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INDÚSTRIA CULTURAL

FRENTE A – CAP. 2
H21 – Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
INTERACIONISMO SIMBÓLICO

Baseia-se, em última análise, em três premissas. A primeira


estabelece que os seres humanos agem em relação ao mundo
fundamentando-se nos significados que este lhes oferece.[...].
A segunda premissa consiste no fato de os significados de tais
elementos serem provenientes da ou provocados pela
interação social que se mantém com as demais pessoas. A
terceira premissa reza que tais significados são manipulados
por um processo interpretativo(e por este modificados)
utilizado pela pessoa ao se relacionar com os elementos com
que entra em contato.
(Blumer, H. A natureza dos interacionismo simbólico, SP, 1980)
Adorno Horkheimer

INDÚSTRIA DE MASSA
Produção em Série
Comercialização
• Escola de Frankfurt, 1947 Lucratividade
• Marxista, Critica a racionalização
que aprisiona os indivíduos politica e
economicamente.
Médice (1970-74): .

▪ TV (1960 ) - 9,5%
▪ TV ( 1970) - 40%
Uma ponte nociva entre a cultura erudita e a popular.

▪A indústria cultural
estimularia o imobilismo.
➢alienação dos homens
➢banaliza a obra de arte
erudida.(p.37)
Chama Verequete, ê, ê, ê, ê
Chama Verequete, ô,ô,ô,ô
Chama Verequete, ruuum
Chama Verequete, Oh! Verê
Oi chama Verequete, Oh! Verê

Ogum Balailê, pelejar, pelejar


Ogum, Ogum, tatára com Deus
Guerreiro Ogum tatára com Deus
Papai Ogum, tatára com Deus
Ogum, Ogum.

O peru ta pulando, xô peru


Ora pula peru, xô peru
O peru ta rodando, xô peru
Ora roda peru, xô peru
Tatá, tatá...
A Melhor Banda de Todos os Tempos da As músicas mais pedidas
Última Semana Os discos que vendem mais
(Branco Mello / Sérgio Britto) As novidades antigas
Quinze minutos de fama Nas páginas dos jornais
Mais um pros comerciais Um idiota em inglês
Quinze minutos de fama Se é idiota é bem menos que nós
Depois descanse em paz. Um idiota em inglês
O gênio da última hora É bem melhor do que eu e vocês
É o idiota do ano seguinte A melhor banda de todos os tempos da
O último novo rico última semana
É o mais novo pedinte. O melhor disco brasileiro de música
A melhor banda de todos os tempos da americana.
última semana O melhor disco dos últimos anos de
O melhor disco brasileiro de música sucessos do passado
americana. O maior sucesso de todos os tempos entre
O melhor disco dos últimos anos de os dez maiores fracassos.
sucessos do passado Não importa a contradição
O maior sucesso de todos os tempos entre O que importa é televisão
os dez maiores fracassos. Dizem que não há nada a que você não se
Não importa a contradição acostume
O que importa é televisão Cala a boca e aumenta o volume então.
Dizem que não há nada a que você não se Os bons meninos de hoje
acostume Eram os rebeldes da outra estação
Cala a boca e aumenta o volume então. O ilustre desconhecido
É o novo ídolo do próximo verão...
TEXTO I (ENEM)
A melhor banda de todos os tempos da última semana/O melhor disco brasileiro de música americana
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado/ O maior sucesso de todos os tempos entre os dez
maiores fracassos
Não importa contradição/O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO,
MELLO, B.;
B.; BRITTO,
BRITTO, S.
S. A
A melhor
melhor banda
banda de
de todos
todos os
os tempos
tempos da
da última
última semana.
semana. São
São Paulo:
Paulo: Abril
Abril Music,
Music, 2001
2001 (fragmento).
(fragmento).

TEXTO II
O fetichismo na música e a regressão da audição
Aldous Huxley levantou em um de seus ensaios a seguinte pergunta: quem ainda se diverte realmente hoje
num lugar de diversão? Com o mesmo direito poder-se-ia perguntar: para quem a música de entretenimento
serve ainda como entretenimento? Ao invés de entreter, parece que tal música contribui ainda mais para o
emudecimento dos homens, para a morte da linguagem como expressão, para a incapacidade de
comunicação. (ADORNO,
(ADORNO, T.
T. Textos
Textos escolhidos.
escolhidos. São
São Paulo: Nova Cultural,
Paulo: Nova Cultural, 1999.)
1999.)

A aproximação entre a letra da canção e a crítica de Adorno indica o(a)


a) lado efêmero e restritivo da indústria cultural.
b) baixa renovação da indústria de entretenimento.
c) influência da música americana na cultura brasileira.
d) fusão entre elementos da indústria cultural e da cultura popular.
e) declínio da forma musical em prol de outros meios de entretenimento.
Juan Costa da Costa
Muito se discute acerca dos limites que devem ser impostos à publicidade e
propaganda no Brasil - sobretudo em relação ao público infantil. Com o
advento do meio técnico-científico informacional, as crianças são inseridas
de maneira cada vez mais precoce ao consumismo imposto por uma
economia capitalista globalizada - a qual preconiza flexibilidade de
produção, adequando-se às mais diversas demandas. Faz-se necessário,
portanto, uma preparação específica voltada para esse jovem público, a fim
de tornar tal transição saudável e gerar futuros consumidores conscientes.

Um aspecto a ser considerado remete à evolução tecnológica vivenciada


nas últimas décadas. Os carrinhos e bonecas deram lugar aos
"smartphones", videogames e outros aparatos que revolucionaram a
infância das atuais gerações. Logo, tornou-se essencial a produção de um
marketing voltado especialmente para esse consumidor mirim - objetivando
cativá-lo por meio de músicas, personagens e outras estratégias
persuasivas. Tal fator é corroborado com a criação de programas e até
mesmo canais voltados para crianças (como Disney, Cartoon Network e
Discovery Kids), expandindo o conceito de Indústria Cultural (defendido por
filósofos como Theodor Adorno) - o qual aborda o uso dos meios de
comunicação de massa com fins propagandísticos.
Somado a isso, o impasse entre organizações protetoras dos direitos das
crianças e os grandes núcleos empresariais fomenta ainda mais essa pertinente
discussão. No Brasil, vigoram os acordos isolados com o Poder Público - sem a
existência de leis específicas. Recentemente, a Conanda (Comissão Nacional de
Direitos da Criança e do Adolescente) emitiu resolução condenando a
publicidade direcionada ao público infantil, provocando o repúdio de
empresários e propagandistas - que não reconhecem autoridade dessa
instituição para atuar sobre o mercado. Diante desses posicionamentos
antagônicos, o debate persiste.

Com o intuito de melhor adequar os "consumidores do futuro" a essa realidade,


e não apenas almejar o lucro, é preciso prepará-los para absorver as muitas
informações. Isso pode ser obtido por meio de campanhas promovidas pelo
Poder Público nas escolas (com atividades lúdicas e conscientizadoras) e na
mídia (TV, rádio, jornais impressos, internet), bem como a criação de uma
legislação específica sobre marketing infantil no Brasil - fiscalizando empresas
(prevenindo possíveis abusos) - além de orientação aos pais para que melhor
lidem com o impulso de consumo dos filhos (tornando as crianças conscientes
de suas reais necessidades). Dessa forma, os consumidores da próxima
geração estarão prontos para cumprirem suas responsabilidades quanto
cidadãos brasileiros (preocupados também com o próximo) e será promovido o
desenvolvimento da nação.
(PPL) O bem simbólico sofre, da mesma forma que os bens materiais, o
resultado das transformações do capitalismo. A indústria cultural
estrutura-se para se realizar em série, fazendo com que os produtos
culturais virem mercadorias, conforme afirmação de Adorno e
Horkheimer.
A Escola de Frankfurt, em sua análise sobre a indústria cultural,
constrói uma postura crítica direcionada para a:

a) veiculação de uma cultura heterogênea pelos meios de


comunicação de massa.
b) diversificação dos gostos produzida pelos meios de comunicação de
massa.
c) alienação da realidade ocasionada pela ação dos meios de
comunicação de massa.
d) capacidade de pensamento crítico e autônomo promovida pelo
advento dos meios de comunicação de massa.
e) o produto da indústria cultural é hegemônico e recebido com
criticidade.
DIMINUI AS
DISTÂNCIAS
TERRITORIAIS E
SOCIAIS
4-INTERNET, CIBERCULTURA E CIBERESPAÇO

O Ciberespaço[...] especifica
não apenas a infraestrutura
material da comunicação
digital, mas também o universo
oceânico de informação que ela
abriga, assim como os seres
humanos que navegam e
alimentam esse universo.
(Lévy, Pierre. Cibercultura. SP, 1999). Citado Bernoulli, cap. 2.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

▪ AUSÊNCIA DE HIERARQUIAS
▪ IDENTIDADES VARIADAS
▪ EXPRESSÃO (Cibypunk -
contracultura)
▪ ANONIMATO (fake news)
▪ LIBERDADE INFORMAÇÃO –
Hacktivismo (Software livre)
FAKE NEWS
COMBATENDO FAKE NEWS

• Agência Lupa
• Fato ou Fake
• Agência Pública -
Truco
• E-Farsas
• Fake Check
LICENÇA LIVRE - COPYLEF
4- CIBERCULTURA
“Cibercultura”, especifica aqui
o conjunto de técnicas
(materiais e intelectuais), de
práticas, de atitudes, de modos
de pensamento e de valores
que se desenvolvem
juntamente com o crescimento
do ciberespaço”
(Lévy, Pierre. Cibercultura. SP, 1999). Citado Bernoulli, cap. 2.
INTELIGÊNCIA COLETIVA

É uma forma de o homem pensar


e compartir seus conhecimentos
com outras pessoas, utilizando
recursos mecânicos como, por
exemplo, a internet. Nela os
próprios usuários é que geram o
conteúdo através da
interatividade.
TRIBOS URBANAS
FARM, POR EXEMPLO, REPRESENTOU A
IEMANJÁ COM MODELO BRANCA E CAUSOU
POLÊMICA NA WEB

Para Walter Benjamin, a possibilidade de


reprodução da obra de arte faz com que ela
perca “aura”, assumindo uma nova função
social.
Assim, a reprodutibilidade técnica da obra
de arte permitiria:
a) a perda total da produção+6 artística.
b) a maior divulgação do acesso à arte.
c) a falsificação de obras.
d) a valorização do artista.
“A cultura negra é
popular, mas as pessoas
negras, não”.

“Precisamos entender
como o sistema funciona.
Por exemplo: durante
muito tempo, o samba foi
criminalizado, tido como
coisa de “preto favelado”,
mas, a partir do momento
que se percebe a
possibilidade de lucro do
samba, a imagem muda. E a
imagem mudar significa
que se embranquece seus
símbolos e atores para com
o objetivo de
mercantilização. Para
Conforme definição do antropólogo Rodney
William: “a apropriação cultural é
um mecanismo de opressão por meio do qual
um grupo dominante se apodera de uma cultura
inferiorizada, esvaziando de significados suas
produções, costumes, tradições e demais
elementos. É uma estratégia de dominação que
visa apagar a potência de grupos histórica e
sistematicamente inferiorizados, esvaziando de
significados todas as suas produções, como
forma de promover seu genocídio simbólico.
Apropriação cultural e racismo são temas
imbricados”.

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