1

1 Título: Atividade física e desenvolvimento motor: efeito de um programa de intervenção baseado

2 na escola e na família durante a infância.
3 Pesquisador responsável: Prof. Dr. Alessandro Hervaldo Nicolai Ré.
4 Instituição: Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo
5 (EACH/USP).
6
7 RESUMO
8 Diversas pesquisas indicam efeito positivo de programas de intervenção voltados à prática de
9 atividade física (AF) e desenvolvimento motor na infância. Porém, é limitado o conhecimento do
10 efeito de diferentes intervenções aplicadas em diferentes contextos socioculturais, sendo
11 necessárias pesquisas na realidade específica de determinada população. Considerando a realidade
12 de Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) da zona leste da cidade de São Paulo, este
13 projeto tem como objetivo realizar um programa de intervenção com a comunidade escolar
14 (professores, crianças e famílias) e avaliar sua efetividade em indicadores de AF, competência
15 motora e aptidão física das crianças, assim como verificar as associações longitudinais entre essas
16 variáveis. Quatro EMEIs serão selecionadas para a pesquisa. A intervenção visa disponibilizar
17 materiais adequados à prática de AF dentro da EMEI (bolas, colchões, raquetes etc) e ministrar
18 programas de formação em serviço e informação, respectivamente para professores e responsáveis
19 pelas crianças, focados na AF e desenvolvimento motor na infância e na importância da escola e
20 da família. Em seguida, essa intervenção visa que as(os) professoras(es) ministrem, durante todo
21 o ano letivo, no mínimo 4h semanais de atividades na área de corpo e movimento, em conjunto ao
22 apoio familiar à prática adequada de AF. Para verificar a efetividade dessa proposta e as
23 associações longitudinais entre as variáveis, 540 pré-escolares (3 a 5 anos de idade) serão
24 selecionados aleatoriamente para a coleta de dados que incluirá medidas iniciais (baseline) e de
25 acompanhamento anual (follow-up) em indicadores de AF, competência motora e aptidão física,
26 com ajustes do efeito de variáveis sociodemográficas e do ambiente familiar.
27
 2

INTRODUÇÃO
Os índices reduzidos de atividade física (AF) são atualmente um grave problema de saúde
pública mundial. Fatores como a violência urbana, o acesso às tecnologias e a diminuição da oferta
de espaço público têm diminuído as oportunidades de prática de AF e levado crianças e
adolescentes a adotarem um comportamento sedentário durante grande parte do dia,
particularmente em opções de lazer que envolvem atividades de tela (tablets, smartphones,
computadores, videogames, televisão). Ao mesmo tempo, pesquisas recentes realizadas com
crianças têm reportado um declínio na competência motora (i.e., competência na execução de
habilidades motoras, com organização e controle de movimentos compatíveis à idade) e na
resistência cardiorrespiratória, ambas associadas à diminuição dos índices de AF e aumento do
comportamento sedentário. Crianças com baixa competência motora e resistência
cardiorrespiratória tendem a evitar a prática de AF e adotar atividades de tela como opção de lazer,
o que restringe ainda mais o desenvolvimento motor e pode gerar um ciclo comportamental
negativo, aumentando a probabilidade de inatividade física e o surgimento de doenças crônicas
como diabetes, hipertensão e obesidade, além de potenciais prejuízos ao desenvolvimento
psicossocial.
Esse conjunto de dados justifica a relevância de desenvolver programas efetivos de
intervenção, principalmente durante a infância, uma vez que essa fase é caracterizada por um
rápido desenvolvimento do sistema nervoso central e elevada suscetibilidade às experiências
ambientais. Estudos de revisão e meta-análise indicam, de modo geral, efeito positivo de
programas de intervenção na prática de AF e desenvolvimento motor (competência motora e
aptidão física relacionada à saúde), particularmente de intervenções que utilizaram programas
estruturados ministrados por professores qualificados, com envolvimento da família e duração de
pelo menos um ano. Porém, o efeito da intervenção e a viabilidade de aplicação em políticas
públicas são dependentes do contexto social, econômico e cultural onde as crianças estão inseridas,
ou seja, a realidade local é um fator moderador do efeito de programas de intervenção que deve
ser considerado tanto na pesquisa como na formulação de políticas públicas. É importante que os
dados científicos tenham possibilidades reais de aplicação em políticas públicas voltadas a
determinado segmento populacional.
Assim, além de preencher uma lacuna no conhecimento científico, a intervenção proposta
neste projeto leva em conta a realidade das Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs) na
zona leste da cidade de São Paulo. A dependência de um profissional de educação física sem
vínculo formal com a escola para ministrar o programa de intervenção, mesmo que efetiva, atinge
um número relativamente reduzido de crianças e é pouco provável que seja mantida ao longo dos
 3

anos. Diante dessa realidade, além da oferta de materiais adequados, este projeto visa oferecer à
equipe pedagógica das EMEIs um curso de capacitação na área de educação física, de modo
conjunto ao fornecimento de informações aos familiares. Com isso, é esperado um efeito positivo
na prática de AF e desenvolvimento motor das crianças e, se confirmada essa hipótese, é
relativamente simples a aplicação imediata da pesquisa em políticas públicas integradas à realidade
atual das pré-escolas, beneficiando um grande número de crianças e sendo mantida ao longo dos
anos.

RESULTADOS ESPERADOS
Com a execução desse projeto espera-se proporcionar um ambiente adequado de
aprendizagem e desenvolvimento para as crianças e, ao mesmo tempo, aumentar a compreensão
do possível efeito de programas de intervenção realizados com a comunidade escolar. Como
hipótese inicial, espera-se que as informações às famílias e o fornecimento de materiais adequados
e a capacitação da equipe pedagógica das EMEIs para posterior intervenção com as crianças tenha
efeito positivo na aquisição de habilidades motoras fundamentais e favoreça a promoção da AF,
competência motora e aptidão física relacionada à saúde, além de benefícios no desenvolvimento
sócio-cognitivo.
Além da relevância para o conhecimento científico, a presente proposta tem alta viabilidade
de aplicação em larga escala, beneficiando grandes populações. Se confirmada a hipótese inicial,
a próxima meta será buscar parcerias com as secretárias de educação e empresas do setor privado
visando o fornecimento de materiais para as escolas. Assim, espera-se que os resultados deste
projeto contribuam com o avanço do conhecimento científico, tendo aplicação imediata na
formulação de políticas públicas, particularmente em contextos de maior vulnerabilidade social.

SÍNTESE DA PROPOSTA
A proposta central deste projeto será disponibilizar materiais adequados à prática de AF
dentro da EMEI (bolas, colchões etc) e ministrar programas de capacitação e informação,
respectivamente para professores e responsáveis pelas crianças, focados na AF e desenvolvimento
motor na infância e na importância da escola e da família. Em seguida, essa intervenção visa que
os professores ministrem, durante todo o ano letivo, no mínimo 4h semanais de atividades
propostas na capacitação, em conjunto ao apoio familiar à prática adequada de AF. A efetividade
dessa proposta será avaliada por meio de medidas da prática de AF, comportamento sedentário,
competência motora e aptidão física relacionada à saúde de pré-escolares (follow-up study).
 4

Procedimentos
Todas as escolas que aceitarem o convite para participar do estudo terão acesso ao
programa de intervenção. A coleta de dados (detalhes na sequência do texto) será realizada em
cerca de 25 a 70% das crianças, a depender do número de crianças efetivamente matriculadas nas
escolas participantes, por exemplo, se o total de crianças nas 4 escolas participantes for igual a
1000, a coleta de dados será realizada em 54% das crianças matriculadas em cada uma das classes
das escolas participantes (N=540), com proporção de participação equilibrada entre os sexos e
faixas etárias
Todos os participantes serão acompanhados durante um período de cinco anos; no primeiro
ano, serão realizadas a) as medidas de baseline (Fev - Mar), b) a aplicação de um programa de
capacitação em AF e desenvolvimento motor junto à equipe pedagógica das EMEIs em conjunto
com informações às famílias (Fev-Mar), c) o início do programa de intervenção com as crianças
ministrado por professores das EMEIs (março em diante) e d) a primeira medida de follow-up (Out
- Dez). No segundo ano, com exceção das medidas de baseline, está prevista uma nova execução
das atividades realizadas no ano anterior, contemplando inclusive o ingresso de novos
professores/crianças/famílias. A partir do terceiro ano, haverá repetição da coleta de dados (follow-
up), sempre na mesma época (Out - Dez) (conforme cronograma descrito na sequência do texto).
Serão mensurados a prática de AF (acelerômetros e questionários) e indicadores de
desenvolvimento motor por meio de medidas da competência motora (TGMD-2 e KTK) e aptidão
física relacionada à saúde (Índice de Massa Corporal, força de membros inferiores, agilidade e
resistência cardiorrespiratória), além de questionários/entrevistas visando obter informações
sociodemográficas acerca das condições de habitação e nível socioeconômico da família.

COLETA DE DADOS
Os responsáveis legais pelas crianças deverão assinar um termo de consentimento
permitindo que as crianças realizem os testes. A participação da criança ocorrerá de forma
voluntária e, se desejar, a criança pode abandonar as avaliações a qualquer momento.

Mensuração da prática de Atividade Física (AF)

A quantidade e intensidade da prática de AF será mensurada utilizando-se acelerômetros
wGT3X (ActiGraph, Pensacola, FL, USA) e o software Actilife versão 6 para download e análise
dos dados. Cada criança será monitorado durante sete dias (terça-feira a segunda-feira). Os
pais/responsáveis receberão uma planilha com informações sobre o funcionamento do aparelho e
a necessidade de manutenção dos hábitos normais da criança, que deverá usar o monitor na altura
 5

do quadril, preso por um cinto na região lombar, e deverá retirá-lo somente para dormir e tomar
banho. Ligações telefônicas e/ou mensagens de texto (WhatsApp) serão utilizadas para alertar
sobre a necessidade de uso constante dos acelerômetros e responder eventuais dúvidas dos pais.
Na escola, será conferido o “diário de classe” junto às professoras, para verificar a
presença/ausência das crianças.

Testes indicadores de Competência Motora (CM)

Como indicadores de CM serão utilizadas as baterias de testes denominadas Test of Gross
Motor Development – Second Edition (TGMD-2) e Körperkoordination Test Für Kinder (KTK).
Ambas as baterias são válidas e fidedignas e têm sido utilizadas em diversos estudos para a avaliar
a CM em crianças de diferentes nacionalidades. O TGMD-2 consiste na análise de doze tarefas
comumente realizadas por crianças, das quais seis envolvem habilidades de locomoção (correr,
saltar com um pé, saltar horizontalmente, saltar um pequeno obstáculo, deslizar lateralmente e
galopar) e seis são de controle de objetos (rebater, receber, quicar, arremessar por cima do ombro,
rolar a bola rente ao chão e chutar). A bateria de testes de coordenação corporal (KTK) envolve
tarefas de equilíbrio sobre a trave, saltos com um só pé, saltos laterais e transposição do corpo.

Testes indicadores de aptidão física relacionada à saúde

Os indicadores de aptidão física mensurados serão o Índice de Massa Corporal [IMC:
massa corporal (kg) /estatura (m)2], força de membros inferiores (salto horizontal), agilidade
(corrida com mudança de direção, 4x10m) e resistência cardiorrespiratória (corrida de vai-e-vem
de 20m).

Indicadores sociodemográficos
Um questionário sociodemográfico será utilizado para coletar informações referentes ao
sexo, idade e código de endereçamento postal (CEP) da residência. Adicionalmente, será utilizado
o questionário da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa denominado “Critério Brasil
2015 e atualização da distribuição de classes para 2020”. Esse instrumento tem a função de estimar
o poder de compra das famílias que residem em ambiente urbano e estabelece divisão em classes
sociais. Para tanto, considera as características da residência (p.e., número de cômodos), a posse
de bens materiais (p.e., veículos, computadores), o grau de escolaridade dos responsáveis pela
família e as condições de saneamento (p.e., água encanada). Após o preenchimento desses itens,
observa-se a correspondência entre faixas de pontuação do instrumento e os estratos de
classificação econômica, que são definidos em A, B1, B2, C1, C2, D-E. Além disso, também serão
 6

acrescentadas informações relativas ao período gestacional (p.e., acompanhamento pré-natal), tipo

de parto, número e ordem de nascimento dos filhos, idade e estado civil dos responsáveis,
moradores da residência (p.e., pais, avós, tios), percepção da segurança pública e tipo de lazer
disponível e utilizado pela criança.

Programa de intervenção
O programa de intervenção será ministrado nos anos letivos de 2022 e 2023, com a
participação de todas as escolas e famílias que aceitarem participar da pesquisa. A intervenção
consiste no fornecimento de materiais para as EMEIs em conjunto com um programa de formação
em serviço para a equipe pedagógica e fornecimento de informações às famílias, seguido pelo
início do programa de intervenção com as crianças, ministrado por professoras(es) das EMEIs.
Toda a equipe pedagógica (direção, coordenação e professores) será convida a participar
de um programa de formação em serviço na área de educação física, composto por três aulas de
2h de duração, obrigatoriamente ministradas por profissional com pós-doutorado na área em que
se situa o projeto. O programa de capacitação visa fornecer informações sobre a importância da
prática de AF e do desenvolvimento motor para a saúde das crianças, é fundamentado em
avaliações prévias realizadas com crianças em situação de vulnerabilidade social e tem o foco
voltado ao entendimento de lacunas no conhecimento científico de modo integrado à realidade
sociocultural presente em escolas públicas brasileiras. Durante o programa de capacitação, serão
apresentadas e discutidas estratégias adequadas às aulas de educação física para a faixa etária
proposta, ancoradas em metodologias ativas centradas nas características da criança e tendo o
professor como facilitador e mediador do processo de aprendizagem. O estilo de aula a ser adotado
com as crianças visa à aprendizagem de habilidades motoras fundamentais em ambiente que
permita a valorização e exploração de experiências anteriores, colocando a criança em situação de
protagonismo e valorizando o esforço individual e coletivo, favorecendo também o
desenvolvimento da criatividade, autonomia e interação social.
Dentro dessa proposta pedagógica, serão discutidos e organizados os espaços e materiais
para que as crianças executem uma ampla gama de habilidades motoras de locomoção e
estabilização (dançar, correr, saltar, equilibrar-se etc) e controle de objetos (chutar, driblar,
arremessar etc), utilizando materiais como cordas, bolas, aros, cones, raquetes, colchões etc.
Destaca-se que os materiais solicitados neste projeto serão particularmente importantes para o
desenvolvimento de habilidades de controle de objetos e estabilização; esse enfoque é
fundamentado nos indicadores acentuados de atraso no desenvolvimento dessas habilidades
obtidos com essa população e também em pesquisas prévias que indicam que as habilidades de
 7

controle de objetos e estabilização na infância são preditores significantes da prática de AF e

aptidão física na adolescência. A proposta inicial é que os professores que participaram da
capacitação ministrem um programa de AF às crianças em quatro dias da semana (1h/dia) e
permitam que as crianças fiquem livres para utilizar os espaços/materiais durante pelo menos 1 dia
da semana (1h), em todo o ano letivo. Importante destacar que as atividades ministradas pelas
professoras das EMEIs podem variar em função da motivação das crianças e do tempo e dinâmica
escolar; essa adaptação à realidade escolar é um aspecto relevante desse projeto e visa a viabilidade
de aplicação do método proposto em políticas públicas voltadas à saúde na infância.
Em relação às famílias, os responsáveis pelas crianças (p.e., pais, tios, avós etc) serão
convidados a participar de duas palestras com 1h de duração, ministradas pelo mesmo profissional
responsável pelo programa de formação nas escolas. Nessas palestras serão fornecidas
informações relativas à importância da AF para o desenvolvimento saudável das crianças e
também fornecidos exemplos de atividades físicas para serem realizadas com as crianças no
contexto familiar, de modo similar às atividades realizadas na escola. Também serão abordados a
importância da promoção de opções de lazer ativos na infância e a limitação do uso de atividades
de tela (tablets, smartphones, computadores, videogames, televisão) que favoreçam o
comportamento sedentário.
Durante o projeto, será adotado um rigoroso controle das atividades propostas nas escolas
e nível de participação e frequência das crianças. Portanto, a parceria e comprometimento de toda
a equipe pedagógica das EMEIs é um aspecto absolutamente necessário para o benefício das
crianças.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DOS BOLSISITAS

Discentes bolsistas do PUB participarão de todas as etapas do projeto, principalmente reuniões
semanais do Grupo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde de Crianças e Adolescentes
(GPAFSCA) para domínio, aplicação e discussão da coleta de dados e produção acadêmica. Na
Tabela 1, as atividades a serem desenvolvidas foram divididas em etapas de trabalho para o
planejamento e execução do projeto.
 8

Tabela 1 - Cronograma inicial de execução das atividades

Set

Out

Nov

Dez

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago
Meta*
1 x x x x x x
2 x x x x
3 x x
4 x x x
5 Baseline Follow-up
6 x x x x
7 x
8 x x
9 x
* 1 - Revisão de literatura e capacitação para participação no projeto; 2 – Familiarização com materiais e
organização logística da pesquisa; 3 - Intervenção (capacitação nas EMEIs); 4 - Intervenção (palestras às
famílias); 5- Coleta de dados; 6 - Intervenção (atividades com as crianças); 7 - Tratamento e análise dos
dados; 8 - Redação e submissão de artigo(s) científico(s) (dados do projeto); 9 - Relatório prestação de
contas.

OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA O PROCESSO DE AVALIAÇÃO

A presente proposta está inserida no projeto denominado “Atividade física e

desenvolvimento motor: efeito de um programa de intervenção baseado na escola e na família

durante a infância”, que conta com auxílio à pesquisa regular FAPESP (2021/03385-7). A

concessão de bolsas favorecerá a nucleação de grupo de pesquisa com consequente fortalecimento

da integração entre ensino, pesquisa e extensão e formação de recursos humanos, com ênfase no

avanço do conhecimento científico (dados longitudinais).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa). 2019. Critério Brasil 2015 e atualização
da distribuição de classes para 2020. Disponível em: <abep.org/criterio-brasil> [27 mar 21].
Adank, A. M., Van Kann, D.H., Hoeboer, J.A., de Vries, S.I., Kremers, S.P., Vos, S.B.
Investigating motor competence in association with sedentary behavior and physical activity in 7-
to 11-year-old children. International Journal of Environmental Research and Public Health, 15,
2470, 2018.
Alves, H.P.F. Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise
sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e
ambientais. Revista Brasileira de Estudos de População, 23, 1, 43-59, 2006.
 9

Barnett, L. M., Beurden, E.V., Morgan, P.J., Brooks, L.O., Beard, J.R. Does childhood motor skill
proficiency predict adolescent fitness? Medicine and Science in Sports and Exercise, 40, 12, 2137-
2144, 2008.
Barnett, L. M., Beurden, E.V., Morgan, P.J., Brooks, L.O., Beard, J.R. Childhood motor skill
proficiency as a predictor of adolescent physical activity. Journal of Adolescent Health, 44, 252-
259, 2009.
Bibiloni, M. D., Pich, J., Córdova, A., Pons, A., Tur, J.A. Association between sedentary behaviour
and socioeconomic factors, diet and lifestyle among the Balearic Islands adolescents. BMC Public
Health, 12, 718, 2012.
Brian, A., Pennell, A., Taunton, S., Starrett, A., Howard-Shaughnessy, C., Goodway, J. D., …
Stodden, D. Motor competence levels and developmental delay in early childhood: a multicenter
cross-sectional study conducted in the USA. Sports Medicine, 2019.
Bull, F. C., Al-Ansari, S. S., Biddle, S., Borodulin, K., Buman, M. P., Cardon, G., … Willumsen,
J. F. World Health Organization 2020 guidelines on physical activity and sedentary behaviour.
British Journal of Sports Medicine, 54, 1451-1462, 2020.
CEM-CEBRAP/SAS-PMSP. Mapa da vulnerabilidade social da população da cidade de São
Paulo. São Paulo: SESC-SP, 2004.
Censo Escolar, 2020. Crianças matriculadas em EMEIs dos distritos de Ermelino Matarazzo e
Cangaíba. Disponível em <qedu.org.br> [23 março 2021].
Cooper, A.R., Goodman, A., Page, A. S., Sherar, L. B., Esliger, D. W., van Sluijs, E. M., ...
Ekelund, U. Objectively measured physical activity and sedentary time in youth: the International
children’s accelerometry database (ICAD). International Journal of Behavioral Nutrition and
Physical Activity, 12, 1, 113, 2015.
Deaton, A., Cartwright, N. Understanding and misunderstanding randomized controlled trials.
Social Science & Medicine, 210, 2-21, 2018.
Drenowatz, C. Association of motor competence and physical activity in children – does the
environment matter? Journal of Physical Education and Sport, 21, Suppl 1, 514 – 519, 2021.
EBCT. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Estrutura do CEP. 2021. Disponível em
<correios.com.br/> [25 março 2021]
Ekelund, U., Brage, S., Froberg, K., Harro, M., Anderssen, S. A., Sardinha, L. B., … Andersen,
L. B. TV viewing and physical activity are independently associated with metabolic risk in
children: the european youth heart study. PLoS Medicine, 3, 12, e488, 2006.
Evenson, K.R., Catellier, D.J., Gill, K., Ondrak, K.S., McMurray, R. Calibration of two objective
measures of physical activity for children. Journal of Sports Sciences, 26, 14, 1557-1565, 2008.
 10

Florindo, A.A., Romero A., Peres, S.V., Silva, M.V., Slater, B. Desenvolvimento e validação de
um questionário de avaliação da atividade física para adolescentes. Revista de Saúde Pública, 40,
802-809, 2006.
Fransen, J., Deprez, D., Pion, J., Tallir, I.B., D'Hondt, E., Vaeyens, R., Lenoir, M., Philippaerts,
R.M. Changes in physical fitness and sports participation among children with different levels of
motor competence: a 2-year longitudinal study. Pediatric Exercise Science, 26, 1, 11-21, 2014.
Fühner, T., Kliegl, R., Arntz, F., Kriemler, S., Granacher, U. An update on secular trends in
physical fitness of children and adolescents from 1972 to 2015: a systematic review. Sports
Medicine, 51, 2, 303-320, 2020.
Gabbard, C., Caçola, P., Rodrigues, L.P. A New inventory for assessing affordances in the home
environment for motor development (AHEMD-SR). Early Childhood Education Journal, 36, 5-9,
2008.
Hardy, L. L., Ding, D., Peralta, L. R., Mihrshahi, S., Merom, D. Association between sitting,
screen time, fitness domains, and fundamental motor skills in children aged 5-16 years: cross-
sectional population study. Journal of Physical Activity and Health, 15, 12, 933-940, 2018.
Henrique, R. S., Ré, A.H.N., Stodden, D.F., Fransen, J., Cattuzzo, M.T. Association between
sports participation, motor competence and weight status: a longitudinal study. Journal of Science
and Medicine in Sport, 19, 10, 825-829, 2016.
Hernandez, A. E., Li, P. Age of Acquisition: Its Neural and Computational Mechanisms.
Psychological Bulletin, 133, 4, 638-650, 2007.
Hesketh, K. R., O’Malley, C., Paes, V.M., Moore, H., Summerbell, C., Ong, K.K., Lakshman, R.,
van Sluijs, E.M.F. Determinants of change in physical activity in children 0–6 years of age: a
systematic review of quantitative literature. Sports Medicine, 47, 7, 1349-1374, 2016
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010. Censo Demográfico 2010. Disponível
em <sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2010/inicial > [23 março 2021].
Kelsey, J.L., Whittemore, A.S., Evans, A.S., Thompson, W.D. Methods in observational
epidemiology. New York: Oxford University Press, 1996.
Kiphard, E.J., Schilling, F. Körperkoordinationstest für Kinder [Body Coordination Test for
Children]. Manual. Weinheim, Germany: Beltz Test GmbH, 1974.
Knudsen, E. I. Sensitive periods in the development of the brain and behavior. Journal of Cognitive
Neuroscience 16, 8, 1412-1425, 2004.
Kohl, H. W., Craig, C.L., Lambert, E.V., Inoue, S., Alkandari, J.R., Leetongin, G., Kahlmeier, S.
The pandemic of physical inactivity: Global action for public health. Lancet, 380, 294-305, 2012.
 11

Lai, S.K., Costigan, S.A., Morgan, P.J., Lubans, D.R., Stodden, D.F., Salmon, J., Barnett, L.M.
Do School-Based interventions focusing on physical activity, fitness, or fundamental movement
skill competency produce a sustained impact in these outcomes in children and adolescents? A
systematic review of follow-up studies. Sports Medicine, 44, 67-79, 2014.
Leger, L. A., Mercier, D., Gadoury, C., Lambert, J. The multistage 20 metre shuttle run test for
aerobic fitness. Journal of Sports Sciences, 6, 93 - 101, 1988.
Leu, C. H., Chen, K.M., Chen, H.H. A multidimensional approach to child poverty in Taiwan.
Children and Youth Services Review, 66, 35-44, 2016.
Lin, L.Y., Cherng, R.J., Chen, Y.J., Chen, Y.J., Yang, H.M. Effects of television exposure on
developmental skills among young children. Infant Behavior and Development, 38, 20-26, 2015.
Mak, T. C. T., Chan, D.K.C., Capio, C.M. Strategies for teachers to promote physical activity in
early childhood education settings - a scoping review. International Journal of Environmental
Research and Public Health, 18(3), art. no. 867, pp. 1-14., 2021.
Mark, A. E., Janssen, I. Relationship between screen time and metabolic syndrome in adolescents.
Journal of Public Health, 30, 2, 153-160, 2008.
Morgan, P.J., Barnett, L.M., Cliff D.P., Okely, A.D, Scott, H.A., Cohen, K.E., Lubans, D.R.
Fundamental movement skill interventions in youth: a systematic review and meta-analysis.
Pediatrics, 132, 5, e1361–e1383, 2013.
Palmer, K. K., Chinn, K.M., Robinson, L.E. Using Achievement Goal Theory in Motor Skill
Instruction: A Systematic Review. Sports Medicine, 47, 12, 2569-2583, 2017.
Parrish, A. M., Chong, K. H., Moriarty, A. L., Batterham, M., Ridgers, N. D. Interventions to
change school recess activity levels in children and adolescents: a systematic review and meta-
analysis. Sports Medicine, 50, 12, 2145-2173, 2020.
Pate, R.R., Mitchell, J.A., Byun, W., Dowda, M. Sedentary behaviour in youth. British Journal of
Sports Medicine, 45, 11, 906–913, 2011.
Rafaelli, M., Koller, S. H., Cerqueria-Santos, E., Morais, N. A. Developmental risks and
psychosocial adjustment among low-income Brazilian youth. Development and Psychopathology,
19, 565-584, 2007.
Ré, A. H. N., Cattuzzo, M.T., Henrique, R.S., Stodden, D. Physical characteristics that predict
involvement with the ball in recreational youth soccer. Journal of Sports Sciences, 34, 18, 1716-
1722, 2016.
Ré, A. H. N., Logan, S., Cattuzzo, M.T., Henrique, R.D.S., Tudela, M.C., Stodden, D.F.
Comparison of motor competence levels on two assessments across childhood. Journal of Sports
Sciences, 36, 1, 1-6, 2018a.
 12

Ré, A. H. N., Tudela, M.C., Monteiro, C.B.M., Antonio, B.A., Silva, M.M.L.M., Campos, C.M.C.,
Santos, G., Cattuzzo, M.T. Motor competence of schoolchildren from public education in São
Paulo city, Brazil. Revista da Educação Física (Journal of Physical Education), 29, e2955, 2018b.
Ré, A. H. N., Feitoza, A., Monteiro, C.B.M., Silva, E., Tudela, M., Cattuzzo, M. Medidas diretas
de atividade física em crianças e cumprimento das recomendações da Organização Mundial de
Saúde. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 33, 1, 49-59, 2019.
RÉ, A. H. N., Okely, A.D., Logan, S.W., Silva, M.M.L, Cattuzzo, M.T., Stodden, D.F.
Relationship between meeting physical activity guidelines and motor competence among low-
income school youth. Journal of Science and Medicine in Sport, 23, 6, 591-595, 2020.
Riethmuller, A.M., Jones, R.A., Okely, A.D. Efficacy of interventions to improve motor
development in young children: a systematic review. Pediatrics, 124, 4, e782–e792, 2009.
Robinson, L.E., Webster, E.K., Logan, S.W., Lucas, W.A., Barber, L.T. Teaching practices that
promote motor skills in early childhood settings. Early Childhood Education Journal, 40, 2, 79-
86, 2012.
Rodriguez, A.M., Cadenas-Sánchez, C., Estévez-López, F., Muñoz, N. E., Mora-Gonzalez, J.,
Migueles, J. H., … Esteban-Cornejo, I. Role of physical activity and sedentary behavior in the
mental health of preschoolers, children and adolescents: a systematic review and meta-analysis.
Sports Medicine, 49, 9, 1383-1410, 2019.
Rudd, J. R., Barnett, L.M., Butson, M.L., Farrow, D., Berry, J., Polman, R.C. Fundamental
movement skills are more than run, throw and catch: the role of stability skills. PloS One, 10, 10,
e0140224, 2015.
Rudd, J., Butson, M. L., Barnett, L., Farrow, D., Berry, J., Borkoles, E., Polman, R. A holistic
measurement model of movement competency in children. Journal of Sports Sciences, 34, 5, 477-
485, 2016.
Salmon, J., Dunstan, D., Owen, N. Should we be concerned about children spending extended
periods of time in sedentary pursuits even among the highly active? International Journal of
Pediatric Obesity, 3, 2, 66-68, 2008.
Sanchez, C.C., Martinez-Tellez, B., Sanchez-Delgado, G., Mora-Gonzalez, J., Castro-Piñero, J.,
Löf, M., … Ortega, F. B. Assessing physical fitness in preschool children: feasibility, reliability
and practical recommendations for the PREFIT battery. Journal of Science and Medicine in Sport,
19, 910-915, 2016.
Sanders, S. W. Ativo para a vida: programas de movimento adequados ao desenvolvimento da
criança. Porto Alegre, Artmed, 2005.
 13

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, 2021. Diretoria de Ensino – Leste 1. Disponível
em <educacao.sp.gov.br/central-de-atendimento/index_diretoria.asp> [22 março 2021].
Secretaria Municipal de Habitação. Habitação. 2018. Disponível em <mapa.habitasampa.inf.br>
[24 março 2021]
Silva, M. M. L., Cattuzzo, M.T., Monteiro, C.B., Tudela M., Ré A.H.N. Physical activity and
motor competence during childhood Revista da Educação Física (Journal of Physical Education),
30, e3065, 2019.
Stodden, D. F., Goodway, J.D., Langendorfer, S.J., Roberton, M.A., Rudisill, M.E., Garcia, C.,
Garcia, L.E. A developmental perspective on the role of motor skill competence in physical
activity: An emergent relationship. Quest, 60, 2, 290-306, 2008.
Subprefeitura Ermelino Matarazzo, 2000. Estimativas de população e domicílios. Disponível em
<prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/urbanismo/infocidade/htmls/9_estimativas_de_p
opulacao_e_domicilios_em_2000_324.html> [22 março 2021].
Tompsett, C., Sanders, R., Taylor, C., Cobley, S. Pedagogical approaches to and effects of
fundamental movement skill interventions on health outcomes: a systematic review. Sports
Medicine, 47, 9, 1795-1819, 2017.
Trost, S. G., Loprinzi, P.D., Moore, R., Pfeiffer, K.A. Comparison of accelerometer cut points for
predicting activity intensity in youth. Medicine and Science in Sports and Exercise, 43, 7, 1360-
1368, 2011.
Ulrich, D.A. Test of gross motor development. 2nd ed. Austin: Pro-Ed, 2000.
Valentini, N. C., Clark, J.E., Whitall, J. Developmental co-ordination disorder in socially
disadvantaged Brazilian children. Child: Care, Health and Development, 41, 6, 970–979, 2015.
Van Capelle, A., Broderick, C. R., van Doorn, N., Ward, R., & Parmenter, B. J. Interventions to
improve fundamental motor skills in pre-school aged children: a systematic review and meta-
analysis. Journal of Science and Medicine in Sport, 20, 7, 658–666, 2017.
Van Sluijs, E. M., Skidmore, P.M., Mwanza, K., Jones, A.P., Callaghan, A.M., Ekelund, U.,
Harrison F., Harvey I., Panter J., Wareham N.J., Cassidy A., Griffin, S.J. Physical activity and
dietary behaviour in a population-based sample of British 10-year old children: the SPEEDY
study. BMC Public Health, 8, 1, 388, 2008.
Verbeke, G., & Molenberghs, G. Linear mixed models for longitudinal data. New York: Springer,
2000.
Webster, E. K., Martin, C. K., Staiano, A. E. Fundamental motor skills, screen-time, and physical
activity in preschoolers. Journal of Sport and Health Science, 8, 2, 114-121, 2019.
 14

Wick, K., Leeger, A.C. S., Monn, N. D., Radtke, T., Ott, L. V., Rebholz, C. E., … Kriemler, S.
Interventions to promote fundamental movement skills in childcare and kindergarten: a systematic
review and meta-analysis. Sports Medicine, 47, 10, 2045-2068, 2017.