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A célula procarió8ca

A célula procarió9ca – formato das


bactérias
• As bactérias possuem formatos e tamanhos dis3ntos. O tamanho varia de 0,2 a
2 µm de diâmetro e de 2 a 8 µm de comprimento.
• Possuem diferentes formatos: cocos, bacilos e espiral.
Mais
comuns
Morfologia bacteriana – tamanho
celular
Os procariotos são em geral células muito pequenas quando comparadas as
eucariotas. Quais as vantagens?

• Maior área superficial em relação ao volume da célula.


• Troca de nutrientes mais rápida por volume celular.
• Células menores crescem mais rápido que células maiores.
• Maior acumulo de mutações levando a uma maior capacidade de adaptação
ao ambiente e uma evolução mais rápida.

Células muito pequenas possuem a desvantagem de serem muito


simplificadas e precisam de funções do hospedeiro sobreviver. Ou seja,
comum em bactérias patogênicas.
Célula bacteriana típica

Envelope celular
Glicocálice
• Glicocálice é o termo geral usado para as
substâncias produzidas dentro da célula (depois
secretadas) que envolvem as células bacterianas.

• É um polímero viscoso e gelaAnoso, composto por


polissacarídeos, polipepBdeos ou uma
composição de ambos. A composição química
varia entre as espécies.

• Se a substância viscosa é organizada em uma


matriz compacta e está firmemente aderida à
parede celular, é chamada de cápsula.

• Se a substância viscosa não é organizada, está


fracamente aderida à parede celular e é
facilmente deformável, é chamada de camada
limosa.
Glicocálice – funções
• Os polissacarídeos de superNcies auxiliam na
ligação das bactérias às superEcies solidas.
• As cápsulas então auxiliam na adesão a tecidos e
também protegem as bactérias da fagocitose
pelo sistema imune. Ex: B. anthracis, S.
pneumoniae.
• Quando bactérias aderem-se a uma superNcie,
estas podem formar um biofilme, uma camada
espessa de células ligadas umas as outras. O
glicocálice é essencial no desenvolvimento e
manutenção de um biofilme.
• O glicocálice de um biofilme é chamado de
substância polimérica extracelular (SPE).
• Dessa forma, as bactérias conseguem crescer em
diversas superNcies como pedras, plantas, dentes
humanos, implantes médicos, tubulações etc.
Parede celular
• A parede celular bacteriana confere forma e
rigidez a célula, assim como protege a célula de
lise celular.

• A composição química da parede é uAlizada


para diferenciar Apos de bactérias, em gram-
posi3vos e gram-nega3vos, assim como é alvo
para diversos anAbióAcos.

• Eucariotos como plantas e fungos também


possuem parede celular mas com diferente
composição e menos rígida que a parede celular
bacteriana.
Parede celular - • A ligação β(1,4) é o si2o de ação da
lisozima, encontrada em secreções como
peptideoglicano lágrima e saliva.
Parede celular
Parede celular – gram-
posi9va
Ácidos teicoicos da parede celular, consistem de
um álcool (glicerol ou ribitol) e um fosfato:

• Ácido lipoteicoico à atravessa a parede


celular e se liga a membrana plasmá9ca.
• Ácido teicoico da parede à esta ligado a
camada de pep9deoglicano.

São responsáveis pelo movimento de cá2ons


através da parede celular devido a sua carga
nega2va.
Parede celular - gram-nega5va
Membrana externa – lipopolissacarídeo (LPS)

Composição do LPS:
• Lipídeo Aà esta ligado a membrana externa. É liberado quando há morte celular,
também é chamado de endotoxina e é responsável por diversos sintomas, de febre a
diarreia e vômitos.
• Cerne polissacarídeico à esta ligado ao lipídeo A e tem a função de dar estrutura a
molécula.
• Polissacarídeo O à é a parte mais externa da molécula, atuando como anBgeno, sendo
uAlizado para diferenciar espécies de bactérias gram-negaAvas.
Parede celular – coloração de
Gram
1. O esfregaço feito em placa é colorido uAlizando o corante
cristal violeta (corante) e iodo (fixador), e um complexo
cristal violeta-iodo se forma no interior da célula.

2. O complexo cristal violeta-iodo é extraído com álcool, mas


somente é re3rado em bactérias gram-nega3vas. A
parede celular das gram-posi3vas é desidratada por
álcool, fechando os poros e impedindo que o complexo
seja diluído.

3. O álcool dissolve a membrana externa de gram-nega3vas


removendo totalmente o complexo. As células gram-
nega3vas se tornam então transparentes.

4. As células gram-negaAvas são então coradas com fucsina


ou safranina e tornam-se rosas.
Parede celular – coloração de Gram
Membrana plasmá9ca

• A membrana plasmá3ca
esta situada no interior da
parede celular. Consiste
principalmente em
fosfolipídios, mas não possui
esteróis. Dessa forma, são
menos rígidas que as
membranas eucarió3cas.
• As membranas plasmá3cas
das bactérias também são
importante na digestão de
nutrientes e na produção de
energia, pois contêm
enzimas capazes de catalisar
as reações químicas que
degradam os nutrientes e
produzem ATP.
• Muitas bactérias gram-
nega3vas contêm estruturas
Fímbrias curtas, retas e finas
semelhantes a pelos chamadas
Embrias.
• Elas podem variar de algumas
unidades a muitas centenas
por célula, e tendem a se
aderirem umas às outras e às
superNcies.
• As Embrias estão envolvidas
na formação de biofilmes, na
adesão da bactéria às
superEcies epiteliais do corpo
e outros agregados em
diferentes superEcie.
As $mbrias da bactéria Neisseria
gonorrhoeae, auxiliam na colonização
das membranas mucosas. As $mbrias
de E. coli O157 permitem sua adesão
ao intesBno delgado, causando
diarreia aquosa severa. Quando as
-mbrias estão ausentes, devido à
mutação gené;ca, a doença pode não
ocorrer.
Pili
Os pili (singular: pilus) são mais
longos que as fímbrias, e há apenas
um ou dois por célula, somente em
gram-negativas.

• Os pili estão envolvidos na


motilidade celular e na
transferência de DNA (Pili
sexual).
Cromossomo bacteriano
• O cromossomo bacteriano se encontra no nucleoide, uma única
molécula longa, conNnua e irregular de DNA de dupla-fita, em formato
circular.
• Ao contrário dos cromossomos das células eucarió2cas, os cromossomos
bacterianos não são circundados por uma membrana nuclear e não
possuem histonas.
• O nucleoide pode ser esférico, alongado ou em forma de halteres.
Cerca de 20% do volume celular é preenchido pelo DNA em bactérias
em crescimento a+vo. O cromossomo está fixado à membrana
plasmá+ca.
Plasmídeo
• As bactérias frequentemente contêm pequenas
moléculas de DNA de dupla-fita, circulares,
denominadas plasmídeos. Essas moléculas são
elementos gené9cos e se replicam de forma
independente do cromossomo.
• Os plasmídeos não são cruciais para a
sobrevivência da bactéria em condições
ambientais normais; podendo ser adquiridos ou
perdidos sem causar dano à célula. Entretanto, eles
são uma vantagem para as células.
Plasmídeo de resistência a
estreptomicina

Plasmídeo
• Os plasmídeos podem transportar
genes de resistência à an2bió2cos
(plasmídeo R), tolerância a metais
tóxicos, produção de toxinas e
síntese de enzimas específicas. Eles
podem ser transferidos de uma
bactéria para outra.
• Podem exis9r em diferentes
quan9dades na célula, de somente
3 copias por células ou 100 copias
por célula do mesmo plasmídeo.
• Os endósporos podem permanecer
dormentes por milhares de anos. Um
endósporo retorna do seu estado vegetaEvo
por um processo chamado de germinação.
• A germinação é desencadeada pelo calor
alto, como aquele uElizado na produção de
conservas, ou por pequenas moléculas,
chamadas de germinantes. Os germinantes
Endósporo – iden?ficados até o presente momento são a
alanina e a inosina (nucleoAdeos).
forma de • Os endósporos são importantes do ponto de
vista clínico e para a indústria alimenAcia,
resistência pois são resistentes a processos que
normalmente destroem as células
vegeta?vas. Como o aquecimento, a
dessecação, a u?lização de substâncias
químicas e a radiação.
• Enquanto a maioria das células vegeta?vas é
destruída por temperaturas acima de 70°C, os
endósporos sobrevivem ao aquecimento até
150 oC.
Formação do endósporo - esporogênese

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