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INSTRUM ENTOS DE ,- .. .
AVALIAÇÃO EPESQUISA
caminhos 1
para construção e validação
~ CAPÍTULO 1 -
QUESTIO NÁRIO
- 25 -
sua constrUçào e a elaboração do O Instrumento
A , pergw1tas. .
s. - un, todo se tomaram obJeto de preocu-
. · o como
quest10nan · tudiosos atuantes em levantamentos so-
- de alouns es . . A obra tradicional , porém consistente, de Oppe-
paçao .. . =- . bl . como Gallup, diretor do lnst1tuto Ame- nhe1m ( 1966, p. 2) traz uma definição simples e precisa
b opm1ao pu ,ca , .
_re . -~ Púbfica. na decada de 1940. Institutos do questionário. Em suas palavras, um questionário "é es-
ncano de O pm1ao .· .. . .
. . - como esse foram os p111ne11os a utilizar os sencialmente um instrumento científico para mensuração e
de rn vesngaçao , . , .
. .. or questionano. No entanto, na epoca, os livros para a coleta de tipos particulares de dados".
mquentos p .e·~ . s ..
'todos de pesquisa em 1enc1as ocia1s não
, o1ta dos pa ra me
dedicavam espaço suficiente para tr~tar da construção de Questionários podem ser definidos como uma téc-
perguntas para questionários e entrevistas (FODDY, 2002). nica de investigação que inclui um número mais ou menos
elevado de questões que, apresentadas às pessoas, objeti-
Além da ampla utilização em pesquisa social e, vam, dentre outros aspetos, o conhecimento de fatos , com-
a seguir, em outras áreas de investigação como também portamentos, opiniões, crenças, sentimentos, atitudes, inte-
na de avaliação, os questionários possuem características resses, expectativas, motivações, preferências e situações
de elaboração e de aplicação que representam vantagens vivenciadas.
para o uso do instrumento. As perguntas, tecnicamen-
te elaboradas, favorec.em a obtenção de respostas mais O propósito do questionário - isto é, a sua finalidade
precisas. Os respondentes encontram maior liberdade e ou o fim que tem em vista - precisa estar alinhado ao(s) pro-
segurança na apresentação de suas respostas porque, em blema e ao(s) objetivo(s) da pesquisa ou avaliação, às suas
geral , são informados que têm o anonimato preservado. hipóteses ou questões avaliativas, à população-alvo, aos
Em estudos de larga escala, podem atingir um grande métodos selecionados para análise de dados. Desta forma ,
número de respondentes, em um mesmo período de tem- o propósito do questionário determina, em grande medida,
po, independentemente de sua localização geográfica. o conteúdo dos itens, os aspectos da estrutura do instrumen-
Economizam tempo do pesquisador ou do avaliador em to e até mesmo a logística da coleta de dados (MARTÍN-
relação ao período de coleta e também o tempo dos res- ARRIBAS, 2004 ).
pon~e?tes quanto à duração da aplicação. Se forem auto
admrn,strados, dispensam treinamento de aplicadores, o De acordo com Quivy e Campenhoudt (1998), ques-
que representa certa economia para o estudo (SELLTlZ; tionários são elaborados para:
WRIGHTSMAN; COOK, 1987).
a. Conhecer um grupo, sua maneira de viver, suas
opiniões, seus valores e julgamentos sobre algo que é o
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. _ d , ,quisa . o questionário desen-
. d ·s li aç:io ou 3 po . 1· - Foddy (2002) compreende uma sequência de quatro etapas
ob_1c10 aª' O) brc 3 avaliação da sat,s açao
·d · Gcstcrt201 .so . que se sucedem da esquerda para baixo, para a direita e para
, oh' o pot . . . lo na área social:
do consumidor, ~ um exemp cima, como representadas na Figura 1.
O modelo que representa o comportamento pergun- A codificação da pergunta pode ser entendida como
ta-resposta como um ciclo de comunicação delineado por a construção do quadro de referências pelo investigador,
isto é, as informações que o pesquisador/avaliador fornece
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a deco'-i 1·n·c,.,Ç
,.,, 1•
'iO d·J
~
pergunta
~
pode ser
<• •
-~d ·mcnto rea li zado pe lo res- bliográfica, mas ainda a consulta a especialistas. Assim, in-
3 0 respondente · ª ~
d .d 3
1 no o proc1;; 1 dependentemente de a pesquisa ou a avaliação incidir sobre
0ompn'~·n : r~i . . .fi ·ido à penrunta , apoi ado no
d , . de :nn bu1r s1gni e, .--- . . atitudes, condutas ou conhecimentos, por exemplo, sempre
ron 1,,. nk _ . _. _ d· d p ·lo pcsqui sado r/avali ado1.
quadrü dt.' n.·tert"m: i:ts a o t: será fundamental definir-se, clara e precisamente, o objeto
avaliado e conhecer as teorias que sustentam a definição
. d•ti' ca,·ào da resposta corresponde
A SC!Illl f. 3 co I Y . assumida (MARTÍN-ARRJBAS, 2004). A importância da
. . · _~ 1 b da pelo respondente, contextualiza-
3 mfonnaçao e a ora . . d . explicitação do aporte teórico deve-se ao fato de que pro-
---fr n~ncia dado pelo mves t1ga 01, en-
dJ pdo qua d ro de r.. . blemas de estudo podem ser definidos a partir de distintas
' . d _ d ·n·c çào da
quanto que 3 eco 1 3 .
res posta
_
pode ser entendida perspectivas, acarretando o privilegiamento de umas di-
como o processamL'nto da in fo m1açao dada ~el~ respon- mensões em detrimento de outras.
dente c1·rcu i, s· tanci·ada pe lo quadro de referenctas dado
pelo in \·esügador. Um estudo preliminar feito a partir da literatura
sobre o tema pesquisado ou avaliado é o ponto de partida
A dinâmica pergunta-resposta corresponde, assim, para a elaboração do questionário. A finalidade aqui é
ao processo de rroca de info nnações entre quem faz a per- de selecionar ou criar perguntas que comporão a versão
euma e quem dá a resposta . As informações contidas no final do instrumento. Assim, a elaboração de perguntas
questionário que podem se constituir em um quadro de para um questionário deve partir dos objetivos da pes-
referênci as para o respondente estão relacionadas ao obje- quisa ou da avaliação. Nessa etapa, devem-se considerar
tÍ\ o do estudo, ao tema ou ass unto enfatizado, ao tipo de os tipos de questão e suas características técnicas forne-
informação que se espera obter, à perspectiva e ao nível cidas pela literatura.
de generalidade a ser adotado pelo respondente; e ainda ao
incenti, o à partici pação. Esses elementos estão expressos No tocante ao conteúdo expresso pelas questões,
no íonnato das pergu ntas, nas opções de respostas, na estru- Selltiz, Wrightsman e Cook ( l 987) afirmam que as pergun-
tura do ques tionário e no conteúdo das partes introdutórias tas de um questionário devem versar sobre aquilo que as
do questionário. pessoas sabem, acreditam, esperam, sentem, desejam, têm
feito ou, mesmo sobre as razões de seus posicionamentos,
pensamentos, convicções.
Elaboração das questões
Existe uma estreita relação entre propósito do es-
. Antecede a in vest·1gaçao • - de alguma
- ou a avahaçao tudo e o conteúdo manifesto por meio do instrumento e de
coisa a clara defi niç- d ·1
. ao aqui o que se pretende investigar questões derivadas das dimensões priorizadas na aborda-
ou ava lia r. Este proc d _ , . .
esso po e requerer nao soa revisão bt- gem do constructo.
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. - nsmicto o u as pi:•c to a m e dir fos se opção qu e melho r representa sua situação ou ponto de vista
~e íl O!-~O c O - .
· d d d, , ida de n : ría m os re v isa r e xa us-
qLl3 11 3 t' l ' • , . , . (BA BBI E, 2003). Isso equivale a dizer que
- ) d 'l'- as 1)oss 1vl' 1S ca rac te n st 1c a s
rn :3 men 1c 1, • · · . .
qu c cnn11c.g ur"'.-, r11 a .qua.lid ade de . v, id a. : tndc- é prec iso garantir qu e, qualquer qu e seja a situ-
pendênc ia tisica . vi ta lida de . equiltbn_o e mo-
c,nnJI. !, onh am . c apac idade de re lac ionar-se ação do respondente, haja uma alte rnativa e m
que este se enquadre. [ .. .]
c0 m ou tro~.-- Cada uma des ta s ca rac te rí s ticas
Também é necessário garantir que as alternativas
d?no mi nam -sc di mensões o u fato re s e a clara
sejam mutuamente exclusivas, ou seja, apenas
dcti n1çiio de cada uma de la s fa c ilitará a cons-
uma das alternati vas poderá corresponder à situ-
trução de pergu ntas que aj ud e m a ex plorar a
ação do respondente (GIL, 1999, p. 130-131 ).
pan.e do as pec to q ue qu eremos medir (MAR-
TÍ N- A RR I B AS . 2004 , p. 24) .
Embora de baixo custo, de acordo com Selltiz ,
• Tipo~ de qucsLões Wrightsman e Cook (1987 , p. 24), a questão fechada
O:- qucslionários podem ser compostos por pergun- apenas funciona bem se aqueles que elaboraram
ta-" ou declarações e estas devem corresponder ao que se as alternativas sabem, de início, quais são as pos-
dL.'SCJa inYestigar. ou avaliar, no estudo. A escolha do tipo síveis atitudes na população. Isto é importante,
de questão a ser construído ou selecionado deve levar em pois se uma alternativa importante é dei xada de
conta fa to res como: fi nalidade para qual a informação será fora, os informantes não a sugerirão espontanea-
usada ; características da população-alvo; método escolhido mente para que o erro seja identificado.
para proceder a divul gação dos resultados (AMARO; PÓ-
VOA; MACEDO, 2004/2005 ). As questões fechadas podem ser dicotômicas ou de
múltipla escolha.
. Usua lme nte, a classificação dos tipos de questões
1111egrante~ de um qu estionário tem levado em conta a for- O exemplo a seguir ilustra uma questão fechada di-
ma de elaboração e, por isso, são denominadas questões cotômica (CARMO, 2011 , p. 72), que admite apenas uma,
fec
_ hada~
· . e abe rt as. a d m1tm
· .· d o-se a class1ficaçao
• - de ques- de duas respostas oferecidas ao respondente:
tocs m istas .
Em sua opinião, os atendimentos oferecidos pelo Projeto
~ A s qucSlÕcs fec hadas, também chamadas estrutura- Ação Rotary têm causado melhorias na sua autoestima?
das, sao aquelas cm ( ) Sim. ( ) Não.
. que se apresenta um conjunto de alter-
nauvas de resposta
' ª pani·r dO qual o respondente escolhe a
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ergunta dicotômica encaminha A vantagem desse tipo de pergunta consiste no pro-
Em certos casos, a P ~ _
t .1ninado grupo de questoes, como cessamento mais rápido das respostas, pelo enquadramento
d
0 respondente a um e e~ das escolhas feitas pelos respondentes. Como nem sempre
sim ul a o exemplo a seguir:
as opções oferecidas cobrem todas as possibilidades deres-
• · · do Seminá1io de Capacitação para posta, outras declarações importantes podem ter sido deixa-
Voce part1c1pou · . . . das de lado, e esta é a desvantagem das perguntas fechadas.
Avaliadores de Hospitais Mu111c1pa1s?
[ ] Sim (por favor, responda as questões 11 a 15). No entanto, se essa fosse uma pergunta aberta, redigida de
forma direta, 'Quais as razões para o seu despreparo profis-
[ J Não (por favor, passe para a questão 16).
sional?", a variedade de respostas levaria o pesquisador ou
avaliador a consumir mais tempo apurando e classificando
No questionário destinado a egressos de um cur- as respostas.
so de Pedagogia para avaliar sua inserção no mercado de
trnbalho (POMBO, 201 O, p. 54) foi adaptada a questão Em um segundo exemplo de questão estruturada, no
que apura as razões de o respondente se considerar des- formato de múltipla escolha, as opções de resposta corres-
preparado. O exemplo oferece várias opções de respostas pondem a diferentes níveis de escolaridade e servem para ca-
e .ilustra a questão fechada de múltipla escolha. racterizar o perfil dos participantes, na variável focalizada.
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. .~ ·os ní veis e modalidades do As respostas devem ser lidas separadamente e
·d 1do os d 1' 1.:r~
Cons, e_rar ._ parece que as opções ofere- não há como tabular os resultados. Não se pode
d n~,no do pai~. N
~1~l'ma e e ~ . ... das JJrováveis respos tas. o fazer análise estatística. Isso significa despender
. n a maior pai le " 1 ,,
-c1das ::i b3rcar . uida da pergunta Qua ? , da- muito mais tempo e dinheiro com a análise de
3 0
·ão ·outra . st.:g
3
entanto. P~ brir opções não listadas. Essa é questões abertas do que com fechadas.
· r1 ni dade a s~ co
na opo u . , de ser usada quando o elaborador
lima estra 1eg1a que P0 d
. ~ d _ . L r um amplo espectro e respostas, Na etapa inicial de elaboração do questionário, per-
d.ai:- qucstoes e~eJa e
alem do que pode conceber. guntas abertas trarão uma variedade maior de respostas,
que poderão ser transformadas em opções na elaboração de
Nas perguntas abertas, 0 res~ondente é estimu_Iado questões fechadas. A utilização de perguntas abertas é então
a emitir se u pensamento. opinião ou JUigamento a partir da recomendada nas seguintes situações: na fase exploratória
qLtestào fo rmulada. Por exemplo: de um tópico é necessário levantar uma variedade de res-
postas possíveis; a questão estudada é complexa e/ou não é
Qual a sua opinião sobre o sistema de cotas adotado para conhecida suficientemente em suas dimensões; o quadro de
o ingresso à universidade? referências e motivações subjacentes às opiniões dos res-
pondentes precisar ser conhecido.
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-
· ação
-
( 0rno rnce~ dt:"hl'C
. '
a sua tnter, Indique se você utiliza ou não nesta escola:
\ ...,
a) com o~ a unos .) ) Regular. ( ) Ruim . Por quê? Não utilizo Não
1
( ) E, celcnte. ( 8 0 8 · ' porque
Sim, utilizo
Recurs o não acho porque
utilizo.
necessário. a escola
b) com ots) monitor(es)':
não tem.
t ) Excelente. ( ) Boa. ( ) Regular· ( ) Ruim. Por quê?
12. Compu tadore s
para uso dos alunos
(A) (B) (C)
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. de questão possui vantagens e desvanta-
Cada tipo . .
_ rnidas de acordo com o obJet1vo do ques- •Adequada para •Ocasiona perda de
1:1 cns que sao assu ., . d . "
~. , . tureza da vanavel pesquisa a. Pata os tres obter informações precisão e variabi-
t1 onano e a na
. d to·cs apresentados, o Quadro I resume algumas demográficas. lidade quando as
upos e qucs _ •Adequada para
" desvantaoens o que nao esgota o assunto. classes de valores
\·antagenS t: º · estudos em larga das opções são
escala com grandes amplas.
Quadro 1- Vantagens e desvantagens de diferentes tipos de questões.
Fechada de grupos de •Ocasiona conse-
Tipo de Questão Vantagens Desvantagens múltipla escolha respondentes. quente perda de
•É objetiva. •Limita as opções •Adequada a ques- utilidade.
•Rápida para de resposta. tionários longos.
responder. • Pode levar a erros •Admite análises
•Fácil de computar por oferecer apenas estatísticas das res-
as respostas. duas opções de postas.
•Rápida para anal- resposta.
Fechada isar. •Fornece •Estimula a •Tem menos
di cotômica •Recomendada informação pobre cooperação do objetividade que a
para direcionar o e pouco esclarece- respondente. estruturada.
respondente a gru- dora. •Como questão •Difícil para codi-
pos diferentes de • Pode conduzir a inicial, serve de ficar.
questões, a partir 'aquecimento' para •Sujeita à parciali-
conclusões simples
da escolha inicial. o respondente. dade do pesquisa-
demais.
•Aborda mais dor pela falta
aspectos do que de padrão para
•Fácil de aplicar. •Demanda muito Aberta
uma pergunta categorização.
•Rápida para cuidado na elabo- estruturnda. •Requer a interpre-
responder. ração. •Pode dar infor- tação das respos-
•Abarca número •Exclusão de alter- mação mais rica e tas.
Fechada de variado de opções nativa importante detalhada. •Leva mais tempo
múltipla escolha de resposta. traz vieses para o •Pode revelar para analisar.
• Fáci I de categori - estudo. informação não •É mais dispendi-
zar as respostas. •Pode influenciar esperada. osa para analisar.
o respondente a
partir das opções Fonte: As autoras (2012) .
apresentadas. ~
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• Caracl~risti c3s técnicas As perguntas de um questionário devem abordar
apenas um aspeto do tema pesquisado. Questões duplas,
, d qtiestionário depende do saber-fazer e que contém mais de uma ideia ou que abordam dois ou
A red açao o .
. , . profissional do pesqmsador (GHIGLIONE; mais aspetos devem ser evitadas. Elas vão confundir ores-
da expenenc1a ~ , · d
\ 1ATAL0~. 200 l ). No entanto. algumas caractenst1cas e- pondente, que pode concordar com uma parte da questão
, b d s quando se elaboram perguntas
._ ~ .
para um e discordar da outra. Questões desse tipo devem ser des-
\ cm ser use a a . .
· · · . eJareza • fom1a gramatical , relevanc1a, tama- membradas para constar do instrumento.
qucst,onano. ,., . .
nho. dentre outras (BABBlE. 200-'; SCHUMACHER. MC-
, 11LLAN. 2001: GüN THER, 2003). As perguntas devem ter relevância para quem res-
ponde, em sua maioria. Assim, perguntas triviais e sem ade-
Como em outros instrumentos de avaliação ou pes- rência aos interesses dos respondentes e ao tema da pesqui-
quisa. as questões ou perguntas do questionário precisam sa ou avaliação precisam ser evitadas. Elas não responderão
~cr redi2.i das claramente, sem ambiguidades, buscando-se a questões sobre coisas que não lhes interessam e, assim, os
sempre~ precisão de tem1os e de fonna. Deve-se evitar o resultados obtidos com a aplicação do questionário poderão
uso de regionalismos, gírias, abreviações que dificultariam não ser confiáveis.
a compree nsão das questões. É preciso que a linguagem
usada seja entendida pelos respondentes. As questões de- Além disso, os respondentes devem ser capazes de
,·em ser simples. isto facilita a compreensão de quem lê. responder, ou seja, as questões devem ser compatíveis com
o conhecimento que eles possuem. Caso contrário, podem
A clareza de uma questão é demonstrada quando os desistir de dar respostas.
respondentes a entendem da mesma forma . Uma pergunta
como 'O que você pensa sobre o projeto?' provavelmen- Em relação à extensão das perguntas. devem-se
te acarretará outra questão, por parte do respondente: Qual preferir questões mais curtas de modo que não sejam
projeto? Ou seja, o projeto precisa ser identificado para que mal interpretadas. Uma questão longa pode confundir o
o respond ente possa opinar sobre ele. respondente.
Em geral , os autores recomendam que palavras Deve-se ainda evitar o uso de negativas nas questões
co~ o um pouco, usualmente, às vezes devem ser evitadas, ou afinnações utilizadas no questionário para não haver má
pois não trazem clarc r
interpretação por parte do respondente.
za ao que se pergunta. Lembra-se que
a correçã ·
o gramatical das perguntas deve ser mantida.
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ras que direcione m a s respostas • Título
Pcn..JUntas ou pa 1av . . .
- b. ·radas poi s a tendenc1os 1dade que as
de\ cm ser tam em ev1 ' ~
. d ~ ta a intei,,retaça o de quem responde, Segundo Colton e Covert (2007), o título deve ex-
caractenza po e a1e r t'
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. , . ção do respondente te ndo em O exemplo de apresentação do modelo de questioná-
n:rid1d0 de coopera d . f'
• 1 d estion ário . Ne le. evc-sc 111 or- rio proposto para uma pesquisa sobre o clima organizacional
ncl111ncn10 Oqu " .
, 1..,ta O rrc-c . resposta e assegurar o anon 11na- da Fundação Helena Antipoff [2010?], de São Paulo, contém
m:.tr o temf)(' c<:;t1mndo para
0 motivo que levou a Fundação a investigar a satisfação dos
l (' d;:i n.~r0 ~t.a: funcionários , o que pretende fazer com as indicações de futu-
-· o da razão
da aplicação do questioná- ras modificações a partir das respostas coletadas, e ainda que
. c,rl1c11aç.a . .
, ·. -1·r da apresentação do seu objetivo. Se os o respondente pode permanecer anônimo.
no. ,c110 a pa11
, . 1n Iriers r110 rc,n rcsnondcntcs
1ra~• 1 , ,, '
cabe esclarecer a nature-
7,a e 3 import.incia do csrudo ;
Apresentação
• breve apresentação da natureza da informação
~o ltcitada por meio do questionário - como, por exemplo, A Fundação Helena Antipoff estabeleceu metas para o
desenvolvimento institucional e satisfação do funcionário.
atnudc~. opi ni ões. preferências. Por não ser um teste, não
Atingir bom nível de satisfação interna dos servidores é urna
prcssupüc a em issão de respostas certas ou erradas;
das mais significativas metas para o crescimento de qualquer
organização, portanto, sua opinião é muito importante para nós!
• nome da in stitui ção que apoia ou promove o es- A direção da FHA planejou a aplicação de uma pesquisa para
tlLdo. f::. sLe ponto pode favorecer a maior cooperação dos conhecer o nível atual de satisfação de seus colaboradores.
responden tes: Neste sentido, o funcionário estará pa1ticipando dando sua
opinião e a partir dos resultados obtidos, serão implementadas
• declaração forma l da confidencialidade das respos- ações que busquem contribuir para elevar o nível de satisfação
ta~. assegurando aos respondentes que ''o relatório sobre os dos mesmos.
rc~ul tados da pc~quisa não vai identificar nem pessoas in- O bem estar dos servidores deve ser uma meta prioritá1;a em
dividua. i~, nem ·empresa s, • . . ~ que 10rnece-
. nem as mst1tu1çoes e qualquer instituição. Sabemos, no entanto, que nem todos os
avanços podem ser feitos de uma única vez, porém um ambiente
ra m ª in fom1ação solic itada no questionário" (HILL· HILL
2002, p. 162). ' ' criativo, saudável e motivador, inspiram à produtividade
e a qualidade nos serviços, e é este ambiente que estamos
procurando proporcionar.
Por vezes as i t ~
e J)Ob!> Ív,. · r ~ ' n s ruçocs também abordam prazos Portanto, nas perguntas a seguir, assinale a alternativa que melhor
til> ,armas de dcv 01 ·ã .
c1onal ou e lctróni . T· O
uç do instrumento, conven- representa sua opinião. Não é necessário identificar-se.
ca . élrnbém abre , ·
comunicações entre as . m_ espaço para poss 1ve1s
' JJéirtes envolvidas . Muito obrigado pe la sua colaboração!
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• JIV~lnJ( ÓC~
Os questio nários podem conter três tipos de ins-
,\;., 1.nstrrn;l . . •)e,• fornece m as diretri zes a serem truções : as que, de modo geral , explicitam o modo pelo
..
. ·d _ > los respond entes durante a util1 qual o in strumen to será respond ido (instruções gerais de
r(\n ~idcra 3 :- re
· · . . .... npi
-
niào de Munll
. . . zação , do
aplicaç ão) ; as que objetiv am instruir a forma pela qual o
q u.! , l!Oíl8nO . '' º t 0Torrcc11la [200?],
respond ente manifes tará a sua resposta frente à determina-
J:. instruções são de extrema importâ ncia dado que da questão ou conjunt o de questõe s; e as que se ocupam de
, ão meio de evitar a introdução de elementos
O padron izar a rotina do trabalho de campo dos aplicadores
subjeti,·os nas respostas. Nelas se expõem as ou entrevi stadore s (BABB fE , 2003).
ad,:ertências sobre a fom1a de responder o
questionário e de consignar as respostas segundo Exempl o de instrução geral:
os distin tos tipos de perguntas que contenha.
Por favor, responda a todas as questões. Se você não
tem certeza sobre que resposta dar em uma questão , por
Como orientam acerca dos proced imento s de res-
favor, escolha entre as alternativas a que lhe parece mais
posta. de,·em ser claras, simples , precisa s e comple tas,
apropriada.
aboli ndo possíveis dú vidas dos respond entes. Na opinião
de Hil l e Hill (2002 , p. 164),
Em relação ao segund o tipo de instrução apresen-
tado - instruçõ es para conjunt o de questões ou subseções
Se uma pergunta pennite respostas múltiplas, é
- cabe destaca r que sua aplicaç ão ocorre nas situações em
importante referir isso numa instrução ligada com
que as questõe s do instrum ento deixam de se ter determi-
a pergunta. No caso de perguntas que precisem
nado formato e assume m outro, fato que passa a reque-
de uma só resposta , é importante indicar isso e
indicar também como assinalar a resposta (com rer instruçõ es particulares. Por exemplo, de um conjunto
um X, com um V, ou colocar um círculo à volta de questõe s fechada s, de múltipla escolha, para questões
do valor numérico da resposta escolhida). abertas, de respost a formulada pelo respondente e regis-
trada em um espaço indicado após a pergunta.
Por exemplo:
O terceiro tipo de instrução, destinada ao aplicador
Marque com um X entre os parênte ses a melhor do questionário, é ilustrado no estudo de Sales (2012'. P-~~).
resposta para você . Destina-se ao aplicador/entrevistador de um qu~st10nano
sobre o conheci mento e a satisfação do consumidor com
doces do tipo gourmet.
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~ , . a licação do ques tion ário
lnstroções bas1cas para p • as ques tões seja m agru pada s segu ndo os tema
s ou
assu ntos a que se refe rem ;
~ . pesso
1) Verifique sua aparenc1a , . al . a vest imen
. d)
ta e o mate - • o cont eúdo das perg unta s tenh a enca minh
ame nto
. .
nal de ap 1,caça
· - (ques tionano, caneta ou ,Pa .
o lógico, o que sign ifica dize r que seja abor dado
do geral para
. . te a ser abordado e conc entie . D~ o parti cula r, ou do simp les para o com plex o,
7) ldent 1fiq ue o c11en -se. e cara cteri zand o,
.
preferenc1.a aos cr1entes com um ou .dois acom
~ h
pan ante s. no prim eiro caso , o emp rego da técn ica do funil
. . para apre-
3) Aborde o cl iente enquanto ele est1Ver na loja, senta ção das ques tões e, no segu ndo, a do funil
mas evite invertido;
interrompe r o momento do consumo. . • as ques tões mais delic adas sejam colo cada s
na par-
4) Identifique-se e informe o teor da ~ntre te final do instr ume nto e as mais gera is, em seu
v1sta. . com eço.
5) Solicite a parti cipação do cons umid or, com
cort_esta.
6) Realize a entre vista , controlando o temp o (des Na sequ ênci a, o conj unto de três itens dest
ejad os 6 acad os
minutos, no máxi mo). do ques tion ário cons truíd o por Arau jo (2011
, p. 66) mos tra
7) Ao fina l da entrevista , agra deça com não só o uso da técn ica do funil , mas aind a a
ênfa se e man uten ção da
elegância. mes ma orde m de opçõ es para perg unta s do mes
mo tipo.
É bom lembrar que as instruções do ques tion
ário Em que área você dese nvol ve suas 12 hora s
precisam ser validadas para verificar se estão clara sem anai s de
s e não ativi dade s em deco rrên cia do rece bime nto da
conté m ambi guidades. Bols a Per-
man ênci a?
( ) Aca dêm ica.
• Ordem das perguntas ( ) Adm inist rativ a.
( ) Não esto u envo lvid o com qual quer ativi dade
.
A ordenação das perguntas de um ques tion ário
me- Você tem conh ecim ento do Plan o de Ativ idad
rece •~atam ento específico na literatura. É nece es que deve
ssár io se- dese nvol ver em suas hora s sem anai s de ativi
~~e_nciar as queS tões garantindo ao instr ume nto uma dade s?
og1ca, que conte mple o d orde m ( ) Sim. Por quê?
d d
abord d E . . ª equa o esen volv imen to do tema ( ) Não . Por quê?
para aª ord
º· m outra
. s sttuaço~es, torna-se impo rtan te aten tar
em psico
de compreensà d lógica das pergunta s, ajus . ,
tada ao mve 1 Na sua opin ião, a ativi dade que dese nvol ve cont
o o responden te. ribui para
a sua form ação acad êmic a?
Com o intuito d ( ) Sim. Por quê?
das questões M . e nortear a ativi dade de orde naçã o ( ) Não . Por quê?
' un 11 o Torrec·n
1
a [20 O?] suge re que :
- 50 - - 51 -
-
·an ento das perguntas do. questionár io
o sequenc1 1 _ . • Extensão do questionár io
, . · do ainda em sua versao prehmmar , em re-
dc\'e ser aprecia ,
\açào aos seguintes aspetos: A extensão do questionár io deve levar em conta tan-
to o interesse que os respondent es têm sobre o tema pes-
• As questões iniciais, mais fáceis e accessívei s, são quisado ou avaliado, quanto o propósito da pesquisa ou da
. ?
efeti va mente pertmentes. avaliação .
• As questões indutivas, isto é, as que induzem o res-
O questionário deve ser limitado em extensão e
pondente à resposta esperada, são evitadas no instrument o? em finalidade. Se for muito longo, causa fadiga
• As questões principais são plenament e abordadas e desinteresse; se curto demais, corre o risco
e as secundárias , sumarizadas? de não fornecer informações suficientes. Deve
• As questões de conteúdo afim acham-se agrupadas conter de 20 a 30 perguntas e demorar cerca
de 30 minutos para ser respondido. É claro que
logicamente?
este número não é fixo: varia de acordo com o
• As últimas respostas dadas ao instrument o não tipo de pesquisa e dos inforn1antes (MARCON l;
são influenciadas pelas respostas anteriores? (WORTHE N; LAKATOS, 1999, p. 162).
SANDERS; FITZPATRICK, 2004).
De acordo com Martín-Arr ibas (2004), o número de
Outros cuidados dizem respeito à ordenação das perguntas de um questionár io pode variar de I Oaté 90, po-
questões e à própria organização interna do questionár io: rém, durante a construção do instrument o, deve-se atentar,
se todas as dimensões definidas no estudo para a aborda-
gem do tema foram contemplad as proporcion almente. Com
• garantir coerência entre a sequenciaç ão dos temas isto, evita-se que umas dimensões sejam privilegiadas em
e dos conteúdos abordados pelo instrument o·
' detrimento de outras.
as qu es1oes
~ , .
_ • encadear umas as outras, de manelfa
-
que nao ocorram re pe t'içoes ou perguntas improcede ntes;
- d
• atentar à pos·içao d • Diagramaç ão
e ca a questão no corpo do ins-
l rumento uma vez ue . .
1stº pode suscitar
tes (GHIGUONE· q respostas diferen-
' MATALON, 2001). A decisão de uma pessoa em responder, ou não, um
questionári o depende não só de seu interesse e da extensão
do instrument o, mas também de sua apresentação. Questio-
nários curtos e esteticame nte agradáveis são mais atraentes
...
- 53 -
- 52 -
■-----
endo a sua colaboração (HILL·, meio de um estudo piloto ou um pré-teste, segundo reco-
. dentes. f:avorec ~
aos respon D n1odo na elaboraçao de um questio- menda Oppenheim ( 1966). Como o próprio nome indica,
1LL " 002) esse . .
H ·- · 1
siderados os elementos que mterferem 0 pré-teste é a testagem
anterior do questionário junto a
nário devem ser cot .
· - visual do instrumento, tais como clareza representant es do grnpo em que o instrumento será, efe-
na apresentaçao , . . ~
do questionano. aspeto visual das seçoes e per- tivamente , aplicado.
e tamanho ,.
guotas: instruções e aparência estetlca.
Apesar de que, em última instância, "questionário s
o /arout do questionário deve ser claro e atraen- devem ser submetidos ao pré-teste na forma em que serão
te. com esp~ço entre as questões e espaço para assinalar as utilizados" (VIEIRA, 2009, p. 104), nada impede que a
respostas, no caso de perguntas estruturadas, ou espaço em versão preliminar de um questionário de autoaplicaçã o seja
branco para o registro das respostas, no caso de perguntas testado a partir de uma entrevista, ou que questões abertas
abertas. O intuito é o de não prejudicar a leitura do instru- de outro questionário sejam testadas como se fossem fecha-
mento. Essa observação é válida tanto para questionários das. Por meio do primeiro procediment o, é possível, por
impressos quanto para questionários on fine. exemplo, detectar ambiguidade s e, pelo segundo, chegar
a categorias de resposta que não tinham sido imaginadas
A distribuição das perguntas ou grupos de perguntas (VIEIRA, 2009).
deve ser equilibrada e agradável. O tipo de letra escolhido
deve facilitar a leitura, ou seja, tipos de letra rebuscados O pré-teste deve ser aplicado seguindo alguns
d:vem ser evitados. Da mesma forma, o tamanho da letra cuidados.
·
nao ,pode ser diminuto , deve proporcionar .
uma leitura con-
fortavel. Legibilidade · , . , . Todos os componentes devem constar da versão
d' . _ . , assim, e um cnteno a ser buscado na
ignaçao e diagramação do questionário. preliminar ou inicial do questionário: apresentação , ins-
truções gerais, instruções específicas para tipos de ques-
Atualmente há fi • . . tões ou grupos de questões, instruções para os aplicadores
textos instr ' pro ss 10na 1s dedicados ao design
. _
de
, umentos e m t · · 0 .. ou entrevistador es se a aplicação for indireta, e folha de
questionários e d ª. enais, que fac1hta a ed1çao de respostas, se houver.
e outros mstrumentos.
- 55 -
-~ ~o final do instrument o. Assini arranj os e aparência do material , bem como a
,,. l}3J3 a \ t:f-Sa . l
- 57 -
- 56 -
.. - é voluntária. isto é, a qualquer momento CAMPENHOUDT, 1998). Pela administração indireta, o
A sua part1c1paçao .
. -se a responder qualquer pergunta ou desistir pesquisador ou avaliador preenche o instmmento a partir
, oce pode recusar · . . . ~ . •
••
de participar e r
etirar seu consentimento. Sua iecusa nao tiara das respostas que o participante do estudo fornece. Já na
.
nenhum prejuízo em sua relação com o pesqmsador ou com a administração direta, o próprio respondente preenche o
instituição. questionário e o devolve ao pesquisador ou avaliador. A de-
volução pode ainda ser feita por correio, em casos específi-
Sua participação nesta pesquisa consistirá em permitir acesso cos, e por meios eletrônicos como, por exemplo, a pa1tir da
a infom1ações de seu prontuário para pesquisa documental e a utilização de e-mail. No primeiro caso pode-se contar com
observação do profissional quando estiver realizando alguma
um retomo reduzido, e no segundo, com um índice alto de
atividade com relação à avaliação e ao cuidado da integridade
não resposta.
da pele.
Você não terá nenhum custo ou quaisquer compensações Os respondentes a quem o questionário se destina
financeiras , nem qualquer risco. Participando da pesquisa, têm papel fundamental na aplicação. Em pesquisa, costu-
você estará contribuindo para o desenvolvimento de estudo ma-se utilizar não toda a população, mas rnna amostra de
avaliativo para reflexão da prática de Enfermagem e melhoria respondentes, que deve seguir critérios rigorosos de seleção
da qualidade da assistência. para aumentar a credibilidade dos resultados.
Você receberá
. · · deste termo onde constam os contatos
urna copia
Em avaliação, os respondentes, muitas vezes, são
. , do or1·ent adore do Comite
do pesquisador . - de Etica
, . em Pesqmsa
.
os envolvidos no projeto, ou foram dele excluído, ou são os
da Secretaria Mun· · 1 d S ,
.
Jane1ro icipa e aude e Defesa Civil do Rio de que representam determinados grupos de interessados no
(CE P/SMSDC R .
roJ·et0 . . - J) , podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto (stakeholders). As respostas são dirigidas ao objeto
P e sua part1c1paç~
ao, agora ou a qualquer momento. avaliado e, nestes casos, são as que interessam ao avaliador,
são o que ele necessita para responder às questões avaliati-
Pesquisador
vas do estudo.
E-mail/Telefone:
Orientadora:
E-mail/Telefone
CEP/SMSDC-RJ Vantagens e limitações
E-rnai·1/Telefone:
Obtido 0 Como todo instrumento elaborado para uso em ava-
cação d0 consentimentO d . . 1iações e pesquisas, o questionário reúne vantagens e limi-
. . questionário d os participantes, a aph-
ad m1n1 st - .
raçao indireta P e oco rrer d e duas maneiras, a
0 tações que precisam ser conhecidas pelo elaborador para
e a ad . . poderem ser contornadas.
mini st ração direta (QUIVY;
- 58 - - 59 -
Dentre as , .an taoens
::: reconhecidas para uso do ques-
resultados produzidos por um instrumento, aplicado várias
iionário. encontram-se: vezes a um mesmo objeto. Esses resultados devem ser os
mesmos se a situação for a mesma (BABBIE, 2003 ). Daí se
• atendi mento à necessidade de se ter representativ i- poder confiar no instrumento para medir tal objeto.
-,. d um grupo de respondentes no caso da pesquisa, ou
dadt: e ~ d .
de manter O foco da avaliação em um grupo e mteressados Um exemplo clássico é o do termômetro. Com ele
ou enrnh·idos em um projeto ou programa~ se mede a temperatura da água e toda vez que se tem o
• reun ião de larga variedade de dados e informações objeto 'água fervendo', o resultado da medida é o mes-
em um único instrumento e possibilidade de realizar diver- mo, ou seja, obtém-se 100º Celsius que é a temperatura da
sas análises que enriquecem o estudo e ampliam a interpre- água em ebulição. Com possível exclusão da experiência
tação dos resul tados (QUIVY; CAMPENHO UDT, 1998). em locais com temperaturas glaciais, pode-se afirmar que
a medida se repetirá em locais diferentes, sendo, o instru-
Schumacher e McMillan (2001) acrescentam mento, por conseguinte, confiável em sua mensuração, ou
corn o \'antagens que questionários são econômicos , pre- seja, possui fidedignidad e.
sen'am o anonimato dos respondentes e admitem o uso
de questões padronizadas. Embora seja válida na área das ciências físicas ,
a fidedignidad e não é tão fácil de ser obtida na área das
Já as limitações de se utilizar um questionário ciências sociais e humanas. As respostas de pessoas às
incluem: perguntas de um questionário podem se repetir por serem
socialmente desejáveis. Por exemplo, nos resultados dos
• cu sto relati vo ao número de instrumentos aplica- censos demográfico s, é comum que determinada religião
dos (_se_for impresso), menor custo se for utilizado o meio concentre um maior percentual de adeptos, apesar de nem
eletrorn co; sempre ser professada. Ou seja, a declaração de uma re-
• as resposta s sao
- 11m1tadas
· · às opções que as ques- ligião predominant e ou mais tradicional ilustra a resposta
tões fechadas oferecem. socialmente desejável.
- 61 -
- 60 -
pq
Desse mod o. as respostas
' a um
. questionário
_ . aplicado a par- os especialistas para efetivar a validação, só que dessa vez
-·
uClpantes de un
· 1 proieto
J
social serao pertinentes. ao
.
grupo
são especialistas em medidas ou avaliação que verificam
de respondentes e não a outros. grupos que part1c1pem do
se o instrumento possui as características técnicas preco-
projeto. porém em localidades diversas.
nizadas e indicam as modificações necessárias para que
sejam alcançadas.
No caso da validade do instrumento, observa-se se
a medida ou o resultado obtido reflete, com propriedade, o Validade empírica - após a validação técnica, o ins-
que se pretendia medir. Este é um conceito aplicado tanto a trumento é aplicado a um grupo de respondentes em poten-
pesquisas como a avaliações. Existem diversos tipos deva- cial, quando se verifica se suas questões funcionam com
lidade que se aplicam aos questionários utilizados quer em o grupo, ou seja, se há entendimento do que se pergunta,
pesquisa. quer em avaliação. Alguns serão aqui destacados se a linguagem corresponde ao nível social e cultural dos
por sua pertinência. respondentes, se os termos são claros e não são ambíguos,
e ainda se as respostas obtidas se distribuem pelas opções
Validade de conteúdo - por meio dessa validade apresentadas, ou deixam algumas sem escolha, ou os res-
~e \crifica se a medida abrange uma gama de significados pondentes indicam possíveis novas opções não pensadas
rel.acíonados ao conceito ou constructo focalizado. Babbie pelo elaborador do questionário.
(2003) dá corno exemplo o questionário sobre preconceito
cm ger~I , _no qual as perguntas devem abranger a discrimi-
naçãoetnica, de gênero, religiosa, de idade, estética, regio- Concluindo
nal. dentre outras. Na validação de conteúdo, os especialis-
tas verificam se as ques r~oes co brem os conteudos
, . . d
md1ca os Em suma, questionários são instrumentos que com
pelo constructo preconceito. frequência são utilizados na realização de pesquisas e estu-
dos avaliativos. Dentre os principais pontos a destacar na
Colton e Covert (2007 . . sua elaboração estão as razões que fundamentaram a esco-
•
ta ~ cnvo .
1v1dos na V rd - ressaltam que os espec1ahs-
)
lha do instrumento; a explicitação do propósito a q~e sedes-
~ . açao do instrumento devem ter aces-
1
so às in st . ·õ
1uç es, pois isso ' r,
cons i.sténcia d0 . .
d · d
e 1.m amental para a garantia a
ªº
tina; a definição do(s) tipo(s) adequado(s) de que st para_ 0
~ Ju 1gamentos. estudo; a elaboração inicial do instrumento, que pressupoe
.
cu ,dadosa _ a to das as suas Partes _ a exemplo do
atençao
Validade técnica - . . . , 1o, das instruções
t1tu . . e pa rt1·cula1·es , se houverem,
gerais . . a
de: o instrument essa vaJidade se relaciona ao fato 'd rsão preltmmar do
~ . o e suas questõ .d de redação de cada questão. Construi a ave
tccn,ca de constru à · . es apresentarem qual1 a . , . e vencida. a pre-testagem,
, que deve dar-se nas
quest1onano
pela literatura pcrt 1·ç o, obedecendo a regras demandadas
nente à ·
area. Novamente são chamados
- 63 -
- 62 -
. _ " cmpirica e de conteúdo, o instrumento
d,mcn'-.{~" t0<nt\. J. ~ , .·
oletar os dados nccessa rros ao estudo para CA RM O. 8 . 8 . do. Avaliação do projeto ação Rotwy em Bom Jesus
('IJ r rcinl O r!lra C do /tahapoona. 20 11 . 79f. Di ssertação (Mestrado Profissional em
i'l qu.al foi concebi d<.~ou ada pt::ido. Ava liação) - Programa de Pós-Graduação, Fundação Cesgranrio, Rio
de Janeiro. 20 l l.
- 65 -
d 1\ . LAKATOS . l:. M . Tecnicas de • />es qi11sa• .
LES P. R. de. Jnstrwnen tos de avaliação de doces finos: processo de
, -. A
\ 1ARC07'l. 1" 1. e ·• . . .
, , · tvào de pesquisas. amost1 agens e tecnic ·
t:,
rc " . •· d d d . as de A ·t ·i,,ção e validação. 2012. 65f. Dissertaçã o (Mestrado Profission al
fl l3.De, ~mcnto t . 4 . ed. São p com' ,
·. h - analise e mterpretaç ao e a os au lo: crn Avaliação)- Programa de Pos-Gradu ação, Fundação Cesgranrio ,
f"C'qu 15-3 _ e1a ,ornçn 0 . ·
.\tia, . 1Q.:N . Rio de Janeiro, 2012.
\ i.\RTÍ~ -.\.RRIBAS. M . e. Diseiio y va lidación ele cuestionar ios SANTOS, J. A. dos. Avaliação do impacto do índice de desenvolv imento
\1.;m11:w Pn.Jf;•q/m . \,tadrid. v. 5. n. 17 ~ p. 23 -29, 20?4. I:?isponívei da educação básica no conte~to _escolar. 201 O. 77~. Dissertaçã o
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Profiss ional em Ava liação) Programa de Pós-Grad uação, Fundação
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