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O Día de los muertos (Dia dos mortos) é uma data comemorativa celebrada no México no dia 2 de
novembro, na qual é costume ir aos cemitérios visitar os túmulos dos entes queridos e preparar altares
com alimentos, velas, flores e outros elementos. Diz-se que somente nesses dias as almas podem voltar
do além para estar perto dos seus.
Origem do Dia dos mortos
A história da celebração pelo Dia dos mortos no México é de origem indígena e já existe desde o tempo
dos astecas e dos maias.
Inicialmente, a comemoração era realizada durante todo o mês de agosto. Quando os colonizadores
espanhóis chegaram, ficaram chocados com os rituais pagãos dos índios. Assim, alteraram a data
comemorativa para o fim de outubro e o início de novembro, de forma a fazê-la ficar mais próxima do Dia
de todos os santos e do Dia de finados, celebrados pelo catolicismo nos dias 1º e 2 de novembro,
respectivamente.
Caveiras de açúcar
As calaveras dulces (caveiras doces) são doces feitos com açúcar, água quente e limão, e moldados em
forma de caveira.
Os doces costumam ser confeitados com diferentes cores vivas e, por vezes, apresentam um nome escrito
sobre a testa.
Há duas teorias sobre esse nome: diz-se que pode ser escrito o nome do ente querido falecido a quem a
caveira é oferecida ou o nome da própria pessoa que faz a oferenda. Segundo a tradição, todo aquele que
oferta uma caveira de açúcar garante o seu lugar no paraíso.
Apesar de a caveira de açúcar ser a tradicional, atualmente também existem caveiras de outros
ingredientes: algumas têm sabor de chocolate, outras são banhadas em mel e há até mesmo caveiras com
amendoim.
Flores decorativas
As flores são usadas como decoração para representar a beleza e a transitoriedade da vida. Elas
costumam integrar, por exemplo, um grande arco colocado diante do altar como forma de portal de
entrada para as almas passarem e visitarem os vivos.
Apesar de vários tipos de flores serem usados na decoração do Dia dos mortos, os mexicanos costumam
usar alguns específicos, como a crista-de-galo, o cravo, o crisântemo e a cempasúchil (conhecida como
cravo-de-defunto).
De todas, a cempasúchil é, sem sombra de dúvidas, a flor mais emblemática dessa data comemorativa.
Sua cor amarela representa o Sol que, segundo a tradição asteca, guiava as almas dos defuntos até a
última morada.
Além de a própria flor ser utilizada na decoração dos altares e túmulos, suas pétalas costumam ser usadas
para formar um caminho até o altar dos mortos, de forma a ajudar as almas dos entes queridos a
encontrá-lo.
La Catrina
La Catrina é uma figura bastante icônica na celebração do Día de los muertos, e foi inspirada no
quadro La Calavera de la Catrina (A caveira da Catrina), de José Guadalupe Posada.
A figura é a representação do esqueleto de uma dama da alta sociedade, que usa um vestido elegante e
um glamoroso chapéu, típicos da aristocracia mexicana do fim do século XIX e início do século XX.
A criação da obra foi uma crítica social a uma população mexicana mais pobre que, renegando suas
origens indígenas, gostava de aparentar um estilo de vida europeu.
La Catrina foi uma de várias caveiras humorísticas criadas para demonstrar que todos são iguais e que as
diferenças sociais não têm qualquer relevância diante da morte.