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SUPERINTENDÊNCIA DE

GESTÃO TARIFÁRIA

Nota Técnica nº 06/2018-SGT/ANEEL


Brasília, 17 de janeiro de 2018

QUARTA REVISÃO TARIFÁRIA


PERIÓDICA

...................................... ......
Energisa Mato Grosso - Distribuidora de
Energia S.A.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Agência Nacional de Energia Elétrica


Superintendência de Gestão Tarifária
SGAN 603 / Módulo “I” – 1º andar
CEP: 70830-030 – Brasília – DF
Tel: + 55 61 2192-8823
Fax: + 55 61 2192-8679
ÍNDICE

I. OBJETIVO.......................................................................................................................................................................... 1
III. ANÁLISE .......................................................................................................................................................................... 2
III.I. REPOSICIONAMENTO TARIFÁRIO .................................................................................................................. 5
III.2. RECEITA VERIFICADA ...................................................................................................................................... 5
III.3. PARCELA A.......................................................................................................................................................... 5
III.3.1. Custos com Aquisição de Energia Elétrica (CE) ......................................................................................... 6
III.3.2. Custos com Transporte de Energia (CT) ................................................................................................... 10
III.3.3. Encargos Setoriais (ES) ............................................................................................................................. 11
III.4. PARCELA B ........................................................................................................................................................ 11
III.4.1. Custos Operacionais (CO) ......................................................................................................................... 11
III.4.2. Receitas Irrecuperáveis (RI) ...................................................................................................................... 13
III.4.3. Remuneração do Capital (RC) E Quota de Reintegração Regulatória (QRR) .......................................... 14
III.4.4. Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis (CAIMI) ......................................................................... 17
III.4.5. Ajuste da Parcela B em função do Índice de Ajuste de Mercado e do Mecanismo de Incentivo à Melhoria
da Qualidade ......................................................................................................................................................... 18
III.4.6. Outras Receitas (OR) ................................................................................................................................ 19
III.5. FATOR X ............................................................................................................................................................. 20
III.5.1. Componente de Ganhos de Produtividade da Atividade de Distribuição – Pd.......................................... 21
III.5.2. Trajetória de Eficiência para os Custos Operacionais – T ......................................................................... 21
III.5.3. Componente de Qualidade do Serviço – Q ............................................................................................... 21
III.6. COMPONENTES TARIFÁRIOS FINANCEIROS ............................................................................................. 21
III.7. SUBVENÇÃO CDE – DESCONTOS TARIFÁRIOS ......................................................................................... 23
III.8. METODOLOGIA PARA O CUMPRIMENTO DE DECISÕES LIMINARES RELATIVAS AO
PAGAMENTO DA CDE .............................................................................................................................................. 24
III.9. RESULTADO DA REVISÃO ............................................................................................................................. 24
IV. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................................. 30
(Fls. 1 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Nota Técnica no 06/2018–SGT/ANEEL

Em 17 de janeiro de 2018

Processo n.º 48500.005356/2017-81

Assunto: Quarta Revisão Tarifária Periódica da


Energisa Mato Grosso - Distribuidora de Energia
S.A.

I. OBJETIVO

1. O objetivo desta Nota Técnica é submeter à Audiência Pública a proposta da quarta revisão
tarifária periódica da Energisa Mato Grosso - Distribuidora de Energia S.A..

2. A presente proposta de revisão tarifária da EMT segue os procedimentos e metodologias de


cálculo previstos nos Módulos 2, 3 e 7 dos Procedimentos de Regulação Tarifária - PRORET, que tratam do
cálculo da revisão tarifária, do reajuste tarifário e da estrutura tarifária.

3. Uma revisão conceitual das metodologias aplicáveis, que vai além do escopo da presente Nota
Técnica, pode ser feita a partir das seguintes referências:

 Submódulo 2.1 e Nota Técnica 065/2015-SRM/SGT/ANEEL: Procedimentos Gerais;


 Submódulo 2.2 e Nota Técnica 066/2015-SRM/SGT/ANEEL: Custos Operacionais;
 Submódulo 2.3 e Nota Técnica 400/2014-SRE/ANEEL: Base de Remuneração Regulatória;
 Submódulo 2.4 e Nota Técnica 022/2015-SRE/ANEEL: Custo de Capital;
 Submódulo 2.5 e Nota Técnica 067/2015-SRM/SGT/ANEEL: Fator X;
 Submódulo 2.6 e Nota Técnica 106/2015-SRM/SGT/ANEEL: Perdas de Energia;
 Submódulo 2.7 e Nota Técnica 105/2015-SRM/SGT/ANEEL: Outras Receitas; e
 Submódulo 2.8 e Nota Técnica 400/2014-SRE/ANEEL: Geração Própria de Energia.

4. A Seção II apresenta uma breve descrição dos fatos relativos à revisão tarifária da EMT. A
Seção III descreve o cálculo da revisão tarifária periódica, compreendendo o cálculo do Reposicionamento
Tarifário, Receita Verificada, Parcela A, Parcela B, Outras Receitas, Componentes Financeiros e Fator X. A
seção IV traz as conclusões.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Superintendência de Gestão Tarifária – SGT/ANEEL Processo nº 48500.005356/2017-81


(Fls. 2 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

II. DOS FATOS

5. O Contrato de Concessão nº 003/1997, que regula a exploração dos serviços públicos de


distribuição de energia elétrica na área de concessão da EMT, define a data de 08/04/2018 para a realização
da quarta revisão tarifária periódica.

6. As informações iniciais para subsidiar o cálculo da revisão tarifária foram solicitadas por meio
do Ofício n° 124/2017-SGT/ANEEL, de 6 de outubro de 2017, sendo encaminhadas pela concessionária
mediante a Carta n° ENERGISA MT/VPR-ANEEL/Nº095/2017, de 13 de novembro de 2017.

7. No dia 14 de dezembro de 2017, a proposta preliminar da revisão tarifária foi encaminhada à


EMT e ao Conselho de Consumidores.

8. Em 20 de dezembro de 2017, na sede desta Agência, foi realizada reunião com os


representantes da empresa para discutir a proposta preliminar da revisão tarifária a ser submetida em Audiência
Pública. Em 21 de dezembro de 2017, na sede desta Agência, foi realizada reunião com os representantes do
conselho de consumidores.

III. ANÁLISE

12. Na Revisão Tarifária Periódica – RTP, as tarifas são reposicionadas levando-se em


consideração os novos padrões de produtividade exigidos para a concessionária ao longo do ciclo e as
alterações na estrutura de custos.

13. No momento da RTP também são definidas as regras de aplicação do Fator X nos reajustes
tarifários. O Fator X tem como objetivo repassar aos consumidores os ganhos de produtividade obtidos pela
concessionária e os resultados da aplicação dos mecanismos de incentivos que foram estabelecidos pela
ANEEL nos processos tarifários.

14. O percentual médio do reposicionamento tarifário é o resultado da razão entre a Receita


Requerida e a Receita Verificada, ambas calculadas tendo como referência o mercado dos 12 (doze) meses
imediatamente anteriores ao mês de aniversário da revisão tarifária.

15. A Receita Requerida reflete os custos operacionais eficientes e a remuneração adequada dos
investimentos necessários para a prestação dos serviços de distribuição de energia elétrica. O cálculo da receita
requerida também compreende a atualização de custos relacionados às atividades de geração e transmissão
e aos encargos setoriais.

16. A Receita Verificada corresponde à receita que seria auferida caso não fossem alteradas as
tarifas vigentes praticadas pela concessionária até o momento da revisão tarifária. O resultado da razão entre
essas duas receitas corresponde o quanto que as tarifas devem variar em média.

17. O cálculo do percentual médio do reposicionamento tarifário segue a seguinte fórmula:

RR
𝑅𝑇 = ( − 1) × 100 (1)
RV

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 3 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

onde:
RT: Reposicionamento Tarifário Médio (%);
RR: Receita Requerida; e
RV: Receita Verificada.

18. A Receita Requerida é dividida em duas parcelas: a primeira, denominada de Parcela A,


envolve custos relacionados à aquisição de energia elétrica para atendimento aos clientes, uso dos sistemas
de transmissão e encargos setoriais. Em geral, a distribuidora não tem gestão completa sobre esses itens de
custos, e em razão disso estes valores são apenas repassados para os clientes da empresa.

19. A segunda parcela, denominada de Parcela B, compreende as despesas com a prestação do


serviço de distribuição de energia. São custos inerentes da atividade de distribuição, que estão sujeitos ao
controle e influência das práticas gerenciais adotadas pela concessionária e, por definição, são repassados por
meio de valores regulatórios.

20. Desse modo, a receita requerida da concessionária pode ser expressa da seguinte forma:

𝑹𝑹 = 𝑽𝑷𝑨 + 𝑽𝑷𝑩 (2)

onde:
RR: Receita requerida;
VPA: Valor da Parcela A; e
VPB: Valor da Parcela B.

21. No que se refere aos custos de Parcela B, são dois os itens que compõem a receita da
concessionária: os custos operacionais e os de capital. Os custos operacionais são os custos necessários para
a empresa prover o serviço de distribuição de energia, incluindo os custos com gestão de pessoas,
infraestrutura física e materiais e serviços.

22. O custo de capital inclui o montante investido pela concessionária ainda não depreciado,
chamado de base de remuneração. Esta base de remuneração é multiplicada pela taxa de retorno para
determinar o total de remuneração do capital investido pela distribuidora. No cálculo dos custos de capital
também é incluída a quota de reintegração regulatória, que representa a recomposição dos investimentos
realizados para a prestação do serviço de distribuição ao longo da vida útil dos bens e direitos.

23. Outro item que é adicionado ao custo de capital são os tributos a ele associados, de forma a
assegurar que a remuneração efetivamente auferida pela empresa regulada seja suficiente para o pagamento
do Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica - IPRJ e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.

24. No cálculo dos valores regulatórios de Parcela B também se faz necessária a atualização dos
valores por um fator de ajuste de mercado, de modo a considerar que ao longo da vigência das tarifas
estabelecidas na revisão o mercado da concessionária será outro, distinto do utilizado como referência para o
cálculo da revisão.

25. Da mesma forma são descontados do cálculo da Parcela B os resultados da aplicação dos
mecanismos de incentivos à melhoria da qualidade pela ANEEL com incidência na revisão tarifária. Por fim,
são descontadas as Outras Receitas auferidas pela concessionária, que são revertidas em parte para a
modicidade tarifária.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 4 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

26. A fórmula abaixo expressa o cálculo da Parcela B no processo de revisão tarifária. É


basicamente sob este componente que os processos de revisão e reajuste se distinguem, quanto ao nível de
preços.

𝑉𝑃𝐵 = (𝐶𝐴𝑂𝑀 + 𝐶𝐴𝐴) ∙ (1 − 𝑃𝑚 − 𝑀𝐼𝑄) − 𝑂𝑅 (3)

onde:
CAOM: Custo de Administração, Operação e Manutenção;
CAA: Custo Anual dos Ativos;
𝑃𝑚 : Fator de Ajuste de Mercado; e
𝑀𝐼𝑄: Mecanismo de Incentivo à Melhoria da Qualidade; e
𝑂𝑅: Outras Receitas.

27. Por sua vez, o Custo de Administração, Operação e Manutenção (CAOM) é dado pela soma
dos componentes abaixo:

𝐶𝐴𝑂𝑀 = 𝐶𝑂 + 𝑅𝐼 (4)

onde:
CAOM: Custos de Administração, Operação e Manutenção;
CO: Custos Operacionais; e
RI: Receitas Irrecuperáveis.

28. Enquanto que o Custo Anual dos Ativos (CAA) é dado pela soma dos componentes abaixo:

𝐶𝐴𝐴 = 𝑅𝐶 + 𝑄𝑅𝑅 + 𝐶𝐴𝐼𝑀𝐼 (5)

onde:
CAA: Custo Anual dos Ativos;
RC: Remuneração do capital, incluindo a remuneração líquida de capital e tributos;
QRR: Quota de Reintegração Regulatória (depreciação); e
CAIMI: Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis (Anuidades).

29. Por fim, a fórmula abaixo expressa o cálculo da Parcela A:

𝑉𝑃𝐴 = 𝐶𝐸 + 𝐶𝑇 + 𝐸𝑆 (6)

onde:
VPA: Valor de Parcela A;
CE: Custo de aquisição de energia elétrica e geração própria;
CT: Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição; e
ES: Encargos setoriais definidos em legislação específica.

30. Os procedimentos de cálculo da Parcela A nos processos de revisão tarifária são semelhantes
ao adotados nos processos de reajustes. As regras de cálculo de cada um dos componentes de Parcela A
estão descritos nos Submódulos 3.2, 3.3 e 3.4 do PRORET1.

1
http://www.aneel.gov.br/procedimentos-de-regulacao-tarifaria-proret
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 5 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

III.I. REPOSICIONAMENTO TARIFÁRIO

31. O reposicionamento tarifário calculado para a EMT, quando se analisa apenas a variação dos
custos de Parcela A e B, resultou no percentual total médio de 6,64%.

Tabela 1. Reposicionamento Tarifário Médio


Descrição Valores (R$)
VPA+VPB 3.998.134.346,43
Receita Verificada 3.749.327.334,35
Reposicionamento Tarifário Médio6,64%

III.2. RECEITA VERIFICADA

32. No cálculo da Receita Verificada, foram considerados os dados de mercado informados pela
concessionária no Sistema de Acompanhamento de Informações de Mercado para Regulação Econômica –
SAMP e as tarifas de base econômica homologadas no processo de reajuste tarifário em 2017. O mercado de
referência correspondeu o período de abril/2017 a março/2018.

33. O quadro a seguir apresenta o valor da Receita Verificada (RV) por subgrupo tarifário e nível
de tensão.

Tabela 2 – Receita Verificada


Subgrupos Mercado (MWh) Receita (R$)
Fornecimento 7.205.146 3.426.266.920,30
A2 (88 a 138 kV) 6.178 2.781.953,07
A3a (30 kV a 44 kV) 682.683 294.372.478,21
A4 (2,3 kV a 25 kV) 1.282.989 574.087.781,22
BT (menor que 2,3 kV) 5.233.295 2.555.024.707,80
Demais Livres 1.522.718 229.649.628,35
Distribuição 4.686 15.490.515,74
Geração - 77.920.269,95
Total 8.732.550 3.749.327.334,35

III.3. PARCELA A

34. O Valor da Parcela A é calculado considerando-se o Mercado de Referência e as condições


vigentes na data da revisão tarifária periódica. Compreende os custos com aquisição de energia elétrica (CE),
os custos com conexão e uso dos sistemas de distribuição e/ou transmissão (CT) e os custos com Encargos
Setoriais (ES).

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 6 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

III.3.1. Custos com Aquisição de Energia Elétrica (CE)

35. Os critérios e procedimentos de cálculo dos custos de aquisição de energia elétrica e geração
própria a serem considerados neste processo tarifário estão detalhados no Submódulo 3.2 do PRORET2,
aprovado pela REN 604/2014.

III.3.1.1. Energia Requerida

36. Além da energia necessária ao atendimento de seus consumidores há que se considerar que
nem toda a energia elétrica gerada é entregue ao consumidor final. Perdas de energia são inerentes à natureza
do processo de transformação, transmissão e distribuição de energia elétrica. Cabe à ANEEL definir a cada
revisão tarifária um referencial regulatório de perdas que leve em consideração o desempenho da
concessionária nos segmentos de perdas que tenha maior gestão.

37. As perdas podem ser segmentadas entre perdas na Rede Básica, que são externas ao sistema
de distribuição da concessionária e tem origem iminentemente técnica, e as perdas na distribuição que podem
ser de natureza técnica ou não técnica.

38. As perdas técnicas se referem à parcela das perdas na distribuição inerente ao processo de
transporte, transformação de tensão e medição da energia na rede da concessionária. As perdas não técnicas,
por sua vez, representam todas as demais perdas associadas à distribuição de energia elétrica, tais como furtos
de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de
medição, etc. São medidas pela diferença entre as perdas na distribuição e as perdas técnicas.

39. As perdas técnicas são calculadas levando-se em consideração as características do sistema


de distribuição da concessionária, como pontos de injeção e consumo de energia elétrica, bitola dos condutores,
tipo de transformadores, etc. São calculadas as perdas nas redes de distribuição em alta, média e baixa tensão,
subestações, transformadores de distribuição, além dos ramais de ligação e medidores. O Módulo 7 dos
Procedimentos de Distribuição – PRODIST detalha a metodologia empregada para o cálculo das perdas
técnicas. O nível de perdas técnicas calculado, como percentual da energia injetada, é mantido constante em
todos os processos tarifários até a revisão subsequente.

40. O valor de perdas técnicas, calculado segundo o Módulo 7 do PRODIST, foi informado pela
Superintendência de Regulação da Distribuição – SRD, por meio do Memorando n° 0461/2017-SRD/ANEEL,
de 14/12/2017, que encaminhou a Nota Técnica n° 0123/2017-SRD/ANEEL, no percentual de 9,81% sobre a
energia injetada.

41. O referencial regulatório para as Perdas Não Técnicas é redefinido a cada revisão tarifária e
pode se dar na forma de uma trajetória decrescente, reconhecendo-se um nível menor de perdas não técnicas
a cada reajuste tarifário, ou na forma de uma meta fixa, em que o nível de perdas não técnicas reconhecido
nas tarifas, sempre referenciado em termos de perdas não técnicas sobre o mercado de baixa tensão, se
mantém constante ao longo do ciclo tarifário. O Submódulo 2.6 do PRORET3 detalha a metodologia empregada
para o cálculo das perdas não técnicas.

42. A tabela a seguir sintetiza o cálculo das perdas não técnicas para a concessionária.

2 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2014604_Proret_Submod_3_2_V0.pdf
3
http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2015660_Proret_Submod_2_6_V3.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 7 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 3 – Trajetória de Perdas Não Técnicas Regulatória


1 - Cálculo do Ponto de Partida
Perdas Não
Descrição Técnica (%
BT)
1. Meta 3º Ciclo (Faturada) 4,84%
2. Diferença entre medido e faturado (mediana 4
1,30%
últimos anos)
3. Meta 3º Ciclo (Medida) [1. + 2.] 6,14%
4. Média Histórico (Medida) 11,00%
5. Ponto de Partida [ = máximo (7,5% e Mínimo (3. e
7,50%
4.) ]
6. Ponto de Partida (faturado) 6,20%

2 - Cálculo do Ponto de Chegada


Descrição Modelo C Modelo G Modelo K
Empresa Benchmark COSERN COSERN COSERN
5. Perda Benchmark (PNT/BT) 5,22% 5,22% 5,22%
6. Perda CEMAT (PNT/BT) 11,69% 11,69% 11,69%
7. Probabilidade de Comparação 98,89% 93,87% 92,48%
8. Meta baseada em cada Benchmark [ 7. x 5. + ( 1.-
5,29% 5,61% 5,70%
7.) x 6. ]
9. Meta média dos Benchmarks [média( 8 ) ] 5,54%
10. Ponto de Partida (PNT/BT) 7,50%
11. Meta = Mínimo (9 e 10) 5,54%
12. Meta (Faturado) 4,24%

Descrição Ponto Partida 2018 2019 2020 2021 2022


Trajetória PNT/BT (ponto partida até meta) 7,50% 7,11% 6,71% 6,32% 5,93% 5,54%
Velocidade de Redução (a.a) -0,39% -0,39% -0,39% -0,39% -0,39%
Limite de Redução (a.a) 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Referencial Regulatório PNT/BT (medido) 7,50% 7,50% 7,50% 7,50% 7,50% 7,50%
Diferença entre medido e faturado 1,30% 1,30% 1,30% 1,30% 1,30% 1,30%
Referencial Regulatório PNT/BT (faturado) 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20% 6,20%
Referencial Regulatório PT/Einj 9,81% 9,81% 9,81% 9,81% 9,81% 9,81%

43. No caso da EMT, conforme regra definida no PRORET, o ponto de partida foi estabelecido em
7,50% sobre o mercado de baixa tensão medido, o que representa 6,20% sobre o mercado de baixa tensão do
faturado. Nesse caso não há exigência de trajetória de redução.

44. Para o cálculo das perdas elétricas são ainda apuradas as perdas das DIT de uso
compartilhado e na Rede Básica. Essas perdas são apuradas em cada processo tarifário, com base nas
medições dos últimos 12 meses das perdas apuradas na Rede Básica e nas Demais Instalações de
Transmissão – DIT de uso compartilhada, contabilizadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
– CCEE.

45. Para obtenção da energia requerida é necessário somar as perdas regulatórias, em MWh, de
acordo com os respectivos percentuais determinados na revisão tarifária, ao mercado de venda da
concessionária. O mercado de venda da concessionária representa toda energia faturada no mercado cativo,
consumo próprio e energia suprida a outras distribuidoras

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(Fls. 8 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

46. A tabela a seguir apresenta o cálculo da energia requerida considerada no processo de revisão
tarifária.

Tabela 4 – Energia Requerida


Descrição Energia (MWh)
Perdas na Rede Básica 110.050
Perdas na Distribuição 1.309.599
Perdas Técnicas 985.135
Perdas Não Técnicas 324.464
Energia Vendida 7.205.146
Energia Requerida 8.624.795

III.3.1.2. Valoração da Compra de Energia

47. O cálculo dos custos de aquisição de energia obedece aos critérios estabelecidos no contrato
de concessão e nas normas setoriais, em especial à Lei nº 10.848/2004 e ao Decreto nº 5.163/2004, bem como
os contratos bilaterais de energia.

48. Para o cálculo da despesa com energia elétrica comprada para a revenda, elaborou-se o
Balanço Energético da concessionária, que apura as sobras ou déficits de energia elétrica, considerando o
período de referência em questão.

49. No cálculo do preço de repasse dos contratos de compra de energia foram adotados os
procedimentos detalhados no Submódulo 3.2 do PRORET, bem como foram utilizadas as informações
constantes nos seguintes dispositivos legais e documentos:

Tabela 5 – Informações para valoração da compra de energia


Tipo de Contrato Dado Utilizado Dispositivo Legal
Bilaterais Tarifas e montantes Memorando nº 300/2017-SRM/ANEEL
Itaipu Tarifa de repasse de potência REH 2.363/2017
Cota Angra I/Angra II Receita Fixa e Tarifa de repasse REH 2.359/2017
Cotas Lei n º 12783/2013 Receitas Anuais de Geração REHs 2.265, 2.288 e 2.353/2017
Cota do PROINFA Montante e cota REH 2.365/2017

50. Para o cálculo do preço de repasse dos CCEARs por disponibilidade, foi levado em conta o
fato de que para patamares de geração térmica de usinas cujo CVU encontra-se acima de 211,28 R$/MWh, as
concessionárias obterão receita adicional com o acionamento das bandeiras tarifárias. Portanto, os valores de
CMO utilizados para obter a previsão do custo de geração da parcela variável dos CCEARs por disponibilidade
foram fixados em 211,28 R$/MWh para os 12 meses subsequentes.

51. A tabela a seguir demonstra os contratos de compra de energia elétrica e os seus respectivos
montantes e despesas, já computadas as variações decorrentes das sobras/déficits nos montantes de energia
adquirida.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 9 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 6 – Custo com Compra de Energia


Montante Contratado Montante Tarifa Despesa
Contratos
(MWh) Considerado (MWh) (R$/MWh) (R$)
AMBIENTE REGULADO - CCEAR 2.932.641,18 2.574.781,13 241,05 620.639.823,33
2014-6 13º Leilão de Energia Existente 5.114,33 4.490,25 375,15 1.684.494,81
2014-6 13º Leilão de Energia Existente 8,91 7,82 344,04 2.690,97
2018-25 16º Leilão de Energia Nova 70.679,21 62.054,47 181,34 11.252.821,15
2016-20 17º Leilão de Energia Nova 186.990,51 164.172,71 164,16 26.951.205,77
2018-20 18º Leilão de Energia Nova 180.349,47 158.342,05 154,22 24.419.899,70
2018-25 18º Leilão de Energia Nova 3.587,90 3.150,08 176,61 556.322,62
2018-25 18º Leilão de Energia Nova 29.429,44 25.838,27 173,93 4.493.923,07
2017-20 19º Leilão de Energia Nova 55.445,84 48.679,98 163,32 7.950.561,33
2009-15 1º Leilão de Energia Nova 93.842,84 82.391,52 301,37 24.830.095,00
2009-15 1º Leilão de Energia Nova 6.274,31 5.508,68 279,32 1.538.701,77
2010-15 1º Leilão de Energia Nova 226.019,74 198.439,34 270,30 53.638.442,62
2019-20 20º Leilão de Energia Nova 18.853,10 16.552,52 167,97 2.780.384,96
2019-25 20º Leilão de Energia Nova 28.230,65 24.785,76 251,04 6.222.287,83
2018-20 22º Leilão de Energia Nova 10.554,52 9.266,59 207,25 1.920.500,00
2018-20 22º Leilão de Energia Nova 1.007,51 884,57 144,61 127.916,67
2018-20 22º Leilão de Energia Nova 67,86 59,58 258,65 15.410,37
2010-15 4º Leilão de Energia Nova 92.805,92 81.481,14 329,57 26.853.899,20
2012-15 5º Leilão de Energia Nova 382.596,33 335.909,43 287,82 96.680.744,41
2013-15 7º. Leilao de Energia Nova 866.367,52 760.647,69 285,48 217.148.652,53
2014-6 13º Leilão de Energia Existente/Nova regra 953,91 837,51 339,26 284.131,77
2014-6 13º Leilão de Energia Existente/Nova regra 2,62 2,30 339,25 781,81
2018-30 16º Leilão de Energia Nova/Nova regra 45.251,05 39.729,22 148,51 5.900.229,40
2018-30 16º Leilão de Energia Nova/Nova regra 38.246,68 33.579,57 166,71 5.598.159,19
2018-30 18º Leilão de Energia Nova/Nova regra 128.826,35 113.106,12 107,58 12.168.418,10
2018-30 18º Leilão de Energia Nova/Nova regra 27.405,81 24.061,58 175,64 4.226.147,61
2017-30 19º Leilão de Energia Nova/Nova regra 31.121,28 27.323,66 150,29 4.106.443,09
2010-30 1º Leilão de Energia Nova 158.881,26 139.493,53 225,65 31.476.169,82
2010-30 1º Leilão de Energia Nova 5.230,20 4.591,98 196,05 900.270,93
2019-30 20º Leilão de Energia Nova/Nova regra 473,30 415,54 196,37 81.599,74
2018-30 22º Leilão de Energia Nova/Nova regra 700,36 614,90 231,26 142.203,74
2013-30 2º Leilão de Projetos Estruturantes(UHE Jirau) 9,41 8,27 126,30 1.043,93
2015-30 3º Leilão de Projetos Estruturantes(UHE Belo
3.506,29 3.078,43 123,76 380.986,31
Monte)/Nova regra
2012-30 5º Leilão de Energia Nova 190.473,16 167.230,38 237,75 39.759.593,63
2016-30 7º. Leilao de Energia Nova 43.333,55 38.045,71 172,02 6.544.689,45
Bilaterais 3.594.315,24 3.155.713,40 219,20 691.747.551,33
REDE LAJEADO ENERGIA S.A. 1.103.364,00 968.724,31 177,87 172.303.963,12
Paranatinga Energia Ltda 86.724,00 76.141,37 239,44 18.231.598,86
Paranatinga Energia Ltda 152.424,00 133.824,23 239,44 32.043.416,18
Global Energia Elétrica S/A 87.504,00 76.826,19 197,10 15.142.811,84
MAGGI ENERGIA S/A 55.013,00 48.299,95 230,24 11.120.816,29
Guarantã Energética Ltda 74.699,00 65.583,74 201,66 13.225.575,02
BIOENERGIA DO BRASIL S/A 28.010,00 24.592,04 216,40 5.321.670,63
ELÓI BRUNETTA & CIA LTDA 6.000,00 5.267,84 217,06 1.143.437,52
HIDRELÉTRICA COMODORO LTDA - HIDRECOM 17.541,00 15.400,53 245,01 3.773.295,42
INÁCIO CAMILO RUARO 4.299,00 3.774,41 162,88 614.762,21
CÉSIO SILVA LEMOS 6.134,00 5.385,49 233,72 1.258.686,43
AGRORPECUÁRIA MAGGI LTDA 24.000,00 21.071,36 250,80 5.284.704,67
ELÓI BRUNETTA & CIA LTDA 7.320,00 6.426,77 230,24 1.479.698,55
ENERCOOP S/A 30.000,00 26.339,20 126,84 3.340.933,86
ITAMARATI NORTE S/A - AGROPECUÁRIA 474.003,60 416.162,58 243,00 101.129.506,10
Rio do Sangue Energia S/A 154.000,80 135.208,62 239,44 32.374.899,80
USINA ALTO ALEGRE S/A - AÇÚCAR E ÁLCOOL 30.048,00 26.381,35 220,66 5.821.313,52
NOVO MUNDO ENERGÉTICA 74.699,00 65.583,74 204,81 13.432.205,72
APIACÁS ENERGIA 70.693,20 62.066,75 364,79 22.641.331,04
PRIMAVERA ENERGIA (EX-BRAÇO NORTE ENERGIA ) 34.076,40 29.918,17 364,79 10.913.851,02
PRIMAVERA ENERGIA 43.975,20 38.609,06 364,79 14.084.198,49
PRIMAVERA ENERGIA (EX-VP ENERGIA) 34.164,00 29.995,09 364,79 10.941.907,19
PRIMAVERA ENERGIA (EX-CUIABÁ ENERGIA) 11.563,20 10.152,18 364,79 3.703.414,74

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 10 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

JURUENA ENERGIA 29.959,20 26.303,38 364,79 9.595.210,92


SALTO JAURU ENERGÉTICA S/A- SAJESA 12.001,20 10.536,74 151,35 1.594.734,86
MADEIREIRA BARRA GRANDE LTDA 10.066,00 8.837,68 256,37 2.265.756,76
GALERA CENTRAIS ELÉTRICAS 161.184,00 141.515,27 183,00 25.897.003,69
Centrais Elétricas Salto dos Dardanelos Ltda. 74.297,00 65.230,79 202,83 13.230.934,05
Araputanga Centrais Elétricas S/A 18.001,80 15.805,10 227,03 3.588.175,16
Arapucel Indiavaí S/A 21.803,64 19.143,02 227,03 4.345.969,82
Arapucel Ombreiras S/A 18.396,00 16.151,20 227,03 3.666.748,34
Tangará 527.352,00 463.001,06 227,86 105.498.953,90
TECNOVOLT 45.731,00 40.150,60 224,35 9.007.933,00
ELETRAM - ELETRICIDADE DA AMAZÔNIA S/A 45.000,00 39.508,81 267,36 10.563.033,22
INVESTCO 20.268,00 17.794,77 177,87 3.165.099,39
Energia Base 3.272.983,35 2.894.300,49 134,40 389.002.987,08
Cota Angra I/Angra II 239.767,00 210.509,06 240,80 50.690.582,41
Cotas Lei n º 12783/2013 1.579.746,21 1.386.975,25 76,71 106.395.383,29
Itaipu (tirando as perdas) 1.283.769,68 1.127.115,71 205,76 231.917.021,37
PROINFA 169.700,47 169.700,47 - -
Total
9.799.939,77 8.624.795,01 197,27 1.701.390.361,73

III.3.2. Custos com Transporte de Energia (CT)

52. Os custos com transmissão de energia elétrica, desde as usinas até as redes de distribuição
da concessionária, são compostos por: Rede Básica (Sistêmica e Fronteira), DIT Compartilhada e de uso
exclusivo, Transporte de Itaipu, Uso da Rede Básica pela usina de Itaipu e Uso de Sistemas de Distribuição. O
detalhamento dos custos de transmissão bem como sua forma de cálculo encontra-se no Submódulo 3.3 do
PRORET4 aprovado pela REN 604/2014.

53. Para o cálculo dos encargos de Rede Básica Nodal e Fronteira, foram utilizados os MUSTs
(Montantes de Uso do Sistema de Transmissão) constantes do CUST - Contrato de Uso do Sistema de
Transmissão, celebrado entre o ONS e a distribuidora, disponibilizado no SACT – Sistema de Acompanhamento
dos Contratos de Transmissão, enquanto que as tarifas foram obtidas da Resolução Homologatória nº 2.259,
de 27 de junho de 2017.

54. Já os valores referentes aos Contratos de Conexão associados às instalações de transmissão


de uso exclusivo foram obtidos da REH 2.258, de 27 de junho de 2017, além de considerar as informações
presentes no SIGET - Sistema de Gestão da Transmissão.

55. Cabe esclarecer que a Receita Anual da Conexão de uso exclusivo referente às Demais
Instalações de Transmissão (DIT) presente na Resolução Homologatória do processo tarifário da distribuidora
pode diferir do custo de conexão repassado às tarifas.

56. A situação descrita acima pode ocorrer, pois de acordo com o que consta no § 12 do artigo 7º
e § 3º do artigo 7º-A da Resolução Normativa nº 67/2004 e § 6º do artigo 4º-A da Resolução Normativa nº
68/2004, os encargos de conexão associados às novas instalações de transmissão de uso exclusivo, apesar
de serem devidos pela distribuidora a partir da data de entrada em operação comercial dessas instalações, só
poderão ser considerados no cálculo da tarifa dos consumidores finais da concessionária ou permissionária de
distribuição a partir da respectiva prestação de serviço, sem efeitos retroativos.

57. O custo relativo ao Uso de Sistemas de Distribuição se aplica ao caso da EMT, uma vez que
ela acessa a rede de distribuição da CELG e da CERON.

4 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2014604_Proret_Submod_3_3_V0.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 11 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

58. Os valores dos custos relacionados à transmissão de energia a serem considerados nesta
revisão tarifária estão detalhados na tabela a seguir:

Tabela 7 – Custo de conexão e uso dos sistemas de distribuição/transmissão (CT)


Descrição Valor (R$)
Rede Básica 111.482.953
Rede Básica Fronteira 45.421.218
Rede Básica ONS (A2) 2.810.488
Rede Básica Export. (A2) 45.576.543
MUST Itaipu 17.492.861
Transporte de Itaipu 26.271.988
Conexão 7.079.743
Uso do sistema de distribuição 686.396
Total 256.822.189,15

III.3.3. Encargos Setoriais (ES)

59. Os encargos setoriais, oriundos de políticas de governo para o setor elétrico, possuem
finalidades específicas e são definidos em legislação própria. Seus valores são estabelecidos pela ANEEL e
não representam ganhos de receita para a concessionária. A descrição dos encargos setoriais, bem como sua
forma de cálculo encontra-se no Submódulo 3.4 do PRORET5 aprovado pela REN 604/2014.

60. Os valores considerados serão levados em conta também na apuração da Neutralidade dos
encargos setoriais e da respectiva Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA)
do próximo processo tarifário da concessionária.

61. Os valores dos encargos setoriais, bem como os dispositivos legais associados considerados
nesta revisão tarifária estão demonstrados na tabela abaixo:

Tabela 8 – Encargos Setoriais


Descrição Valor (R$)
Taxa de Fisc. de Serviços de E.E. – TFSEE 5.789.338
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE 452.913.435
Encargos Serv. Sist. - ESS e Energ. Reserv. - EER 102.074.375
PROINFA 63.353.697
P&D, Efic.Energ e Ressarc.ICMS Sist.Isol. 36.241.657
ONS 89.679
Total 660.462.181

III.4. PARCELA B

III.4.1. Custos Operacionais (CO)

5 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2014604_Proret_Submod_3_4_V0.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 12 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

62. A metodologia de definição dos custos operacionais, descrita no Submódulo 2.2 do PRORET6,
estabelece o método de comparação por benchmarking para a definição do nível eficiente dos custos
operacionais que serão reconhecidos nas tarifas.

63. A identificação do nível eficiente é obtida pela comparação entre as distribuidoras, levando-se
em consideração as características de cada concessionária. A partir dessa análise é estabelecido um intervalo
de custos operacionais regulatórios que serve de parâmetro para os valores que serão estabelecidos ao longo
do ciclo tarifário.

64. No momento da revisão, o intervalo de custos operacionais é atualizado para a data da revisão
observando a variação da extensão de redes, números de consumidores, mercado, perdas não técnicas
ajustadas e número de horas de fornecimento interrompido.

65. Numa análise posterior, compara-se o intervalo de custos eficientes atualizado com a cobertura
de custos operacionais presentes na tarifa da concessionária. Caso o valor de custos operacionais presente na
tarifa esteja fora do intervalo definido pelo método de benchmarking, parte da diferença é incorporada no
momento da revisão e a parcela remanescente é considerada para fins de cálculo do Componente T do Fator
X.

66. Um passo seguinte é verificar se a trajetória estabelecida conforme análise anterior é


compatível com a restrição de variação de 5% a.a.. Nos casos em que a trajetória excede a variação anual de
5%, a trajetória é ajustada para não exceder o limite anual.

67. Uma última etapa consiste da avaliação do prêmio de eficiência. Nos casos em que a aplicação
da metodologia conforme descrita nos passos anteriores resultar em uma meta de custo operacional superior
a 120% do custo real da empresa, o excedente desse valor será compartilhado em 50% com o consumidor.
Nestes casos, o valor final da meta de custos operacionais é recalculado de modo a levar em consideração o
compartilhamento do prêmio de eficiência.

68. A tabela a seguir resume o cálculo de definição dos Custos Operacionais regulatórios para a
EMT no valor de R$ 626.095.910,27.

6 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2015660_Proret_Submod_2_2_V2.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 13 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 9 – Custos operacionais regulatórios no reposicionamento


Descrição Limite Inferior Centro Limite Superior
1. Eficiência 72,50% 76,58% 85,36%
2. OPEX Benchmarking (Atualizado) - R$ 636.813.841 693.302.710 749.791.579

Comparação com intervalo de CO eficientes


Descrição Valor
3. OPEX nas tarifas - R$ 624.756.838
4. Meta estudo de eficiência - R$ 636.813.841
5. Variação Anual (% ) 0,38%
6. Meta do estudo de eficiência aplicado o limite de 5% a.a. 636.813.841

Avaliação do prêmio de eficiência


Descrição Reais
7. OPEX Real - R$ 521.742.133
8. Meta OPEX 636.813.841
9. Relação OPEX Real / Meta OPEX 122,06%
10. Meta OPEX aplicada a regra de compartilhamento 631.452.200

11. Número de anos no ciclo 4


12. OPEX na revisão [ = 3. + (10. - 3.) / 11.] 626.095.910

69. No caso da EMT, a cobertura de custos operacionais presentes na tarifa é menor do que o
intervalo inferior definido pelo método de benchmarking. Como resultado, é estabelecida uma trajetória de
aumento da Parcela B ao longo do ciclo, para que, ao final deste, os custos operacionais regulatórios alcancem
o limite inferior do intervalo.

70. Uma vez que a aplicação direta da metodologia resultou em uma trajetória de 0,38% a.a., não
foi necessário ajustar a meta regulatória para que a trajetória não excedesse o limite anual de 5%. Em relação
à comparação que é realizada com os custos reais, a aplicação da metodologia resultou em relação entre a
meta de custos operacionais e os custos reais de 122,06%, e consequentemente foi necessário recalcular a
trajetória para compartilhar com o consumidor o valor excedente a 120%.

III.4.2. Receitas Irrecuperáveis (RI)

71. O valor de receitas irrecuperáveis a ser considerado no processo de revisão tarifária é


composto por duas parcelas: (1) uma associada aos encargos setoriais e (2) outra relativa aos demais itens da
receita da distribuidora.

72. O cálculo da parcela relativa aos encargos setoriais é feito a partir do nível de receitas
irrecuperáveis da própria concessionária. O objetivo é calcular os custos com encargos setoriais da forma mais
precisa possível considerando, inclusive, o montante que é faturado e não recebido pelas concessionárias. Os
níveis de receitas irrecuperáveis de cada concessionária são reconhecidos desde que não superem os limites
estabelecidos no Submódulo 2.2 do PRORET

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(Fls. 14 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

73. Para a parcela de receitas irrecuperáveis relativa aos demais itens da receita, são definidos
percentuais regulatórios específicos para cada empresa, por classe de consumo. Os percentuais regulatórios
são baseados no desempenho das distribuidoras, que são comparadas conforme sua posição no ranking de
complexidade socioeconômica das áreas de concessão. O valor de receitas irrecuperáveis dessa parcela da
receita é acrescido dos valores previstos de faturamento de bandeiras tarifárias.
74. A tabela a seguir resume o cálculo do valor de receitas irrecuperáveis a ser considerado no
processo de revisão tarifária, segregado em suas duas parcelas, uma relacionada aos encargos setoriais e
outra relativa ao restante da receita.

Tabela 10 – Receitas Irrecuperáveis


Descrição Receita Base (R$) % RI RI (R$)
Encargos Setoriais 947.994.476 0,47% 4.429.021
Restante da Receita 4.759.936.094 0,36% 17.147.712
Total 5.707.930.570 0,38% 21.576.733

III.4.3. Remuneração do Capital (RC) E Quota de Reintegração Regulatória (QRR)

75. A Remuneração do Capital (RC) corresponde à remuneração dos investimentos realizados pela
concessionária e depende fundamentalmente da Base de Remuneração Regulatória e do custo de capital. O
Custo de Capital refere-se ao retorno dos investimentos realizados e a Base de remuneração refere-se aos
ativos.

76. Na remuneração de capital estão inclusas também a Remuneração sobre os Investimentos


Realizados com recursos de Obrigações Especiais - RCOE e a Remuneração para recursos da Reserva Global
de Reversão –RGR. A apuração destes segue os Submódulos 2.1 e 2.4 do PRORET.

77. A Quota de Reintegração Regulatória (QRR), por sua vez, corresponde à parcela que considera
a depreciação e a amortização dos investimentos realizados e tem por finalidade recompor os ativos afetos à
prestação do serviço ao longo da sua vida útil. A Quota de Reintegração Regulatória (QRR) depende
fundamentalmente da Base de Remuneração Regulatória e da taxa média de depreciação das instalações.

78. Para o cálculo da taxa média de depreciação das instalações, deve-se utilizar as taxas anuais
de depreciação definidas na Tabela XVI do anexo ao Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico –
MCPSE.

III.4.3.1. Custo de Capital

79. Para o cálculo da taxa de retorno utiliza-se a metodologia do Custo Médio Ponderado de Capital
(Weighted Average Cost of Capital - WACC), incluindo o efeito dos impostos sobre a renda. Para este ciclo de
revisão foi definido que o WACC depois de impostos é de 8,09%, conforme estabelece o Submódulo 2.4 do
PRORET7.

7 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2015648_Proret_Submod_2_4_V2.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 15 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

80. Tendo em vista que as tributações sobre a renda estão sujeitas a tratamento legal diferenciado,
de acordo com as especificidades da distribuidora, as alíquotas finais podem resultar em valores distintos. O
Submódulo 2.4 do PRORET apresenta os seguintes valores de WACC antes de Impostos para 4 tipos diferentes
de tributação, conforme Tabela abaixo

Tabela 11 – WACC antes de Impostos


Alíquota de Taxa
WACC
IRPJ e CSLL (rwacc-pré)
WACC real antes dos impostosa Isento 9,97%
WACC real antes dos impostosb 15,25% 10,77%
WACC real antes dos impostosc 24% 11,45%
WACC real antes dos impostosd 34% 12,26%
a) concessionárias isentas de impostos sobre a renda;
b) concessionárias enquadradas na área de atuação SUDENE/SUDAM;
c) concessionárias com lucro regulatório inferior a R$240.000; e
d) todas as demais.

81. No caso da EMT o WACC real antes de impostos é de 12,26%, uma vez que esta não tem
isenção de impostos.

III.4.3.2. Base de Remuneração Regulatória

82. A metodologia a ser utilizada para definição da Base de Remuneração Regulatória (BRR) nos
processos de Revisão Tarifária Periódica (RTP) das concessionárias de serviço púbico de distribuição de
energia elétrica está descrita no Submódulo 2.3 do PRORET8.

83. Para a avaliação dos ativos das concessionárias vinculados à concessão do serviço público de
distribuição de energia elétrica, visando à definição da base de remuneração, devem ser observadas as
seguintes diretrizes:
a) A base de remuneração aprovada no terceiro ciclo de revisão tarifária (3CRTP) deve ser
“blindada”. Entende- se como base blindada os valores aprovados por laudo de avaliação
ajustados, incluindo as movimentações ocorridas (adições, baixas, depreciação) e as
respectivas atualizações;
b) As inclusões entre as datas-base do terceiro ciclo e da atual revisão tarifária, desde que
ainda em operação, compõem a Base Incremental e são avaliadas no processo de revisão
tarifária;
c) Os valores finais da avaliação são obtidos somando-se os valores atualizados da base de
remuneração blindada (item a) com os valores das inclusões ocorridas entre as datas-base do
terceiro ciclo e da atual revisão tarifária – base incremental (item b);
d) Considera-se como data-base do laudo de avaliação o último dia do sexto mês anterior ao
mês da atual revisão tarifária;
e) A base de remuneração deverá ser atualizada pela variação do IPCA, entre a data-base do
laudo de avaliação e a data da revisão tarifária.

8 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2015686_Proret_Submod_2_3_V5.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 16 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

84. Os ativos vinculados à concessão do serviço público de distribuição de energia elétrica


somente são elegíveis a compor a Base de Remuneração Regulatória quando efetivamente utilizados no
serviço público de distribuição de energia elétrica. São desconsiderados da base de remuneração aqueles
ativos que compõem a Base de Anuidade Regulatória – BAR.

85. As tabelas a seguir resumem o cálculo da Base de Remuneração Regulatória, bem como da
remuneração e quota de reintegração.

Tabela 12 – Remuneração do Capital e Quota de Reintegração


Descrição
(1) Ativo Imobilizado em Serviço (Valor Novo de Reposição) 8.737.541.681
(2) Índice de Aproveitamento Integral 29.098.505
(3) Obrigações Especiais Bruta 2.591.828.099
(4) Bens Totalmente Depreciados 875.041.547
(5) Base de Remuneração Bruta = (1)-(2)-(3)-(4) 5.241.573.530
(6) Depreciação Acumulada 3.586.541.717
(7) AIS Líquido (Valor de Mercado em Uso) 5.150.999.964
(8) Índice de Aproveitamento Depreciado 21.878.295
(9) Valor da Base de Remuneração (VBR) 5.129.121.669
(10) Almoxarifado em Operação 9.891.971
(11) Ativo Diferido -
(12) Obrigações Especiais Líquida 1.712.957.718
(13) Terrenos e Servidões 64.670.948
(14) Base de Remuneração Líquida Total = (1)-(6)-(8)+(10)+(11)-(12)+(13) 3.490.726.870
(15) Saldo RGR PLPT -
(16) Saldo RGR Demais Investimentos -
(17) Taxa de Depreciação 3,71%
(18) Quota de Reintegração Regulatória = (5) * (17) 194.462.378
(19) Remuneração de Obrigações Especiais 37.109.045
(20) Remuneração do Capital 465.072.159

86. O valor da Base de Remuneração Regulatória, segundo o laudo de avaliação ainda não
fiscalizado, foi informado pela Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira – SFF por meio do
Memorando nº 699/2017-SFF/ANEEL, de 21 de dezembro de 2017, na Data-Base de 30/10/2017 de R$
3.137.286.681,39.

87. O valor da Base de Remuneração Regulatória, segundo o laudo de avaliação ainda não
fiscalizado, foi retificado pela Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira – SFF por meio do
Memorando nº 010/2018-SFF/ANEEL, de 10 de janeiro de 2018, na Data-Base de 30/10/2017 de R$
3.682.418.041,61.

88. O valor da Base de Remuneração Regulatória, segundo o laudo de avaliação ainda não
fiscalizado, foi retificado pela Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira – SFF por meio do
Memorando nº 017/2018-SFF/ANEEL, de 16 de janeiro de 2018, na Data-Base de 30/10/2017 de R$
3.411.843.187,53.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 17 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

89. Em atendimento ao estabelecido no Submódulo 2.3 do Módulo 2 do PRORET, os valores


informados pela SFF foram atualizados pelo IPCA entre a data-base do laudo de avaliação, outubro de 2017,
e a data da revisão tarifária, abril de 2018.

III.4.4. Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis (CAIMI)

90. O Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis, também denominado Anuidades, refere-se
aos investimentos de curto período de recuperação, tais como os realizados em hardware, software, veículos,
e em toda a infraestrutura de edifícios de uso administrativo. Este custo é calculado a partir da Base de
Anuidade Regulatória que é determinada por uma proporção do AIS, conforme estabelece o Submódulo 2.3 do
PRORET.

91. Uma vez definida a base de anuidade regulatória, para o cálculo da anuidade, é necessário
segregar em 3 grupos de ativos, conforme tabela a seguir:

Tabela 13 – Segregação da Base de Anuidade Regulatória nos Grupos de Ativos


Grupo de Ativos (% da BAR)
Aluguéis (𝐵𝐴𝑅𝐴 ) 45%
Veículos (𝐵𝐴𝑅𝑉 ) 12%
Sistemas (BAR I ) 43%

92. Uma vez segregadas, as Anuidades são dadas por:

𝐶𝐴𝐼𝑀𝐼 = 𝐶𝐴𝐿 + 𝐶𝐴𝑉 + 𝐶𝐴𝐼 (7)

onde:
CAIMI: Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis (Anuidades);
CAL: Custo Anual de Aluguéis;
CAV: Custo Anual de Veículos; e
CAI: Custo Anual de Sistemas de Informática.

93. As Anuidades são calculadas com depreciação linear na vida útil e com remuneração sobre
50% do investimento.

94. A tabela a seguir resume os valores relativos ao CAIMI:

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 18 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 14 – Custo Anual das Instalações Móveis e Imóveis – CAIMI


Descrição Valores (R$)
(1) Base de Anuidade Regulatória (BAR) 534.204.492
(2) Base de Anuidade - Infraestrutura de imóveis e móveis administrativos (BARA) 240.392.021
(3) Base de Anuidade - Veículos (BARV) 64.104.539
(4) Base de Anuidade - Sistemas de Informática (BARI) 229.707.932
(5) Anuidade - Infraestrutura de imóveis e móveis administrativos (CAL) 27.063.827
(6) Anuidade - Veículos (CAV) 13.087.400
(7) Anuidade - Sistemas de Informática (CAI) 57.422.215
(8) CAIMI = (5)+(6)+(7) 97.573.442

III.4.5. Ajuste da Parcela B em função do Índice de Ajuste de Mercado e do Mecanismo de Incentivo à


Melhoria da Qualidade

95. Ao Custo de Administração, Operação e Manutenção – CAOM e ao Custo Anual dos Ativos –
CAA é aplicado um fator de ajuste de mercado e um mecanismo de incentivo à qualidade.

96. O índice de ajuste de mercado, denominado de Fator de Ajuste de Mercado, considera os


ganhos potenciais de produtividade entre o ano anterior à revisão tarifária, período de referência, e o período
em que as tarifas definidas na revisão estarão vigentes, que são os doze meses posteriores à revisão.

97. O valor do Fator de Ajuste de Mercado (Pm) a ser aplicado na revisão tarifária periódica de
cada concessionária no ajuste do Valor da Parcela B é definido a partir da produtividade média do setor de
distribuição e do crescimento médio do mercado faturado e do número de unidades consumidoras da
concessionária entre a atual revisão tarifária e a do último ciclo tarifário. Para a este ciclo da EMT, o Fator de
Ajuste de Mercado aplicado é de 1,53%.

98. Para o cálculo do Mecanismo de Incentivo à Qualidade, são considerados os indicadores


Duração Equivalente de Interrupção (DEC), Frequência Equivalente de Interrupção (FEC), Frequência
Equivalente de Reclamação (FER), Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC), Indicador de Nível de
Serviço de Serviço do Atendimento Telefônico (INS), Indicador de Abandono do Atendimento Telefônico (IAb)
e Indicador de Chamadas Ocupadas do Atendimento Telefônico (ICO). O mecanismo busca incentivar a
melhoria contínua dos indicadores, além de observar o desempenho entre as distribuidoras

99. A EMT situa-se no período de transição, de abril de 2016 a março de 2019, quanto à aplicação
da metodologia definida pelo Submódulo 2.5 do PRORET, descrita na seção III.5.3 desta Nota Técnica. Para
os processos de revisão tarifária de concessionárias cujas datas situam-se no período de abril de 2017 e março
de 2018 todos os indicadores de qualidade técnica são considerados.

100. O Fator de Ajuste de Qualidade calculado para aplicação na atual revisão tarifária foi definido
em -0,95%.

101. A tabela a seguir resume o cálculo da Parcela B ajustada da revisão tarifária da EMT.

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(Fls. 19 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 15 – Cálculo da Parcela B ajustada


Descrição Valores
Custo de Administração, Operação e Manutenção (CAOM) 647.672.643
Custos Operacionais (CO) 626.095.910,27
Receitas Irrecuperáveis - Encargos Setoriais (Vi) 4.429.020,81
Demais Receitas Irrecuperáveis (Vse) 17.147.712,03
Custo Anual dos Ativos (CAA) 757.107.979
Remuneração do Capital (RC) 465.072.159,17
Quota de Reintegração Regulatória (QRR) 194.462.377,96
Custo anual das instalações móveis e imóveis (CAIMI) 97.573.441,81
Parcela B (VPB) 1.404.780.622
Índice de Produtividade da Parcela B 1,53%
Mecanismo de Incentivo à Qualidade -0,95%
Parcela B com ajustes 1.396.702.733

III.4.6. Outras Receitas (OR)

102. As outras receitas podem ser classificadas em duas categorias, conforme sua natureza: em
“receitas inerentes ao serviço de distribuição de energia elétrica”, que são as relativas aos serviços cobráveis
e “receitas de atividades acessórias”, que são atividades de natureza econômica acessórias ao objeto do
contrato de concessão, exercida por conta e risco das concessionárias. As atividades acessórias subdividem-
se em 2 subgrupos: Atividades acessórias próprias e Atividades acessórias complementares, descritas no
Submódulo 2.7 do PRORET.

103. O compartilhamento das receitas decorrentes das atividades acessórias próprias será de 60%
da receita bruta, ou seja, um percentual de 40% será atribuído à concessionária, com fins de estimular a
eficiência na prestação do serviço, enquanto a outra parcela será destinada aos consumidores do serviço de
distribuição de energia elétrica.

104. Já o compartilhamento das receitas inerentes das atividades acessórias complementares


também será de 60% da receita bruta da concessionária, com exceção dos itens: a) (8) geradores, incluindo-
se unidades de microgeração e minigeração distribuída; (9) sistemas de iluminação pública, b) eficientização
do consumo de energia elétrica e instalação de cogeração qualificada, desde que não enquadráveis nos
projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ou de Eficiência Energética estabelecidos em lei e c) serviços
de comunicação de dados, os quais o percentual de compartilhamento será de 30% da receita bruta.

105. Desse modo, para cada natureza de receita há um percentual que deve ser revertido à
modicidade tarifária, nos termos do Submódulo 2.7 do PRORET. A tabela a seguir sintetiza o cálculo de “Outras
Receitas”.

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(Fls. 20 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 16 – Outras Receitas


Receita
Descrição das atividades Compartilhamento
Regulatória
Serviços Cobráveis 60% 3.122.841,67
Arrecadação de convênios ou valores pela fatura e arredação por terceiros 60% 4.149.543,94
Receita proveniente da comercialização de resultados de projetos de P&D 50% 0,00
Veiculação de publicidade 60% 0,00
Aluguel ou cessão onerosa de imóveis e espaços físicos 60% 0,00
Compartilhamento de infraestrutura (Média 24 meses) 60% 9.970.732,64
Serviços de avaliação técnica e aferição de medidores. 60% 0,00
Operacionalização de serviço de créditos tributários 60% 0,00
Elaboração de projeto, construção, operação, manutenção ou reforma de:
(1) redes de distribuição de energia elétrica destinadas à regularização fundiária de interesse
60% 0,00
específico e ao atendimento dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras;
(2) redes de energia elétrica destinadas ao acesso dos sistemas de distribuição ou transmissão; 60% 0,00
(3) subestações de energia; 60% 0,00
(4) instalações elétricas internas de unidades consumidoras; 60% 0,00
(5) banco de capacitores: 60% 0,00
(6) padrões de entrada de unidades consumidoras atendidas em baixa tensão; 60% 0,00
(7) sistemas de medição de energia elétrica; 60% 0,00
(8) geradores, incluindo-se unidades de microgeração e minigeração distribuída; 30% 0,00
(9) sistemas de iluminação pública. 60% 0,00
Eficientização do consumo de energia elétrica e instalação de cogeração qualificada, desde que
não enquadráveis nos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ou de Eficiência 30% 0,00
Energética estabelecidos em lei
Serviços de comunicação de dados 30% 0,00
Serviços de consultoria 60% 0,00
Total 17.243.118,25

III.5. FATOR X

106. Conforme metodologia estabelecida no Submódulo 2.5 do PRORET, o Fator X tem por objetivo
principal garantir que o equilíbrio entre receitas e despesas eficientes, estabelecido no momento da revisão
tarifária, se mantenha ao longo do ciclo tarifário. É empregado no cálculo tarifário nos reajustes anuais quando
o valor da Parcela B é corrigido pelo IGP-M menos o Fator X. Dessa forma, quanto maior o Fator X menor é o
reajuste tarifário anual.

107. A abordagem adotada pela ANEEL para o cálculo do Fator X na revisão tarifária periódica
busca defini-lo a partir dos ganhos potenciais de produtividade, compatíveis com o nível de crescimento do
mercado, do número de unidades consumidoras e da qualidade do serviço, além de promover uma transição
dos custos operacionais eficientes.

108. Para atingir essa finalidade, o Fator X será composto por três componentes, conforme a
formulação a seguir:

𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑋 = 𝑃𝑑 + 𝑄 + 𝑇 (8)
onde:
𝑃𝑑 = Ganhos de produtividade da atividade de distribuição;

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Superintendência de Gestão Tarifária – SGT/ANEEL Processo nº 48500.005356/2017-81


(Fls. 21 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

𝑄 = Qualidade do serviço; e
𝑇 = Trajetória de custos operacionais.

109. Os componentes Pd e T são definidos “ex-ante”, ou seja, no momento da revisão tarifária. O


componente Q será especificado “ex-post”, ou seja, em cada reajuste tarifário posterior à atual revisão tarifária,
embora a metodologia para seu cálculo seja desde já conhecida.

III.5.1. Componente de Ganhos de Produtividade da Atividade de Distribuição – Pd

110. O Componente Pd do Fator X consiste nos ganhos de produtividade das distribuidoras de


energia elétrica no período histórico analisado, e foi estimado a partir da variação observada, no curto prazo,
do mercado e das unidades consumidoras. Seguindo a metodologia do Submódulo 2.5 do PRORET, o valor do
componente Pd do Fator X a ser considerado nos reajustes subsequentes da EMT é de 1,53%.

III.5.2. Trajetória de Eficiência para os Custos Operacionais – T

111. O Componente T do Fator X tem por objetivo estabelecer uma trajetória na definição dos
custos operacionais regulatórios. A metodologia de cálculo de custos operacionais, bem como o cálculo do
Componente T, são descritos na seção III.4.1 da presente Nota Técnica. O valor do componente T do Fator X
a ser considerado nos reajustes subsequentes da EMT é de -0,10%.

III.5.3. Componente de Qualidade do Serviço – Q

112. O Componente Q do Fator X tem por finalidade incentivar a melhoria da qualidade do serviço
prestado pelas distribuidoras ao longo do ciclo tarifário, alterando as tarifas de acordo com o comportamento
de indicadores de qualidade.

113. Na aferição do nível de qualidade do serviço prestado, são considerados indicadores dos
serviços técnicos e comerciais prestados por cada distribuidora. Seu cálculo leva em conta a variação de sete
indicadores e o atendimento aos padrões de qualidade estabelecidos pela ANEEL.

114. O componente Q do Fator X, calculado conforme metodologia definida no Submódulo 2.5 do


PRORET, levou em conta os pesos dos indicadores técnicos DEC e FEC e dos indicadores comerciais IASC,
FER, INS, Lab e ICO, e resultou em -0,95%.

III.6. COMPONENTES TARIFÁRIOS FINANCEIROS

115. Os componentes tarifários financeiros não fazem parte da base tarifária econômica e se
referem a valores a serem pagos ou recebidos pelos consumidores em cada período de 12 meses
subsequentes aos reajustes ou revisões tarifárias, em função de obrigação legais e regulamentares impostas

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(Fls. 22 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

às distribuidoras. Descrições detalhadas e formas de cálculo encontram-se nos Submódulos 4.1 a 4.4 do
PRORET9.

116. Alguns componentes financeiros considerados na atual etapa de revisão tarifária da EMT foram
informados pela própria concessionária e serão fiscalizados posteriormente pela ANEEL. Os valores
preliminares dos componentes financeiros são os seguintes:

i) Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA, para


compensar os efeitos financeiros que ocorrem entre as datas de reajustes/revisões da Parcela A, conforme
disposto na Portaria Interministerial n° 025, de 24 de janeiro de 2002, dos Ministérios de Minas e Energia e da
Fazenda, que resultou em R$ 14.644.785,95. A Tabela abaixo indica os valores calculados para cada item da
CVA.

Tabela 17 – Valores apurados das CVA´s


12 Meses
Delta 5° Dia Útil Anterior
Descrição Subseqüentes
(R$) (R$)
(R$)
CVA CDE (43.859.070,83) (45.333.984,19) (47.925.812,24)
CVA CDE Energia 23.063,10 24.355,54 25.747,99
CVA Rede Básica 1.180.256,58 1.043.589,85 1.103.253,82
CVA Compra Energia 184.493.717,41 207.156.910,80 219.011.421,67
CVA Transporte Itaipu (250.026,63) (366.217,28) (387.154,61)
CVA Proinfa 943.169,31 964.559,49 1.019.705,15
CVA ESS/ERR (145.999.007,62) (149.646.790,92) (158.202.375,83)
Total (3.467.898,68) 13.842.423,29 14.644.785,95

117. Os valores da CVA foram informados pela EMT para a atual etapa de Audiência Pública.

118. No cálculo da CVA ESS/ERR foram incluídos os efeitos gerados pelos ajustes da Tabelas 3 da
REH nº 2214/17, valor referente à efetiva devolução do EER Angra III pela distribuidora. Esse ajuste tem o
objetivo de evitar a reversão em duplicidade, por meio do mecanismo da CVA-EER e por meio do faturamento
com a tarifa de ajuste no processo tarifário de 2017.

ii) Repasse de Sobrecontratação/exposição de Energia. O valor do financeiro de Repasse


de Sobrecontratação de Energia e Exposição ao Mercado de Curto Prazo de para a atual etapa de Audiência
Pública foi informado pela EMT, totalizando o valor de R$ 61.275.553,88.

iii) Saldo a Compensar da CVA do ano anterior. Conforme previsto no § 4° do artigo 3° da


Portaria Interministerial MME/MF n° 25/2002, foi verificado se o Saldo da CVA em Processamento considerado
no processo tarifário de 2016 foi efetivamente compensado, levando-se em conta as variações ocorridas entre
o mercado de energia elétrica utilizado na definição daquele processo tarifário e o mercado verificado nos 12
meses da compensação, bem como a diferença entre a taxa de juros projetada e a taxa de juros SELIC
verificada.

9Para maiores detalhamentos dos componentes financeiros consultar os Submódulos 4.1 a 4.4 do PRORET em
http://www.aneel.gov.br/procedimentos-de-regulacao-tarifaria-proret
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(Fls. 23 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

 Para o cálculo do Saldo a Compensar da CVA do ano anterior, foram utilizados os valores
de CVA do 5º dia útil fiscalizados pela SFF, os quais foram informados por meio do
Memorando nº 707/2017-SFF/ANEEL, de 26/12/2017. Destaca-se que o saldo fiscalizado
da CVA_energia foi alterado pela SGT, devido à redução de montante de compra de
energia, em função de recontabilização do Balanço Energético da CCEE.

iv) Demais Componentes Financeiros: Em relação aos Demais Componentes Financeiros


elencados no Submódulo 4.4 do PRORET, se aplicam os seguintes itens ao presente cálculo do Revisão
Tarifária da EMT: Garantias Financeiras de CCEARs, Previsão e Reversão de Risco Hidrológico, Ajuste de
CUSD, Repasse de Compensação de DIC/FIC, Acordo Bilateral de CCEAR, Conselho de Consumidores e
Implantação de MCPSE. Estes foram calculados em conformidade com as regras de apuração e atualização
monetária presentes no citado Submódulo.

119. A tabela seguinte consolida os valores considerados como componentes financeiros.

Tabela 18 – Componentes Financeiros


COMPONENTES FINANCEIROS Valor (R$) Participação
CVA em processamento - Energia 219.011.421,67 5,28%
CVA em processamento -Transporte 716.099,21 0,02%
CVA em processamento - Encargos Setoriais (199.615.952,52) -4,82%
Saldo a Compensar CVA-Ano Anterior + Ajustes 21.887.494,86 0,53%
Neutralidade de Parcela A - Encargos Setoriais (55.397.736,87) -1,34%
Sobrecontratação/exposição de energia 61.275.553,88 1,48%
Garantias financeiras na contratação regulada de energia (CCEAR) 141.958,35 0,00%
Previsão de Risco Hidrológico 53.323.645,65 1,29%
Ajuste CUSD 71.744,08 0,00%
Repasse de compensação DIC/FIC (69.292,57) 0,00%
Compensação ref. acordos bilaterais de CCEAR (3.368.039,17) -0,08%
Conselho de Consumidores (230.386,44) -0,01%
Implantação do MCPSE 35.523.960,68 0,86%
Reversão Risco Hidrologico (98.465.075,16) -2,38%
Total 34.805.395,64 0,84%

III.7. SUBVENÇÃO CDE – DESCONTOS TARIFÁRIOS

120. Nos termos do inciso VII do artigo 13º da Lei nº 10.438/2002, e conforme dispõe o Decreto nº
7.891/2013, a CDE, além de suas demais finalidades, deve custear descontos incidentes sobre as tarifas
aplicáveis aos: geradores e consumidores de fonte incentivada; serviço de irrigação e aquicultura em horário
especial; serviço público de água esgoto e saneamento; distribuidoras com mercado próprio inferior a 500
GWh/ano; classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural e serviço público de irrigação.

121. Conforme o artigo 3º do Decreto nº 7.891/2013, alterado pelo Decreto nº 9.022/2017, o Gestor
da CDE, que é a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, deve repassar o montante mensal

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 24 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

de recursos da CDE a cada distribuidora visando custear os referidos descontos tarifários retirados da estrutura
tarifária. Para definição dos valores mensais dos subsídios a serem repassados, a SGT utilizou o mercado
considerado no período de referência deste processo tarifário.

122. Sendo assim, a tabela abaixo apresenta o valor mensal a ser repassado pela CCEE à
distribuidora no período de competência de abril/2018 a março/2019, até o 10º dia útil do mês subsequente.
Esse valor contempla também o ajuste referente à diferença entre os valores previstos e os realizados no
período de abril/2017 a março/2018.

Tabela 19 – Valores dos subsídios que serão repassados pela CCEE


TIPO Ajuste (R$) Previsão (R$) Valor Mensal (R$)
Subsídio Carga Fonte Incentivada 469.429,61 5.492.891,75 5.962.321,36
Subsídio Geração Fonte Incentivada 98.515,83 4.221.321,96 4.319.837,79
Subsídio Distribuição - - -
Subsídio Água, Esgoto e Saneamento 17.174,89 1.084.991,63 1.102.166,52
Subsídio Rural 1.045.535,68 11.389.543,11 12.435.078,79
Subsídio Irrigante/Aquicultor 410.776,69 1.752.103,08 2.162.879,77
Total 2.041.432,69 23.940.851,54 25.982.284,23

III.8. METODOLOGIA PARA O CUMPRIMENTO DE DECISÕES LIMINARES RELATIVAS AO PAGAMENTO


DA CDE

123. Desde meados de 2015, uma grande quantidade de agentes do setor elétrico vem ajuizando
ações judiciais com o objetivo de desobrigá-los do pagamento de parcelas consideradas controversas no
orçamento anual da CDE.

124. Com o aumento substancial de processos judiciais contestando o encargo da CDE, visando
uma simplificação operacional benéfica tanto para a ANEEL quanto para as distribuidoras, a Diretoria da ANEEL
decidiu por meio da Resolução Homologatória nº 2.083/201610, de 14 de junho de 2016, publicar as tarifas com
os efeitos das liminares e a lista de consumidores beneficiados, de tal forma que as distribuidoras realizem o
faturamento do encargo da CDE considerando as novas tarifas publicadas, com vigência da decisão judicial até
quando perdurar os seus efeitos.

125. Ou seja, as distribuidoras recolherão mensalmente à CCEE, atual gestora da Conta CDE, as
cotas da CDE fixadas pela ANEEL descontado o efeito mensal das liminares, relativos à mesma competência,
e observando a diferenciação entre CDE – USO e CDE – ENERGIA, dando ciência à CCEE sobre as glosas
realizadas.

III.9. RESULTADO DA REVISÃO

126. A Revisão Tarifária da EMT conduz a um efeito médio nas tarifas a ser percebido pelos
consumidores de 8,36%, sendo de 3,15%, em média, para os consumidores conectados na Alta Tensão e de
10,62%, em média, para os consumidores conectados na Baixa Tensão.

10 Publicada em 16 de junho de 2016.


* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 25 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Tabela 20 – Efeito médio ao consumidor

Grupo de Consumo Variação Tarifária


AT - Alta Tensão (>2,3kV) 3,15%
BT- Baixa Tensão (<2,3kV) 10,62%
Efeito Médio AT+BT 8,36%

127. O efeito médio nas tarifas de 8,36% decorre: (i) do reposicionamento dos itens de custos de
Parcela A e B, que contribui para o efeito médio em 6,64%, ao se ter como base de comparação os custos de
Parcela A e B atualmente contidos nas tarifas; (ii) da inclusão dos componentes financeiros apurados no atual
processo tarifário para compensação nos 12 meses subsequentes, com efeito de 0,84%; e (iii) da retirada dos
componentes financeiros estabelecidos no último processo tarifário, que vigoraram até a data da revisão, que
contribuíram para a um efeito de 0,89% no atual processo tarifário da EMT.

128. Desse modo, o efeito tarifário médio a ser percebido pelos consumidores, de 8,36%, representa
a conjugação dos três movimentos tarifários acima explicitados [8,36%= + (6,64%) + (0,84%) + (0,89%)].

129. A tabela abaixo apresenta os itens de custos que são reconhecidos nas tarifas, com a variação
entre os valores atuais e os estabelecidos na revisão, a contribuição de cada item para o efeito médio calculado,
e a participação de cada valor na composição da receita da concessionária. Apenas para fins de apresentação
dos resultados, o custo de custeio do PROINFA foi incluído nos custos com aquisição de energia.

Tabela 21 – Resumo da Revisão

Receita Verificada Receita Requerida Participação na Participação na


Variação
(R$) (R$) Revisão Receita
PARCELA A [Encargos+Transmissão+Energia] 2.642.724.526 2.618.674.732 -0,9% -0,64% 65,5%
Encargos Setoriais 649.129.827 660.462.181 1,7% 0,30% 16,5%
Taxa de Fisc. de Serviços de E.E. – TFSEE 4.608.493 5.789.338 25,6% 0,03% 0,1%
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (USO) 235.616.978 273.385.728 16,0% 1,01% 6,8%
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (Decr. 7945/2013) 21.709.635 20.629.265 -5,0% -0,03% 0,5%
Conta de Desenvolvimento Energético – CDE (Conta-ACR) 172.011.551 158.898.441 -7,6% -0,35% 4,0%
Encargos Serv. Sist. - ESS e Energ. Reserv. - EER 114.741.278 102.074.375 -11,0% -0,34% 2,6%
PROINFA 67.268.811 63.353.697 -5,8% -0,10% 1,6%
P&D, Efic.Energ e Ressarc.ICMS Sist.Isol. 33.073.665 36.241.657 9,6% 0,08% 0,9%
ONS 99.416 89.679 -9,8% -0,00% 0,0%
Custos de Transmissão 258.851.716 256.822.189 -0,8% -0,05% 6,4%
Rede Básica 111.489.723 111.482.953 0,0% -0,00% 2,8%
Rede Básica Fronteira 74.658.206 45.421.218 -39,2% -0,78% 1,1%
Rede Básica ONS (A2) 2.502.487 2.810.488 12,3% 0,01% 0,1%
Rede Básica Export. (A2) 21.746.911 45.576.543 109,6% 0,64% 1,1%
MUST Itaipu 17.480.232 17.492.861 0,1% 0,00% 0,4%
Transporte de Itaipu 24.877.078 26.271.988 5,6% 0,04% 0,7%
Conexão 5.655.009 7.079.743 25,2% 0,04% 0,2%
Uso do sistema de distribuição 442.071 686.396 55,3% 0,01% 0,0%
Custos de Aquisição de Energia 1.734.742.983 1.701.390.362 -1,9% -0,89% 42,6%

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 26 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

PARCELA B 1.106.602.808 1.379.459.614,69 24,7% 7,28% 34,5%


Custos Operacionais 624.748.788 622.495.680 -0,4% -0,06% 15,6%
Anuidades 60.793.029 97.012.367 59,6% 0,97% 2,4%
Remuneração 255.059.897 462.397.862 81,3% 5,53% 11,6%
Depreciação 169.670.773 193.344.164 14,0% 0,63% 4,8%
Receitas Irrecuperáveis 19.361.363 21.452.660 10,8% 0,06% 0,5%
Outras Receitas -23.031.043 -17.243.118 -25,1% 0,15% -0,4%
Reposicionamento Tarifário 3.749.327.334 3.998.134.346 6,64% 100,0%

Efeito dos Componentes Financeiros do Processo Atual 0,84%


CVA em processamento - Energia 5,28%
CVA em processamento -Transporte 0,02%
CVA em processamento - Encargos Setoriais -4,82%
Saldo a Compensar CVA-Ano Anterior + Ajustes 0,53%
Neutralidade de Parcela A - Encargos Setoriais -1,34%
Sobrecontratação/exposição de energia 1,48%
Garantias financeiras na contratação regulada de energia (CCEAR) 0,00%
Previsão de Risco Hidrológico 1,29%
Ajuste CUSD 0,00%
Repasse de compensação DIC/FIC 0,00%
Compensação ref. acordos bilaterais de CCEAR -0,08%
Conselho de Consumidores -0,01%
Implantação do MCPSE 0,86%
Reversão Risco Hidrologico -2,38%
Efeito da retirada dos Componentes Financeiros do Processo Anterior 0,89%
Efeito Médio a ser percebido pelos Consumidores 8,36%

130. No que se refere a Parcela A os custos de transmissão impactaram a revisão em -0,05%.


Destaca-se a publicação das Resoluções Homologatórias nº 2.258 e 2.259, ambas de junho de 2017, as quais
aprovaram, respectivamente, as Receitas Anuais Permitidas das concessionárias de transmissão e as novas
Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão, contemplando os efeitos da Portaria MME nº 120, de 2016.

131. Os custos com encargos setoriais impactaram a revisão em 0,30%. Destaca-se,


principalmente, o aumento do orçamento da CDE – USO, decorrente da homologação das cotas anuais da
CDE para o ano de 2018, conforme Resolução Homologatória nº 2.358, de 19 de dezembro de 2017, que
contribuiu para um aumento do efeito médio de 1,01%.

132. Ressalta-se ainda o impacto dos custos com compra de energia, de -0,99%.

133. No que tange às receitas irrecuperáveis, houve aumento de 10,80% em relação aos valores
hoje contidos nas tarifas, com impacto de 0,06% nas tarifas. Esse resultado proveio da revisão dos percentuais
regulatórios de inadimplência que são admitidos para a EMT.

134. Também contribuiu para o aumento, a atualização da base de cálculo sobre a qual é apurada
a cobertura das receitas irrecuperáveis. Desde a última revisão, realizada em novembro de 2013, o valor das
receitas irrecuperáveis, que foi fixado na Parcela B, vem sendo atualizado nos reajustes tarifários subsequentes
pela variação do mercado e do IGP-M menos Fator X sem, contudo, refletir o aumento significativo da Parcela
A nos últimos anos. Assim, com a realização da revisão, tem-se o recálculo das coberturas das receitas
recuperáveis considerando o novo patamar de receita que reflete o aumento da Parcela A, e não apenas a sua
atualização pelo mercado e IGP-M menos o Fator X, conforme ocorrido nos reajustes passados.

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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(Fls. 27 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

135. Em relação à Parcela B, o seu crescimento desde a última revisão foi de 68,1%, em
decorrência da atualização dessa parcela de custos nos reajustes pelo IGP-M, descontado do Fator X e do
crescimento acumulado do mercado desde a última revisão.

136. Em relação aos custos operacionais, estes contribuíram para uma variação tarifária de -0,06%
em razão do resultado da aplicação da metodologia indicar uma trajetória de aumento desses custos ao longo
do ciclo, para que, ao final, os custos operacionais regulatórios alcancem o limite inferior do intervalo.

137. A respeito da remuneração do capital, houve aumento de 81,29% em relação aos valores hoje
existentes nas tarifas, o que representou um impacto nas tarifas de 5,53%. A situação adveio principalmente
do aumento da Base de Remuneração Líquida, que passou de 1,7 bilhão de reais (preços: abril/2013) para 3,5
bilhões de reais (preços: abril/2018), do WACC regulatório, que passou de 7,5% para 8,09%, e da remuneração
sobre os investimentos realizados com recursos de Obrigações Especiais que passaram a ser remunerados na
partir desta revisão.

138. O gráfico abaixo demonstra os dois efeitos que explicam a variações de 81,29% da
remuneração de capital. O aumento da base líquida responde por 34,4% e o aumento WACC regulatório e da
remuneração das Obrigações Especiais por 46,8%.

34,4%

46,8%

181,3%

100%

Remuneração Efeito do WACC e Efeito Base Líquida Remuneração


3º Ciclo Demais Remunerações 4º Ciclo

Gráfico 1 – Efeito da revisão sobre remuneração do capital

139. Referentemente à quota de reintegração regulatória, houve aumento de 13,95% em relação


aos valores hoje existentes nas tarifas, o que impactou as tarifas em 0,63%. A situação proveio do aumento da
base bruta, que variou desde a última revisão em 15,28%. A taxa média de depreciação ficou estável desde o
último ciclo (de 3,71% para 3,76%). O gráfico abaixo demonstra os dois efeitos.

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(Fls. 28 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

15,28%
- 1,33%

113,95%
100%

Depreciação 3º Ciclo Efeito da Taxa de Efeito Base Bruta Depreciação 4º Ciclo


Depreciação

Gráfico 2 – Efeitos da revisão sobre a Quota de Reintegração

140. Em relação à cobertura para Anuidades, houve aumento de 59,58% em relação aos valores
hoje contidos nas tarifas, com impacto de 0,97% nas tarifas. Esse resultado proveio da revisão dos parâmetros
regulatórios adotados para o cálculo das anuidades no atual ciclo e da atualização da base de remuneração
regulatória, da qual o cálculo das anuidades depende.

141. Em relação aos componentes financeiros, os mais expressivos considerados nesta revisão
foram: a CVA Energia, a CVA Encargos Setoriais e a Reversão de risco Hidrológico.

142. O gráfico abaixo demonstra a participação dos itens das Parcelas A e B na composição da
nova Receita Anual da concessionária.

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(Fls. 29 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

Gráfico 3 – Composição da receita sem tributos

143. O gráfico a seguir ilustra a participação de cada segmento na composição da receita da


distribuidora com tributos.

Custo de
Transmissão
4,5%

Encargos
Setoriais
11,5%

Custo de
Energia ICMS 23,3%
29,6% Tributos
30,3%

Custo de
PIS/COFINS 7,1%
Distribuição
24,0%

Gráfico 4 – Composição da receita com tributos

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(Fls. 30 da Nota Técnica no 06/2018-SGT/ANEEL, de 17/01/2018).

V. CONCLUSÃO

144. Diante do exposto e do que consta no Processo nº 48500.005356/2017-81, opina-se pela


instauração de Audiência Pública, visando obter subsídios e informações adicionais para aprimoramento da
quarta revisão tarifária da EMT.

RAQUEL GONÇALVES CARVALHO ANDRÉ VALTER FEIL


Especialista em Regulação Especialista em Regulação

OTAVIO HENRIQUE GALEAZZI FRANCO


Especialista em Regulação

De acordo

CLÁUDIO ELIAS CARVALHO


Superintendente Adjunto de Gestão Tarifária

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