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PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA


E INSTITUCIONAL

ADRIANA PAULA RAMOS CAVALCANTI DE GUSMÃO.


ANDREIA RIBEIRO FELIS ALVES DA SILVA.
NÚBIA VANESSA DA SILVA.

RELATÓRIO FINAL:

PRÁTICA SUPERVISIONADA
NEUROPSICOPEDAGÓGICA INSTITUCIONAL

CARUARU - PE
2023
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ADRIANA PAULA RAMOS CAVALCANTI DE GUSMÃO.
ANDREIA RIBEIRO FELIS ALVES DA SILVA.
NÚBIA VANESSA DA SILVA.

RELATÓRIO FINAL:

PRÁTICA SUPERVISIONADA
NEUROPSICOPEDAGÓGICA INSTITUCIONAL

Relatório Final apresentado como requisito parcial,


para conclusão do curso de pós-graduação em
Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional sob a
orientação da Profª. Especialista Gleice Soares.

CARUARU - PE
2023
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. O CASO INSTITUCIONAL
2.1 Identificação da instituição
2.2 Queixa
2.3 Síntese anamnésica
2.4 Instrumentos utilizados
2.5 Discussão do caso

3. RELATO DA INTERVENÇÃO
4. ANEXOS
5. REFERÊNCIAS
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1. INTRODUÇÃO

Neste trabalho de prática supervisionada, teve como objetivo vivenciar na prática


os ensinamentos da pós-graduação em Neuropsicopedagogia Institucional,
desenvolvendo os fatores que interferem no processo de aprendizagem, os caminhos
que o aprendente percorre para resolver os problemas apresentados no dia a dia, dentro
ou fora da escola.
A Neuropsicopedagogia é uma área de conhecimento e pesquisa na atuação
interdisciplinar, voltada para os processos de ensino-aprendizagem, que integra
avaliação e a intervenção em situações que envolvam esses processos no plano
individual ou coletivo.
Durante o estágio verificamos as necessidades cognitivas dos educandos, para
que haja uma intervenção estimuladora e a possibilidade de entender como se processa
o desenvolvimento da aprendizagem, com atividades diferenciadas, respeitando o ritmo
de desenvolvimento de cada aluno no cotidiano escolar.
As deficiências na leitura e linguagem podem ser provocadas pela qualidade da instrução e
das características emocionais e motivadoras. Por isso é importante que a criança seja observada e
avaliada, pois variáveis distintas podem estar relacionadas ao aprendizado do aluno, como o
método pedagógico.
O material didático é um recurso pedagógico que ocupa um espaço fundamental
no processo de ensino-aprendizagem, já que funciona como um fio condutor para as
interações e, ao mesmo tempo, como uma ferramenta potencializadora da relação entre
professores e estudantes.
As dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita são ocasionadas por fatores
relacionados diretamente com o ambiente familiar desestruturado, condições precárias
de vida, insucesso social, cultural, problemas emocionais e condições de saúde. Outro
aspecto que pode influenciar no déficit de aprendizagem é a falta de atenção e a
memória, os quais comprometem o desempenho escolar da criança.
Fatores educacionais pedagógicos são essenciais para dar suporte aos
problemas que o aluno enfrenta no seu cotidiano, por isso novas estratégias podem
influenciar positivamente no desenvolvimento da criança no seu primeiro ano escolar.
O fato de crianças não seguirem o mesmo ritmo que as demais não implica dizer
que ela tenha algum transtorno, distúrbio, déficit de atenção, mas que cada um possui
uma particularidade que deve ser respeitada e aprimorada através de suas habilidades.
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2. O CASO INSTITUCIONAL

2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O local escolhido para fazer a prática supervisionada foi a instituição


Edgar Nunes Batista, localizada na rua Nunes Batista- Avenida Agamenon
Magalhães - N° 162- Prado- Gravatá. Nos anos iniciais do fundamental I.

2.2 QUEIXA

A maioria dos educandos possuem defasagem na leitura e escrita,


comprometendo de forma significativa a trajetória estudantil.
A leitura e a escrita são processos muito complexos e as dificuldades podem
ocorrer de maneiras diversas, além disso, temos a aquisição da leitura e escrita como
fator fundamental e favorecedor dos conhecimentos futuros.
Em relação às dificuldades na leitura e escrita, são fatores que podem contribuir
para esse baixo desempenho, pois podem prejudicar outras habilidades desempenhadas
pelos alunos, como por exemplo, a aprendizagem em matemática.
Dentre os fatores que ocasionam as dificuldades de aprendizagem, pode-se
observar que o ambiente familiar é um aliado para a sustentação do comportamento e
emocional da criança. Diversos problemas podem surgir quando a família não apoia a
criança em seu ambiente, podem-se destacar a deficiência da leitura e escrita.

2.3 SÍNTESE ANAMNÉSICA


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A leitura e a escrita são dois processos fundamentais para que o


indivíduo construa seu próprio conhecimento e aprenda a exercer a sua
cidadania de forma ética e democrática nos diversos contextos sociais.
A escola é o ambiente onde a criança tem a oportunidade de se
desenvolver fisicamente e intelectualmente, pois é no contexto escolar que a
criança aprende a conviver e a respeitar as diferenças, como também, ampliar
conhecimentos através do contato com a diversidade cultural, social e com uma
variedade de materiais concretos.
A leitura é um processo de compreensão abrangente que envolve
aspectos neurológicos, naturais, econômicos e políticos. A correspondência
entre os sons e os sinais gráficos pela decifração do código e compreensão do
conceito ou ideia; corresponde a um ato de compreensão, ou seja, uma busca
daquilo que o texto pode significar, da mesma forma que se procura extrair
significado da linguagem falada; para que a leitura seja possível, é necessário
que compreendamos símbolos e aqueles que simbolizam.
Trabalhar na análise e decomposição de frases, escolhendo palavras e
segmentando-as em sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de
memorização à memória de longo prazo.
As estratégias cognitivas estão no nível do inconsciente e se realizam de maneira
automática. Por exemplo, quando lemos outdoors, avisos, cartazes, mensagens de textos
nas redes sociais.
As estratégias metacognitivas são procedimentos conscientes, que nos conduzem
por atividades de reflexão. São essas que ensinamos e aprendemos na escola. Portanto,
procedimentos que envolvem o antes, o durante e o depois da leitura precisam ser
adotados quando se trata de incentivar o hábito da leitura:
ANTES DA LEITURA: motivar o aluno, deixe-o curioso, instigue-o por meio de
uma discussão inicial.
DURANTE A LEITURA: solicitar que o aluno verifique se a compreensão está
acontecendo, por meio de previsões sobre o que vem a seguir no texto, perguntas sobre o
que foi lido, possíveis dúvidas a serem esclarecidas e resumo das ideias principais.
APÓS A LEITURA: tomar notas ou elaborar um resumo, formular e responder
perguntas referentes ao texto.
Para Buchweitz, a leitura pode estimular desde habilidades e conhecimentos
mais fundamentais até aprendizagens que extrapolam para outros domínios, como
o desenvolvimento de raciocínio, do pensamento científico.
O ato de ler estimula as sinapses, que são o meio de comunicação dos
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neurônios, ou seja, o envio de mensagens entre eles, a troca de informação.


Quanto mais a rede de comunicação entre neurônios é utilizada, mais fortalecidas
ficam as sinapses, e é esse processo que é estimulado pela leitura.

2.4 INSTRUMENTOS UTILIZADOS

Para a intervenção com o grupo, foram utilizados os jogos de


pareamentos que são compostos por 28 figuras, 28 palavras em letras
bastão, proporcionando a aquisição do vocabulário de forma lúdica e
interativa e, também atividades impressas para melhor compreensão. A
escrita espontânea tem papel fundamental nesse processo. Durante o
tempo de 180 minutos acordados previamente com os responsáveis.

2.5 DISCUSSÃO DO CASO

Optamos em utilizar o jogo de pareamento de palavras e figuras. Em duplas, as


crianças têm oportunidade de interagir e trocar ideias e conhecimentos. Conversar
entre elas para decidir qual é o nome de cada um dos desenhos, relacionando o som
das palavras com a sua grafia.
Desenvolver e aprimorar a leitura e escrita, perceber as diferenças entre a
pronúncia e a grafia convencional das palavras; comparar palavras; compreender o
processo de estrutura das palavras; desenvolver a capacidade de juntar sílabas para
formar palavras; associar a palavra à imagem; identificar e diferenciar as letras do
alfabeto; memorizar a escrita convencional das palavras; desenvolver atenção,
concentração e a coordenação motora; fixar conhecimento adquirido em sala de aula.
Proporcionando de maneira lúdica e criativa, o avanço no processo de leitura,
escrita das crianças, oferecer subsídios para que elas avancem no nível de escrita,
promovendo o processo de compreensão da estrutura das palavras e a ampliar o
repertório de letras e palavras da turma.

3. RELATO DA INTERVENÇÃO

A intervenção aconteceu no mês de Setembro. Onde foi trabalhado a disciplina de


Língua Portuguesa com a construção de palavras, com intuito de estimular os alunos a
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conhecerem a diversidade destas. A partir dessa atividade notamos que a maioria dos
alunos apresentou interesse em realizar a mesma, porém apresentaram dificuldades
quanto à leitura e escrita, nos solicitando auxílio para conclusão da mesma. Em
seguida foi direcionado aos estudantes um jogo de pareamento palavra + figura, para
desenvolver nos alunos leitura e interpretação, após leitura foi proposto um autoditado
através apenas de figuras referentes ao jogo trabalhado.
Trabalhamos também a ortografia dos sons das palavras com G e J com intuito de
desenvolver a atenção e capacidade oral e escrita, dominar irregularidades ortográficas
e a familiaridade com as palavras através da sonorização, dessa forma para realização
da atividade dividimos a sala em dupla para execução do ditado com palavras que
iniciasse com G ou J.
Mediante esta atividade percebemos a dificuldade que os alunos têm em se relacionar,
pois houve por parte de muitos resistência em sentar com colega porque não ser do
mesmo grupo de amigos.
Portanto concluímos que nosso trabalho foi realizado de uma forma satisfatória, pois
alcançamos o resultado desejável através das atividades lecionadas de uma maneira
lúdica dentro da realidade dos alunos, desenvolvendo o trabalho
neuropsicopedagógico de uma maneira prazerosa de forma que contribua para o
enriquecimento intelectual. Sendo relevante enfatizar o nosso aprendizado diante da
experiência proporcionada, pois a intervenção nos remete a uma proximidade com
realidade do universo escolar.

4. ANEXOS
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5. REFERÊNCIAS

BUCHWEITZ, Augusto. Linguagem e cérebro: uma entrevista com Augusto


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Buchweitz. ReVEL, Novo Hamburgo, RS, v. 19, n. 36, p. 177-184, 2021.


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