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DEPARTAMENTO DE FONOAUDIOLOGIA
Professora Eugênia Hermínia Oliveira Valença
Discentes: Amanda Oliveira, Ana Ketelly, Bianca Freitas, Clarisse
Andrade, Flávia Melyssa, Kamilla Izadora e Maria Helena
Para uma comunicação oral acontecer, ela precisa de uma corrente de aquisições,
sendo a mais importante a audição.
Já a linguagem pode ser definida como um sistema de sinais empregados pelo
homem para exprimir e transmitir suas ideias e pensamentos e que está
intimamente ligada à cognição para o seu pleno desenvolvimento.
No desenvolvimento filogenético do ser humano, o polo auditivo foi blindado com
um aparelho específico e altamente especializado, a fim de realizar suas
atribuições. Já a fonação necessitou de uma interação de diferentes órgãos e
aparelhos para a sua existência. Esse conjunto anatômico se chama aparelho
fonador.
Na verdade, o nome correto, de acordo com a bioengenharia humana, seria um
aparato fonador. Esse aparato utiliza partes do sistema digestório e respiratório,
integrados pelo sistema nervoso central. Ele é constituído pelo:
· Diafragma;
· Sistema vibrador constituído pelas pregas vocais;
· Sistema ressoador constituído pelo tórax e pelas cavidades nasobucofaríngeas;
· Sistema articulador que é constituído pelos lábios, dentes, palatos duro e mole,
mandíbula e faringe;
· Feedback auditivo;
· Sistema nervoso.
Estruturas
Fonoarticulatórias
- Faringes
- Pulmões
- Intrínsecos e extrínsecos da
laringe
- Intrínsecos e extrínsecos da
língua
Músculos
- Do palato mole
- Da faringe
- Faciais
- Levantadores da mandíbula
- Oral
2.2-Fisiologia da fonação:
O vídeo em início conceitua o que é voz, a colocando como som resultante de
uma ação neurofisiológica complexa, que é capaz de se diferenciar de acordo
com o gênero, idade , características físicas ou ainda estado emocional do
indivíduo. Sendo produzida essencialmente na laringe e especificamente na glote
no espaço entre as cordas vocais, a voz ainda sofre ressonância na supraglote.
Além disso, com o intuito de explicar a produção da voz diversas teorias entre
elas a mais aceita é a teoria mioelástica aerodinâmica, que descreve a produção
da voz de acordo com o efeito Bertoli, esse efeito diz que o aumento da
velocidade do ar ao passar pela laringe resulta na aproximação das pregas vocais
e a ação elástica da musculatura gera o retrocesso das mesmas.
Ademais, a teoria mioelástica aerodinâmica não explica a diversidade das vozes
humanas, em suma se sabe que a voz é resultado da ampliação da fonação pelas
cavidades de ressonância ( laringe, faringe, boca e nariz).
A fonação por sua vez deriva do ar encontrado nos pulmões, esse ar passa
pelas pregas vocais gera a vibração das mesmas, que mais tarde é amplificado
pelas cavidades de ressonância. Outrora essa também precisa do comando do
sistema nervoso central para ser realizada, o córtex cerebral envia um comando
motor para a laringe que por sua vez ativa a musculatura cricoaritenóides laterais,
que geram a aproximação das pregas vocais graças a sua função adutora, e
posteriormente a ativação dos músculos cricoaritenóideos posteriores que geram a
abdução das pregas vocais. Concomitantemente, ocorre o aumento da velocidade
do ar que diminui a pressão na região glótica acarretando no sugamento da
mucosa da prega vocal e que as pregas se toquem, como a pressão na região
supra glótica torna-se superior a da glote ocasionando a vibração da mucosa, tal
fenômeno é conhecido como ciclo glótico.
O ciclo glótico é dividido em 4 fases sendo elas fase fechada, fase de abertura ,
fase aberta e fase de fechamento, estes ocorrem rapidamente de modo que é
necessário um equipamento específico para observá-lo e são medidos em hertz.
A mastigação, apesar de ser controlada pela vontade do indivíduo (ou seja, tem
um controle voluntário), possui um ciclo de reflexos que garantem a continuidade do
processo mesmo quando não se está focando nesse processo (ato de mastigar). Os
elementos envolvidos nesse processo são os dentes, a língua, lábios, bochechas e
palato, além dos músculos levantadores da mandíbula (masseter, temporal,
pterigoideo medial e esfenomandibular), e os abaixadores da mandíbula (digástrico,
pterigoideo lateral, mão-hioideo e gênio-hioideo). Quanto à inervação motora, tem-se
o trigêmeo inervando os músculos mastigadores, o facial inervando lábios e
bochechas, o hipoglosso inervando a língua e o vago inervando o véu palatino.
A fase oral inicia-se com a língua comprimindo o bolo alimentar contra o palato, só
que essa compressão inicia no ápice da língua, seguindo do corpo dela e esse
movimento vai ser o que vai impulsionar o bolo alimentar para cima e para trás, ou
seja, em direção à faringe, daí a fase faríngea se inicia. A fase faríngea é mais
complexa, pois ela precisa proteger a via respiratória, então ela se inicia com o
contato do bolo alimentar no epitélio da faringe que promove uma combinação de
reflexos. O palato mole primariamente se eleva e as pregas palatofaríngeas se
aproximam medialmente, protegendo a porção nasal da faringe, evitando assim o
refluxo. Quando o reflexo dispara na faringe, a onda peristáltica (gerada pelo
movimento de contração e relaxamento simétrico dos músculos) continua,
sequencialmente, através do esôfago, onde ocorre a fase esofágica, em que o bolo
alimentar é conduzido, através dos movimentos peristálticos reflexos, do esôfago para
o estômago.
O som é uma onda mecânica que possui várias características desde do momento
que atravessa de sua fonte até seu receptor, uma delas é a frequência, que define o
grave, médio ou agudo do som, sendo expressa em Hertz (Hz). Além da frequência,
tem-se a intensidade sonora e o timbre, a intensidade corresponde a amplitude das
vibrações periódicas das partículas de ar e está associada à pressão e energia
sonora, pode ser forte quando a intensidade é alta e fraco quando é baixa, sendo
expressa em decibéis (dB), já o timbre é a qualidade do som, estando relacionado a
variações de amplitude. Para que se possa receber e captar o som de maneira ideal,
há a existência de todo um sistema, o auditivo, que pode ser dividido em: sistema
auditivo central, composto de tronco encefálico e áreas corticais; e sistema auditivo
periférico, composto de
1. Orelha Externa
2. Orelha Média
3. Orelha Interna
4. Córtex Vestibular
A medula espinhal está contida no canal vertebral, cavidade formada pela junção das
vértebras, e dessa região do SNC, partem 31 pares de nervos espinhais. O SNP se
divide em nervos, gânglios e órgãos efetores, como, terminações nervosas,
receptores, placa motora, entre outros. Ademais, convém destacar que o sistema
nervoso periférico é dividido em SNP somático e SNP autônomo, este sendo dividido
em sistema nervoso simpático e parassimpático.
A Via auditiva lateral é bilateral em toda a sua extensão e é formada pelos núcleos
olivares, responsáveis pela localização das ondas sonoras; pelo colículo inferior,
responsável pela organização dos reflexos de orientação da cabeça em resposta ao
som; e pelo córtex auditivo, responsável pelo início do processo de percepção sonora.
Quanto ao Córtex auditivo, é importante ressaltar que toda via auditiva tem uma
representação tonotópica (bilateral) da membrana basilar, até a área de projeção no
córtex auditivo primário (lobo temporal). Além disso, o córtex auditivo possui um mapa
de representação colunar das frequências sonoras. O córtex auditivo primário é
ativado por todos os sons e o córtex auditivo secundário é ativado apenas por sons da
linguagem falada, os fonemas. A Área de Werneck, também de extrema importância,
é uma área de associação sensorial responsável pela compreensão das palavras não
só ouvidas mas também lidas. Vale lembrar que o Córtex cerebral é responsável por
planejar e executar o ato da fala e fonação, pela contração, movimentos distintos,
postura, controle volitivo da voz e ritmo da fala.
Como já foi exposto anteriormente, o Sistema Nervoso Periférico é constituído pelo
SNP somático e SNP autônomo e é formado pelos nervos, gânglios e órgãos
terminais. O sistema nervoso somático corresponde à parte do sistema nervoso que
controla a musculatura esquelética, que é responsável pela nossa locomoção e por
outros movimentos voluntários. Além disso, também tem como função produzir
respostas ao ambiente externo que podem ser controladas conscientemente. O
sistema nervoso somático é dividido em duas partes:
Dentro da fonoaudiologia podemos destacar alguns desses pares, sendo eles o Nervo
Facial, que corresponde ao VII par; o Nervo Vestíbulococlear, que se refere ao VIII
par; o Glossofaríngeo, que corresponde ao IX par; Vago que corresponde ao X par;
Acessório, corresponde ao XI e Hipoglosso, corresponde ao XII par.
O oitavo par, conhecido como vestibulococlear, na sua raiz sensitiva inerva o aparelho
vestibular, o que permite a sensibilidade vestibular através da posição e dos
movimentos da cabeça e da cóclea,permitindo a audição.
Já o nervo acessório ( XI par) e Hipoglosso ( XII par) possuem apenas fibras motoras,
o primeiro inervando o músculo esternocleidomastóideo e trapézio resultando no
movimento da cabeça e ombros. O segundo inervando os músculos intrínsecos e
extrínsecos da língua, com exceção do palatoglosso.
Esses nervos principais seguem pela medula até atingir os órgãos alvos,
destacando-se o Vago que passa pela traqueia até atingir o coração e o
Glossofaríngeo que segue pela traqueia e laringe.
https://blog.jaleko.com.br/pares-de-nervos-cranianos-o-que-voce-precisa-saber/
ATIVIDADE EM GRUPO
Nervo
Trigêmeo
(V par)
Função motora:Mm. da mastigação, tensores Abertura e
do tímpano e do véu palatino, milo-hióideo e fechamento
digástrico mandibular,
deglutição e
(ventre anterior).
tensão da
membrana
timpânica
Nervo
Função motora: o músculo estilofaríngeo Deglutição
Glossofaríng
eo
( IX par)
Parassimpática : Glândula parótida por meio Salivação
do gânglio ótico.
(X par)
Função motora: palato mole,faringe,laringe e Fala e deglutição
esôfago superior,nas vísceras torácicas e
abdominais.
Movimento da
Nervo
Hipoglosso língua
Função motora: músculos intrínsecos e
(XII par)
extrínsecos da língua, com exceção do
palatoglosso.
Atividade individual (Amanda Oliveira)
REFERÊNCIAS:
Ebooks Acesso livre: NASCIMENTO JÚNIOR, BJ. (2020). E-book Anatomia
Humana Sistematica Basica.
https://www.researchgate.net/publication/343836776_E
book_Anatomia_Humana_Sistematica_Basica
BEHLAU, Mara (Org.). A voz do especialista. Rio de Janeiro: Revinter, 2001. ISBN
8573094893 (v.1).
PINHO, Sílvia Maria Rebelo; KORN, Gustavo Polacow; PONTES, Paulo. Músculos
intrínsecos da laringe e dinâmica vocal Editora: Thieme Revinter. 2019.149 p.
eBook Kindle. ASIN: B07Q46KBKV.