Você está na página 1de 3

Ossificação

sexta-feira, 11 de agosto de 2023 20:49

A formação óssea em um embrião em desenvolvimento começa no mesênquima e ocorre através de um


de dois processos: ossificação endocondral ou ossificação intramembranosa.

A ossificação intramembranosa é caracterizada pela formação de tecido ósseo diretamente a partir do


mesênquima. Pelo contrário, a ossificação endocondral, também chamada de ossificação
intracartilaginosa, é dependente de um modelo de cartilagem.

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA
Ocorre a partir de um conglomerado de células mesenquimais, que a partir de fatores de transcrição (OSX
e RUNX2) permite a diferenciação celular, que formará inicialmente o periósteo e posteriormente os osso
planos.
• A primeira estrutura formada é o blastema: célula progenitora se diferencia em osteoblasto (RUNX2),
que sofrerá maturação se tornando osteócito (OSX).
• Ocorre numa membrana mesenquimal sem a presença de cartilagem.
• Ocorre em volta de um vaso sanguíneo, que formará o sistema de Havers, componente do osso
compacto.
Obs: osteóide é uma porção orgânica da matriz extracelular óssea (colágeno tipo 1, proteoglicanos,
proteínas dependentes de vitamina K, osteonectina, glicoaminoglicanos).
O cálcio se relaciona com o osteócitoà degradação da matriz orgânica devido a ação do PTH, para
biodisponibilidade de cálcio quando está em baixa (hidroxiapatita).

OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
Centro primário de ossificação (diafise)
Primeiro, forma-se um modelo de cartilagem do osso. As células mesenquimatosas condensam e
diferenciam-se em condrócitos, formando o modelo de cartilagem hialina.
• Os fatores de transcrição IHH, RUNX2 e o OSX irão participar da diferenciação óssea.
• Esses fatores irão estimular o pericôndrio a adquirir um potencial osteogênico, e deixa de ter um
potencial condrogênico.
• O RUNX2 estimula a transformação das células mesenquimais do pericôndrio (deixam de ter
potencial condrogênico) em osteoblasto (colar periostal), acarretando no início da secreção da
matriz óssea. Transforma pericôndrio em periósteo
• O colar periostal vai dificultar a vascularização (nutrição) do tecido cartilaginoso, através do
pericôndrio/periósteo, que vai causar hipertrofia dessas células e, então produzirão fatores de
crescimento do endotélio vascular, promovendo a vascularização (angiogênese) da área e secreção
de colágeno 10, além da retirada do cálcio promovendo a apoptose dos condrócitos.
• O IHH vai estimular a secreção da PTHrp pelos condrócitos hipertrofiados, que vai agir na cartilagem
(no disco de crescimento cartilaginoso), sendo que as células cartilaginosas possuem receptores
para essa substância. Estimula secreção PTHrp (condrohipertrofiados)
• Resta então um molde/lacuna cartilaginoso onde o osteoblasto de deposita e começa a produzir o
osteóide, a junção de macrófagos que migram devido a apoptose dos condrócitos formam os
osteoclastosà forma o centro de ossificação secundário (placa epifisária). Apoptose dos
condrócitos hipertrofiados, gera espaço para formação ósseo

Osso (epífise)
Zona de repouso com condrócitos organizados em grupos isogênicos (IHHà proliferação)
Zona proliferativa com osteócitos organizados em fileiras (IHHà inibe colágeno, inibindo a hipertrofia para
segurar a onda da ossificação, permitindo o crescimento do osso)
Zona de hipertrofia (parte superior produz IHH que atua nas zonas de repouso e proliferativa promovendo
a mitose de condrócitos, na parte inferior vai produzir fatores de crescimento do endotélio vascular e
colágeno tipo 10)
Zona de calcificação (apoptose de condrócitos e atração de macrófagos, além de promover a proliferação
de osteoblasto que vai promover a formação de osso, além da atração de grupos de monócitos que irão
formar osteoclastos {chamados pelos osteoblastos}
Osso (diáfise)
Obs: colágeno X é um marcador do crescimento ósseo por favorecer a calcificação.

Centro secundário de ossificação (epífise)


Os centros de ossificação secundários são encontrados nas epífises de ossos longos. Este processo é
semelhante ao do centro primário de ossificação, mas ocorre sem um colar perióstico. Em vez disso, as
células osteoprogenitoras entram na cartilagem epifisária, diferenciam-se em osteoblastos e secretam
matriz na estrutura da cartilagem. Os ossos longos aumentam de comprimento nos centros secundários
de ossificação.

CRESCIMENTO EM COMPRIMENTO
O crescimento ósseo em comprimento ocorre nas epífises. Sob um microscópio, podem ser vistas cinco
zonas de ossificação nas epífises.
• Zona de cartilagem de reserva - Esta zona, mais distante da diáfise, é caracterizada por condrócitos
mitoticamente ativos dispostos aleatoriamente.
• Zona de proliferação - Os condrócitos estão proliferando e formam grupos isógenos em fileiras
orientadas paralelamente ao eixo mais longo do osso.
• Zona de hipertrofia - Aqui, as células movem-se em direção à diáfise, hipertrofiam, amadurecem e
coletam glicogênio dentro do seu citoplasma . À medida que migram, os condrócitos sofrem
apoptose.
• Zona de calcificação - Os iões de cálcio trazidos para a epífise através dos vasos sanguíneos
calcificam a matriz da cartilagem ao redor dos condrócitos que estão morrendo. Embora seja
calcificada, esta zona ainda não é tecido ósseo.
• Zona de ossificação - Nesta zona, células osteoprogenitoras chegam e tornam-se osteoblastos. Os
osteoblastos secretam matriz óssea na cartilagem calcificada. O tecido ósseo é formado aqui à
medida que a matriz se torna calcificada.

Você também pode gostar