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Teorias decisionais

As chamadas teorias decisionais surgidas a partir da segunda metade do século XX,


importam pressupostos da administração de empresas e da economia, visando a
racionalidade das escolhas profissionais. A decisão deve ser fruto de analise minuciosa
dos elementos que interferem no processo.

A racionalidade proposta por tais teorias prevê três etapas, tais como:

1. PREDITIVA que e a identificação de possibilidades oferecidas e a analise de


suas consequências.
2. AVALIATIVA que e a fase da desejabilidade, das consequências listadas na
etapa anterior.
3. DECISÓRIA onde se avaliam as decisões e finalmente chega-se a uma escolha.

As Teorias Decisionais estão fundamentadas em modelos económicos, conceitos e


técnicas da Psicologia Cognitiva e da Psicologia Social, e tiveram grande impulsão na
década de 90. Sua premissa básica é de que as pessoas escolhem profissões que irão
maximizar ganhos e minimizar perdas em termos daquilo que elas valorizam.

As Teorias Decisionais, visam a racionalidade das escolhas e que a decisão deve ser
fruto de uma análise minuciosa dos elementos que intervém no processo. Consiste em
identificar as possibilidades oferecidas, analisar as consequências, avaliar e decidir,
chegando finalmente a uma escolha.

A teoria da decisão pode ser dividida em dois ramos:

 a teoria da decisão normativa, que analisa os resultados das decisões ou


determina as decisões ótimas dadas as restrições e suposições;

 e a teoria da decisão descritiva, que analisa como os agentes realmente tomam as


decisões que tomam.

A teoria da decisão está intimamente relacionada ao campo da teoria dos jogos. E é um


tópico interdisciplinar, estudado por economistas, estatísticos, cientistas de dados,
psicólogos, biólogos, cientistas políticos e outros cientistas sociais, filósofos e cientistas
da computação.
As aplicações empíricas desta teoria são geralmente feitas com a ajuda de
métodos estatísticos e econométricos.

Normativa e descritiva

A teoria da decisão normativa preocupa-se com a identificação de decisões óptimas.


Nela, a optimização é frequentemente determinada considerando um tomador de
decisão ideal, que é capaz de calcular com perfeita precisão, sendo, em certo sentido,
totalmente racional. A aplicação prática desta abordagem prescritiva (como as
pessoas devem tomar decisões) é chamada de análise de decisão e visa encontrar
ferramentas, metodologias e software (sistemas de apoio à decisão) para ajudar as
pessoas a tomarem melhores decisões.

Em contraste, a teoria da decisão positiva ou descritiva preocupa-se com a descrição


de comportamentos observados, muitas vezes sob a suposição de que os agentes de
tomada de decisão estão se comportando de acordo com regras consistentes. Essas
regras podem, por exemplo, ter uma estrutura processual (por exemplo, no modelo de
eliminação por aspectos de Amos Tversky) ou uma estrutura axiomática (por exemplo,
axiomas de transitividade estocástica), reconciliando os axiomas de Von Neumann-
Morgenstern com violações comportamentais da hipótese de utilidade esperada, ou elas
podem explicitamente dar uma forma funcional para funções de
utilidade inconsistentes no tempo (por exemplo: Desconto quase hiperbólico de
Laibson).

As prescrições ou previsões, sobre o comportamento que a teoria da decisão positiva


produz, permitem testes adicionais do tipo de tomada de decisão que ocorre na prática.
Nas últimas décadas, também tem havido um interesse crescente pela "teoria da decisão
comportamental", contribuindo para uma reavaliação do que uma tomada de decisão útil
requer.
Tipos de decisões

Escolha sob incerteza

A área de escolha sob incerteza representa o coração da teoria da decisão. Conhecida


desde o século XVII (Blaise Pascal invocou em sua famosa aposta, que está contida em
seus Pensées, publicada em 1670), a ideia de valor esperado é que, diante de uma série
de ações, cada uma das quais poderia dar origem a mais de um resultado possível com
diferentes probabilidades, o procedimento racional é identificar todos os resultados
possíveis, determinar seus valores (positivos ou negativos) e as probabilidades que
resultarão de cada curso de acção e multiplicar os dois para dar um "valor esperado", ou
a expectativa média de um resultado; a acção a ser escolhida deve ser aquela que dá
origem ao maior valor total esperado.

O renascimento da teoria da probabilidade subjectiva, a partir do trabalho de Frank


Ramsey, Bruno de Finetti, Leonard Savage e outros, estendeu o escopo da teoria da
utilidade esperada para situações em que probabilidades subjectivas podem ser usadas.
Na época, a teoria da utilidade esperada de von Neumann e Morgenstern provou que a
maximização da utilidade esperada seguia de postulados básicos sobre o comportamento
racional.

Escolha intertemporal

A escolha intertemporal se preocupa com o tipo de escolha em que diferentes acções


levam a resultados que são realizados em diferentes estágios ao longo do
tempo. Também é descrito como tomada de decisão de custo-benefício, pois envolve a
escolha entre recompensas que variam de acordo com a magnitude e o tempo de
chegada.

Interacção dos tomadores de decisão

Algumas decisões são difíceis devido à necessidade de levar em consideração como


outras pessoas na situação responderão à decisão tomada. A análise de tais decisões
sociais é mais frequentemente tratada sob o rótulo de teoria dos jogos, em vez de teoria
da decisão, embora envolva os mesmos métodos matemáticos. Do ponto de vista da
teoria dos jogos, a maioria dos problemas tratados na teoria da decisão são jogos de um
só jogador (ou o jogador solo é visto como jogando contra uma situação de fundo
impessoal). No campo emergente da engenharia sociocognitiva, a investigação está
especialmente focada nos diferentes tipos de tomada de decisão distribuída nas
organizações humanas, em situações normais e anormais / de emergência/crise

Decisões complexas

Outras áreas da teoria da decisão estão preocupadas com decisões que são difíceis
simplesmente por causa de sua complexidade ou da complexidade da organização que
deve tomá-las. Os indivíduos que tomam decisões são limitados em recursos (isto é,
tempo e inteligência) e, portanto, são extremamente racionais; a questão é, portanto,
mais do que o desvio entre o comportamento real e o óptimo, a dificuldade de
determinar o comportamento óptimo em primeiro lugar. Um exemplo é o modelo de
crescimento económico e uso de recursos desenvolvido pelo Clube de Roma para ajudar
os políticos a tomar decisões na vida real em situações complexas. As decisões também
são afetadas pelo fato de as opções serem enquadradas em conjunto ou separadamente;
isso é conhecido como viés de distinção.

Teorias Tipologicas

As Teorias Tipológicas implicam numa correspondência entre tipo de personalidade e


modelos ambientais. Com base na experiência da pessoa, ela elabora formas habituais
no desempenho de tarefas que seu ambiente psicológico, social e físico lhe apresenta.

Tipologia é a ciência que estuda os tipos, diferença intuitiva e conceptual de formas de


modelo ou básicas. A tipologia é muito usada na área de estudos sistemática,
para definir diferentes categorias.

Tipologias em Orientação Vocacional


Críticas a Teoria da Personalidade: Enquanto a teoria dos traços são de natureza
analíticas, a teoria das tipologias não consideram nem medem atributos isolados, porém
levam em consideração conglomerados de características que atribuem a cada categoria
que podem ser chamados de traços da personalidade.

A Teoria de Holland
- É classificada como “geral” por tratar tipologia correspondente pessoa e seu
“ambientes”
É Influenciada pela teoria da personalidade (tipologias) e psicanálise. Além de
estímulos, aprendizagens anteriores, genes, condições fisiológicas, processos
desenvolvimentais,

Tipos de interesses: mecânicos, científicos, bem-estar social, burocráticos, negócios e


estéticos
Organiza o conhecimento de acordo com estereótipos profissionais e de tipos propostos
por vários autores, um deles, Jung.
Holland fez uso de mais de 400 pesquisas empíricas com o uso de sua tipologia
Organizou uma tipologia para pessoas e para ambientes de trabalho
Teoria: interacção entre tipos de pessoas e tipos de ambientes. Ele atribui uma hipótese
o quão o comportamento depende tanto da personalidade quanto do ambiente.

Princípios

 Vocação e personalidade estão relacionados. (gosto, vestimenta, atitudes, etc)


Enquanto a Escolha da ocupação reflecte a motivação, o conhecimento, a
personalidade e a habilidade de uma pessoa, a Ocupações reflectem a maneira de
vida, um ambiente.
 As diferentes idades e experiências têm as mesmas percepções características de
uma dada profissão.
 Pessoas com a mesma vocação têm personalidades e histórias iguais de
desenvolvimentos pessoais.
Tipologias da Teoria de Holland

De acordo com Holland citado por Guichard (2001), a escolha vocacional é uma
expressão da personalidade e os membros de uma ocupação possuem personalidades
semelhantes. Estas personalidades podem ser de seis tipos: realista, investigativo,
artístico, social, empreendedor e convencional. Segundo a teoria, sujeitos de um mesmo
tipo respondem de maneira semelhante a muitas situações e problemas e criam
ambientes interpessoais característicos.

 Realista (R): este sujeito gosta de ofícios tais como mecânica, trabalhos
agrícolas ou electricista. Tem capacidades mecânicas e é descrito como
conformista, franco, honesto, materialista, natural, perseverante, prático,
modesto, estável e supõe a manipulação sistemática de objectos, ferramentas,
máquinas e animais.
 Intelectual ou Investigativo (I): este sujeito gosta de profissões como biólogo,
químico, antropólogo, geólogo, médico. Tem capacidades matemáticas e
científicas e é descrito como analítico, prudente, crítico, curioso, independente,
introvertido, metódico, preciso e racional. Este ambiente estimula os indivíduos
a envolverem-se em actividades intelectuais e encoraja-os a desenvolverem as
suas competências científicas, não possuem habilidades de liderança e social.
 Artístico (A): este sujeito tem capacidades artísticas musicais e literárias, gosta
de ofícios como compositor, músico, escritor, decorador de interiores ou actor. É
descrito como emotivo, expressivo, imaginativo, com um espírito pouco prático,
impulsivo, independente, intuitivo, não conformista e original. Portanto, este
ambiente valorizam a liberdade, ambiguidade e estética.
 Social (S): sujeitos com esta tipologia de personalidade, gostam de actividades
como professorado, religioso, conselheiro, psicólogo clínico ou terapeuta da
fala. Tem capacidades sociais e é descrito como convincente, cooperador,
amigável, prestável, idealista, amável, responsável, sociável e compreensivo,
valorizam relações interpessoais por forma a educar, informar, treinar e
desenvolver
 Empreendedor (E): este sujeito gosta de ofícios como gestor, produtor de
televisão, comerciante e tem capacidades de liderança e exprime-se facilmente,
preferem também trabalhos que envolvem persuasão e manipulação. É descrito
como aventureiro, ambicioso, dominador, energético, impulsivo, optimista,
amante do prazer, autoconfiante, popular
 Convencional (C): indivíduos desta tipologia, gosta de ofícios como empregado
de escritório, estenógrafo, analista financeiro, bancário, controlador de gestão.
Tem capacidades para o trabalho de escritório e para a aritmética. É descrito
como conformista, consciencioso, prudente, conservador, organizado,
perseverante, com um sentido prático e almo, valorizam a organização e a
realização em negócios.

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