Você está na página 1de 16

Questões de 81 a 120

Gabarito

81. (UCP-PR) A poesia modernista revela:

a. ritmo psicológico.

b. cotidianismo.

c. sintaxe e pontuação revolucionárias.

d. Estão corretas as afirmações a e c.

e. Estão corretas as afirmações a, b e c.

82. (UFPA) Os escritores ..... e ..... participaram ativamente do 1º momento da ficção


modernista. É da autoria do segundo o romance..... .

a. Mário de Andrade, Oswald de Andrade; Macunaíma.

b. Manuel Bandeira, Jorge Amado; Dona Flor e seus dois maridos.

c. Oswald de Andrade, Mário de Andrade; Amar, verbo intransitivo.

d. Graciliano Ramos, José Lins do Rego; Menino de engenho

e. Mário de Andrade, Manuel Bandeira; Itinerário de Pasárgada.

83. (UFPR) Com relação à poesia do modernismo brasileiro, é correto afirmar que (observação:
há mais de uma alternativa correta):

a. a ruptura com o passado foi total, como prova a obra de Mário de Andrade.

b. elevou o nível coloquial da fala brasileira à categoria literária.

c. a pesquisa estética foi intensificada.

d. a ruptura com o passado foi apenas parcial, permanecendo a mesma essência cultural,
enriquecida e dinamizada.

e. poeta recusa as forças subconscientes na criação poética.

f. raça, meio e momento histórico foram enfatizados como fatores determinantes do caráter
brasileiro.

84. (FCMSCSP)

"Estes poemas são meus. É minha terra

e é ainda mais do que ela. É qualquer homem

ao meio-dia em qualquer praça. É a lanterna

em qualquer estalagem, se ainda as há.


:
- Há mortos? há mercados? há doenças?

É tudo meu. Ser explosivo, sem fronteiras,

por que falsa mesquinhez me rasgaria?"

Assinale a alternativa que contém o juízo crítico adequado ao autor do excerto.

a. tratamento dessa multiplicidade de temas e de motivos, de captações de dados e


situações da realidade cotidiana, interiorizados para alimentar o "sentimento do mundo"
que Carlos Drummond de Andrade carrega consigo, amadurece progressivamente desde
os primeiros versos.

b. Com Cecília Meireles, a vertente intimista afina-se ao extremo e toca os limites da música
abstrata.

c. Parodiando com verve os resquícios ultra-românticos espalhados na poesia e no teatro do


tempo, Artur Azevedo mostra-nos um retrato fiel da sociedade carioca dos últimos 20 anos
do século XIX, precisamente sua fase boêmia.

d. Hoje parece consenso da melhor crítica reconhecer em Bilac não um grande poeta, mas
um poeta eloqüente, capaz de dizer com fluência as coisas mais díspares.

e. A lírica de Gonçalves Dias singulariza-se no conjunto da poesia romântica brasileira como


a mais literária, isto é, a que melhor exprimiu o caráter mediador entre os pólos da
expressão e os da construção.

(PUCC-SP) As questões de 85 a 93 referem-se ao texto abaixo:

"José

E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José?

e agora, você?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama, protesta?

e agora, José?

Está sem mulher,


:
está sem discurso,

está sem carinho,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o dia não veio,

o bonde não veio,

o riso não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo mofou,

e agora, José?

E agora, José?

sua doce palavra,

seu instante de febre,

sua gula e jejum,

sua biblioteca,

sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,

sua incoerência,

seu ódio – e agora?

Com a chave na mão

quer abrir a porta,

não existe porta;

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.


:
José, e agora?

Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa vienense,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse...

Mas você não morre,

você é duro, José!

Sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem parede nua

para se encostar,

sem cavalo preto

que fuja a galope,

você marcha, José!

José, para onde?"

(Carlos Drummond de Andrade)

85. (PUCC-SP) José teria, segundo o poeta, possibilidades de alterar seu destino. Essas
possibilidades estão sugeridas:

a. na 5a e 6a estrofes.

b. na 1a, 2a e 3a estrofes.

c. na 3a, 4a e 6a estrofes.

d. na 4a e 5a estrofes.

e. n.d.a.

86. (PUCC-SP) Só não é linguagem figurada:

a. "sua incoerência, seu ódio".


:
b. "seu instante de febre".

c. "seu terno de vidro".

d. "sua lavra de ouro".

e. n.d.a.

87. (PUCC-SP) Das possibilidades sugeridas pelo poeta para que José mudasse seu destino, a
mais extremada está contida no verso:

a. "se você tocasse a valsa vienense".

b. "se você morresse".

c. "José, para onde?"

d. "quer ir para Minas".

e. n.d.a.

88. (PUCC-SP) Para o poeta, José só não é:

a. alguém realizado e atuante.

b. um solitário.

c. um joão-ninguém frustrado.

d. alguém sem objetivo e desesperançado.

e. n.d.a.

89. (PUCC-SP) José é um abandonado. Essa idéia está bem traduzida:

a. na 4a estrofe.

b. na 5a estrofe.

c. no 12o, 13o e 14o versos da 2a estrofe e nos sete primeiros da 6a estrofe.

d. no 8o e 9o versos da 1a estrofe.

e. n.d.a.

90. (PUCC-SP) "A noite esfriou" é um verso repetido. Com isso, o poeta deseja:

a. deixar bem claro que José foi abandonado porque fazia frio.

b. traduzir a idéia de que José sentiu frio porque anoiteceu.

c. exprimir que, após o término da festa, a temperatura caíra.

d. intensificar o sentimento de abandono, tornando-o um sofrimento quase físico.


:
e. n.d.a.

91. (PUCC-SP) O verso que exprime concisamente que José é "ninguém" é:

a. "você que faz versos".

b. "a festa acabou".

c. "você que é sem nome".

d. "que zomba dos outros".

e. n.d.a.

92. (PUCC-SP) O verso que expressa essencialmente a idéia de um José sem norte é:

a. "José, para onde?"

b. "sozinho no escuro".

c. "mas você não morre".

d. "E tudo fugiu".

e. n.d.a.

93. (PUCC-SP) Assinale a afirmativa falsa a respeito do texto.

a. José é alguém bem individualizado e a ele o poeta se dirige com afetividade.

b. ritmo dos sete primeiros versos da 5a estrofe é dançante.

c. "Sem teogonia" significa "sem deuses", "sem credo", "sem religião".

d. Os versos são em redondilha menor porque tal ritmo se ajusta perfeitamente à intimidade,
singeleza e espontaneidade das idéias.

e. n.d.a.

94. (VUNESP) "E estas três partes correspondem ainda ao movimento rítmico da sonata: um
alegro inicial que é a zanga destabocada de mestre José Amaro, um andante central que é o
mais repousado Lula de Holanda na sua pasmaceira cheia de interioridade não dita, e finalmente
o presto brilhante e genial do Capitão Vitorino Carneiro da Cunha."

a. Fogo morto e José Lins do Rego.

b. São Bernardo e Graciliano Ramos

c. A bagaceira e José Américo de Almeida.

d. Vidas secas e Graciliano Ramos.

e. Usina e José Lins do Rego.


:
95. (MACK-SP) A maior característica de sua obra está no retrato, ao mesmo tempo crítico,
anedótico, apaixonado, mas sobretudo humano, que faz da cidade de São Paulo e de seu povo,
com particular atenção para os imigrantes italianos, quer os moradores de bairros mais pobres,
quer os que se vão aburguesando.

O trecho refere-se a:

a. Mário de Andrade.

b. Antônio de Alcântara Machado.

c. Monteiro Lobato.

d. Oswald de Andrade.

e. Guilherme de Almeida.

96. (Famih-MG) [Leia o poema "Cidadezinha qualquer"]

Todas as características modernistas citadas abaixo podem ser identificadas no poema de


Drummond, exceto:

a. reaproveitamento do popular e do coloquial, uso de uma linguagem simples, fácil, próxima


da expressão oral.

b. concepção do poético como um texto aberto; um discurso que oferece multiplicidade de


sentidos e interpretações.

c. crítica ao mundo rural, ao universo primitivo, distante do progresso, da civilização


mecânica e industrial.

d. exploração do imprevisível, do inesperado; o corte brusco, a fragmentação de idéias


possibilita o surgimento do humor.

e. interesse pelo homem comum, pela ordem social e pela vida cotidiana.

97. (PUC-RS) No ciclo inicial da obra de José Lins do Rego, o processo construtivo do romance
é a narrativa:

a. introspectiva.

b. crítica.

c. analítica.

d. psicológica.

e. memorialista.

98. (UFGO) Na questão seguinte, assinale:

a. se apenas a proposição I for correta.

b. se apenas a proposição II for correta.


:
c. se apenas as proposições I e II forem corretas.

d. se apenas as proposições I e III forem corretas.

e. se todas as proposições forem corretas.

Veja estas afirmativas sobre Vidas secas:

IX. Vidas secas é uma obra de Graciliano Ramos em que o personagem Fabiano critica o
mundo que o rodeia.

IX. Vidas secas é um romance de inspiração naturalista que estuda o mundo físico do
Nordeste e seus principais problemas.

IX. Vidas secas é a história do retirante Fabiano e de sua família. Mostra como o mundo
exterior se projeta nas personagens e como estas acabam dominando as dificuldades
provenientes das condições climáticas.

99. (FUVEST-SP) São obras do mesmo autor de Vidas secas:

a. Jubiabá, Mar morto.

b. Usina, Fogo morto.

c. Angústia, São Bernardo.

d. A bagaceira, Coiteiro.

e. O quinze, Caminho de pedras.

100. (PUC-RS)

"O pequeno sentou-se, acomodou nas pernas a cachorra, pôs-se a contar-lhe baixinho uma
estória. Tinha o vocabulário quase tão minguado como o do papagaio que morrera no tempo da
seca."

Em Vidas secas, de Graciliano Ramos, como exemplifica o texto, através das personagens há
uma aproximação entre:

a. homem e animal.

b. criança e homem.

c. cão e papagaio.

d. papagaio e criança.

e. natureza e homem.

101. (F. Carlos Chagas-SP) Graciliano Ramos escreveu um romance cuja personagem
principal, lutando por riqueza e posição social, deixa-se contaminar pela agressividade que
caracteriza o meio social em que vive. Aprofundando-se, portanto, na sondagem da
personalidade do protagonista, o autor logrou, também, uma visão crítica da sociedade que
determinou a maneira de ser da personagem. A obra em questão é:
:
a. Insônia.

b. Infância.

c. Angústia.

d. Vidas secas.

e. São Bernardo.

102. (FUVEST-SP) Numa espécie de projeção utópica, sua personagem, um tipo de idealista
bobo e desacreditado, alude a mudanças na estrutura social do Nordeste, com o advento de
outra ordem em que o privilégio ceda ao princípio da justiça. Daí a crítica falar em figura
quixotesca.

Dentre as personagens de Fogo morto, qual se enquadra nesta definição?

a. Lula de Holanda.

b. Coronel Zé Paulino.

c. Antônio Silvino.

d) Mestre Zé Amaro.

e) Vitorino Carneiro da Cunha.

103. (F.Carlos Chagas-SP) A obra de Jorge Amado, em sua fase inicial, aborda o problema
da:

a. seca periódica que devasta a região do Piauí.

b. decadência da aristocracia da cana-de-açúcar diante do aparecimento das usinas.

c. luta pela posse da terra na região cacaueira de Ilhéus.

d. vida nas salinas, que destrói paulatinamente os trabalhadores.

e. aristocracia cafeeira, que se vê à beira da falência com a crise de 29.

104. (PUCC-SP) O modo típico de um escritor regionalista da década de 30 conceber a


personagem pode ser exemplificado pela caracterização de:

a. Policarpo Quaresma, "um visionário", patriota ferrenho, nacionalista extremado, que


propugna pela instauração do tupi como língua oficial e pela recuperação do folclore
nacional.

b. Aurélia, moça órfão que foi proclamada a "rainha dos salões fluminenses", deusa dos
bailes, a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.

c. João Romão, que possuía uma "moléstia nervosa, uma loucura, um desespero de
acumular", denunciada imediatamente por seu físico: "um baixote, socado, cabelos à
escovinha, a barba sempre por fazer".

d. Paulo Honório, de origem humilde, que se fez rico e poderoso proprietário, em desafio
:
ostensivo aos valores tradicionais de uma sociedade rural, patriarcalista e latifundiária, em
resistência às pressões da natureza.

e. Antônio Maciel, o Conselheiro, que, com seus jagunços – produtos inevitáveis de um


conjunto de fatores geográficos, raciais e históricos –, defende seu reduto até seu
aniquilamento pelas Forças Armadas.

105. (MACK-SP) Sobre Graciliano Ramos é incorreto afirmar que:

a. mostra-se interessado pelo comportamento, atitudes e conduta humana.

b. é o introdutor do ciclo do cacau na literatura brasileira.

c. tem uma visão panorâmica de seus personagens, daí resultando a conciliação da


psicologia com o regionalismo.

d. sua obra destaca-se pela concisão e sobriedade de estilo.

e. reproduz muitas vezes a comunicação dos sertanejos e descreve a vida desolada de seres
subumanos e animalizados.

106. (MACK-SP)

"[...] fecundo contador de histórias regionais, definiu-se certa vez 'apenas um baiano romântico
e sensual'. Definição justa, pois resume o caráter de um romancista voltado para os marginais,
os pescadores e os marinheiros de sua terra..."

Pelas características expostas no trecho acima, é possível afirmar que se refere a importante
autor regionalista brasileiro.

Assinale a alternativa em que se encontra o nome do mesmo.

a. José Lins do Rego.

b. Guimarães Rosa.

c. José Américo de Almeida.

d. Jorge Amado.

e. Graciliano Ramos.

107. (FUVEST-SP) Assinale a alternativa em que ambos os romances citados evocam o mundo
do internato e seus problemas:

a. O Ateneu – Doitinho.

b. Casa de pensão – Memórias sentimentais de João Miramar.

c. Memórias póstumas de Brás Cubas – Infância.

d. Menino de engenho – O Ateneu.

e. O coruja – A normalista.
:
108. (UCP-PR) Dada uma seqüência de romancistas, formada por Machado de Assis, Lima
Barreto e Jorge Amado, aponte a alternativa que apresenta, obedecendo a essa disposição, uma
obra de cada autor.

a. Dom Casmurro; Casa de pensão; Tenda dos milagres.

b. Esaú e Jacó; Triste fim de Policarpo Quaresma, Terras do sem-fim.

c. Memorial de Aires; Urupês; Gabriela , cravo e canela.

d. Memórias póstumas de Brás Cubas; Recordações do escrivão Isaías Caminha; A bagaceira.

e. Quincas Borba; Iaiá Garcia; Tieta do Agreste.

109. (UEL-PR) Na década de 30 do nosso século:

a. o Modernismo viu esgotados seus ideais, com a retomada de uma prosa e de uma poesia
de caráter conservador.

b. a poesia se renovou significativamente, graças a poetas como Carlos Drummond de


Andrade e Murilo Mendes.

c. não houve surgimento de grandes romancistas, o que só viria a ocorrer na década


seguinte.

d. predominou, ainda, o ideário modernista dos primeiros momentos, sendo central a figura
de Graça Aranha.

e. a poesia abandonou de vez o emprego do verso, substituindo-o pela composição de


palavras soltas no espaço da página.

110. (UEL-PR) Refere-se a José Lins do Rego a seguinte afirmação:

a. Tão próximo do estilo oral, ele nos narra o que viu e o que sabe da vida do Nordeste,
sobretudo da agonia dos engenhos e das personagens que não se livram do peso do
passado.

b. Suas personagens podem parecer secas como a natureza da caatinga, mas isso não lhes
elimina a complexidade psicológica, que este autor faz ver com seu estilo duro, preciso,
objetivo.

c. Ninguém o superou em sua forma de ironizar, em sua capacidade de tratar dos assuntos
mais graves com um humor impiedoso, fruto da inteligência e da melancolia.

d. Em seus contos de estréia já se podia prever o grande romancista, podia-se pressentir o


fôlego maior de uma linguagem revolucionária, aberta à invenção e ao falar sertanejo das
suas Gerais.

e. Seu regionalismo é saboroso e arrebatador, transportando-nos para o tempo heróico das


sagas gaúchas e fazendo-nos viver as histórias violentas das famílias em conflito.

111. (Unitau-SP) O estilo conciso, a linguagem sóbria, a técnica da interiorização e a análise


psicológica caracterizam-no, principalmente em sua obra Angústia.
:
Trata-se de:

a. Jorge Amado.

b. Erico Verissimo.

c. Graciliano Ramos.

d. José Lins do Rego.

e. Clarice Lispector.

112. (CESESP-PE) A partir de 1945, segundo um critério histórico, as tendências da literatura


brasileira estruturam-se, configurando um quadro diferente daquele advindo de 1922 (Semana
de Arte Moderna). Dentre as opções apresentadas, quais as que definem a nova tendência?

IX. Anarquismo estético, justificado pela Segunda Guerra Mundial.

IX. Preocupação existencial e metafísica que se aliava ao protesto, às circunstâncias


históricas.

IX. Volta ao metro e à rima tradicionais, ao lado de novas invenções do verso.

IX. Busca da originalidade a qualquer preço.

I. I, II.

II. II, III.

III. III, IV.

IV. IV, I.

V. IV. II.

113. (UFRS) O romance de Clarice Lispector:

a. filia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura
da mulher.

b. define-se como literatura feminista por excelência, ao propor uma visão da mulher
oprimida num universo masculino.

c. prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor uma sociedade
urbana em transformação.

d. explora até às últimas conseqüências, utilizando embora a temática urbana, a linha do


romance neonaturalista da geração de 30.

e. renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente de ficção da


segunda geração modernista.

114. (PUCC-SP) João Cabral de Melo Neto é o poeta do Modernismo que se salienta por um
constante combate ao sentimentalismo. "É o engenheiro da poesia." Busca concisão e precisão
:
nos seus poemas. No entanto, num terreno oposto, faz poesia de participação. Um seu poema,
divulgado como peça teatral, justamente realiza uma análise social do homem nordestino,
porém sem arroubos sentimentais.

O poema em causa é:

a. "Invenção de Orfeu". Murilo Mendes

b. "Morte e vida severina".

c. "Jeremias sem chorar". Cassiano Ricardo

d. "Brejo das almas". Carlos Drummond de Andrade

e. n.d.a.

115. (UFOP-MG) Assinale a alternativa que apresenta João Cabral de melo Neto como "um
poeta cuja poesia versa constantemente sobre o próprio fazer poético".

a. "A luta branca sobre o papel

que o poeta evita,

luta branca onde corre o sangue

de suas veias de água salgada".

b. "Nas praias do Nordeste, tudo padece

com a ponta de finíssimas agulhas:

primeiro com as agulhas de luz."

c. "O que o mar não aprende do Canavial:

a veemência passional da preamar;

a mão-de-pilão das ondas na areia,

moída e miúda, pilada do que pilar."

d. "(O sol em Pernambuco leva dois sóis,

sol de dois canos, de tiro repetido;

o primeiro dos dois, o fuzil de fogo,

incendeia a terra: tiro de inimigo.)"

e. "Os rios, de tudo o que existe vivo,

vivem a vida mais definida e clara."

116. (PUC-RS)

"Entre a paisagem

o rio fluía
:
como uma espada de líquido espesso:

como um cão

humilde e espesso.

Entre a paisagem

(fluía)

de homens plantados na lama;

de casas de lama

plantadas em ilhas

coaguladas na lama;

paisagens de anfíbios

de lama e lama."

Como demonstram as estrofes acima, é no livro O cão sem plumas que João Cabral de melo
Neto inicia a temática centrada no:

a. social.

b. eu.

c. poético.

d. objeto.

e. despojamento.

117. (PUCC-SP)

"Sertão. Sabe o senhor: o sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o
poder do lugar. Viver é muito perigoso."

Pelo fragmento acima, de Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, percebemos que
neste romance, como em outros textos regionalistas do autor:

a. o conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão,


que acaba por ser mítico e metafísico.

b. o sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem as agressões do meio hostil e


adverso à sobrevivência humana.

c. não existe uma região a que geograficamente se possa chamar "sertão": ela é fruto da
projeção do inconsciente das personagens.

d. a periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que
vivem.

e. há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de luta entre bandos de


:
jagunços.

118. (USF-SP) A respeito de Guimarães Rosa é correto afirmar que:

a. transmitiu ao nosso regionalismo valores universais, ao abordar dúvidas do próprio


homem, numa linguagem recriada poeticamente.

b. continuou a tradição das obras regionalistas anteriores, especialmente as do ciclo da cana-


de-açúcar, que denunciam a injustiça social.

c. foi mais valorizado como poeta, pela retomada dos recursos expressivos da língua, com
sua linguagem plena de sonoridades e figuras literárias.

d. retomou a influência científica e a linguagem objetiva e enxuta de Euclides da Cunha,


autor de Os sertões, para explicar a psicologia do sertanejo.

e. foi um autor de vanguarda que procurou mostrar as várias regiões do país, a partir de
uma visão subjetiva e extremamente poética.

119. (PUCC-SP) Guimarães Rosa – numa linguagem em que a palavra é valorizada não só pelo
seu significado, como também pelos seus sons e formas – tomou um tipo humano tradicional em
nossa ficção, o jagunço, e transportou-o, além do documento, até a esfera onde os tipos
literários passam a representar os problemas comuns da nossa humanidade.

Exemplifica as palavras acima o trecho de Guimarães Rosa:

a. "O chefe disse: me traga esse homem vivo, seu Getúlio. Quero o bicho vivão aqui e,
pulando. O homem era valente, quis combate, mas a subaqueira dele anganchou a arma,
de sorte que foi o fim dele. Uma parabelada no focinho, passarinhou aqui e ali e parou."

b. "À sua audácia e atrocidade deve seu renome este herói legendário para o qual não
achamos par nas crônicas provinciais. Durante muitos anos, ouvindo suas mães ou suas
aias cantarem as trovas comemorativas da vida e morte desse como Cid, ou Robin Hood
pernambucano, os meninos tomados de pavor adormeceram mais depressa do que se lhes
contassem as proezas do lobisomem ou a história do negro do surrão muito em voga entre
o povo naqueles tempos."

c. "João Miguel sentiu na mão que empunhava a faca a sensação fofa de quem fura um
embrulho. O homem, ferido no ventre, caiu de borco, e de sob ele um sangue grosso
começou a escorrer sem parar, num riacho vermelho e morno, formando poças encarnadas
nas anfractuosidades do ladrilho."

d. "Qu'é que me acuava? Agora, eu velho, vejo: quando cogito, quando relembro, conheço
que naquele tempo eu girava leve demais, e assoprado. Deus deixou. Deus é urgente sem
pressa. O sertão é dele. Eh! – o que o senhor quer indagar, eu sei. Porque o senhor está
pensando alto, em quantidades. Eh. Do demo?"

e. "O tiroteio começou. A princípio ralo, depois mais cerrado. O padre olhava para seu velho
relógio: uma da madrugada. Apagou a vela e ficou escutando. Havia momentos de trégua,
depois de novo recomeçavam os tiros. E assim o combate continuou madrugada adentro.
O dia raiava quando lhe vieram bater à porta. Foi abrir. Era um oficial dos farrapos cuja
barba negra contrastava com a palidez esverdinhada do rosto."

120. (F. Carlos Chagas-SP) Em Grande sertão: veredas, de Guimarães rosa, ergue-se como
:
presença dominadora a terra bruta dos confins de Minas Gerais; as personagens figuram o
Homem endurecido pela rude lida do sertão; e o enredo é a Luta épica entre grupos de
jagunços. Esses três elementos estruturais lembram uma semelhança básica com:

a. O sertão, de Coelho Neto.

b. Canaã, de Graça Aranha.

c. Os caboclos, de Waldomiro Silveira.

d. Urupês, de Monteiro Lobato.

e. Os sertões, de Euclides da Cunha.


:

Você também pode gostar