes sociais,
com destaque para o Instagram. Assim, sendo mostrado mais uma vez, os dois canais
de maior captura de novos leads. Neste momento, o gestor da informação confirma sua
análise já identificada anteriormente através de outros dados de comportamento do
usuário, que os dois canais que mais captam leads é o site através do Google, e a rede
social, Instagram.
4. A pergunta mais esperada, no qual avalia o atendimento teve como resultado em sua
maioria, avaliações positivas, mostrando à gestão da empresa que o atendimento
estava sendo bem visto pelos clientes e não clientes. Os clientes que ainda não eram
clientes, em sua grande maioria, deixaram no campo mensagem que o pré atendimento
(telemarketing ou SAC das mídias digitais) foi muito bom. Neste momento o gestor da
informação começa a colher e analisar as informações que são chave para o foco de
sua pesquisa: entender como estava o atendimento da Herreira diante dos clientes e
futuros clientes.
5. Nas melhorias, os campos mais assinalados foram: preço e atendimento do comercial
(sendo este item, verificado posteriormente pelo gestor da informação, que estava
diretamente ligado a demora do primeiro atendimento com aqueles não clientes ainda).
Aqui o gestor da informação verifica que ao mesmo tempo que o atendimento foi em
sua grande maioria bem avaliado, mais uma informação importante veio dos não
clientes: a demora no primeiro atendimento (mesmo este sendo bem avaliado por eles
depois). Sendo assim, o gestor da informação analisa de forma estratégica o
comportamento do atendimento da Herreira Semijoias, identificando e passando para a
gestão da empresa que em sua maioria o atendimento foi bem avaliado, e os pontos
que deveriam ser observados.
Portanto, essa primeira pesquisa sobre a qualidade de atendimento da Herreira
Semijoias, trouxe alguns cenários interessantes: a confirmação do site (canal Google) e das
redes sociais (Instagram), como grandes fontes de captação; a insatisfação da grande maioria
das clientes e não clientes com os valores das peças e a demora do atendimento, com o campo
atendimento comercial. Neste momento, o gestor da informação usou de mais uma
capacidade: a coleta de informações, para poder transformar em conhecimento e entregar aos
gestores da empresa, como auxilio na tomada de decisão (mudanças que deveriam ser feitas).
58
24
“A pesquisa Social Media Trends 2017 apontou que investir em mídias pagas é uma estratégia adotada por
63% das empresas respondentes” (RABELO, 2017, pag. 01). Disponível em:
<https://inteligencia.rockcontent.com/graficos/midia-paga-nas-redes-sociais/>. Acesso em 09 de out. 2017.
59
Para este estudo de caso, foi analisado dados de até outubro de 2016, sendo assim, esse
estudo se caminha para o último mês de análise. Sendo o mês com resultados mais positivos,
mostrando assim, toda a eficiência do gestor da informação em aplicar as estratégias ao longo
de todos os meses anteriores, identificando também, as falhas e reparando-as. Além de
também conseguir montar uma rotina de monitoramento e análise das ações do marketing
digital da Herreira Semijoias que vai ser mostrada com resultados positivos vindos do último
mês analisado, outubro de 2016.
2.1.7 Resultados Outubro 2016
Como já falado, o mês de outubro de 2016, é o último mês analisado e monitorado para
este estudo de caso.Um mês com grandes resultados, pois estes estão pautados em um grande
esforço por parte do gestor da informação de implantar um processo de monitoramento,
análise e aplicação de métricas e estratégias de acordo com os dados colhidos e analisados.
Dados estes, que envolvem todo o cenário do marketing digital da Herreira Semijoias: site,
blog, redes sociais (Facebook e Instagram). Fernando Migrone, 2012, Especialista de Mídia e
Marketing Digital na América Latina fala bem sobre a importância do monitoramento e a
análise correta dos dados das mídias sociais:
Assim, podemos observar ao longo desse estudo de caso que o que foi implantado pelo
gestor da informação foi estruturar os processos do marketing digital com o foco no
monitoramento e análise das mídias sociais, com o objetivo de crescimento e alcances
maiores ao longo dos meses. Observa-se na figura 21 os resultados de outubro, colocados na
Jornada de Compra:
60
Portanto, o mês de outubro foi o mês que deu para visualizar mais claramente que o
marketing digital da Herreira Semijoias sob o gerenciamento de informações feito pelo gestor
da informação, fez com a marca conseguisse entrar na era digital das informações de forma
assertiva e estratégica. O gestor da informação ao longo dos meses foi provando através dos
resultados a importância de se ter um profissional como este no gerenciamento das
informações também no marketing digital. Mostrou-se também o que Monteiro& Azarite
(2012) pontuaram bem, quando disseram que as mídias sociais e o marketing digital não
poderiam mais serem vistas como canais para se soltarem informações sem nenhuma
estratégia por trás. E as empresas deveriam começar a traçar perfis de colaboradores, que
cuidassem de forma estratégica de seu marketing digital e de suas mídias sociais, como na
Herreira Semijoias que puderam aplicar estrategicamente ações estratégicas nas mídias sociais
com o auxílio do gestor da informação.
63
CONSIDERAÇÕES FINAIS
mercado nesse nicho que ainda é tão recente e de mudanças constantes. Mudanças essas que
acompanham a modernidade, onde a informação está cada vez mais presente na vida da
sociedade e consequentemente no mercado e nas organizações. O marketing digital e as
mídias sociais são só mais uma grande mudança que a informação em um ambiente digital fez
com que o comportamento social se diferenciasse, chamando assim, a atenção para um novo
universo a ser explorado. Cabe ao gestor da informação saber monitorar, analisar, estruturar a
informação de forma correta, com olhar estratégico, trazendo grandes resultados financeiros
para as instituições no qual estiver inserido. A gestão da informação, pelo que foi
demonstrado neste trabalho, foi um fator importante para um bom desenvolvimento
estratégico de uma marca, produto ou organização nos meios digitais. A informação
continuará sendo transformadora social de uma sociedade, cabe ao gestor da informação saber
se reinventar e acompanhar essas transformações.
67
REFERÊNCIAS
D' ALAMA, Nayara. Jornada de compra: o que é e sua importância para a estratégia de
Marketing Digital. Disponível em:<https://resultadosdigitais.com.br/blog/jornada-de-
compra-o-que-e-e-sua-importancia-para-a-estrategia-de-marketing-digital/>. Acesso em: 07
de ago. 2017.
HEKIMA.Análise e Discussão Big Data: cases dicas Big Data Analytics, você sabe o que
é? Disponível em:<http://www.bigdatabusiness.com.br/voce-sabe-o-que-e-big-data-analytics/
/>. Acesso em: 09 de jun. 2017.
O'REILLY, Tim. What Is Web 2.0 - Design Patterns and Business Models for the Next
Generation of Software. O'Reilly Publishing, 2005.
PALMA, Ricardo. Por que fluxos de Automação de Marketing têm performance muito
melhor que campanhas de email marketing. Disponível
em:<https://resultadosdigitais.com.br/blog/automacao-x-email-marketing/>. Acesso em: 12 de
set. 2017.
RABELO, Agnes. Investimento em Mídia Paga das empresas brasileiras nas Redes
Sociais. Disponível em: <https://inteligencia.rockcontent.com/graficos/midia-paga-nas-redes-
sociais/>. Acesso em: 09 de out. 2017.
REES, Alan, SARACEVIC, Tefko. Education for Information Science and its relation to
librarianship apud. SHERA, Jesse H. opus cit. p. 98.1967
SANTOS. O que são páginas de conversão: porque elas são importantes para o negócio.
Disponível em:< https://resultadosdigitais.com.br/blog/o-que-sao-paginas-de-conversao-e-
por-que-elas-sao-importantes-para-o-seu-negocio/>. Acesso em: 05 de set. 2017.
SARACEVIC, Tefko. Information science: origen, evolution and relations.In: VAKKARI, P.,
CRONIN, B. eds. Conceptions of Library and Information Science. Proceedings of the
COLIS Conference Tampère, 1991. Los Angeles, Taylor Grahan,1992.