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7 Mistérios de Deus

“Sete luzes existem no Altíssimo e é lá que habita o Ancião dos Anciões, o Misterioso dos
Misteriosos, o Oculto dos Ocultos: Ain Soph.”

São muitos os mistérios do Criador; são infinitos assim como Ele é. No entanto, podemos
identificá-los a partir de nossa visão humana e classificá-los para poder estudá-los de uma
forma um pouco mais “cartesiana”, que se não é o ideal, mas é a única forma de
identificá-los em grupos e, a partir daí, enumerá-los por afinidade ou ainda por identificação
de mistério.

Quando falamos em grupos e numeramos estes grupos entramos em um outro mérito que é
o mérito dos números e seu simbolismos. Antes de falarmos em “7 mistérios” precisamos
entender o que representa o número 7 aqui e porque organizar em 7 e não 8, 3 ou 12.

Iremos adentrar no seio dos mistérios através de sua manifestação sétupla, pois desta
forma o Criador se assenta em nossa realidade humana. Nós também somos sétuplos e o
Trono Maior que rege nosso planeta é também chamado deTrono das Sete Encruzilhadas;
a partir deste Trono surge a Coroa Divina, o Setenário Sagrado, que rege nossa realidade e
onde se assentam todos os Tronos voltados à nossa evolução.

Recomendo a quem queira se aprofundar nestes mistérios a Obra “Gênese Divina de


Umbanda Sagrada” e “Orixás – Teogonia de Umbanda” ambos do autor Rubens Saraceni,
Editora Madras (www.madras.com.br).

Os Sete Mistérios de Deus aqui serão tratados a partir de sete sentidos: fé, amor,
conhecimento, justiça, lei, evolução e geração ou sete elementos: cristalino, mineral,
vegetal, ígneo, eólico, telúrico e aquático

Podemos agora, de forma isolada, nos aprofundar nos mistérios no número sete (7) que na
Cabala é chamado de “O Número da Perfeição”, em grego é chamado de “Sebo” (Venerar)
ou “Septa” (Venerável), em Romano ou latino “Septos” (Santo, divino).

Segundo a cultura judaico–cristã, Deus criou o mundo em 7 dias. Dada a importância deste
número, cada dia representa o “abrir uma nova vibração”.

Em Êxodo, Deus instrui Moisés a construir um candelabro de ouro para sete lâmpadas. Em
Apocalipse, no Novo Testamento, vemos sete Igrejas que estão na Ásia, “Sete espíritos que
estão diante do seu Trono”, sete candelabros de ouro, sete estrelas, sete anjos, sete tochas
de fogo diante do Trono, sete selos, sete chifres, sete olhos, sete trombetas e sete trovões.
O NÚMERO 7

O autor Albany Braz, em seu livro “O Número 7”, Editora Madras, cita:

“De acordo com Johhn Heydon, “o sete é um dos números mais prósperos” e também tem
sido definido como “o todo ou o inteiro da coisa à qual é aplicado”; contudo, Pitágoras
referia que “o sete era o número sagrado e perfeito, entre todos números” e Filolau (séc. V
a.C.), dizia que o “sete representava a mente”. Macróbio (séc. V d.C.) considerava o sete
“como o nó, o elo das coisas”. O sete, por sua vez , é um numero Primo e também o único
de 1 a 10 que não é múltiplo e nem divisor de qualquer numero de 1 a 10.

O filósofo grego Platão de Egina (429 – 347 a.C.) no seu “Timeu”, ensinava que “do numero
sete foi gerada a alma do mundo”.Santo Agostinho via nele o “símbolo da perfeição e da
plenitude”. Santo Ambrósio Dizia que era “o símbolo da virgindade”. Este simbolismo era
assimilado pelos Pitagóricos, entre eles Nicômano (50 d.C.), em que o “sete era
representado pele deusa Minerva (a virgem)” que era a mesma Atena de Filolau (370 a.C.).
Por outro lado, na Antiguidade, associava-se o sete à VOZ, ao SOM, a CLIO, musa da
história, ao deus egípcio OSÍRIS, às deusas grega: NÊMESIS e ARASTIA e ao deus
romano MARTE.

Na Antiguidade o sete já aparecia como uma manifestação da ordem e da organização


cósmica. Era o número solar, como é comprovado nos monumentos da Antiguidade: OS 7
PLANETAS DIVINIZADOS PELOS BABILÔNICOS,; OS 7 CÉUS (YMGERS) DE
ZOROASTRO; A COROA DE SETE RAIOS E OS SETE BOIS DAS LENDAS NÓRDICAS.
Estes últimos eram simbolizados por: 7 ÁRVORES, 7 ESTRELAS, 7 CRUZES, 7 ALTARES
FLAMEJANTES, 7 FACAS FINCADAS NA TERRA e 7 BUSTOS.

Com relação à cosmologia, o Universo antigamente era representado por uma nave com
sete pilotos (os pilotos de Osíris) e segundo a escritora Nancy Fontes, “nossa Galáxia (Via
Láctea) é formada por um Sol central, sete outros sóis e quarenta e nove planetas (sete
planetas para cada Sol)”.

A Lua passa por fases de sete dias: crescente, cheia, minguante e nova respectivamente.

Na tradição sânscrita há freqüentes referências aos sete ou SAPTAS: “Archishah – 7


chamas de Agni; Arânia – 7 desertos; Dwipa – 7 ilhas sagradas; Gâvah – 7 raios ou vacas;
Kula – 7 castas; Loka – 7 mundos; Par – 7 cidades; Parna – 7 princípios humanos; Ratnâni
– 7 delícias; Rishi – 7 sábios; Samudra – 7 mares sagrados; Vruk-sha – 7 árvores
sagradas”.

Na teologia Zoastriana (masdeísmo, 550 a.C.) há sete seres que são considerados os mais
elevados. São os Amchaspands ou Ameshaspendes (Sete grandes gênios): “ORMAZD ou
Ormuzd ou Ahura-Mazda (Fonte da Vida); BRAHMAN (Rei deste mundo); ARDIBEHEST
(produtor do fogo); SHAHRIVAR (formador de metais); SPANDARMAT (rainha da terra);
KHORDAD (governante dos tempos e das estações); AMERDAD (governante do mundo
vegetal)”.

Opostos a estes havia os 7 Arquidevas (demônios ou poderes das trevas). Nestateologia


Mazdeísta, inicialmente existiam 7 graus iniciáticos no culto de Mitra: CORVO (Vênus),
GRIFO (Lua), SOLDADO (Mercúrio), LEÃO(Jupter), PERSA (Marte), PAI (Saturno),
HELIÓDROMO (Sol ou corredor do Sol). MITRA nasceu no dia 25/12, tinha como número o
sete e em honra a ele havia os sete altares de fogo, denominados de sete Pireus.
Na teologia romana na corte do Deus Marte ou Mars (Ares Grego) figuravam 7 divindades
alegóricas: “PALLOR (a Palidez); PAVOR (o Assombro); VIRTUS (a Coragem); HONOR (a
Honra); SECURITAS (a Segurança); VICTORIA (a Vitória); PAX (a Paz)”.

Na teologia dos Sumérios a deusa Inana tinha que atravessar 7 portas para chegar diante
dos juizes do mundo inferior. E nas tabuletas Assírias estão repletas de grupos de sete: 7
deuses do Céu; 7 deuses da terra; 7 deuses das esferas flamejantes; 7 deuses maléficos; 7
fantasmas; espíritos de 7 céus; espíritos de 7 terras.”

Sendo assim temos muitos motivos para abordar as divindades de Deus segundo o
“Mistério do Numero 7”, o que me é muito familiar também por ser Umbandista, uma religião
(Umbanda) que aborda o seu próprio universo a partir do que chamamos “Sete Linhas de
Umbanda”, onde se assentam os Orixás, Divindades cultuadas na Umbanda. Aqui
adotamos a relação de Orixás e Tronos de Deus da forma como foi psicografada por
Rubens Saraceni em sua Obra, que são hoje mais de 60 livros publicados.

7 Tronos de Deus

“Os princípios da Verdade são Sete; aquele que os conhece perfeitamente, possui a Chave
Mágica com a qual todas as Portas do Templo podem ser abertas completamente.”

Hermes Trismegisto – O Caibalion

Temos a seguir uma relação de sete mistérios do mistério maior. Poderíamos ter colocado
muitos outros, mas acreditamos que com a combinação desses chegamos a todos os
outros.

Sendo partes do Todo, esses mistérios são qualidades puras de divindades, e da sua
combinação temos partes das partes, mistérios dos mistérios, Tronos intermediários, o que
se costuma chamar “Divindades localizadas”, tão importantes quanto as outras.

Assim, numa tentativa de localizar as Divindades, de cima para baixo, vamos identificá-las
por suas qualidades, portanto inominadas, para a partir daí identificarmos os Orixás e as
demais Divindades que correspondem com as qualidades dEstes, já humanizados sob uma
cultura que Os reconhece.

Vamos mostrá-Los de forma polarizada manifestando-se em masculino e feminino; logo,


teremos 14 Tronos Maiores ou Divindades Puras em suas qualidades.

Sete Mistérios
Sete Tronos Puros = Quatorze Tronos Polarizados

Temos Sete Mistérios (Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração), Sete
Tronos indiferenciados (Trono da Fé, Trono do Amor, Trono do Conhecimento, Trono da
Justiça, Trono da Lei, Trono da Evolução e Trono da Geração) , que formam a Coroa
Divina, o Setenário Sagrado. Estes Tronos indiferenciados se polarizam, ou seja cada um
deles se desdobra em Trono Masculino e Feminino (Passivo e Ativo), gerando agora
quatorze Tronos polarizados (Trono masculino e feminino da Fé, Trono masculino e
feminino do Amor, Trono masculino e feminino do Conhecimento, Trono masculino e
feminino da Justiça, Trono masculino e feminino da Lei, Trono masculino e feminino da
Evolução e Trono masculino e feminino da Geração).

Podemos dizer que são tronos que se completam na mesma qualidade, pois na fé onde um
é masculino outro é feminino, um é passivo e outro ativo, um irradia a fé outro absorve, um
é positivo outro é negativo, etc…

Isso torna simples a explicação, pois o Trono do Amor é parte de Deus como manifestação
da sua qualidade Amor. Amor é parte de Deus e é a Divindade do Amor por inteiro.
Quando o Trono feminino irradia Amor, o masculino absorve o que fecha um círculo de
energia atuante em que nada é estático.

Vamos defini-los como Orixás de Umbanda puros nos ​mistérios e humanizados como
Divindades do panteão umbandista, que trazem seus nomes da mitologia Yorubá, africana,
sua primeira humanização. Assim, citando as Divindades de outras mitologias que
manifestam o mesmo mistério..
Fonte: Umbanda eu curto

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