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RODRIGO HENRIQUE
MARKETING DE GUERRILHA:
Um estudo da compreensão e utilização entre agências de
publicidade de Itajaí - SC
RODRIGO HENRIQUE
MARKETING DE GUERRILHA:
Um estudo da compreensão e utilização entre agências de
publicidade de Itajaí - SC
MARKETING DE GUERRILHA:
Um estudo da compreensão e utilização entre agências de
publicidade de Itajaí - SC
Este trabalho de conclusão de curso foi julgado aprovado para a obtenção do grau
de Bacharel em Administração do Instituto Cenecista Fayal de Ensino Superior IFES
_______________________________
Maria Aparecida Ricobom
Coordenadora de estágios
Banca Examinadora
____________________________ _____________________________
Prof. Carlos Marcelo Ardigó, MSc. Prof. Elson Vieira da Mota
Orientador
_________________________________
Prof. Leonardo Baptista Lopes
3
EQUIPE TÉCNICA
Estagiário
Rodrigo Henrique
Coordenadora de estágio
Maria Aparecida Ricobom
Orientador de conteúdo
Prof. Carlos Marcelo Ardigó, MSc.
Orientador de Metodologia
Prof. Marcello Soares, MSc.
Supervisor de Campo
Fernando Orthmann da Costa
4
AGRADECIMENTOS
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11
1.1 Tema de pesquisa .......................................................................................... 12
1.2 Contextualização da empresa do estágio....................................................... 14
1.3 Problema de pesquisa .................................................................................... 15
1.4 Justificativa de pesquisa................................................................................. 16
APÊNDICE ..............................................................................................................125
11
1 INTRODUÇÃO
Além disso, outro fator que contribuiu com esse avanço foi o aumento do acesso aos
meios de comunicação, principalmente a telefonia móvel. Graças às inovações
ocorridas na área; melhora de infra-estrutura; qualidade e aumento de cobertura, os
aparelhos celulares tiveram rápida expansão. A concorrência acirrada entre
operadoras e entre as fabricantes de aparelho celular fez com que houvesse uma
significativa redução de custo, elevando assim, a penetração da telefonia móvel até
as classes mais humildes. No caso do Brasil, para citar um exemplo, segundo dados
da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL, 2010), há mais de 200
milhões de assinantes do serviço de telefonia móvel, número superior ao de
habitantes, que de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE, 2010) era superior a 190 milhões de pessoas em 2010.
Para que isso possa acontecer, a gestão desta ferramenta exige das empresas e
profissionais uma alta capacidade criativa utilizando-se de diferentes meios para
reforçar a mensagem da organização. Com tantas mídias à disposição as pessoas
1
O mesmo que público-alvo (LUPETTI, 2007).
13
Diante deste quadro, cada vez mais agências de publicidade buscam dentro da
comunicação de marketing novas mídias e maneiras alternativas de levar a
mensagem de seus clientes ao consumidor. Destaca-se entre elas o marketing de
guerrilha, que tem se apresentado como uma boa alternativa para as empresas.
Inspirado nas guerrilhas bélicas, os guerrilheiros atacam de surpresa, com extrema
mobilidade e sem grandes investimentos permitindo que enfrentem grandes
potências. Segundo Cavalcante (2003), os pequenos empresários estão acuados
perante as grandes corporações, que dispõe de um imenso arsenal de mídias caras
e grande exposição nos canais de comunicação de massa, promovendo uma luta
desleal pela sobrevivência no mercado. Assim, para as empresas de menor porte a
saída é se comunicar através de ações diretas, criativas e de baixo custo para se
manterem vivas.
A empresa Fator Mais Comunicação Ltda., é uma agência de publicidade com três
anos de atuação no mercado. No ano de 2007 a empresa tinha apenas dois
integrantes e um cliente, a Distribuidora Müller. Atualmente a Fator Mais, conta com
oito funcionários, distribuídos entre os departamentos de planejamento, mídia,
criação, atendimento, relações públicas e administração. Sua estrutura
organizacional é representada na Figura 1.
2
Conjunto de informações fornecidas pelo cliente contendo instruções para orientar o trabalho da
agência (LUPETTI, 2007).
15
Entre as principais contas atendidas pela Fator Mais estão as empresas Arteplas,
Racitec, Delta Lux e Distribuidora Muller. Esta última ainda compreende as marcas
Ki-Fritas e Slice, além de outros quatro produtos que foram desenvolvidos pela
própria Fator Mais e que compõem o mix de ofertas de marcas próprias do cliente.
São eles: Red Dragon Energy Drink, Dinobaby, Strike Ice e Status Energy Drink.
Para se diferenciar das demais agências, a Fator Mais vem se dedicando ao estudo
e aprofundamento em estratégias de comunicação de baixo custo e rápida
execução. Entre as estratégias está o marketing de guerrilha, que já foi aplicada e
vêm obtendo bons resultados e grande aceitação entre os clientes.
3
Nome de todos os trabalhos feitos pela agência ao anunciante (LUPETTI, 2007).
16
Sob a perspectiva acadêmica, este trabalho tem sua importância justificada. Pois, o
presente estudo proporciona aprofundamento em um tema que desperta amplo
interesse do pesquisador e também permite a aplicação do conhecimento adquirido
pelo acadêmico no decorrer do curso de Publicidade e Propaganda para o seu
desenvolvimento profissional.
17
2 OBJETIVOS DE PESQUISA
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para Cobra (2006) que o marketing é importante para todas as pessoas, sejam elas
mais humildes ou mais intelectualizadas. Pois suas estratégias visam proporcionar
qualidade de vida aos consumidores. Seguindo a mesma linha, Kotler e Keller
(2006) definem marketing como a identificação e a satisfação das necessidades
humanas e sociais, as suprindo de forma lucrativa. Os autores ampliam
mencionando que:
Num processo de troca, ambas as partes procuram por vantagens que de alguma
maneira as deixe em uma situação melhor. Ou seja, é preciso que se crie valor para
o que se oferta, fazendo com que haja interesse mutuo entre as partes envolvidas.
Valor, que segundo Dias (2006) e Kotler e Keller (2006) decorre da relação custo-
benefício percebida pelo cliente. Quanto maior forem os benefícios percebidos em
relação ao custo, maior será o valor do produto para o cliente.
Deste modo, o valor pode ser visto como uma combinação de qualidade, serviço
e preço, denominado a ‘tríade do valor’ para o cliente. O valor percebido pelo
cliente possui características tangíveis e intangíveis, características estas muito
bem retratadas por Cobra (2006, p. 27) expostas através da Figura 2. Segundo
ele “a mente humana é como um iceberg. O que está acima do nível da água do mar
é o consciente, o que está ao nível da água é o subconsciente e o que está abaixo
do nível da água é o inconsciente.”
21
4
Pessoa física ou jurídica afetada ou interessada, direta ou indiretamente, pelos empreendimentos
econômicos (LUPETTI, 2007).
23
trabalho em que cada elo pode exercer diversas funções, o que seria uma
abordagem tipicamente sistêmica.
Segundo Cobra (2006) este foi formulado primeiramente por Jerome McCarthy,
professor de marketing da Universidade Estadual de Michigan e autor do livro
Marketing Básico.
Kotler e Armstrong (1998, p. 31) definem o mix de marketing como sendo “o grupo
de variáveis controláveis de marketing que a empresa utiliza para produzir a
resposta que deseja no mercado-alvo”. De acordo com Richers (2000, p. 158), o
Mix de Marketing é “um componente estratégico que acrescenta eficácia à empresa
e ajuda a melhorar e a atingir seus objetivos a médio ou longo prazo da maneira
mais racional possível”. É correto afirmar então que este pacote de variáveis tem
como função satisfazer as necessidade dos clientes, e ao mesmo tempo maximizar
o desempenho da empresa. Cabendo ao administrador de marketing usá-lo de modo
correto, de acordo com cada situação, ciente de sua correlação.
Produto – Deve ser revisto quanto ao seu design e embalagem para respeitar o
que o cliente espera dele em termos de desempenho e realização de expectativas.
O produto precisa ser mágico para encantar as pessoas, sendo, portanto um objeto
de desejo;
25
Para Lautenborn (s.a.) apud COBRA (2006), mais importante que ter um produto ou
serviço para ofertar é ter um cliente para satisfazer, assim o gerente de marketing
pode desenvolver um produto ou serviço sob medida para esse cliente. Desta forma
Lautenborn apresenta os 4Cs do Marketing, observando o mercado sob a ótica do
comprador e não do vendedor. Tendo o cliente no centro, os outros Cs
correspondem à conveniência, comunicação e custo como é ilustrado na Figura 5.
26
Através dos tempos o marketing se aprimorou e passou por diversas eras. Cobra
(2006) destaca três eras na história do marketing. A era da produção (até meados
de 1925), onde empresas de países desenvolvidos tinham orientação para produção
sem se preocupar com a venda, já que se consumia tudo que era produzido. A era
da venda (entre 1925 e 1950), tendo os vendedores o papel de convencer os
compradores acerca dos benefícios de seus produtos. Nessa época para auxiliar o
trabalho dos representantes, as empresas começam a anunciar seus produtos, de
modo que a pessoas abriam as portas de seus domicílios para receber a visita dos
vendedores. E por fim, a era do marketing após a crise de 1929, quando uma grande
depressão assolou os Estados Unidos. No mesmo período, no Brasil, o impacto se
dava principalmente na exportação do café que caia vertiginosamente. Para
conquistar os poucos consumidores que restaram, as empresas passaram a dar
mais atenção para os anseios do mercado.
De forma semelhante, porém retratando uma etapa mais recente nesta evolução, no
livro Marketing 3.0, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010) apontam a evolução dos
objetivos do marketing. Se antes o foco estava na venda de produtos, satisfazer e
reter os consumidores, hoje, com a visão centrada nos valores, o marketing 3.0 tem
como objetivo de uma empresa fazer do mundo um lugar melhor. A Figura 6
demonstra esta evolução, na qual o relacionamento deixa de ser diferencial para se
tornar base da atividade de marketing.
28
Kotler e Keller (2006, p. 25) apontam que existem tendências e importantes forças
que “[...] estão propiciando um novo conjunto de crenças e práticas por parte das
empresas. Os profissionais de marketing estão fundamentalmente repensando suas
filosofias, concepções e ferramentas”.
Faz-se necessário destacar que a Guerra do Vietnã não é motivo de orgulho algum,
muito pelo contrário, foi um lamentável acontecimento na história mundial que
30
Foi inspirado na guerrilha bélica que, Jay Conrad Levinson, um visionário publicitário
norte-americano, converteu esses princípios para o campo de batalha do mundo dos
negócios. O autor desenvolveu a concepção do marketing de guerrilha, “[...] que tem
referências implícitas nos ensinamentos de diferentes estrategistas militares e na
reelaboração heterodoxa das concepções de marketing tradicionais”
(CAVALCANTE, 2003, p. 10).
Ainda de acordo com Levinson (2010), talvez a maior diferença entre uma pequena
empresa e uma multinacional seja seu maior grau de flexibilidade. O pequeno
empresário não incorpora inúmeros níveis de gerência e uma força de vendas
gigantesca em seu plano de marketing, facilitando assim a tomada de decisão e
fazendo mudanças na mesma hora.
Na mesma linha Ries e Trout (1986) listam três importantes princípios de guerrilha.
O princípio número um: “encontre um segmento de mercado bastante pequeno para
defender. Poderia ser geograficamente pequeno. Ou em volume. Ou em outro
aspecto para uma grande empresa atacar” (RIES; TROUT, 1986, p. 80); no segundo
princípio os autores mencionam que independente do sucesso alcançado por você,
nunca opere como um líder. A partir do momento em que a “[...] empresa guerrilheira
encomenda sua primeira limusine Cadillac para o presidente do conselho de
administração, é o dia em que a guerrilha começa a rolar colina abaixo” (RIES;
TROUT, 1986, p. 83); e por fim o princípio número três, o qual indica a eminente
necessidade de estar “[...] preparado para cair fora, logo ao primeiro aviso. Uma
pequena companhia que foge vive novamente para combater outro dia” (RIES;
TROUT, 1986, p. 85). Neste caso a flexibilidade e a organização enxuta
compensam, pois assim a empresa ou produto pode mudar de posição sem maiores
desgastes.
Para Ries e Trout (1986), o mais indicado para uma empresa guerrilheira é procurar
reduzir o tamanho do campo de batalha e atuação, para assim adquirir uma
superioridade de força frente aos grandes concorrentes. Desta maneira sugere ao
empreendedor identificar um nicho de mercado e saber com precisão qual seu
público-alvo, evitando assim desperdício de verba atingindo pessoas que não
possuem interesse no serviço ou produto ofertado (CAVALCANTE, 2003).
O plano de marketing não precisa ser extenso e complexo, e sim ser concebido de
modo que qualquer pessoa ligada à empresa possa aplicá-lo e alterá-lo se
necessário for. Por tanto, para Gracioso (2002), o essencial para o pequeno e médio
empresário ao trabalhar com marketing é ser ponderado, estando sempre atento
quanto à parte administrativa financeira da empresa e coordenando de forma
perfeita a produção; orientar-se para o mercado, atendendo as necessidades dos
clientes; ser persistente e não desistir na primeira adversidade; aprender a planejar
para o futuro, não apenas para o hoje; ser ágil e tomar decisões rapidamente; e usar
frequentemente a imaginação e a criatividade.
Atualmente é possível perceber uma mudança na estrutura dos negócios, que vem
abandonando o conceito de produção em massa, para customização de massa.
Com isto, houve uma explosão das opções de compra e as pessoas passaram a ter
informação demais e tempo de menos, quando quem fala para todos não fala com
35
O buzz marketing foi descrito por Rosen (2001) como a organização industrial do
rumor, do boca-a-boca, em favor de uma marca ou de um produto. Mas esse rumor
geralmente dura pouco tempo, segundo Chetochine (2006, p. 8) “ao fim de três ou
quatro contatos, o boca-a-boca morre naturalmente”, sendo assim, por se tratar de
uma estratégia de curta duração e baixo impacto ele encontra certa resistência nas
empresas para ser utilizado na comunicação.
Um dos principais canais para essa propagação das ações de buzz marketing é a
internet. De acordo com Ries e Ries (2003, p. 30) “à medida que o volume de
propaganda aumentou, as mensagens publicitárias tornaram-se um papel de
parede”. Desta forma, consumidores voltam-se para fontes independentes atrás de
recomendações e conselhos sobre determinados produtos ou serviços. Diante disto
as redes sociais, blogs5, e fóruns na internet transformaram-se em mecanismos que
fazem do buzz uma ferramenta essencial para o marketing, pois a internet é uma
realidade para a grande massa e proporciona aos consumidores interagirem de
forma barata, rápida e assíncrona com consumidores de outras marcas.
Salzman, Matathia e O’Reilly (2003) defendem que ao se trabalhar com buzz, ocorre
uma significativa redução de custo. Para os autores a verba destinada a
comunicação das empresas seria muito melhor empregada se investida em um buzz
positivo. No mesmo sentido, Godin (2001) afirma que o fato de haverem hoje meios
de comunicação mais ágeis, faz com que a mensagem seja repassada de forma
rápida e espontânea, sendo desnecessário gerar custos.
5
Página na internet com atualizações organizadas cronologicamente com um diário (SAFKO;
BRAKE, 2010)
37
Por muitas vezes as estratégias acabam não surtindo o efeito esperado, Cavalcante
(2009, p. 54) lembra aos guerrilheiros que é importante saber combinar a
originalidade com custos reduzidos, e diz: “criar o buzz é apenas um passo de toda
uma estratégia. Há que saber colocá-la em prática, mantê-la e atualizá-la tanto
analisando as táticas de ataque e defesa, como de neutralização [...]”.
Cafferky (s.a. apud KOTLER; KELLER, 2006, p. 547) expõe algumas dicas para se
gerar um buzz bem sucedido:
O poder do buzz muitas vezes supera o das mídias convencionais, isto porque
influencia mais pessoas a comprarem ou não comprarem um produto. Este poder
pode ser atribuído ao fato de que os indivíduos tendem a escutar com mais atenção
o que é contado por alguém que o conhece, do que outras mensagens da mídia de
massa (LEVINSON, 2010). Como visto, seu poder de cobertura, penetração e
atenção é intenso, porém pode ter impacto não só positivo, como também negativo,
este último geralmente em maior escala.
6
Tempestade de ideias (CAVALCANTE, 2003).
40
Assim os guerrilheiros devem ter o meme como centro das atenções, o ponto focal.
E nunca esquecendo que todo o processo se inicia com uma estratégia, para depois
construir uma ideia (LEVINSON, 2004). Segundo Nobrega (2001) alguns exemplos
de memes são melodias, slogans, marcas e moda. Assim como genes se propagam
saltando de corpo para outro corpo, memes se propagam viajando de cérebro em
cérebro como um tipo de “vírus” que parasita a mente.
7
Twitter é um serviço de microblog. Permite o envio de atualizações pessoais contendo apenas texto
de até 140 caracteres (SAFKO; BRAKE, 2010).
8
Termo utilizado para definir o universo dos blogs (SAFKO; BRAKE, 2010).
9
Nível de conhecimento, lembrança espontânea, de determinado produto ou serviço (KOTLER;
KELLER, 2006).
41
clássicas: mídia impressa, rádio, TV, outdoor e cinema. Sua “[...] utilização é paga
por meio da compra de espaços predeterminados e vendidos, para a veiculação de
mensagens de caráter comercial” (DORDOR, 2007, p. 24).
Com o meio e a mensagem se confundindo cada vez mais, foram se definindo novas
formas de se levar a informação ao público que vêm competindo com estilo
publicitário de mídia clássica. Essas novas abordagens publicitárias constituem o
universo da mídia alternativa (DORDOR, 2007). O autor as apresenta em duas
famílias distintas: a mídia alternativa de divulgação e a mídia alternativa de fixação.
O primeiro passo para estratégia ser bem sucedida é traçar um objetivo claro,
respondendo qual o desejo da empresa. Que as pessoas entrem no site? Que elas
comentem ou se lembrem de algo? Respondidas as perguntas, é hora de decidir
que meio utilizar para surpreender o consumidor e avaliar todos os riscos possíveis
10
Cobertura ideal (DORDOR, 2007).
11
Abreviação de mailing list; relação de nomes, endereços e dados adicionais de consumidores e
prospectos (LUPETTI, 2007).
12
Folhetos distribuídos pelo correio ou por outras empresas de distribuição (DORDOR, 2007).
42
A mídia utilizada pela a loja de lingerie Blush Dessous foi uma simples caixa de
fósforos. Para acender o fósforo basta riscá-lo na lingerie da modelo. Já em outro
caso, com um seu público-alvo muito bem definido, a ESPN inovou com essa ação,
que utiliza o humor como forma de despertar a atenção, utilizando ainda uma mídia
indoor de banheiro, apresentando os serviços da empresa. Outro exemplo trabalhou
as características urbanas, que também podem fazer parte da mensagem, como no
caso de uma marca de corretivo líquido que utilizou as faixas de pedestre como
extensão do pincel do produto.
De acordo com Kotler e Keller (2006, p. 237) “os profissionais de marketing não
criam os segmentos; sua tarefa é identificá-los e decidir em quais vão se
concentrar”. De acordo com Weinstein (1995, p. 19) esse processo de identificação
passa por “[...] fatores racionais e emocionais, demográficos, psicográficos,
motivações, necessidades, percepções, hábitos de compra e assim por diante”.
44
trata-se de um grupo pequeno que por ter suas necessidades específicas atendidas
não se importam de pagar um pouco mais por isso.
Segundo Kotler e Keller (2006, p. 238) “um nicho é um grupo definido mais
estritamente que procura por um mix de benefícios distintos”. Ele é identificado
através da subsegmentação de um segmento. Um nicho atraente é caracterizado
por possuir clientes com diferentes necessidades e que pagam um valor mais
elevado por um produto para terem suas necessidades atendidas, geralmente não
atrai concorrentes e tem potencial para crescer e gerar maiores lucros. As empresas
que ocupam um nicho devem: criar novos nichos, expandi-los e protegê-los. A
atuação em nichos implica em um grande risco, pois eles podem se esgotar
46
Com base nesta tendência do mercado Anderson (2006) sugere um gráfico por ele
chamado de “A Cauda Longa”. Este termo foi cunhado pelo autor para definir o
crescente deslocamento da demanda por produtos de massa para os bens de nicho,
como demonstra a Figura 9.
47
Nossa cultura e nossa economia estão cada vez mais se afastando do foco
em alguns hits relativamente pouco numerosos (produtos e mercados da
tendência dominante), no topo da curva da demanda, e avançando em
direção a uma grande quantidade de nichos na parte inferior ou na cauda da
curva de demanda. Numa era sem as limitações do espaço físico nas
prateleiras e de outros pontos de estrangulamento da distribuição, bens e
serviços com alvos estreitos podem ser tão atraentes em termos
econômicos quanto os destinados ao grande público (ANDERSON, 2006, p.
50).
Levinson (2010) atenta para a importância das relações públicas (RP), que também
significa publicidade, matérias gratuitas e notícias sobre a empresa ou marca em
qualquer forma de mídia, ou seja, qualquer tipo de relação que exista entre produto
e seus públicos de interesse. A melhor parte da publicidade para o guerrilheiro é que
ela é gratuita e tem credibilidade, as pessoas acreditam nela.
Com a propaganda de massa perdendo cada vez mais o seu poder, os profissionais
de marketing apostam suas fichas na atividade de relações públicas de marketing, a
fim de promover marcas e produtos novos ou já existentes. Costumava-se chamar
esta atividade de assessoria de imprensa, que é vista como a tarefa de conseguir
espaço editorial na mídia impressa e eletrônica sem pagar nada por isso (KOTLER;
KELLER, 2006).
autor ainda complementa dizendo que um bom guerrilheiro tem um formulário cheio
de contatos publicitários, assim como os profissionais de RP. Quanto mais contatos
tiver, mais mídia gratuita ele terá. É importante comparecer a eventos, festas,
frequentar os mesmos restaurantes que os profissionais de imprensa costumam ir,
de acordo com Levinson (2010) esta atitude fará com que o press kit13enviado não
vá direto para a lata do lixo, como a maioria.
13
Conjunto de informações, textos, ilustrações e até amostra de produtos entregues a imprensa
(LUPETTI, 2007).
50
Para que se construa uma organização sob esses pilares o marketing de guerrilha
dispõe de várias ferramentas. O próximo tópico trará algumas das táticas mais
utilizadas no campo da comunicação para que se consiga gerar buzz, mídia
espontânea e destaque entre as milhares de mensagens que são dirigidas aos
consumidores diariamente.
51
Empresas menores podem concorrer com grandes companhias, mas, assim como
guerrilheiros, devem utilizar táticas não convencionais para aumentar suas chances
de sucesso. Além das ferramentas específicas do marketing de guerrilha, também
podem ser usados os mesmos meios do marketing tradicional, porém a que se usar
de maneira ousada e criativa para se destacar no meio da enxurrada de informações
recebidas diariamente. Vale ressaltar que apesar do foco do marketing de guerrilha
estar voltado para pequenos negócios, não raro se depara com ações desenvolvidas
para gigantes do mercado mundial. Os exemplos encontrados para ilustrar essas
ações no presente estudo deixam claro este tipo de relação.
O termo vem do inglês Astro Turf que significa grama artificial, em oposição ao termo
grassroots, expressão referente a movimentos espontâneos de determinadas
comunidades. Este tipo de ação busca criar opiniões camufladas dando a impressão
de que surgiram de maneira espontânea e que surgiram de uma agitação popular. O
objetivo é fazer com que as pessoas comprem a ideia e levem adiante o manifesto
de modo que enfraqueça a concorrência, sem que elas percebam a participação
direta de uma empresa por trás de tudo (CAVALCANTE, 2009).
O atual presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, também
utilizou desta estratégia em sua campanha eleitoral em 2008 e conseguiu com
pessoas propagassem sua campanha de maneira espontânea. Alguns itens
utilizados por Obama foram blogs com materiais para download, doação online, loja
virtual, comunidades segmentadas na internet e canal no Youtube 15. Essa forte
presença na internet engajou pessoas no mundo inteiro, que sob o mote “Yes,
youcan!” invadiu as ruas inclusive com camisetas e stencils feitos espontaneamente
por simpatizantes de Barack potencializando a mensagem. A Figura 11 traz alguns
dos recursos utilizados nesta campanha.
14
Pequeno site planejado para apresentar e destacar uma ação pontual (SAFKO; BRAKE, 2010).
15
Site de compartilhamento de vídeos (SAFKO; BRAKE, 2010).
53
16
Termo utilizado para definir ações de marketing realizadas através de celulares ou dispositivos
móveis (SAFKO; BRAKE, 2010).
17
Toques musicais para telefone (SAFKO; BRAKE, 2010).
18
Envio de mensagens de texto de pessoa para pessoa (SAFKO; BRAKE, 2010).
54
De acordo com Cavalcante (2009), entre os fatores que levam uma empresa a optar
pela emboscada estão: o aumento do custo das cotas de patrocínios de eventos e a
eventual impossibilidade de participar como patrocinadora de um evento, os quais
muitas vezes podem estar restritos a uma cota por setor de atividade empresarial.
A sigla “PR” vem do inglês para designar “relações públicas”, o “stunt” também do
inglês, significa “acrobacia”, “façanha” ou até mesmo “habilidade publicitária”
(POSSAMAI, 2007). Ela se desenvolve da seguinte maneira: “criam-se fatos
56
Geralmente este tipo de ação envolve algum recorde ou coisas gigantescas, como
aconteceu em 2008 quando o artista plástico Eduardo Srur, para chamar a atenção
para poluição que as garrafas pets causam aos rios Tietê e Pinheiros em São Paulo.
A ação ganhou visibilidade e foi veiculada no Diário de São Paulo, como pode ser
observado na Figura 13.
Figura 13 – PR-Stunt.
Fontes – Blog de Guerrilha (2008).
57
Segundo Santos e Athaydes (2008) esse contato direto com o consumidor nas
ações gera buzz e para que se tenha uma repercussão ainda maior, agências
providenciam sua gravação transformando-as num novo conteúdo, desta vez, para a
internet. Cavalcante (2009) menciona que a interação do público com o conceito da
marca, aliada a grande possibilidade de gerar buzz e conteúdo, é o que faz deste
tipo de ação valer, embora pareça tão simples de realizá-la. O autor ainda afirma
que na rua, é grande o número de pessoas que interagem com os atores,
questionando e brincado, e por consequência sendo impactadas.
Figura 15 – Performance.
Fonte – Adnews (2011).
59
Cavalcante (2009) ainda cita o exemplo do canal de TV a cabo Fox. Para divulgar
série 9mm, a Fox utilizou uma ação performática onde 200 pessoas foram
algemadas em postes, grades e árvores da região central de São Paulo. Os
figurantes vestiam camisetas que apresentavam estatísticas da polícia, chamando a
atenção de quem passava pela rua. A ação é demonstrada por meio da Figura 16.
Ainda segundo o autor, também conhecida como arte de rua ou intervenção urbana,
esta tática já extrapolou os limites do ambiente urbano da cidade, que pelo seu fluxo
intenso de pessoas serve de palco para manifestação artística de ideias, e invadiu
19
O mesmo que amostra grátis (LUPETTI, 2007).
60
Para Sodré (2006, p. 2), “ao considerar a diversidade de elementos que compõem o
cenário comunicacional da cidade, cada qual com origem, estética, conteúdo e
propósito particulares, fica claro que a comunicação urbana é marcada pela polifonia”.
Ou seja, essa miscelânea de elementos e signos que compõe uma paisagem
uniforme, mas cada elemento “canta” em um tom tentando transmitir uma
mensagem, que no caso da publicidade tem como refrão a ideia do compre, tenha e
seja. Um exemplo deste tipo de comunicação é mostrado na Figura 17.
Uma ação que também teve custo baixo foi a da Lego, famosa fabricante de
brinquedos. A ação foi executada na Austrália para divulgar o Centro Educacional
Lego. Na ocasião, para compor a peça, foram utilizados os sinalizadores de chão
das calçadas do centro de Sydney que auxiliam a locomoção dos cegos. Uma
característica marcante neste tipo de ação pode ser visualizada na Figura 18, onde a
peça produzida se integra perfeitamente na paisagem urbana, utilizando como
recursos apenas adesivos e criatividade.
A ação guerrilheira foi levada a campo pelo site de relacionamentos Par Perfeito.
Ainda de acordo com Cavalcante (2009) a verba era de apenas R$ 60 mil, valor este
que, no centro-sul do país não compra sequer um quarto de página nos jornais.
Porém o sucesso da ação foi tão grande que gerou 300 matérias nos mais variados
meios e veículos de comunicação, além de ter figurado na novela “Caminho das
Índias”, da Rede Globo, equivalendo a um investimento de mais de R$ 10 milhões
em mídia totalmente espontânea.
21
Também chamado de product placement
63
Para Santos e Athaydes (2008) “o marketing Invisível tem por objetivo atingir o
público de uma forma não comercial. Ou, atingi-lo, sem que este perceba que se
trata de uma ação comercial”. De acordo com Cavalcante (2009) esta maneira
camuflada de atingir um público específico é um mecanismo de guerrilha que
possibilita um denso trabalho de construção de marca.
O fato de o público ser atingido de forma indireta por mensagem publicitária inserida
no contexto seja de uma peça teatral, em um filme ou através de uma postagem na
internet, faz com que ele seja mais receptivo e não apresente nenhuma resistência à
informação sobre qualquer produto, serviço ou marca (SANTOS; ATHAYDES, 2008).
Um exemplo bem corriqueiro são marcas que pagam a celebridades para usarem
seus produtos, estas pessoas são clicadas por fotógrafos no seu dia-a-dia e acabam
emprestando sua imagem para construção de um conceito para a marca e até
mesmo para alavancagem de vendas.
Outro exemplo que pode ser citado é do cinema. Não raro o público é atingido por
marcas dos mais variados segmentos. São cenas em que o nome da marca não é
sequer mencionado por algum ator, marcas como Coca-Cola, Ford e McDonalds
utilizam esse tipo de comunicação há muito tempo. Além da presença do marketing
invisível nos filmes, é possível percebê-la também em jogos de videogame, que tem
um público bem qualificado; séries de TV e novelas. Na Figura 19 é apresentada
exposição da marca de óleos e lubrificantes Mobil no filme “Eu sou a lenda”, da
Apple na série de TV “House” e também da rede de fast-food McDonalds no game
“Need for Speed Unlimited”, este último conhecido como in-game advertising22.
22
Replicar a propaganda do mundo real no mundo virtual, usando faixas, pôsteres, spots de rádio e
outdoors (CAVALINI, 2008).
64
23
Refere-se a atividades, práticas e comportamentos entre comunidades de pessoas reunidas online
(SAFKO; BRAKE, 2010).
24
Plataforma onde usuários se conectam rapidamente com amigos, familiares e conhecidos em
vários grupos em rede (SAFKO; BRAKE, 2010).
65
Uma mulher bonita entra num bar noturno, deixa um maço de cigarros sobre
o balcão e pede fogo para outras pessoas. Ela comenta com uma pessoa
que está ao lado, também fumante, algo como "nós estamos sendo
perseguidos; é difícil achar alguém que fume hoje em dia". Nessa hora
começa uma conversa e ela "casualmente" fala da marca nova do cigarro e
oferece para a pessoa que estava conversando com ela.
Rodrigues (2010, p. 68) vê essas ações como “aquelas que se utilizam de mídias
alternativas para promover produtos ou marcas, transformando qualquer coisa em
surpreendentes suportes de comunicação e aproximação com o consumidor”.
Exatamente por ser de caráter inusitado, quando bem planejada e executada, este
25
É uma comunidade online que possibilita que seus usuários socializem-se e criem relações com
outros membros (SAFKO; BRAKE, 2010).
26
São as mensagens enviadas via Twitter. Possuem no máximo 140 caracteres (SAFKO; BRAKE,
2010).
66
S&S, Fernando Alphen, dá o seguinte conselho: “se você estiver a fim de lançar um
produto, um serviço, uma estratégia de divulgação, uma campanha, um foguete ou
sua sogra à vereadora, comece pela internet” (s.a. apud CAVALCANTE, 2003, p.
88).
Talvez Alphen tenha exagerado, mas os números mostram que não. Segundo
pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil no ano de 2009, em
média 36% dos domicílios brasileiros possuem computador, destes 27% tem acesso
à internet. A pesquisa ainda considera que 23% dos indivíduos que não tem acesso
à internet em casa, fazem uso dela em outros locais como lanhouses27 e no
trabalho. Um número que chama a atenção é de que do total de usuários, 67%
participa de pelo menos uma rede social (CETIC, 2009).
Segundo Levinson (2010) para empresa guerrilheira domar este gigante chamado
internet, ela deve se aproveitar de ferramentas como e-mail, salas de bate-papo,
blogs e sites. Cavalcante (2003, p.89) complementa com um aviso, “em pouco
tempo, quem não estiver na internet estará fora do mundo dos negócios, ou seja, do
mercado”. O marketing de guerrilha tem como conceitos chave: custos baixos,
originalidade de comunicação e disseminação da mensagem.
Na internet isto tudo é possível e com uma grande vantagem, ela oferece armas
poderosas e totalmente gratuitas como as mídias sociais, que segundo Safko e
Brake (2010, p. 5) “são atividades, práticas e comportamentos entre comunidades
de pessoas que se reúnem online para compartilhar informações, conhecimentos e
opiniões usando meio de conversação”. Estes meios de conversação são aplicativos
criados para web que permitem transmitir conteúdo em forma de palavras, imagens,
vídeos e áudios.
27
Estabelecimento comercial onde os frequentadores podem pagar para ter acesso a um computador
com internet e rede local.
69
a) BLOG:
O termo deriva de weblog, é um site que pode ser mantido por qualquer pessoa e
permite entradas ou mensagens regulares, podendo ser feita por meio de fotos,
vídeos, gráficos e áudios. Estes conteúdos inseridos nos blogs são chamados de
posts, que são organizados em ordem cronológica reversa e possuem uma interface
extremamente simples, tanto para leitura quanto para atualização. Em geral os blogs
contêm notícias sobre um assunto específico ou são usados como um diário pessoal
(SAFKO; BRAKE, 2010).
Para o blog obter bons resultados ele deve ser escrito sem formalidades, por alguém
de dentro da empresa e que faça despertar em seus leitores a vontade de repassar
a mensagem. Porém, Levinson (2010) destaca que os blogs de primeira linha
recebem atualizações no mínimo três vezes por semana. “Uma empresa que não
puder se comprometer com três novas entradas por semana não precisa e nem
deve ter um blog.”
b) ORKUT:
Criado com o propósito de ser uma comunidade online para tornar a vida social mais
ativa e estimulante, o Orkut conta com vários recursos primários incluindo página de
recados, comunidades e aplicativos (SAFKO; BRAKE, 2010). Segundo Telles (2010)
70
O Orkut pode ser usado como mecanismo de disseminação de virais, além de ser
uma ótima plataforma para se criar um ambiente exclusivo para a marca, tornando-
se um canal de relacionamento entre consumidor e empresa. Através do seu
mecanismo de busca é possível encontrar clientes potenciais, proporcionando as
pequenas empresas mostrarem seus trabalhos as pessoas interessadas. Uma loja
que vende instrumentos musicais pode divulgar seus produtos em uma comunidade
de músicos, por exemplo. Há ainda a ferramenta “promova” que permite criar
promoções e enviá-las para todos os amigos.
c) MSN Messenger:
d) TWITTER:
Telles (2010) menciona que as empresas utilizam o Twitter para criar um canal de
comunicação direta com o consumidor, como se fosse um Serviço de Atendimento
ao Consumidor (SAC). Eles se disponibilizam a tirar dúvidas e auxiliam na solução
de problemas. O pequeno empresário também pode usá-lo deste modo, pois estas
ações desenvolvem uma relação de confiabilidade maior e beneficiam a imagem da
empresa. Além disso, a empresa guerrilheira pode encontrar pessoas que tem
interesse em sua marca e as seguir. Oferecer descontos, promoções e informações
em primeira mão demonstram que a marca dá valor aos seus seguidores e clientes.
Os exemplos de Obama e tweets pagos citados anteriormente não deixam dúvidas
sobre o poder que tem esta ferramenta.
e) FACEBOOK:
É uma das maiores redes sociais do mundo, e atualmente é a que mais cresce no
Brasil, principalmente entre as classes A e B. Ele oferece uma plataforma para que
os usuários se conectem rapidamente com amigos, familiares e conhecidos em
vários grupos em rede. Sua página principal mostra as últimas atualizações dos
amigos, e uma caixa com a pergunta “No que você está pensando agora?” chamada
de mural. Assim como no Twitter é importante lançar novas informações, fotos e
vídeos para manter os clientes sempre atualizados (TELLES, 2010; SAFKO;
BRAKE, 2010).
28
Rede de contatos (LUPETTI, 2007).
72
f) YOUTUBE:
Um dos maiores fenômenos da web 2.029, o YouTube é um site que permite que
usuários façam uploads (carregamento), assistam e compartilhem vídeos. Ao
contrário da maioria das mídias sociais, que são baseadas na mídia impressa, o
YouTube é mais parecido com a televisão, só que o diretor é o próprio usuário
(SAFKO; BRAKE, 2010). Pequenas empresas podem utilizar este site para mostrar
seus trabalhos, segundo Telles (2010) quando isso acontece é necessário estar
atento e interagir com o público que assiste a seu vídeo e postou comentários.
Assim como explica Rosen (2001, p. 190), “uma vez que todo o cliente que recebe
informações de um amigo pode reproduzi-las e distribuí-las instantaneamente entre
29
Termo utilizado para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como
conceito a Web como plataforma (SAFKO; BRAKE, 2010).
73
Para que uma mensagem seja repassada espontaneamente é preciso que ela tenha
relevância. Cavallini (2008) explica que entre amigos e conhecidos é comum
conhecer o gosto e preferência por determinado assunto, assim, se a mensagem for
relevante para algum dos conhecidos a pessoa acaba repassando.
Cavalcante (2009, p. 86) aponta que “as empresas que souberem transformar essa
equação “mensagem recebida = compra + divulgação” em algo imediato,
conseguirão explorar toda a potencialidade dessa modalidade de guerrilha”. Rosen
(2001, p. 200) complementa dizendo que “O bom marketing viral é humilde. As
empresas que irão vencer serão aquelas que o utilizarem de maneira criativa, sem
ser invasivas”.
Com base nas diferentes ideias colocadas pelos autores acerca das táticas de
comunicação no contexto de guerrilha, apresenta-se no Quadro 3 um resumo
dessas diversas possibilidades.
30
Lista de tópicos mais comentados na rede social, atualizada em tempo real (TELLES, 2010).
75
A lei não define quais são os departamentos de uma agência, deixando a cargo de
cada uma sua estruturação. Para Sampaio (1996, p. 44), “uma agência de
propaganda se estrutura essencialmente em função das três principais etapas do
trabalho que presta: o atendimento/planejamento, a criação e a mídia”. Porém o
autor deixa claro que as agências podem possuir outros departamentos, de modo a
atender de forma mais completa seus clientes.
O atendimento tem como principal função realizar o contato entre cliente e agência,
também tem como atribuições a participação ativa no planejamento de comunicação
e acompanhamento das atividades subsequentes como criação, produção,
planejamento de mídia, veiculação e aferição de resultados. Mantendo o cliente bem
informado, obtendo as análises e aprovações no decorrer do processo (SAMPAIO,
1996). “O profissional de atendimento não se limita a ser apenas um intermediário;
muito pelo contrário, é um verdadeiro orientador do jogo, que conhece os principais
fundamentos da comunicação e as principais características dos mercados [...]”
(SANT’ANNA; JÚNIOR; GARCIA, 2011, p. 314).
77
Sampaio (1996) aponta o planejamento como peça fundamental para fazer o elo
entre atendimento e criação. Ribeiro (1989) por sua vez, divide o trabalho do
Planejamento em três etapas: a primeira delas é se apropriar da realidade, depois se
monta o problema a ser resolvido, e por fim, pensa em como solucioná-lo. Por
muitas vezes a própria montagem do problema já é a solução.
Para Sampaio (1996) a função da criação é criar ideias, estas serão transformadas
em slogans, temas publicitários e anúncios. De modo geral o setor é regido por um
diretor de criação que conduz as duplas formadas por um diretor de arte e um
redator, estes dois trabalham de maneira integrada na concepção de ideias. Porém
nem sempre se tem a dupla de criação, atualmente algumas agências estão
migrando seu modelo para os grupos de criação, ou seja, mais de duas pessoas
responsáveis pela produção da peça (LUPETTI, 2003).
4 METODOLOGIA DE PESQUISA
Partindo dos objetivos do estudo, será apresentada nesta etapa a metodologia mais
adequada a ser aplicada, apontando o tipo da pesquisa, o campo de observação, os
instrumentos de coleta de dados, os critérios para análise de dados e a descrição
das etapas de investigação. Segundo Roesch (2007, p. 125) “o capítulo da
metodologia descreve como o projeto será realizado, e aconselha-se partir dos
objetivos do projeto para definir que tipo de método é mais apropriado”.
Para o presente estudo, no que diz respeito à natureza dos dados, foi utilizada uma
abordagem qualitativa. Minayo (2007) considera que há uma relação dinâmica entre
o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável que não pode ser traduzido
em números. Esta abordagem foi escolhida por permitir um detalhamento maior das
informações adquiridas junto às agências, além do que, devido ao número de
sujeitos participantes reduzido, garante maior aprofundamento em situações mais
específicas. Refletindo isto, Vieira e Zouain (2004, p. 15) mencionam que “uma
pesquisa qualitativa garante a riqueza dos dados, permite ver um fenômeno na sua
totalidade, bem como facilita a exploração de contradições e paradoxos”.
Ainda de acordo com Ferrari (1982, p. 229), não se deve confundi-la com uma
simples coleta de dados, pois esta corresponde à segunda fase de qualquer
pesquisa; a pesquisa de campo “é algo mais que isso, pois exige contar com
controles adequados e objetivos preestabelecidos que discriminam suficientemente
o que deve ser colocado”.
As agências mais citadas foram definidas como alvo da pesquisa. Dentre estas, seis
agências foram indicadas pelos veículos com maior frequência. Nestas serão
entrevistados os responsáveis pelos setores de atendimento, criação, planejamento
ou mídia. As seis agências mais citadas foram: Azul; Amarela; Branca; Verde;
Vermelha e Preta.
No que diz respeito aos anunciantes, a escolha dos participantes inicialmente seria
feita através dos veículos. Porém, a partir da listagem cedida pelos mesmos, os
contatos iniciais foram realizados, mas sem sucesso. Diante disto optou-se por
82
A coleta de dados deu-se através de entrevistas, que segundo Ruiz (1996, p. 51),
“consiste no diálogo como o objetivo de colher, de determinada fonte, de
determinada pessoa ou informante, dados relevantes para a pesquisa em
andamento”. Marconi e Lakatos (2001, p. 107), ressaltam que a entrevista, “é uma
conversação efetuada face a face que, de maneira metódica; proporciona ao
entrevistador, verbalmente, a informação necessária”.
De acordo com Rauen (2006, p. 107), “a análise de conteúdo ocorre diante de dados
discursivos provenientes de várias espécies de documentação”. Para o autor, o
passo inicial é a organização dessa documentação, visando facilitar o uso e
permitindo, no momento da análise e da interpretação, localizar as informações
rapidamente, porém esta etapa ainda não permite que se obtenham conclusões.
Para extrair significação é necessário desmontar a estrutura e os elementos do
conteúdo de forma a esclarecer suas diferentes características.
84
No que se refere aos anunciantes, inicialmente os contatos se deram junto aos que
mais utilizavam serviços de veiculação, no entanto os retornos não foram positivos
devido à falta de horários disponíveis para a coleta. Sendo assim procurou-se
anunciantes que o pesquisador tinha contato, desta vez com maior êxito, porém
direcionando o resultado do estudo.
86
5 RESULTADOS DA PESQUISA
Como alguns dos entrevistados pediram para não que fosse identificado os seus
clientes, sempre que necessário o anunciante será tratado apenas por seu
segmento de atuação. Já em relação às próprias agências, como já havia se
estabelecido anteriormente, são denominadas nesta etapa apenas por cores
aleatoriamente escolhidas representativas a elas.
De acordo com a lista de empresas com sede em Itajaí divulgada pela Prefeitura
Municipal, existem 61 empresas na cidade atuando com atividades relacionadas à
publicidade e propaganda. Entre elas há veiculadoras, agências de promoção, de
comunicação visual, assessoria em marketing e outras atividades afins. No Anexo 1
lista-se todas as 61 empresas, e destacam-se as nove que se caracterizam como
agência de propaganda. Além destas foram citadas pelos veículos de comunicação
mais duas agências que não contam na lista da prefeitura, e que estão entre as que
mais utilizam os serviços de veiculação.
A agência Preta, por sua vez, também se caracteriza por ter todos os setores
tradicionais de uma agência. Contudo, difere quanto ao perfil das contas, já que são
clientes de menor porte. A empresa conta com um número de colaboradores menor
que as duas primeiras (nove). Ela se destaca pela inclusão do setor de relações
públicas, função esta que tem ganhado espaço em termos de publicidade como
mencionado anteriormente na fundamentação teórica (KOTLER; KELLER, 2006).
Nesta agência o setor de relações públicas foi criado para atender principalmente a
demanda gerada pelo relacionamento com consumidores via redes sociais.
Por fim, os representantes das agências Preta e Verde entendem como guerrilha
ações de alto impacto, que promovem interação com o público-alvo e que utilizam
mídias gratuitas. No Quadro 7 apresentam-se de forma resumida os conceitos de
marketing de guerrilha segundo as agências.
entrevistado da agência Preta mencionou a ação feita por uma loja que se deu em
semáforos de Balneário Camboriú, quando atores contratados distribuíam abraços.
Para finalizar esta etapa da análise, os entrevistados foram questionados sobre qual
ação teria maior possibilidade de sucesso, levando-se em consideração apenas o
mercado regional. Na opinião dos representantes das agências Amarela e Verde,
todas as ações teriam possibilidade de sucesso, porém destacam algumas como o
viral, que segundo a agência Verde vai ao encontro do perfil do público local. “Todas
têm, mas acredito no marketing viral por causa do perfil do catarinense que utiliza
muito a internet” (ENTREVISTADO AGÊNCIA VERDE).
De acordo com o entrevistado da Amarela, todas dariam certo por serem pouco
utilizadas. “Nossa região é muito fraca ainda na utilização dessas ferramentas, então
eu acho que todas elas são ferramentas que vão dar resultado”. O mesmo completa
apontando que se as agências propuserem mais e conseguirem por em prática,
clientes e concorrentes irão observar resultados positivos e isso estimulará o
mercado a utilizar mais. O entrevistado destaca a utilização das mídias sociais
através da internet, entretanto faz a seguinte ressalva “[...] é importante saber
94
administrar, tanto que a gente nem gosta de sugerir por que o cliente quer todas, só
que de repente uma só já dá conta do recado”. Visando um futuro próximo ele
lembra que a emboscada pode ser aproveitada no Volvo Ocean Race, evento
esportivo com visibilidade internacional que terá uma etapa no Brasil, em março de
2012, na cidade de Itajaí.
Na agência Azul o entrevistado também acredita que todas obteriam sucesso, mas
vê um potencial maior na arte urbana, pois as pessoas querem ver algo diferente
neste sentido. Para os entrevistados da Branca e da Preta a grande quantidade de
eventos musicais e esportivos que acontecem na região, faz do ambush marketing a
arma de guerrilha mais poderosa para o mercado local. O representante da Preta
citou ainda a facilidade de se aplicar as ações de mídia ambiente, já o da Branca
comentou o contato que as mídias sociais proporcionam entre marca e consumidor e
vê também nessa ferramenta um enorme potencial. As ações apontadas pelos
entrevistados bem como os motivos que as destacam entre as demais, são
condensados no Quadro 9.
A apresentação do quadro resumo foi muito válida, pois com os entrevistados mais
ambientados ao tema da pesquisa, eles puderam apontar as vantagens e as
desvantagens da utilização do marketing de guerrilha, as quais são apresentadas e
discutidas a seguir.
95
Segundo ele as pessoas estão habituadas a sua rotina, e quando surge algo que
foge a isso ela presta mais atenção, fazendo com que a pessoa grave mais a marca.
É o que afirma também o entrevistado da agência Preta, Para ele “a vantagem é que
você sai do comum e acaba surpreendendo as pessoas e atingindo elas em
momentos do dia-a-dia”. O entrevistado vai um pouco mais além e defende que
ações bem feitas, que fazem o público sorrir, brincar, dançar e sair da rotina; tem até
mesmo uma função social, pois torna o dia das pessoas melhor.
A inovação, de acordo com a agência Branca, além de ser vantajosa pode também
ser ruim. Para o entrevistado uma coisa muito inovadora pode causar estranheza no
público se ele não tiver sido muito bem definido. O mesmo é abordado pelo
96
entrevistado da agência Amarela que relata que “a chance de dar errado é muito
grande, principalmente pelo mercado que não está acostumado”. Mas a
desvantagem é minimizada pelo planejamento, se a campanha estiver bem
estruturada, o público estiver bem definido e alinhado com o planejamento o
resultado será positivo (AGÊNCIA AMARELA).
É o que afirma o entrevistado da agência Preta, para ele guerrilha “hoje é uma das
coisas mais inovadoras que você pode fazer, até mesmo pelo alto custo das mídias
tradicionais”, que faz com que os clientes se afastem dessas mídias, mas para
funcionar “ela tem que estar dentro de um plano maior ou ser usada apenas para um
objetivo muito bem específico” Opiniões semelhantes também possuem os
representantes das agências Azul, Amarela e Verde.
Acredito que qualquer público pode ser abordado por uma ação dessas, as
pessoas querem ser surpreendidas todo dia, acho que isso é função da
propaganda. O segmento não é fator limitador, o que pode limitar é
adequação. Se for adequado ou não, ou qual tipo de ação vai ser feito para
aquele segmento (ENTREVISTADO AGÊNCIA PRETA).
Segundo o representante da agência Preta, outro motivo para que o público aprove
tais ações é a quebra da rotina. “As pessoas querem ser surpreendidas, quando ela
sai pra ir trabalhar e vê algo diferenciado na rua o dia dela pode ficar melhor, ela
quer ver isso [...]”. O entrevistado reforça sua posição justificando que “[...] as ações
são bem vista porque não se trata de alguém só querendo te empurrar o produto,
mas tentando te envolver com o produto”.
Nota-se certa convergência nas declarações dos profissionais das agências Branca
e Preta comas apontadas por Levinson (2010). O autor observa como vantagens do
marketing de guerrilha em relação ao tradicional que o primeiro leva em conta de
forma mais acentuada o comportamento humano; aposta no relacionamento; no
contato e na interatividade com o público alvo.
comum sugerirem ações que fogem ao tradicional, mas que geralmente os clientes
são conservadores e não aprovam. O entrevistado também argumenta que o
segmento de atuação inibe tais ações, “nós temos um portfólio muito orientado pra
saúde então nossas ações são mais tradicionais, acabam não podendo ser como
um jeans ou uma loja de varejo que eu acredito que tem mais chances pra isso”.
De acordo com o entrevistado o resultado foi bom, mas poderia ter sido melhor em
termos de burburinho. “Foi interessante, mas não surtiu o efeito que nós
102
esperávamos, chamou bastante atenção, o pessoal curtia, mas nós esperávamos ter
mais mídia espontânea, que saísse matéria no jornal, alguma coisa nesse sentindo”.
Quanto aos resultados obtidos pelas ações executadas, as agências explicaram que
os clientes ficaram satisfeitos e gostariam de novas propostas neste sentido. A
exceção fica por conta das agências Branca e Verde, já que as respostas obtidas
foram confusas e sem relevância para a análise.
a) Distribuidora Müller:
A empresa atua no setor atacadista que atua desde 1973 em Santa Catarina e mais
recentemente estendeu sua praça até a Grande Curitiba. Atualmente a Distribuidora
Müller representa com exclusividade grandes marcas como Bauducco, Ferrero e
Selmi. A empresa distribui também marcas próprias, marcas estas que foram
desenvolvidas em conjuntos com a agência Fator Mais Comunicação. Nesta o
representante da empresa é responsável pelo departamento comercial.
b) Viaseg:
c) Arteplas:
d) Racitec:
e) Saveiro Veículos:
f) Rede Top:
A Saveiro conta com o aporte da Suzuki, através do qual muitas peças publicitárias,
principalmente impressas, já vem pronta, restando a Saveiro a parte de veiculação e
distribuição, que segundo o seu representante tem sempre um bom resultado. “Nós
temos um bom retorno, nosso investimento em mídia é constante e acredito que isso
tem feito diferença” (ENTREVISTADO SAVEIRO). A Rede Top também vem
obtendo bons resultados, embora utilize apenas tablóides e outdoor o reflexo é
sentido nas vendas. O entrevistado da Rede Top lembra que só as ações em
conjunto são de responsabilidade da agência, “caso alguma loja queira fazer uma
ação diferenciada fica por sua conta, mas essas ações básicas já têm suprido a
necessidade”.
pouco impacto. “Fizemos apenas uma entrega de brindes junto a um convite na re-
inauguração da nossa loja em São Domingos, mas chegou a ser uma ação de
guerrilha”.
Em termos de venda não foi lá essas coisas, mas objetivo era gerar procura
e isso a ação conseguiu. O público gostou e até interagiu com a ação, tinha
pessoas que iam até as promotoras para ganhar um flyer, isso eu nunca
tinha visto, geralmente as pessoas fogem da propaganda, mas nesta, elas
abriam até a porta do carro pra receber o cubo.
Para o entrevistado da Viaseg se for uma ação bem elaborada e que possa atender
o objetivo não há porque não utilizar. O representante acredita que possa ter bons
resultados e afirmou nunca ter usado por que não conhecia, “são ações muito
criativas, baratas e pelo o que foi mostrado por você elas fazem muito barulho. É legal
trabalhar com algo diferente do comum, acredito que deve ser mais complicado de
aplicar, mas vale a pena o esforço”, ele complementa explicando o motivo do não uso:
“as agências que passaram por aqui nunca apresentaram uma proposta assim,
geralmente apresentam estratégias voltadas às mídias mais comuns”.
O entrevistado da Rede Top afirmou que deseja utilizar futuramente, só não usou
ainda por desconhecimento. “Pretendemos utilizar principalmente para marcar mais
a nosso nome na cabeça do consumidor”, o entrevistado ainda cita que as redes
sociais devem ser mais usadas daqui para frente. “Nossa intenção é usar o facebook
como uma espécie de SAC e o YouTube para mostrar os vídeos que colocaremos
no ar na TV na nossa campanha dos 10 anos” (ENTREVISTADO REDE TOP). Já o
representante da D.Müller, apesar de cogitar a utilização das estratégias de guerrilha
no futuro, não acredita em seu potencial e prefere investir em outras estratégias. “Eu
não acredito que ações assim possam refletir em vendas, o que é o nosso objetivo
no momento, então eu prefiro investir na minha força de vendas”.
6 CONCLUSÃO
Movido pela busca de maior conhecimento sobre o tema, este estudo teve como
propósito principal identificar se as agências de publicidade de Itajaí conhecem e
utilizam o marketing de guerrilha como ferramenta estratégica de comunicação. Para
que isso pudesse ser realizado, foram identificadas e caracterizadas as agências
participantes do estudo; avaliado o conhecimento e a utilização do Marketing de
Guerrilha por parte dessas agências locais; descrito as ações criadas pelas
agências; e analisado a percepção de anunciantes locais em relação ao uso das
táticas de comunicação de guerrilha.
Este fato fez com que poucas ações pudessem ser descritas neste trabalho, no
entanto as ações que as agências executaram tiveram uma grande receptividade
dos clientes e do público. Isto prova que se as agências locais se informarem mais,
estudarem e dominarem as ferramentas de guerrilha obterão imensa vantagem
competitiva. Pois, com o crescimento da região e novas mídias surgindo, será
necessário oferecer maneiras alternativas de comunicação para destacar os clientes
no mercado.
As ações executadas pela agência Preta refletem o potencial que a região tem na
absorção de novas ideias e estratégias, prova disto é que tanto a ação de
performance quanto a de PR-Stunt cumpriram com seus objetivos de interação com
116
O trabalho como um todo, mostrou que a busca por atenção de forma mais ousada e
diferenciada tem movido grandes marcas, mostrou também a simplicidade aliada à
criatividade é um diferencial na abordagem de guerrilha, e acima de tudo expôs a
carência de profissionais na região que saibam usar o marketing de guerrilha como
estratégia de comunicação. Percebe-se aí uma oportunidade para os novos
profissionais da propaganda, da publicidade e do marketing se especializar nestes tipos
de estratégias, visto que nem anunciantes nem agências contam com profissionais
gabaritados para tal função e sentem a necessidade até mesmo de um terceiro que
preste este serviço, assim como também de agências de promoção ou de eventos.
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APÊNDICE
125
ANEXOS
130