O bruxismo caracteriza-se como uma movimentação muscular
mastigatória, resultando em distúrbios de movimentos involuntários e
involuntários caracterizados pelo ranger excessivo dos dentes, ocorrendo durante o sono ou até mesmo com o paciente ainda acordado. Essa patologia ocorre no sistema nervoso central e causa danos estruturais sistema estomatognático do paciente. Este é um dos casos mais desafiadores na assistência odontológica, com aproximadamente 90% da população em geral relatando algum grau de bruxismo em algum momento de suas vidas. O índice do bruxismo persistente varia de 20-25% em crianças, 5-8% em adultos e 3% em idosos. Ao analisar as causas do bruxismo, os estudos resultam em bastante controvérsia, e para um diagnóstico certeiro e um tratamento eficaz, é muito importante identificar a causa do desenvolvimento dessa função anormal no paciente. O bruxismo tem sido comumente associado à ansiedade, estresse, depressão, desnutrição de vitaminas, dentes tortos, atendimento odontológico inadequado, disfunção e/ou associação com sistema nervoso central. Uso de substancias com efeitos neuroquímicos, diminuição da propriocepção oral, dentre outros. Um dos procedimentos mais executados pelos profissionais atualmente, é realizado com placas de acetato, acrílico ou silicone, moldadas de acordo com o formato dos dentes do paciente. O material da placa é definido a partir das necessidades do portador e do grau de bruxismo a ser tradado pelo paciente. Acontece que, há pouco tempo, o uso da toxina botulínica para tratar essa patologia foi e seus benefícios foram descobertos e apresentado como uma solução alternativa para os distúrbios do bruxismo. O método consiste na ministração da toxina nesses pacientes, em doses e áreas devidamente definidas, que bloqueiam a liberação exocitótica de acetilcolina nos terminais nervosos motores, resultando na redução da contração muscular, temporariamente, sem causar paralisia muscular completa.