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Instituto de Ensino e Gestão Educacional-IESGE

Trilhas de Futuro - Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais- SEE/MG


Curso Técnico em Controle Ambiental
iesgesan84@gmail.com (33) 3421-2160

INSTITUTO DE ENSINO E GESTÃO EDUCACIONAL-IESGE

CURSO TÉCNICO EM CONTROLE AMBIENTAL

Gerenciamento de Efluentes

Peterson Pinto Silva

GUANHÃES-MG
2023

IESGE – Rua das Palmeiras, 73 – Colina Verde - Guanhães – MG - Fone: (33) 3421-2160
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Peterson Pinto Silva

Gerenciamento de Efluentes

Revisão bibliográfica para elaboração de um manual


sobre Etapas para Tratamento dos Efluentes Líquidos,
como Conclusão do Curso Técnico em Controle
Ambiental, do IESGE –Instituto de Ensino e Gestão
Educacional- Guanhães/MG.

Orientador (a): Paulo Ricardo de Souza

GUANHÃES-MG
2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO................................

2. OBJETIVOS. . . ..............................................................................................
2.1 GERAL. . . ................................................................................................

3. DESENVOLVIMENTO.. . ............................................................................
3.1 Águas naturais, residuárias e de abastecimento.
3.2 Qualidade da água.
3.3 Poluição da água.
3.4 Formas de DBO, nitrogênio e fosforo em aguas naturais e residuárias.
3.5 Níveis e processos de tratamento de aguas residuárias.
3.6 Grade e peneira.
3.7 Micro biologia aplicada ao tratamento de águas residuárias.
3.8 Hidráulica de reatores aplicada ao tratamento de águas residuárias.
3.9 Caixa de areia, desarenador.
3.10 Lagoas de estabilização.
3.11 Medidores de vasão, calhas parshall.
3.12 Tanques de equalização e mistura.
3.13 Reatores Anaeróbios.
3.14 Lodos ativados, reatores aeróbios.
3.15 Decantador primário, teoria da sedimentação.
3.16 Wetlands construídas.
3.17 Coagulação e floculação.
3.18 Gerenciamento de lodos de estação de tratamento de águas residuária.
3.19
3.20

4. CONCLUSÃO ...............................................................................................

5. REFERÊNCIAS ............................................................................................

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1. INTRODUÇÃO

O mundo passou nos últimos três séculos por uma grande fase de industrialização e
modernização dos processos produtivos e por consequência, elevando a geração de resíduos e
efluentes. Além disso, o crescimento populacional e dos grandes centros urbanos também
contribuem para a geração de mais e mais efluentes de origem doméstica.
O aumento da poluição nos recursos hídricos cresce diariamente. Os mananciais são
utilizados como um depósito de lixo, os resíduos industriais e os esgotos residenciais, na sua
maioria sem qualquer tratamento, são lançados para descarte.
A natureza não é capaz de providenciar o destino de tanta poluição produzida pela
humanidade. O lixo produzido nas indústrias e residências é lançado na natureza trazendo
elevados custos para a sociedade. São geradores de grandes desastres ecológicos que poderiam
ser evitados com tratamento, buscando obter assim um ambiente ecologicamente equilibrado.
Atualmente existem muitas pesquisas e trabalhos científicos que auxiliam no tratamento dos
efluentes, recuperando parcialmente ou totalmente um efluente contaminado. Apesar de
existirem muitos trabalhos desenvolvidos, e leis ambientais que alertam e proíbe à poluição, a
falta de fiscalização e de punições exemplares contribui para a elevação do descarte irregular
desses efluentes.

2. OBJETIVOS

 Verificar os diferentes métodos de gerenciamento desses resíduos, mostrando os problemas e


soluções vivenciados durante o tratamento desses efluentes líquidos.

 Avaliar a eficiência de cada processo por meio de analises, considerar sua viabilidade para
implantação em relação a custos gerados e manutenção dos processos.

 Identificar as consequências geradas ao meio ambiente.

2.1 Objetivo Geral

O Tratamento de Efluentes tem como principal objetivo diminuir o teor poluente desses
produtos líquidos para que estes possam ser descartados novamente na natureza
corretamente ou para reutilizá-los de alguma forma. Todo esse procedimento é realizado nas
Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), que através de uma série de procedimentos
físicos, biológicos ou químicos vai acelerar a redução dos poluentes.

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3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Águas Naturais, Residuárias e de Abastecimento

Águas Naturais: Dentre as formas de classificação da água, destaca-se o grau de salinidade,


sendo reconhecidos três tipos distintos: água doce, salgada e salobra. Águas naturais são
aquelas encontradas em seu ambiente natural, como em rios, mares, mangues, lagos e outros
ambientes em natura.
Águas Residuárias: Águas residuais, vulgarmente denominadas de esgoto e águas servidas, é o
termo usado para as águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características
naturais alteradas. Conforme o uso predominante comercial, industrial ou doméstico, essas
águas apresentarão características diferentes.
Águas de Abastecimento: Água de abastecimento é a água tratada adequada para o consumo
humano e animal, que passa por algum tipo de estação de tratamento, onde são feitos vários
processos para eliminação de possíveis agentes de contaminação, como poluentes,
microrganismos, impurezas.

3.2 Qualidade da Água

A água contém, geralmente, diversos componentes, os quais provêm do próprio ambiente


natural ou foram introduzidos a partir de atividades humanas.
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Para caracterizar uma água, são determinados diversos parâmetros, os quais representam as
suas características físicas, químicas e biológicas. Esses parâmetros são indicadores da
qualidade da água e constituem impurezas quando alcançam valores superiores aos
estabelecidos para determinado uso.
Os principais indicadores de qualidade da água são discutidos a seguir, separados sob os
aspectos físicos, químicos e biológicos.
Parâmetros físicos

Temperatura
A medida de intensidade de calor da água é um fator muito importante para medir sua
qualidade. A temperatura influencia diretamente nas propriedades do líquido, como a
densidade, viscosidade e oxigênio dissolvido.

Sabor e Odor
Para a água ser considerada potável ela deve ser inodora, ou seja, sem sabor e nem odor.
Estes fatores podem ocorrer por causas naturais, como a presença de algas, bactérias ou
fungos, assim como artificiais, por conta de esgotos domésticos e industriais.

Cor
Quando ocorre a presença de cor na água, significa que há substâncias, como o ferro e
manganês, em solução. A decomposição de matérias orgânicas em água, como a de vegetais
também pode dar coloração ao líquido.
Para a água ser considerada com uma coloração potável, ela deve possuir uma intensidade
de cor inferior a 5 unidades.
Outros fatores físicos também podem ser usados para medir a qualidade da água, como a
turbidez, capacidade de conduzir eletricidade e a presença de diferentes sólidos no líquido.

Parâmetros Químicos

PH
O Potencial hidrogeniônico (Ph) é uma das principais métricas de qualidade da água. Ele
representa o equilíbrio entre íons H+ e íons OH, podendo variar de 7 a 14 em suas medidas.
Esse parâmetro depende da origem e características naturais da água, podendo ser
influenciado por introdução de corpos estranhos.
O Ph da água é considerado ácido quando seu valor for inferior a 7, tendo ações corrosivas;
neutro quando for igual a 7, sendo considerado ideal; e alcalino quando superior a esse valor,
podendo formar incrustações nas tubulações, por exemplo.
A vida aquática é dependente do Ph, por exemplo, sendo ideal que este esteja entre 6 e 9 em
suas medidas.

Alcalinidade
A alcalinidade da água permite medir a capacidade da água de neutralizar ácidos. Uma alta
alcalinidade pode trazer um sabor desagradável à água, tendo influência direta no tratamento
do líquido. Os sais alcalinos que mais influenciam nesse parâmetro são o sódio e o cálcio.
A dureza da água, assim como elementos químicos como os cloretos, ferro, manganês,
fósforo, nitrogênio e muitos outros são importantes para medições da qualidade do líquido.

Parâmetros Biológicos
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Os parâmetros biológicos também são importantíssimos para medir a qualidade da água com
eficiência. Os principais parâmetros que devemos considerar são:

Coliformes
Os coliformes indicam a presença de microrganismos patogênicos na água. Um exemplo são
os coliformes fecais, presente nas fezes humanas. Quando presente no líquido analisado
significa que esse esteve em contato com esgotos domésticos.

Algas
As algas, mesmo sendo importantíssimas para o meio aquático, sendo as principais
responsáveis pela produção de oxigênio, podem ser inconvenientes ao se tratar da qualidade
da água.
Podem causar sabor e odor na água, assim como em sua decomposição, produzem redução
do oxigênio dissolvido. Além disso, produz um aspecto estético desagradável na água,
atrapalhando nos seus processos de tratamento.

3.3 Poluição da agua

A poluição da água é qualquer alteração das características físicas, químicas ou biológicas


que impactam negativamente na qualidade dos corpos hídricos. Tradicionalmente, a poluição
da água está relacionada à ação humana, e, por sua vez, gera graves prejuízos ao meio
ambiente e à saúde da população. A poluição da água é um dos principais impactos ambientais
registrados.
A poluição da água tem como causa notável a ação humana, que, por meio do
desenvolvimento de diferentes atividades produtivas. São exemplos de atividades que causam
a poluição da água:
 Atividades agropecuárias que utilizam agrotóxicos;
 Atividades mineradoras que exploram recursos hídricos;
 Atividades industriais que emitem poluentes líquidos e sólidos;
 Atividades domésticas que produzem poluentes líquidos e sólidos;
 Instalações humanas como cemitérios e aterros sanitários;
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 Ausência de estruturas de saneamento básico.

3.4 Formas de DBO, nitrogênio e fosforo em aguas naturais e residuárias

A demanda bioquímica de oxigênio (DBO) corresponde à quantidade de oxigênio


consumida por microrganismos presentes em certa amostra de efluente (como o esgoto
doméstico e o industrial). Como esses microrganismos realizam a decomposição da matéria
orgânica no meio aquático, saber a quantidade desse gás é uma forma efetiva de analisar o
nível de poluição existente nesse meio.
Os microrganismos (bactérias aeróbias, por exemplo) atuam como catalisadores de reações
de oxidação, nas quais os compostos orgânicos, juntamente ao gás oxigênio, são
transformados em novos compostos.
Em estações de tratamento de esgoto, a DBO é um parâmetro utilizado para verificar a
eficiência na decomposição de matéria orgânica, pois, se a DBO está elevada, quer dizer que a
matéria orgânica está sendo consumida. De acordo com a legislação, a DBO máxima no
esgoto deve ser de 60 mg/L.
Assim, de uma forma geral, a demanda bioquímica de oxigênio atua como um indicador de
poluição das águas. Quanto maior a quantidade de efluentes lançados em um curso de água,
maior será a quantidade de matéria orgânica, o que favorecerá um grande consumo de gás
oxigênio (O2) por parte dos microrganismos, elevando a DBO e prejudicando os seres vivos
aeróbios.
Isso porque, ao elevar a DBO, os seres vivos anaeróbios passam a realizar a reação de
oxidação dos compostos orgânicos, o que leva à produção de substâncias de odor
desagradável, como o ácido sulfídrico (H2S).

3.5 Níveis e processos de tratamento de aguas residuárias

Para que o líquido possa ser devolvido à natureza ou reaproveitado para fins menos nobres a
partir do reuso, a gestão adequada pode levar até quatro etapas, sendo elas o tratamento
preliminar, o tratamento primário, o tratamento secundário e por fim, o terciário avançado.

Tratamento Preliminar
O tratamento preliminar é pautado em remover apenas sólidos grosseiros, flutuantes e matéria
mineral sedimentável, seguindo os processos de:
- Gradeamento: nesse primeiro momento são retirados os sólidos em suspensão que ficam nos
efluentes, como detritos e outros objetos, por meio de grades colocadas em locais estratégicos
para reter o material que deve ser removido.
- Peneiramento: em sequência são utilizadas peneiras para remoção dos sólidos muito finos ou
fibrosos que não foram retidos na fase anterior.
- Desarenadores: etapa onde ocorre a remoção de misturas formadas por sólidos em líquidos.
Trata-se de uma técnica física de separação por sedimentação do material, que pode ser areia,
pedrisco, cascalho ou outros do tipo, os quais vão para o fundo do recipiente por conta da
diferença de densidade e da ação da gravidade. Enquanto a parte líquida permanece em cima,
os sólidos são acumulados na parte inferior, facilitando sua remoção.
- Separação de óleo: efluentes e águas contaminadas com óleos e graxas de áreas de
manutenção, lavagem de veículos ou máquinas em oficinas mecânicas, devem passar por esse
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processo de separação onde são utilizados dispositivos com a função de empregar métodos
físicos e atuar também por densidade, mas nesse caso fazendo com que o óleo flutue sobre a
água.

Tratamento Primário
No tratamento primário remove-se outros sólidos inorgânicos e a matéria orgânica em
suspensão. Nesse caso, a DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) também é removida
parcialmente e os sólidos suspensos são quase que completamente eliminados.
- Decantação primária ou simples: por meio de decantadores implantados em tanques, os
sólidos em suspensão de maior densidade contidos nos efluentes, sedimentam-se e depositam-
se ao fundo constituindo o lodo primário que posteriormente é removido para outro tipo de
tratamento.
- Flotação: essa é mais uma fase de separação de líquidos dos sólidos ainda restantes. No
entanto, a flotação acontece através de nuvens de microbolhas de ar que tem o objetivo de
arrastar as impurezas para a superfície, facilitando a remoção.
- Neutralização: aqui ocorre a regularização do pH dos resíduos ácidos e resíduos básicos (ou
alcalinos) quando houver necessidade. Se o resíduo apresentar pH entre 6 e 9 será
caracterizado como neutro, não sendo necessário modificações; porém se o percentual for
menor que 5 ou maior que 10, aplica-se essa fase de neutralização.
- Precipitação química: também não sendo necessária a todos os tipos de resíduos, a
precipitação costuma ser aplicada no tratamento de águas residuais que contenham altas
concentrações de metais ou sulfatos. Quando aplicado, o processo ocorre a partir de um
determinado produto químico reagindo com íons de metal pesado, formando um sólido
denominado “precipitado” que também é removido posteriormente.

Tratamento Secundário
O Tratamento Secundário consiste na intensificação do processo natural de biodegradação e
na retirada desses materiais biodegradáveis. As principais fases costumam ser:
- Processos de lodos ativados: como o nome já diz, esse é um processo biológico que consiste
na formação do lodo. Através de um tanque de aeração que tem por finalidade proporcionar
oxigênio aos microrganismos e evitar a deposição dos flocos bacterianos, também se mistura
homogeneamente o lodo e o efluente.
- Lagoas de estabilização: essa fase objetiva estabilizar a matéria orgânica pela oxidação
bacteriológica e/ou redução fotossintética das algas, proporcionando uma alta eficiência de
remoção de DBO e coliformes.
- Lagoas aeradas: essas são bem similares às lagoas de estabilização, tendo como principal
diferença o fato de que o oxigênio, ao invés de ser produzido por fotossíntese ou oxidação, é
fornecido por aeradores mecânicos.
- Filtros biológicos: os filtros são utilizados para remover a matéria orgânica do líquido onde o
processo ocorre através do crescimento microbiano na superfície do local sobre o qual o
esgoto é despejado e percolado a matéria até a parte mais baixa do filtro.

Tratamento Terciário
O Tratamento Terciário avançado é utilizado para obter um efluente de alta qualidade com a
remoção de outras substâncias contidas nas águas residuárias. Ou seja, nesta etapa remove-se
do material em solução tudo que não foi tratado nos tratamentos anteriores, como metais
pesados, compostos orgânicos, entre outras substâncias.
Podem fazer parte do tratamento terciário:
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- Osmose reversa: essa é uma alternativa que tem como finalidade remover as demais
impurezas da água por meio da retenção de moléculas. A presença de membranas
semipermeáveis garante que as partículas menores que foram perdidas em estágios anteriores
sejam retidas, especialmente os sólidos totais dissolvidos (TDS).
- Filtros de areia: assim como na osmose reversa, os filtros de areia também tem o objetivo de
reter os sólidos, no entanto, eles tem potencial para filtrar apenas sólidos em suspensão de 5
até 25 micra (unidade de medida microscópica).
- Remoção de nutrientes: Isso porque esses nutrientes tendem a consumir mais oxigênio do
corpo hídrico e podem tornar o ambiente impróprio para sobrevivência de peixes. Esse
nutriente pode ser removido através de algumas técnicas, sendo uma das principais a adsorção,
onde ocorre a transferência da água em fase líquida para um adsorvente sólido, como
materiais com alto teor de carbono (plantas, animais, resíduos de frutas, casca de arroz, algas e
outros) que absorvem esses nutrientes.
Deixando assim os resíduos de acordo com os parâmetros exigidos pelos órgãos ambientais
antes de serem devolvidos ao meio ambiente ou reaproveitados de outro modo.

3.6 Grade e peneira

Gradeamento é um processo preliminar utilizado em Estações de Tratamento de Esgotos,


Água e de Efluentes Industriais, com a finalidade de separar sólidos grosseiros presentes no
líquido, através de operação física de gradeamento, evitando entupimento de canos e
danificando bombas.
Gradeamento grosseiros: tem a função de separar resíduos sólidos grandes por grades com
espaçamentos entre cinco e dez centímetros, servindo de uma primeira filtragem para facilitar
a condução do esgoto por meio de bombas e tubulações.
Peneiramento: em sequência são utilizadas peneiras para remoção dos sólidos muito finos ou
fibrosos que não foram retidos na fase anterior.
Dependendo da natureza do resíduo, essa etapa pode substituir o sistema de gradeamento.
Ou seja, em casos onde o efluente possui sólidos pequenos, o gradeamento não se faz
necessário, podendo já iniciar o processo com o peneiramento.
O material retido na grade deve ser removido, tão rapidamente quanto possível, de modo a
evitar represamento do efluente no canal a montante, e consequente elevação do nível e
aumento da velocidade do líquido com arraste do material sólido.

3.7 Microbiologia aplicada ao tratamento de aguas residuárias


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Os principais processos biológicos empregados no tratamento de águas residuais são:


aeróbios, anóxicos, anaeróbios, facultativos e a combinação de processos aeróbios, anóxicos e
anaeróbios.
Os principais micro-organismos envolvidos nesses processos são as bactérias, os
protozoários, os fungos e as algas. Em cada processo, há diferenças quanto ao crescimento
biológico (suspenso ou aderido), quanto ao fluxo (contínuo ou intermitente) e quanto à
hidráulica (mistura completa, fluxo de pistão ou fluxo disperso)
Aeróbio: Processo que utiliza o oxigênio molecular como principal aceptor de elétrons na
oxidação de compostos orgânicos em compostos mais estáveis.
Anaeróbio: Processo que, na ausência de oxigênio molecular, promove a transformação de
compostos complexos em produtos simples como metano e gás carbônico.
Anóxico: Processo, que na ausência de oxigênio molecular, utiliza o nitrato como principal
aceptor de elétrons na remoção biológica de nitrogênio.
Facultativo: Processo biológico em que os micro-organismos podem funcionar na presença ou
ausência de oxigênio molecular.
Combinado: Processo biológico de tratamento formado pela combinação dos processos
aeróbios, anaeróbios ou anóxico agrupados em conjunto para atingir um objetivo de
tratamento específico.

3.8 Hidráulica de reatores aplicada ao tratamento de águas residuárias

Os reatores biológicos para tratamento de efluentes podem ser aeróbios ou anaeróbios em


função da ausência ou presença de oxigênio que determina os microrganismos. Ambos são
usados para redução de poluentes orgânicos (DBO), Nitrogênio (N) e Fósforo (P).
Reator aeróbio: Unidade hermética que concentra e proliferam bactérias anaeróbias, trazidos
pelos dejetos e onde ocorre a liquefação dos sólidos através de transformações bioquímicas,
responsáveis pela remoção de componentes poluentes do esgoto.
Reator Anaeróbio: Segundo BARÉA (2006), o funcionamento do reator UASB ocorre da
seguinte forma: o afluente é introduzido e distribuído pela sua base onde é mantido o manto
de lodo anaeróbio. Este afluente percola o manto e suas partículas finas suspensas são filtrados
e os componentes solúveis são absorvidos na biomassa.

3.9 Caixa de areia - Desarenador

Caixas de areia ou desarenador são unidades destinadas a reter areia e outros detritos minerais
inertes e pesados, que se encontram nas águas de esgotos (entulhos, seixos, partículas de
metal, carvão etc.). Esses materiais provêm de lavagens, enxurradas, infiltrações, águas
residuárias das indústrias, etc.
A caixa de areia retém os sólidos menores, que passaram pelo gradeamento. A caixa tem
velocidade baixa de fluxo, o que permite a deposição de areia e outras partículas no fundo,
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que é constantemente “raspado” e limpo.

3.10 Lagoas de Estabilização

As lagoas de estabilização são locais para tratamento de efluentes, por processos químicos e
biológicos, com o objetivo de reter a matéria orgânica e gerar água com qualidade para
retornar ao meio ambiente. São lagoas constituídas de forma simples onde os esgotos entram
em uma extremidade e saem na oposta.
A disponibilidade de nutrientes e da energia luminosa da radiação solar possibilita a
produção fotossintética de algas, e conseqüentemente, a produção do oxigênio necessário aos
organismos aeróbios dispersos no meio líquido e decompositores da matéria orgânica solúvel
e finamente particulada. A matéria orgânica particulada sedimenta-se no fundo da unidade e é
estabilizada anaerobiamente. A camada de lodo cresce muito lentamente, devida somente aos
sólidos sedimentados e não decompostos anaerobicamente; a remoção de lodo ocorre em
períodos da ordem de 20 anos. O processo requer grandes áreas superficiais para a exposição
ao sol, tornando-se somente aplicável para vazões não muito elevadas. As lagoas de
estabilização basicamente consistem em obras de terra de grande porte; o processo
praticamente não requer intervenção operacional.

3.11 Medidores de vasão – Calhas Parshall

Basicamente, o medidor de vazão Calha Parshall consiste numa seção convergente, numa
seção estrangulada “garganta” e uma seção divergente, dispostas em planta. O fundo da
unidade é em nível na seção convergente, em declive na “garganta” e em aclive na seção
divergente.
Trata-se de uma calha padronizada que é inserida em um canal aberto para acelerar
localmente o fluxo e medir o nível num local apropriado para representar a vazão. Nestas
calhas, o escoamento da água sofre uma contração, produzida pelas paredes laterais ou pela
elevação do fundo do canal, ou ambos.

3.12 Tanques de equalização e mistura

O tanque de equalização tem a função de manter a vazão contínua do fluxo de efluentes


industriais, sanitários e tratamento de água bruta. A agitação uniforme reduz a necessidade de
uso de produtos químicos para esses tratamentos.
Neste tipo de lagoa se introduz oxigênio no meio líquido através de um sistema mecanizado
de aeração. Os aeradores superficiais criam turbulências necessárias para o oxigênio contido
na atmosfera adentre ao meio líquido, garantindo, assim, oxigenação para os microrganismos
que estão na lagoa.
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3.13 Reatores Anaeróbios

Os reatores anaeróbios compartimentados (RAC) são unidades de tratamento de efluentes


que degradam a matéria orgânica através do metabolismo de microrganismos. Possuem
configuração simples, apresentando divisões internas que buscam aumentar o tempo de
detenção hidráulica. Assim, é possível o maior contato entre a biomassa e o efluente. Estes
reatores são promissores no tratamento de águas residuárias, devido a grande eficiência na
remoção de matéria orgânica e sólidos em suspensão. Além disso, apresentam baixo custo de
implantação e simplicidade de operação
Os reatores anaeróbios compartimentados são amplamente utilizados para o tratamento de
águas residuárias com altas frações de sólidos suspensos orgânicos. Um exemplo é o
tratamento de efluentes da produção agropecuária.
Devido a configuração dos reatores anaeróbios compartimentados, as águas residuárias
atravessam regiões com elevada concentração de microrganismos ativos. Estes
microrganismos se formam no fundo dos reatores, uma vez que os compartimentos
proporcionam a movimentação do esgoto de modo descendente e ascendente.
No processo de tratamento, é possível separar algumas fases da digestão anaeróbia, como a
fase acidogênica e metanogênica. Esta característica do reator permite que diferentes
populações predominem diferentes compartimentos. As bactérias acidificantes irão
predominar no primeiro compartimento, enquanto as metanogênicas irão predominar as seções
seguintes. Desta forma, a formação de metano é favorecida termodinamicamente.

3.14 Lodos ativados – Reatores aeróbios

O processo é constituído de duas unidades: o tanque de aeração e o decantador secundário.


No tanque de aeração ocorre a decomposição aeróbia do substrato orgânico solúvel e a
formação de flocos biológicos para posterior sedimentação no decantador secundário. A
elevada concentração de biomassa no tanque de aeração é mantida através da recirculação dos
sólidos sedimentados no decantador secundário, possibilitando a maior permanência da
biomassa no sistema e a garantia de uma elevada eficiência na remoção da matéria orgânica.
Parcela dos sólidos sedimentados e não recirculados é removida do processo, o que
caracteriza a produção excedente de lodo (lodo secundário). Da mesma forma que o lodo
primário, o lodo secundário deve ser espessado, estabilizado e desidratado. O tanque de
aeração é dotado de dispositivos de aeração (ar difuso ou aeradores superficiais) para o
fornecimento do oxigênio necessário ao processo de estabilização biológica aeróbia. O
decantador secundário apresenta configuração similar ao decantador primário.

3.15 Decantador primário – Teoria da sedimentação

O tratamento primário dos esgotos objetiva principalmente remover sólidos em suspensão


sedimentáveis e sólidos flutuantes. Após o tratamento preliminar, os sólidos em suspensão de
maior densidade contidos nos esgotos, sedimentam-se e depositam-se ao fundo do decantador,
constituindo o lodo primário.
Parcela dos sólidos em suspensão sedimentados é de natureza orgânica, o que
conseqüentemente resulta na redução da carga orgânica afluente ao tratamento secundário. Os
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tanques de decantação podem ser retangulares ou circulares. Os sólidos sedimentados no


fundo da unidade são continuamente raspados e direcionados ao poço de acúmulo de lodo. Na
fase sólida do tratamento, o lodo primário é ainda espessado, estabilizado e desidratado.
Graxas e óleos sobrenadantes são também continuamente raspados e removidos da
superfície do decantador. O efluente do decantador primário é coletado através de calhas
vertedoras na periferia dos decantadores circulares ou ao final dos decantadores retangulares.

3.16 Wetlands construídas

Na prática as wetlands promovem a proliferação de microrganismos que atuam na


degradação da matéria orgânica complexa por meio de sistemas químicos, físicos e biológicos.
As principais responsáveis pelo funcionamento desse sistema são as plantas aquáticas
macrófitas que, por sua vez, podem ser do tipo emergente ou flutuante. As últimas são usadas
em projetos com canais relativamente rasos nos quais a maior parte dos sólidos em suspensão
são removidos por sedimentação ou absorção no sistema radicular da planta. Já as emergentes
representam a forma dominante nas wetlands naturais com seu sistema radicular preso ao
sedimento.
Associadas a baixos custos, simplicidade de operação e manutenção, possibilidade de
interação paisagística, além de uma boa adequação aos climas tropicais, como o caso do
Brasil, as wetlands são vistas como ferramentais ideais. Vale ressaltar ainda que esses
sistemas não produzem maus odores, visto que, são tratamentos aeróbicos com taxas de
carregamento relativamente baixas, e também não fomentam a proliferação de mosquitos pois
não há lâmina de água aparente.

3.17 Coagulação e Floculação

Uma das etapas do processo de tratamento de água nas ETAs envolve a coagulação e a
floculação. Nessas águas que serão tratadas existem impurezas cujas partículas são coloidais,
isto é, possuem diâmetro médio entre 1 e 1000 nm. Por serem pequenas, elas não se
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sedimentam (não se depositam no fundo do recipiente) sob a ação da gravidade.


Por isso, é necessário acrescentar à água coagulantes químicos. Geralmente, aqui no Brasil,
o coagulante utilizado é o sulfato de alumínio (Al2(SO4)3). Mas há outros agentes químicos
que podem ser utilizados com essa mesma função, como os sais de ferro (III) ou ainda
polímeros orgânicos. Esses coagulantes são insolúveis na água e geram íons positivos
(cátions) que atraem as impurezas carregadas negativamente nas águas.
Assim, as partículas poluidoras desestabilizam-se e sofre uma aglutinação, o que facilita a
sua deposição ou aglomeração em flóculos. Podemos dizer então que a coagulação é um
processo químico usado para desestabilizar partículas coloidais."
Na parte seguinte e complementar, chamada de floculação, a água é agitada fortemente por
cerca de 30 segundos por um agitador mecânico, com a finalidade de aumentar a dispersão do
coagulante. Depois o sistema é agitado lentamente, permitindo o contato entre as partículas.
Esses flóculos formados são então encaminhados para outra etapa do tratamento, que é a
sedimentação e a decantação, onde eles depositam-se no fundo dos tanques e são coletados.
O processo coagulação/floculação é considerado um tipo de tratamento terciário de
efluentes, pois emprega técnicas físico-químicas para a remoção de poluentes específicos.
Infelizmente, essa é uma tecnologia de transferência do poluente da água para outro lugar,
pois eles são transformados em resíduos sólidos, mas a poluição não é destruída."

3.18 Gerenciamento de lodos de estações de tratamento de águas residuárias

A busca de soluções economicamente viáveis e ambientalmente vantajosas para o


tratamento e disposição final de lodos de ETAs continua sendo um desafio em vários países,
principalmente no Brasil, onde o assunto é mais recente. Esse lodo é considerado rico em
nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio e vários micronutrientes, mas oferece risco à saúde
humana se não for desinfetado corretamente.
A caracterização adequada do lodo é o passo inicial para poder avançar nesse sentido. As
legislações ambientais específicas devem ser analisadas para cada tipo de disposição final
desejada.
O processamento e a disposição final do lodo podem representar até 60% do custo
operacional de uma ETE. Geralmente para destinação final do lodo são utilizados os aterros
sanitários, no entanto, alguns estudos vislumbram sua aplicação como insumo agrícola,
fertilizante ou mesmo na construção civil.
A aplicação dos lodos na agricultura é a forma que pode ser considerada como a mais
adequada em termos técnicos, econômicos e ambientais, desde que convenientemente
aplicada, e a operação de secagem térmica proporciona ao material as características
necessárias para essa conveniência em termos de segurança e praticidade.
A tecnologia de secagem térmica adotada pressupôs a produção de biossólidos secos e
granulados, com teores de sólidos superiores a 90%, assegurando-se a eliminação de
organismos patogênicos de modo a possibilitar sua classificação como biossólido classe A.
Nem todo o lodo produzido poderá ser aplicado na agricultura, aqueles originados na ETEs
localizadas em áreas de maior concentração industrial, portanto com concentrações de metais
pesados acima dos limites serão destinados a aterro sanitário exclusivos.
Os custos envolvidos revelaram-se variáveis em função da intensidade do aproveitamento
dos biossólidos para uso agrícola, quanto maior seu aproveitamento, menor o custo médio
marginal da disposição dos lodos.

3.19 Destinação de águas residuárias tratadas

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A reutilização ou o reuso de água ou o uso de águas residuárias não é um conceito novo e


tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos.
Dessa forma, grandes volumes de água potável podem ser poupados pelo reuso quando se
utiliza água de qualidade inferior (geralmente efluentes pós-tratados) para atendimento das
finalidades que podem prescindir desse recurso dentro dos padrões de potabilidade.

A reutilização de água pode ser direta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não:
Reuso indireto não planejado da água: Ocorre quando a água, utilizada em alguma atividade
humana, é descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a jusante, em sua forma
diluída, de maneira não intencional e não controlada. Caminhando até o ponto de captação
para o novo usuário, a mesma está sujeita às ações naturais do ciclo hidrológico (diluição,
autodepuração).
Reuso indireto planejado da água: Ocorre quando os efluentes, depois de tratados, são
descarregados de forma planejada nos corpos de águas superficiais ou subterrâneas, para
serem utilizadas a jusante, de maneira controlada, no atendimento de algum uso benéfico.
Reuso direto planejado das águas: Ocorre quando os efluentes, após tratados, são
encaminhados diretamente de seu ponto de descarga até o local do reuso, não sendo
descarregados no meio ambiente. É o caso com maior ocorrência, destinando-se a uso em
indústria ou irrigação.
Aplicações da Água Reciclada
Irrigação paisagística: parques, cemitérios, campos de golfe, faixas de domínio de auto-
estradas, campus universitários, cinturões verdes, gramados residenciais.
Irrigação de campos para cultivos: plantio de forrageiras, plantas fibrosas e de grãos, plantas
alimentícias, viveiros de plantas ornamentais, proteção contra geadas.
Usos industriais: refrigeração, alimentação de caldeiras, água de processamento.
Recarga de aqüíferos: recarga de aqüíferos potáveis, controle de intrusão marinha, controle de
recalques de subsolo.
Usos urbanos não potáveis: irrigação paisagística, combate ao fogo, descarga de vasos
sanitários, sistemas de ar condicionado, lavagem de veículos, lavagem de ruas e pontos de
ônibus, etc.
Finalidades ambientais: aumento de vazão em cursos de água, aplicação em pântanos, terras
alagadas, indústrias de pesca.
Usos diversos: aqüicultura, construções, controle de poeira, dessedentação de animais.

3.20 Introdução ao saneamento ambiental

O saneamento ambiental é o conjunto de investimentos públicos em políticas de controle


ambiental. Por meio dele, busca-se solucionar problemas de infraestrutura nas cidades, com o
objetivo de melhorar a qualidade de vida da população.
Saneamento é a atividade relacionada ao abastecimento de água potável, o manejo de água
pluvial, a coleta e tratamento de esgoto, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e o
controle de pragas e qualquer tipo de agente patogênico, visando à saúde das comunidades.
Essas medidas desempenha um papel importante na prevenção e controle dessas doenças,
através de ações e políticas públicas, isso reduz a disseminação de patógenos e minimiza o
número de doenças relacionadas à falta de saneamento – impactando na saúde e bem-estar da
população.

3.21 Vazões de aguas residuárias


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É função precípua do tipo e porte da indústria, processo, grau de reciclagem, adoção de


práticas de conservação da água, existência de pré - tratamento etc.
Desta forma, mesmo no caso de duas indústrias que fabriquem essencialmente o mesmo
produto, as vazões de despejos podem ser bastante diferentes entre si. Sempre que possível,
deve-se proceder à medição da vazão efluente ao longo da jornada de trabalho, de modo a se
registrar o padrão de descarga e suas variabilidades.
Caso não se disponha de informações específicas da indústria, pode-se consultar a literatura
ou a legislação (CEMA 70 anexo 7).
Qind = Consumo de água por unidade x Unidade produzidas.

3.22 Sistemas de esgotamento sanitário

Um sistema de esgotamento sanitário pode ser entendido como conjunto de infraestruturas,


equipamentos e serviços, nesse caso, com o objetivo de coletar e tratar os esgotos domésticos
e com isso evitar a proliferação de doenças e a poluição de corpos hídricos após seu
lançamento na natureza.
Um sistema de tratamento é composto por: Rede coletora: sistema coletor do esgoto
presente em ruas e estabelecimentos. Ele é composto por coletores de esgoto e ligações
prediais. Interceptores e emissários: canalização que recebe o esgoto e o transporta.
TIPOS DE ESGOTO (Gerados nas cidades) podem ser:
Esgoto Doméstico.
Esgoto Pluvial.
Esgoto Industrial.

3.23 Rede coletora de esgoto sanitário

A rede coletora de esgoto é construída pelo emprego de um conjunto complexo de condutos


interligados por meio de singularidades chamadas poços de visita (PV). Esta rede é
implantada em ruas, avenidas e locais de servidão, captando o esgoto sanitário de residências
e indústrias.
De modo geral, os sistemas de esgotamento sanitário são compostos por: bacia de drenagem,
caixa de passagem, ligação predial, coletores, estação elevatória de esgoto, estação de
tratamento de esgotos, rede coletora, interceptor, entre outros.
A vazão doméstica de esgotos é calculada com base no consumo de água da respectiva
localidade. Tal, por sua vez, é calculada em função da população de projeto e de um valor
atribuído para o consumo médio diário de água por cada habitante, Quota Per Capita (QPC);

4. METODOLOGIA

Metodologia mostra o caminho a ser percorrido em uma investigação, ou seja, como


se responderá aos problemas estabelecidos. Deve estar de acordo com os objetivos
específicos, abrangendo a definição de como será feito o trabalho.

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5. CONCLUSÃO

6. REFERÊNCIAS

ALMEIDA, R. G., 2011, “Aspectos legais para a água de reúso”, VÉRTICES,


Campos dos Goytacazes/RJ

O Centro Experimental de Saneamento Ambiental da UFRJ (CESA/UFRJ)

CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo

Gestão de águas residuárias I Prof Dr Fábio Orssatto

Portal Tratamento de Água - O maior Portal de Informações para Abastecimento e Tratamento de Água, Tratamento
de Efluentes Domésticos e Industriais e Meio Ambiente

BASSIN, J.P., 2012, “Remoção Biológica de Nutrientes em Sistemas Compactos e Estudo da Diversidade
Microbiana por Técnicas de Biologia Molecular”, Tese de Doutorado, PEQ/UFRJ/COPPE, Rio de Janeiro.

BREGA FILHO, D. & MANCUSO, P. C. S., 2002. Conceito de Reuso de Água. In: Reuso de Água. São Paulo:
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.

ABNT. NBR 9896: glossário de poluição das águas - terminologia. Rio de Janeiro, 1993.

BATISTA, B. D. Fitoplâncton da região central do lago Paranoá, DF; uma abordagem ecológica e sanitária.
Dissertação de mestrado. Universidade Católica de Brasília. Brasília. 2011

AMORIM, R.F.C.; LEOPOLDO, P.R.; CONTE, M.L. (1997). Sistemas de tratamento de esgotos Domésticos
utilizando taboa. In: VI Congresso Brasileiro de Limnologia, Anais... São Carlos: CBL. 9 p.

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