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com
Anatomia e Significado Funcional
dos Extensores Longos para o
dedos e polegar
Herbert P. von Schroeder, MD, MSc*; e Michael J. Botte, MD**,†
Os músculos intrínsecos e extrínsecos da mão
potencializam a extensão dos dedos. Esses dois
grupos musculares têm anatomia diferente que
permite função complementar nas articulações
interfalângicas e função oposta nas articulações
metacarpofalângicas. A extensão independente de
cada dedo não é possível devido a restrições
anatômicas, incluindo a junção tendínea e a fáscia
intertendínea entre os tendões extensores
extrínsecos no dorso da mão. As variações
anatômicas dos tendões extensores extrínsecos são
frequentes e o conhecimento é importante na
avaliação da mão traumatizada ou doente.
O movimento dos dedos está sob o controle de
vários músculos e grupos musculares, permitindo
uma variedade de posição dos dedos, geração de
força e função. A extensão dos dedos envolve
músculos e tendões extensores extrínsecos e
intrínsecos.11,29,36Os extensores extrínsecos ou
longos dos dedos, ou seja, o extensor dos dedos
Do *The University Hand Program, Divisions of Orthopaedic
and Plastic Surgery, Toronto Western Hospital, University of
Toronto, Toronto, Ontário, Canadá; o
* * Seções de Cirurgia de Mão e Pé Divisão de Cirurgia
Ortopédica, Scripps Clinic and Research Foundation, La
Jolla, CA; e o †Serviço de Cirurgia Ortopédica e o
Departamento de Cirurgia, San Diego Veterans Affairs
Medical Center, La Jolla, CA.
Solicitações de reimpressão para Herbert P. von Schroeder,
MD, MSc, Toronto Western Hospital, 399 Bathurst Street, FP
4-146, Toronto, Ontário, M5T 2S8, Canadá.
74
ORTOPEDIA CLÍNICA E PESQUISAS RELACIONADAS
Número 383, pp. 74–83
© 2001 Lippincott Williams & Wilkins, Inc.
communis, extensor indicis proprius e extensor
digiti quinti, funcionam principalmente para
estender as articulações metacarpofalângicas,
mas também estendem as articulações
interfalângicas proximais e distais. Os músculos
intrínsecos da mão, os interósseos e lumbricais,
estendem as articulações interfalângicas
proximais e distais e flexionam as articulações
metacarpofalângicas. Os músculos intrínsecos e
os flexores na face palmar da mão são
importantes para estabilizar e equilibrar as
articulações durante a extensão. Apesar de
todos os tendões envolvidos na extensão do
dedo, a extensão independente completa de
cada dedo é difícil. Isso é, em parte, atribuível à
junção tendínea e à fáscia intertendínea41entre
os tendões extensores longos no dorso da mão
e as tramas de tecidos moles entre os dedos
que se estendem além do eixo de rotação nas
articulações metacarpofalângicas.
Músculos Extensores
A musculatura dorsal do antebraço inclui os
extensores do punho e os dedos. Esses
músculos são divididos em um grupo superficial
composto por sete músculos e um grupo
profundo composto por cinco músculos. O
grupo superficial inclui o braquiorradial,
extensor radial longo e curto do carpo, extensor
comum dos dedos, extensor do dedo mínimo ou
quinto, extensor ulnar do carpo e ancôneo.
Número 383
fevereiro de 2001
Esses músculos se originam principalmente do
aspecto posterior do epicôndilo lateral.
O grupo profundo consiste no supinador,
abdutor longo do polegar, extensor curto do
polegar, extensor longo do polegar e extensor
próprio do indicador. O extensor próprio do
indicador se origina de uma área na parte distal
da membrana interóssea e da ulna dorsal. A
inervação neurológica dos extensores longos
dos dedos é feita pelo ramo profundo do nervo
radial conhecido como nervo interósseo
posterior. Este ramo do nervo radial contorna o
colo do rádio entre as camadas do músculo
supinador.
Os extensores longos dos dedos têm arquitetura
muscular semelhante, consistindo de fibras
musculares longas, pequenos ângulos de penação e
pequenas áreas fisiológicas transversais.21Embora
semelhantes, o extensor comum dos dedos para os
dedos longos e anulares tem uma área de seção
transversal maior do que o extensor comum dos
dedos para os dedos indicador e mínimo, o extensor
próprio do indicador ou o extensor quinti do dedo. A
área da seção transversal é proporcional à força que o
músculo pode produzir. Os extensores longos diferem
consideravelmente dos músculos interósseos e
lumbricais. A arquitetura muscular é uma
consideração ao escolher os tendões para
transferência porque os músculos com propriedades
arquitetônicas semelhantes funcionam de maneira
semelhante.
Tendões e variações anatômicas
O músculo extensor comum dos dedos tem uma
origem e um ventre muscular comum que se divide
em três ou quatro seções que continuam como
tendões até o capuz extensor no dorso dos dedos.
As variações anatômicas desses tendões, arranjos e
prevalência foram documentados em estudos
clínicos e anatômicos.17,20,23,31,40Os tendões
passam sob o retináculo extensor no quarto canal
osteofibroso e são envolvidos por uma bainha
sinovial que inclui o extensor próprio do indicador
do grupo profundo de músculos. O extensor longo
remanescente para os dedos é o extensor digiti
quinti; passa profundamente ao retináculo
extensor no quinto canal osteofibroso.
Extensores longos para os dedos e polegar 75
Na série anatômica dos autores de dissecações
de 43 mãos de adultos40(Fig. 1), o tendão extensor
comum dos dedos para o dedo indicador e o
tendão extensor comum dos dedos para o dedo
longo normalmente eram tendões únicos com
inserções únicas em seus respectivos capuzes
extensores. Em contraste, o tendão extensor
comum dos dedos para o dedo anular estava mais
comumente presente como um tendão duplo com
uma inserção, o tendão extensor comum dos
dedos para o dedo mínimo estava mais
comumente ausente e o tendão extensor do quinto
dedo geralmente era um tendão duplo com uma
dupla inserção na aponeurose dorsal do dedo
mínimo. O tendão extensor próprio do indicador
era um tendão que se inseria ulnar ao tendão
extensor comum dos dedos na aponeurose dorsal
do dedo indicador. Variações freqüentes (-10%) do
tendão incluíram um tendão extensor próprio do
indicador duplo (16%), um duplo (28%) ou triplo
(16%)
Figura 1.A dissecção dos extensores longos no
dorso da mão de um cadáver é mostrada. O dedo
indicador tem um tendão extensor comum dos
dedos (i) que é radial e se sobrepõe ao tendão
extensor próprio do indicador (setas). Uma fina
junção tendínea conecta o extensor comum dos
dedos do indicador ao extensor comum dos dedos
do dedo longo (l). Dois tendões extensores comuns
dos dedos coalescem no dedo anular (r). Conexões
junturais são vistas entre os tendões extensor
comum dos dedos dos dedos longo, anelar e
mínimo. Um tendão muito pequeno do extensor
comum dos dedos coalesce com a junção do(s)
pequeno(s). Dois tendões extensores do quinto
dedo estão presentes (q).
 Ortopedia Clínica
76 Von Schroeder e Botte e Pesquisa Relacionada

extensor comum dos dedos até o dedo longo,

um único (12%) ou triplo (16%) tendão
extensor comum dos dedos até o dedo
anular e um único (19%) ou duplo (26%)
tendão extensor comum dos dedos até o
pequeno dedo.
Os tendões extensores geralmente têm fissuras
longitudinais ou estrias23(Fig. 1), mas os tendões que
podem ser facilmente divisíveis ao longo das fissuras
sem dissecção aguda são definidos como
deslizamentos de tendão.40Esta definição é justificada
pelo uso potencial de deslizamentos de tendão para
transferência e procedimentos reconstrutivos, e
também é importante reconhecer ao avaliar a mão
traumatizada.
O dedo indicador, que tem o maior movimento
independente, também tem dois tendões
independentes que são os menos variáveis dos
tendões extensores. Uma anomalia incomum é um
extensor indicis proprius que se divide para inserir
os dedos indicador e longo (denominado extensor
indicis et medii communis ou proprius) é visto em
2% a 6,5% das mãos.6,15,20,40Deslizamentos do
extensor próprio do indicador para o dedo longo e
anular ou polegar foram descritos como
ocorrências menos frequentes.6,7O tendão
extensor próprio do indicador se insere ulnar ao
extensor comum dos dedos do dedo indicador em
81% a 87% dos espécimes, conforme descrito Figura 2.O extensor médio próprio (EMP) está
comumente, mas é diretamente palmar ao tendão presente em 1% a 10% dos indivíduos. É um
músculo profundo análogo ao extensor próprio
comum em 10% a 11% e radial ao tendão comum
do indicador (EIP), mas se insere na aponeurose
em 3 % a 8% das amostras.23,40Essa variação de dorsal do dedo longo. Os músculos extensor
inserção é uma consideração importante ao colher médio próprio e extensor próprio do indicador
um tendão extensor próprio do indicador para têm origem comum na ulna distal. (Reimpresso
transferência através de uma pequena incisão. com permissão de von Schroeder HP, Botte MJ:
The extensor medii proprius and anmalous
Ambos os tendões extensores do dedo indicador
extensor tendings to the long finger. J Hand
resultam no mesmo arco de movimento do dedo.39 Surg 16A:1141–1145, 1991.)

O extensor médio próprio (Fig. 2) é um músculo

profundo análogo ao extensor próprio do
indicador, mas se insere na aponeurose dorsal do
dedo longo. Os músculos extensor médio próprio e
extensor próprio do indicador têm uma origem
comum na ulna distal e na membrana interóssea
adjacente. O extensor medii proprius, também
conhecido como extensor medii digiti ou
communis, é encontrado em 0,8% a 10,3% das
mãos,19,23,35,38,42Apesar disso
muitas vezes não é descrita nas dissecções
anatômicas dessa região.15,20,27Os tendões dos
dedos longo e anelar originados de um músculo
(extensor medii et anularis communis) também
foram descritos.6Comparações filogenéticas entre
espécies mostram que o extensor medii proprius
ou extensor indicis et medii communis são
encontrados em macacos do velho mundo (as
subfamílias Cercopithecinae e Colobinae), como
Número 383
fevereiro de 2001
como babuínos e macacos; em contraste, os
grandes símios (incluindo chimpanzés e gorilas)
têm um extensor indicis proprius, com o extensor
medii proprius ou extensor indicis et medii
communis sendo variável com uma prevalência
semelhante aos humanos.2,14,32,33,35Isso sugere que
o extensor medii proprius e o extensor indicis et
medii communis são remanescentes evolutivos e
não variações de um arranjo normal. Também foi
sugerido que os extensores profundos dos dedos
(extensor próprio do indicador, extensor médio
próprio e extensor do indicador e médio comum)
se desenvolveram a partir de um grupo muscular
distal, enquanto os extensores superficiais
(extensor comum dos dedos, extensor do dedo
quinto) se desenvolveram a partir de um grupo
muscular proximal. grupo muscular.35Com a
sobreposição decorrente da migração proximal dos
músculos distais e da migração distal do grupo
proximal, a função dos dois grupos tornou-se
redundante, perdendo-se o extensor médio
próprio, extensor do indicador e médio comum do
grupo profundo. A manutenção consistente do
extensor próprio do indicador pode ser explicada
teleologicamente pela importância relativa do
desenvolvimento da pinça, extensão independente
do índice e o significado funcional do lado radial da
mão estar mais próximo da face e do corpo com o
antebraço pronado.
O extensor curto dos dedos é um músculo
que se origina no dorso do carpo ou no
antebraço distal e se insere no dedo
indicador ou menos comumente no dedo
longo. Tem uma prevalência relatada de 1,1%
a 4,7%,6,18,22,27,42mas não foi visto em
nenhuma das séries dos autores atuais.38,40
Pode apresentar-se clinicamente como uma
massa no dorso da mão e tornar-se
sintomática sob o retináculo extensor.28
Variabilidade tendinosa e múltiplos tendões
estão presentes mais comumente no lado ulnar
da mão. Tais variações são consistentes com a
observação de que os tendões, incluindo as
junturas tendíneas, funcionam como uma rede
para a qual não é necessária uma anatomia
constante. Essa rede não permite extensão de
dedo completamente independente. O ex-
Extensores longos para os dedos e polegar 77
o tendão tensor comum dos dedos para o
dedo mínimo está ausente em 54% a 56% das
mãos;31,40no entanto, uma ampla variação
(9% a 100%) foi relatada para a presença
desse tendão.20,23O tendão é descrito como
sendo difícil de identificar e definir
claramente; pode estar firmemente ligado ao
tendão extensor comum dos dedos do dedo
anular15e a junção tendínea do extensor
comum dos dedos do dedo anular ao dedo
mínimo pode ser erroneamente definida
como o extensor comum dos dedos do dedo
mínimo. Os autores descobriram que a
ausência do extensor comum dos dedos no
dedo mínimo estava associada a um tendão
duplo do extensor comum dos dedos no
dedo anular.40Embora a multiplicidade do
tendão extensor comum dos dedos do dedo
anular seja observada na maioria das mãos, a
porção ulnar do duplo extensor comum dos
dedos do anel e a junção espessa podem
representar um remanescente de
desenvolvimento do tendão extensor comum
dos dedos para o pequeno dedo.
Juncturae Tendinum
Os tendões extensores estão interconectados no
dorso da mão pela junção tendínea (Figs. 3-6) e
pela fáscia intertendínea. As junturas tendíneas
consistem em faixas estreitas de tecido conjuntivo
que se estendem entre os tendões extensor
comum dos dedos e até o extensor quinto do dedo,
mas não até o extensor próprio do indicador.41
Essas bandas podem desempenhar um papel no
espaçamento dos tendões extensores comuns dos
dedos,5,24redistribuição de força,5coordenação de
extensão,4e estabilização das articulações
metacarpofalângicas.1
Eles impedem a extensão independente dos dígitos
4,25e são clinicamente importantes porque podem
unir e, portanto, mascarar lacerações de tendão.
12,26Eles também podem causar ressalto por
subluxação na cabeça do metacarpo3e pode ser
confundido com um dedo no gatilho. As junções
tendíneas também são úteis cirurgicamente para a
identificação adequada dos tendões da mão8e têm
sido utilizados no reparo da aponeurose dorsal.44
Transecção completa de
 Ortopedia Clínica
78 Von Schroeder e Botte e Pesquisa Relacionada

Fig. 3A–B.Junctura tendinum tipo 1 é uma conexão filamentosa

fina entre os tendões extensores comuns dos dedos. (A)
Dissecção da mão direita de um cadáver mostrando a junção
cruzando o extensor próprio do indicador (seta) ao se unir ao
tendão extensor comum dos dedos do dedo indicador. (B) As
junções do tipo 1 estão presentes entre os dedos indicador (i) e
longo (m) em 88% dos indivíduos e entre os tendões extensor
A
comum dos dedos (EDC) do dedo longo e do dedo anular em
28%. EIP - extensor indicis pro-
prius (Reproduzido com permissão de von Schroeder HP, Botte MJ, Gellman H: Anatomy of the juncturae
tendinum of the hand. J Hand Surg 15A:595–602, 1990.)

uma junção e a fáscia intertendinosa podem
levar à subluxação do tendão extensor comum
dos dedos sobre uma articulação
metacarpofalângica flexionada.30
As junções tendíneas são descritas como
variáveis.13,16,23,37,43leslie20relataram que as
junções tornaram-se progressivamente mais
espessas do radial para o lado ulnar da mão. Os
autores também caracterizaram essas descrições
definindo três tipos distintos de junturas tendíneas.
41As junturas do tipo 1 (Fig. 3) são finas e
filamentosas e são encontradas principalmente
entre os tendões extensores comuns dos dedos
para os dedos indicador e médio e entre os
tendões para os dedos médio e anular. As junções
do tipo 2 (Fig. 4) são mais espessas e bem definidas
e estão presentes entre os tendões extensores dos
dedos longo e anular e entre os tendões dos dedos
anelar e mínimo. As junturas do tipo 3 (Figs. 5, 6)
consistem em deslizamentos tendinosos entre os
tendões extensores dos dedos médio e anular e
entre os tendões dos dedos anelar e mínimo,
incluindo
o extensor do quinto dedo. Dois subtipos ou
junção do tipo 3 são identificados com base em
sua aparência. Um Tipo 3y (Fig. 5) representa
um tendão que se divide para se inserir em dois
dedos adjacentes. Um Tipo 3r (Fig. 6) é uma
conexão juntural mais transversal entre os
tendões. O tipo de junção no quarto espaço
intermetacarpiano depende da presença de um
tendão extensor comum dos dedos no dedo
mínimo. Os autores descobriram que a ausência
do tendão extensor comum dos dedos no dedo
mínimo estava associada a um duplo tendão
extensor comum dos dedos no dedo anular e
uma junção tipo 3 espessa que substituiu a
ausência do tendão extensor comum dos dedos
no dedo mínimo.40A multiplicidade do tendão
extensor comum dos dedos para o dedo anular
estava presente na maioria dos espécimes que
foram examinados e a porção ulnar do duplo
extensor comum dos dedos e a junção tipo 3
podem representar um remanescente do
desenvolvimento do tendão extensor comum
dos dedos de
Número 383
fevereiro de 2001 Extensores longos para os dedos e polegar 79

A
Fig. 4A–B.A junção tendínea Tipo 2
tem características morfológicas entre
os Tipos 1 e 3. (A) Dissecção da mão
direita de um cadáver mostrando a
junção entre os tendões extensor
comum dos dedos dos dedos longo e
anular. (B) As junções do tipo 2 estão
presentes entre os dedos longo (m) e
anelar (r) em 40% dos indivíduos e
entre os tendões extensor comum dos
dedos (EDC) do dedo anular e do dedo
mínimo em 28%. (Reimpresso com
permissão de von Schroeder HP, Botte
MJ, Gellman H: Anatomy of the
juncturae tendinum of the hand. J
B
Hand Surg 15A:595–602, 1990.)

o dedo mínimo. A presença de junções entre o
tendão do extensor do quinto dedo e os tendões
do extensor comum dos dedos adjacentes ao dedo
anular, dedo mínimo ou ambos16,23,31,40
deve ser considerado quando a transferência ou retirada
do tendão extensor do quinto dedo é usada.
A fáscia intertendínea não é definida como uma
conexão juntural porque se insere na bainha do
tendão e não nos tendões. Está presente entre
todos os tendões extensores comuns dos dedos do
quarto compartimento, incluindo o tendão
extensor próprio do indicador, independentemente
da presença de junturas tendíneas. A fáscia
intertendínea e a junção tendínea permitem que os
tendões extensores funcionem como uma unidade
em tal grau que
extensão independente dos dígitos é
prejudicada.4,25,39
Além disso, extensão independente do dedo
também é limitado por um ventre comum do
músculo extensor comum dos dedos,17e
restrições extracapsulares25incluindo a teia
entre os dedos.39O dedo anular é o dedo menos
independente e normalmente tem junturas
oblíquas originadas de seu tendão extensor
comum dos dedos que correm em uma direção
que inibe a extensão do dedo anular se os
tendões adjacentes forem flexionados. O dedo
indicador é o mais móvel por vários motivos.
Recebe dois tendões, incluindo o extensor
próprio do indicador que não tinha conexões
junturais na série dos autores.41Além disso, as
junções ao tendão extensor comum dos dedos
do dedo indicador podem estar ausentes ou,
quando presentes (Tipo 1), são finas e
geralmente transversais ou agudas ao tendão.
Conexões junturais ou tendíneas entre o tendão
extensor comum dos dedos do dedo indicador
 Ortopedia Clínica
80 Von Schroeder e Botte e Pesquisa Relacionada

Fig. 5A–B.Junctura tendinum tipo 3y é um deslizamento do tendão

1⁄
que representa 2de um tendão extensor comum dos dedos que se

separou. É mais comumente visto entre os tendões dos dedos

A pequenos e anulares. (A) Dissecção da mão direita de um cadáver
mostrando a junção entre os tendões extensores comuns dos
dedos. (B) As junções do tipo 3y estão presentes entre
entre os dedos longo (m) e anular (r) em 3% dos indivíduos e entre os tendões extensor comum dos
dedos (EDC) do dedo anular e do dedo mínimo em 20%. (Reimpresso com permissão de von
Schroeder HP, Botte MJ, Gellman H: Anatomy of the juncturae tendinum of the hand. J Hand Surg
15A:595–602, 1990.)

Fig. 6A–B.Junctura tendinum Tipo 3r é um deslizamento do

tendão que é mais oblíquo do que o Tipo 3y. É mais comumente
visto entre os tendões dos dedos pequenos e anulares. (A)
Dissecção da mão direita de um cadáver mostrando a junção
entre o tendão extensor comum dos dedos do dedo anular e a
aponeurose dorsal do dedo mínimo. Em tais situações, ele
funciona no lugar de um tendão extensor comum dos dedos
ausente no dedo mínimo. (B) As junções do tipo 3r estão
presentes entre os dedos longo e anular (r) em 30% dos
A indivíduos e entre os tendões extensor comum dos dedos (EDC)
do dedo anular e dos dedos pequenos.
ger em 60%. EDQ - extensor digiti quinti (Reimpresso com permissão de von Schroeder HP, Botte MJ,
Gellman H: Anatomy of the juncturae tendinum of the hand. J Hand Surg 15A:595–602, 1990.)
Número 383
fevereiro de 2001
e extensor longo do polegar foram descritos7,15,34e
também pode limitar a mobilidade digital.
Inserção dos Extensores Longos nos
Dedos
Os tendões extensores e os tendões dos interósseos e
lumbricais inserem-se separadamente em uma
expansão fibrosa complexa no dorso de cada dedo
denominada aponeurose dorsal. Os extensores longos
dos dedos se inserem principalmente nas bandas
sagitais da parte mais proximal da aponeurose dorsal.
As bandas formam um anel ao redor da base de cada
falange proximal através do qual os tendões
extensores longos estendem as articulações
metacarpofalângicas. A extensão mínima da
articulação interfalângica é observada com a tração
dos extensores longos a partir da posição de repouso.
39Os extensores longos podem estender as
articulações interfalângicas através da aponeurose
dorsal se as articulações metacarpofalângicas
permanecerem em posição flexionada. Os lumbricais e
os flexores longos dos dedos modulam a flexão das
articulações metacarpofalângicas. Os lumbricais e os
interósseos inserem-se na aponeurose dorsal e são
extensores primários das articulações interfalângicas.
As fibras multidirecionais da aponeurose fornecem
uma estrutura plexiforme complexa com regiões de
diferentes propriedades mecânicas10que foi
comparado com uma armadilha de dedo chinesa.9
Extensão do Polegar
A extensão do polegar difere significativamente
dos dedos. A aponeurose dorsal tem uma estrutura
mais simples. Os músculos tenares (abdutor curto
do polegar, flexor curto do polegar, oponente do
polegar e adutor do polegar) se inserem na
aponeurose dorsal e contribuem para a extensão
da articulação interfalângica do polegar. Os
principais extensores do polegar são os músculos
extensor curto do polegar e extensor longo do
polegar. O abdutor longo do polegar também tem
uma pequena contribuição para a extensão via
aponeurose dorsal.
O músculo extensor curto do polegar origina-se
do rádio e da membrana interóssea no dorso do
antebraço. Seu tendão é encontrado no primeiro
compartimento dorsal no pulso
Extensores longos para os dedos e polegar 81
com o(s) tendão(s) do abdutor longo do polegar. O
extensor curto do polegar se insere na porção
proximal do dorso da falange proximal do polegar.
Continua com a aponeurose dorsal do polegar
radial ao tendão extensor longo do polegar. O
extensor curto do polegar estende e abduz a
articulação carpometacarpiana do polegar, estende
a articulação metacarpofalângica e contribui para a
extensão interfalângica. Ao cruzar o pulso, auxilia
na abdução do mesmo. O extensor curto do
polegar é inervado pelo nervo interósseo posterior.
As variações incluem deslizamentos múltiplos do
tendão, fusão com o tendão abdutor longo do
polegar ou ausência total do músculo extensor
curto do polegar (5%).
O extensor longo do polegar origina-se do
dorso da membrana interóssea e da ulna. O
tendão está dentro do terceiro compartimento
dorsal no qual viaja ao redor do tubérculo de
Lister para mudar de direção. Ele se insere na
aponeurose dorsal do polegar e continua dentro
da aponeurose para se inserir na base do dorso
da falange distal. Funciona para estender a
articulação interfalângica, mas também a
articulação metacarpofalângica. Além disso,
roda o primeiro metacarpo lateralmente, aduz o
polegar e auxilia na extensão e supinação do
punho. É inervado pelo nervo interósseo
posterior.
O músculo abdutor longo do polegar
origina-se do rádio, membrana interóssea e
ulna no dorso do antebraço. Seu tendão
acompanha o extensor curto do polegar no
primeiro compartimento dorsal. Sua inserção
primária é no lado radial da base do primeiro
metacarpo. Existem vários deslizamentos
adicionais de inserção, incluindo o trapézio,
aponeurose dorsal, musculatura tenar
(particularmente abdutor curto do polegar) e
retináculo flexor. Ele abduz não apenas o
polegar, mas também o pulso. É inervado
pelo nervo interósseo posterior.
A complexidade e complexidade da função da mão
é refletida pela anatomia. Os músculos extensores têm
uma arquitetura relativamente consistente, mas
também apresentam variações anatômicas notáveis
de seus tendões, particularmente no lado ulnar da
mão. Os tendões extensores, junturas tendíneas

82 Von Schroeder e Botte
inum, fáscia intertendinosa e tecidos moles funcionam
como uma construção plexiforme para fornecer
estabilidade durante a preensão de força, mas
também permitem frouxidão na execução de tarefas
independentes dos dedos finos. A maior
independência do movimento do dedo indicador está
relacionada ao fato de que ele recebe dois tendões
extensores de dois músculos separados, um dos quais
(tendão extensor comum dos dedos) normalmente
tem uma junção tendínea transversa fina ao tendão
extensor comum dos dedos adjacente do dedo longo,
o outro (extensor indicis proprius) não tem conexão
conjuntural. Também é mais independente por causa
de um metatarso mais móvel e é confinado por
apenas uma teia. O elaborado plexo tendinoso no
dorso da mão é refletido em complexidade pela
aponeurose dorsal no dorso dos dedos. O movimento
dos dedos e do polegar é um equilíbrio dos flexores, e
extensores intrínsecos e extrínsecos para fornecer
uma incrível versatilidade de função que é
comprometida por traumas e doenças. A mão é a
parte do corpo mais frequentemente lesada, e o
conhecimento completo é extremamente importante
na avaliação, tratamento e reconstrução da mão,
incluindo transferências de tendões.
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