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A SOMBRA E A QUIMERA
Escritos sobre Augusto dos Anjos
SUMÁRIO
2 Chico Viana
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O evangelho da podridão: culpa e melancolia em Augusto dos Anjos 3
Chico Viana
A SOMBRA E A QUIMERA
Escritos sobre Augusto dos Anjos
Edições do Autor
João Pessoa
2013
SUMÁRIO
4 Chico Viana
Diagramação
Magno Nicolau
Revisão
Chico Viana
94p.
CDU: 869.0
CDD: 813.3
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Sumário Interativo
NOTA DO AUTOR, 11
JOCOSIDADE E LUDISMO EM
AUGUSTO DOS ANJOS, 13
UMA BARCAROLA DE
AUGUSTO DOS ANJOS, 23
A ALEGORIA EM
AUGUSTO DOS ANJOS, 37
A ESTÉTICA DISSONANTE
DE AUGUSTO DOS ANJOS, 49
A “ILUSÓRIA MORBIDEZ”
DE AUGUSTO, 69
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NOTA DO AUTOR
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O evangelho da podridão: culpa e melancolia em Augusto dos Anjos 13
JOCOSIDADE E LUDISMO EM
AUGUSTO DOS ANJOS
Augusto dos Anjos notabilizou-se por tematizar a
morte e a melancolia, registrando em suas imagens, va-
zadas num vocabulário áspero e dissonante, o universo
da doença e da putrefação. Em nossa tese O evangelho da
podridão
(Viana, 1994), buscamos demonstrar que a morbi-
dez, a negação do erotismo e o anseio destrutivo, presen-
tes no poeta, não eram senão metáforas da culpa, ou seja,
da falta concebida enquanto transgressão primeira -- peca-
do original. A partir da vinculação, enfatizada pela psica-
nálise, entre a morbidez e o sentimento de culpa -- e, tam-
bém, entre a culpa e a pulsão de morte --, interpretamos
as abundantes imagens de doença (ligadas, por exemplo,
à tuberculose ou à lepra) como metáforas orgânicas do
vício, ou da queda.
Por tais características, o poeta firmou-se no imagi-
nário de seus críticos e leitores como um homem essen-
cialmente triste, mesmo doente -- e para quem, conforme
ele refere num dos seus poemas, “a alegria é uma doença
e a tristeza a (sua) única saúde.”. Medeiros e Albuquer-
que chegou a afirmar que “...Augusto seria incapaz de
fazer versos humorísticos.” (“O livro mais estupendo: o
Eu”. In: Anjos, 1994: 94) -- como se o poeta, por conta dos
seus delírios e obsessões, só tivesse olhos e ouvidos para
o que, na natureza e no cosmo, significasse deterioração,
morte e ruína.
O que não é verdade. O historiador paraibano Hum-
berto Nóbrega foi o primeiro a chamar a atenção para o
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Smarts
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UMA BARCAROLA DE
AUGUSTO DOS ANJOS
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Barcarola
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Espelham-se os esplendores
Que é que ela diz?! Será uma
Do céu, em reflexos, nas
História de amor feliz?
Águas, fingindo cristais
Não! O que a sereia diz
Das mais deslumbrantes cores.
Não é história nenhuma.
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Alegoria tristonha
“Nunca mais! Sê, porém, forte.
Do que pelo mundo vai!
“O poeta é como Jesus!
Se um sonha, outro se ergue e cai;
“Abraça-te à tua Cruz
Se um cai, outro se ergue e sonha.
“E morre, poeta da Morte!”
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A ALEGORIA EM
AUGUSTO DOS ANJOS
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CALABRESE (1987) p. 72.
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A ESTÉTICA DISSONANTE
DE AUGUSTO DOS ANJOS
Introdução
Cientificismo e prosaísmo
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BUENO, A. (1994) p. 33.
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Estética da dissonância
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Conclusão
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CAVALCANTI, Cláudia. A literatura expressionista alemã. São
Paulo: Ática, 1995. (Série Princípios) P. 40.
58
BARRENTO, João. A poesia do expressionismo alemão. Lisboa:
Editorial Presença, 1989. P. 75.
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Em texto publicado a 28 de agosto último, no segun-
do caderno de O Globo, o jornalista Paulo Roberto Pires
identifica na revalorização de Augusto dos Anjos uma es-
pécie de renascimento do trágico. Eis o subtítulo da sua
matéria: “Mesmo rejeitado, o trágico volta a assombrar a
arte moderna com a revalorização de Augusto dos An-
jos.” Ele não nos explica bem o que entende por trágico,
misturando no mesmo bisaco os nomes de Rimbaud, Bau-
delaire, Nélson Rodrigues, Artaud e Nietzsche – e filian-
do à essência do trágico movimentos como o romantis-
mo, o simbolismo e o expressionismo. O jornalista faz um
pequeno festim lítero-dionisíaco, inserindo o seu artigo
no próprio assunto de que trata. Pois é realmente trágica
uma peça com tantos deslizes grandes e pequenos.
A começar pelo título cacofônico “A boca que es-
carra”, pelo qual o articulista, a pretexto de citar o poeta
paraibano, acaba lhe prestando um desserviço. Augusto
deveria ser citado pelo que tem de bom, e não pelo que
tem de lastimável. E, sobretudo, deveria ser citado com o
devido respeito ao seu texto e aos fatos concernentes à sua
vida.
Ele não escreveu, no soneto dedicado ao filho morto
a 2 de fevereiro de 1911, “Agregado infeliz de carbono e
cal,/fruto rubro da carne agonizante” – e sim “Agregado
infeliz de sangue e cal/fruto rubro de carne agonizante”.
Nem começa o seu “Psicologia de um vencido” por “Eu,
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