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Geradores Síncronos Trifásicos

Instruções e Avisos de Segurança


MJ_400 – 450 – 500 – 560 – 630 – 710 – 800 – 900

SIN.UM.036.0_PT
Manual para Geradores Síncronos

Instruções de segurança

1. Aspectos gerais
As normativas gerais de segurança, os acordos específicos estipulados para canteiros/instalações e as precauções de
segurança referidas neste documento, devem ser sempre respeitadas.

2. Uso previsto

As máquinas elétricas possuem partes rotativas e sob tensão, perigosas, e podem apresentar superfícies
sobreaquecidas. Todas as operações relacionadas ao transporte, armazenagem, conexões, colocação em operação,
funcionamento e manutenção, devem ser realizadas por pessoal responsável e competente (de acordo com a norma EN
50 110-1 / DIN VDE 0105 / IEC 60364). O manuseio incorreto pode causar danos pessoais e materiais. Perigo!
Estas máquinas são componentes destinados a serem incorporados em máquinas industriais, como definido na Diretiva
Máquinas 2006/42/EC. É proibido colocar o equipamento em operação até que se estabeleça que o produto final está
em conformidade com esta Diretiva (cumprir as normas de segurança e instalação locais, tais como, por exemplo, a EN
60204 na Europa).
Estas máquinas estão em conformidade com as normas harmonizadas da série EN 60034 / DIN VDE 0530 e seu uso
em atmosferas explosivas é proibido, a menos que elas sejam projetadas especificamente para tal uso (ver instruções
adicionais).
Nunca utilizar graus de proteção ≤ IP 23 ao ar livre. Os modelos arrefecidos a ar são projetados para temperaturas
ambiente entre -20°C e +40°C e altitudes de ≤ 1000 m acima do nível do mar. A temperatura ambiente para os modelos
refrigerados a ar / água não deve ser inferior a +5°C (para máquinas com mancais deslizantes, consultar a
documentação do fabricante). O ambiente de trabalho deve estar em conformidade com as indicações mencionadas na
placa.

3. Transporte, armazenagem

Comunicar imediatamente à empresa de transportes quaisquer danos encontrados na entrega do equipamento. Parar a
colocação em serviço, se necessário. Os grampos de içamento estão projetados para levantar apenas uma máquina:
não acrescentar cargas adicionais. Verifique o uso correto dos grampos de içamento e utilize meios de transporte
adequados e com dimensões apropriadas. Antes de colocar a máquina em operação, retire os reforços usados para o
transporte (tais como bloqueios dos mancais e amortecedores de vibrações) e guarde-os para uso futuro.
Quando as máquinas são colocadas no armazém, certifique-se que são armazenadas em um local enxuto, sem pó nem
vibrações para evitar danificar os mancais durante o período de armazenagem. Meça a resistência de isolamento antes
de efetuar a colocação em operação. Com valores de ≤ 1 kΩ por volt da tensão nominal, enxugue o enrolamento de
acordo com as instruções do fabricante.

4. Instalação

Assegurar-se que o suporte seja plano, a fixação dos pés ou da flange seja sólida e o alinhamento preciso se o
acoplamento for direto. Evitar que a montagem de componentes adicionais cause ressonâncias com frequência
rotacional e dupla frequência de alimentação elétrica. Girar o rotor e verificar que não haja ruídos de deslizamento
anômalos. Verificar o sentido da rotação com os componentes não acoplados.
Para montar ou remover acoplamentos ou outros elementos de guia, seguir as instruções do fabricante e cobrí-las com
proteções. À prima inicialização da máquina incompleta, travar ou retirar a chave que está na extremidade do eixo.
Evitar cargas radiais e axiais suplementares nos mancais (consultar a documentação do fabricante). A estabilidade do
arranjo da máquina é indicada por H = meia chaveta e F = chaveta completa. Caso a estabilidade do arranjo da
máquina seja dada com meia chaveta, o mesmo deve acontecer no acoplamento; se a chave na extremidade do eixo é
saliente e parcialmente visível, estabelecer o equilíbrio mecânico.
Fazer as conexões necessárias para o equipamento de ventilação e refrigeração. Certificar-se que as aberturas de
entrada e saída de ar não estejam obstruídas e que o ar quente não seja aspirado por maquinários acoplados ou
próximos.

Instruções de segurança - 1
Manual para Geradores Síncronos

5. Conexões elétricas

Todas as operações devem ser realizadas por pessoal competente e com a máquina parada. Antes de iniciar o trabalho,
verificar que sejam perfeitamente respeitadas as normas de segurança indicadas abaixo:
Colocar a proteção de segurança para evitar a ligação acidental
Cobrir ou colocar barreiras contra as partes sob tensão próximas entre si
Desligar a energia dos circuitos auxiliares (por exemplo o aquecimento anti-condensação)
Intervenções nas instalações elétricas devem ser realizadas exclusivamente por pessoal competente.

A ultrapassagem dos valores limite da zona A nas normas EN 60034-1 / DIN VDE 0530-1- tensão ± 5%, frequência ±
2%, forma de onda e simetria - determina um aumento da temperatura superior e incide na compatibilidade
eletromagnética. Anotar no bloco de terminais os dados informados na placa e no esquema das conexões.
A ligação deve ser realizada de modo que seja mantida uma conexão elétrica segura. Utilizar terminais adequados aos
cabos. Estabelecer e manter a conexão equipotencial de segurança.
As distâncias entre as partes sob tensão isoladas e entre estas e o aterramento não devem ser inferiores aos valores
indicados pelas normativas em matéria e aos valores eventualmente indicados na documentação do fabricante.
Na caixa de terminais não deve haver corpos estranhos, sujeira ou umidade. Fechar os furos de entrada dos cabos não
utilizados e também a caixa, de modo que não penetre água ou poeira. Travar a chave quando a máquina funciona sem
acoplamento. Antes de serem colocadas em operação, verificar que as máquinas com acessórios funcionem em modo
correto.
A instalação adequada (tal como isolamento do sinal e das linhas elétricas, blindagem de cabos e assim por
diante) é da responsabilidade do instalador.

6. Sentido de rotação
Vistos do lado do acoplamento, os geradores estão preparados para funcionarem no sentido horário ou anti-horário.
Tomar como referência a planta dimensional da máquina.

7. Conexões à terra
Dentro da caixa de terminais existe um terminal para ligação a terra e outro que está colocado em um pé do gerador.
Execute o aterramento com um fio de cobre de seção adequada, de acordo com as normas em vigor.

8. Operação
Em conformidade com a ISO 3945, a gravidade das vibrações dentro do intervalo "satisfatória” (Vrms ≤ 4.5 mm/s)
somente é aceitável se o equipamento funciona no modo acoplamento. No caso de desvio da operação normal, tal
como, por exemplo, presença de temperaturas, ruídos ou vibrações elevadas, desligue a máquina em caso de dúvida.
Identifique a causa e, se necessário, consulte o fabricante.
Não neutralize os dispositivos de proteção, mesmo na execução do teste. No caso de grandes depósitos de sujeira,
limpe o sistema de refrigeração regularmente. Periodicamente, abra os furos para drenar os condensados entupidos.
Lubrifique de novo os mancais antifrição enquanto a máquina está funcionando, seguindo as instruções informadas na
placa do gerador. Utilize o tipo de adequado de graxa. No caso de máquinas com mancais deslizantes, respeite os
prazos indicados para trocar o óleo e, se forem alimentados por óleo, verifique se o sistema está funcionando.

9. Manutenção e assistência
Siga as instruções de operação fornecidas pelo fabricante. Para mais detalhes, consulte o Manual do Usuário. Guarde
estas instruções de segurança.

Instruções de segurança - 2
Manual para Geradores Síncronos

ÍNDICE
Capítulo 1 : Introdução

1.1. Informações gerais .................................................................................................................................................. 6


1.2. Nota importante ....................................................................................................................................................... 6
1.3. Limitações de responsabilidade ............................................................................................................................... 6
1.4. Documentação ......................................................................................................................................................... 7
1.4.1 Documentação da máquina .................................................................................................................................. 7
1.4.2 Informações não incluídas na documentação ...................................................................................................... 7
1.4.3 Unidades usadas neste Manual do Usuário ......................................................................................................... 7
1.5. Identificação da máquina ......................................................................................................................................... 7
1.5.1 Número de série da máquina ............................................................................................................................... 7
1.5.2 Placa com os dados de funcionamento ................................................................................................................ 7

Capítulo 2 : Transporte e desempacotamento

2.1. Medidas de proteção a serem aplicadas antes do transporte .................................................................................. 9


2.1.1 Aspectos gerais .................................................................................................................................................... 9
2.2. Elevação da máquina .............................................................................................................................................. 9
2.2.1 Elevação de uma máquina com embalagem marítima. ........................................................................................ 9
2.2.2 Elevação de uma máquina em um palete............................................................................................................. 9
2.2.3 Elevação de uma máquina não embalada.......................................................................................................... 10
2.3. Rotação de uma máquina montada verticalmente ................................................................................................. 10
2.4. Verificações na entrada e desempacotamento ...................................................................................................... 10
2.4.1 Verificações na entrega ...................................................................................................................................... 10
2.4.2 Verificações no desempacotamento ................................................................................................................... 10
2.5. Armazenagem........................................................................................................................................................ 11
2.5.1 Armazenagem por curto prazo (menos de dois meses) ..................................................................................... 11
2.5.2 Armazenagem por longo prazo (mais que dois meses)...................................................................................... 11
Mancais lubrificados por graxa .................................................................................................................................... 12
2.5.4 Mancais deslizantes e em banho de óleo ........................................................................................................... 12

Capítulo 3 : Instalação e colocação em operação

3.1. Verificações preliminares ....................................................................................................................................... 13


3.2. Resistências de isolamento ................................................................................................................................... 13
3.2.1 Medições das resistências de isolamento .......................................................................................................... 13
3.2.2 Conversão dos valores relativos para a resistência de isolamento medida........................................................ 14
3.2.3 Considerações gerais ......................................................................................................................................... 15
3.2.4 Valores mínimos para a resistência de isolamento ............................................................................................ 15
3.3. Índice de polarização ............................................................................................................................................. 16
3.4. Recondicionamento dos enrolamentos de estator ................................................................................................. 16
3.5. Alinhamento ........................................................................................................................................................... 17
3.5.1 Linhas gerais ...................................................................................................................................................... 17
3.5.2 Nivelamento aproximado .................................................................................................................................... 17
3.5.3 Alinhamento radial e angular .............................................................................................................................. 17
3.6. Termômetros de resistência Pt100 ........................................................................................................................ 19
3.6.1 Aspectos gerais .................................................................................................................................................. 19
3.6.2 Calibração Pt100. ............................................................................................................................................... 19
3.7. Colocação em operação ........................................................................................................................................ 20
3.7.1 Aspectos gerais .................................................................................................................................................. 20
3.7.2 Primeira ligação .................................................................................................................................................. 20

Índice - 3
Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 4 : Operação

4.1. Aspectos gerais ..................................................................................................................................................... 21


4.2. Temperaturas operacionais padrão ....................................................................................................................... 21
4.3. Número de partidas ............................................................................................................................................... 21
4.4. Supervisão ............................................................................................................................................................. 22
4.5. Desligamento .................................................................................................. Errore. Il segnalibro non è definito.

Capítulo 5 : Manutenção

5.1. Manutenção preventiva .......................................................................................................................................... 23


5.2. Precauções de segurança ..................................................................................................................................... 23
5.3. Aspectos gerais ..................................................................................................................................................... 24
5.4. Programa de manutenção recomendado ............................................................................................................... 25
5.4.1 Estrutura geral .................................................................................................................................................... 25
5.4.2 Estator e rotor ..................................................................................................................................................... 25
5.4.3 Acessórios .......................................................................................................................................................... 25
5.4.4 Sistema de lubrificação e mancais ..................................................................................................................... 25
5.4.5 Sistema de refrigeração...................................................................................................................................... 26
5.5. Vibrações ............................................................................................................................................................... 27
5.5.1 Procedimentos de medição e condições operacionais ....................................................................................... 27
5.5.2 Avaliação ..................................................................................................... Errore. Il segnalibro non è definito.
5.6. Manutenção dos mancais e do sistema de lubrificação ......................................................................................... 28
5.6.1 Mancais deslizantes ........................................................................................................................................... 28
5.6.1.1 Nível do óleo ................................................................................................................................................. 28
5.6.1.2 Temperatura dos mancais ............................................................................................................................. 28
5.6.1.3 Temperatura do óleo de lubrificação ............................................................................................................. 28
5.6.1.4 Programa de troca de óleo ............................................................................................................................ 28
5.6.1.5 Tipos de óleo ................................................................................................................................................. 29
5.6.2 Rolamentos de rolo............................................................................................................................................. 30
5.6.2.1 Estrutura dos rolamentos .............................................................................................................................. 30
5.6.2.2 Dados de lubrificação .................................................................................................................................... 30
5.6.2.3 Intervalos de lubrificação ............................................................................................................................... 30
5.6.2.4 Manutenção dos rolamentos ......................................................................................................................... 30
5.7. Manutenção dos enrolamentos do estator e rotor.................................................................................................. 31
5.7.1 Instruções de segurança para manutenção dos enrolamentos .......................................................................... 31
5.7.2 Periodicidade da manutenção ............................................................................................................................ 32
5.7.3 Temperatura de exercício adequada .................................................................................................................. 32
5.7.4 Resistência de isolamento .................................................................................................................................. 32
5.8. Manutenção das unidades de refrigeração ............................................................................................................ 32
5.8.1 Instruções de manutenção para o circuito aberto de ventilação ......................................................................... 32
5.8.1.1 Limpeza dos filtros ........................................................................................................................................ 33
5.8.2 Instruções para a manutenção dos trocadores de calor ar-água........................................................................ 33
5.8.3 Instruções para a manutenção dos trocadores de calor ar-ar ............................................................................ 33
5.8.3.1 Circulação do ar ............................................................................................................................................ 33
5.8.3.2 Limpeza.................................................................................................. Errore. Il segnalibro non è definito.
5.8.4 Manutenção dos motoventiladores externos ...................................................................................................... 33
5.9. Reparações, desmontagem e montagem .............................................................................................................. 33

Capítulo 6 : Alarmes e intervenções para problemas ou falhas

6.1. Pesquisa e resolução de problemas ...................................................................................................................... 34


6.2. Desempenhos elétricos ......................................................................................................................................... 34
6.3. Desempenhos mecânicos ...................................................................................................................................... 35

Índice - 4
Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 7 : Suporte Pós-Venda MarelliService

7.1. Pós-Venda ............................................................................................................................................................. 36


7.1.1 Serviços .............................................................................................................................................................. 36
7.1.2 Peças de reposição ..................................................................................... Errore. Il segnalibro non è definito.
7.1.3 Suporte e garantia .............................................................................................................................................. 36
7.1.4 Suporte para Centros de assistência .................................................................................................................. 36
7.1.5 Detalhes para contactar a assistência Pós-Venda ............................................................................................. 36

Capítulo 8 : Relatórios

8.1. Informações gerais ................................................................................................................................................ 37


8.2. Relatório de transporte .......................................................................................................................................... 38
8.3. Relatório de armazenagem .................................................................................................................................... 39
8.4. Relatório de instalação .......................................................................................................................................... 40
8.5. Modelo relatório de problemas............................................................................................................................... 43

Capítulo 9 : Terminologia

9.1. Terminologia ................................................................................................... Errore. Il segnalibro non è definito.

Índice - 5
Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 1: Introdução

1.1. Informações gerais

O presente Manual do Usuário contém informações relativas a transporte, armazenagem, instalação, colocação em
operação, funcionamento e manutenção das máquinas elétricas rotativas produzidas pela MarelliMotori.
Também são fornecidos dados sobre todos os aspectos que dizem respeito ao funcionamento, manutenção e
supervisão da máquina. Para garantir o bom funcionamento e longevidade da máquina, é necessário ler
cuidadosamente o conteúdo do Manual e toda a documentação relativa à máquina antes de efetuar qualquer ação.
NOTA : É possível que alguns artigos específicos para o cliente não estejam incluídos neste Manual do Usuário mas,
neste caso, será anexada documentação adicional à documentação do projeto.
Somente pessoal devidamente treinado, com experiência anterior em funções semelhantes e autorizado pelo cliente,
pode executar as operações referidas no Manual.
Todos os direitos de tradução, reprodução e adaptação deste documento e suas partes, total ou parcial, qualquer que
seja o meio (incluindo fotocópias e microfilmes), são reservados e o conteúdo relacionado não pode ser divulgado a
terceiros nem utilizado para qualquer fim não autorizado.
NOTA: Para garantir que a instalação, funcionamento e manutenção da máquina são realizadas em modo correto e
seguro, é obrigatório seguir estas instruções que, para este efeito, devem ser levadas em consideração por
aqueles que instalam, supervisionam a operação e são responsáveis pela manutenção do equipamento. O
descumprimento das instruções anula a garantia.

1.2. Nota importante

Em alguns casos, as informações do presente documento podem ser gerais e, portanto, aplicáveis a diferentes
máquinas produzidas pela MarelliMotori.
As precauções de segurança referidas nas Instruções de Segurança no início do Manual devem ser sempre cumpridas.
A segurança depende da consciência, atenção e prudência de todos aqueles que operam as máquinas e efetuam a
manutenção. Por isso, é tão importante respeitar todos os procedimentos de segurança como prestar a máxima atenção
nas proximidades do equipamento.
NOTA: Para evitar acidentes, as medidas e dispositivos de segurança necessários no local de instalação, devem
estar em conformidade com as instruções e regulamentos escritos, de modo a garantir a segurança no
trabalho. Aqui se incluem as normativas gerais sobre segurança do país em causa, os acordos específicos
estipulados para canteiros, as instruções de segurança contidas neste Manual e as instruções adicionais de
segurança fornecidas com a máquina.

1.3. Limitações de responsabilidade

Em nenhum caso a MarelliMotori será responsabilizada por quaisquer danos diretos, indiretos, especiais, acidentais ou
consequenciais, de qualquer natureza ou tipo, decorrentes do uso do presente documento.
A garantia emitida cobre defeitos de fabricação e material, mas não cobre quaisquer danos causados ao equipamento,
ao pessoal ou a terceiros, por armazenagem indevida, instalação ou operação incorretas da máquina. Os termos de
garantia estão definidos mais detalhadamente nas condições de venda.
NOTA: A garantia emitida não é válida se as condições de operação e estrutura da máquina forem alteradas ou se
forem efetuadas reparações sem autorização prévia escrita da MarelliMotori.
NOTA: Os detalhes da garantia especificados nos termos ou nas condições de venda, ou nos termos de garantia,
podem ser diferentes para os diversos departamentos de vendas MarelliMotori.
As informações relativas a nossos contactos estão mencionadas no verso deste Manual do Usuário. Para assuntos
relacionados ao equipamento, indique sempre o número de série da máquina.

6 - Introdução
Manual para Geradores Síncronos

1.4. Documentação

1.4.1 Documentação da máquina


Leia com muita atenção a documentação relativa à máquina antes de efetuar qualquer ação. O presente Manual e as
instruções de segurança são fornecidas com todas as máquinas e estão acondicionadas numa embalagem de plástico
dentro da caixa de terminais.
NOTA: A documentação é entregue ao cliente que efetua a encomenda. Para obter cópias desses documentos,
contacte o departamento de vendas.
Para além deste Manual, cada máquina é acompanhada por:
Planta dimensional
Desenho de montagem
Esquemas das Conexões Elétricas, principais e auxiliares
Elementos para testes de torque
Relatórios de teste.

NOTA: É possível que alguns artigos específicos para o cliente não estejam incluídos neste Manual do Usuário mas,
neste caso, será anexada documentação adicional à documentação do projeto. No caso de conflito entre o
presente Manual e a documentação adicional da máquina, vale a documentação adicional.

1.4.2 Informações não incluídas na documentação


O Manual do Usuário não inclui informações sobre equipamentos de segurança, inicialização ou controle da velocidade,
as quais estão relatadas nos manuais do usuário de cada equipamento.

1.4.3 Unidades usadas neste Manual do Usuário


A unidade de medida usada neste Manual do Usuário tem por base o Sistema Métrico SI.

1.5. Identificação da máquina

1.5.1 Número de série da máquina


Cada máquina é identificada por um número de série de 7 dígitos inscritos em uma placa, que contém os dados de
funcionamento.
O número de série deve ser sempre indicado em toda a correspondência relacionada a determinada máquina, porque é
a única informação inequívoca usada para a identificar.

1.5.2 Placa com os dados de funcionamento


Na estrutura da máquina está fixada uma placa contendo os dados de funcionamento, que não deve ser removida.
Essa placa inclui informações relacionadas à fabricação e identificação da máquina, bem como indicações de natureza
elétrica e mecânica (ver Figura 1-1 Placa com os dados de funcionamento para geradores síncronos trifásicos).

Introdução - 7
Manual para Geradores Síncronos

Figura 1-1 Placa com os dados de funcionamento para geradores síncronos trifásicos

1. Grau de proteção ( IP )
2. Tipo de gerador (Série / Tamanho / Polaridade / Tipo de construção)
3. Código da máquina
4. Serviço
5. Potência em kVA
6. Tensão em V
7. Corrente em A
8. Frequência em Hz
9. Velocidade de rotação em giros/minuto
10. Tensão de excitação em V
11. Corrente de excitação em A
12. Classe de sobretemperatura
13. Temperatura ambiente máxima em °C
14. Fator de potência
15. Classe de isolamento
16. Data de fabricação
17. Número de série
18. Peso em kg
19. Dados sobre rolamentos (tipo mancais; Intervalo de lubrificação; Quantidade e tipo de graxa)
20. Marcação CE (se aplicável)

Introdução - 8
Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 2: Transporte e desempacotamento

2.1. Medidas de proteção a serem aplicadas antes do transporte

2.1.1 Aspectos gerais


A seguir, são descritas as medidas de proteção implementadas para expedição da máquina, as quais devem ser
respeitadas sempre que o equipamento é movimentado.
As máquinas dotadas de mancais deslizantes ou rolamentos possuem um dispositivo que permite o
travamento axial do rotor durante o transporte
Os mancais de esferas e de rolamentos são lubrificados com o lubrificante indicado na placa fixada na
carcaça da máquina (ver Capítulo 1-5.2 Placa com os dados de funcionamento).
Os mancais deslizantes são cobertos por uma camada espessa de óleo. Os furos de entrada e saída de
óleo, e os tubos de óleo, são tapados. Esta medida é suficiente para protegê-los da corrosão durante o
transporte
Os trocadores de ar-água são drenados e os furos de entrada e saída do trocador são tapados
As superfícies metálicas maquinadas, tais como a extremidade do eixo e a flange de acoplamento, são
protegidas da corrosão com um revestimento adequado
Para proteger totalmente a máquina dos danos causados pela água, névoa salina, umidade, ferrugem e
vibrações durante as operações de carregamento, transporte por via marítima e descarregamento, o
equipamento deve ser entregue em embalagem marítima.

2.2. Elevação da máquina

Antes de içar a máquina, verificar que o equipamento para a elevação esteja disponível e que o pessoal seja qualificado
para este tipo de operação. O peso da máquina é indicado na placa com os dados de funcionamento, na planta
dimensional e na lista de carga.
NOTA: Utilizar somente abraçadeiras ou grampos de elevação específicos para o içamento da máquina completa.

NOTA: O centro de gravidade das máquinas com a mesma carcaça pode variar dependendo do comprimento da
embalagem, disposição de montagem e equipamentos auxiliares.

NOTA: Antes de iniciar o içamento, verificar que os anéis ou os grampos de elevação integrados na estrutura da
máquina não estejam danificados. Não utilizar grampos de elevação danificados.

2.2.1 Elevação de uma máquina com embalagem marítima.


A embalagem marítima, que normalmente é formada por uma caixa de madeira com revestimento interno de papel
laminado, deve ser erguida pela parte de baixo com uma empilhadeira ou utilizando um guindaste e cintas de elevação.
Os pontos onde fixar as cintas são assinalados na embalagem.

2.2.2 Elevação de uma máquina em um palete


Para levantar uma máquina colocada sobre um palete, é possível utilizar um guindaste para içá-la pelos anéis de
elevação ou uma empilhadeira, colocando os garfos sob o palete. A máquina é fixada no palete por meio de parafusos.

Transporte e desempacotamento - 9
Manual para Geradores Síncronos

2.2.3 Elevação de uma máquina não embalada


Utilizar sempre equipamentos de elevação apropriados! O guindaste deve levantar a máquina pelos anéis de elevação
que se encontram na carcaça da própria máquina. A máquina nunca deve ser levantada colocando os garfos da
empilhadeira sob os pés.

2.3. Rotação de uma máquina montada verticalmente

Por vezes é necessário mover máquinas montadas verticalmente para a posição horizontal (por exemplo, para substituir
mancais, para realizar trabalhos de manutenção, etc.). Esta situação é ilustrada na Figura 2-1 Máquina vertical com
anéis de elevação: levantamento e rotação. Evitar danificar a pintura ou outras partes durante a operação. Remover ou
instalar o dispositivo de travamento dos mancais somente depois de ter colocado de novo a máquina na posição
vertical.

Figura 2-1 Máquina vertical com anéis de elevação: levantamento e rotação

2.4. Verificações na entrada e desempacotamento

2.4.1 Verificações na entrega


A máquina e a embalagem devem ser inspecionadas imediatamente após a chegada no canteiro. Quaisquer danos
verificados durante o transporte devem ser fotografados e comunicados imediatamente para máquinas não embaladas,
ou seja, em menos de uma (1) semana depois que a máquina chegou, para reclamar o seguro de transporte. Por esta
razão, é importante verificar e informar rapidamente a companhia de transportes e o fornecedor, sobre os problemas
ocorridos durante a movimentação. Utilizar as listas de verificação referidas no Capítulo 8.1 Modelo de transporte.
Mesmo as máquinas que não são instaladas imediatamente após que são entregues, devem ser inspecionadas e
manuseadas com medidas de proteção adequadas. Para mais detalhes, ver o Capítulo 2.5 Armazenagem.

2.4.2 Verificações no desempacotamento


Colocar a máquina em uma superfície plana, sem vibrações, e em modo que não impeça a movimentação de outras
mercadorias.
Após desembalar, verifique que a máquina não tenha sido danificada e possui todos os acessórios. Fotografe e contacte
imediatamente o fornecedor relatando eventuais danos ou falta de acessórios. Utilize as listas de verificação referidas
no Capítulo 8 Modelo colocação em operação.

Transporte e desempacotamento - 10
Manual para Geradores Síncronos

2.5. Armazenagem

2.5.1 Armazenagem por curto prazo (menos de dois meses)


As máquinas verticais devem ser armazenadas verticalmente para evitar danificar os rolamentos.

A máquina deve ser armazenada em um armazém adequado para um ambiente controlável. Um armazém ou ponto de
estocagem apropriado, se caracteriza por:

Uma temperatura estável, preferencialmente compreendida entre 10°C e 50°C. Se os aquecedores anti-
condensação são energizados e o ar circundante é superior a 50°C, verificar que a máquina não está
sobreaquecida.
Umidade relativa do ar baixa, preferencialmente inferior a 75%. A temperatura da máquina deve ser
mantida acima do ponto de orvalho para evitar que a umidade se condense dentro da máquina. Os
eventuais aquecedores anti-condensação devem ser energizados e seu funcionamento deve ser verificado
periodicamente. Se a máquina não possuir aquecedores anti-condensação, é necessário utilizar um
método alternativo de aquecimento para impedir a formação de condensação dentro da máquina.
Um suporte estável, sem vibrações ou impactos excessivos. Se as vibrações forem muito intensas, colocar
calços de borracha adequados sob os pés da máquina para isolá-la.
Ar ventilado, limpo, sem poeira nem gases corrosivos.
Proteção contra insetos e parasitas nocivos.

Se for necessário armazenar a máquina ao ar livre, não mantê-la na embalagem utilizada para o transporte, mas
proceder como segue:

Remover a embalagem
Cobrir a máquina para não deixar a chuva penetrar em seu interior; a cobertura deve permitir a ventilação
da máquina.
Colocá-la sobre suportes rígidos, com pelo menos 100 mm de altura, para garantir que não entra umidade
embaixo da máquina.
Providenciar a ventilação. Se a máquina permanecer na embalagem utilizada para o transporte, devem ser
efetuadas aberturas suficientemente grandes para permitir a ventilação.
Protegê-la de insetos e parasitas nocivos.

2.5.2 Armazenagem por longo prazo (mais que dois meses)


Para além das medidas descritas no parágrafo relacionado à armazenagem por curto prazo, devem ser efetuados os
procedimentos a seguir:

Medir, trimestralmente, a resistência de isolamento dos enrolamentos com sua temperatura (ver Capítulo
3.2 Resistências de isolamento).
A cada três meses, verificar o estado da pintura das superfícies e, se forem detetados sinais de corrosão,
remover a tinta e pintar de novo.
A cada três meses, verificar o estado do revestimento anticorrosivo das superfícies metálicas (tais como,
extremidade do eixo) e, se forem detetados sinais de corrosão, removê-la com lixa de esmeril e colocar de
novo o tratamento anticorrosivo.
Quando a máquina é armazenada em uma caixa de madeira, faça pequenas aberturas para permitir a
ventilação e impedir a entrada de água, insetos e parasitas (ver Figura 2-2 Furos de ventilação).

Transporte e desempacotamento - 11
Manual para Geradores Síncronos

Figura 2-2 Furos de ventilação

2.5.3 Mancais lubrificados por graxa


Os mancais lubrificados por graxa não necessitam de manutenção durante a estocagem; a rotação periódica do eixo
ajudará a prevenir a corrosão e endurecimento da graxa.
NOTA: Para períodos de armazenagem de mais que 3 meses, executar a cada mês 30 rotações do eixo do gerador
e pará-lo a 90° com relação à posição de partida.

NOTA: Para períodos de inatividade superiores a 2 anos, recomenda-se efetuar uma inspeção visual do mancal e
substituir a graxa; se forem detetados sinais de oxidação, substituir o mancal.

2.5.4 Mancais deslizantes e em banho de óleo


As máquinas com mancais deslizantes são fornecidas sem lubrificante.
Verificar que nos componentes do mancal haja uma camada de óleo de proteção. Quando o período de
estocagem ultrapassa os dois meses, aplicar no mancal uma substância anticorrosiva através do furo de
enchimento (consultar o específico manual do suporte), repetindo o tratamento anticorrosivo a cada seis
meses por um período de dois anos. Se o período de armazenagem for maior que dois anos, o mancal
deverá ser desmontado e tratado à parte.
O mancal deverá ser desmontado e todos os componentes inspecionados após a armazenagem e antes
da colocação em operação, certificando-se de remover cada ponto de corrosão com uma lixa de esmeril
fina.
As máquinas com mancais deslizantes são equipadas com um grampo para o travamento do rotor, que
protege os mancais de eventuais danos durante o transporte. Verificar periodicamente o dispositivo e
apertá-lo de acordo com o tipo de mancal em posição axial.

NOTA: Em qualquer caso, recomenda-se substituir o óleo em estes mancais antes da utilização.

Transporte e desempacotamento - 12
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Capítulo 3: Instalação e colocação em operação

3.1. Verificações preliminares


Preparar a máquina para a instalação desta maneira.
Antes da instalação, é necessário verificar que os dados indicados na placa do gerador sejam adequados
às características da rede de alimentação, do serviço previsto e que a instalação dos geradores seja em
conformidade ao quanto previsto pelo fabricante.
Remover o dispositivo de travamento do rotor para o transporte e guardá-lo para uso futuro. Nos
geradores verticais o dispositivo deve ser removido somente depois que o gerador for colocado na
posição vertical
Remover o revestimento anticorrosivo da extremidade do eixo
Verificar que os geradores de eixo vertical com a extremidade do eixo voltada para baixo e a blindagem
lado N aberta possuam cobertura.
Certificar-se que, nos geradores que devem funcionar em ambientes especiais, tenham sido predispostas
as mais adequadas soluções para garantir um correto funcionamento: tratamentos de tropicalização,
proteções contra os raios solares diretos, etc.
Assegurar-se que durante o funcionamento não se ultrapassará a velocidade máxima prevista pelo
fabricante (eventualmente providenciar dispositivos de controle e proteção).
Medir a resistência de isolamento dos enrolamentos antes de iniciar outros preparativos, como descrito no
Capítulo 3-2 Medições das resistências de isolamento
Encher os mancais deslizantes de óleo, do mesmo tipo indicado na placa.
3.2. Resistências de isolamento
3.2.1 Medições das resistências de isolamento
Junto ao fabricante do grupo, se o alternador ficou inativo por um longo tempo (mais que um mês), antes de ser
colocado em funcionamento, é altamente recomendado realizar um teste de isolamento em relação a terra dos
enrolamentos do estator principal. Instruções mais detalhadas são indicadas na norma internacional Padrão 43-2000
IEEE.
Antes de realizar tal teste, é necessário desconectar as conexões que vão a dispositivos de regulagem (regulador de
tensão ou outros dispositivos).
A medição da resistência de isolamento entre os enrolamentos e o aterramento se faz com o devido instrumento de
medida (Megger ou equivalente) alimentado com corrente contínua e com tensão de saída (tensão de teste) equivalente
a 500 V para máquinas em baixa tensão e pelo menos equivalente a 1000 V para máquinas em média tensão. O valor
da resistência de isolamento deve ser registrado depois de 1 minuto da aplicação da tensão de teste.
Para medir a resistência de isolamento, proceder da seguinte maneira:
Estator principal: a mensuração da resistência de isolamento será realizada tendo o cuidado de remover
as conexões que vão aos dispositivos de regulagem (regulador de tensão ou outros dispositivos) ou a
outros eventuais dispositivos do grupo. A mensuração será efetuada entre uma fase e terra com as duas
restantes, que também devem estar conectadas a terra junto com os auxiliares (operação a ser repetida
nas três fases). (ver Figura 3-1 Medição da resistência de isolamento no enrolamento do estator)
Estator excitatriz: desconectar os cabos + e – do regulador e medir a resistência de isolamento entre um
destes dois terminais do enrolamento e o aterramento.
Enrolamentos do rotor: medir a resistência de isolamento entre um terminal do enrolamento do rotor
principal na ponte retificadora e o aterramento do rotor (eixo). (ver Figura 3-2 Medição da resistência de
isolamento no enrolamento do rotor)
Os valores medidos serão registrados. Em caso de dúvida, efetuar também a medição do índice de polarização como
descrito no Capítulo 3-3 Índice de polarização.
A fim de evitar riscos de choque elétrico, conectar rapidamente à terra os enrolamentos logo após a medição.

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Figura 3-1 Medição da resistência de isolamento no enrolamento do estator

Figura 3-2 Medição da resistência de isolamento no enrolamento do rotor

3.2.2 Conversão dos valores relativos para a resistência de isolamento medida


Para poder comparar os valores da resistência de isolamento detetados, eles são estabelecidos a 40°C; com o auxílio
do esquema abaixo, os dados reais medidos são convertidos em um valor correspondente a 40°C: a aplicação deste
esquema deve ser limitada a temperaturas próximas do valor padrão de 40°C, porque variações mais amplas podem
originar erros.
Coeficiente corretivo para resistência de
isolamento

Temperatura do enrolamento (°C)

Figura 3-3 Correlação entre resistência ao isolamento e temperatura

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RT: Valor da resistência de isolamento a uma temperatura específica


RC: Resistência de isolamento equivalente a 40°C
k: Coeficiente corretivo para resistência de isolamento
RC = k x R

Exemplo:

RT = 30 MΩ medido a 20°C
k = 0,25
RC = 0,25 x 30 MΩ = 7,5 MΩ

Para verificar a qualidade do grau de isolamento de uma máquina, é necessário consultar a tabela a seguir:

Grau de isolamento Insuficiente Aceitável Bom Excelente

Resistência de
RC < 10 MΩ 10 MΩ < RC < 100 MΩ 100 MΩ < RC < 1000 MΩ RC > 1000 MΩ
isolamento

3.1.1 Considerações gerais


É bom anotar as seguintes considerações antes de decidir quais ações realizar, com base nos testes de resistência de
isolamento.
Se o valor medido for considerado muito baixo, o enrolamento deve ser limpo e/ou enxuto. Se as medidas
indicadas não forem suficientes, deve ser solicitada ajuda a especialistas.
As máquinas com suspeita de problemas de umidade devem ser enxutas com o máximo cuidado,
independentemente do valor de resistência de isolamento medido
O valor de resistência de isolamento aumentará com o aumentar da temperatura do enrolamento.

NOTA: A resistência de isolamento indicada no relatório de aprovação normalmente é muito mais alta em relação
aos valores medidos no canteiro.

3.1.2 Valores mínimos para a resistência de isolamento


Critérios relativos aos enrolamentos em condições normais:
Em geral, os valores de resistência do isolamento para os enrolamentos enxutos devem superar significativamente os
valores mínimos; é impossível fornecer valores definitivos, porque a resistência varia dependendo do tipo de máquina e
condições locais. Também a resistência de isolamento sofre os efeitos do envelhecimento e do uso da máquina e, por
isso, é aconselhável seguir os valores indicados aqui unicamente como orientações.
O valor mínimo da resistência de isolamento é um dos requisitos fundamentais para a segurança elétrica do estator. É
absolutamente desaconselhável iniciar a máquina caso os valores sejam mais baixos que o valor mínimo.
Os limites da resistência de isolamento indicados abaixo são válidos a 40°C e quando a tensão de teste foi aplicada por
mais de um minuto (e não mais que 10 minutos).
Rotor
R > 5 MΩ
Estator
Para a média e alta tensão: R > 1000 MΩ. Se as medições são efetuadas em condições ambientais de
calor e umidade extremos, são aceitáveis valores R(1-10 min a 40 °C) acima de 100 MΩ
Para a baixa tensão: R > 100 MΩ

NOTA: O não alcançamento dos valores indicados requer a determinação da causa pela qual a resistência de
isolamento apresenta um valor baixo: muitas vezes o motivo é devido a um excesso de umidade ou de
sujeira, mesmo o isolamento efetivo estando intacto.

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3.2. Índice de polarização

Poderá ser realizada uma verificação do estado do sistema de isolamento da máquina elétrica, medindo o índice de
polarização, de acordo com a Norma IEEE 43.
Para isso, se efetua a mensuração e registro da resistência de isolamento à temperatura ambiente em diferentes
momentos:T1’, T2’ , ….., T10’. Os intervalos de tempo entre as medições são convencionados (por exemplo 1 minuto).

Figura 3-4 Comportamento qualitativo da resistência de isolamento em função do tempo

As temperaturas elevadas podem causar alterações imprevisíveis no índice de polarização e, portanto, o teste não deve
ser realizado com temperaturas superiores a 50ºC.
A sujeira e a umidade que geralmente se acumulam no enrolamento diminuem a resistência de isolamento e o índice de
polarização, bem como a sua dependência da temperatura. Os enrolamentos com distâncias de dispersão aberta são
muito sensíveis aos efeitos da sujeira e umidade.
Existem diversos métodos para determinar o menor valor aceitável com o qual é possível iniciar a máquina com
segurança. Para o índice de polarização (PI), os valores variam geralmente entre 1 e 4, em que 1 indica que os
enrolamentos estão úmidos e sujos.
O valor mínimo PI para enrolamentos de um estator de classe F é superior a 2.

NOTA: Se a resistência de isolamento do enrolamento é superior a 5GΩ, o índice de polarização não é um critério
significativo das condições de isolamento e pode não ser levado em consideração.

3.3. Recondicionamento dos enrolamentos de estator

A secagem das partes ativas será realizada aplicando um fluxo de ar quente nas mesmas. O fluxo de ar quente
deve ser na maior parte possível endereçado às extremidades do enrolamento.
Se a máquina é dotada de resistências anti-condensação, não é permitido usá-las como dispositivo apto a secar o
enrolamento. Os aquecedores devem ser ligados somente durante as normais e usuais pausas de inatividade da
máquina, a fim de evitar a formação de condensação.
Os estatores podem ser aquecidos diretamente fazendo com que circule neles uma corrente contínua (utilizando por
exemplo uma máquina de solda industrial). Neste caso convém que a corrente que circula nos enrolamentos seja cerca
25% da corrente nominal da máquina e de qualquer maneira adaptada de modo a alcançar a temperatura desejada.
Sempre que possível os enrolamentos da máquina elétrica devem ser devidamente reconectados de modo a adaptar a
resistência dos mesmos ao valor do gerador em corrente contínua disponível.
Deverá ser prevista a cobertura da máquina elétrica com painéis termoisolantes para evitar a completa dispersão do
calor do produto no ambiente; ao mesmo tempo, quando possível, deverão ser abertas eventuais portas na parte
superior da carcaça a fim de permitir a descarga da umidade removida.
Inserindo um termômetro nas partes ativas, certificar-se que o enrolamento não ultrapasse a temperatura de 100°C. A
temperatura aconselhável para a secagem é de 80 a 100°C.

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3.4. Alinhamento

3.4.1 Linhas gerais


Um correto funcionamento em ausência de vibrações, tanto das máquinas acionadas quanto das máquinas
acionadoras, é o resultado de um correto alinhamento, o que significa que o desvio, seja radial ou angular, entre os dois
eixos das máquinas deve ser minimizado.
O alinhamento deve ser realizado com muita cautela porque eventuais erros poderiam causar danos aos
mancais e aos eixos.
Além disso, é necessário verificar se as características torcionais do gerador e da máquina acionadora são compatíveis.
Para permitir a eventual verificação de compatibilidade (por conta do cliente), MarelliMotori pode fornecer os desenhos
dos rotores para os controles torcionais.
No caso de máquinas com rolamento único, é também necessário verificar todas as dimensões do volante e da tampa
do motor principal; verificar também as dimensões da flange e do acoplamento do gerador.
Instalar os semi-acoplamentos antes de iniciar o processo de alinhamento. Os semi-acoplamentos das máquinas
acionadoras e das máquinas acionadas devem ser fixados com parafusos, em modo um pouco folgado, para que
possam mover-se livremente durante o alinhamento.
O texto seguinte se refere à instalação em fundações tanto de cimento quanto de aço.

3.4.2 Nivelamento aproximado


Para facilitar o alinhamento e permitir o calçamento, os parafusos de elevação são montados nos pés da máquina (ver
Figura 3-5 Posicionamento vertical do pé da máquina). A máquina é deixada sobre os parafusos de elevação. Convém
notar que a máquina deve apoiar-se em todos os quatro parafusos em uma superfície paralela e plana.
Verificar que a máquina esteja nivelada nos sentidos vertical, radial e axial. Realizar os ajustes necessários colocando
calços embaixo dos pés. Verificar o nivelamento horizontal da máquina utilizando um nível de bolha.

Figura 3-5 Posicionamento vertical do pé da máquina

3.4.3 Alinhamento radial e angular


Depois de ter posicionado a máquina em modo aproximado, como descrito no parágrafo anterior Nivelamento
aproximado, é possível iniciar o alinhamento definitivo. Este passo deve ser realizado com a máxima cautela.
Em caso contrário podem formar-se vibrações excessivas que danificariam tanto a máquina acionada quanto a máquina
acionadora.
O alinhamento deve ser realizado seguindo as recomendações feitas pelo fabricante do acoplamento. Deve ser
paralelo, angular e axial. Existem publicações de normativas que fornecem indicações a serem observadas para efetuar
o alinhamento de um acoplamento, por exemplo a BS 3170:1972 “Acoplamentos flexíveis para transmissão de energia”.

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O alinhamento da máquina é executado da seguinte maneira:

A máquina deve apoiar nos parafusos de elevação


Girar o rotor e verificar a folga axial da extremidade

NOTA: Os mancais deslizantes devem ser enchidos com óleo antes de serem rodados.

Montar o equipamento para o alinhamento. Se forem usados relógios comparadores, convém regular o
ponteiro de modo que a régua graduada seja legível a partir de qualquer direção. Verificar a consistência
dos suportes do comparador para evitar que possam cair (ver a este respeito a Figura 3-6 Verificação de
alinhamento com comparadores).
Medir e registrar as leituras para o desalinhamento paralelo, angular e axial em quatro posições diferentes
(para cada 90°).
Alinhar verticalmente a máquina girando os parafusos de alinhamento (ver a Figura 3-5 Posicionamento
vertical do pé da máquina).
Montar os calços sob os pés da máquina. Soltar os parafusos de elevação e apertar os parafusos de
fixação.
Verificar novamente o alinhamento. Corrigir se necessário
Elaborar um relatório para futuras verificações
Apertar de novo as porcas e marcar sua posição
Ancorar o pé da máquina para facilitar eventuais reinstalações futuras.

Figura 3-6 Verificação de alinhamento com comparadores

No caso de máquinas de rolamento único com eixo flangeado, se prevê, no lado de acoplamento do gerador, a
possibilidade de verificar a centralização do rotor em relação ao estator e o posicionamento axial do rotor (ver Figura 3-7
Verificação do alinhamento de máquinas de rolamento único).

Verificar a centralização radial do rotor, examinando o entreferro “e” entre a blindagem integrada com a
caixa do gerador e a superfície do disco disposto no eixo, e verificar que seja distribuído radialmente em
maneira uniforme. É necessário efetuar a verificação pelo menos em 4 pontos diametralmente opostos.
Verificar o posicionamento axial examinando a distância “D” entre a superfície de apoio da flange
(superfície de apoio na direção do volante do motor) e a superfície de controle axial prevista na
blindagem. A distância deve ser equivalente àquela prevista na planta dimensional.
Verificar a carga axial. O mancal pode suportar somente cargas radiais; é necessário verificar que não
sejam transmitidos esforços axiais ao mancal do gerador por parte do motor principal.

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Figura 3-7 Verificação do alinhamento de máquinas de rolamento único

3.5. Termômetros de resistência Pt100

3.5.1 Aspectos gerais


Os termômetros de resistência são componentes fundamentais para o sistema de monitoramento e proteção das
condições da máquina, e são utilizados para medir as temperaturas nos enrolamentos, nos mancais e no ar de
refrigeração. Para medir a temperatura, o sensor Pt-100 usa um filamento fino de platina, que pode ser danificado por
manuseio incorreto ou excesso de vibrações.
Os sinais abaixo listados podem indicar um problema com o sensor Pt-100:
Resistência infinita ou nula através do sensor
Desaparecimento do sinal de medição durante ou após o início
Um valor de resistência significativamente diferente em um único sensor.

3.5.2 Calibração Pt100.


As normativas IEC 60034-1 exigem que a temperatura admissível detetada com o método dos termodetectores
incorporados seja de 10°C superior à temperatura admissível detetada com o método da variação da resistência.
Os valores de calibração indicados na tabela abaixo são valores recomendados para uma temperatura ambiente de
40°C.

Posição Sobretemperatura Temperatura de alarme Temperatura de lançamento

∆T B 125 °C 140 °C

Enrolamento ∆T F 145 °C 155 °C

∆T H 165 °C 175 °C

Mancais / 85 °C 95 °C

Ar quente / 70 °C 75 °C

Ar frio / 50 °C 55 °C

NOTA: Recomenda-se verificar sempre as máquinas no caso de leituras sucessivas significativamente diferentes para
as mesmas condições de funcionamento.

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3.6. Colocação em operação

3.6.1 Aspectos gerais


O relatório sobre a colocação em operação é uma ferramenta vital para futuras intervenções de assistência,
manutenção e diagnóstico de falhas.
A colocação em operação não será considerada concluída antes que seja apresentado e arquivado um relatório válido
da mesma.
Tal relatório deve estar disponível no caso de pretender obter uma garantia válida para a máquina em questão. A
maneira para contactar a MarelliService está referida no Capítulo 7-1.5 Detalhes para contactar a assistência Pós-
Venda.
O relatório da colocação em operação aconselhado é apresentado no Capítulo 8.3 Relatório de instalação.

3.6.2 Primeira ligação


Antes de efetuar a primeira ligação da máquina, é necessário realizar as seguintes verificações:

Verificações mecânicas:
Verificar que a máquina está perfeitamente alinhada, de acordo com as especificações sobre alinhamento
fornecidas pela MarelliMotori no Capítulo 3.5 Alinhamento. No relatório da colocação em operação deve
ser sempre incluído o protocolo de alinhamento.
Verificar que a base não apresenta fissuras e seu estado geral
Verificar que a máquina está corretamente fixada à base
Verificar que o sistema de lubrificação foi colocado em operação e está operacional antes de acionar o
rotor
Girar manualmente o rotor, se possível, verificando que não está obstruído e não existem ruídos
anômalos. Para girar um rotor com mancais deslizantes é suficiente um braço de alavanca
Verificar a conexão dos tubos do óleo e da água de refrigeração, certificando-se que não existem
vazamentos durante o funcionamento
Verificar a pressão e o fluxo do óleo e da água de refrigeração.

Verificações elétricas:
Verificar a resistência de isolamento e o índice de polarização nos enrolamentos do estator principal, rotor
principal, estator da excitatriz e rotor da excitatriz
Verificar a ponte retificadora (diodos, dissipador)
Verificar as conexões terminais na caixa auxiliar
Verificar os transformadores, Pt100, aquecedores anti-condensação e tabelas de regulagem
Verificar as conexões terminais na caixa principal
Verificar as conexões terminais na caixa do centro da estrela
Verificar as configurações das tabelas de regulagem
Iniciar a máquina e verificar a tensão resídua
Verificar a tensão de excitação, a tensão e a corrente da máquina
Verificar o sentido de rotação da máquina U-V-W
Sincronizar o gerador com a linha e verificar a tensão, corrente, potência, tensão e corrente de excitação
Verificar a repartição da carga relativa no gerador
Verificar a temperatura dos mancais e dos enrolamentos
Verificar as vibrações da máquina com e sem carga.

Instalação e colocação em operação - 20


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Capítulo 4: Funcionamento

4.1. Aspectos gerais

Para a máquina funcionar sem problemas, a manutenção deve ser cuidadosa e precisa.
Antes de iniciar a máquina, verificar sempre que:
Os mancais estão lubrificados e o nível de óleo é adequado, de acordo com as especificações técnicas do
fabricante e os dados informados nas plantas dimensionais
O sistema de refrigeração está funcionando
Não há intervenções de manutenção a decorrer
O pessoal e os equipamentos associados à máquina estão preparados para iniciar.
Para o procedimento de inicialização da máquina ver o Capítulo 3.7.1 Primeira ligação.
No caso de desvios ao funcionamento normal, por exemplo, altas temperaturas, ruídos e vibrações,
desligue a máquina e procure a causa, contactando MarelliService (ver Capítulo 7-1.5 Detalhes para contactar
a assistência Pós-Venda.

NOTA: A máquina pode ter superfícies sobreaquecidas quando está a carregar.

NOTA: Sobrecarregando a máquina, os magnetos permanentes podem desmagnetizar e os enrolamentos falhar.

4.2. Temperaturas operacionais padrão

As máquinas produzidas pela MarelliMotori são especialmente projetadas para operar em condições normais de
funcionamento, em conformidade com as normas IEC, as especificações do cliente e as especificações internas
MarelliMotori.
As condições operacionais, tais como temperatura máxima ambiente e altura máxima de funcionamento, são
especificadas nas características técnicas da máquina fornecidas com a documentação relativa ao projecto. A base não
deve apresentar vibrações externas e o ar circundante não deve ter poeiras, sal e gás ou substâncias corrosivas.

NOTA: As precauções de segurança referidas em Instruções de Segurança, no início do Manual, devem ser
respeitadas.

4.3. Número de partidas

O número de partidas consecutivas permitidas nas máquinas depende essencialmente das características de carga
(curva de força de torque com relação à velocidade de rotação, inércia) e do modelo da máquina. Um número excessivo
de inícios ou partidas excessivas pode causar temperaturas excessivamente elevadas e tensões na máquina,
acelerando o processo de envelhecimento e reduzindo, de modo anômalo, a vida útil ou mesmo originando falhas.
Para obter informações sobre inícios consecutivos ou anuais, ver a ficha técnica com os dados de desempenho ou
consulte o fabricante. As características de carga da aplicação são necessárias para determinar a frequência de
partidas. A título indicativo, o número máximo de partidas em uma aplicação típica é de 350 por ano.

NOTA: As precauções de segurança referidas em Instruções de Segurança, no início do Manual, devem ser
respeitadas.

Funcionamento - 21
Manual para Geradores Síncronos

4.4. Supervisão

O pessoal responsável pela manutenção deve inspecionar a máquina regularmente, ou seja, deve ouvir, sentir, observar
e avaliar os parâmetros de operação, assim como os equipamentos relacionados para compreender seu funcionamento.
O objetivo da supervisão consiste em familiarizar o pessoal com o equipamento, que é essencial para detetar e
solucionar anômalias atempadamente.
A diferença entre supervisão e manutenção é bastante complexa. A supervisão normal inclui o registro de protocolo de
dados operacionais, tais como carga, temperaturas e vibrações, que constituem uma base importante para a
manutenção e assistência.
No primeiro período de funcionamento (200 horas) a supervisão deve ser intensiva. É conveniente verificar
frequentemente as temperaturas dos mancais e enrolamentos, a carga, a corrente, o sistema de
refrigeração, a lubrificação e a vibração.
Durante o período de operação seguinte (200-1.000 horas) é suficiente efetuar um controle por dia. O
relatório com as inspeções de supervisão deve ser arquivado para tomar como referência. O período entre
uma e outra inspeção pode ser posteriormente mais alargado se o funcionamento for contínuo e regular.
Para listas de verificação pertinentes ver o Capítulo 8 Relatório colocação em operação.

4.5. Desligamento

Quando a máquina não está em funcionamento, os aquecedores anti-condensação presentes devem ser ligados para
evitar que seja criado um efeito condensação dentro da máquina.
No caso de máquinas com resfriamento a água, interromper o fornecimento da água de resfriamento para evitar que se
forme condensação dentro da máquina.
NOTA: É necessário conectar a tensão ao bloco de terminais para o aquecedor anti-condensação.

Funcionamento - 22
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Capítulo 5: Manutenção

5.1. Manutenção preventiva


Uma máquina elétrica rotativa constitui muitas vezes uma parte importante em um equipamento de grandes dimensões
e, portanto, uma supervisão e manutenção adequadas não garantem uma funcionamento confiável e uma vida útil
normal.
Por isso, a manutenção destina-se a:
Garantir que a máquina irá funcionar de maneira confiável, sem ações ou intervenções imprevisíveis
Avaliar e planejar ações de manutenção com o objetivo de reduzir os tempos de inatividade.
A diferença entre supervisão e manutenção é bastante complexa. A supervisão normal inclui o registro de protocolo de
dados operacionais, tais como carga, temperaturas e vibrações, para além do controle da lubrificação e mensuração
das resistências de isolamento.
Após colocação em operação ou manutenção, a supervisão deve ser efetuada de maneira intensiva. É conveniente
verificar frequentemente as temperaturas dos mancais e enrolamentos, a carga, a corrente, o sistema de refrigeração, a
lubrificação e a vibração.
Este capítulo apresenta as recomendações relacionadas ao programa de manutenção e instruções de funcionamento
sobre como realizar a manutenção normal. Leia estas instruções e recomendações com atenção, utilizando-as como
ponto de partida para planejar o programa de manutenção. Deve notar-se que as recomendações abrangidas neste
capítulo representam o nível mínimo de manutenção e também que sua intensificação e monitoramento aumentam a
confiabilidade da máquina e utilidade a longo prazo.
Os dados obtidos com operações de monitoramento e manutenção são úteis para avaliar e planejar intervenções
adicionais e, no caso em que alguns desses dados indicam algo incomum, as orientações para resolver os problemas
fornecidas no Capítulo 6 Alarmes e intervenções para problemas ou falhas, constituem uma valiosa ajuda para localizar
a causa.
MarelliMotori também recomenda o uso de especialistas tanto para conceber um programa de manutenção adequado
como para implementá-lo e, eventualmente, procurar e resolver problemas: em qualquer caso, os clientes podem
contactar os serviços Pós-Venda da MarelliMotori, cujas informações são indicadas no Capítulo 7-1.5 Detalhes para
contactar a assistência Pós-Venda.
Um ponto essencial da manutenção preventiva consiste em possuir peças de reposição adequadas e tê-las em estoque.
As peças de reposição prontas para uso podem ser adquiridas na MarelliMotori Pós-Venda.

5.2. Precauções de segurança

Antes de intervir sobre qualquer equipamento elétrico, é necessário tomar precauções gerais de segurança elétrica,
cumprir as normativas locais para evitar acidentes com o pessoal e agir em conformidade com as instruções do pessoal
responsável pela segurança.
O pessoal que efetua a manutenção em equipamentos e instalações elétricas deve ser altamente qualificado e
devidamente instruído sobre os procedimentos específicos de manutenção e testes necessários para máquinas elétricas
rotativas, com os quais deve ter a maior familiaridade.
Devem ser levadas em consideração as normas relacionadas à ligação e utilização de equipamentos elétricos em áreas
perigosas, nomeadamente as normas nacionais relativas à instalação (ver norma IEC 60079-14, IEC 6000-17 e IEC
6007-19). Somente pessoal treinado e familiarizado com estas normas deve intervir neste tipo de equipamento.
Desligar e bloquear antes de operar a máquina ou equipamentos acionadores.
Para instruções de segurança geral, ver instruções de segurança no início do Manual.

Manutenção - 23
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5.3. Aspectos gerais

Este capítulo apresenta um programa geral de manutenção recomendado para as máquinas MarelliMotori. As
intervenções de manutenção devem ser intensificadas quando as condições ambientais são especialmente exigentes.
Convém lembrar que, não obstante seguir um programa de manutenção, é sempre necessário efetuar a supervisão das
condições da máquina.
Também deve ser notado que, mesmo quando o programa de manutenção é personalizado para satisfazer as
exigências da máquina, pode conter referências a acessórios que não são fornecidos para todas as máquinas.
O programa de manutenção se baseia em quatro níveis que se sucedem, dependendo das horas de operação. A
quantidade de trabalho executado e os tempos de inatividade variam e, portanto, enquanto o nível de manutenção 1
inclui principalmente inspeções visuais rápidas, o nível de manutenção 4 prevê medidas e substituições mais
frequentes. O intervalo de manutenção recomendado é mostrado na Tabela 5-1 intervalos de manutenção.
Nível de Manutenção 1 (LM1)
O Nível de Manutenção 1 consiste em inspeções visuais e intervenções rápidas. O objetivo desta manutenção é
verificar rapidamente se estão a desenvolver-se problemas antes que eles possam originar falhas e interrupções devido
a intervenções não planejadas, sugerindo também quais medidas de manutenção devem ser realizadas durante a
próxima revisão geral.
A primeira manutenção LM1 deve ser efetuada após 2.000 horas de funcionamento ou quatro meses após a colocação
em operação, e a cada seis meses (ver a este respeito a Tabela 5-1 Intervalos de manutenção).

Nível de Manutenção 2 (LM2)


O Nível de Manutenção 2 consiste principalmente em inspeções e testes, bem como de pequenas intervenções de
manutenção. Sua finalidade é verificar a presença de eventuais problemas no funcionamento da máquina e efetuar
pequenos reparos para garantir a continuidade da operação.
A primeira manutenção LM2 deve ser efetuada após 4.000 horas de funcionamento ou um ano após a colocação em
operação, e a cada ano ou a cada 8.000 horas de funcionamento após a primeira manutenção (ver a este respeito a
Tabela 5-1 Intervalos de manutenção).

Nível de Manutenção 3 (LM3)


O Nível de Manutenção 3 consiste em inspeções e testes aprofundados, bem como de importantes intervenções
necessárias durante as operações dos níveis LM1 e LM2, e tem por finalidade resolver problemas encontrados e
substituir peças sujeitas a desgaste.
A manutenção de nível 3 deve ser efetuada a cada 24.000 horas de funcionamento ou com intervalos de três anos. A
manutenção de Nível 3 substitui os níveis 1 e 2 (ver a este respeito a Tabela 5-1 Intervalos de manutenção).

Nível de Manutenção 4 (LM4)


O Nível de Manutenção 4 consiste em inspeções e intervenções de manutenção aprofundadas, e tem por finalidade
colocar novamente a máquina em condições operacionais confiáveis.
A manutenção LM4 deve ser efetuada a cada 80.000 horas de funcionamento. A manutenção de Nível 4 substitui os
níveis 1, 2 e 3 (ver a este respeito a Tabela 5-1 Intervalos de manutenção).

Intervalo de manutenção

LM1 LM2 LM3 LM4

Após colocação em 4.000 h - -


2.000 h
operação
4.000 h 8.000 h 24.000 h
Periodicidade 80.000 h
Semestral Anual 3 anos

Tabela 5-1 Intervalos de manutenção

Manutenção - 24
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5.4. Programa de manutenção recomendado

Abreviaturas utilizadas no programa de manutenção


V = controle visual
P = limpeza
S = desmontagem e montagem
R = reparação ou substituição
T = testes e medições

5.4.1 Estrutura geral


Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes
Partida, desligamento, medição de vibrações, ponto sem
Funcionamento V/T V/T V/T V/T
carga
Montagem e Fundação V V/T V/T V/T/S Fissuras, ferrugem, alinhamento
Apertos V V V V Tensão de todos os elementos de fixação
Parafusos de ancoragem V V/T V/T V/T Fixação, condições
Exterior V V V/T V/T Ferrugem, vazamentos, condições
Cablagem e conexões V V/T V/T V/T/S Desgaste, oxidação, fixação
Transformadores e Placas
V V V V Condições gerais
de regulagem
Cabos de conexão V V V V Condições dos cabos na entrada e dentro da máquina

5.4.2 Estator e rotor


Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Condições, estado de limpeza, resistência de


Enrolamentos do estator V V/T V/T/P V/T/P
isolamento
isolante V V V V Danos do isolante
Bobina V V V V Danos da bobina
Cabos de conexão estator V V V V Fixação e condições gerais
Conexões rotor V V V/T V/T Fixação e condições gerais
Peso de equilíbrio rotor V V V V Fixação

5.4.3 Acessórios
Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Componentes Pt-100 V V/T V/T V/T Resistência


Aquecedores anti-
V V/T V/T V/T Funcionamento, resistência
condensação

5.4.4 Sistema de lubrificação e mancais


Mancal de rolamento:

Manutenção - 25
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Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Mancal T T T T Condições gerais, ruídos, vibrações


Resíduos de graxa V V/P V/P V/P Condições, drenagem
Vedações V V V/S V/S Vazamentos
Isolamento mancais V/T/S V/T/S Resistência de isolamento

Mancal deslizante:

Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Montagem V/T V/T V/T V/T Condições gerais, aperto


Rolamentos V V V/T/S V/T/S Condições gerais, desgaste
Vedações e gaxetas V V V/S V/S Vazamentos
Isolamento mancais V/T/S V/T/S Resistência de isolamento
Lubrificação tubulações V V V/T V/T Vazamentos, funcionamento
Óleo lubrificante V V V/R V/R Quantidade, qualidade, fluxo
Regulador do fluxo de óleo V/T V/T V/T V/T funcionamento
Depósito de óleo V V/P V/P V/P Estado da limpeza, vazamentos
Resfriamento T T T T Temperatura do óleo

5.4.5 Sistema de refrigeração


Trocador de calor aberto:

Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Ventilador V V V V Funcionamento, condições


Filtros V/P V/P V/P/R V/P/R Estado de limpeza, funcionamento
Dutos de ar V V/P V/P V/P Estado de limpeza, funcionamento

Trocador de calor ar-ar:

Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Ventiladores V V V V Funcionamento, condições


Tubos V V/P V/P V/P Estado de limpeza, funcionamento
Dutos V V/P V/P V/P Estado de limpeza, funcionamento
Amortizadores V V V V Funcionamento, condições

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Trocador de calor ar-água:

Objeto da manutenção LM1 LM2 LM3 LM4 Controle / Verificações ou Testes

Funcionamento, vazamentos, condições, teste de


Trocador de calor V V V V
pressão
Ventilador V V V V Funcionamento, condições
Tubos V V/P V/P V/P Estado de limpeza, corrosão
Dutos V V/P V/P V/P Estado de limpeza, funcionamento
Vedações e gaxetas V V/S V/S V/S Condições, vazamentos
Anodos V/S V/S Condições, atividade
Amortizadores V V V V Funcionamento, condições
Regulador do fluxo de
V/T V/T V/T V/T Funcionamento
água

5.5. Vibrações

5.5.1 Procedimentos de medição e condições operacionais


Equipamentos de medição
Os equipamentos de medição devem ser capazes de medir vibrações r.m.s. de banda larga- com resposta em
frequência plana em uma faixa de frequência entre 10 Hz e 1 000 Hz, de acordo com os requisitos da norma ISO 2954.
No entanto, para as máquinas cuja velocidade alcança ou é menor que 600 g/min, o limite inferior da faixa de frequência
de resposta plana não deve ultrapassar 2Hz.
Os equipamentos de medição das vibrações relativas ao eixo devem estar de acordo com os requisitos da norma ISO
10817-1.
Posição das medições
As medições geralmente serão efetuadas nas partes expostas da máquina, que normalmente são acessíveis. Ter
cuidado em garantir que as medidas representem de maneira razoável a vibração da sede dos mancais e não incluam
ressonâncias ou amplificações locais. As posições e as direções das medidas das vibrações devem ser tais que possam
fornecer uma adequada sensibilidade às forças dinâmicas da máquina. Normalmente são exigidas duas posições de
medição orto-radiais em todas as tampas ou suportes dos mancais, como ilustrado na Figura 5-2 Pontos de medição.

Figura 5-2 Pontos de medição

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5.5.2 Avaliação
A ISO 10816-1 fornece uma descrição geral dos dois critérios de avaliação utilizados para determinar a severidade da
vibração em diversos tipos de máquina. Um critério considera a amplitude da vibração de banda-larga observada, o
segundo considera as alterações, quer se trate de aumentos ou diminuições.

5.6. Manutenção dos mancais e do sistema de lubrificação

5.6.1 Mancais deslizantes


Em condições normais de funcionamento os mancais deslizantes requerem pouca manutenção. Para garantir um
funcionamento confiável, é necessário verificar regularmente o nível de óleo e a quantidade de vazamentos.

5.6.1.1 Nível do óleo


O nível de óleo de um mancal deslizante deve ser verificado regularmente. Se necessário, encher com lubrificante
adequado (ver a este respeito o Capítulo 6.1.6 Tipos de óleo.

5.6.1.2 Temperatura dos mancais


As temperaturas dos mancais são medidas com termômetros de resistência Pt-100. O aumento da temperatura acima
do limite de alarme pode ser causado por um aumento de vazamentos no mancal ou diminuição da capacidade de
arrefecimento, indicando geralmente a presença de um problema na máquina ou no sistema de lubrificação; portanto, a
temperatura deve ser cuidadosamente monitorada.
Podem ser várias as causas para uma temperatura anômala dos mancais e algumas são ilustradas no Capítulo 6.1.3
Temperatura do óleo de lubrificação. No caso em que o aumento da temperatura fosse seguido por um aumento dos
níveis de vibração, o problema também poderia estar relacionado ao alinhamento da máquina (ver Capítulo 3
Instalação.

5.6.1.3 Temperatura do óleo de lubrificação


Uma temperatura correta do óleo de lubrificação é essencial para manter o mancal em uma temperatura operacional
adequada e garantir uma lubrificação suficiente, bem como um grau apropriado de viscosidade do óleo lubrificante. Para
máquinas alimentadas com óleo, o mau funcionamento do dispositivo de refrigeração do óleo e um fluxo de óleo
insuficiente, podem causar problemas à temperatura do óleo. Para todos os mancais, é necessário verificar se a
quantidade e qualidade do óleo é adequada, no caso que se verifiquem problemas de temperatura.

5.6.1.4 Programa de troca de óleo


Para mancais autolubrificados, recomenda-se trocar o óleo a cada cerca de 8.000 horas de funcionamento ou pelo
menos uma vez por ano.
Com uma lubrificação forçada, o período entre duas substituições depende do fluxo total de óleo e do sistema de
arrefecimento. Em geral, é possível determinar o intervalo mais adequado com base em inspeções regulares e
diagnóstico das condições do óleo, a fim de garantir que este não está contaminado nem excessivamente oxidado. O
mesmo vale para a lubrificação a jato de óleo.

NOTA: No caso de partidas frequentes, temperaturas elevadas do óleo ou cargas excessivas, podem ser necessários
intervalos mais curtos.

Durante o primeiro ano de funcionamento, recomenda-se recolher amostras de óleo lubrificante após cerca de 1.000,
2.000 e 4.000 horas de operação, e enviá-las para o fornecedor do lubrificante que irá analisar seu estado.
Com base nos resultados, será então possível determinar um intervalo adequado para trocas de óleo.
Após a primeira substituição, o óleo pode ser analisado no meio e no final do intervalo estabelecido.

NOTA: A temperatura mínima ambiente de partida (sem aquecedor de óleo) é 0°.

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5.6.1.5 Tipos de óleo


Os mancais são projetados para um dos tipos de óleo elencados na tabela abaixo.
Nos óleos listados estão presentes os seguintes aditivos:
Inibidor de oxidação e ferrugem
Agente antiespumante
Aditivo antidesgaste.

NOTA: Verificar a quantidade adequada de óleo, indicada na placa da máquina (ver Capítulo 1.5.2 Placa com os
dados de funcionamento).

Grau de viscosidade do óleo a uma temperatura ambiente de 40°C

Fornecedo 22 32 46 68 100 150 220


res

Agip Acer 22 Ote 32 Ote 32 Ote 32 Ote 32 Acer 150 Acer 220

Energol Energol Energol Energol Energol Energol Energol


BP
CS22 (ISO) CS32 (ISO) CS46 (ISO) CS68 (ISO) CS100 (ISO) CS150 (ISO) CS220 (ISO)

Hyspin Perfecto Perfecto Perfecto Perfecto Hyspin Alpha


Castrol
VG22 T32 T46 T68 T100 VG150 ZN220

NL Gear NL Gear
Mechanism Mechanism Mechanism Mechanism
Chevron --- Compound Compound
LPS32 LPS46 LPS68 LPS100
150 220

Reductelf
Elf Elfolna 22 Elfolna 32 Elfolna 46 Elfolna 68 Elfolna 100 Elfolna 150
SP220

Esso Nuray 22 Teresso 32 Teresso 46 Teresso 68 Teresso 100 Teresso 150 Teresso 220

Gulf --- Harmony 32 Harmony 46 Harmony 68 Harmony 100 Harmony 150 Harmony 220

DTE Oil DTE Oil


Velocite Oil DTE Oil DTE Oil
Mobil Heavy DTE 27 Extra DTE Oil BB
No.10 Light Medium
Medium Heavy

Shell Vitrea 22 Turbo T32 Turbo T46 Turbo T68 Turbo T100 Vitrea M150 Vitrea M220

Rando Regal Regal Regal Regal Regal Regal


Texaco
HD22 R&O 32 R&O 46 R&O 68 R&O 100 R&O 150 R&O 220

Azolla ZS Azolla ZS Azolla ZS Azolla ZS Azolla ZS Azolla ZS Azolla ZS


Total
22 32 46 68 100 150 220

Tabela 5-3 Tipos de óleo

Manutenção - 29
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5.6.2 Rolamentos de rolo

5.6.2.1 Estrutura dos rolamentos


Em condições normais de exercício, os rolamentos de rolo exigem pouca manutenção. Para garantir um funcionamento
confiável, é melhor relubrificar os rolamentos regularmente com graxa de alta qualidade e específica para rolamentos de
rolo.

5.6.2.2 Dados de lubrificação


Todas as máquinas são fornecidas com uma placa onde são indicados dados dos rolamentos, tais como:
Tipo de rolamento
Lubrificante utilizado
Intervalo de lubrificação
Quantidade de lubrificante.
Para mais detalhes sobre a placa ver o Capítulo 1.5.2 Placa com os dados de funcionamento.

NOTA: A mistura de lubrificantes diferentes (espessante, tipo de óleo base) reduz a qualidade e, portanto, deve ser
evitada, a menos que tenha sido testada sua compatibilidade. Uma lubrificação excessiva pode causar
sobreaquecimento do rolamento.

5.6.2.3 Intervalos de lubrificação


Os rolamentos de rolo das máquinas elétricas precisam ser lubrificados regularmente: as indicações são informadas na
placa da máquina (ver o Capítulo 1.5.2 Placa com os dados de funcionamento).

NOTA: Independentemente do intervalo de lubrificação previsto, os rolamentos devem ser lubrificados pelo menos
uma vez por ano.

Os intervalos de lubrificação são definidos para uma temperatura de exercício do rolamento de 70°C; se esta
temperatura for inferior ou superior àquela prevista, é necessário alterar o intervalo. Temperaturas elevadas de exercício
implicam intervalos mais curtos.

NOTA: Um aumento da temperatura ambiente provoca um aumento da temperatura dos rolamentos. Os valores para
os intervalos de lubrificação devem ser reduzidos para metade para cada aumento de 15°C nas temperaturas
dos rolamentos e podem ser duplicados uma vez para uma diminuição de 15°C.

5.6.2.4 Manutenção dos rolamentos


Previsivelmente, os rolamentos têm uma vida útil mais curta do que a máquina elétrica e, portanto, devem ser
substituídos periodicamente.
Teoricamente, a resistência à fadiga dos rolamentos é de L10h. De acordo com a norma ISO 281/1, construção
horizontal/vertical, sem cargas radiais e axiais adicionais, ultrapassa 50.000 horas.
A vida útil efetiva de tais rolamentos depende de inúmeros fatores, em especial:
Duração do lubrificante
Condições ambientais
Temperatura de exercício
Cargas
Vibrações.

NOTA: Sempre que o rolamento é desmontado, é aconselhável substituí-lo por um novo.

Manutenção - 30
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5.7. Manutenção dos enrolamentos do estator e do rotor

Os enrolamentos de máquinas elétricas rotativas estão sujeitos a tensões de natureza elétrica, mecânica e
térmica e por causa disso, junto com o isolamento, envelhecem e se deterioram gradualmente. Por esta
razão, a vida útil da máquina muitas vezes depende da duração do isolamento.
É possível evitar, ou pelo menos retardar, muitos processos que causam danos, com interventos de
manutenção apropriados e testes de aprovação realizados com intervalos regulares. Este capítulo
apresenta uma descrição geral do modo como efetuar a manutenção básica e os testes de aprovação.
Antes de realizar qualquer trabalho nos enrolamentos elétricos, convém tomar as devidas precauções
gerais para a segurança elétrica e observar as normativas locais a fim de evitar acidentes com o pessoal.
Para maiores informações, ver o Capítulo 5.2 Precauções de segurança.
Nas normas internacionais abaixo listadas, estão referidas as instruções relacionadas a testes e
manutenção a cargo do usuário:
Padrão 43-2000 IEEE, Prática recomendada para ensaios de resistência do isolamento de máquinas
rotativas IEEE
Padrão 432-1992 IEEE, Guia para a Manutenção do Isolamento de Máquinas Elétricas Rotativas (de 5 CV
a menos de 10.000 CV).

5.7.1 Instruções de segurança para a manutenção dos enrolamentos


Os trabalhos de manutenção nos enrolamentos envolvem um certo perigo:

Manuseio de solventes, tintas e resinas perigosas. Para limpar e pintar novamente os enrolamentos, são
utilizadas substâncias perigosas que podem ser nocivas se forem inaladas e ingeridas, ou se entrarem em
contato com a pele ou outros órgãos. Procurar ajuda médica no caso de acidente
Manuseio de solventes e tintas inflamáveis. A manipulação e uso dessas substâncias deve ser sempre
realizada por pessoal autorizado e respeitando os procedimentos de segurança adequados
Realização de testes a alta tensão. Estes testes devem ser efetuados exclusivamente por pessoal
autorizado e respeitando os procedimentos de segurança adequados.

As substâncias perigosas usadas para a manutenção dos enrolamentos são:


Solventes dielétricos
Tintas de acabamento: solvente e resina
Tratamento enrolamentos: resina epóxi.
NOTA: Para o manuseio de substâncias perigosas durante os interventos de manutenção, observar as instruções. Estas
devem ser respeitadas escrupulosamente.

Algumas medidas gerais de segurança a serem observadas durante a manutenção dos enrolamentos:
Evitar inalar fumos; garantir uma circulação de ar adequada no local de trabalho ou usar máscaras de
proteção
Usar equipamento de segurança como luvas, calçado, capacete rígido e vestuário de proteção para cobrir
a pele
As ferramentas para a pintura por pulverização, a carcaça da máquina e os enrolamentos, devem estar
ligados a terra durante a pintura com pulverizador
Tomar as precauções necessárias durante o trabalho em espaços confinados
Os testes de tensão somente podem ser efetuados por pessoal treinado para executar trabalhos em alta
tensão
Não fumar, comer ou beber no local de trabalho.

Manutenção - 31
Manual para Geradores Síncronos

5.7.2 Periodicidade da manutenção


Os princípios que regulam a periodicidade da manutenção são três:
A manutenção do enrolamento deve ser organizada com base na manutenção das outras máquinas
Realizar a manutenção somente quando necessário
As máquinas principais devem ser submetidas a interventos de assistência com uma frequência maior do
que aquelas de menor importância; o mesmo vale para os enrolamentos que são contaminados
rapidamente e para os acionamentos excessivos.
NOTA: Como regra geral, o teste de resistência de isolamento deve ser realizado uma vez por ano e deve ser suficiente
para a maioria das máquinas na maior parte das condições de funcionamento, enquanto outros testes devem ser
realizados apenas no caso que ocorram problemas.
No Capítulo 5.4 Programa de manutenção recomendado é apresentado um programa de manutenção para a máquina
completa, incluindo os enrolamentos, o qual, no entanto, deve ser adaptado às circunstâncias específicas do cliente.

5.7.3 Temperatura de exercício adequada


A temperatura correta do enrolamento é assegurada mantendo limpas as superfícies externas da máquina, verificando o
funcionamento do sistema de arrefecimento e monitorando a temperatura de refrigeração. Se a temperatura de
refrigeração é excessivamente baixa, a água pode se condensar dentro da máquina, formando uma nuvem de vapor
capaz de umedecer e deteriorar a resistência de isolamento.
Nas máquinas refrigeradas a ar, é importante monitorar o estado de limpeza dos filtros de ar, que devem ser limpos e
substituídos a intervalos planejados com base no ambiente operacional local.
As temperaturas de funcionamento do estator devem ser monitoradas com os detectores de temperatura Pt100.
Diferenças significativas de temperatura entre os sensores podem indicar danos nos enrolamentos. Certifique-se que as
alterações não são causadas pelo deslocamento do canal de medição.

5.7.4 Resistências de isolamento


Durante os trabalhos gerais de manutenção ou após um longo período de inatividade da máquina, é necessário medir a
resistência de isolamento dos enrolamentos do estator e do rotor (ver a este respeito o Capítulo 3.2.1 Medições das
resistências de isolamento.

5.8. Manutenção das unidades de refrigeração

Em geral, as unidades de refrigeração necessitam de pouca manutenção, mas é aconselhável monitorar periodicamente
as condições para verificar que funcionam sem problemas.

5.8.1 Instruções de manutenção para o circuito aberto de ventilação


Geralmente um ventilador e um rotor fazem circular o ar de resfriamento. O ventilador pode ser montado no eixo ou
acionado por um motor separado. A circulação pode ser simétrica ou assimétrica do ponto de vista axial, segundo o
desenho da máquina. O ar de resfriamento deve ser o mais limpo possível a fim de evitar a contaminação e a redução da
eficiência do sistema de resfriamento que pode ser causada por uma eventual sujeira.
As máquinas com proteção contra os agentes atmosféricos de tipo padrão são fornecidas com ou sem filtros, segundo a
especificação.
Se os enrolamentos ou os detectores de temperatura por ar de resfriamento mostram uma temperatura anômala, deve
ser realizada uma verificação do sistema de arrefecimento. Os dois pontos essenciais da manutenção são a verificação
das condições dos filtros de ar e a garantia de uma boa circulação do ar dentro da máquina, o qual deve ser mantido
limpo e checado durante as revisões ou se surgirem problemas.
Entre as outras possíveis causas de um baixo desempenho do sistema de arrefecimento, estão uma elevada temperatura
ambiente ou temperatura do ar de entrada alta, mas também o mau funcionamento da lubrificação ou dos mancais pode
determinar uma elevada temperatura destes.
Uma temperatura aparentemente alta pode ser devida também a um problema no sistema de medição da temperatura
(ver o Capítulo 1.6 Termômetros de resistência Pt-100).

Manutenção - 32
Manual para Geradores Síncronos

5.8.1.1 Limpeza dos filtros


Os filtros devem ser limpos regularmente, com intervalos que dependem do estado de limpeza do ar no ambiente
circundante. Os filtros devem ser limpos quando os detectores da temperatura no enrolamento mostram um valor
anômalo ou alcançam o nível de alarme.
Se for usado um sistema de monitoramento para a pressão diferencial, os filtros devem ser substituídos imediatamente
após um alarme de pressão. O nível de alarme é tal que 50% da superfície do filtro do ar está obstruída. O pessoal
encarregado da manutenção deve inspecionar frequentemente os filtros, até mesmo manualmente.
Remover os filtros de ar para limpá-los: se o ar circundante for suficientemente limpo, os filtros podem ser substituídos
durante o funcionamento. Devem ser limpos regularmente iniciando pelo lado de aspiração e depois pelo lado de
descarga. É aconselhável também lavar com cuidado, periodicamente, utilizando água limpa para retirar a sujeira não
eliminada com o aspirador de pó. Em caso de excessiva concentração de gordura, os filtros devem ser lavados com uma
solução detergente e então enxaguados cuidadosamente antes de serem reposicionados.

5.8.2 Instruções para a manutenção dos trocadores de calor ar-água


Geralmente, se os detectores de temperatura indicam que a temperatura de exercício é normal e os detectores de
vazamento não detectam vazamentos, não há necessidade de supervisão adicional para o sistema de arrefecimento.
Para mais detalhes sobre a manutenção do trocador de calor ar-água, consultar o relativo Manual do fabricante anexado
à documentação suplementar.

5.8.3 Instruções para a manutenção dos trocadores de calor ar-ar

5.8.3.1 Circulação do ar
Geralmente um ventilador e um rotor fazem circular o ar interno. O ventilador pode ser montado no eixo ou acionado por
um motor separado. A circulação pode ser simétrica ou assimétrica do ponto de vista axial, segundo o desenho da
máquina. O fluxo de ar externo normalmente é criado por um ventilador montado no eixo ou acionado por um motor
separado.
A máquina pode ser dotada de um ou mais detectores de temperatura com a função de monitorar o ar de resfriamento
interno. Se os detectores de temperatura indicam que esta é normal, não será necessária qualquer manutenção
suplementar à supervisão no sistema de resfriamento.
Quando os detectores de temperatura mostram um valor anômalo ou próximo ao nível de alarme no enrolamento ou no
ar de resfriamento, o sistema de arrefecimento deve ser checado. Se for necessário limpar os trocadores (ver as
instruções indicadas abaixo).

5.8.3.2 Limpeza
A superfície de arrefecimento e a parede do tubo podem ficar sujos, com uma consequente redução da capacidade de
resfriamento. Por esta razão, o trocador deve ser limpo com intervalos regulares a serem definidos para cada caso
individual, com base nas propriedades do ar circundante.
No período inicial do funcionamento, o trocador deve ser submetido a inspeções frequentes.
Limpar o trocador de calor injetando ar comprimido ou limpá-lo cuidadosamente com água ou uma escova apropriada;
não usar escovas de aço nos tubos de alumínio porque podem danificá-los; usar uma escova circular, macia, com arame
de latão.

5.8.4 Manutenção dos motoventiladores externos


Os motoventiladores externos são grupos que não necessitam de manutenção porque os mancais são lubrificados para
toda a vida útil. É aconselhável montar um motoventilador externo de reserva.
A manutenção do motoventilador deve ser realizada de acordo com as instruções do Manual do motor.

5.9. Reparações, desmontagem e montagem

Todas as ações relacionadas a reparos, desmontagem e montagem, devem ser efetuadas por pessoal responsável pela
assistência e devidamente treinado.
Para mais informações, contactar a Assistência Pós-Venda (ver o Capítulo 7-1.5 Detalhes para contactar a assistência
Pós-Venda.

Manutenção - 33
Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 6: Alarmes e intervenções para problemas ou falhas

6.1. Pesquisa e resolução de problemas

Este capítulo tem como objetivo fornecer ajuda em caso de falha operacional em um gerador fornecido pela MarelliMotori.
Os esquemas para pesquisa e eliminação de avarias representados abaixo, podem ser uma ajuda valiosa na localização
e resolução de problemas de natureza mecânica, elétrica e térmica, assim como para problemas associados com o
sistema de lubrificação.
Os controles e ações corretivas mencionadas devem ser sempre realizados por pessoal qualificado. No caso de dúvidas,
ou para mais informações ou assistência técnica relacionada à resolução de problemas e à manutenção, contactar o
Serviço Pós-Venda de MarelliMotori (consultar o Capítulo 7-1.5 Detalhes para contactar a assistência Pós-Venda).

6.2. Desempenhos elétricos

PROBLEMA POSSÍVEL CAUSA INTERVENTO

O alternador não se a) Conexões soltas. a) Verificar e reparar.


excita. b) Avaria dos diodos rotativos. b) Verificar diodos e substituir se
A tensão a vácuo é c) Interrupção dos circuitos de interrompidos ou em curto-circuito.
inferior a 10% da tensão excitação. c) Verificar continuidade do circuito de
nominal. excitação.
d) Magnetismo resíduo muito baixo
d) Aplicar um pouco de tensão de uma
bateria de 12Volt ligando o terminal
negativo ao – do RDT e o positivo através
de um díodo ao + do RDT.
O alternador não se a) Intervenção do fusível. a) Substituir o fusível. Se o fusível queimar
excita. b) Conexões soltas no estator novamente, verificar se o estator da
excitatriz. excitatriz está com curto-circuito. Se tudo
(tensão a vácuo cerca de estiver normal, substituir o RDT.
20%-30% da tensão c) Alimentação incorreta do circuito
nominal). de excitação. b) Verificar continuidade do circuito de
excitação.
A tensão não é afetada
pela intervenção do c) Inverter os dois fios provenientes da
potenciômetro do RDT. excitatriz.

Tensão de carga inferior a) Velocidade inferior à nominal. a) Verificar o número de rotações (freq.).
à tensão nominal (tensão b) RDT não calibrado. b) Modificar parâmetros do RDT até que a
entre 50 e 70% da tensão não se reporta ao valor nominal.
tensão nominal). c) Fusível queimado.
d) Avaria do RDT. c) Substituir o fusível.

e) Intervenção limitação de d) Desconectar o regulador de tensão e


sobrexcitação. substituí-lo.

f) Avaria do dispositivo de e) Recalibrar o potenciômetro limitação de


sobrexcitação (se presente). sobrexcitação. (AMP).
f) Verificar o dispositivo Varicomp, se
presente, e eventualmente substituí-lo.
Tensão muito alta. a) Potenciômetro V não calibrado. a) Rodar o potenciômetro até que a tensão
b) Avaria do RDT. não se reporta ao valor nominal.
b) Substituir o RDT.
Tensão instável. a) Velocidade variável do motor a) Verificar a uniformidade da rotação.
principal. Verificar o regulador do Diesel.
b) Potenciômetro de estabilidade do b) Modificar parâmetros do RDT até que a
RDT não calibrado. tensão retorna estável.
c) Avaria do RDT. c) Substituir o RDT.

Alarmes e intervenções para problemas ou falhas - 34


Manual para Geradores Síncronos

6.3. Desempenhos mecânicos

PROBLEMA POSSÍVEL CAUSA INTERVENTO

Temperatura a) Excessivo desequilíbrio da rede a) Verificar que o equilíbrio da rede é em


enrolamentos elevada b) Sobrecarga conformidade com os requisitos
Temperatura ar de c) Avaria no enrolamento b) Verificar configuração sistema de controle,
refrigeração elevada eliminar sobrecarga
d) Sistema de medição defeituoso
c) Verificar enrolamento
e) Temperatura ambiente muito alta
d) Verificar sensores
f) Refluxo de ar para dentro da
máquina e) Ventilar para diminuir temperatura
ambiente
g) Fonte de calor nas proximidades
f) Criar espaço suficiente ao redor da
h) Sistema de arrefecimento máquina
defeituoso
g) Remover as fontes de calor e verificar
i) Bicos de ar bloqueados ventilação
j) Filtro de ar obstruído h) Inspecionar condições da instalação e
k) Velocidade excessiva montagem
l) Fluxo de ar insuficiente i) Limpar os bicos e remover eventuais
detritos
j) Limpar ou substituir os filtros
k) Verificar velocidade nominal da máquina
l) Remover obstáculos, garantir que o fluxo
de ar seja suficiente
Ruídos a) fixação incorreta na fundação a) Verificar aperto parafusos e eventualmente
b) Ventilador de arrefecimento apertar
vibrações
defeituoso b) Verificar e reparar o ventilador de
c) Excessivo desequilíbrio da rede arrefecimento

d) Materiais estranhos, umidade ou c) Verificar que o equilíbrio da rede é em


sujeira dentro da máquina conformidade com os requisitos

e) Ressonância estrutural d) Verificar e limpar o interior da máquina,


enxugar enrolamentos
e) Testar com diferentes rotações
Temperatura rolamentos a) Falha lubrificação a) Verificar tipo e quantidade do lubrificante e
elevada b) Lubrificante insuficiente ou o funcionamento do sistema de lubrificação
Ruídos excessivo b) Limpar rolamento e corrigir quantidade
c) Falha no rolamento lubrificante
Vibrações
d) Desalinhamento da máquina c) Verificar condições do rolamento e
substituir se necessário
e) Cargas externas imprevistas
d) Verificar alinhamento da máquina
f)
e) Verificar zona acoplamento

Alarmes e intervenções para problemas ou falhas - 35


Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 7: Suporte Pós-Venda MarelliService

7.1. Pós-Venda

O departamento MarelliService nasce em MarelliMotori para completar a oferta de seus próprios produtos com um
serviço Pós-Venda eficaz e decisivo, em total sinergia com a capacidade de produção que, para mais de cem anos,
fabrica máquinas elétricas rotativas.

7.1.1 Serviços
MarelliService fornece:
Testes de diagnóstico e funcionais
Colocação em operação
Modernização de sistemas de regulagem
Manutenção e inspeções
Pesquisa e eliminação de falhas
Programas de manutenção personalizado.

7.1.2 Peças de reposição


MarelliService coordena a venda e expedição de peças de reposição originais MarelliMotori.

7.1.3 Suporte e garantia


Gerencia os problemas durante o período de garantia, decorrentes de reclamações
Determina a validade da garantia
Estabelece as ações corretivas
Fornece suporte técnico.
NOTA: Para relatórios de não conformidade e falhas operacionais de um gerador fornecido por MarelliMotori, preencher
o modelo apresentado no Capítulo 8.5 Relatório de Problemas e enviá-lo para MarelliService.

7.1.4 Suporte para os Centros de Assistência


O Suporte para os Centros de Assistência consiste na organização de cursos de formação destinados a operadores ou
pessoal de manutenção, sobre o bom funcionamento e manutenção das máquinas elétricas rotativas e equipamentos
relacionados.

7.1.5 Detalhes para contactar a assistência Pós-Venda


Para intervenções de assistência, peças de reposição, garantias e suporte técnico, contactar o serviço Pós-Venda para:
Telefone: + 39.0444.479.711
Fax: + 39. 0444.479.757
E-mail: service@marellimotori.com

Suporte Pós-Venda MarelliService - 36


Manual para Geradores Síncronos

Capítulo 8: Relatórios

8.1. Informações gerais

Tipo de gerador:

Código do gerador:

Número de série:

Fabricante: MarelliMotori S.p.A.

Endereço: Via Sabbionara, 1


36071 Arzignano (VI) Italy

Telefone: +39.0444.479711

Fax: +39.0444.479888

Cliente:

Endereço:

Interlocutor:

Telefone:

Fax :

Relatórios - 37
Manual para Geradores Síncronos

8.2. Relatório de transporte

Aspectos gerais

Data de entrega:

Local de entrega:

Assinatura do destinatário:

Danos

Lista de carga: NÃO SIM Tipo de danos:

Máquina: NÃO SIM Tipo de danos:

Embalagem: NÃO SIM Tipo de danos:

Acessórios: NÃO SIM Tipo de danos:

Peças de reposição: NÃO SIM Tipo de danos:

Ações empreendidas relacionadas aos danos

Fotografado: NÃO SIM Data :

Comunicado à empresa de
NÃO SIM Data : a quem:
transporte:

Comunicado ao fornecedor: NÃO SIM Data : a quem:

Modalidade de transporte

Via Caminhão Via Navio Via aérea Outra:

Comentários

Relatórios - 38
Manual para Geradores Síncronos

8.3. Relatório de estocagem

Aspectos gerais

Estocagem: NÃO SIM Início: __/__/__ Fim: __/__/__

Local de Estocagem: No interior No exterior

Embalagem fechada Protegida com cobertura impermeável

Ventilado Não ventilado

Condições ambientais: Umidade: _____% Temperatura : _____°C

Operações de estocagem

Desmontagem mancais: NÃO SIM Data :

Verificação da proteção
NÃO SIM Tipo :
anti-corrosão:

Substituição da proteção
NÃO SIM Data :
anti-corrosão:

Rotação eixo de 10 giros: NÃO SIM Data :

Presença vibrações no
NÃO SIM ______mm/s
local de estocagem:

Presença gases corrosivos


NÃO SIM Tipo :
na área:

Comentários

Relatórios - 39
Manual para Geradores Síncronos

8.4. Relatório de instalação

INSTALAÇÃO MECÂNICA

Fundação realizada com base na planta


NÃO SIM Código do desenho: _________
dimensional:

Entreferro para máquina de rolamento Lado acoplamento


único:

1___________mm 3___________mm

2___________mm 4___________mm

Alinhamento do acoplamento: Alinhamento radial Alinhamento angular

1___________mm 1___________mm

2___________mm 2___________mm

3___________mm 3___________mm

4___________mm 4___________mm
Parafusos da fundação apertados com
chave de torque: NÃO SIM Dimensões parafuso: __ Torque de aperto: ____Nm

Dispositivo travamento rotor removido: NÃO SIM

Sistema de lubrificação operacional: NÃO SIM

Presença vazamento lubrificante: NÃO SIM

O rotor gira sem ruídos: NÃO SIM

Sistema de arrefecimento operacional: NÃO SIM

Vazamentos líquido refrigerante: NÃO SIM

Comentários

Relatórios - 40
Manual para Geradores Síncronos

MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO

Resistência: RM = ____MΩ Tensão aplicada: V = ____kV


Enrolamento estator (1min
– 10min) :
Temperatura enrolamento: T = ____°C Índice de polarização: PI = ____

Enrolamento rotor (1min – Resistência: RM = ____MΩ Tensão aplicada: V = ____kV


10min) : Temperatura enrolamento: T = ____°C

Estator excicatriz: Resistência: RM = ____MΩ Tensão aplicada: V = ____kV

Aquecedores: Resistência: RM = ____MΩ

Termômetros de
Resistência: RM = ____MΩ
resistência:

MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DOS ACESSÓRIOS

Pt100 Estator: Pt100 fase U : _____Ω _____Ω

Pt100 fase V : _____Ω _____Ω

Pt100 fase W : _____Ω _____Ω

Pt100 Rolamento lado D : _____Ω

Pt100 Rolamento lado N : _____Ω

Pt100 ar quente: _____Ω

Pt100 ar frio: _____Ω

Aquecedores _____Ω
anticondensação:

CONFIGURAÇÕES PARA A PROTEÇÃO DA MÁQUINA

Monitoramento vibrações: NÃO SIM Alarme: ______mm/s, Silenciador: ______mm/s

Monitoramento
temperatura:

- Enrolamento NÃO SIM Alarme: ______mm/s, Silenciador: ______mm/s

- Rolamentos NÃO SIM Alarme: ______mm/s, Silenciador: ______mm/s

- Ar quente NÃO SIM Alarme: ______mm/s, Silenciador: ______mm/s

- Ar frio NÃO SIM Alarme: ______mm/s, Silenciador: ______mm/s

Outro dispositivo de NÃO SIM Tipo :


proteção:

VERIFICAÇÕES PARA INICIAR A MÁQUINA

Sentido da rotação (vista lado D) : CW (sentido horário) CCW (sentido anti-horário)

Presença ruídos anômalos: NÃO SIM Proveniente de:

Presença vibrações anômalas: NÃO SIM Proveniente de:

Relatórios - 41
Manual para Geradores Síncronos

DADOS DE TESTES DE APROVAÇÃO

Temperatura Temperatura
Hora Medições elétricas Temperatura enrolamentos
rolamentos ar

Tensão Corrente Tensão Corrente Lado Lado Quent


Frio T1 T2 T3 T4 T5 T6
nominal nominal excit. excit. D N e

h:min V A V A ºC ºC ºC ºC ºC ºC ºC ºC ºC ºC

NÍVEIS DE VIBRAÇÃO

Máquina horizontal Máquina vertical

Lado D. Lado N.D. Lado D. Lado N.D.

A = ______mm/s D = ______mm/s A = ______mm/s D = ______mm/s


B = ______mm/s E = ______mm/s B = ______mm/s E = ______mm/s
C = ______mm/s F = ______mm/s C = ______mm/s F = ______mm/s

APROVAÇÃO DA MÁQUINA

Colocação em operação
efetuada por:

Data colocação em __/__/__


operação:

Resultado :

Relatórios - 42
Manual para Geradores Síncronos

8.5. Modelo Relatório de Problemas

MODULO SEGNALAZIONE
Via Sabbionara, 1 – 36071 Arzignano (VI) - Italia
PROBLEMA
Per segnalare un problema inviare il seguente format compilato a Marelli Motori tramite:
Fax: +39 0444 495757 E-mail: service@marellimotori.com
RIFERIMENTI CHIAMANTE:
Azienda:

Via: CAP:

Citta: Stato:

Persona di rif.: Tel:

Fax: E-mail:

DATI DI TARGA:
Modello:

Codice:

Matricola: Ordine Marelli:

UTILIZZO MACCHINA:
Data messa in servizio: / / Ore di lavoro:

Applicazione:

DESCRIZIONE PROBLEMA:

Riferimento non conformità del cliente:

GARANZIA:
SI NO Data segnalazione: / /

LUOGO DI INSTALLAZIONE MACCHINA (SOLO SE DIVERSO DA INDIRIZZO CHIAMANTE):


Azienda:

Via: CAP:

Citta: Stato:

Persona di rif.: Tel:

Relatórios - 43
Capitulo 9 : Nomenclatura

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