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MANUAL DE INSTALAÇÃO,

OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO

COMPRESSOR RADIAL
SUPRI SOLUÇÕES
LINHA SSCV

Supri Soluções Ltda.


(11) 99279-9968
www.suprisolucoes.com.br

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INTRODUÇÃO

Este manual foi elaborado com base nas especificações técnicas do equipamento,
peças que o integram e experiência da Supri Soluções na fabricação de compressores
radiais.
As especificações e recomendações contidas nesse manual garantem o melhor uso do
seu equipamento.
Em caso de dúvida entrar em contato com a Supri Soluções através dos nossos canais
de comunicação disponíveis em nosso site.

RECOMENDAÇÕES

Os compressores radiais Supri Soluções são dotados de motores elétricos que possuem
circuitos energizados, partes girantes e superfícies quentes durante sua operação
normal que podem causar danos às pessoas. Dessa forma, todas as atividades
relacionadas ao seu transporte, armazenagem, instalação, operação e manutenção
devem ser realizadas por pessoal capacitado.
A não observação das instruções indicadas neste manual e demais referenciadas pode
resultar em sérios danos pessoais e materiais e anular a garantia do produto.
Durante o período de garantia do equipamento, os serviços de reparo, revisão e
recuperação devem ser realizados pelos técnicos da Supri Soluções para continuidade
do termo de garantia. Em caso de manutenção ou reparos realizados por outros
agentes, a garantia do produto se torna nula.

VERIFICAÇÃO NO RECEBIMENTO

Todos os nossos equipamentos são testados durante sua montagem e antes do envio
para nossos clientes.
Durante o recebimento do produto verificar se ocorreram danos durante o transporte.
Caso haja qualquer dano visível registrar por escrito junto ao agente transportador e
comunicar imediatamente a companhia seguradora e a Supri Soluções. A não
comunicação pode resultar no cancelamento da garantia. (o procedimento acima se
refere aos produtos enviados através de transportadora registradas na ANTT e com
seguro de carga).
Verificar se os dados contidos na placa de identificação estão de acordo com a nota
fiscal e o pedido de compra.
Assegurar que o motor não tenha sido exposto à poeira e umidade excessiva durante o
transporte;
Não remover os tampões que fecham os furos da caixa de ligação e a entrada e saída
do compressor, caso existam. Estes itens de proteção devem ser mantidos até o início
da instalação.

PLACA DE IDENTIFICAÇÃO

A placa de identificação contem as informações de características de operação do


compressor, modelo e número de serie. Mantenha-a sempre junto ao equipamento
como referência para futuras manutenções e compra de peças sobressalentes.

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SEGURANÇA

Durante a instalação e manutenção, o motor deve estar desconectado da rede elétrica


e partes girantes completamente paradas.
Os profissionais que trabalham em instalações elétricas, seja na montagem, na
operação ou na manutenção, devem utilizar ferramentas apropriadas e serem instruídos
sobre a aplicação das normas e prescrições de segurança, inclusive sobre o uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que devem ser cuidadosamente
observados.

MANUSEIO E TRANSPORTE

Os compressores radiais Supri Soluções são embalados individualmente e não devem


ser içados pelos olhais do motor, mas sim pela base e carcaça do equipamento. Os
olhais de içamento do motor são dimensionados para suportar apenas a massa do motor
indicada na placa de identificação do mesmo. O içamento do compressor pelos olhais
do motor pode provocar o desbalanceamento do eixo e consequente
desbalanceamento do rotor do compressor.
Nunca utilizar os olhais de içamento para suspender o motor em conjunto com outros
equipamento, como por exemplo: bases, polias, ventiladores, bombas, redutores, etc.
Olhais danificados, por exemplo, com trincas, deformações, etc., não devem ser
utilizados. Verificar suas condições antes de utilizá-los.
Toda movimentação do equipamento deve ser realizada de forma suave, sem impactos,
caso contrário os rolamentos podem ser danificados bem como o desbalanceamento do
rotor.

ARMAZENAMENTO

Se o equipamento não for utilizado imediatamente, recomenda-se armazená-lo em local


seco com umidade relativa do ar de até 60%, com temperatura ambiente acima de 5°C
e abaixo de 40°C, isento de poeira, vibrações, gases, agentes corrosivos, com
temperatura uniforme, em posição normal e sem apoiar sobre ele outros objetos.
Caso o motor possua resistência de aquecimento, esta deverá ser energizada sempre
que o motor o equipamento não estiver em operação. Isto se aplica também para os
casos em que o equipamento estiver instalado, porém fora de uso por um longo período.
Nestas situações, dependendo das condições do ambiente, poderá ocorrer
condensação de água no interior do motor, provocando queda na resistência de
isolamento. Os equipamentos devem ser armazenados de tal modo que a drenagem
seja facilitada.
As resistências de aquecimento nunca devem estar energizadas enquanto o motor
estiver operando.

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RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Recomenda-se medir periodicamente a resistência de isolamento do motores, para


assim avaliar as condições de armazenamento sob o ponto de vista elétrico. Se forem
observadas quedas nos valores de resistência de isolamento, as condições do
armazenamento devem ser analisadas, avaliadas e corrigidas, quando necessário.

Procedimento para medição da resistência de isolamento

A medição da resistência de isolamento deve ser realizada em área segura.


A resistência de isolamento deve ser medida com um megômetro e com o motor parado,
frio e completamente desconectado da rede elétrica.
Para evitar o risco de choque elétrico, descarregue os terminais imediatamente antes e
depois de cada medição. Caso o motor possua capacitores, estes devem ser
descarregados.
É recomendável que cada fase seja isolada e testada separadamente, permitindo que
seja feita uma comparação entre a resistência de isolamento em cada fase. Para testar
uma das fases, as demais fases devem estar aterradas.
O teste de todas as fases simultaneamente avalia apenas a resistência de isolamento
contra o terra.
Neste caso não é avaliada a resistência de isolamento entre as fases.
Os cabos de alimentação, chaves, capacitores, e outros equipamentos externos ligados
ao motor podem influenciar consideravelmente a medição da resistência de isolamento.
Ao realizar estas medições, todos os equipamentos externos devem estar
desconectados e aterrados.
A leitura da resistência de isolamento deve ser realizada após a tensão ser aplicada
pelo período de um minuto (1 minuto). A tensão a ser aplicada deve obedecer a Tabela
1.

A medição da resistência de isolamento deve ser corrigida para a temperatura de 40°C conforme
Tabela 2.

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A condição do isolamento do motor deverá ser avaliada comparando-se o valor medido com os
valores da Tabela 3 (referenciados a 40 °C).

Os dados indicados na tabela servem apenas como valores de referencias. Sugere-se


manter o histórico da resistência de isolamento do motor durante toda a sua vida.
Se a resistência de isolamento estiver baixa, o estator do motor pode estar úmido. Nesse
caso, recomenda-se levá-lo para manutenção, para que sejam realizados a avaliação e
o reparo adequado. Este serviço não é coberto pelo Termo de Garantia.

INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO

A temperatura ambiente do local onde o equipamento será instalado não poderá ser
inferior a -15ºC e nem ficar acima de 40ºC. A umidade relativa do ar não deverá
ultrapassar 80%.
A sua montagem deverá ocorrer sempre que possível na posição horizontal em relação
ao eixo do motor. Em alguns casos, para pequenos equipamentos a montagem poderá
ser realizada com o motor na vertical, e a entrada e saída de ar voltada para cima,
evitando sempre que possível sua montagem na vertical com a entrada e saída de ar
voltada para baixo conforme mostrado na figura 2 abaixo.

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Os motores podem ser instalados sobre bases de concreto (mais recomendada e usual
para compressores acima de 3CV) ou bases metálicas (mais comum para compressores
até 1CV).
Observar se o tempo de partida do equipamento está situado em no máximo 9
segundos, dependendo do tamanho do motor e do tipo de chave de partida a carga
inicial poderá em alguns casos ultrapassar esse tempo.
Durante a partida a carga elétrica é elevada, reduzindo gradativamente até atingir a
rotação de trabalho, estabilizando-se um pouco abaixo da carga nominal da placa de
identificação do motor.
Em locais onde existam muitas partículas em suspensão, se faz necessária a utilização
de um filtro na entrada de ar do equipamento, pois dependendo do tamanho do
granulado o rotor poderá travar, danificando o próprio rotor e com isso podendo queimar
o motor, provocando o travamento do equipamento.
Caso o nível de ruído precise ser reduzido, é recomendado o uso de um supressor de
ruído que pode ser fornecido como opcional.

FUNDAÇÕES PARA O EQUIPAMENTO

Fundação é o elemento estrutural, base natural ou preparada, destinada a suportar os


esforços produzidos pelos equipamentos instalados, permitindo a operação destes com
estabilidade, desempenho e segurança. O projeto das fundações deve considerar as
estruturas adjacentes para evitar influência de um equipamento sobre o outro, a fim de
que não ocorra propagação de vibrações.
A fundação deve ser plana e a sua escolha, detalhamento e execução deve permitir a
fixação do compressor radial ao solo ou superfície onde será instalado.
O usuário é totalmente responsável pelo projeto, preparação e execução da fundação.

INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Verificar se a rede elétrica onde o equipamento será instalado é a mesma indicada na


placa do motor, pois a aplicação incorreta da voltagem ou a conexão errada da fiação
provocará danos no motor.
Regular o relê de proteção do motor para 10% acima da carga efetiva do motor, para
em caso de aumento de carga, ou de queda de alguma das fases, o relê
automaticamente desarmar, evitando assim a queima do motor.
Utilizar os fios devidamente dimensionados em função da capacidade do motor, para
que não haja superaquecimento dos mesmos.

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BALANCEAMENTO

Equipamentos desbalanceados geram vibrações que podem causar danos ao motor. O


rotor do Compressor Radial Supri Soluções é balanceado dinâmica e estaticamente.
Excesso de vibração do equipamento pode ser um indicio de desbalanceamento do
rotor. Nesse caso, desligue imediatamente o equipamento e envie-o para reparo e
manutenção.

MÉTODOS DE PARTIDA

Sempre que possível, a partida do motor deve ser direta (em plena tensão). É o método
mais simples, no entanto somente é viável quando a corrente de partida não afeta a
rede de alimentação. É importante seguir as regras vigentes da concessionária de
energia elétrica.
Nos casos em que a corrente de partida do motor é alta, podem ocorrer as seguintes
consequências:
a) Elevada queda de tensão no sistema de alimentação da rede, provocando
interferência nos equipamentos instalados nesse sistema:
b) O superdimensionamento do sistema de proteção (cabos e contatores), o que eleva
os custos da instalação.
Caso a partida direta não seja possível devido aos problemas citados acima, pode-se
usar o método de partida indireta compatível com a carga e a tensão reduzida, o torque
de partida do motor também será reduzido.
A Tabela 4 indica os métodos de partida indireta possíveis de serem utilizados de acordo
com a quantidade de cabos do motor.

A Tabela 5 indica exemplos de métodos de partida indireta possíveis de serem


utilizados, de acordo com a tensão indicada na placa de identificação do motor e a
tensão da rede elétrica

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CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

O sentido de rotação do motor está indicado na capa da hélice de resfriamento do motor


com uma seta, caso necessite à inversão de rotação, basta inverter 2 dos 3 fios no caso
de compressor radial com motor trifásico.
O motor é fornecido normalmente em 220/380V, 3500 RPM, IP-55, isolação B, para
todas as potências. Contudo poderá ser fornecido de acordo com as especificações de
cada cliente. Os motores monofásicos serão fornecidos em 110V ou 220V, ou então
110/220V.
Os motores para a linha CV são fornecidos com as seguintes características:
Motor IP55 (NBR-6146) com rotor de gaiola, TFVE (totalmente fechado com ventilação
externa),
dimensões do eixo e fixação (NBR-5432).
Mancais com rolamentos de esfera, (conforme Tabela 9 de rolamentos).
Isolamento classe B (130ºC) – NBR 7094.
Tensão em 220/380V – 440V ou 220/380/440/760V.
Frequência 60HZ.
Padronização de potência x carcaça - NBR 8441.

ATENÇÃO: Para ligação do motor acima de 7,5HP, recomenda-se fazer ligação


estrela/triângulo, a fim de evitar a elevação da corrente na partida do equipamento
(pico). As chaves/fusíveis para esta ligação devem estar de acordo com a corrente (A)
especificada na placa do motor.

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DESMONTAGEM DO EQUIPAMENTO

Limpar o equipamento.
Remover a tampa, soltando os 8 (oito) parafusos, que prendem a carcaça, com uma
chave de fenda.
Retirar o disco de trava, soltando o parafuso central e os 3 (três) parafusos em sua
volta.
Retirar o rotor utilizando um sacador (um disco igual à arruela que trava o rotor, com
um parafuso de rosca maior que a existente no eixo do motor). Girar o parafuso no
sentido anti-horário.
Soltar os 4 (quatro) parafusos que prendem a carcaça na flange do motor.
Limpar o equipamento por dentro, (carcaça, rotor e base); verificar se o motor não
está queimado e se as esponjas (na base), não estão sujas. Se isso ocorrer, se faz
necessário o rebobinamento do motor e a troca dos filtros (base).

MONTAGEM DO EQUIPAMENTO

Fazer o caminho inverso da desmontagem.

DESMONTAGEM DO MOTOR PARA TROCA DE ROLAMENTOS

Soltar os 3 (três) parafusos do capacete traseiro do motor e retirá-lo


Retirar o pino elástico que prende a hélice no eixo para assim poder retirar a hélice.
Soltar os 4 (quatro) parafusos que fixam a flange dianteira na carcaça.
Remover a flange juntamente com o eixo.
Remover o eixo soltando os 2 (dois) parafusos que prendem a flange no anel de
fixação do rolamento (quando houver).
Retirar os rolamentos em uma prensa (aprox. 15 toneladas).

MONTAGEM DO MOTOR

Fazer o caminho inverso da desmontagem.


Obs: Antes, verificar a especificação técnica relativa a quantidade de graxa no
rolamento.

TERMO DE GARANTIA

1. GARANTIA

A SUPRI SOLUÇÕES garante todos os produtos de sua fabricação por um período de


01 (um) ano a contar da data de emissão da Nota Fiscal.
Não é assegurada a garantia nos casos de:
Danos acidentais ou provocadas pelo ambiente, por materiais ou substancias que
possam entrar em contato com o equipamento provocando corrosões químicas ou
galvânicas, abrasão mecânica,
desbalanceamento, deterioração pela umidade ou calor.
Instalação elétrica inadequada (sem dispositivo de proteção do motor, fiação mal
dimensionada, etc).
Reparações ou alterações feitas por pessoas não autorizadas pela SUPRI
SOLUÇÕES.

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2. LIMITAÇÕES

Mesmo que fornecidos em conjunto, a garantia não abrange os motores elétricos,


rolamentos e mancais, acoplamentos elásticos, correias, amortecedores e outros
acessórios de fabricação de terceiros,
por não serem garantidos também na origem, ou por terem sua garantia de modo
limitado, exigindo muitas vezes, a remessa ao fabricante original para avaliação. Neste
caso, a SUPRI SOLUÇÕES transfere ao comprador a garantia que lhe for assegurada.
A SUPRI SOLUÇÕES, entretanto, concederá a garantia se comprovado erro no
dimensionamento ou seleção de qualquer componente.

3. RESPONSABILIDADES

A SUPRI SOLUÇÕES não assumirá responsabilidade por perdas e danos pessoais e/ou
materiais
causados direta ou indiretamente pelo manuseio, uso ou falha de equipamento.

4. SUSPENSÃO

A garantia será suspensa automaticamente durante a inadimplência do comprador de


quaisquer compromissos assumidos, sem prejuízo da decorrência normal de seu prazo
de validade.

5. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A SUPRI SOLUÇÕES não aceita devoluções ou trocas de equipamentos, componentes


e acessórios, a menos que ocorram divergências de especificação ou dimensionamento
em relação à encomenda.
Consideram-se aceitas as mercadorias não reclamadas dentro de 30 (trinta) dias após
a emissão da Nota Fiscal.

Supri Soluções Ltda.

Guarulhos – SP

www.suprisolucoes.com.br
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