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PLANEJAMENTO DE OBRAS

UTILIZANDO O MICROSOFT
PROJECT

Joel Donizete Martins

Formação Inicial e
Continuada

+
IFMG
Joel Donizete Martins

Planejamento de obras utilizando o Microsoft Project


1ª Edição

Belo Horizonte
Instituto Federal de Minas Gerais
2021
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do
Instituto Federal de Minas Gerais.

Pró-reitor de Extensão Carlos Bernardes Rosa Júnior


Diretor de Projetos de Extensão Niltom Vieira Junior
Coordenação do curso Joel Donizete Martins
Arte gráfica Ângela Bacon
Diagramação Eduardo dos Santos Oliveira

FICHA CATALOGRÁFICA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

M386p Martins, Joel Donizete


Planejamento de obras utilizando o Microsoft Project. [recurso
eletrônico] / Joel Donizete Martins. – Belo Horizonte: Instituto Federal de
Minas Gerais, 2021.
31 p.: il.

E-book, no formato PDF.


Material didático para Formação Inicial e Continuada.
ISBN 978-65-5876-072-6

1. Project (Programa de computador). 2. Construção civil -


planejamento.
3. Construção civil – administração. I. Título.

CDU 69:65.012.2

Catalogação: Luciana Batista Neves - CRB-6/2000

Índice para catálogo sistemático:


Construção Civil – 69:65.012.2

2021
Direitos exclusivos cedidos à
Instituto Federal de Minas Gerais
Avenida Mário Werneck, 2590,
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG,
Telefone: (31) 2513-5157
Sobre o material

Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático,


incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma
autônoma e suficiente.
Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR
disponível no fim deste livro.
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a
seguir:

Formulário de
Sugestões

Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse

https://mais.ifmg.edu.br/
Palavra do autor

Sejam bem-vindos ao curso de Planejamento de obras utilizando o


Microsoft Project. O curso foi planejado considerando que muitas vezes surgem
dificuldades entre os profissionais que atuam na área da construção civil
quando há a necessidade da geração de resultados para o processo de
planejamento e acompanhamento de obras civis. Muitos relatórios também são
exigidos como critérios de habilitação para participação das empresas em
licitações públicas. Muitas vezes não se consegue abordar em profundidade
estes conteúdos em sala de aula nos cursos na área da construção civil seja
de nível técnico ou superior.

Bons estudos!
Joel Donizete Martins.
Apresentação do curso

Este curso está dividido em três semanas com objetivos apresentados,


sucintamente, a seguir.

- Definir de etapas do processo de planejamento de obras


e projetos civis para sua aplicação no MS-Project.
SEMANA 1 - Iniciar uma simulação manual de um planejamento em
pequena escala.

- Finalizar a simulação manual de um planejamento em


SEMANA 2 pequena escala.
- Iniciar o planejamento de obras no MS-Project.

SEMANA 3 - Finalizar o planejamento de obras no MS-Project.

Carga horária: 30 horas.


Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais).
Apresentação dos Ícones

Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado:

Atenção: indica pontos de maior importância


no texto.

Dica do professor: novas informações ou


curiosidades relacionadas ao tema em estudo.

Atividade: sugestão de tarefas e atividades


para o desenvolvimento da aprendizagem.

Mídia digital: sugestão de recursos


audiovisuais para enriquecer a aprendizagem.
Sumário

Semana 1 – Introdução ao Planejamento de obras. ...................................... 15


1.1. Introdução ao planejamento de obras e serviços ............................... 15
1.2. Cronogramas físicos .......................................................................... 17
1.3. Cronograma físico-financeiro ............................................................. 20
1.4. Exemplo manual de planejamento ..................................................... 21
Semana 2 – Finalização do planejamento e início ao MS-Project ................. 23
2.1 Finalização do planejamento manual ................................................. 23
2.2 Início ao planejamento no MS-Project ................................................ 23
Semana 3 – Finalização do planejamento no MS-Project ............................. 25
3.1 Geração de resultados no MS-Project................................................ 25
Referências ................................................................................................... 27
Currículo do autor.......................................................................................... 29
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 31
Semana 1 – Introdução ao Planejamento de obras. Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana iremos fazer uma introdução ao planejamento
de obras e iniciaremos também um processo simplificado para
este planejamento de forma manual e que posteriormente será
utilizado no MS-Project. Iremos:
- Definir as etapas do processo de planejamento de obras e
projetos civis para sua aplicação no MS-Project;
- Iniciar uma simulação manual de um planejamento em
pequena escala .

1.1. Introdução ao planejamento de obras e serviços

O planejamento detalhado de uma obra é necessário por questões técnicas e


financeiras. É importante organizar corretamente as atividades, analisar os recursos
materiais e financeiros disponíveis e a sua disponibilidade de oferta. Tais fatores irão
influenciar o prazo global para a execução da obra. Após a elaboração dos projetos
construtivos o planejamento normalmente envolve etapas como: montagem de orçamento;
programação da obra; gerenciamento da execução.
Conforme indicado na Figura 1 o orçamento, que é o detalhamento do custo de
execução dos serviços, pode ser feito levantando-se os quantitativos dos serviços, utilizando
os projetos executivos e as especificações técnicas destes serviços.

Elaboração dos Projetos da obra


com as Especificações Técnicas

Quantificação
dos serviços

Coleta de preço Elaboração composição


dos insumos Unitária dos serviços

Cálculo dos Custos


Diretos da obra
Introdução da taxa referente
aos Custos Indiretos (BDI)

Cálculo do Preço
Final da obra

Figura 1 – Etapas de elaboração de orçamento de obras.

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Com os quantitativos dos serviços levantados podemos definir a quantidade de


insumos (material e mão de obra) necessários para estes serviços. Para isso utilizamos
composições unitárias de serviços, que são tabelas que trazem informações de consumo de
cada insumo para a execução de cada unidade de determinados serviços. Na Figura 2 temos
um exemplo de uma composição unitária, mostrando a quantidade de materiais e mão de
obra necessários para a execução de um metro quadrado de serviço de pintura.
Composições detalhadas de diversos serviços podem ser encontradas em publicações como
a Tabela de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO, 2003) ou ainda em
publicações periódicas como as tabelas SINAPI, disponibilizadas na página da internet da
Caixa Econômica Federal.
Serviço: Pintura de parede com Látex PVA com duas demãos, sem massa corrida por (m2)
Custo de
Custo Custo de
Insumo Unidade Consumo mão-de-
unitário(R$) material(R$)
obra(R$)
Ajudante de pintor h 0,35 1,98 - 0,59
Pintor h 0,4 2,36 - 0,94
Lixa para superfície de
un 0,25 0,23 0,06 -
madeira/ massa grana 100
Selador base PVA para
l 0,12 3,78 0,45 -
pintura Látex
Tinta Látex PVA(acab.
l 0,17 6,09 1,04 -
Fosco aveludado)
Custos Diretos Parciais 1,55 1,63
Figura 2 – Exemplo de uma composição unitária de serviço de pintura.
Encargos Sociais (126,68%) - 2,06
Custos diretos totais 5,24
Tendo-se os quantitativos de insumos levantados podemos aplicar sobre estes
BDI (42,50%) 2,23
insumos os preços unitários e definir os custos diretos da obra. O levantamento da
Preço Total 7,47
quantidade de insumos somente é necessário quando estamos trabalhando com um
orçamento analítico ou orçamento detalhado. Caso objetivo seja a elaboração de um
orçamento sintético ou resumido aplicamos os custos sobre a unidade dos serviços sem
detalhar insumos. A finalização do orçamento ocorre com a aplicação da taxa de BDI
(Benefícios e Despesas indiretas) que contempla os custos que temos com a execução da
obra, mas que podem não estar ligados diretamente à determinada obra. Neste curso iremos
dar um enfoque principal à etapa de planejamento da programação da obra e da geração
dos relatórios de execução.
O planejamento deve ser realizado previamente com a definição das atividades e da
sequência em que devem ser executadas, com um dimensionamento correto de equipes
que irão atuar e com a previsão dos recursos que serão necessários em cada etapa da obra.
Para isso é necessária a elaboração de cronogramas que são construídos baseando-se nas
quantidades totais de cada serviço a ser executado e nas suas durações. Os cronogramas
indicam a programação da execução da obra tanto em relação aos aspectos físicos quanto
financeiros. As etapas necessárias para a execução da obra são distribuídas ao longo do
prazo total, definindo-se, ainda que provisoriamente, datas de início e fim para cada uma.
Em relação aos cronogramas físicos temos o Gráfico de Gantt (cronograma de barras) e a
Rede de PERT/CPM (cronograma de rede). Juntamente com estes geralmente são
preparados os cronogramas financeiros, definindo a previsão mensal (ou semanal) do valor
a ser gasto na obra.

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1.2. Cronogramas físicos

A construção dos cronogramas físicos de uma obra é influenciada por fatores como
a quantidade de cada serviço, o dimensionamento das equipes que irão atuar com a sua
produtividade diária, a sequência de execução dos serviços, a disponibilidade de recursos
para a obra e prazos de execução limites.
Inicialmente devemos organizar os serviços em uma sequência que muitas vezes não
acompanha aquela adotada na etapa de elaboração orçamento. Consideramos critérios
como a sequência lógica de execução, facilidade de medição, identificação visual ou
disponibilidade de recursos por período de execução. Hoje, quando trabalhamos utilizando
a metodologia BIM (Modelagem da Informação da Construção), podem ser elaborados
cronogramas que mostram de forma virtual todo o processo de execução da construção,
etapa por etapa, por meio de simulações computadorizadas em vídeos. O que chamamos
de planejamento 4D.
Com os serviços organizados e suas quantidades definidas podemos passar ao
dimensionamento das equipes e à definição das suas produtividades diárias. Dividindo a
quantidade dos serviços pela produtividade de cada equipe, definimos as durações de cada
serviço. Tendo-se definidos a sequência de execução dos serviços e suas durações pode
ser elaborado o cronograma físico, denominado de Gráfico de Gantt e também chamado de
cronograma de barras. Na Figura 3 mostramos um exemplo deste cronograma.

Item Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 ...........


Prelim e Locação ..........
Abertura de valas ..........
Formas sap e baldr ..........
Arm sap e baldr ..........
Concret fundações ..........
Aterro lastr imperm ..........
Alvenaria ..........
. . . . . . ..........
. . . . . . ..........
. . . . . . ..........

Figura 3 – Exemplo de cronograma físico – Gráfico de Gantt.

A programação realizada utilizando o cronograma de barras é extremamente simples.


A duração dos serviços é proporcional ao comprimento das barras horizontais que indicam
as datas de início e de fim de cada serviço. Como critérios para a construção deste
cronograma, podemos seguir dois caminhos: fixar um prazo global (ou data de término) ou
fixar a quantidade de recursos disponíveis por período (número de homens, gasto mensal,
materiais por prazo de entrega). Numa primeira tentativa fixam-se as equipes e determina-
se o tempo necessário para realização das atividades, e daí a programação passa por uma
revisão. Verifica-se se o prazo total atingido é compatível e se os recursos necessários para
cumprir o cronograma estão disponíveis. Caso seja necessário, o cronograma deve ser
revisto. No entanto, mesmo tendo-se todas as durações definidas, a construção deste

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cronograma pode não ser tão simples se o programador não conhecer profundamente a
sequência correta de execução dos serviços. Caso desta informação ele não disponha é
necessário que ela seja mapeada e disponibilizada por outro profissional. Para isso pode ser
construído um outro cronograma que é o diagrama em rede, que indica todo o
encadeamento dos serviços considerando a dependência entre eles. Portanto, a qualidade
do cronograma depende fundamentalmente do programador, que precisa ter bons
conhecimentos de obras (em geral) e da obra em análise ou ter acesso a estas informações
bem mapeadas.
O diagrama em rede não é utilizado corriqueiramente, apenas profissionais
experientes podem utilizá-lo ou construí-lo em função da complexidade e da quantidade de
tempo necessários para a sua montagem. No entanto, ele é muito útil para o processo de
planejamento e permite o mapeamento de informações que em um Gráfico de Gantt fica
mais complicado mapear. O diagrama mais conhecido é o construído utilizando Método de
PERT-CPM ou método do Caminho Crítico (Critical Path Method). Na Figura 4 apresentamos
um exemplo de uma rede de PERT-CPM.

Figura 4 – Exemplo de rede de PERT-CPM

A representação da rede se dá por meio de círculos e setas, conforme mostra a figura.


Os círculos representam eventos, que podem ser numerados de forma aleatória, enquanto
as setas representam as atividades (serviços) para as quais são indicadas as durações. Um
evento marca o início ou fim de determinadas atividades. As atividades C e D, por exemplo,
são denominadas de dependentes de A e B, ou seja, só podem ser executadas após a
execução de A e B, pois evento 2, que marca o fim das atividades A e B, marca o início das
C e D. As atividades H e I são executadas em paralelo (têm o mesmo evento inicial e o
mesmo evento final), não significando, porém, que têm a mesma duração.
Após a montagem da rede básica, pode ser determinado o tempo consumido entre o
início e o fim da obra percorrendo-se os diversos caminhos possíveis e somando-se as
durações das atividades previstas nestes caminhos. No caso da Figura 4 teremos oito
caminhos ou sequencias: ACEH; ACEI; ADGH; ADGI;
BCEH; BCEI;BDGH e BDGI. O prazo total consiste na soma das
durações das atividades na sequência de execução mais desfavorável quanto à duração
(atividades condicionantes), esta sequência é chamada de caminho crítico. As atividades do
caminho crítico são indicadas por uma linha diferenciada das demais.
Os demais caminhos da rede, que têm menores durações, apresentam folgas de
execução. Portanto, todas as atividades que não estão em um caminho crítico apresentam
folga e podem receber variações em seus inícios e/ou finais sem afetar o prazo final de
execução da obra. O primeiro momento em que uma atividade pode ser iniciada é chamado
de Primeira data de início, Data mais cedo ou simplesmente Cedo. Da mesma forma, o último
momento de execução de uma atividade é a Data mais tarde, Última data de fim ou Tarde.
A adequada alteração dos momentos de início e fim de várias atividades permite o

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ajustamento dos recursos consumidos, evitando acúmulos indesejados em determinados


momentos sem comprometer o prazo final.
Quando se trabalha com projetos que envolve diversas atividades ou mesmo quando
o planejamento envolve diversos projetos a serem executados e gerenciados pela mesma
empresa fica inviável este planejamento sem o auxílio de programa que possa automatizar
os processos. Neste caso a alternativa é utilizar o programa computacional que automatize
o processo como o MS-Project.
Na vídeoaula de número 1 faremos uma breve apresentação do curso, falaremos do
planejamento de obras de forma geral, apresentando algumas informações necessárias para
o processo de planejamento de obras de forma geral.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 1 –


Apresentação do curso e introdução ao tema
planejamento de obras”.

A seguir, na Figura 5, mostramos um exemplo de uma rede de PERT-CPM com as


atividades de uma fundação direta com suas sequências de execução e durações. Neste
exemplo indicamos as durações de cada atividade, que foram lançadas na rede. Os eventos
foram numerados de forma aleatória. Dentre os caminhos possíveis o que apresentou a
maior duração está diferenciado com um linha mais espessa (BEJ) com 20 dias de
duração (3+8+9). Esta sequência de atividades é o caminho crítico, que até o final do serviço
demandará mais tempo para execução.

Figura 5 – Exemplo de rede de PERT-CPM preenchida.

Analisando como exemplo a atividade F percebemos que ela se encontra em apenas


um caminho, BEFGI, com duração total de 18 dias (3+8+2+4+1), tendo dois dias de
folga (20-18). Portanto, a Data mais cedo para a sua execução será obtida a partir da data
de início do serviço de execução da fundação, acrescentando a duração da sequência de
atividades anterior, BE (11 dias) e para a Data mais tarde deverá somar-se à Data mais
cedo a folga existente e a duração de execução da atividade o que daria quinze dias
(11+2+2).

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A identificação dos atrasos nas atividades que comprometem o prazo de conclusão


da obra é mais facilitada utilizando a rede de PERT-CPM, porém só é possível a visualização
do desenvolvimento esperado das atividades no tempo por meio do Gráfico de Gantt. Na
Figura 6 apresentamos o Gráfico de Gantt para o mesmo serviço de fundação indicado na
Figura 5 (considerando o desenvolvimento do serviço em semanas com 5 dias úteis). As
setas na figura indicam o caminho das atividades críticas.

Atividade 1ª SEMANA 2ª SEMANA 3ª SEMANA 4ª SEMANA


A-locação
B-capina do terreno
C-escavação
D-execução de formas
E-execução de armação
F-concretagem
G-desforma
H-cura do concreto
I-reaterro
J-desmobilização do canteiro
Figura 6 – Cronograma Físico - Gráfico de Gantt.

1.3. Cronograma físico-financeiro

O cronograma físico-financeiro é elaborado para definir uma previsão dos recursos


financeiros necessários e que são detalhados por período de execução da obra. Para a
construção deste cronograma precisamos ter finalizado o cronograma físico e ter mapeados
os custos previstos para cada atividade. Nesse cronograma são mostradas as atividades da
obra a serem executadas concomitantemente às parcelas de desembolso, durante o período
previsto para o projeto. Portanto, considera-se que o valor a ser investido num determinado
período seja proporcional à parcela do serviço realizada naquele período. Na Figura 7
apresentamos um exemplo de um cronograma físico financeiro. No primeiro mês de
execução a previsão de gastos é de R$ 1916,0 (151+0,92x243+0,80x545+0,71x1557) e que
corresponde a 48% do custo total, que é de R$ 3952,0.

Atividades Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Custo por atividade


Locação da obra 100% 151,0
Abertura de valas 92% 8% 243,0
Formas 80% 20% 545,0
Armaduras 71% 29% 1557,0
Concretagem 74% 26% 801,0
Reaterro das valas 100% 99,0
Alvenaria 31% 63% 6% 556,0
Custo mensal 1916,0 1172,7 479,6 350,3 33,4 3952,0
% valor total 48% 30% 12% 9% 1% 100%
Figura 7 – Exemplo de um cronograma Físico-Financeiro

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1.4. Exemplo manual de planejamento

Nesta etapa faremos uma simulação manual do planejamento de obra para que
entendamos o processo que pode ser automatizado dentro do programa MS-Project.
Poderão acompanhar todas etapas mostradas por meio da vídeoaula de número 2.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 2 –


Início ao planejamento manual de uma obra”.

A Figura 8 mostra os dados que serão utilizados nesta simulação de planejamento.


Nela detalhamos as atividades nomeadas de A a J e organizadas em etapas que vão de 1
a 4. Para cada atividade indicamos: a quantidade (Trabalho); as equipes que irão atuar; a
produtividade de cada equipe e consumo de cada tipo de material. Com estas informações
e com o os custos indicados, podemos definir: a duração de cada atividade, o custo com
material e o custo com mão de obra. Todos estes passos detalhados na vídeoaula 2.

Figura 8 – Dados para o planejamento da obra a ser realizado

Os dados obtidos ao completar a Figura 8 podem ser resumidos na Figura 9,


preenchendo-se a rede de PERT/CPM indicada nesta figura.

Figura 9 – Dados para preenchimento da rede de PERT/CPM

Completando-se as informações na Figura 9 podemos finalizar os cronogramas


previstos na Figura 10.

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Figura 10 – Cronogramas a serem preenchidos.

Ao final da vídeoaula 2 com os resultados obtidos respondemos às seguintes


questões:
a) Qual o caminho das atividades críticas?
b) Qual a folga em cada atividade não crítica?

Dica do Professor: Para que possam estudar e revisar


o conteúdo da semana sugiro que refaça o planejamento
manual iniciado na Figura 8 utilizando a rede indicada na
Figura 11. Além do levantamento de mão de obra, faça
também o levantamento de cada material por dia da
semana.

Figura 11 – Rede para atividade.

Atividade: Para concluir a primeira semana de estudos,


vá até a sala virtual e participe do Fórum “Meu curso”.
Inicie uma nova publicação ou contribua com a
publicação de algum outro colega, considerando a
seguinte questão: o que aprendi até agora?.

Nos encontramos na próxima semana.


Bons estudos!

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Semana 2 – Finalização do planejamento e início ao MS-Project
Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana finalizaremos o processo de planejamento
manual, apresentando alguns resultados que podem ser
obtidos a partir deste planejamento e iniciaremos o processo
de planejamento no MS-Project. Iremos:
- Finalizar a simulação manual do planejamento em pequena
escala.
- Iniciar o planejamento de obras no MS-Project .

2.1 Finalização do planejamento manual


Na aula de número 3 finalizaremos a simulação manual do planejamento e
mostraremos o processo para a geração de resultados que permitem as respostas às
seguintes questões:
a) Quantos oficiais e ajudantes serão necessários em cada dia da semana?
b) Qual o maior percentual de gasto que se terá por semana e por atividade?
c) Se durante a execução da obra percebi que vou atrasar de 2 dias em
atividades críticas, como poderia resolver a situação alocando pessoal de
outra atividade que tenha folga, para que a obra não atrase?
d) Considere que tenha terminado a programação do projeto e tenha percebido
que tenha no máximo três oficiais e três ajudantes disponíveis para este
projeto. Indique que mudanças passam a ser necessárias na sequência de
atividades e as implicações que trariam nos relatórios.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 3 –


Finalização do planejamento manual de uma obra”.

2.2 Início ao planejamento no MS-Project


Faremos agora a simulação do planejamento no MS-Project, utilizaremos como
referência a versão de 2010 do programa (Project, 2010). Na vídeoaula de número 4 e na
vídeoaula de número 5 apresentaremos a plataforma do programa, mostraremos o processo
de configuração necessária e o lançamento das atividades do planejamento. Para fins de
comparação será reproduzido no programa o mesmo planejamento feito de forma manual.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 4 –


Início ao planejamento no Ms Project”.

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Plataforma +IFMG

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 5 –


Continuação ao planejamento no MS-Project”.

Dica do Professor: Para que possa estudar e revisar o


conteúdo da semana sugiro que reproduza os passos
mostrados nas aulas utilizando a rede indicada na Figura
11.

Atividade: Para concluir a segunda semana de estudos,


vá até a sala virtual e participe do Fórum
“Compartilhando experiências”. Inicie uma nova
publicação compartilhando suas experiências com o
programa Ms-Project.

Nos encontramos na próxima semana.


Bons estudos!

Instituto Federal de Minas Gerais


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Semana 3 – Finalização do planejamento no MS-Project
Plataforma +IFMG

Objetivos
Nesta semana continuaremos com o planejamento iniciado na
semana anterior, tendo como objetivo finalizar o planejamento
de obras no MS-Project.

3.1 Geração de resultados no MS-Project

Na vídeoaula de número 6 iniciaremos o processo de geração dos relatórios no MS-


Project. Mostraremos como identificar as atividades críticas do planejamento com as suas
datas de início e fim, como gerar o cronograma físico (Gráfico de Gantt) e o cronograma
físico-financeiro (Fluxo de Caixa).

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 6 –


Geração de relatórios no MS-Project”.

Na vídeoaula de número 7 continuaremos o processo de geração dos relatórios no


MS-Project. Responderemos as perguntas indicadas no processo de planejamento manual
e finalizamos o curso.

Mídia digital: Vá até a sala virtual e assista a “Aula 7 –


Avaliação de relatórios gerados no MS-Project”.

Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu


certificado, vá até a sala virtual e responda ao
Questionário “Avaliação geral”.
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla
escolha, que se baseiam nos conteúdos abordados ao
longo do curso.

Chegamos ao final do curso, esperamos ter atendido às expectativas que tinham em


relação à formação e que o curso tenha mostrado o caminho correto para o processo de
planejamento de obras civis. Sugerimos a sequência de estudos em outros cursos
disponíveis na Plataforma +IFMG.
Parabéns!

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Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco!

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Referências

MICROSOFT Project for Windows 2010.: Microsoft Corporation, 2010.


TCPO. Tabela de Composições de Preços para Orçamentos . São Paulo: PINI, 2003.

27
28
Currículo do autor

O professor Joel Donizete Martins é formado em Engenharia Civil pela


Universidade Federal de Viçosa (UFV). Tem mestrado em Estruturas e
Construção Civil pela Universidade de Brasília (UNB) e doutorado em
Construção Metálica pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
É especialista em Educação Profissional e Tecnológica e tem formação
complementar em Magistério Escolar, Gerência e Gestão do
Desempenho de Equipes, Licitações e em Contratações de Obras
Públicas e em Gestão e Apuração da Ética Pública.
É professor Titular na área de Edificações do Instituto Federal de
Educação Ciência e Tecnologia - campus Congonhas. Foi Diretor Geral
desta instituição e também atuou como Diretor de Administração e
Planejamento, sendo um dos principais responsáveis pelo
Planejamento, Acompanhamento e Fiscalização de obras e Projetos de
estruturação Física do campus. Além das atividades em cargos de
gestão no IFMG, atuou como docente em disciplinas nas áreas de Modelagem da Informação da
Construção (BIM), Planejamento de Obras, Legislações e Regularizações de Obras civis, Patologia de
Construções, Projetos de Edificações e Resistência dos Materiais. Atualmente leciona no curso Técnico
em Edificações, no curso de Especialização em Gerenciamento de Projetos e Operações e em Curso FIC
de Modelagem em BIM no IFMG Congonhas. Atua também como pesquisador na área de Estruturas
metálicas, estruturas de concreto e em estruturas mistas, de aço e concreto e de Modelagem em BIM.

Currículo Lattes: http: http://lattes.cnpq.br/2132783387012249

Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão

Joel Donizete Martins 18/08/2021 Niltom Vieira Junior 30/09/2021 1.0

29
30
Glossário de códigos QR (Quick Response)

Mídia digital: Aula 1 Mídia digital: Aula


– Apresentação do
2 – Início ao
curso e introdução ao
planejamento manual
tema planejamento de
de uma obra.
obras.

Mídia digital: Aula 3 Mídia digital:


– Finalização do Aula 4 – Início ao
planejamento manual planejamento no Ms
de uma obra. Project.

Mídia digital: Aula 5 Mídia digital:


– Continuação ao Aula 6 – Geração de
planejamento no MS- relatórios no MS-
Project. Project.

Aula 7 – Avaliação
de relatórios gerados
no MS-Project.

31
32
Plataforma +IFMG
Formação Inicial e Continuada EaD

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), desde o ano de


2020, concentrou seus esforços na criação do Programa
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e
cada vez mais acessível.
Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe
multidisciplinar, contando com especialistas em educação,
web design, design instrucional, programação, revisão de
texto, locução, produção e edição de vídeos e muito mais.
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos
setores institucionais e também com a imprescindível
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de
atuação.
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG.
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem,
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos.
Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado.

O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você!

Professor Carlos Bernardes Rosa Jr.


Pró-Reitor de Extensão do IFMG
Características deste livro:
Formato: A4
Tipologia: Arial e Capriola.
E-book:
1ª. Edição
Formato digital

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