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REGULAMENTO INTERNO DO CENTRO DE FORMACAO PROFISSIONAL SERRA DA MESA

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Artigo 1
(Natureza)

O Centro De Formação Profissional Serra da Mesa, adiante designado também por CFPSM, é uma pessoa colectiva de
direito privado, dotada de personalidade jurídica, autonomia pedagógica e administrativa.
Artigo 02
(objecto)
O presente Regulamento interno estabelece a estrutura organizativa básica, competências dos órgãos e das unidades
orgânicas que prestam actividades inseridas no seu objecto principal e seu modo de funcionamento, bem como os
princípios a observar na admissão, enquadramento, movimentação interna e disciplina no trabalho do CFPSM.

Artigo 3
(Âmbito de aplicação)
O CFPSM rege-se pelo Estatuto Orgânico, pelo presente regulamento e pelos demais instrumentos normativos
necessários a prossecução dos seus objectivos.

Artigo 4
(Sede)
O CFPSM tem a sua sede no na Cidade de Nacal-Porto, província de Nampula.

Artigo 5
(Princípios)
1. Na realização das suas actividades, para além dos princípios previstos na Lei n⁰ 18/2018, de 28 de Dezembro que
aprova o Sistema Nacional de Educação e na Lei n⁰ 06/2016 de 16 de Junho Lei do Ensino técnico profissional, o
CFPSM rege-se pelos seguintes princípios:
a) Democraticidade e participação;
b) Autonomia administrativa;
c) Autonomia Pedagógica.

2. O CFPSM, também observa os seguintes princípios fundamentais:


a) Valorização das ideias da pátria, ciência e humanidade;
b) Liberdade de criação cultural, artística, científica e tecnológica;
c) Participação no desenvolvimento económico, científico, social e cultural do País, da Região e do Mundo.

Artigo 6

(Democraticidade e participação)

Na aplicação dos princípios de democraticidade e da participação, cabe ao CFPSM:


a) Garantir a participação de todos os corpos da instituição na vida da mesma;
b) Favorecer a livre expressão da pluralidade e de ideias e opiniões;
b) Garantir a liberdade de criação cultural, científica e tecnológica;
d) Assegurar as condições necessárias para uma atitude de permanente inovação pedagógica;
e) Promover uma estreita ligação entre as suas actividades e a comunidade, assim como os demais parceiros
institucionais, visando inserção dos seus diplomados na vida profissional.

Artigo 7
(Autonomia administrativa)
No exercício da autonomia administrativa, cabe ao CFPSM:
a) Definir o quadro de pessoal docente e não docente;
b) Gerir os docentes, discentes, corpo técnico e administrativo e demais pessoal, estabelecendo direitos e deveres;
c) Realizar acções de selecção, ingresso, provimento, desenvolvimento, manutenção e administração de pessoal, nos
termos da legislação vigente;

d) Exercer o poder disciplinar sobre as infracções praticadas por docentes, discentes, corpo técnico e administrativo e
demais pessoal afecto ao CFPSM.
Artigo 8
(Autonomia Científica e Pedagógica)

1. Dentro da autonomia pedagógica, cabe ao CFPSM:


a) Estabelecer a política de actuação respeitando o princípio da integração das actividades de ensino, pesquisa e
extensão;
b) Definir linhas e áreas de formação técnica profissional adequadas aos seus objectivos;
c) Leccionar, investigar e aplicar de acordo com as convicções do corpo docente;
d) Criar, modificar, suspender e extinguir cursos;
e) Elaborar e aprovar os curricula dos cursos e desenvolver os programas em parceria com o mercado de trabalho;
f) Definir os métodos de ensino, escolher os processos de avaliação e introduzir novas experiências pedagógicas;
g) Estabelecer o seu regime didáctico-pedagógico;
h) Estabelecer critérios de selecção, admissão e habilitação dos estudantes;
i) Estabelecer o número de vagas para os cursos de acordo com as demandas e a capacidade institucional;
2. Para efeitos das alíneas d), e) e h) do número anterior, o CFPSM coordena com os órgãos competentes do ensino
técnico profissional sem prejuízo das directrizes e instruções que lhe sejam aplicáveis nos mesmos planos.

Artigo 9
(Áreas de Actividade)
O CFPSM organiza-se de acordo com as seguintes áreas de actividades:
a) Ensino

Artigo 10
(Ensino)
No CFPSM, o ensino apresenta-se com as seguintes características:

a) Técnico-profissional
b) Modelo curricular baseado em Competências Profissionais;
c) Processo educacional eminentemente centrado no estudante;
d) Planos de estudo estruturados em trimestre e semestres
CAPÍTULO II

ARTIGO 11

(Órgãos de Gestão)

1. A gestão do Centro de Formação Profissional Serra da Mesa é exercida pelos seguintes órgãos:
a) Conselho do Centro;
b) Conselho de Direcção; e
c) Director do Centro/Coordenador.

ARTIGO 12
(Secretariado)
1. No Centro de Formação Profissional Serra da Mesa funciona um Secretariado de apoio às actividades:
nele desenvolvidas, competindo-lhe:

a) Apoiar técnica e burocraticamente o trabalho dos diversos órgãos do Centro;

b) Receber toda a informação relativa aos conselhos, de maneira que possa analisar, coordenar a informação e
preparar os documentos de trabalho;

c) Elaborar as actas das sessões dos conselhos informando das tarefas e decisões que cabem aos membros dos
conselhos;

d) Assistir o Director do Centro nos actos que este desempenha como membro de qualquer conselho

CONSELHO DO CENTRO
ARTIGO 13

(Natureza e Composição do Conselho do Centro)

1. O Conselho do Centro é a estrutura superior de deliberação do Centro de Formação Profissional Serra da Mesa
2. O Conselho do CFPSM tem a seguinte composição:

a) Director do CFPSM;

b) Chefes de Departamentos;

c) 03 (três) membros do Corpo Docente eleitos de entre os Docentes do Centro;

d) 01 (um) representante do Corpo Técnico e Administrativo;

e) 02 (duas) personalidades externas de reconhecido mérito, não pertencente ao Centro de Formação Técnico Profissional com
conhecimento e experiencia relevantes para o Centro, dos quais um deles é eleito Presidente; e

f) 0 2 (dois) representantes da Sociedade Civil de reconhecido mérito, com conhecimentos e

Experiências r e l e v a n t e s para o Centro;

3. O Presidente do Conselho do Centro ê eleito por maioria absoluta, e dispõe de voto de qualidade.

4. As duas personalidades externas de reconhecido mérito e da Sociedade Civil não cooptadas pelos restantes membros do
Conselho do Censo, sob proposta devidamente fundamentada do Director do Centro.

5. O mandato dos membros do Conselho de Centro é de 3 (três) anos, enquanto perdurarem os pressupostos das suas
investiduras.

6. Até a eleição do Presidente do Conselho de Centro, a Presidência é exercida interinamente Pelo Director do Centro.

ARTIGO 14
(Competências do Conselho do Centro)

Ao Conselho do Centro compete nomeadamente:


a) Orientar as linhas gerais de actuação do Centro, tendo em conta as deliberações e decisões dos órgãos superiores
de gestão;
b) Aprovar o Plano de Actividades e o Orçamento do Centro;
c) Propor a aprovação ou alteração do Regulamento do Centro
d) Propor ou pronunciar-se sobre a celebração de acordos e parceiras internacionais;
e) Exercer outras actividades que lhe sejam conferidas pelos Estatutos, por lei e por determinação dos Órgãos de
Direcção
ARTIGO 15

(reuniões)

1. O Conselho do Centro reúne, ordinariamente, uma vez era cada trimestre e, extraordinariamente, sempre que
convocado pelo seu Presidente ou por um terço dos seus membros.

2. O Conselho do Centro fica, validamente, constituído em primeira convocatória na presença de dois terços dos
seus membros.

3. Não estando reunida a maioria exigida no número anterior, o Conselho do Centro reúne oito dias depois, era
segunda convocatória, deliberando validamente com a maioria simples dos membros presentes.

SECÇÂO III

DIRECTOR DO CENTRO

ARTIGO 16

(Mandato e Nomeação)
1. O Director do Centro é um membro efectivo do Centro, indicado pelos representantes legais do Centro.
2. O Director do Centro tem o mandato de 03 (três) anos.

Artigo 17
(Competências do Director do Centro)

1. São competências do Director do Centro:


a) Representar o CFPSM perante os demais órgãos da Instituição e de outras instituições;

b) Convocar e presidir o Conselho de Direcção do Centro;


c) Contratar docentes e pessoal administrativo;
d) Propor ao Conselho do Centro as linhas gerais de desenvolvimento do Centro, com planos e orçamentos anuais e
os relatórios anuais de actividades e de contas;
e) Assegurar a correcta execução dos actos decisórios dos órgãos do CFPSM, das recomendações aprovadas pelos
Conselhos CFPSM e dos regulamentos e normas em vigor;
f) Dirigir a gestão científica, administrativa e financeira do CFPSM;
g) Orientar e promover o relacionamento do CFPSM com Organismos ou entidades nacionais, estrangeiras e
internacionais;
h) Aprovar o horário de trabalho, ouvidos o Conselho de Direcção do Centro;
i) Propor ao Conselho de Centro o plano de actividades e as linhas de orientação estratégica do
j) Centro;
k) Garantir a gestão eficiente dos recursos humanos, financeiros, materiais e patrimoniais do Centro;
l) Exercer outras actividades que lhe sejam conferidas pelos estatutos, por lei e por determinação dos Órgãos de
Direcção;
2. O Director do CFPSM pode delegar algumas das suas competências próprias aos Director Adjunto.

SECCÀO IV

CONSELHO DE DIRECÇÃO

ARTIGO 18

(Natureza e Composição do Conselho de Direcção)

1. O Conselho de Direcção do Centro é o órgão consultivo do Director para a gestão corrente


do CFPSM
2. O Conselho de Direcção do Centro de C F P S M tem a seguinte composição:
a) Director do Centro;
b) Director adjunto Pedagógico
c) Chefe da Secretaria
d) Directores de Cursos.

3. O Conselho de Direcção do Centro de Formaçã CFPSM é presidido pelo Director do Centro,


que nas suas ausências ou impedimentos é substituído pol um dos Chefes por ele indicado.
4. O Conselho de Direcção reúne-se, ordinariamente, uma vez por Trimestre e, extraordinariamente,
quando convocado pelo Director do Centro, ou a pedido de mais da metade dos seus membros.

ARTIGO 19 ,
(Competências do Conselho de Direcção)

1. Compete ao Conselho de Direcção do CFPSM pronunciar-se sobre os assuntos que sejam


agendados pelo Director ou, por qualquer outro membro do Conselho.

2. Compete, ainda, ao Conselho de Direcção do CFPSM:


a) Acompanhar e tomar as medidas necessárias para a elaboração do plano, orçamento e
relatórios anuais do Centro
b) Analisar o funcionamento dos Departamentos e outras unidades subordinadas;

Propor questões a serem analisadas pelo Conselho do Centro;


d) Propor metodologias comuns a nível do Centro para tratar de plob1emas de Fórum cientifico,
disciplinar, de recursos humanos, administrativo e financeiro;
e) Conduzir a correcta gestão administrativa, patrimonial, financeira e dos recursos humanos do
Centro;
Pronuncia-se sobre o relatório de actividades e o relatório financeiro do Centro;
g) Promover a racionalização e a eficiência dos Serviços do Centro;
Monitorar a execução do plano de actividades do Centro, realizando o balanço
periódico e divulgando os resultados e experiências adquiridas; e
i) Exercer outras actividades que lhe sejam conferidas pelos estatutos, por lei e por
determinação dos Órgãos de Direcção da CFPSM..

CAPÍTULO III
Estrutura Orgânica do Centro

ARTIGO 20

(Estrutura do Centro de Formação Profissional Serra da Mesa)

1. O Centro de Formação Profissional Serra da Mesa tem a seguinte estrutura:


a) Departamento de Formação Técnica:

ARTIGO 21

(Departamento de Formação Técnico Profissional)

1. O Departamento de Formação Técnico Profissional realiza a actividade formativa, ministrando


cursos de curta e longa duração baseado em padrões de conhecimento e ajustados ao Quadro
Nacional de Qualificações Profissionais e outras certificações internacionais.

2. O Departamento realiza a gestão dos recursos colocados a sua disposição em estreita coordenação
cora o Administrador e com o Director do Centro.
CAPÍTULO IV

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Artigo 23

(Caracterização)

A formação profissional realiza-se através da concentração do processo formativo numa determinada área profissional,
ajustada ao Quadro Nacional de Qualificações Profissionais e visa responder as exigências específicas do mercado de
Trabalho da Economia Nacional ou da actividade pública, empresarial ou social.
1. A formação profissional pode ser organizada por cursos intensivos de curta ou longa
duração, baseado em padrões de competências, devendo ambos ser estruturados de modo a
permitir a acumulação e transferência de créditos previamente adquiridos pelos candidatos.

2. (Conclusão de um determinado curso de curta ou longa duração confere ao formando os


correspondentes créditos cuja acumulação conduz à obtenção de qualificações parciais ou
completas de nível elementar, básico ou médio previstas no Quadro Nacional de
Qualificações Profissionais

Artigo 24
(Perfil dos Formandos)

O curso ministrados no Centro destina-se a jovens e adultos com vista a sua preparação para
o mercado de trabalho ou formação contínua de trabalhadores em exercício, incluindo os
funcionários públicos e agentes do Estado.

CAPITULO V

Artigo 25

(Direito e deveres dos Formandos)

Todos formandos possuem os seguintes direitos:

a) Assistir às aulas e tomar parte nos seminários, actividades culturais e recreativas e


trabalhos do Centro.
b) Obter do Centro uma preparação humana, científica e técnica de qualidade.
c) Obter do corpo docente um ensino de nível elevado e uma correcta avaliação dos seus
conhecimentos.
d) Participar, na forma prevista no presente regulamento, em órgãos colegiais do Centro.
e) Exercer o direito de representação no âmbito deste regulamento.
f) Formular petições e reclamações aos órgãos do Centro.
g) Recorrer aos órgãos competentes, hierarquicamente superiores ou com poderes de
supervisão.
h) Usar o centro de recursos do CFPSM.
i) Usufruir de regalias e benefícios sociais estatutários e previstos nos regulamentos.

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j) Promover actividades ligadas aos interesses específicos da vida estudantil ao nível
superior.
k) Ter acesso aos programas analíticos de todas as disciplinas em curso no semestre em
que esteja inscrito.

Artigo 26

Deveres dos formandos

Por sua vez, os estudantes têm os seguintes deveres:

a) Apresentar-se no campus de centro com traje condigno.


b) Não é permitido fumar, comer ou beber na sala de aula.
c) Não é permitido o uso de celulares na sala de aula, nem nos escritórios do Centro quando
estiver em audiência.
d) Respeitar os princípios do CFPSM.
e) Esforçar-se para um bom aproveitamento do ensino ministrado.
f) Observar os regulamentos do Centro, no que respeita à organização didáctica e em
especial no que toca à frequência das aulas, à execução dos trabalhos escolares e ao
pagamento das taxas devidas ao Centro.
g) Observar o regime disciplinar Centro, em especial abstendo-se de actos que possam levar
à perturbações da ordem, à ofensas aos bons costumes e ao desrespeito dos órgãos
institucionais, dos docentes, técnicos e do restante pessoal administrativo.
h) Abster-se de manifestações de carácter político-partidário dentro dos recintos.

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CAPITULO VI

(DIREITOS E DEVERES DOS FORMADORES)

Artigo 27

Direitos dos Formadores

São direitos específicos dos formadores do CFPSM:


a) Usufruir de condições de trabalho condignas e de recursos adequados ao exercício da sua
função;
b) Participar no processo formativo, nomeadamente na definição das orientações
pedagógicas ao nível do CFPSM e na formulação de propostas de melhoria que julgar
oportunas;
c) Propor inovações e participar em experiências pedagógicas, bem como nos respectivos
processos de avaliação;
d) Usufruir de informação para o exercício da função formativa;
e) Beneficiar de segurança na actividade profissional e de condições de higiene e de saúde
adequadas;
f) Ter consideração e reconhecimento da sua autoridade pelos formandos e demais
membros da comunidade formativa; Obter documento comprovativo de actividades que
tenha desenvolvido no CFPSM, com indicação da duração, domínios e qualidade da sua
intervenção;

Artigo 28
Deveres dos Formadores

São deveres dos formadores do CFPSM:


a) Gerir o processo de ensino-aprendizagem, no âmbito dos programas definidos, com
observância do regulamento e segundo as orientações dos órgãos pedagógicos do
CFPSM;

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b) Respeitar a natureza confidencial de determinadas informações relativa aos formandos e
respectivas famílias, a dados e acontecimentos do processo de formação;
c) Co-responsabilizar-se pela preservação e uso adequado das instalações e equipamentos e
propor medidas de melhoramento e renovação;
d) Actualizar e aperfeiçoar os seus conhecimentos, capacidades e competências, numa
perspectiva de desenvolvimento pessoal e profissional;
e) Cooperar com o CFPSM, bem como com outros intervenientes no processo formativo, no
sentido de assegurar a eficácia da acção de formação;
f) Preparar de forma adequada e prévia cada actividade de formação, saber utilizar os
instrumentos de avaliação e atender a eventuais necessidades de reajustamento no
desenvolvimento da formação;
g) Participar na concessão técnica e pedagógica da formação, adequando os seus
conhecimentos técnicos e pedagógicos ao contexto em que se desenvolve o processo
formativo;
h) Ser assíduo e pontual;
i) Conhecer e cumprir o presente Regulamento e demais normas de funcionamento do
CFPSM;
j) Certificar-se, no final da sessão, que a sala e os equipamentos didácticos ficam em
condições de limpeza e arrumação adequadas para a sessão seguinte;
k) Manter a disciplina dentro e fora da sala de sessão, intervindo em ocorrências que possam
significar infracção, no sentido de as resolver ou comunicando-as ao Coordenador
Pedagógico ou a outros órgãos competentes sempre que a gravidade dos factos o
justifique;
l) Preparar e garantir, dentro dos prazos estipulados, a execução dos instrumentos de
planificação e avaliação pedagógica dos módulos que ministra;
m) Participar nas actividades dos órgãos de gestão e desempenhar com zelo as funções para
que tenha sido nomeado.

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CAPÍTULO VI I
DISPOSIÇÕES FINAIS
ARTIGO 27

(Revisão)

O presente Regulamento pode ser revisto mediante proposta fundamentada do Director do


Centro ou do Conselho do Centro.

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