Você está na página 1de 9

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE


GERÊNCIA DE SAÚDE DO SERVIDOR MUNICIPAL
EQUIPE DE PERÍCIA TÉCNICA

LAUDO 037/2018 – EQUIPE DE OFTALMOLOGIA – HPS


SMS

LAUDO PERICIAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE n.º 037/2018


1. IDENTIFICAÇÃO

ÓRGÃO: SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

SETOR: EQUIPE DE OFTALMOLOGIA – HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO

ENDEREÇO: Largo Teodoro Herzl, s/n. º

SERVIDOR ENTREVISTADO:
Diversos

TÉCNICO QUE REALIZOU A PERÍCIA:


Suzy Maria Possapp Rocha – Médica do Trabalho
Márcia Stroeher Sost – Técnica de Segurança do Trabalho

DATA DA PERÍCIA: Novembro de 2018.


2. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO

2.1. INTRODUÇÃO

O presente laudo tem como objetivo a análise das atividades dos Médicos
Oftalmologistas da Equipe de Oftalmologia do Hospital de Pronto Socorro de Porto
Alegre – HPS, especialmente nos aspectos relacionados com atividades e
operações insalubres e perigosas. A legislação considerada é a Lei Municipal n.º
6309/88 regulamentada pela Ordem de Serviço n.º 019/94, da PMPA, a qual
referencia a Lei Federal 6514/77, as Normas Regulamentadoras números 15 e 16 da
Portaria 3214/78 e a Portaria 518/03 – Radiações Ionizantes ou Substâncias
Radioativas.

2.2. DESCRIÇÃO DOS AMBIENTES DE TRABALHO

Os Médicos da Equipe de Oftalmologia realizam suas atividades na Sala de


Oftalmologia do Setor de Emergência, nas salas Amarela e Vermelha do Setor de
Emergência e realizam avaliação de pacientes, procedimentos, evolução e
prescrição de pacientes nas Enfermarias e UTI's.
Sala de Especialidades – Oftalmologia com área de 20m², mobiliada e equipada
com mesa, cadeira e microcomputador, cadeira de atendimento de pacientes, foco
clínico ajustável fixado no teto, pia com torneira, carrinho com gavetas e rodízios
para armazenar material para atendimento, mesas auxiliares e biomicroscópio.
Sala Amarela: localizada no pavimento térreo, possui sala de admissão com área
de 60 m², pé direito de 3,00 m, mobiliada e equipada com quatro leitos, com
monitores multiparâmetro, saídas de O2 (oxigênio medicinal) e ar comprimido, foco
clínico ajustável fixado no teto, materiais para atendimento e imobilização e
medicamentos em geral; sala de internação com área de 100 m², mobiliada e
equipada com dez leitos, três leitos de sutura, com monitores multiparâmetro, saídas
de O2 e ar comprimido, foco clínico ajustável fixado no teto, material para
atendimento e medicamentos em geral; sala de isolamento com área de 12 m²,
saída de O2, foco clínico ajustável fixado no teto, sanitário, exaustor, depósito de
materiais (rouparia), posto de enfermagem e serviços; sala de observação com
área de 40 m², mobiliada e equipada com leitos, saídas de O² e ar comprimido, foco
clínico ajustável fixado no teto e medicamentos em geral e sala de expurgo.
Sala Vermelha: localizada no pavimento térreo, possui sala de atendimento com
área de 100 m², mobiliada e equipada com três leitos de pacientes estabilizados e
dois leitos de pacientes instáveis, com monitores multiparâmetro, saídas de O2 e ar
comprimido, foco clínico ajustável fixado no teto, porta com chumbo que é utilizada
como barreira durante a utilização de equipamento Raio-X, material para
atendimento, medicamentos em geral; sala de isolamento com área de 16 m²,
saída de O2 e foco clínico ajustável fixado no teto; corredor interno com
equipamento de Raio x, barreira móvel de proteção para Raio-X, sala de expurgo,
sala de preparo de materiais, rouparia, sala da enfermagem, sala de material e

2
depósito de materiais.
Enfermaria do 3º pavimento: localizada no 3º pavimento do prédio principal, com
pé direito de 2,60 m², piso em lajota, paredes de alvenaria com pintura, e teto com
rebaixo em gesso, ventilação e iluminação naturais por janelas, ar-condicionado e
lâmpadas fluorescentes, possui uma ala direita com aproximadamente 70 m²
mobiliada e equipada com macas, saídas de oxigênio medicinal, de ar comprimido e
de vácuo, bombas de infusão, armários, cadeiras, suportes para soro e mesa auxiliar
metálica, a sala de estar dos enfermeiros com 10 m²; sala de custódia separada
equipada com três macas/leitos com laterais metálicas onde os pacientes
custodiados ficam algemados; sala de preparo de medicamentos com 9 m²,
mobiliada com armário e balcão com pia e torneira e sala de prescrição médica
com 15 m², mobiliada e equipada com balcões, cadeiras, computadores,
minigeladeira, negatoscópio e impressora a laser. A ala esquerda com aproximada
mente 110 m² possui área de internação com macas/leitos, mobiliada e equipada
com balcões, pia e torneira em aço inox, mesa auxiliar, hamper, bombas de infusão,
cilindro de oxigênio, monitores cardíacos, saídas de oxigênio medicinal, de ar
comprimido e de aspirador, suportes para soro, oxímetro e desfibrilador. Sala de
isolamento com área de 14 m² e características construtivas semelhantes às
demais alas do setor, mobiliada com mesa auxiliar, cadeira, duas macas/leitos,
suportes para soro, saída de oxigênio medicinal, de ar comprimido e saída de
aspirador; sala de estar dos funcionários com 15 m²; sanitário dos funcionários
e pacientes e sala de materiais e expurgo.
UTI de Trauma Adulto funcionando em dois andares:
Unidade de Tratamento Intensivo Trauma Adulto do Terceiro Andar – Área 1
Localizada no 3º pavimento do prédio principal, com área aproximada de 240 m², pé
direito de 2,60 m², piso em lajota, paredes de alvenaria com pintura, e teto com
rebaixo em gesso, iluminação natural, ar-condicionado central e lâmpadas
fluorescentes, compreende sala de estar dos médicos; vestiário dos médicos;
sanitário dos médicos; expurgo; sala de baixa mobiliada e equipada com dez
leitos, mesas auxiliares, prateleiras, armários, saídas de O2, saídas de vácuo, ar
comprimido, balcão, telefone, suporte para soro, negatoscópio, monitor cardíaco,
eletrocardiógrafo e bomba de infusão, barreira de proteção para Raio-X, sala de
isolamento com divisória e vidro, área de 20 m², um leito, balcão com pia e torneira
e armário; sanitários dos pacientes; secretaria administrativa e sala de
prescrição médica; sanitário dos funcionários; sala de material mobiliada e
equipada com prateleiras, caixas contendo soro, bombas de infusão, suporte para
soro e diversos cabos elétricos; sala de preparo de medicação; sala de chefia de
enfermagem; área restrita dos funcionários; vestiário dos funcionários;
sanitário dos funcionários; sala de estar e copa dos funcionários.
Unidade de Tratamento Intensivo Trauma Adulto do Quarto Andar – Área 2.
Localizada no 4º pavimento do prédio principal com área aproximada de 200 m², pé
direito de 2,60 m², piso de placas vinílicas, paredes de alvenaria e teto com
rebaixamento em gesso, ventilação natural e artificial através de ar-condicionado
central e iluminação natural e artificial por lâmpadas fluorescentes. Possui corredor
interno equipado com extintores de incêndio C O2 4 kg (gás carbônico); sala de
estar dos funcionários; sanitários masculino, feminino e vestiário dos
funcionários; copa; sala de expurgo; depósito de materiais; sala de estar dos

3
médicos; sala de estar da equipe de enfermagem; sanitários dos médicos; sala
de preparo de medicação; depósitos de materiais da UTI; área de prescrição
médica e área de baixa mobiliada e equipada com dez leitos , com saídas de O2, ar
comprimido, vácuo e monitores cardíacos, monitores multiparâmetro, respirador
artificial, suportes para soro, bombas de infusão, bombas de alimentação e barreira
de proteção para Raio-X.
UTI Pediátrica: localizada no 2º pavimento do prédio principal com pé direito de
2,60 m², piso vinílico, paredes de alvenaria e teto com rebaixo. Compreende sala
administrativa com 5 m²; sete boxes dos pacientes com 12 m² cada, paredes de
alvenaria com pintura, ½ parede com vidro e entrada do box aberta com fechamento
por cortina em tecido, ventilação e iluminação naturais com janelas basculantes,
aparelho condicionador de ar, lâmpadas fluorescentes e luz auxiliar tipo “foco
cirúrgico”, mobiliados e equipados com bancada de madeira com revestimento,
suportes para soro, cadeira para acompanhante, maca leito articulada em aço inox
com rodízios, uma bomba de infusão, um monitor multiparâmetro, saídas de
oxigênio, vácuo e ar comprimido, respiradores (são seis para toda a U.T.I.P.),
oxímetros (são dois para toda a U.T.I.P.) e suporte para soro preso ao teto; sala de
preparo de medicação; expurgo; sala de lavagem de material; copa; sala de
materiais e equipamentos; box (quarto/leito) de isolamento com 14 m²,
ventilação e iluminação naturais, aparelho condicionador de ar e lâmpadas
fluorescentes e incandescentes, mobiliada e equipada pia em aço inox, bancada,
suportes para soro, cadeira, maca/leito, bomba de infusão, monitor multiparâmetro,
saídas de O2, vácuo e de ar comprimido, respirador, oxímetro e suporte para soro
preso ao teto; sanitário; sala de estar dos enfermeiros e auxiliares/técnicos de
enfermagem; sala de estar dos médicos e sala de espera.
Centro de Estudos: localizado no 2º pavimento do HPS com área de 80 m², piso
vinílico, paredes de alvenaria, forro com rebaixo em gesso, aparelho condicionador
de ar, iluminação natural e artificial, mobiliado e equipado com mesas, cadeiras,
poltronas, microcomputador e televisor, copa com fogão, geladeira e pia.

3. ANÁLISE QUALITATIVA

3.1. DA FUNÇÃO DO TRABALHADOR

Os Médicos Oftalmologistas trabalham em equipes de dois especialistas por plantão.


Atividade de Chefe da Equipe de Oftalmologia: coordenar técnica e
administrativamente a Equipe de Oftalmologia e realizar atividade assistencial.
Atividade de Médico Oftalmologista: na Sala de Oftalmologia, atender os pacientes
com patologias oftalmológicas de diversas etiologias (corpos estranhos,
sangramentos, conjuntivites, traumas e outros), realizar anamnese, exame do
paciente e procedimentos necessários.
Nas Salas Amarela e Vermelha, avaliar pacientes vítimas de trauma e realizar
procedimentos, quando necessário.

4
Nas Enfermarias e UTI's, avaliar os pacientes quando solicitado, prescrever
pacientes com patologias oftalmológicas, incluindo pacientes em leitos de
isolamento, orientar o pessoal da enfermagem e orientar os pacientes após a alta.

3.2. DOS POSSÍVEIS RISCOS OCUPACIONAIS


Atividade de Chefe da Equipe de Oftalmologia: o servidor está exposto a riscos
biológicos pelo contato permanente com pacientes em estabelecimentos destinados
aos cuidados da saúde humana e pelo contato intermitente com pacientes em leito
de isolamento.
Atividade de Médico Oftalmologista: os servidores estão expostos a riscos biológicos
pelo contato permanente com pacientes em estabelecimentos destinados aos
cuidados da saúde humana e pelo contato intermitente com pacientes em leito de
isolamento.

3.3. DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO AO RISCO


Atividade de Chefe da Equipe de Oftalmologia: o servidor está exposto a riscos
biológicos pelo contato com pacientes em estabelecimentos destinados aos
cuidados da saúde humana de forma permanente e pelo contato com pacientes em
isolamento de forma intermitente.
Atividade de Médico Oftalmologista: os servidores estão expostos a riscos biológicos
pelo contato com pacientes em estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
humana de forma permanente e pelo contato com pacientes em isolamento de forma
intermitente.

4. EPI

Para realização dos serviços são disponibilizados, sem critério técnico equipamentos
de proteção individual como luvas, máscara e óculos de proteção.
A utilização dos equipamentos depende da iniciativa dos servidores, visto que não
existe um programa de informação e acompanhamento.

5
5. CONCLUSÃO

5.1. FUNDAMENTO LEGAL

No âmbito da Legislação Municipal, a Lei 6309/88 – Plano de Carreira dos


Funcionários da Administração Centralizada em seus artigos 60 e 62, apresenta o
texto legal que concede os adicionais de insalubridade e periculosidade aos
servidores expostos a agentes nocivos a saúde e atividades perigosas.
As condições para definição de insalubridade nos locais de trabalho ou atividades
dos trabalhadores estão regulamentadas através da Ordem de Serviço n.º 19, de
20/05/1994, na Legislação Federal, aprovadas pela Portaria nº. 3214, de 08.06.1978,
que considera como insalubres as atividades ou operações que se desenvolvem
acima dos limites de tolerância, no que se refere ao ruído (contínuo, intermitente ou
de impacto), calor, radiações ionizantes, agentes químicos e poeiras minerais; as
atividades de trabalho sob condições hiperbáricas, envolvendo agentes químicos e
agentes biológicos. Considera ainda as atividades que, através de inspeção no local
de trabalho, verifique o estabelecido em lei no que se refere às radiações não
ionizantes, vibração, frio e umidade. O exercício de trabalho em condições
insalubres assegura ao trabalhador a percepção de adicional de acordo com a
classificação de grau máximo (40%), médio (20%) ou mínimo (10%).
As situações a que se refere à legislação quanto aos riscos químicos, físicos ou
biológicos são as seguintes:

Anexo 1: L.T. Ruído Contínuo ou Intermitente Anexo 8: Vibração;


Anexo 2: L. Tolerância para Ruído de Impacto Anexo 9: Frio;
Anexo 3: L. Tolerância para Exp. ao Calor Anexo 10: Umidade;
Anexo 4: Rev pela Portaria 3.751 de 23.11.90; Anexo 11: Agentes Químicos (aval quantitativa)
Anexo 5: Radiações Ionizantes Anexo 12: L. Tolerância para Poeiras Minerais
Anexo 6: Trabalho sob Cond. Hiperbáricas; Anexo 13: Agentes Químicos;
Anexo 7: Radiações Não-Ionizantes Anexo 14: Agentes Biológicos

De acordo com a NR 16, conforme legislação vigente, as hipóteses para


enquadramento de periculosidade aos trabalhadores em geral são:

Anexo 1: Atividades e Operações Perigosas Anexo 4: Atividades e Operações Perigosas com


com Explosivos Energia Elétrica
Anexo 2: Atividades e Operações Perigosas Anexo 5: Atividades e Operações Perigosas em
com Inflamáveis Motocicletas
Anexo 3: Atividades e Operações Perigosas Portaria 518/2003: Radiações ionizantes ou
com Exposição a Roubos ou Outras Espécies substâncias Radioativas
de Violência Física nas Atividades Profissionais
de Segurança Pessoal ou Patrimonial

6
Nesses casos é obrigatório o pagamento de adicional de periculosidade no valor de
30% do salário básico.

5.2. FUNDAMENTO CIENTÍFICO

AGENTES BIOLÓGICOS
Os trabalhadores da área da saúde, pessoas que recebem treinamento para
atendimento de emergências extra-hospitalares e funcionários de laboratórios de
pesquisa estão sujeitos à exposição a agentes biológicos infecciosos.
Considera-se como sendo agentes biológicos animais, plantas e outros seres vivos
(bactérias, fungos, protozoários etc.) que potencialmente podem causar doenças ou
lesões, em graus variados, aos seres humanos ou a outros organismos. Os agentes
biológicos são também denominados patógenos.
Para a avaliação de risco dos agentes biológicos consideram-se alguns critérios,
entre os quais se destacam:
Virulência – é a capacidade patogênica de um agente biológico, medida pela
mortalidade que ele produz e/ou por seu poder de invadir tecidos do hospedeiro. A
virulência pode ser avaliada por meio dos coeficientes de letalidade e de gravidade.
Modo de transmissão – é o percurso feito pelo agente biológico a partir da fonte de
exposição até o hospedeiro.
Estabilidade – é a capacidade de manutenção do potencial infeccioso de um agente
biológico no meio ambiente. Deve ser considerada a capacidade de manutenção do
potencial infeccioso em condições ambientais adversas como a exposição à luz, à
radiação ultravioleta, às temperaturas, à umidade relativa e aos agentes químicos.
Concentração e volume – a concentração está relacionada à quantidade de
agentes patogênicos por unidade de volume. Assim, quanto maior a concentração,
maior o risco.
Origem do agente biológico potencialmente patogênico – deve ser considerada
a origem do hospedeiro do agente biológico (humano ou animal) como também a
localização geográfica (áreas endêmicas) e a natureza do vetor.
Fatores referentes ao trabalhador – deve ser considerado o estado de saúde do
indivíduo, assim como, idade, sexo, fatores genéticos, susceptibilidade individual,
estado imunológico, exposição prévia, hábitos de higiene pessoal e uso de
equipamentos de proteção individual. Cabe ressaltar a necessidade dos
profissionais possuírem experiência e qualificação para o desenvolvimento das
atividades.
Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são
distribuídos em classes de risco assim definidas:
• Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): inclui os agentes
biológicos conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos

7
sadios.
• Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo
potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é
limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes.
• Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade):
inclui os agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via
respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais,
para as quais existem usualmente medidas de tratamento e/ou de prevenção.
Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo
se propagar de pessoa a pessoa.
• Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes
biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de
transmissão desconhecida. Até o momento não há nenhuma medida profilática ou
terapêutica eficaz contra infecções ocasionadas por estes.
As principais vias envolvidas num processo de contaminação biológica são a via
cutânea ou percutânea, a via respiratória, a via conjuntiva e a via oral.
De maneira geral, as medidas de segurança para os riscos biológicos envolvem:
 Conhecimento das Normas de Biossegurança;
 A formação e informação das pessoas envolvidas, principalmente no que se
refere à maneira como essa contaminação pode ocorrer, o que implica no
conhecimento amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha;
 O respeito das Regras Gerais de Segurança
 A realização das medidas de proteção individual;
 Uso de avental, luvas descartáveis, máscara e óculos de proteção (para evitar
aerossóis ou projeções nos olhos) e demais Equipamentos de Proteção Individual
necessários;
 A utilização de procedimentos adequados nos processos de atendimento e
assistência a enfermos, material utilizado sem aproveitamentos ou arranjos, e a
utilização de todas as ferramentas da Segurança Laboral para alcançar esses
propósitos.

6. BIBLIOGRAFIA

– Segurança e Medicina do Trabalho, Manuais de Legislação Atlas; 78ª Edição, São


Paulo, Editora Atlas S.A. 2017, Lei 6514/77 e Portaria 3214/78.

8
7. CONCLUSÃO FINAL

Atividade de Chefe da Equipe de Oftalmologia: ao servidor desempenhando as


atividades referentes a esta função é devido o adicional de insalubridade em grau
médio – 20 %, pela exposição a agentes biológicos, contato permanente com
pacientes e material infecto contagiante em serviços de emergência e ao adicional
de insalubridade em grau máximo – 40%, pela exposição a agentes biológicos pelo
cuidado com pacientes em leitos de isolamento, de acordo com o anexo n° 14 da NR
15 da Portaria nº. 3214/78.
Atividade de Médico Oftalmologista: aos servidores desempenhando as atividades
referentes a esta função é devido o adicional de insalubridade em grau médio – 20
%, pela exposição a agentes biológicos, contato permanente com pacientes e
material infecto contagiante em serviços de emergência e ao adicional de
insalubridade em grau máximo – 40%, pela exposição a agentes biológicos pelo
cuidado com pacientes em leitos de isolamento, de acordo com o anexo n° 14 da NR
15 da Portaria nº. 3214/78.

Porto Alegre, 12 de novembro de 2018.

_______________________ _________________________
Márcia Stroeher Sost Suzy Maria Possapp Rocha
Técnica de Segurança do Trabalho Médica do Trabalho
Matrícula 47955.2 Matrícula 47907.2 - CRM 13693
EPT/GSSM/SMS EPT/GSSM/SMS

Você também pode gostar