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FACULDADE SHALOM DE ENSINO SUPERIOR

CLÁUDIA D’ANDRÉA RODRIGUES PINTO PINHO

AS CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL NA VIDA DA CRIANÇA

UBERLÂNDIA - MG
2021
CLÁUDIA D’ANDREA RODRIGUES PINTO PINHO

AS CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL NA VIDA DA CRIANÇA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


no de Pós-Graduação Lato Sensu em Terapia
Familiar e Sexologia da Faculdade Shalom de
Ensino Superior – FASES como requisito para
obtenção do título de especialista.

Sob a orientação da Profª Ma. Maria Tereza N.


Maruyama Pinheiro

UBERLÂNDIA - MG
2021
CLÁUDIA D’ANDREA RODRIGUES PINTO PINHO

AS CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL NA VIDA DA CRIANÇA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


no de Pós-Graduação Lato Sensu em Terapia
Familiar da Faculdade Shalom de Ensino
Superior – FASES como requisito para
obtenção do título de especialista.

Sob a orientação da Profª Ma. Maria Tereza N.


Maruyama Pinheiro

Aprovada em _______ / _________/ __________

COMISSÃO EXAMINADORA

Maria Tereza N. Maruyama Pinheiro – Orientadora


Mestre em Tecnologias, Comunicação e Educação
Especialista em Direito Público e em Direito Processual Civil

________________________________________________________________________
Mariana Nascimento Santana Lelis
Especialista em Direito Societário

________________________________________________________________________
Aquila Priscila Souza Santos
Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho
Especialista em Ciências da Religião
Dedico este trabalho a Deus que tem me
capacitado, e me dado forças para chegar até
aqui.
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pоr ter me dado saúde е força pаrа superar as
dificuldades.
À Faculdade Shalom de Ensino Superior, pela oportunidade de fazer о curso.
À minha orientadora professora e amiga, Maria Tereza Nascimento Maruyama Pinheiro,
pela paciência e carinho demonstrados todo tempo. Sempre dedicada e amorosa, auxiliando
sempre que requisitada. Pelo suporte no pouco tempo que lhe coube, pelas suas correções е
incentivos, por me motivar e acreditar em mim.
Agradeço а todos aos professores pоr me proporcionarem о conhecimento não apenas
racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da educação no processo de formação
profissional, pela dedicação a todos nós, não somente pоr nos terem ensinado, mas por nos
terem feito aprender.
Ao meu esposo André Luis Pinho, companheiro de todas as horas, que mesmo nos
momentos mais difíceis me apoiou, incentivou e muito auxiliou durante todo curso. Pelo amor
e paciência, de todos os dias.
Às minhas filhas Leticia e Luiza, pelo amor incondicional, e pela compreensão em meus
momentos de ausência neste período.
Meus agradecimentos aos amigos de curso e ministério, companheiros de trabalho е
irmãos na amizade que fizeram parte da minha formação е que vão continuar presentes em
minha vida com certeza.
A todos que direta ou indiretamente fizeram parte da nossa formação, о meu muito
obrigado.
“O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são”
Aristóteles
6

AS CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL NA VIDA DA CRIANÇA

Cláudia D’Andrea Rodrigues Pinto Pinho1


Maria Tereza N. Maruyama Pinheiro2

RESUMO

O presente trabalho discute a temática da alienação parental sob a perspectiva das


consequências que essa decisão por parte de um dos genitores tem para a vida da criança. A
relevância de se discutir esse tema perpassa pela necessidade de se abordar os impactos que as
mudanças nos modelos de família trouxeram para as relações entre crianças e seus genitores,
especialmente quando se considera as crianças que são filhos de casais separados e a
complexidade que faz parte desses novos arranjos familiares. Desse modo, entre os objetivos,
além de se abordar a conceituação de alienação parental na literatura e na legislação,
pretende-se analisar como se deu a construção do ordenamento jurídico sobre o tema e
analisar as consequências que a alienação parental tem para a vida da criança, entendida aqui
como um sujeito de direitos cuja assistência integral deve ser garantida. Desse modo, o
problema que deu origem a esse trabalho parte do seguinte questionamento: que
consequências a alienação parental pode desencadear na vida da criança que sofre essa
violência por parte de um dos genitores? Para tanto, partiu-se de uma metodologia que
caracteriza este trabalho como de uma pesquisa de natureza qualitativa, apoiada em revisão
bibliográfica e documental. Para o desenvolvimento do trabalho foram considerados os
trabalhos de autores que têm relevância na discussão do tema na atualidade, a exemplo de
Dias (2007; 2016); Figueiredo e Alexandridis (2014); Souza (2017); Oliveira (2015) e Duarte
(2011), assim como a legislação que trata da temática e de assuntos afins. Os resultados
demonstraram que a alienação parental e a síndrome que é desencadeada por esse
comportamento por parte de um dos responsáveis pela criança traz uma infinidade de
malefícios, seja no âmbito familiar, seja sob o aspecto sócio afetivo e emocional, seja no
tocante ao viés jurídico e especialmente sob a ótica dos danos psicológicos que podem se
estender por toda a vida do indivíduo.

Palavras-chave: Alienação Parental. Família. Criança.

1 INTRODUÇÃO (maiúscula e negrito)

Conflitos familiares costumam criar um ambiente instável nos lares, especialmente


quando esses conflitos têm como resultado a separação conjugal. Nesses casos, as alterações
emocionais pelas quais passam as crianças podem trazer diversas consequências que são ainda
mais exacerbadas se um dos genitores não aceita os acontecimentos e a reestruturação
familiar, provocando o que se conhece por alienação parental (PEREIRA; CASAES, 2017).
1
Aluna do curso de Graduação em Terapia Familiar da Faculdade Shalom de Ensino Superior – FASES.
Graduação em Biologia e Teologia. E-mail: claudiadandrea12@hotmail.com
2
Professora e Orientadora do Curso de Pós-Graduação em Terapia Familiar da Faculdade Shalom de Ensino
Superior – FASES. Graduação em Direito, Pós-Graduação em Direito Público e em Direito Processual Civil e
Mestrado em Tecnologias, Comunicação e Educação. E-mail: maruyama.mtnm@yahoo.com.br
7

A animosidade exacerbada que passa a fazer parte das disputas conjugais se configura
como um dos motivos mais apontados como causa da alienação parental que nem sempre tem
origem apenas de parte de um dos genitores. Nesse contexto, a alienação parental tanto pode
ser provocada por um dos genitores como por outros membros da família, buscando criar
situações que promovam o afastamento emocional da criança do genitor alienado (PEREIRA;
CASAES, 2017).
Inserir a criança nos conflitos com o intuito de satisfazer a intenção de um dos
conjunges acaba resultando na implantação de falsas memórias. Além disso, pode fazerazendo
com que a criança passe a externar determinados sentimentos, entre os quais a culpa, a raiva, a
angústia e a tristeza, entre outros, sem conseguir lidar com as próprias emoções
(FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2014; DIAS, 2008; 2011). A alienação parental, seria,
portanto, o resultado de uma influência psicológica negativa de um adulto alienante sobre os
filhos a fim de tumultuar a formação da percepção sócio afetiva da criança ou adolescente
(FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2014; RANGEL; PEREIRA, 2009).
Com base nessas premissas, o objetivo deste trabalho foi analisar as consequências da
alienação parental na vida das crianças. Para isso, serão considerados dois enfoques, a saber: o
enfoque jurídico e sócio emocional, mas com ênfase especial no aspecto psicológico desse
fenômeno na vida das crianças.
A pesquisa foi realizada a partir de levantamento sistemático de literatura e buscou
aprofundar a discussão do tema e refletir sobre a importância de que as informações sobre a
alienação parental e seus malefícios sejam divulgados nos espaços de discussão familiar e
coletiva de forma a contribuir para a redução de sua ocorrência. Para a seleção do material de
referência foram realizadas buscas em em portais de periódicos científicos como o Scientific
Electronic Library Online (Scielo) e o Google Acadêmico, além de livros publicados sobre o
tema. Também serão utilizadas monografias, dissertações e teses publicadas nos portais das
instituições oficiais de ensino no Brasil, na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações
(BDTD) e no Sistema de Publicação Eletrônica de Teses e Dissertações (TEDE).
A seleção das fontes e publicações atenderá a pesquisa nos portais e periódicos
destacados, utilizando-se da pesquisa booleana (através da combinação de palavras chave),
contemplando termos e conceitos centrais relacionados ao tema do estudo, tais como:
‘alienação parental’, ‘consequências da alienação parental’ ‘síndrome da alienação parental’,
‘proteção à criança’. No que diz respeito o método, a pesquisa em curso de caracteriza como
qualitativa, buscando examinar e refletir sobre as percepções a fim de obter um entendimento
das atividades sociais e humanas desenvolvidas sobre o tema (COLLIS, HUSSEY, 2005).
8

2 ALIENAÇÃO PARENTAL NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA: ORDENAMENTO


JURÍDICO E PROTEÇÃO À CRIANÇA

A legislação brasileira que trata do tema da Alienação Parental é a Lei nº


12.318/2010, uma lei recente, publicada em agosto de 2010, que foi criada após uma série de
iniciativas da sociedade civil, a exemplo de campanhas de divulgação para a população.
Pode-se apontar como momento emblemático dessas campanhas o alcance do documentário
intitulado “A morte inventada”, divulgado em 2009 por iniciativa do magistrado do Trabalho
Elízio Luis Peres (LEITE, 2015; CORRÊA, 2016).
Andrade (2013) ressalta que modificações na estruturação das famílias brasileiras ao
longo dos anos, a partir da emergência de novos arranjos familiares que trouxeram como
consequência o desencadeamento de problemas antes não vivenciados, dão ensejo à criação
de novas leis que surgem para acompanhar essas alterações na estrutura social. Assim, a
legislação se adapta às demandas da sociedade e, nesse contexto, pode-se destacar a Lei do
Divórcio3 (BRASIL, 1977), a Constituição Federal (BRASIL, 1988), o Estatuto da Criança e
do Adolescente (ECA)4 (BRASIL, 1990) e a Lei da Guarda Compartilhada 5 (BRASIL, 2008)
que emergiram como respostas do ordenamento jurídico para as necessidades da população.
O artigo 227 da Constituição Federal destaca que é dever da família, entre outros,
assegurar à criança, com prioridade absoluta, a dignidade e a convivência familiar,
instituindo, também, a proteção integral à criança, ao adolescente e ao jovem (BRASIL,
1988). A regulamentação desses direitos se deu através do ECA que buscou garantir o
atendimento dos princípios do melhor interesse da criança e do adolescente, assim como a
paternidade responsável.
O Código Civil Brasileiro6 (CC), de 2002, destaca em seus artigos 1538 e 1584
aspectos relativos à guarda, apresentando as definições e determinações no que se refere à
guarda unilateral ou compartilhada. Por sua vez, a lei que disciplina a guarda compartilhada
reformulou os artigos supracitados no CC/02, regulamentando o exercício da guarda
exclusiva e da guarda compartilhada. Assim, no caso da guarda exclusiva, esta seria exercida
pelo genitor que apresentasse melhores condições para tal, com siderando alguns fatores na
avaliação desta premissa. Os fatores relevantes para a garantia desse exercício são: maior

3
Lei nº 6.515/1977 (BRASIL, 1977).
4
Lei nº 8.069/90 (BRASIL, 1990).
5
Lei nº 11.698/2008 (BRASIL, 2008).
6
Lei nº 10.406/2002.
9

aptidão para garantir aos filhos o afeto no que se refere ao genitor e o grupo familiar, saúde,
segurança e educação, sendo responsável ao genitor que não detiver a guarda a
obrigatoriedade de supervisão do atendimento do interesse dos filhos (BRASIL, 2002).
Corrêa (2016) aponta que, como consequência da referida lei, começou a surgir
problemas relacionados ao exercício da posse exclusiva, especialmente pelo não atendimento
de aspectos essenciais postulados na legislação para atendimento das necessidades da criança
e do adolescente. Entre esses problemas, era cada vez mais visível, segundo a autora, o
fenômeno da alienação parental.
Devido a essa especificidade, emergiu, portanto, a necessidade de que fosse criada
uma lei específica que permitisse o enfrentamento do problema e a regulamentação de
dispositivos que pudessem barrar a ocorrência desse tipo de desajuste nas famílias,
extremamente prejudicial à criança, de forma preventiva e com caráter multidisciplinar.
A denominada Lei da Alienação Parental, Lei nº 12.318/2010, apresenta nove
dispositivos legais que vão destacar, entre outros aspectos, o conceito legal adotado,
exemplos de atos de alienação parental, a necessidade de avaliação biopsicossocial e
psicológica, as normas a serem executadas do ponto de vista judicial, assim como as
consequências do ato (BRASIL, 2010).
Face ao exposto, na próxima seção serão discutidos os aspectos relevantes da referida
lei, sob a perspectiva do atendimento às necessidades da criança e das consequências da
alienação parental para esses indivíduos.

2.1 A Lei de Alienação Parental sob a perspectiva dos danos e das necessidades das
crianças

A prática da alienação parental provoca nos filhos dos genitores alienantes, além do
dano moral e que trata a legislação vigente, malefícios que operam nas dimensões
psicológicas e afetivas desses indivíduos e dos demais atingidos pelas consequências dessas
ações, podendo deixar marcas profundas na vida e nas relações de todos os envolvidos
(SOUZA, 2017; FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2014).
Dias (2016, p. 438) ao apontar os efeitos danosos da alienação parental afirma que

Os resultados são perversos. Pessoas submetidas à alienação mostram-se


propensas a atitudes antissociais, violentas ou criminosas; depressão,
suicídio e, na maturidade - quando atingida -, revela-se o remorso de ter
alienado e desprezado um genitor ou parente, assim padecendo de forma
10

crônica de desvio comportamental ou moléstia mental, por ambivalência de


afetos.
Oliveira (2015, p. 11), ao discutir efeitos comuns da alienação parental afirma que
esses:

[...] poderão variar de acordo com a idade, a personalidade e o tipo de


vínculo que possuía com os pais antes da separação, cujos problemas podem
ser: ansiedade, medo e insegurança, isolamento, depressão, comportamento
hostil, falta de organização, dificuldades na escola, dupla personalidade,
entre outros.

A Lei nº 12.318/2010 destaca em seu artigo 2º que a alienação parental pode ser
definida como:

[...] a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente


promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que
tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância
para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à
manutenção de vínculos com este. (BRASIL, 2010).

No artigo 3º a referida lei aponta que a prática de alienação parental fere um direito
fundamental7 da criança ou adolescente no que diz respeito à convivência familiar saudável,
prejudicando o afeto intrínseco às relações entre criança e genitor e também com o grupo
familiar. Tal prática se configura, portanto, como abuso moral contra a criança, se
constituindo, ainda, como um descumprimento de deveres que são inerentes à autoridade
parental ou aqueles que decorrem de tutela ou guarda.
Dentre as formas exemplificadas na legislação, está disposto que, além de atos que
sejam declarados pelo juiz como alienação parental ou mesmo constatados através de perícia,
que sejam praticados de forma direta por um dos genitores ou através do auxílio de terceiros
podem ser elencados: a) a realização de campanha que desqualifique a conduta de um dos
genitores no exercício da paternidade ou maternidade; b) o ato de dificultar o exercício da
autoridade parental; c) dificultar o acesso de um dos genitores de exercer contato com a
criança ou adolescente; d) dificultar o exercício do direito de convivência familiar; a omissão
deliberada de informações relevantes sobre a criança, dentre as quais as informações médicas,
escolares e alterações de endereço; e) a apresentação de falsa denúncia contra um dos
genitores, contra familiares deste a fim de dificultar a convivência desses com a criança ou

7
Direitos fundamentais são “todas aquelas posições jurídicas favoráveis às pessoas que explicitam, direta ou
indiretamente, o princípio da dignidade humana, que se encontram reconhecidas no teto da Constituição formal
(fundamentalidade formal) ou que, por seu conteúdo e importância, são admitidas e equiparadas, pela própria
Constituição, aos direitos que esta formalmente reconhece, embora dela não façam parte (fundamentalidade
material” (CUNHA JÚNIOR, 2008)
11

adolescente; f) mudança de domicílio para local distante com o intuito de dificultar a


convivência do menor com um dos genitores ou familiares (BRASIL, 2010).
A fim de ilustrar práticas de alienação parental, Saliba (2017) cita como exemplo o
caso de uma mãe que, possuindo a guarda da criança, deixa de informar ao genitor a
ocorrência de reunião de pais e/ou eventos a serem realizados na escola do filho; ou o caso de
um dos genitores que não permite à criança que esta participe de um passeio ou viagem com
o(a) outro(a) porque está estará acompanhado(a) do(a) namorado(a); ou mesmo a
possibilidade de que tios ou avós de uma criança passem a chamar o pai ou a mãe da criança
de louco(a), descontrolado(a) ou agressivo(a), desmoralizando-o(a) na frente do próprio filho.
De acordo com a legislação em comento, em caso de comprovação de indício de
alienação parental, o processo terá prioridade na tramitação e serão imediatamente
determinadas as medidas necessárias, provisoriamente, para preservar a integridade
psicológica da criança, assegurando, inclusive, a convivência com o genitor ou viabilizando a
reaproximação entre ambos. Nesse caso, serão garantidas as visitas assistidas, exceto se
houver indícios de risco iminente à integridade física ou psicológica da criança, sendo esses
riscos atestados por profissional designado pelo juiz do caso.
Uma das formas de se atestar a efetividade no que concerne à existência de indício de
alienação parental será através da realização de perícia psicológica ou biopsicossocial. Para
tanto, será elaborado um laudo pericial apoiado em avaliação psicológica ou biopsicossocial
ampla, realizados através de:

[...] exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e


da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos
envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta
acerca de eventual acusação contra genitor. (BRASIL, 2010)

Um dos aspectos relevantes dessa avaliação se apoia no fato de que a mesma deverá
ser realizada por profissional ou por equipe multidisciplinar habilitados, com efetiva
comprovação da aptidão para diagnosticar casos de alienação parental (ANDRADE, 2013).
De acordo com Andrade (2013), essa exigência quanto à possibilidade de intervenção
de equipe multidisciplinar acaba se configurando como um instrumento importante da análise
de cada caso, pois permite vislumbrar perspectivas diversas e complementares, possibilitando
maior eficácia na resolução dos conflitos.
Conforme disposto em Brasil (2010), em caso de comprovação da alienação parental,
independente da responsabilização civil ou criminal, o juiz poderá, entre outras
determinações: a) ampliar o regime de convivência familiar da criança com o genitor
12

alienado; determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; alterar o regime de


guarda, invertendo-a ou promovendo a guarda compartilhada; fixar, de modo cautelar, o
domicílio da criança e até mesmo declarar a suspensão da autoridade parental do genitor
alienante.
De modo a possibilitar o atendimento das necessidades da criança, a lei dispõe,
inclusive, que não sendo possível a atribuição de guarda compartilhada será dada a
preferência ao genitor que viabilize a efetiva convivência da criança com o outro genitor
(BRASIL, 2010).

3 DEFINIÇÕES E CONCEITUAÇÕES DE ALIENAÇÃO PARENTAL NA


LITERATURA ACADÊMICA

Corrêa (2016), em trabalho no qual realiza um levantamento sistemático dos trabalhos


escritos por Richard Garner sobre o tema da alienação parental, discute algumas variáveis que
operam na definição do conceito, assim como aborda possibilidades de intervenção. É
importante ressaltar que o tema se apresenta como um fenômeno multidisciplinar, estando
ligado tanto ao ramo do Direito, na perspectiva do aspecto judicial, quanto ao campo da
Psicologia, uma vez que abrange características psicológicas (GOMIDE; MATOS, 2016).
Nesse contexto, Gardner (1995 apud CORRÊA, 2016) destaca que a síndrome da
alienação parental pode ser definida como uma perturbação na qual as crianças ficam
obcecadas com a desaprovação e com a crítica relacionada a um dos genitores, sendo essa
difamação injustificada e/ou exagerada.
Trata-se, portanto, de uma forma de programação mental que tem como objetivo fazer
com que a criança odeie um genitor sem qualquer justificativa, sendo que a finalidade do
alienador é afastar o genitor alienado da criança (DIAS, 2008).
Essa interferência por parte do sujeito alienante desencadeia, desse modo, uma quebra
na harmonia da relação da criança com o genitor alienado, promovendo tensões que
influenciarão o relacionamento entre esse genitor e a criança com reflexos que podem
perdurar a médio e longo prazos pelo fato de sujeito alienante não conseguir lidar com as
próprias frustrações.
Nesse contexto, Dias (2016) aponta que a alienação parental é reflexo de indivíduos
que não conseguem elaborar de forma adequada o luto da separação com o ex-cônjuge e
desencadeia um processo marcado pela destruição, desmoralização e descrédito do outro,
13

criando situações que têm como objetivo dificultar ao máximo ou impedir o contato do ex-
cônjuge com o(a) filho(a).
Esse comportamento desencadeia uma campanha de desmoralização total do ex-
parceiro na qual o genitor alienante passa a monitorar o tempo e os sentimentos da criança,
afastando-a de alguém que ama e gerando contradição de sentimentos e destruição de
vínculos entre genitor(a) e filho(a). A criança passa, então, a se identificar com o genitor
patológico e torna-se órfã do genitor alienado (DIAS, 2016).
É importante ressaltar os impactos dessas atitudes no processo de construção da
autoestima da criança inclusive. No processo de desvinculação da relação entre genitor
alienado e criança, diversos elementos emergem e são potencialmente danosos à criança que
é susceptível de culpabilização, especialmente por não ter maturidade suficiente para
compreender as entrelinhas do processo.
Oliveira (2015, p. 9-10) destaca a diferença conceitual existente entre alienação
parental e síndrome de alienação parental, afirmando que que existe uma ligação íntima entre
essas duas definições, embora sejam, de fato, complementares e seus conceitos não se
confundam.
Nessa perspectiva, de acordo com a autora supracitada, alienação parental pode ser
definida como “a desconstituição da figura parental por parte de um dos genitores ante o(s)
filho(s), de modo a marginalizar a visão dos filhos sobre o pai ou a mãe” e, assim, um dos
genitores torna o outro estranho à criança, afastando-o do seu convívio.
Já a Síndrome de Alienação Parental, essa ocorre quando os genitores ou pessoas
próximas à criança ou adolescente influenciam de forma negativa a formação psicológica da
criança, induzindo o menor a criar obstáculos e recusar a presença de um dos genitores.
Percebe-se, portanto, que enquanto a alienação parental se enquadra no rol dos
processos, a síndrome da alienação parental é compreendida como consequência da primeira,
como o reflexo das ações que foram executadas para promover o afastamento entre criança e
genitor alienado.
Assim, de acordo com Oliveira (2015), pode-se afirmar que a alienação parental cria
um afastamento no qual o menor é agente passivo da ação de um adulto, ao passo que a
síndrome de alienação parental atua para tornar o menor um agente ativo da dissolução do
vínculo e do convívio familiar. Logo, a síndrome de alienação parental abrange tanto os
efeitos emocionais quanto as condutas comportamentais desencadeadas “na criança ou
adolescente que é ou foi vítima desse processo, de tal forma estas são consideradas como
sendo as sequelas que são deixadas pela Alienação Parental” (OLIVEIRA, 2015, p.10).
14

Dias (2016, p. 438) afirma que a síndrome da alienação parental acaba, inclusive, por
implantar falsas memórias na criança ou no adolescente e, assim, entre “relações falseadas,
sobrecarregadas de imagens parentais distorcidas e memórias inventadas” a alienação
parental “vai se desenhando: pais riscam, rabiscam e apagam a imagem do outro genitor na
mente da criança”.
Assim, ao levar a cabo uma lavagem cerebral no menor, o genitor alienante
compromete a imagem que o filho tem do outro ao narrar fatos que não ocorreram ou que
ocorreram de forma diversa do que é dito pelo alienador (DUARTE, 2011).
As consequências das escolhas do genitor alienante possivelmente irão interferir na
vida da criança de forma permanente, tendo em vista que o resultado da desconstrução de
memórias e construção de memórias falsas podem embasar as escolhas que direcionarão o
futuro dessa criança
Dias (2016) destaca que quando ocorre o caso de as acusações de um dos genitores
serem verdadeiras, a criança já pode ser considerada como vítima de abuso emocional, o que
per si, traz uma série de consequências devastadoras. Em sendo falsas as acusações, o abuso
emocional é ainda mais significativo, colocando em risco desenvolvimento sadio da criança.
Para Figueiredo e Alexandridis (2014, p. 40), o fenômeno da alienação parental se
apresenta tão amplo quanto a

[...] multiplicidade de relações familiares, de parentesco e por laços de


afinidade que possam existir, buscando alienar um em detrimento do contato
com o vitimado, por motivos egoísticos, vingativos, pessoais e, que de
forma geral, não enxerga os benefícios da manutenção de diversas relações
interpessoais para a formação humana da pessoa alienada.

Os autores destacam, ainda, que a alienação parental se apoia na atuação


inquestionável de um indivíduo, o alienador, praticando atos que envolvem uma maneira
depreciativa de tratar com um dos genitores, buscando perturbar a formação da percepção
social de uma criança ou adolescente (FIGUEIREDO; ALEXANDRIDIS, 2014).
Cada ação desencadeada por um indivíduo alienador acaba por provocar, como já foi
apontado, diversos problemas de ordem psicossocial, emocional e afetiva, desencadeando
reações e sentimentos que podem perdurar por toda a vida do sujeito, perpassando a
juventude e tendo rebatimentos até a vida adulta (DUARTE, 2011; DIAS, 2016).
15

A natureza das consequências para a dimensão social, psicológica e das relações


desenvolvidas por esse indivíduo serão objeto de reflexão e análise no próximo tópico que vai
abordar as consequências da alienação parental na vida da criança, bem como suas
implicações ao longo da vida desses cidadãos.

4 A ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A CRIANÇA

A literatura sobre o tema da alienação parental e da síndrome desencadeada pelos


conflitos resultantes da desorganização familiar registram um número significativo de estudos
que tratam especificamente das consequências relacionadas aos aspectos emocional, social e
de saúde nas crianças que vivenciam essa realidade. As consequências da alienação parental
podem, portanto, ser identificadas nos âmbitos jurídico, emocional, social e diretamente
relacionadas à saúde mental da criança atingida.
No aspecto jurídico, ao ficarem caracterizados atos que são considerados típicos de
alienação parental, o juiz responsável pelo caso pode de forma cumulativa ou não, a depender
da gravidade da situação, tomar decisões que vão desde a simples advertência ao sujeito
alienador, passando pela alteração no regime de guarda e culminando em suspensão da
autoridade parental (ROCHA, 2016).
É importante ressaltar que, embora a consequência apontada por Rocha (2016) seja
tratada sob o viés jurídico, esta provoca reflexos nas dimensões sociais e emocionais da
criança, tendo em vista a imposição de alterações significativas na rotina da criança, ainda
que esta decisão esteja fundamentada no bem-estar da mesma. As implicações afetivo-
emocionais transcendem a esfera legal e se assentam na dimensão pessoal.
Lobo (2016) ressalta que a alienação parental pode desencadear o desenvolvimento de
problemas psicológicos e mesmo de transtornos psiquiátricos, entre as quais cita as doenças
psicossomáticas, transtornos de identidade, insegurança e dificuldade de adaptação em
ambiente psicossocial normal, demonstrando a relevância de se realizar uma avaliação
pericial por um psiquiatra forense a fim de se avaliar a natureza e a intensidade das
implicações resultantes.
Reduzindo o enfoque da pesquisa para tratar das consequências da alienação parental
para a criança sob os aspectos social, emocional e aqueles relacionados à saúde, buscou-se a
contribuição de Fonseca (2006) que, ao discorrer sobre os danos causados pela síndrome de
alienação parental, ressalta que esses podem ser inúmeros e significativos e cita, entre outros,
16

a ocorrência de baixo desempenho escolar, comportamentos rebeldes, condutas antissociais


e/ou de indiferença, assim como diversas doenças psicossomáticas.
Para Dias (2016), a síndrome de alienação parental pode desencadear transtornos de
imagem e de identidade, sentimento de culpa, isolamento social, comportamento hostil, dupla
personalidade e depressão crônica com possibilidade, inclusive, de provocar suicídio.
Pesquisa realizada por Pereira e Cascaes (2017) aponta a síndrome de alienação
parental como um fator de risco para a ocorrência de depressão em crianças. As autoras
destacam que uma das consequências da alienação parental é o desencadeamento de
problemas psicológicos diversos que acabam por afetar diferentes áreas do desenvolvimento
desses indivíduos, tendo em vista que o comportamento da criança reflete o meio no qual ela
está inserida e, desse modo, sua criação e educação têm impacto direto na formação e no
desenvolvimento da sua personalidade.
Pereira e Cascaes (2017) ressaltam, ainda, que em uma organização familiar na qual a
alienação parental decorre de conflitos e do rompimento de laços afetivos, esse contexto pode
ter influência direta na saúde emocional e psicológica e causar patologias significativas como
a depressão infantil. Nesse contexto, as autoras afirmam que:

[...] a depressão infantil é comumente originada de um conjunto de sintomas que


advêm de práticas alienadoras na organização familiar caracterizado por forte
dificuldade em seu diagnóstico pelo profissional responsável, justamente pelo
grande rol de distúrbios que a alienação parental é capaz de desenvolver
(PEREIRA; CASCAES, 2017, p. 13).

Seguindo a mesma linha de pensamento, Yaegashi e Milani (2001) afirmam que a


origem da depressão na fase infantil está associada tanto a fatores biológicos quanto
ambientais que vão atuar sobre o indivíduo de maneira recíproca. Portanto, o contexto
familiar é considerado um dos fatores ambientais que vão influenciar no desenvolvimento da
depressão na infância, especialmente em razão da relevância que a configuração familiar tem
no desenvolvimento emocional dos indivíduos.
Em consonância com a depressão, uma série de outros problemas surgem,
especialmente no que se relaciona a aspectos relacionados à dificuldade de convivência social
e familiar da criança (PEREIRA; CASCAES, 2017). Nesse contexto, de acordo com
Fichtener (1997 apud HUTTEL et al., 2011, p. 13), o prejuízo no desenvolvimento da criança
causado pela depressão infantil pode se dar “em nível físico, cognitivo, psicomotor e
psicossocial, afetando principalmente as habilidades necessárias para a aprendizagem”.
HUTTEL et al. (2011, p. 13) apontam ainda que:
17

Do ponto de vista psicológico, a depressão pode estar associada a alguns aspectos


comprometidos da personalidade, ausência de autoconfiança e baixa autoestima. Do
ponto de vista social, pode ser postulada como uma inadaptação ou pedido de
socorro, podendo ser consequência de aspectos culturais, familiares ou escolares.

Para Rangel e Pinheiro (2010), além da depressão, uma série de outros distúrbios
podem ser elencados como consequência da alienação parental, a exemplo de: nervosismo,
ansiedade; crises de pânico; tendência ao abuso de álcool e drogas; pensamentos suicidas;
baixa autoestima; perda de apetite; perturbação do sono; desinteresse pelos estudos; dislexia;
irritabilidade; déficit de concentração e dificuldade de estabelecimento de vínculos afetivos
estáveis na vida adulta.
Ao tratar das consequências de situações estressantes na vida de uma criança, Miller
(2003) afirma que estas podem provocar alterações significativas nas suas atividades
cotidianas, citando como exemplo que o divórcio dos pais pode causar sintomas semelhantes
à depressão.
Tendo em vista todos os argumentos apresentados, comprova-se o imenso prejuízo
emocional, social, familiar, jurídico e psicológico que a alienação parental pode provocar na
vida de uma criança, desestabilizando-a completamente não apenas nessa fase da vida, mas
estendendo-se os seus efeitos nocivos a toda a vida do indivíduo, podendo inclusive, levá-lo
ao suicídio.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao abordar o tema da alienação parental na fase infantil, este trabalho pode


sistematizar uma série de discussões que tem sido produzidas nas mais diversas áreas de
conhecimento, dentre as quais se pode elencar o Direito, a Psicologia, a Psiquiatria e as
Ciências Sociais em geral.
A legislação brasileira é bem estruturada no que se refere aos direitos da criança e isso
se reflete, inclusive, na priorização no processo de tramitação na justiça quando comprovado
qualquer indício de ocorrência de alienação parental. Para tanto, a justiça é servida de
instrumentos como a perícia biopsicossocial e de equipes multidisciplinares, mas, mais do
que isso, dispõe das leis que regem o tema e que podem garantir a responsabilização civil
e/ou criminal dos agentes culpados. Além disso, o juiz pode determiner o regime de guarda e
convivência da criança com o genitor alienado e mesmo declarar a suspensão da autridade
parental do genitor alienante. Esses elementos são um avanço histótico na proteção aos
direitos da criança na legislação brasileira.
18

As implicações da alienação parental perpassa toda a infância do indivíduo que é


exposto a essa prática danosa e ultrapassa essa fase, se instalando, inclusive, na idade adulta,
onde continua a provocar consequências extremamente prejudiciais à vida social, ao ambiente
familiar pre-existente ou que venha a se formar quando da constituição de novos vínculos
familiares e à saúde mental do indivíduo.
A possibilidade de ocorrência de suicídio potencialmente causado pela ocorrência de
alienação parental na infância, assim como o diagnóstico de depressão ainda na infância
demonstram a seriedade do tema e a necessidade de que as discussões sobre o mesmo sejam
ainda mais aprofundadas e disseminadas.
A organização da estrutura familiar, assim como a existência de relações saudáveis no
ambiente familiar, mesmo quando da ocorrência de divórcio, é um ponto crucial para a
garantia dos direitos previstos na legislação vigente às crianças e adolescentes.
Nesse sentido, é de fundamental importância que o tema da alienação parental seja
discutido em todas as instâncias sociais e em todos os espaços de convivência coletiva, a fim
de que sejam demarcados, de forma inequívoca, os limites dos direitos e deveres dos
membros familiares para que sejam reduzidos os índices de ocorrência dessa prática na
sociedade brasileira e mundial.

THE CONSEQUENCES OF PARENTAL ALIENATION IN CHILDREN'S LIFE

The present work discusses the theme of parental alienation from the perspective of the
consequences that this decision on the part of one of the parents has for the child's life. The
relevance of discussing this theme goes through the need to address the impacts that changes
in family models have brought to the relationships between children and their parents,
especially when considering children who are children of separate couples and the complexity
that is part of it. of these new family arrangements. Thus, among the objectives, in addition to
addressing the concept of parental alienation in literature and legislation, it is intended to
analyze how the construction of the legal system on the subject took place and to analyze the
consequences that parental alienation has for the life of the child. child, understood here as a
subject of rights whose full assistance must be guaranteed. Thus, the problem that gave rise to
this work starts from the following question: what consequences can parental alienation have
on the life of the child who suffers this violence from one of the parents? For that, we started
from a methodology that characterizes this work as a qualitative research, supported by
bibliographic and documentary review. For the development of the work, the works of authors
that are relevant to the discussion of the topic today are considered, such as Dias (2007;
2016); Figueiredo and Alexandridis (2014); Souza (2017); Oliveira (2015) and Duarte (2011),
as well as the legislation that deals with the theme and related subjects. The results showed
that the parental alienation and the syndrome that is triggered by this behavior on the part of
one of the guardians of the child brings an infinity of harm, be it in the family, be it in the
affective and emotional aspect, or with regard to the legal bias and especially from the
perspective of psychological damage that can extend throughout the individual's life.
19

Keywords: Parental Alienation. Family. Child.

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