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Confraria do Rosário

Aluna: Maria Eduarda Silva Martins


Turma: 9º ano
Escola: Educandário Pequeno Aprendiz
A Confraria do Rosário é uma importante tradição cultural florestana — uma irmandade
fundada há aproximadamente duzentos anos atrás e que persiste firme, com seu rico legado
sendo celebrado anualmente até os dias de hoje.
Como mencionado previamente, a origem dessa celebração data de tempos antes da abolição
da escravatura em 1888. Escravos da Fazenda Grande em Floresta, descendentes de nobres
do Congo, tinham apenas um feriado por ano, esse sendo no dia 31 de dezembro.
Aproveitavam desse dia para executar uma vívida cerimônia de coroação de um rei e uma
rainha, onde abraçavam suas raizes nobres e a cultura que foram feitos deixar para atrás.
Não há uma data exata de quando a primeira celebração ocorreu, mas registros revelam a
presença desse patrimônio na cultura florestana desde o ano de 1792.
Até os dias de hoje, os 36 membros da irmandade mantêm um roteiro de celebração, em que
o cortejo real, acompanhado de espadins e uma banda de pífanos (com caixa, zabumba e
pífanos, instrumentos de percussão oriundos da África) segue para a igreja de Nossa Senhora
do Rosário, onde ocorre uma cerimônia religiosa. Da igreja, o cortejo se dirige para a casa da
Confraria do Rosário, onde o almoço é distribuído para todos e são escolhidos e coroados o
rei e a rainha do próximo ano. O hasteamento da bandeira de Nossa Senhora do Rosário e a
coroação do Rei e Rainha do Congo se configuram, atualmente, como a mais famosa e
tradicional manifestação cultural e religiosa de Floresta, endossando um sentido comunitário
único.
Sua história é essencial para entendermos como era a vivência de diferentes grupos étnicos
durante a formação do que hoje conhecemos por Floresta, e a cerimônia de celebração, com
beleza e elegância, relembra e abraça as raízes africanas de seus participantes, as quais
antigamente precisavam esconder.

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