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O Método nas Ciências

Naturais e Sociais:
Pesquisa Quantitativa

Qualitativa
Alda Judith Alves-M azzotti
Fernando Gewandsznajder

2a Edição

THOtVtSON
_____ts___,-

Austrália Brasil Canadá Cingapura Espanha Estados Unidos México Reino Unido
THOTVtSON
----+ts---

Editoração Eletrônicar
Segmento & Co. Produções Gráficas Ltda.

CaPa:
Sumárío
Marco Vogt

Revisão:
LRM - Assessoria Editorial

Apresentação

o
o coPYRtGHT 1999,1998 de Todos os direitos reservados. Dados lnternacionais de
CAPÍTULO 1. - UT
Pioneira Thomson Learning Nenhuma parte deste livro Catalogação na Publicação (ClP)
Ltda., uma divisão da Thomson poderá ser reproduzida, (Câmara Brasileira do 1. A atividadr
Learning, lnc, Thomson sejam quais Íorem os meios Livro,5P, Brasil) - 2. As hipótes
LearningrM é uma marca empregados, sem a permissão, Alves-Mazzotti, Alda Judith 3. Os testes d
registrada aqui utilizada sob por escrito, da Editora. O método nas ciências naturais
lice nça. Aos inf ratores aplicam-se as e sociais: pesquisa quantitativa 4. Leis cientíÍ
sanções previstas nos artigos e qualitativa 5. Teorias cier
102,104,106 e 107 da Lei Alda Judith Alves-Mazzotti,
lmpresso no Brasil. de 19 de fevereiro Fernando Gewandsznajder.
Printed in Brazrl.
ne 9.610,
de '1998. 5ão Paulo: Pioneira Thomson
CdPÍTULO 2 _ Ci
2345 060504 Learning,2004. 1. O positivis
4. reimpr. da 2. ed. de 1999, 1.1 Crítica
Rua Traipu, 1 14 - 3q andar tsBN B5-221-0i33-7 2. As idéias d
Perdizes - CEP 01235-000 1. Ciência - Metodologia
5ão Paulo - SP 2, Ciências naturais - 2.1 O mét«
Tel.: (11) 3665-9900 Metodologia 3. Ciências sociais 2.2 A imp<
Fax: (l l) 3665-9901 - Metodologia 4. Pesquisa - 2.3 Verdai
sac@thomsonlearning.com.br Metodologia L
www.thomsonlearning.com.br Gewandsznajder, Fernando 2.4 Crítica
ll. Título. 3. A filosofia
01-0079 cDD-001.42 3.L O conc
índices para catálogo
sistemático: 3.2 A ciên<
1. Ciência: Metodologia 00 1.42 3.3 'Crise e
2. Metodo científ ico 001.42 3.4 A tese
3. Pesquisa: Metodologia 001.42
3.5 A avali
3.6 Conclu
^1. Lakatos, Fe
4.1 As idéi
4.2 As idéi
4.3 A socic
\D5Z\AJDER

rentos especialmente
ruturadas, roteiros ou
ocesso de elaboração
rram os itens, como foi

CAPÍTULO 8
r f eitas simultânea e

s? No caso de serem
a confirmá-la ou refutá-
Reuísão do Bibliografia
jos apresentados (falas,
enham sido utilizados)?
o teórico adotado? São
ema?

:onstruir uma "teoria Dois aspectos são tradicionalmente associaclos à revisão cla bibliografia
r aoresenta Prof undidade pertinente a tlm problema de pesquisa: (a) a. análise cle pesquisas anteiiores
sobre o mesmo tema e/ou sobre temas correlatos e (b) a disãussão do referencial
r:as nos resultados e teórico. Quanclo se trata de pesquisas qualitàtivas, porém, o uso, tanto da
c:nplementares e/ou a
literatura teórica, quanto da referente a pãsquisur, ,ror.^iu bastante clepenclendo
doparacligma que orienta o pesquisador. como vimos no Capítul 7, ospesqui-
9
ls são aPresentadas com sadores teórico-críticos e os pós-positivistas, que são teoricamente orientados,
usam a literatura para discutir conceitos e justificar categorias cie análise,
enquanto os construtivistas sociais, que trabalham no "contexto da clescoberta,,,
buscam formular inciutivamente suas teorias com base na análise clos dados.
Variações semelhantes podem ser observadas no uso da literatura de pesquisas.
Enquanto teórico-críticos e pós-positivistas recorrem mais a essa Iiteràturã para
focalizar e contextualizar oproblema, discutinclo-a na Introdução, os constiuti-
vistas em geral só a utilizam em estágios posteriores para comparacão com os
resultados obtidos na análise de seus própiios dados. Ássim, alguns áo, .o1n".,-
tários e sugestões apresentados neste capítulo dificilment" s"rão aceitos pelos
construtivistas mais radicais.
E importante esclarecer também que toda pesquisa supõe dois tipos cle
revisão cle literatura: (a) aquela que o pesquisadãr necessita para seu p'rôprio
consumo, isto é, para ter clareza sobre as principais questões teórico-metodoló-
gicas pertinentes ao tema escolhido, e (b) aquelà queiai, efetivamente, integrar
o relatório clo estudo.
Consiclerando as dificuldades enfrentaclas por pesquisadores iniciantes,
tanto para "atÍnaÍ" o seu problema como para selecionur e.lis..rtir o referencial
teórico, procllramos sugerir procedimentos que possam contribuir para
superar
essas dificuldades. Dado o fato de que a revisáo da bibliografia ãeve
o
"rtu,
178 ALDA JUDITH ALVES.MAZZOTTI & FERNANDO GEWANDSZNAJDER

Caso o pesquisador tenha utilizado instrumentos especialmente


construídos para o estudo (entrevistas semi-estruturadas, roteiros ou
escalas de observação, questionários, etc), o processo de elaboração
desses instrumentos é descrito (de onde se originaram os itens, como foi
validado etc.)?
18. A unidade de análise é explicitada?
19. A análise ea coleta dos dados foram sendo Íeitas simultânea
CAPÍTUL(
e
interativamente, uma realimentando a outra?
Os resultados respondem às questões propostas? No caso de serem
20.
usadas hipóteses, as evidências apresentadas para confirmá-la ou reÍutá-
Reuisã<
la são suficientes?
21. As interpretações e conclusões se apóiam nos dados apresentados (falas,
documentos, dados de observação e outros que tenham sido utilizados)?
22. As interpretações e conclusões utilizam o quadro teórico adotado? São
comparadas a outras pesquisas sobre o mesmo tema?
23. Caso o pesquisador tenha optado por construir uma "teoria
fundamentada" com base nos dados obtidos, esta apresenta profundidade Dois aspec
interp retativa? pertinente a urr
sobre o mesmo t
24. São f eitas recomendações pertinentes, baseadas nos resultados e
conclusões da pesquisa, relativas a estudos complementares e/ou a
teórico. Quandc
mudanças em práticas correntes? literatura teórice
do paracligma ql
25. Considerando o relatório como um todo, as idéias são apresentadas com sadores teórico-<
clareza e orqanizacão?
Llsam a literatu;
enquanto os coni
buscam formula
Variações semelt
Enquanto teóricc
focalizar e conte>
vistas em geral s
resultados obtidc
tários e sugestõe
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revisão de literat
consumo, isto é, 1
gicas pertinentes
o relatório clo estr
Consideranc
tanto para "armal
teórico,procLlram
essas dificuldade
L80 ALDA JUDITH ALYES-MAZZOTTI & FERNANDO GEWANDSZNAJDER

serviço do problema de pesquisa, é impossível, além de indesejável, oferecer começar pelos a


moclelos a serem serem seguidos. Por essa razáo, procuramos oferecer apenas
citados nas resp(
orientações gerais. Mas, se não se pode especificar como deve ser uma revisão
da literatura, é possível mostrar o que deve ser evitado. E o que procuramos
A leitura i
complementada
Íazer ao apresentar, ao final deste trabalho os tipos c1e equívocos mais freqüen-
tes no que se refere a revisões cla bibliografia. Esses tipos são apresentados posteriormente,
trsando o reclrrso da caricatuÍa, paÍa tornar mais visíveis certos traços e ameni- não tenham sido
zar a aridez clo tema. cia (como os Abs
extrema utilidad
te, um grande n
1. Contextualização do problema trni'.rersidades e
computador, atr
A produção do conhecimento não é um empreenclimento isolado. É uma O exame d
construção coletiva da comuniclacle científica, um processo continuado de bus- pesquisador, dar
ca/ no qual cada nova investigação se insere, complementando ou contestando aquelas pesquis;
contribuições anteriormente dadas ao estudo clo tema. A formulação de um Mas, uma vez i
problema de pesquisa relevante exige, portanto, que o pesquisador se situe examinar os pró
nesse processo/ analisando criticamente o estado atual clo conhecimento em sua em comentários
área de interesse, comparanclo e contrastando abordagens teórico-metodológi- No caso da
cas utilizadas e avaliando o peso e a confiabilidade de resultados de pesquisa, clificultada pelo
de modo a identificar pontos de consenso, bem como controvérsias, regiões de cle aborclagens
sombra e lacunas que merecem ser esclareciclas. conflitantes entr
Essa análise ajuda o pesquisaclor a definir melhor seu objeto de estuclo e a utilização de cli
selecionar teorias, procedimentos e instrumentos oll, ao contrário, a evitá-los, Sempre que for
quanclo estes tenham se mostrado pouco eficientes na busca clo conhecimento
aciequação do ir
pretendido. Além disso, a familiarização com a literatura já produzida evita o
Tal proceclimenl
dissabor de descobrir mais tarde (às vezes, tarde demais) qr"re a roda já tinha
significância de
sido inventada. Por essas razões, uma primeira revisão da literatura, extensiva,
ainda que sem o aprofundamento que se fará necessário ao longo da pesquisa, Mas, se um
deve antececler a elaboração do projeto. Durante essa fase, o pesquisador, a abordagem cle
auxiliado por suas leituras, vai progressivamente conseguindo definir de modo acompanhá-lo n
mais preciso o objetivo de seu estudo, o qlle, por sua vez, vai lhe permitindo parte clo pesqui
selecionar melhor a literatura realmente relerrante para o encaminhamento da questões rele\.aI
questão, em tlrr processo graclual e recÍproco de focalização. ção do problem
Esse trabalho inicial é facilitaclo quando existem publicações com revisões organicidacie à
atualizadas sobre o tema cle interesse do pesquisaclor. Embora a elaboração Em torno c1e cac
períociica ctos chamaclos "estados da arte" seja nma prática comum nos países que defenclem;
desenvoividos, estes raramente são traduziclos para o português e, mais clificil- posição apreser
mente aincla, são encontractas revisões de estudos fcitos no Brasil. De qualquer outras palavras,
forma, sempre que houver rerrisões recentes é conveniente começar por elas e, vidualmente, p;
a partir destas, identificar estudos qlle, por seu impacto na área, e/ou maior cluais se justifice
proximidade com o problema a ser estudado, devam ser objeto de análise mais na construção c1
aprofundada. Caso não haja revisões clisponíveis sobre o tema, é recomendável
a esse Processo,
SZ\",UDER o uÉrono isas crÊrucrRs NATURATS E socrArs 1S1

ndesejável, oferecer começar pelos artigos mais recentes e, a partir destes, ir identificando ou=cs
nos oferecer apenas citados nas respectivas bibliografias.
eve ser uma revisão
A leitura dessas revisões, entretanto, não é suficiente. Ela precisa ser
I o que procuramos complementada, buscando-se outros estudos que, por terem sido publicados
vocos mais freqüen-
posteriormente, ou por não atenderem aos critérios adotados nas revisões, nelas
rs são apresentados
não tenham sido incluídos. Nesse processo de "garimpagem" , obras de referên-
:rtos traços e ameni-
cia (como os Abstracts e os catálogos de teses), bibliografias selecionadas, são de
extrema utilidade na identificação e seleção de estudos para revisão. Atualmen-
te, um grande nírmero de redes de informação, bases de daclos, bibliotecas de
universidades e de centros pesquisa do mundo inteiro poclem ser acessados por
computador, atrarrés cla Internet
ento isolado. É uma O exame dos "estados da arte" ser\re fundamentalmente para situar o
r continttado de bus- pesquisador, dando-lhe unlparlorama geral da área e lhe permitindo identificar
Lndo ou contestando aquelas pesquisas que parecem mais relevantes para a questão de seu interesse.
r. formulação de um Mas, uma vez identificadas estas pesquisas, ele deve, sempre que possível,
:esquisador se situe examinar os próprios artigos, isto é, cleve se basear em fontes primárias e não
onhecimento em sua em comentários ott citações cle terceiros.
:eórico-metodológi- No caso clas ciências sociais, a comparaÇão entre resultados de pesquisas é
u-tados de pesquisa, dificultada pelo caráter fragmentário dessa produção e pela grande variedade
:.rr,'érsias, regiões de cle abordagens teóricas e metodológicas adotadas. Muitas vezes, resultactos
conflitantes entre pesquisas que focalizam um mesmo tópico são clevidos a
L objeto de estudo e a utilização de cliferentes procedimentos, unidades de análise ou popr-rlações.
:onirário, a evitá-los, Sempre que for este o caso/ as cliferenças devem ser avaliadas em termos de
;ca do conhecimento adequação do instrumental teórico e metodológico utilizado em cada estudo.
'á produzida evita o Tal procedimento freqüentemente perrnite relativizar, ou até mesmo anular, a
rue a roda já tinha
significância de certas incongruências entre resultaclos de pesquisa,
--teratura, extensiva,
Mas, se uma certa quanticlade de leitura é necessária ao investigador para
o lonso da pesquisa,
a abordagem de um tema, isto não qr,rer dizer que o leitor da pesquisa tenha que
:ase, o pesquisador,
:.lo clefinir de moclo acompanhá-lo nesta longa e penosa caminhada. Avisão abrangente cla área por
r, ,,-ar the permitindo parte do pesquisador deve servir justamente para capacitá-io a identificar as
questões relevantes e a selecionar os estudos mais significatirros para a constru-
=:.caminhamento da
í:--'. ção do problema a ser investigado. A iclentificação clas qr-restões relevantes c1á
;:açôes com revisões organicidacle à revisão, evitanclo a descrição monótona de estudo por estudo.
::i.bora a elaboração Em torno cle cada questão são apontadas áreas de consenso, inclicando autores
::. comum nos países que clefendem a refericla posição ou estudos que fornecem evidências da pro-
r-.rlr-rês e, mais dificil- posição apresentacla. O mesmo deve ser feito para áreas de controvérsia. Em
: Brasil. De qualquer outras palavras, não tem sentido apresentar vários autores ou pesquisas, incli-
e começar por elas e, vidualmente, para sustentar Lrm mesmo ponto. Análises cle trabalhos inclivi-
:.:. área, e/ou maior cluais se justificam apenas quando a pesquisa ou reflexão, por seu papel seminal
r::eto de análise mais na construção do conhecimento sobre o tema, ou por sua contribuição original
e::-a, é recomendável a esse processo, merecem clestaque.
L82 ALDA JUDITH A]t'VES-]|'IAZZOTTi & FERNANDO GEWANDSZNAJDER

Em resumo, é a familiaridade com o estaclo do conhecimento na área que No que


torna o pesquisador capaz de problematizar o tema e de indicar a contribuição Írenta uma
que seu estudo pretende lrazer a expansão do conhecimento. Mas apenas os 1984, entre or
aspectos básicos para a comPreensão da "lôgica adotada para a construção do consistente er
objeto" (Warde, 1990, p.74) devem aparecel, de forma clara e sistematizada, na tureza e espec
Inírodução clo relatório, como vimos no Capítul o 7 . É também a familiaridade do e teorias pt
com a literatura produzida na área que permitirá ao pesquisador selecionar tos gerados e
actequadamente os estudos a serem utilizados, para efeito cle comparação, na História e, mi
discussão dos resultados por ele obticlos. mente um prr
pode resultar
que não se asl
2. Análise do referencial teórico outra), perden
outro lado, qu
em uma aborc
A exigência de um referencial teórico nos trabalhos de pesquisa, fre-
enriquecedor.
qüentemente um fator de ansiedade para os alunos de mestrado e doutorado,
diversas, poré
Àe."ce algumas considerações iniciais. A primeira diz respt:ito à ausência de
para interpreti
consenso quanto à abrangência do próprio conceito de teoria. As definições
de que as teor
de teoria encontradas na literatura variam desde aquelas que, adotando o apresentam, e
modelo, das ciências naturais, implicam um gratl de formalizaçáo até hoje esperaclas.
inexistente no campo das ciências sociais, até as que incluem os níveis mais Além dis
rudimentares de organização clos dados. Procuranclo dar conta dessa diversi- Latina faz con
dade, Snow (1973) aponta diferentes níveis de teorização que, partindo do nível teóricos geradr
mais rigoroso (que ele chama c1e "teoria axiomática"), inclui níveis de elabora- e na França (Te
ção bem mais modestos, como constructos, hipóteses, taxonomias/ ou até
meS- a situações en«
mo metáforas. preensão dos p
Nesse sentido, podem ser admitidos como pertencendo ao camPo teórico posição xenófc
cliversos tipos de esforços para ir além da pura descrição, atribuindo significaclo construída alé:
aos clados observados. O nível de teorização possível em um dado estudo vai conhecimento r

clepender do conhecimento acumulado sobre o problema focalizado, da capa- cionista leva à


cidade do pesquisador para avaliar a adequação das teorizações disponíveis "antropofágica
aos fenômenos por ele observados ott, no caso de este ter optado por tlma zado, para que
"teoria ftinclamentada", cle sua capacidade de construção teórica. não exclui um
Esse esforço de elaboração teórica é essencial, pois o quadro referencial
teorias.
E rmporta
clarifica a 1ógica de construção do objeto da pesquisa, orienta a definição de
questionam a a
categorias e constructos relerzantes e dá suporte às relações antecipadas nas
proposta por C
hipóteses, além de constituir o principal instrumento para a interpretação dos
dados. Esses al
resuitaclos cla pesquisa. A pobreza interpretativa cle muitos estudos, várias
escolha de um
vezes apontada em avaliações cla proclução científica na área das ciências pesquisador, le
sociais e da eclucação (Gatti, 1987; \'Varcle, 1990, Zirnan, \994, por exemplo), outros, muitas r
deve-se essencialmente à ausência cle nm quaclro teórico criteriosamente sele- se encaixam hi
cionado ou elaborado. fenômenos soci
_-s7\AJDER
o vÉrooo Nas crÊwcns NATURAIS E socIAIS 183

Êcimento na área que


No que se refere especificamente à educação, a elaboração teórica en-
:.Cicar a contribuição frenta uma dificuldacie adicional. Vários autores (Goergen, L986; Tedesco,
'.ento. Mas apenas os 1.984, entre outros) assinalam que a ausência de um corpo teórico próprio e
!i-.râ â construção do consistente está diretamente vinculada às dificuldades de definição da na-
:a e sistematizada, na tureza e especificidade da própria educação. Sem um campo claramente defini-
:-:Êm a familiaridacle do e teorias próprias, a pesquisa educacional é levada a recorrer a conhecimen-
=squisador selecionar tos gerados em outras áreas - como a Psicologia, a Sociologia, a Filosofia, a
i.. cle comparação, na História e, mais recentemente, a Antropologia. Isto não constitui necessaria-
mente um problema: essa "tradução" de teorias para o campo da educação
pode resultar em abordagens originais e de grande potencial heurístico, desde
que não se assuma uma posição reducionista (psicologizante, socializante, ou
outra), perclendo de vista a natureza mais ampla do fenômeno educacional; por
outro lado, quanclo se recorre a não apenas uma dessas ciências, mas a várias,
'..-.s de pesquisa, fre- em uma abordagem inter ou transclisciplinar, o resultado tende a ser altamente
irad o e doutorado,
'-=-. enriquecedor. A utilização de conceitos ou constructos pertencentes a teorias
diversas, porém, requer cautela. Ao se valer de mais de uma vertente teórica
=s:eiio à ausência de para interpretar seus resultados, é necessário que o pesquisaclor esteja seguro
=
::l:ia. As definições
de que as teorias utilizadas (das quais muitas vezes tomou apenas parte), não
:-:s que, adotanclo o apresentam, entre si, contradições no qlle se refere a pressupostos e relações
',-:::-Laiização até hoje esperadas.
.:-;em os nÍveis mais Além disso, .a situação de dependência cultural dos países da América
r iJrliâ dessa diversi- Latina faz com que muitos pesquisadores adotem, de modo acrÍtico, modelos
:_:e, partindo do nível teóricos gerados nos países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos
:-:r ru-eis de elabora- e na França (Tedesco, 1984). Tais teorias, por terem sido elaboradas em resposta
rt:iJmias, ou até mes- a situações encontradas em outros paÍses, nem sempre são adequadas à com-
preensão dos problemas latino-americanos. Não se trata aqui cle defender uma
:.j,: ao campo teórico posição xenófoba, de rejeição n priori de toda e qualquer teoria que tenha sido
:.::-i: uinCo significado construída além das nossas fronteiras, até porque sabemos que o avanço do
- '--::'- laclo cstuclo vaí conhecimento se dá pelo debate em nírrel internacional, e que a atitude segrega-
-. ::-:[zado, cla capa- cionista leva à estagnação oll ao retrocesso. Defendemos, sim, uma posição
::- -:cões clisponíveis "antropofágica" - que implica um conhecimento profundo do contexto focali-
zado, para que se possa avaliar se uma dada teoria é ou não adequada - o que
' :=: ol.iado PoÍ tlma não exclui um esforço maior no sentido de procurarmos gerar nossas próprias
, :: -':-:Ji.
i - :'-l:Cro referencial teorias.
É importante lembrar, ainda, que, autores ligados ao construtivismo social
l:-=:-:.1 a definição cle
:::=; :.ntecipadas nas questionam a adesão de qualquer esquema teórico a priori, defendendo a idéia
proposta por Glaser e Strauss (1967) de que este deverá emergir da análise dos
::. :- :nterpretação clos
'.- -:.r: cstttdos, várias dados. Esses autores argumentam, como foi mencionado anteriormente, que a
escolha de um qttadro teórico n priori focaliza prematuramente a visão do
:-1 ..rea das ciências
pesquisador, levando-o a enÍatizar determinados aspectos e a desconsiderar
. ^-:'t+, por exemplo), outros, muitas vezes igualmente relevantes no contexto estudado, mas que não
: -:-:e::osamente sele- se encaixam na teoria adotada. Para eles, dada a natureza idiográfica dos
fenômenos sociais, nenhuma teoria selecionada npriori é capaz de dar conta das
184 ALDA JUDITH ALVES-MAZZOT'I & FERNANDO GEWANDSZNAJDER

especificidactes de um dado contexto (Guba & Lincoln, 1989). Com relação a estudo vers
esta posição, cabe esclarecer que a construção teórica não é tarefa simples, clássica, e a
exigindo profundo conhecimento do camPo conceitual pertinente, além de Patchwork
grande capacidade de raciocínio formal. De qualquer modo, quer o pesquisador Este ti
se valha de teorias elaboraclas por outros autores, quer construa sua própria
tos, pesquis
com basei nas observações feitas, utilizando-se ou não de teorias preexistentes,
guiar a carr
a teorização deve estar sempre presente no relatório final.
des de Aria
Finalmente, quanto à forma de apresentação do quaclro teórico na tese ou
dissertação, não há consenso: alguns pesquisadores (sobretudo os ligados ao gue vislurr
pós-positivismo) preferem uma apresentação sistematizada em um capítulo à revisto: os t
parte, enquanto outros consideram isto desnecessário, inserindo a discussão ção compa:
teórica ao longo da análise dos dados (posição adotada pelos construtivistas encontra tã
sociais). Esta última alternativa, embora exija maior competêncià, tende a tornar
o relatório mais elegante. Em qualquer circunstância,porém, a literatura revista
Suspense
deve formar com os dados um todo integrado: o referencial teórico servindo à No tiP
interpretação e as pesquisas anteriores orientando a construção do objeto e a existênci
fornecendo parâmetros para comparação com os resultados e conclusões do pontos da
estudo em questão. aonde o at
A seguir, serão brevemente descritos alguns tipos de revisão de literatura estudo. Er
freqüentemente encontrados em relatórios acadêmicos. A caricatura, como foi páginas fir
mencionado, é rstilízada como recurso didático, não apenas Para facilitar o não consel
reconhecimento dos tipos focalízados, como para induzir a rejeição a esses chamar de
modelos. Os tipos descritos não pretendem ser exaustivos nem tampouco são numa clire
mutuamente exclusivos. Muitos outros poderiam ser acrescentados, e inúmeras
combinações entre eles podem ser encontradas. Rococó
Segr'rr
termo rocc
3. Tipos de revisão a serem evitados de Luís X'
pela proft
Stnwnn quintada,
Pesquisadores inexperientes freqüentemente sucumbem ao fascínio repre- a definiçã
sentado pela idéia (ilusória) de "esgotar o assunto". De origem medieval, a conceituar
suntnn é aquele tipo de revisão em qlle o autor considera necessário apresentar constituer
um resumo de tocla a produção científica da cultura ocidental (em anos recentes dados irre
passando a incluir também cor-rtribuições de culturas orientais) sobre o tema, e
suas ramificações e relações corn campos limítrofes. Por essa razáo, poderia ser
também chamado "Do universo e outros assuntos".
1.E
conhecimen
Arqueológico seminais. Er
Imbuído da mesma preocupação exaustiva que caracteriza o tipo anterior, 2. Ist
distingue-se deste pela ênfase na visão cliacrônica. Assim, Por exemPlo, em que teoriza,
estudos sobre educação no Brasil, a revisão começa invariavelmente pelos ao estudo dr
jesuítas, mesmo que o problema diga respeito à informática educativa; se o ao principi<
\DSZNAJDER o vÉrooo Nes clÊNcms NATURATs E socrArs 18s

1989), Com relação a estudo versar sobre educação física, considera-se imperioso recuar à Grécia
não é tarefa simples, clássica, e assim por diante.l
1 pertinente, além de
Patchtpork
io. quer o pesquisador
Este tipo de revisão se caracteriza por apresentar uma colagem de concei-
construa sua própria
l teorias preexistentes, tos, pesquisas e afirmações de diversos autores, sem um fio conáutor capaz
de
i. guiar a caminhada do leitor através daquele labirinto. (Adenominação,,§auda_
rilo teórico na tese ou des de Ariadne" talvez Íosse mais apropriada.) Nesses trabalhos, rrào ,u
conse_
bretudo os ligados ao gue vislumbrar um mínimo de planejamento ou sistematização do rnaterial
aCa em um capítulo à revisto: os estudos e pesquisas são meramente arrolados sem qualquer elabora-
::l-:erinclo a discussão ção comparativa ou crítica, o qLle freqüentemente indica que o próprio autor se
i :elos construtivistas encontra tão perdido quanto seu leitor.
^eiência, tende a tornar
é:r. a literatura revista Suspense
cal teórico servindo à No tipo suspense, ao contrário do que ocorre no tipo anterior, pode-se notar
::-.:rução do objeto e a existência cle um roteiro. Entretanto, como nos cláisicos do g^ê.,"ro, alguns
:=trfs e conclusões do pontos da trama Permanecem obscuros até o final. A dificuldãde aí é úber
aonde o autor quer chegar, qual a ligação dos fatos expostos com o tema clo
ie :er-isão de literatura estudo. Em alguns casos, para alívio do leitor, o miátério se esclarece nas
-1 :aricatura, como foi páginas finais. Em outros, porém, como nos maus romances policiais, o autor
:.:ias para facilitar o não consegue convencer. E em outros, ainda, nllma variante que poderíamos
-r-:arejeiçãoaesses chamar de "cortina de fumaça", tuclo leva a crer que o estudó se encaminha
'--: :-em tampouco são
numa direção e, de repente, se descobre que o foco é or_rtro.
e inúmeras
=:=:-:ados,
Rococó
segnndo o "Aurélio" (Noao Dicionorio dn Língtn portugttesn,l." edição), o
termo rococó designa o "estilo ornamental surgido na Franca cl:rante o reinado
de Ltrís xV (1710-7774), e caracterizaclo pelo à*."rso cle cun,as caprichosas e
pela profusão cle elementos decorativos (...) que buscavam uma elegância re-
quintada, uma graça não raro superficial" (p.1253).Impossír,el não iáentificar
::=::- :.f iaSCinIO retr:=- a definição do mestre Aurélio com certos trabalhos acadêmicos nos quais
E ::--:e:n medieva- = conceituações teóricas rebuscaclas (ou tratamentos metodológicos sofisticàos)
: - :-::: i -:.r :nro:a__:-
constituem os "elementos decolativos" que tentam atribuir olg.,.r,u elegância a
: n ,1: rr,_ êÉ -::
dados irrelevantes.2
L::-:--. so':re o ter:.: =

. 1- É certo que, muitas vezes, torna-sc necessário um breve histórico cla eyolução do
conhecimento sobre um tema para apontar tenclências e/ou clistorções,
marcos teóricos e estucos
seminais._Estes casos, porém, não se incluem no tipo arqueológico.
2' Isto não quer ciizer que se deva porso. por cima cielomplexidacles teó::::s
que teorizações complexas não conferem consistêniia a ciaclos,rp"ifi.i.i, = =-=
e,o-: -:.::=,-_:: ,
aoestudodoobjeto.Alémdisso,cabelembrarqueorigorteóricomer,oclol,:.:---::_-.:
_,.-.. - -
ao principio da parcimônia.
186 ALDA IUDITH ALYES-MAZZOTfl & FERNANDO GEWANDSZNAJDER

Caderno B geralmente é
Texto leve que procura tratar, mesmo os assuntos mais complexos, de sido observad
modo ligeiro, sem aprofundamentos cansativos. Apreclileção por fontes secun- impede o leito
dárias, de preferênciahandbooks, onde o material já se encontra mais digerido, é ainda, em que
uma constante, e a Coleção Primeiros Passos, um auxiliar precioso. mencionados
Coquetel teórico Ventríloquo
Diz-se daquele estudo que, para dar conta da indisciplina dos dados, apela É o tipo
para todos os autores disponíveis. Nestes casos, Durkheim,Weber, Freud, Marx, citando-os lite
Bachelard, Althusser, Gramsci, Heidegger, Habermas, e muitos outros, podem revisão torna-l
unir forças na tentativa de explicar pontos obscuros. elas, sem análi
é facilmente r
Apêndice inútil
como "Para F
Este é o tipo em que o pesquisador, após apresentar sua revisão de litera-
observa", "Sic.
tura, organizadaem um ou mais capítulos à parte, aparentemente exaurido pelo
esforço, recusa-se a voltar ao assunto. Nenhuma das pesquisas, conceituações
ou relações teóricas analisadas é utilizada na interpretação dos dados ou em
qualquer outra parte clo estudo. O fenômeno pocle ocorrer com a revisão como 4. Considr
um todo ou se restringir a apenas nm de seus capítulos. Neste último caso, o
mais freqüentemente acometido desse mal é o que se refere ao "Contexto AimportÍ
FIistórico". cle produção d
lista e burocrá
Monástico de pesquisa e <

Aqui parte-se do princípio cle que o estilo dos trabalhos acadêmicos deve capazes de cor
ser necessariamente pobre, mortificante, concluzindo assim o leitor ao cultivo para a mudan,
das virtudes da disciplina e da tolerância. Os estudos desse tipo nunca têm problemas soc
menos de 300 páginas. Acreditan
Cronista social da bibliografia
Trata-se daquela revisão em que o autor dá sempre um "jeitinho" de citar mente obsessir
quem está na moda, aqui ou no exterior. Esse tipo de revisão de literatura é o
principal responsável pelo surgimento dos "autores curinga", Qtte se tornam
referência obrigatória, seja qual for o tema estudado. 3. Citações
de outro contexto
Colonizado X xenófobo de, através dessa
Optamos aqui por apresentar esses dois tipos em conjunto, pois um é respeitar a "ecolo
exatamente o reverso do outro, ambos igualmente inadequados. O colonizado a afirmação se ref
é aquele que se baseia exclusivamente em autores estrangeiros, ignorando a (a) quando o autc
produção científica nacional sobre o tema. O xenófobo, ao contrário, não aclmite tentativa dc para:
é, além de relevar
citar literatura estrangeira, mesmo cluando a produção nacional sobre o tema é
pressá-la nas pala
insr-rficiente. Para não fugir aos seus princÍpios, o xenófobo prefere citar autores traído o pensame
nacionais que repetêm o qrle foi dito anteriormente por algum alienígena. considerár,el imp;
mulações, ou a in
Off the records totalidacle de sua
Este termo, tomado do vocabulário jornalístico, refere-se àqueles casos er. rfirmações (o conc
que o autor garante o anonimato às suas fontes. Nas rerzisões cle literatura isi-- desse tipo de ami
-AJDER

geralmente é feito através da utilização de expressões como "sa'r+-se ::::-


leis complexos, de sido observado", "muitos autores", "vários estudos" e outras simi-iares. c :::
io por fontes secun- impede o leitor de avaliar a consistência das afirmações apresentadas. Há ca-ics.
tra mais digerido, é ainda, em que trechos inteiros de outros autores são copiaclos, sem estes seja,m
recioso. mencionados no texto, negando o crédito a quem o merece.
Ventríloquo
na dos daclos, apela É o tipo de revisão na qual o autor só fala pela boca clos outros, quer
\-eber, Freud, Marx, citando-os literalmente, quer parafraseando suas idéias. Em ambos os casos, a
Litos outros, podem revisão torna-se uma sucessão monótona de afirmações sem comParações entre
elas, sem análises críticas, tomaclas cle posição ou reslrmos conclusivos. O estilo
é facilmente reconhecível: os parágrafos se suceclem alternando expressões
como "Para Ftllano", "segundo Beltrano", com "Frúano afirma", "Beltrano
ra revisão de litera-
observa", "sicrano pontua", até esgotar o estoque de verbos.3
rente exaurido pelo
Lisas, conceituações
r dos dados ou em
:c:n a revisão como 4. Considerações finais
,esle último caso/ o
i-'ere ao "Contexto Aimportância atribuída à revisão crítica de teorias e pesquisas no Processo
de produçao c1e novos conhecimentos não é apenas mais uma exigência forma-
hstã e burocrática da academia. É um aspecto essencial à construção do objeto
de pesquisa e como tal cleve ser trataclo, se qttisermos procluzir conhecimentos
:-: acadêmicos deve capazes de contribuir para o desenvolvimento teórico-metoclológico na área e
'. oleitor ao cultivo po.o a muclança c1e práticas que já se eviclenciaram inaclequadas ao trato dos
i-.e tipo nunca têm problemas sociais.
Acrediiamos, entretanto, que o que aqui Íoi clito com referência à revisão
da bibliografia pocte ter parecido a alguns, excessivo, oll mesmo fruto de uma
'-";eitinho" de citar mente obsessiva. Esclareçamos: supõe-se que uma Pessoa/ ao se ProPor a PeS-
ãc de literatura é o
ia". que se tornam
3. Citações literais devem ser usadas com cautela Llma vez que/ Por serem extraídas
de outro contexto conceitual, raramente se adequam perfeitamente ao fluxo da exposição, além
de, através dessa extração, correr-se o risco de desvirtuar o pensamento do autor. E imperioso
t:'.'unto, pois um é respeitar a "ecologia conceitual", indicando a que tipo de situação, preocupações e condições
a:os. O colonizado a aiirmação se refere. Consideramos que citações literais se justificam em três situações básicas:
:eilos, ignorando a (a) quando o autor citado foi tão feliz e acnrado em sua formulação da questão que qualquer
:.:lário, não admite tentativa cle parafraseá-la seria empobrecedora; (b) quanclo sua posição em relação ao tema
c:lal sobre o tema é é, além de reievante, tão idiossincrática, tão original, que o pesquisador julga conveniente ex-
pressá-la nas palavras do próprio autor, para afastar a dúvida de que a paráfrase pudesse ter
::efere citar autores . iraído o pensamento do autor; e (c) quando, no que se refere a autores cujas idéias tiveram
;::-l alienígena. considerável impacto em uma dada área, sc quer demonstrar que a ambigüidade de suas for-
mulações, on a inconsistência entre clefinições dos mesmos conceitos, quando se considera a
totalidacle cle sua obia, foram responsár,eis pela diversiclade de interpretações cladas a essas
;e àqueles casos em afirmações (o conceito de narcisismo em Freucl e o conceito de paradigma em Kuhn são exemplos
e-. de literatura isto desse tipo de ambigüidade).
188 ALDA JUDITH ALVES-MAZZOTTI & FERNANDO CEWANDSZNAJDER

quisar um tema, não seja leiga no assunto. Conseqüentemente, o que se exige é


apenas um esforço de atualização e integração desses conhecimentos. Além
disso, no que se refere a alunos de graduação e pós-graduação, é necessário
assinalar que o papel do orientador é fundamental. Ele deve ser um esPecialista
na área e, como tal, capaz de pré-selecionar as leituras necessárias à questão de
interesse, evitando que o aluno parta para um "vôo cego".
Finalmente, muito se tem lamentado qLre o destino de grande maioria das Referê,
teses e dissertações é mofar nas prateleiras das bibliotecas universitárias. Uma
das causas desse fato é, sem dúvida, a qualidade dos relatórios apresentados,
Pqrte )
particularmente no que se refere às revisões da bibliografia: textos repetitivos,
iebuscados, desnecessariamente longos ou vazios afastam rapiclamente_o leitor
não cativo, por mais que o assunto lhe interesse.

AASENG, N. .

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