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Rev Modificação Data Projetista Desenhista Aprovo

COORDENADOR DO PROJETO RESPONSAVEL TÉCNICO

Miguel Fernando Santiago Gonçalves Fabiola Batista Pires


CREA RJ861048513/D CREA MG 78851/D
Sítio

AEROPORTO INTERNACIONAL DE POUSO ALEGRE ‐


MG
Área do sítio

ÁREA PATRIMONIAL
Escala Data Desenhista Especialidade / Subespecialidade
‐ JUNHO/2015 ‐ INFRAESTRUTURA
ANALISTA Tipo / Especificação do documento

ESPECIFICAÇÕES DE OBRAS E SERVIÇOS


Tipo de obra Classe geral do projeto
ESTUDO PRELIMINAR
IMPLANTAÇÃO
PROJETO BÁSICO DE REFERÊNCIA
APROVAÇÃO Substitui a Substituída por

TERMO DO CONTRATO N°: Codificação


AIPA‐01MEMORIAL‐02ESPECIFICAÇÕES
PREFEITURA MUNICIPAL DE POUSO ALEGRE/MG

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
2. INSTALAÇÕES PRELIMINARES ........................................................................... 4
2.1 Demarcação da obra .......................................................................................... 4
2.2 Locação de interferências .................................................................................. 4
2.3 Inspeção e registro da situação de imóveis ........................................................ 5
2.4 Canteiro de obras e serviços .............................................................................. 5
2.5 Edificações provisórias de apoio ........................................................................ 7
2.6 Instalação da obra .............................................................................................. 7
2.7 Cercamento da área ........................................................................................... 9
2.8 Sinalização e proteção ....................................................................................... 9
2.9 Ligações provisórias ......................................................................................... 18
2.10 Laboratórios de ensaio ................................................................................... 18
3. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM .................................................................... 18
3.1 Serviços preliminares ....................................................................................... 19
3.2 Corte................................................................................................................. 19
3.3 Aterro................................................................................................................ 19
3.4 Especificações da terraplenagem .................................................................... 20
3.5 Escavação e carga mecânica em material de 1ª categoria .............................. 20
3.6 Transporte de material de qualquer categoria inclusive descarga ................... 21
3.7 Espalhamento de solo em bota-fora ................................................................. 22
3.8 Compactação de aterros .................................................................................. 22
4. GEOTÉCNICA ...................................................................................................... 26
4.1 Considerações sobre os ensaios geotécnicos ................................................. 27
4.1.1 Caracterização .......................................................................................... 27
4.1.2 Avaliação da resistência e expansão ........................................................ 27
4.2 fundações ......................................................................................................... 28
4.3 Estruturas de contenção................................................................................... 28
4.4 Ensecadeiras .................................................................................................... 29
5. DRENAGEM ......................................................................................................... 29
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5.1 Estrada de acesso ............................................................................................ 29


5.2 Descrição do sistema viário e acessos (lado terra) .......................................... 29
5.3 Descrição do sistema lado ar ........................................................................... 31
5.3.1 Pista de pouso e decolagem ..................................................................... 31
5.3.2 Taxiamento ............................................................................................... 31
5.3.3 Pátio de aeronaves ................................................................................... 32
5.3.4 Acesso ao SESCINC................................................................................. 32
5.4 Taludes............................................................................................................. 32
5.5 Canais de drenagem ........................................................................................ 32
5.5.1 Canalização com estrutura de concreto armado ....................................... 33
5.5.2 Canalização de córregos com proteção .................................................... 34
6 DRENAGEM PLUVIAL .......................................................................................... 35
6.1 Escavação de valas.......................................................................................... 35
6.2 Carga e descarga mecânica de solo ................................................................ 39
6.3 Reaterro e compactação de valas .................................................................... 39
6.4 Escoramento .................................................................................................... 41
6.5 Boca de lobo tipo b ........................................................................................... 46
6.6 Rede tubular de concreto ................................................................................. 50
6.7 Poço de visita tipo A ......................................................................................... 52
6.8 Poço de visita tipo C ......................................................................................... 56
6.9 Chaminés de poço de visita ............................................................................. 60
6.10 Tampão de ferro fundido cinzento .................................................................. 60
6.11 Tampão de ferro fundido nodular ................................................................... 63
6.12 Limpeza de sistema de drenagem ................................................................. 66
6.13 Fundação ....................................................................................................... 69
6.14 Cerca com mourões de concreto ................................................................... 75
6.15 Portão para veículos ou pedestre ................................................................... 75
6.16 Assentamento de meio fio .............................................................................. 76
6.17 Gramação e jardinagem ................................................................................. 77
7. PAVIMENTAÇÃO .................................................................................................. 81
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7.1 Regularização e compactação de subleito ....................................................... 81


7.2 Sub-base estabilizada granulometricamente sem mistura ............................... 84
7.3 Base estabilizada granulometricamente com mistura ...................................... 89
7.4 Transporte de material de qualquer categoria inclusive descarga ................... 98
7.5 Pintura de ligação ........................................................................................... 100
7.6 Imprimação de base de pavimentação com emulsão CM-30 ......................... 103
7.7 "binder" AC/BC ............................................................................................... 106
7.8 Concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) ........................................... 107
7.9 Execução de ranhuras na pista - grooving ..................................................... 119
7.10 Camada drenante com brita num 3 .............................................................. 119
7.11 Execução de dreno com manta geotêxtil 400 g/m² ...................................... 119
7.12 Pavimentação em pedrisco, espessura 5cm ................................................ 120
7.13 Escavação mecânica, inclusive transporte até 50m ..................................... 120
7.14 Carga de material de qualquer natureza ...................................................... 121
7.15 Sarjeta .......................................................................................................... 122
7.16 Meio-fio e cordão .......................................................................................... 123
7.17 Regularização e compactação de terreno .................................................... 124
7.18 Passeios ....................................................................................................... 125

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1. INTRODUÇÃO

Estas especificações têm por finalidade descrever as características técnicas e a qualidade


exigida tanto para a execução dos serviços, quanto para os materiais a empregar, bem
como fornecer instruções, recomendações, diretrizes e demais exigências necessárias à
execução das obras deste aeroporto, localizados no município de Pouso Alegre/MG.
Todos os materiais empregados deverão ser inspecionados e aprovados pela
CONTRATANTE/FISCALIZAÇÃO, antes de serem aplicados, a qual poderá impugnar o seu
uso, quando em desacordo com as especificações, projetos e normas em vigor. São
considerados como similares os materiais ou produtos que atendem às normas da ABNT, e
sejam considerados como tais pela CONTRATANTE/FISCALIZAÇÃO.
Não será permitido manter no recinto da obra qualquer material em desacordo com o
especificado e recusado pela CONTRATANTE/FISCALIZAÇÃO.
Todos os materiais e métodos executivos deverão seguir as normas pertinentes da ABNT,
mesmo que não estejam explicitamente citadas.
Estas especificações são parte integrante e essencial deste projeto e têm como referência
normativa básica as Normas da ABNT.

2. INSTALAÇÕES PRELIMINARES

2.1 Demarcação da obra

No início dos serviços toda a obra deverá ser demarcada, materializando sua
localização através d e piquetes ou outro processo que permita a visualização da futura
obra. Tomando como referência o projeto de terraplanagem e projeto geométrico. O projeto
de terraplanagem tem orientação o Eixo 01 e a partir dele será locado o estaqueamento do
platô do aeródromo, e os eixos do projeto geométrico também serão locado a partir do Eixo
01 da terraplanagem.

2.2 Locação de interferências

Juntamente com a demarcação da obra, deverão ser identificadas e delimitadas todas as


interferências já cadastradas em projeto. Esta demarcação, realizada a partir dos dados
constantes de projeto deverá confirmar a localização de todas as interferências visíveis.
(Ver planta de plano de segurança área AIPA-10ZAPS-01SEGURANÇA AERODROMO 01-
01).

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Adicionalmente, deverá ser complementada a pesquisa de interferências, localizando outras


não detectadas pelo projeto.

2.3 Inspeção e registro da situação de imóveis

Deverá ser realizada vistoria de todos os imóveis situados na faixa lindeira à obra,
registrando a sua situação atual através de fotografias e laudos técnicos específicos.

Especial atenção deve ser dada a imóveis que estejam na área de referência e tenha
interesse histórico.

Com base nos laudos da situação atual deverá ser avaliada a resistência estrutural dos
imóveis e, em especial, sua capacidade de resistir aos esforços e solicitações oriundos do
processo construtivo a ser empregado. Conforme seja o resultado das avaliações, a
Fiscalização deverá levar ao conhecimento da Projetista, e deverão ser tomadas as medidas
corretivas em conjunto entre as quais:

• Instrumentação específica para acompanhamento do comportamento dos imóveis;

• Medidas especiais de proteção;

• Desocupação temporária do imóvel;

• Desapropriação do imóvel.

2.4 Canteiro de obras e serviços

O Canteiro de Obras e Serviços compreende todas as instalações provisórias executadas,


com a finalidade de garantir condições adequadas de trabalho, abrigo, segurança e higiene
a todos os elementos envolvidos, direta ou indiretamente na execução da obra, além dos
equipamentos e elementos necessários à sua execução e identificação.

Metodologia de execução
A instalação do canteiro de obras e serviços deverá ser orientada pela FISCALIZAÇÃO que
aprovará ou não as indicações das áreas para sua implantação física, devendo a
CONTRATADA visitar previamente o local das obras informando-se das condições
existentes.
A CONTRATADA deverá apresentar disposição física do canteiro de serviços e submetê-lo
à aprovação da FISCALIZAÇÃO, dentro do prazo máximo de dois dias, após a data de
emissão da ordem de serviço (OS).
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Instalações
O canteiro deverá ser constituído de todas as instalações necessárias ao seu
funcionamento, em consonância com as prescrições contidas nas “Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”, tais como:
 Escritório de obra;
 Alojamento para funcionários;
 Escritório da CONTRATADA;
 Vestiário com acomodações adequadas às necessidades e ao uso do pessoal de
obra;
 Depósito e ferramentaria para a guarda e abrigo de materiais e equipamentos;
 Instalações sanitárias compatíveis com o efetivo da obra;
 Tapumes e portões limitando a área de construção;
 Abertura de eventuais caminhos de serviço e acessos provisórios;
 Ligações provisórias e respectivas instalações de água, esgoto, telefone, luz e
energia.
Prioritariamente, deverá ser executado o escritório da FISCALIZAÇÃO.
No canteiro de obras deverão ser mantidos: diário de obras, projeto executivo completo,
edital, contrato, planilha, ordem de serviço inicial, cronograma, plano de segurança, projeto
de sinalização, controle meteorológico, anotação de responsabilidade técnica (ART),
inscrição no INSS, alvará de instalação, caderno de encargos, e eventuais licenciamentos
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
Enfatiza-se a disponibilidade permanente de todos os documentos acima relacionados,
porquanto são fontes de consultas diárias, objetivando qualidade, segurança e regularidade
fiscal da obra.
Os documentos anteriormente relacionados devem ser afixados em painel próprio, e em
local visível a planta geral da obra, cronograma, controle meteorológico, alvará de
instalação, ART, inscrição no INSS e licenciamentos eventuais.
Compete à CONTRATADA manter o Diário de Obras no Escritório da FISCALIZAÇÃO,
registrando no mesmo, as etapas de trabalho, equipamentos, número de operários,
ocorrências, com os detalhes necessários ao entendimento da FISCALIZAÇÃO, que
aprovará ou retificará as anotações efetuadas pela CONTRATADA. A escrituração do Diário
de Obras tem prazo máximo de 48 horas para encerramento de cada parte diária.
Para definir com clareza o período de vigência do Diário de Obras, a FISCALIZAÇÃO
formalizará os termos de abertura e encerramento, em páginas separadas somente para
este fim.

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Os termos de abertura e encerramento do Diário de Obras serão formalizados na primeira e


última página deste documento, além do texto principal, mencionando-se o número e data
do edital, contrato e ordem de serviço inicial.
O canteiro de serviços deverá oferecer condições adequadas de proteção contra roubo e
incêndio e suas instalações, maquinário e equipamentos deverão propiciar condições
adequadas de proteção e segurança aos trabalhadores e a terceiros, conforme as
especificações contidas no “Art. 170, Seções I a XIV, da Lei 6.514/77 que altera o Cap. 5 da
Consolidação das Leis do Trabalho”, bem como as suas respectivas “Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”. Todos os elementos
componentes do canteiro de obras e serviços, deverão ser mantidos em permanente estado
de limpeza, higiene e conservação.

2.5 Edificações provisórias de apoio

Tipos de Instalações de Obras


Instalação Tipo Área ( m²) Porte Efetivo Valor da Obra
Escritorio da Fiscalização I 17
Escritório da Contratada I 17
Vestiário I 25 Pequena 0-30 0 a R$ 250.000,00
Depósito e Ferramentaria I 20
Instalações Sanitárias I 10
Escritorio da Fiscalização I 17
Escritório da Contratada I 17
Vestiário II 67,5
Média 30-60 R$250.000,00 a R$1.000.000,00
Depósito e Ferramentaria II 25
Instalações Sanitárias II 22
Refeitório I 18
Escritorio da Fiscalização II 25
Escritório da Contratada II 25
Vestiário III 90
Grande >60 > R$ 1.000.000,00
Depósito e Ferramentaria III 40
Instalações Sanitárias III 30
Refeitório II 25

2.6 Instalação da obra

Edificações provisórias de apoio Escritório da CONTRATADA - tipo II


Esta padronização tem como objetivo estabelecer a forma, dimensão e especificações do
escritório da CONTRATADA - tipo Il, a ser utilizado em obras de grande porte, tal como
referenciado no quadro de Tipos de Instalações de Obras.
Aplicação: Este escritório da CONTRATADA, do tipo “Il”, deverá ser usado em todas as
obras da CONTRATANTE de grande porte e de curta e média duração, podendo, a critério
da FISCALIZAÇÃO, ser suprimido caso haja conveniência e condições para que

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FISCALIZAÇÃO e CONTRATADA ocupem o mesmo espaço físico, que no caso, é o


escritório da FISCALIZAÇÃO tipo “Il”. Por constituir uma edificação temporária e necessária
à construção das obras, deverá ser considerado o seu reaproveitamento em outras obras.
Será de responsabilidade da CONTRATADA, o fornecimento dos seguintes componentes, já
inclusos na composição de preços unitários: móveis e utensílios em geral, (1 mesa, 7
cadeiras, 1 mesa de reunião de 1,20 m, 1 armário de aço, 1 arquivo com 3 gavetas, 1
mapoteca), material e equipamentos de escritório, máquinas de calcular, materiais e
equipamentos de limpeza e produtos para higiene ambiental e pessoal, louças, metais e
acessórios, materiais para segurança das instalações, sistema de telefonia, a ser
disponibilizado pela CONTRATADA, este último não devendo ser incluso na medição.
Vestiário: Esta padronização tem como objetivo estabelecer a forma, dimensão e
especificações do vestiário tipo “III”, a ser utilizado em obras de grande porte, com um
efetivo médio de funcionários da ordem de 60 pessoas, tal como referenciado no Quadro 1.
O vestiário tipo “III” deverá ser usado em todas as obras da CONTRATANTE de grande
porte, e cuja aplicação é regulada pela NR-18 e NR-24 “Normas Regulamentadoras de
Segurança e Medicina do Trabalho” Por constituir uma construção temporária e necessária à
construção das obras, deverá ser considerado o seu reaproveitamento em outras obras.
Condições de Operação: Recomenda-se atentar para algumas condições operacionais
previstas para os barracões, a saber:
Suprimento de energia: Ficará a cargo da CONTRATADA providenciar junto à Cemig a
instalação do sistema de energia, em seu nome.
Suprimento de água e disposição de rejeitos: O suprimento de água para todos os fins,
bem como o afastamento e disposição de águas residuais serão de responsabilidade e ônus
da CONTRATADA.
Comunicação: Para atender as necessidades de comunicação externa e interna a
CONTRATADA deverá instalar rede telefônica, recaindo sobre ela o ônus da instalação,
manutenção e operação bem como o fornecimento à CONTRATANTE de um ramal
telefônico com linha direta, até 5 (cinco) dias após a instalação do escritório da
FISCALIZAÇÃO.
Equipamentos: O canteiro de serviços instalado pela CONTRATADA deverá contar, de
acordo com a natureza de cada obra e com cada uma de suas etapas, com todos os
equipamentos, maquinários, e ferramentas, necessários à sua boa execução, respeitando-
se as discriminações contidas no Termo de Referência da citada obra. Caberá à
CONTRATADA fornecer todos os equipamentos de proteção individual (EPI’s) aos
operários, tais como: capacetes, cintos de segurança, luvas, botas, máscaras e
equipamentos de proteção coletiva (EPC’s) conforme as prescrições das “Normas
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Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho”, em especial às normas NR-6 e


NR-18.

2.7 Cercamento da área

Com o objetivo de padronizar dimensões e formas de cercas a serem utilizadas em caráter


provisório, nas obras, foi estabelecido como padrão, a cerca tipo 1. Pode-se observar na
Figura abaixo, o detalhe do sistema de cerca.

Definições / Aplicação: A cerca do tipo 1, é o elemento provisório, empregado com o


objetivo de limitar a presença de elementos estranhos ao canteiro de obras, proporcionando
uma maior segurança no desenvolvimento dos trabalhos. Contém peças de concreto e
arame farpado.
Especificações: As peças serão de mourões de concreto, seção “T” ponta inclinada, 10 x
10cm, espaçamento de 3m, cravados 0,5m, com 11 fios de arame farpado nº 16. O arame
farpado será de aço zincado de dois fios n° 16, conforme a NBR-6317/82 “Arame farpado de
aço zincado de dois fios”, devendo ser obedecida a NBR-11169/97 “Execução de cercas de
arame farpado”.
Ensaios: Os ensaios aqui preconizados são os exigidos pela ABNT, para arames farpados.

2.8 Sinalização e proteção

Placas de identificação
As placas de identificação da CONTRATADA (executadas de acordo com as exigências da
“Resolução CREA nº 407/96” – Regula o tipo e o uso de placas de identificação do exercício
profissional em obras, instalações e serviços de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e de
eventuais consultores e firmas especializadas, bem como da Municipalidade local, deverão
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ter suas dimensões avaliadas pela FISCALIZAÇÃO, que determinará, também, o


posicionamento de todas as placas no canteiro de serviços. As placas de obra e de
financiamentos serão padronizadas pela CONTRATANTE. Se danos ocorrerem as placas e
seus componentes, os mesmos serão reparados pela CONTRATADA, bem como sua
manutenção geral.
Todas as placas instaladas deverão ser recolhidas pela CONTRATADA em um prazo
máximo de 90 (noventa) dias após a conclusão da obra, quando será emitido o termo de
recebimento definitivo. Deverá ser em chapa de aço galvanizado.

Uniformes
Em relação aos uniformes, é obrigatório a uniformização do efetivo da obra, conforme
modelo aprovado pelo Contratante e que esteja dentro das normas do Ministério do
Trabalho e Emprego – das “Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do
Trabalho”, Serão fornecidos a cada operário, dois jogos de uniformes a cada quatro meses,
dentro do prazo de duração da obra.
Os custos dos uniformes serão de responsabilidade da CONTRATADA, uma vez que estão
incluídos na taxa relativa aos benefícios e despesas indiretas (BDI).

Sinalização da obra
Em todas as obras deverão ser implantadas as sinalizações de indicação e advertência,
onde necessário e antes do início efetivo das mesmas. Quando houver interferência
significativa na pista de rolamento, há que se implantar sinalização, não apenas na área
restrita à execução das obras, mas em toda a região afetada pela interferência, de modo a
reorientar o fluxo de tráfego para vias adjacentes. Neste caso, em face à complexidade,
caberá a Divisão de Trânsito da SMO – Secretaria Municipal de Obras, a elaboração dos
planos de desvio de tráfego, assim como a sua efetiva aplicação. A própria Divisão de
Trânsito, sempre que o vulto da obra o exigir, fará comunicação à imprensa com a
antecedência indispensável das mudanças a serem procedidas. O empreiteiro ficará no
aguardo das determinações da CONTRATANTE.
É atribuição do empreiteiro, sinalizar diuturnamente a obra, empregando-se o sistema de
tapumes, placas, cavaletes e outros dispositivos em função das necessidades do local. A
principal finalidade da sinalização consiste em advertir e orientar o trânsito de veículos e
pedestres nos locais em obras, visando, fundamentalmente, a segurança e a minimização
de interferências no trânsito. Dependendo do porte e local da obra, serão utilizados:
 Cones e balizadores para canalizar suavemente o fluxo de tráfego na direção

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desejada ou para delinear extremos de pistas pelas quais não se pode trafegar.
Devem sempre materializar uma faixa de desaceleração, devendo ser dispostos de
forma a resultar em conjunto linear e coeso, que dê a impressão de continuidade ao
motorista.
 Placas informativas devem ser colocadas antecipadamente no local das obras,
alertando e orientando os motoristas para os cuidados nas manobras de pista. Em
alguns casos e em obras com elevada movimentação de veículos, aplica-se a
sinalização noturna, com dispositivos luminosos, como os que se seguem:
 Utilizar luz fixa, lâmpadas elétricas formando uma sequência delimitadora da
trajetória dos veículos. As lâmpadas ficam contidas em um recipiente plástico de cor
vermelha escarlate, ou similar, sendo dispostas sobre os tapumes em intervalos
inferiores a 10m.
 Utilizar luz intermitente para locais de alta periculosidade. Estes são dispositivos
colocados sobre barreiras ou tapumes, emitindo radiação amarela intermitente, com
frequência de 50 a 60 pulsações por minuto, servindo como sinais de alerta, não
devendo ser empregados para delinear trajetórias. Os dispositivos, tais como:
“latinha de óleo”, por serem muito precários e perigosos, não devem ser utilizados
para delinear trajetórias.
 Utilizar sinais para orientação dos pedestres, com placas bem dispostas de modo a
propiciar fácil visualização, em formato retangular, contendo a palavra “pedestres”,
escrita em letras de 5cm de altura, sobre uma seta horizontal.
 Utilizar sinalização acessória com bandeirinhas, nas situações em que seja
necessário melhorar as condições de segurança da via.
Eventuais danificações nas placas, seja por usuários ou veículos, serão reparadas pela
CONTRATADA, bem como os reposicionamentos necessários, quando deslocadas de sua
instalação.
Esta padronização tem como objetivo definir as dimensões, formas e cores das sinalizações
de obras e serviços em vias públicas no Município de Pouso Alegre.

Definições
Sinalização vertical de advertência convencional: É qualquer sinal constante do conjunto
de sinalização vertical de advertência do Conselho Nacional de Trânsito (CNT).
Sinalização vertical de advertência complementar: É aquela destinada a complementar
os dispositivos de sinalização do CNT.
Dispositivo de bloqueio: São os equipamentos usados para impedir total ou parcialmente

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a passagem do trânsito.
Barreiras: Têm a função de impedir a passagem do trânsito por uma via e canalizar o
tráfego ordenadamente.
Dispositivos luminosos: As obras em vias públicas devem contar com dispositivos
luminosos dispostos dentro de um recipiente plástico de cor vermelha escarlate.
Cones-balizadores: São usados para canalizar suavemente o fluxo do tráfego
materializando uma faixa de desaceleração.
Aplicação: Esta padronização se aplica às obras da CONTRATANTE.
Especificações
 Os dispositivos de sinalização deverão ser pintados nas cores branco e vermelho
escarlate.
 O verso das placas de sinalização deverá ser pintado na cor preta.
 O material empregado para pintura deverá ser reflexivo.
 As peças de madeira devem ser em madeira de lei nas dimensões indicadas em
cada dispositivo.
 Os cones devem ser confeccionados em material leve e flexível para facilitar o
transporte e ceder a eventuais impactos, sem serem danificados. As placas devem
ser metálicas e nas dimensões determinadas na padronização.

Ensaios: São dispensáveis os ensaios de quaisquer dos materiais que forem usados nestes
padrões.

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2.9 Ligações provisórias

Os padrões e ligações provisórias de água, esgoto, luz e telefonia deverão ser executados
de modo a atender às necessidades de demanda da obra, devendo ser obedecidas as
normas da ABNT e das concessionárias.
Quando da impossibilidade de ligação de esgoto à rede pública, deverá ser executada uma
fossa séptica atendendo, conforme padronização e observações contidas na norma NBR-
7229-82 “Fossas Sépticas - Definições e prescrições”, tanto em relação aos materiais a
serem utilizados quanto à correta técnica operatória. O sumidouro será dimensionado em
função da capacidade de absorção do solo. Observada a redução de capacidade de
absorção do sumidouro, nova unidade deverá ser construída, para recuperação da
capacidade perdida. Os sumidouros não devem atingir o lençol freático, sendo sua
capacidade mínima, a mesma da fossa séptica contribuinte. Em relação ao sumidouro ou
tanque absorvente e o tanque séptico, estes deverão ser limpos e aterrados ao final da obra.

2.10 Laboratórios de ensaio

Cada laboratório deverá possuir um cômodo fechado, para funcionar como laboratório,
apresentando as seguintes instalações:
 água, luz e gás;
 base de madeira para compactação;
 balcões de alvenaria, pia, tanque com torneira, etc.;
 locais para guardar e instalar equipamentos.
Os equipamentos deverão ser locados de acordo com o tipo de laboratório. De asfalto, solo
e concreto.

3. SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM

Para locação mais precisa do projeto de terraplanagem será locado o “Eixo 01”. Estaca
0+0,0 na coordenadas N: 7536143.204 e E: 401926.528, até à estaca 229+0,0 na
coordenadas N:7531563.238 e E: 401908.745. O terreno proposto apresenta altas
declividades, o platô proposto cruza com dois cursos d’agua, que tem suas soluções
construtivas definidas no projeto de drenagem, e a elevação média do platô está na
884,58m e apresenta declividade longitudinal de 0.8% e as declividades transversais
variam entre 1.5 e 2.5%, os valores específicos serão dados nas notas de serviço, a partir
do eixo principal, e do eixo criando a partir do bordo do platô, para definir os limites das

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saias de aterros e bermas.

3.1 Serviços preliminares

Será realizada a preparação da área a ser realizada a terraplenagem por etapas a partir da
locação dos canteiros de obras e de administração das obras.

Serão realizados o corte e a remoção de toda vegetação de qualquer densidade e posterior


limpeza da área destinada a implantação do Aeroporto, dotando a superfície de adequadas
condições operacionais para o trânsito dos equipamentos, este desmatamento será
realizado por etapas iniciando em adequando a compensação das áreas de cortes e
aterros.

Será realizada posteriormente a escavação e remoção de tocos, raízes e a camada de solo


orgânico de nível considerado apto para o início da terraplenagem.

A limpeza deve ser iniciada pelo corte das árvores e arbustos de maior porte, tomando-se
os cuidados necessários e de segurança as arvores devem ser amarradas e, se necessário
o corte deve ser realizado em pedaços, a partir do topo. Na operação do terreno o trator
deve trabalhar sempre de cima para baixo.

3.2 Corte

O serviço de terraplenagem é garantir uma compensação entre volumes de corte e aterro.


A terraplenagem projetada será desenvolvida por processos mecanizados. Constará
basicamente da abertura dos cortes e a execução dos aterros para a implantação da
plataforma. Será iniciada com cortes.

3.3 Aterro

O lançamento do material para a construção dos aterros será feito em camadas


sucessivas, em toda a largura da seção transversal do aterro, e em extensões que
permitam seu umedecimento e compactação sem variações. A espessura de cada camada
compactada não deverá ultrapassar de 0,30 m e para as três camadas finais essa
espessura não deverá ultrapassar de 0,20 m. A compactação das camadas deverá ser
executada na umidade ótima, para se obter a massa especifica aparente seca
correspondente a 95% para as camadas inferiores e 100% para as Três camadas finais. A

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inclinação dos taludes de aterro será obrigatoriamente de 1/1.5 com alturas máxima de 15
metros com bermas de 3,50 metros.

3.4 Especificações da terraplenagem

 Escavação e carga mecânica em material de 1ª categoria;

 Transporte de material de qualquer categoria inclusive descarga;

 Espalhamento de solo em bota-fora;

 Compactação de aterros.

Estas especificações serão descritas no documento de Especificações Técnicas de Obras


e Serviços.

3.5 Escavação e carga mecânica em material de 1ª categoria

A escavação e carga mecanizada em material de 1ª categoria compreende a remoção de


qualquer material abaixo da camada superficial de terreno, até as linhas e cotas
especificadas no projeto, utilizando-se os equipamentos convencionais.
A escavação deste tipo de material deverá ser feita mecanicamente salvo no caso de
proximidade de interferência cadastrada ou detectada ou em locais com autorização da
supervisão.
Materiais: Compreendem solos em geral, residual ou sedimentar, seixos rolados ou não,
com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade que
apresentem.
Equipamento: A escavação e carga dos materiais de cortes, empréstimos ou bases de
aterros, nas condições desta especificação, serão executadas mediante a utilização racional
de equipamentos adequados, que possibilitem a execução dos serviços com a produtividade
requerida. Para a escavação serão empregados tratores de esteiras ou pneus, equipados
com lâmina e, quando for o caso, escarificador. A potência dos tratores empregados será
aquela requerida para a execução dos serviços, não podendo ser inferior a 140 HP.
Para a operação de carga serão utilizadas pás carregadeiras de pneus com potência
mínima de 100 HP para materiais sem ou com pouca umidade, e de esteiras quando houver
teor de umidade que obrigue esta opção, principalmente no caso de preparação das bases
dos aterros.
Execução: A escavação será executada de modo a proporcionar o máximo de rendimento e

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economia, em função do volume de material a remover e das dimensões, natureza e


topografia do terreno.
Controle: O acabamento da plataforma de corte da via será procedido mecanicamente, de
forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes
tolerâncias:
 variação de altura máxima de ± 0,10 m para o eixo e bordos;
 variação máxima de largura + 0,20 m para cada semi-plataforma, não se admitindo
variação para menos.
Quanto à remoção dos materiais das bases dos aterros, o controle será feito comparando-se
as espessuras executadas com as estabelecidas no projeto, além do acompanhamento
visual.

3.6 Transporte de material de qualquer categoria inclusive descarga

Esta especificação refere-se, exclusivamente, ao transporte e descarga de material de


qualquer categoria, inclusive o proveniente de demolição de edificações e estruturas, cujo
carregamento é feito por pás carregadeiras ou escavadeiras trabalhando em cortes,
empréstimos ou ocorrências de material destinados às diversas camadas do pavimento.
Quando se tratar de material extraído de cortes da própria via, o transporte dar-se-á, de
preferência, ao longo de sua plataforma; quando for o caso de empréstimos ou ocorrências
de material para a pavimentação, a trajetória a ser seguida pelo equipamento transportador
será objeto de aprovação prévia pela fiscalização. Em se tratando de entulho, o local de
descarga será definido também pela fiscalização que indicará ainda, o trajeto a ser seguido
pelo equipamento transportador. Será permitido o transporte de carga com coroamento,
desde que o complemento colocado na báscula não permita o derramamento da carga
durante o transporte. A área da descarga será definida pela fiscalização e deve oferecer
segurança para o tráfego e manobras do equipamento transportador.

Materiais
Os materiais transportados e descarregados abrangidos por esta especificação podem ser:
 De qualquer das três categorias estabelecidas para os serviços de terraplenagem;
 Qualquer dos materiais utilizados na execução das diversas camadas do pavimento;
 Proveniente da demolição de edificações ou quaisquer outras estruturas de alvenaria
de tijolo ou concreto.

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Equipamento: Para o transporte e descarga dos materiais relacionados no item anterior,


serão usados, preferencialmente, caminhões basculantes, em número e capacidade
adequados, que possibilitem a execução do serviço com a produtividade requerida.
Execução: O caminho de percurso, tanto no caso de cortes, como de empréstimos e
jazidas, deverá ser mantido em condições de permitir velocidade adequada ao equipamento
transportador, boa visibilidade e possibilidade de cruzamento. Especialmente para o caso de
empréstimos ou jazidas, os caminhos de percurso deverão ser, sempre que necessário,
umedecidos para evitar o excesso de poeira, e devidamente drenados, para que não surjam
atoleiros ou trechos escorregadios. O material deverá estar distribuído na báscula do
caminhão, de modo a não haver derramamento pelas bordas laterais ou traseira, durante o
transporte.
Quando se tratar de material proveniente de demolições, este deverá ser distribuído na
báscula, de maneira que permita o cálculo do volume transportado em cada viagem.
A descarga do material será feita nas áreas e locais indicados pela fiscalização, na
constituição dos aterros, nos locais de bota-fora ou depósito para futura utilização e em
áreas internas da própria obra.

Controle: Deverão ser providenciados meios para o controle das viagens do equipamento
transportador, a fim de se evitar que o material seja descarregado antes do local destinado a
recebê-lo, em locais indevidos, ou que não apresente as características exigidas no projeto
para emprego nas diversas camadas constituintes do pavimento.

3.7 Espalhamento de solo em bota-fora

Compreende o espalhamento de material de escavação em bota-fora com trator de esteira,


incluindo adensamento e rampas de acesso à medida que se tornarem necessários.

3.8 Compactação de aterros

Este documento tem como objetivo fixar as condições gerais e o método executivo para a
construção de aterros implantados com o depósito e a compactação de materiais
provenientes de cortes ou empréstimos.

Generalidades
Os aterros são segmentos da via, implantados com o depósito e a compactação de
materiais provenientes de cortes ou empréstimos, no interior dos limites das seções de
projeto que definem a largura da via.
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As operações de aterro compreendem:


 Descarga, espalhamento, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais
oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo do aterro, até 1 m
abaixo da cota correspondente ao greide de terraplenagem;
 Descarga, espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e
compactação dos materiais selecionados, oriundos de cortes ou empréstimos, para a
construção da camada final do aterro, até a cota correspondente ao greide de
terraplenagem;
 Descarga, espalhamento, homogeneização, umedecimento ou aeração e
compactação dos materiais selecionados, oriundos de cortes ou empréstimos,
destinados a substituir eventualmente os materiais de qualidade inferior, retirados
dos cortes;
 Descarga, espalhamento, umedecimento ou aeração e compactação dos materiais
oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a substituir eventualmente os
materiais de qualidade inferior, previamente retirados, a fim de melhorar as
fundações dos aterros.

Materiais
Os materiais deverão ser selecionados dentre os de 1ª, 2ª e, eventualmente, 3ª categoria,
atendendo à finalidade e à destinação no projeto. Os solos relacionados para os aterros,
provirão de cortes ou empréstimos e serão devidamente indicados no projeto. Os solos para
os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micácea, diatomácea, turfas e argilas
orgânicas não devem ser empregadas.
Na execução do corpo dos aterros não será permitido o uso de solos que tenham baixa
capacidade de suporte nem expansão maior do que 4%, salvo se indicado em contrário pelo
projeto. A camada final dos aterros deverá ser constituída de solos selecionados na fase de
projeto, dentre os melhores disponíveis. Não será permitido uso de solos com expansão
maior do que 2%.

Equipamento
A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,
atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Na construção e compactação dos
aterros, poderão ser empregados tratores de lâmina, escavo-transportadores, moto-escavo-
transportadores, caminhões basculantes ou, excepcionalmente, de carroceria fixa,
motoniveladoras, rolos de compactação (lisos, de pneus, pés-de-carneiro, estáticos ou

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vibratórios), rebocados por tratores agrícolas ou auto-propulsores, grade de discos para


aeração, caminhão-pipa para umedecimento, e pulvi-misturador para a homogeneização.
Em casos especiais, onde o acesso do equipamento usual seja difícil ou impossível (áreas
de passeios estreitos, por exemplo), serão usados soquetes manuais, sapos mecânicos,
placas vibratórias, ou rolos de dimensões reduzidas, conforme estabelecido na
especificação do serviço: lançamento e espalhamento de solos em áreas de passeio.

Execução
A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao executante e
constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto. A operação
será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza.
Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas as obras-de-arte
necessárias à drenagem da bacia hidrográfica interceptada pelos mesmos.
É sempre aconselhável que na construção de um aterro, seja lançada uma primeira camada
de material granular permeável, de espessura prevista em projeto, a qual atuará como dreno
para as águas de infiltração no aterro. Nos casos de aterros assentes sobre encostas com
inclinação transversal acentuada, estas deverão ser escarificadas com o bico da lâmina do
trator, produzindo ranhuras, acompanhando as curvas de nível, de acordo com o projeto.
Quando a natureza do solo exigir medidas especiais para solidarização do aterro ao terreno
natural, a fiscalização poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser aterrada.
No caso de aterros em meia encosta, o terreno natural deverá ser também escavado em
degraus. O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em
camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal e em extensões tais, que
permitam as operações necessárias à compactação. Para o corpo dos aterros a espessura
da camada solta não deverá ultrapassar 30 cm. Para as camadas finais, essa espessura
não deverá ultrapassar 20 cm.
No caso de alargamento de aterros, sua execução obrigatoriamente será procedida de baixo
para cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Desde que justificado em projeto,
poderá a execução ser feita por meio de arrasamento parcial do aterro existente, até que o
material escavado preencha a nova seção transversal, complementando-se, após, com
material importado, toda a largura da referida seção transversal. A inclinação dos taludes do
aterro, tendo em vista a natureza dos solos e as condições locais, será fornecida pelo
projeto.
Para a construção de aterros assentes sobre terreno de fundação de baixa capacidade de
carga, o projeto deverá prever a solução a ser seguida. No caso de consolidação por
adensamento da camada mole, será exigido o controle por medição de recalques.
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Quando excepcionalmente e, a critério da fiscalização, for empregado material de 3ª


categoria na execução dos aterros, os fragmentos de rocha deverão ter no máximo de 30
dm³ de volume individualmente. A conformação das camadas deverá ser executada
mecanicamente, devendo o material ser espalhado com equipamento apropriado e
devidamente compactado por meio de rolos vibratórios. Deverá ser obtido um conjunto livre
de grandes vazios e engaiolamentos.
A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua
conveniente drenagem e obras de proteção, mediante a plantação de gramíneas e/ou a
execução de patamares, com o objetivo de diminuir o efeito erosivo da água, sendo de
conformidade com o estabelecido no projeto. Havendo possibilidade de solapamento da saia
do aterro, em épocas chuvosas, deverá ser providenciada a construção de enrocamento no
pé do aterro ou outro dispositivo de proteção, desde que previsto no projeto.
Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo do aterro,
deverão sê-lo na umidade ótima, mais ou menos 3%, até se obter a massa específica
aparente máxima seca correspondente a 95% da massa específica aparente máxima seca,
do ensaio DNER-ME 47-64 (Proctor Normal). Para as camadas finais, a massa específica
aparente seca deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do
mesmo ensaio DNER-ME 47-64 (Proctor Normal).
Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação deverão ser
escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente compactados,
de acordo com a massa específica aparente seca e desvio de umidade exigidas. Durante a
construção dos aterros, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa
conformação e permanente drenagem superficial.

Controle geométrico
O acabamento da plataforma de aterro será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-
se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:
 Variação da altura máxima de ±5 cm para o eixo e bordos;
 Variação máxima da largura + 30 cm para a plataforma, não se admitindo
variação para menos.
O controle será efetuado por nivelamento do eixo e bordos.
O acabamento, quanto à declividade transversal e à inclinação dos taludes, será verificado
pela FISCALIZAÇÃO, de acordo com o projeto.

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Controle tecnológico
Controle tecnológico será embasado nas seguintes etapas:
 Um ensaio de compactação, segundo o método DNER-ME 47-64 (Proctor Normal),
para cada 1000 m³ de um mesmo material do corpo do aterro;
 Um ensaio de compactação, segundo o método DNER-ME 47-64 (Proctor Normal),
para cada 200 m³ de um mesmo material das camadas finais do aterro;
 Um ensaio para a determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para
cada 1000 m³ de material compactado no corpo do aterro, correspondente ao ensaio
de compactação referido no 1º parágrafo deste item, e no mínimo duas
determinações por dia, em cada camada de aterro;
 Um ensaio para a determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para
cada 100 m³ das camadas finais do aterro, alternadamente no eixo e bordos,
correspondente ao ensaio de compactação referido no 2º parágrafo deste item;
 Um ensaio de granulometria (DNER-ME-80-64), do limite de liquidez (DNER-ME-44-
64) e do limite de plasticidade (DNER-ME-82-63), para o corpo do aterro, para todo
grupo de dez amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo o 1º
parágrafo deste item;
 Um ensaio de granulometria (DNER-ME-80-64), do limite de liquidez (DNER-ME-44-
64) e do limite de plasticidade (DNER-ME-82-63), para as camadas finais do aterro,
para todo grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação,
segundo o 2º parágrafo deste item.

 Um ensaio do índice de suporte Califórnia com a energia do método (DNER-ME-47-


64) (Proctor Normal), para as camadas finais, para cada grupo de quatro amostras
submetidas ao ensaio de compactação, segundo o 2º parágrafo deste item.

4. GEOTÉCNICA

A observação de obras geotécnicas mediante instrumentação adequada, tanto em


relação ao seu comportamento, quanto na interação solo-estrutura, é de fundamental
importância para o controle do desempenho da obra.

Dependendo do tipo de obra, tais observações são feitas com os seguintes objetivos:

• Acompanhar o desempenho da obra, durante e após sua execução, para permitir


tomar, em tempo, as providências eventualmente necessárias a fim de garantir a utilização
e a segurança da obra;

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• Esclarecer anormalidades constatadas em obras já concluídas, inclusive no que diz


respeito às construções existentes nas proximidades;

• Ampliar a experiência local quanto ao comportamento do solo;

• Permitir comparação de valores medidos com valores calculados.

As obras geotécnicas serão divididas nos grupos a seguir:

• Execução de fundações;

• Execução de contenções;

• Execução de consolidação do solo;

• Execução de ensecadeira celular;

• Execução de drenagem interna de aterros e taludes;

• Execução de recomposição de erosão em vias a meia encosta.

4.1 Considerações sobre os ensaios geotécnicos

Caracterização

Os ensaios de solo serão:

 Granulometria por peneiramento – MB – 32.

 Limite de Alterberg (ensaios físicos) – MB-30(LL) e MB-31(LP).

Avaliação da resistência e expansão

Os ensaios para avaliação da resistência e expansão serão:

 Compactação do subleito. AASHO Modificado. 05 (cinco) camadas de 55 (cinquenta e


cinco) golpes.

 Teor de umidade e Massa Específica seca máxima.

 CBR – Índice Suporte Califórnia – MÉTODO DIRENG. 03 (três) corpos de prova na


umidade ótima; 05 (cinco) camadas de 12 (doze), 26 (vinte e seis) e 55 (cinquenta e
cinco) golpes, imersão por 04 (quatro) dias, rompe e calcula o CBR Final que é o
equivalente a 95% da densidade máxima;

 Densidade “in sito”.

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Será apresentado para estes ensaios:

 Quadro demonstrativo;

 Croqui dos furos de sondagens da pista de pouso, da pista de táxi e pátio de manobras;

 Fichas dos ensaios;

 Fichas das sondagens;

 Classificação suca e hrb.

As sondagens deverão ser executadas da seguinte maneira:

 Sondagem a trado 4” até 3,00 m;

 Trincheiras 60cm x 60cm até 1,50m e coleta dos materiais;

 Sondagem a percussão, verificação do nível d’água.

4.2 Fundações

A execução das fundações será iniciada após os serviços de terraplenagem, ou acerto


do terreno e a remoção de obstáculos que possam prejudicar a movimentação de
equipamentos e de pessoal. A locação das fundações será realizada com piquetes e
gabaritos de madeira, com o acompanhamento da Fiscalização. Cuidados especiais
deverão ser dados na execução de estacas inclinadas, cuja localização, em planta, varia
com a cota do terreno de implantação.

4.3 Estruturas de contenção

Contenção é todo elemento ou estrutura destinada a contrapor-se a empuxos ou tensões


geradas em um maciço cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de
escavação, corte ou aterro.

Em qualquer obra de contenção, o início dos trabalhos se dá com o corte do terreno,


ou a remoção do material escorregado e rompido. Dependendo do local, estes trabalhos
devem ser realizados, por etapas, de forma a evitar um desconfinamento que comprometa a
estabilidade da área.

A seguir serão abordadas as metodologias construtivas de obras de contenção.

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4.4 Ensecadeiras

Ensecadeiras são obras auxiliares que tem como função dar proteção à área de trabalho
da obra principal contra a ação das águas de córregos, rios, represas, entre outros.
Existem várias alternativas para execução de ensecadeiras, sendo que a sua escolha
dependerá, entre outras, da área a ser ensecada, das vazões e velocidades envolvidas,
assim como das alturas da lâmina d’água. Como exemplo de obras relativamente simples,
que serviriam para ensecar cursos d’água de baixa vazão, podemos citar: enrocamento
com pedras, sacos com solo cimento, bolsacreto, etc.

5. DRENAGEM

5.1 Estrada de acesso

O desenvolvimento do projeto de drenagem foi elaborado a partir de estudos hidrológicos


contemplando as bacias de contribuições com o intuito de determinar as vazões
necessárias em cada ponto.

A partir da determinação das vazões, foi possível dimensionar e determinar os dispositivos


de captação e condução do fluxo demandado, para que não haja algum tipo de transtorno
como excesso de agua na plataforma da via e consequentemente prejudique os seus
usuários.

Foram recomendados dispositivos do tipo valeta de proteção de corte (VPC), valeta de


proteção de aterro (VPA), sarjetas triangulares de concreto, sarjetas trapezoidais de
concreto, entrada para descidas d’água (EDA) dentre outros, conforme os detalhes de
drenagem (AIPA-22DET-02DETALHES.GERAIS), todos conforme o Álbum de Projetos-
Tipo de Dispositivos de Drenagem-Publicação IPR-736 Do DNIT.

5.2 Descrição do sistema viário e acessos (lado terra)

Para efeito de desenvolvimento do projeto de drenagem superficial das vias a serem


implantadas na área do sítio do AIPA foram caracterizadas as seções transversais típicas,
conforme o exposto a seguir.

No eixo 1 admitiu-se galeria e caixa coletora a cada 40m nas seções com caimento para
ambos os lados (seção coroada) e nas seções com caimento para um dos lados adotou-se

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canaleta de fundo variável por apresentar inclinação de 0%. No eixo 2 o caimento é para
um dos lados onde a drenagem será feita pela caixa coletora do eixo 1 com abertura para o
eixo2, e onde a inclinação for de 0% foi adotado canaleta de fundo variável.

Nos eixos 3/4/5/6/7/8/9 o caimento para ambos os lados a drenagem será feita por galeria e
caixa coletora a cada 40m.

No acesso sul o caimento é para um lado da pista, foi adotada entrada d’ água a cada 40m
com deságue para o terreno natural.

A drenagem das rótulas foi feita por entrada e descida d’ água com deságue em uma
canaleta central onde a água será captada por uma caixa coletora ligada a galeria.

Os diâmetros adotados foram de Ø 0,4m no sentido transversal com comprimento máximo


de 10,5m e no sentido longitudinal foi adotado Ø 0,8m, para facilitar a limpeza e
manutenção.

Nas seções em corte/aterro foi adotada valeta de proteção de corte e de aterro,


respectivamente.

Assim, as principais estruturas de drenagem a serem implantadas serão as seguintes:

 Meios-fios: são estruturas de pedra ou concreto localizados entre a calçada e a pista


de rolamento, responsáveis pela limitação da faixa de tráfego;

 Sarjetas de canteiro central: são calhas que captam as águas provenientes das
pistas e do próprio canteiro central e as conduz longitudinalmente até serem
captadas por caixa coletoras;

 Sarjetões: calhas localizadas nos cruzamentos das vias, formadas por depressões
no pavimento;

 Caixa coletora de gaveta: são dispositivos de captação localizados junto ao meio-fio,


e entradas laterais;

 Galerias: tubulações ou canais enterrados cujo objetivo é conduzir as águas pluviais


até os pontos de deságue;

 Valeta de proteção de corte: são dispositivos que interceptam as águas que


escorrem pelo terreno natural a montante impedindo-as de atingir o talude de corte;

 Valeta de proteção de aterro: são dispositivos que interceptam as águas que


escoam pelo terreno natural a montante impedindo-as de atingir o pé do talude de
aterro.

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5.3 Descrição do sistema lado ar

5.3.1 Pista de pouso e decolagem

Para efeito de desenvolvimento do projeto de drenagem superficial da pista de pouso e


decolagem a ser implantada na área do sítio do AIPA foram caracterizadas as seções
transversais típicas, conforme o exposto a seguir.

Admitiu-se a uma distância de 140m do EIXO 1 (Eixo da Pista de Pouso, Lado Esquerdo), a
partir da estaca 4+0,00, canaletas com altura variando de 0,5m a 2,2m de altura, com
deságue para os bueiros nas estacas 35+0,00 e 80+0,00 de seções circulares com Ø 1,5m
do tipo CA-3. Na estaca 173+0,00 no final do EIXO 1, o deságue da canaleta com altura
1,75m se dá para a Bacia de Sedimentação. A canaleta sofre uma descontinuidade na
estaca 4+0,00, partindo da estaca -5+0,00 seguindo no sentido contrário ao estaqueamento
contornando a reza e desaguando na Bacia 1.

As canaletas do EIXO 2, encontram-se a 238,75m do EIXO 1 (Eixo da Pista de Pouso),


com a altura variando de 0,5m a 2,57m, com deságue também para os bueiros nas estacas
35+0,00 e 80+0,00. Na estaca 150+0,00, a canaleta com ângulo de 45° e comprimento de
141,42m, encontra-se com a canaleta do EIXO 1 e deságua na Bacia de Sedimentação. Na
estaca 0+0,00 a canaleta segue em sentido contrário ao estaqueamento, onde encontra-se
com ângulo de 45° com a canaleta EIXO 1, prosseguindo até a Bacia 1 onde é feito o
deságue.

O EIXO 3 está a uma distância de 338,75m do EIXO1 (Eixo da Pista de Pouso), a canaleta
tem início na estaca 35+0,00 e fim na estaca 80+0,00 com altura variando de 0,6m a 2,2m.

Nas seções em corte e aterro foi adotada valeta de proteção de corte e de aterro,
respectivamente. Todas canaletas terão seção trapezoidal e aberta.

5.3.2 Taxiamento

Para efeito de desenvolvimento do projeto de drenagem superficial da pista de taxiamento


a ser implantada na área do sítio do AIPA foram caracterizadas as seções transversais
típicas, de todos os eixos do projeto geométrico da Fase 02.

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5.3.3 Pátio de aeronaves

Para efeito de desenvolvimento do projeto de drenagem superficial do pátio de aeronaves a


ser implantado, foram caracterizadas as seções transversais típicas. Então além da
declividade superficial, para os 3 pátios, implantados na Fase 01. Também será
implementado drenos profundos, nas áreas de pavimento rígido, e captação especial para
caixa separadora de óleo.

5.3.4 Acesso ao SESCINC

Para efeito de desenvolvimento do projeto de drenagem superficial do acesso ao SESCIC a


ser implantado, foram caracterizadas as seções transversais típicas. Com uma via
independente, para o livre acesso, dos veículos de combate a incêndio e o platô da unidade
do SESCINC, terá escoamento superficial e captação por canaletas laterais e lançamento
por escadas hidráulicas e canais.

5.4 Taludes

Os talude receberam dispositivos como Valetas de Proteção de Corte (VPC), Valetas de


Proteção de Aterro (VPA), Descida D’Agua de Corte em Degraus (DCD), Descida D’Agua
de Aterro em Degraus (DAD), valeta de proteção de corte (VPC), valeta de proteção de
aterro (VPA), sarjetas triangulares de concreto, sarjetas trapezoidais de concreto, dentre
outros, conforme os detalhes de drenagem (AIPA-22DET-02DETALHES.GERAIS), todos
conforme o Álbum de Projetos-Tipo de Dispositivos de Drenagem-Publicação IPR-736 Do
DNIT.

5.5 Canais de drenagem

Nas drenagens de fundo de vale em que haja disponibilidade de espaço, serão utilizados
canais abertos com revestimento de concreto, estrutural ou não, para o esgotamento de
águas pluviais. Quando estas forem necessárias, deverá ser seguida a metodologia de
construção de canais revestidos em manta-gabião (revestimento flexível), eliminando a
aplicação deste dispositivo.

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5.5.1 Canalização com estrutura de concreto armado

A concepção apresentada nesta metodologia prevê a incorporação das fundações nas


paredes da estrutura definitiva. O tipo de estrutura de contenção deverá ser o previsto em
projeto, e com dimensões adequadas à sua incorporação na estrutura definitiva.

Execução das Fundações: Após a limpeza e remoção de interferências, deverão


ser executadas as fundações para implantação da estrutura. Conforme a solução
adotada em projeto, estas poderão ser em estacas metálicas, injetadas,
moldadas “ in loco”, hélice contínua, parede diafragma, etc. As fundações deverão
ser executadas em ambas as margens do córrego, antes de se iniciarem os trabalhos
de escavação.

Ensecadeira

Completados os trabalhos de fundação e escoramento das paredes laterais da


escavação, deverá ser instalada a ensecadeira de primeira fase, para possibilitar a
execução dos trabalhos de execução da galeria. O posicionamento da ensecadeira e sua
extensão deverão estar de acordo com as especificações de projeto e o planejamento da
obra.

No interior da área ensecada, deverá ser implantada drenagem de águas pluviais e de


infiltração, convergindo para um poço onde deverá ser instalado sistema de bombeamento,
para esgotamento das referidas águas.

Escavação

Completados os serviços de fundações e ensecamento da área, poderá ser iniciado o


trabalho de escavação. Para início dos trabalhos deverá se aguardar o tempo necessário
de cura do concreto das fundações, conforme especificações do projeto.

Para a escavação da vala, duas situações são previstas:

• Quando há espaço suficiente, a escavação é feita em ambos os lados da fundação,


conforme indicado nos desenhos, aliviando as cargas nas paredes da fundação durante o
período de obras;

• Em locais com restrição de espaço, a escavação será feita somente do lado interno da
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obra.

Implantação da Obra

Completada a escavação deverá ser executada a estrutura de concreto armado da


canalização. Na execução da estrutura deverão ser seguidos todos os procedimentos e
especificações técnicas estabelecidos para este tipo de obra.

Segunda Fase de desvio

Completadas as obras da primeira fase, deverão ser removidas as instalações de


esgotamento e as ensecadeiras, construindo na sequência a ensecadeira de segunda fase,
sobre a parte da laje de concreto do fundo já construída.

No interior da ensecadeira serão executados os trabalhos de escavação e construção da


estrutura de concreto, em conformidade com o já estabelecido para a primeira fase de obras.

5.5.2 Canalização de córregos com proteção

A concepção apresentada nesta metodologia prevê estrutura de contenção com fundação


direta.

Escavação

A escavação do local para a implantação da contenção deverá ser executada deixando


septo de ensacamento, obedecendo a conformação geométrica estabelecida em projeto.

Execução da Fundação

Deverá ser executado tratamento da fundação com solo-cimento ou lastro de concreto. A


espessura e teor de cimento do tratamento da fundação serão definidos em projeto.

Na sequência será executada a implantação da obra de contenção sobre o tratamento de


fundação executado.

Junto à obra de contenção em concreto, serão instaladas as peças do revestimento de


gabião do tipo colchão manta sobre o solo-cimento. Nesta fase deverá ser efetuado o
chumbamento dos gabiões. Montadas e fixadas as caixas dos gabiões, deverá ser
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realizado o preenchimento das mesmas com pedras de acordo com as especificações


do projeto.

Execução do Reaterro Compactado

O reaterro só poderá ser efetuado após a montagem dos gabiões e do concreto da


estrutura de contenção ter atingido os níveis de resistência especificados pelo projeto.
Nesta fase será executado o colchão drenante bem como o barbacã junto à estrutura
de contenção, no caso das estruturas em concreto. Uma vez executado o reaterro, será
realizado o tratamento superficial do talude.

6 DRENAGEM PLUVIAL

6.1 Escavação de valas

Objetivo

Objetiva regulamentar os serviços inerentes à escavação mecânica e/ou manual de valas,


tomando-se como referência a legislação pertinente.

Metodologia de execução

Em função das características do material, profundidade da escavação ou condições


específicas de projeto, poderão ser utilizados na execução de serviço, equipamentos tais
como:

 Ferramentas manuais;

 retroescavadeiras;

 Escavadeiras sobre esteira ou pneus;

 Draga de arraste;

 Equipamentos e ferramentas a ar comprimido;

 Outras ferramentas ou equipamentos, desde que aprovados pela fiscalização.

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Especificações técnicas

Os serviços de escavação de valas obedecerão ao disposto nesta especificação, quanto à


execução, tipos de materiais escavados, esgotamento, escoramento e reaterro. A execução
dos serviços cobertos por esta especificação deverá atender às exigências da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A demarcação e acompanhamento dos serviços a
executar devem ser efetuados por equipe de topografia da CONTRATADA. Compete à
fiscalização aprovar as Notas de Serviço elaboradas pela CONTRATADA, após a locação e
conforme larguras, profundidades e declividades fornecidas pelo projeto.

Antes de se iniciar os serviços de escavação a CONTRATADA deverá solicitar aos órgãos


concessionários de serviços públicos, cadastros de redes subterrâneas de água, esgoto,
energia elétrica, telefonia, transmissão de dados e sinalização de tráfego, a fim de que
sejam compatibilizadas possíveis interferências identificadas no cadastramento
apresentado, visando evitar danos a estas instalações. As valas escavadas serão protegidas
contra infiltração de águas pluviais, com objetivo de evitar retrabalho para remover
sedimentos de erosões e desbarrancamentos inerentes às ações das chuvas.

Eventuais esgotamentos de águas nascentes no fundo das escavações das valas poderão
ser drenados por bombeamento, constatada a impossibilidade para drenagem através do
ponto de lançamento da rede. A utilização de explosivos, para qualquer que seja a
finalidade, só será permitida após autorização da fiscalização, não eximindo a contratada
das responsabilidades de seus efeitos. A execução dos serviços deve ser protegida e
sinalizada contra riscos de acidentes, conforme normas da contratada.

A eventual remoção de pisos ou pavimentos, ou outra obra executada, deverá ser feita na
dimensão estritamente necessária, sob aprovação da fiscalização e sua reconstituição
executada de acordo com seu projeto. Os materiais reaproveitáveis devem ser limpos e
armazenados em locais, que menos embaraços causem à obra. Atenção especial deve ser
dada às valas em proximidade de obras já existentes, acompanhando as diversas etapas de
execução, para que seja possível adotar, quando necessário, as medidas cabíveis de
proteção.

Em caso de divergência entre elementos do projeto, serão obedecidos os seguintes casos:

 Divergências entre as cotas assinaladas em projeto e as suas dimensões medidas


em escala; prevalecerão as primeiras;

 Divergência entre desenhos de escalas diferentes; prevalecerá a última revisão.

Antes do início da escavação, deverá ser promovida a limpeza da área, retirando entulhos,
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tocos, raízes, etc. A escavação deve ser feita mecanicamente, sempre com o uso de
equipamentos adequados. Dependendo da localização da obra a ser executada e sempre
com autorização da contratada, poderá ser feito manualmente, após constatada a
impossibilidade do uso de máquinas. Quando executadas mecanicamente, o acerto do
fundo da vala deve ser preferencialmente manual, ou com equipamento mecânico, desde
que atenda às tolerâncias prescritas nesta especificação. As valas deverão ser abertas
preferencialmente no sentido de jusante para montante, a partir dos pontos de lançamento
ou de pontos, onde seja viável o seu esgotamento por gravidade, caso ocorra presença de
água durante a escavação. Para assentamento de tubos, a largura da vala deve obedecer
ao quadro adiante, conforme medidas preestabelecidas e padronizadas pela contratada. As
valas para os poços de visitas terão dimensões internas livres, no mínimo, igual à medida
externa da câmara ou balão acrescida de 60 cm.

Durante a execução das escavações das valas, estas deverão ser inspecionadas
verificando-se a existência de solos com características e natureza tais que, comparadas
com as exigências de projeto, necessitem ser removidos ou substituídos. O fundo das valas,
antes do assentamento da obra, deverá ser regularizado, compactado e nívelado nas
elevações indicadas em projeto, com uma tolerância de ±1 cm. Qualquer excesso de
escavação ou depressão no fundo da vala, deve ser preenchida com material granular fino
compactado, às expensas da contratada.

O material escavado será depositado, sempre que possível, de um só lado da vala, afastado
de 1,00 m da borda da escavação. Em casos especiais, poderá a fiscalização determinar a
retirada total ou parcial do material escavado. Os taludes das escavações de profundidade,
quando realizados na vertical, devem ser escorados com peças de madeira ou perfis
metálicos, assegurando estabilidade de acordo com a natureza do solo, conforme
determinação da norma NR-18 de Segurança do Trabalho e especificações da contratada.
O talude de escavação, com profundidade até 1,50 m, quando não escorado, deverá ter sua
estabilidade assegurada com as paredes da vala rampada.

Escavação em solo mole

Quando a execução da escavação se caracteriza pela obrigatoriedade de utilização das


dragas de arraste, a ocorrência mais comum é em leito de rio ou córrego, com escavação
para construção de canais ou galerias.

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Escavação em material de 3ª categoria

Quando o material apresenta resistência ao desmonte equivalente à rocha não alterada, ou


blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1 m ou volume igual ou maior a 2 m³, a
extração se fará com o emprego contínuo de equipamento de ar comprimido e/ou explosivos
até a redução dos blocos a dimensões compatíveis com os equipamentos de carga e
transporte.

Escavação em material de 1ª e 2ª categorias

Quando a escavação pode ser executada satisfatoriamente com a utilização de ferramentas


manuais, retroescavadeiras ou escavadeiras.

Escavação manual

Será aquela executada com ferramentas manuais até uma profundidade de 1,50 m, onde
não for possível a escavação por processo mecânico devido a interferências com redes de
serviços públicos, área acanhada, difícil acesso ao equipamento ou em pequenas valas,
acertos e regularizações de terreno e outras condições, a critério da fiscalização.

Escavação mecânica

A escavação deve, sempre que possível, prosseguir de jusante para montante e executada
em caixão (talude vertical), podendo ser executada em talude inclinado, desde que previsto
em projeto ou determinado pela fiscalização. Sempre se processará mediante o emprego de
equipamento mecânico específico para o tipo de solo e profundidade de escavação.

Controle tecnológico

Os serviços de escavação para abertura de valas com a finalidade de construção de caixas


e tubulações devem incluir entre outros: “Limpeza da área na linha de locação das
tubulações, escavações, deposição do material ao lado da vala, reaterro e remoção do
excesso, escoramentos de tábuas e pontaletes, reaterro e apiloamento, nivelamento e
consolidação do fundo da vala, escavações complementares para serviços quando
necessários, esgotamento de águas, enfim todos os serviços necessários aqui mencionados
ou não, para assegurar a correta locação em linha e nível, bem como a segurança do

38
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pessoal durante a obra”.

6.2 Carga e descarga mecânica de solo

Durante a execução dos serviços a contratante poderá solicitar a substituição / ou remoção


de qualquer equipamento que não atenda à demanda esperada. Os materiais obtidos serão
empregados sempre com autorização da contratante. Sempre que possível a contratante
deverá programar o uso do material escavado imediatamente, caso contrário, deverá
providenciar pilhas de estocagem, sendo que estas deverão estar o mais próximo possível
do local a ser aplicado, e de forma que não interfira no andamento da obra.

Os materiais julgados como não reaproveitáveis pela contratante serão enviados para bota-
foras devidamente legalizados e aprovados conforme critérios da contratante.

A contratada deverá previamente apresentar os caminhos e distâncias de transporte (bota-


fora, empréstimo, depósito, etc), delimitando as áreas, fixando taludes e volumes a serem
depositados.

Na conclusão dos trabalhos, a superfície deverá apresentar um bom aspecto, organização e


estar devidamente drenada a fim de evitar qualquer tipo de erosão / dano à obra e/ou áreas
vizinhas.

6.3 Reaterro e compactação de valas

Os aterros ou reaterros serão espalhados manualmente no interior da vala e compactados


mecanicamente, para assegurar o perfeito recobrimento das redes implantadas e o
completo acabamento dos serviços. Quando se tratar de serviços de recomposição de valas
de drenagem ou de execução de remendos em pavimentos já existentes, admitir-se-á o uso
de equipamentos de menor porte para a compactação da camada, desde que a área da vala
ou do remendo a ser trabalhada não permita o uso dos equipamentos usuais, a critério da
Fiscalização.

Metodologia de execução

Para o reaterro compactado de valas podem ser empregados os equipamentos tais como:

 compactadores de placa vibratória (elétricos, à diesel ou gasolina);

 equipamentos de percussão (sapos mecânicos a ar comprimido);

39
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 rolos compactadores de pequenas dimensões;

 soquetes manuais com mais de 30 kg.

Especificações Técnicas

Para a compactação do fundo das valas, deverá ser procedido o seguinte:

 Os fundos de valas deverão ser regularizados e fortemente compactados, utilizando-


se compactadores de solos do tipo compactador de placas.

 O lançamento do concreto nas valas, para assentamento da rede tubular, só se dará


após a aprovação e a liberação por parte da Fiscalização.

O reaterro compactado das áreas entre cintas e paredes das valas, deverá ser executado
mecanicamente com vibrador de placas. O material usado para o reaterro deverá ser
umedecido e compactado até apresentar o grau de compactação adequado, de
conformidade com a norma NB-501-80, da ABNT. Os solos e materiais empregados como
aterro ou reaterro, serão descarregados no interior da vala, sobre a canalização ou rede
tubular construída, após a liberação e autorização da Fiscalização. Os aterros serão
espalhados e regularizados com o auxílio de ferramentas manuais. Na operação, serão
removidos galhos, matacões, entulhos e demais rejeitos, indesejáveis ao bom desempenho
do reaterro da vala.

Controle Executivo

O reaterro de vala deverá ser executado sempre que possível com o mesmo material
retirado da vala, com equipamento compatível com a largura da vala e condições locais. A
critério da Fiscalização o material de reaterro poderá ser substituído, sendo a operação
medida e remunerada à parte. As camadas soltas deverão apresentar espessura máxima de
30 cm e compactadas a um grau de 100 ou 95% do Proctor Normal, devendo ser
umedecidas e homogeneizadas quando necessário. A operação deverá ser sempre
mecanizada, só sendo permitido o reaterro manual com uso de soquete em locais onde não
seja possível o uso de equipamento mecânico, a critério da Fiscalização.

O reaterro em redes tubulares de concreto, até 20 cm acima da geratriz superior do tubo


deverá ser executado manualmente com soquetes leves ou maço, devendo ser apiloado,
sem controle do grau de compactação. Proceder, sempre, a compactação no entorno de
poços de visita de redes de drenagem pluvial executadas, com compactadores de placa
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vibratória, executando-se as passadas suficientes à compacidade exigida em projeto e


orientada pela Fiscalização. O entorno das caixas de bocas-de-lobo merece cuidados
semelhantes utilizando para compactação manual ferramentas informais, devido ao
pequeno espaço entre o corte e a parede da caixa

Controle tecnológico

Deverão ser realizados os ensaios de controle de compactação segundo as normas do


DNER-ME 47-64 (Proctor Normal) e só liberadas as camadas de acordo com as exigências
normativas. Qualquer dúvida na procedência e na qualidade dos materiais utilizados em
reaterro deverão ser procedidos os ensaios de caracterização nos mesmos. Os materiais
deverão obedecer às especificações e serem submetidos aos ensaios previstos na ABNT.

6.4 Escoramento

Escoramento é o reforço aplicado às paredes de uma vala, com finalidade de evitar


desbarrancamentos, proporcionando segurança durante a execução de redes de drenagem.
As especificações a seguir apresentadas se propõem a detalhar os tipos de escoramento.

O sistema blindado Seguro foi desenvolvido para garantir a máxima segurança em serviços
de aberturas de valas. A sua simplicidade e rapidez permite alcançar elevados índices de
produtividade com total segurança, substituindo integralmente a utilização de estacas
pranchas. O seu sistema é constituído por duas paredes metálicas paralelas conectadas por
meio de estroncas, que variam de tamanho de acordo com o diâmetro do tubo a ser utilizado
na vala. Também permite escavações em qualquer profundidade, através de
sobreelevações afixadas sobre a blindagem padrão.

O sistema Light foi desenvolvido para valas com profundidade máxima de 2,50m. Sua
leveza permite a utilização de retroescavadeiras no trabalho de remanejamento horizontal
do sistema, bem como substitui com total segurança e rapidez os pranchões de madeira ou
metálicos utilizados para o escoramento contínuo das valas.

Definições

Escoramento contínuo: é aquele que cobre toda a superfície lateral da vala, ou seja, as
peças da posição vertical deverão estar justapostas.

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Pranchões verticais: são as peças de madeira colocadas na posição vertical dentro da vala.

Longarinas: são as peças assentadas longitudinalmente nas laterais interiores da vala e que
servem de suporte para a verticalidade dos pranchões.

Estroncas: são as peças transversais à vala que garantem o suporte vertical dos pranchões.

Ficha: é a parte do pranchão vertical que fica abaixo do greide de fundo da vala.

Estacas verticais: são as peças metálicas (perfis “I”) cravadas verticalmente nas laterais das
futuras valas.

Pranchões horizontais: são as peças de madeira colocadas na posição horizontal da forma a


cobrir toda a superfície lateral da vala entre estacas verticais adjacentes;

6.4.1 Escoramento contínuo tipo a

O escoramento contínuo deverá ser usado nos casos em que o terreno não apresentar
estabilidade suficiente tais como argila mole, solos arenosos e/ou na presença de água, ou
quando a profundidade de escavação for superior a 3 m. O uso de escoramento contínuo
tipo A se limita a uma profundidade máxima de 4 m e uma largura máxima de 3 m. Não será
permitido usar como escoramento qualquer material diferente dos padronizados e
especificados.

Especificações

Os pranchões verticais serão em madeira de 30 cm de largura por 5,00 cm de espessura.


Os pranchões deverão ter resistência superior a tf >= 135 kg/cm2. As longarinas serão em
peças de madeira de 20 cm de largura por 5,00 cm de espessura. A resistência das peças
longarinas devem ser superior a tf > = 135 kg/cm2. As estroncas serão em peça de eucalipto
com diâmetro Ø = 15 cm. As estroncas deverão ter resistência superior a tc > = 104 kg/cm2.

Ensaios

Os ensaios aqui preconizados são os exigidos pelas normas brasileiras.

 Métodos brasileiros – NBR-6230/80 – Ensaios físicos e mecânicos.

 Norma Brasileira – NBR-7190/82 – Cálculo e execução de estruturas de madeira.

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Quantidades

Discriminação Unidade Tipo A


Pranchão de madeira 5,0 x 30 - laterais m2 / m2 var
Pranchão de madeira 5,0 x 20 - longarinas cm m2 / m2 var
Estronca de Eucalipto Ø15 m / m2 var
Chapuz de peça 8 x 8 un / m2 var
Idem m3/ un 0,0004

6.4.2 Escoramento contínuo tipo b

O escoramento contínuo somente deverá ser usado em solos instáveis. Em solos de argila
mole, arenosos e na presença de água, deverá ser usado escoramento contínuo. O
escoramento em perfis pranchados (tipo B) deverá ser recomendado somente para
profundidades entre 4 a 6 m. Não será permitido usar como escoramento qualquer material
que não seja padronizado e especificado.

Especificações

No escoramento contínuo tipo B, as estacas verticais, longitudinais e estroncas serão em


perfil “I”, padrão americano de dimensões estabelecidas na tabela apresentada no item. Os
perfis “I” deverão ser novos ou estar em perfeito estado de conservação. Na cravação
deverá ser garantida a verticalidade dos perfis, não se admitindo qualquer variação. Os
pranchões horizontais serão em madeira de 30 cm de largura por 5,5 cm de espessura. Os
pranchões deverão ter resistência superior a tf > = 135 kg/cm2.

Ensaios

Os ensaios aqui preconizados são os estabelecidos pelas Normas Brasileiras, para o


dimensionamento do aço e da qualidade das peças.

Quantidades

Discriminação Unidade Qtde


Pranchão de madeira 5,5 x 30 m2 / m2 1
Estacas verticais m / m2 0,9
Longarinas m / m2 var
Estroncas m / m2 var
Apoios e calços - var

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Dimensões

O escoramento contínuo tipo B deverá obedecer ao esquema estrutural anexado ao final


deste capítulo. Poderão ser usadas como estronca, peças roliças de eucalipto, desde que
obedecidas as dimensões especificadas. Deverão ser obedecidas as seguintes dimensões
para longarinas e estroncas, considerando as diversas larguras de valas:

Especificações de estaca prancha

Legenda: B = Largura da Vala

6.4.3 Escoramentos descontínuos tipos a e b

O escoramento descontínuo somente deverá ser usado em solos estáveis. Em solos de


argila mole, arenosos e na presença de água não deverá ser usado escoramento aberto.
Em valas com profundidade superior a 1,5 m (um metro e meio) é obrigatório o uso de
escoramento. O escoramento descontínuo deverá ser usado em valas com profundidade
máxima de 3,0 (três) metros. Não será permitido usar como escoramento qualquer material
diferente dos padronizados e especificados.

Especificações

Os pranchões verticais serão de madeira de 30 cm de largura e 7,5 cm de espessura. Os


pranchões deverão ter resistência superior a δf > = 135 kg/cm2. As longarinas serão em
peças de madeira de 20 cm de largura e 7,5 cm de espessura. A resistência das peças
longarinas deve ser superior a δf > = 135 kg/cm2. As estroncas serão em peças de eucalipto
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com diâmetro Ø = 9 cm. As estroncas deverão ter resistência superior a δc > = 104 kg/cm2.

Ensaios

Os ensaios aqui preconizados são os exigidos pelas Normas Brasileiras.

 Métodos Brasileiros – NBR-6230/80 – Ensaios físicos e mecânicos

 Norma Brasileira – NBR-7190/82 – Cálculo e execução de estruturas de madeira.

Quantidades para escoramento descontínuo tipo A

Discriminação Unidade Tipo A


Pranchão de madeira 5,5 x 30 m2 / m2 var
Estronca de Eucalipto Ø9 m / m2 var
Chapuz de peça 8 x 8cm un / m2 var
Idem m3/ un 0,0004

Quantidades para escoramento descontínuo tipo B

Discriminação Unidade Tipo B


Pranchão de madeira 5,5 x 30 m2 / m2 var
Pranchão de madeira 5,5 x 20 m2 / m2 var
Estronca de Eucalipto Ø15 m / m2 var
Chapuz de peça 8 x 8cm un / m2 var
Idem m3/ un 0,0004

6.4.4 Escoramento de madeira em valas, tipo pontaleteamento

Compreende todos os serviços necessários, inclusive fornecimento dos materiais, para


execução da estrutura de escoramento, tipo pontaleteamento, para contenção das paredes
da vala, com pontaletes, pranchões, longarinas e estroncas, conforme normas COPASA
n.T-014/-, inclusive as atividades de recuperação do material de escoramento e remoção e
transporte até 100m, para nova utilização. Inclui, ainda, inspeção e manutenção
permanente, com execução de todos os reparos e reforços necessários a segurança.

6.4.5 Escoramento continuo metálico de valas, tipo estaca prancha

Estrutura de escoramento metálico contínuo, compreendendo os serviços de mobilização e


desmobilização dos equipamentos, posicionamento, cravação e retirada das estacas

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pranchas metálicas tipo BZ 300 A, e=8 mm, Brafer ou similar e estroncamento, longarinas e
transversinas em viga I 12", considerando ainda a ficha necessária e o reaproveitamento do
material.

6.5 Boca de lobo tipo b

Com o objetivo de classificar e estabelecer formas e dimensões a serem aplicadas às boca-


de-lobo destinadas à área do aeroporto, foi elaborada esta norma. A boca-de-lobo tipo B é
constituída de um conjunto de elementos denominados: grelha, quadro e cantoneira
fabricados em concreto estrutural.

Definições

Grelha: É o dispositivo constituído por barras longitudinais e transversais, possuindo


aberturas destinadas à captação de volume d’água.

Quadro ou caixilho: É o dispositivo destinado a receber a grelha.

Cantoneira: É o dispositivo constituído de uma abertura vertical junto ao meio-fio que


permite a entrada do volume d’água.

Aplicação

A grelha deve ser assentada obrigatoriamente com rebaixo nas sarjetas. A boca-de-lobo tipo
B deve ser instalada em pontos intermediários e em pontos baixos das sarjetas. Não deverá
ser permitido a instalação da boca de lobo tipo B em ruas sem sarjetas. A abertura na
cantoneira, só influi na capacidade de vazão quando houver obstrução na grelha.

Especificações

Esta especificação fixa as características técnicas exigíveis no recebimento das grelhas,


quadros de concreto armado e cantoneiras de concreto simples.

Materiais Concreto

O concreto deve ser constituído de cimento Portland, agregados, água, com as seguintes
resistências:

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 grelha: fck ≥ 21 MPa

 quadro ou caixilho: fck ≥ 21 MPa

 cantoneira: fck ≥ 18 MPa

Cimento

O cimento deve ser de alta resistência inicial e deverá satisfazer a NBR-5733/80.

Agregados

Os agregados devem ter diâmetro menor que um terço da espessura da parede das peças e
deverá satisfazer a NBR-7211/83.

Água

A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis e
substâncias orgânicas.

Aditivos

Os aditivos para modificação das condições de pega, endurecimento, permeabilidade serão


utilizados desde que inalteradas as condições de resistências.

Armaduras

As armaduras devem ser de aço CA-60 que deverá satisfazer a NBR-7480/82. O


recobrimento mínimo da armadura deverá ser em qualquer ponto de 1 cm.

As peças

As peças serão fabricadas e curadas por processos que assegurem a obtenção de concreto
homogêneo e compacto de bom acabamento, não sendo permitida qualquer pintura ou
retoque. As peças deverão ser dimensionadas para atender a ação do trem tipo TB – 36 da
ABNT. As peças que apresentarem defeitos prejudiciais posteriormente à sua aceitação,
atribuíveis à sua fabricação e não detectáveis na inspeção de recebimento podem ser

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rejeitadas até 6 (seis) meses após sua aquisição. As peças defeituosas serão substituídas
pelo fabricante sem ônus para a PMPA.

Ensaios

As peças antes de serem submetidas aos ensaios de compressão deverão ser


inspecionadas.

Inspeção

Nessa fase serão examinadas todas as peças quanto às dimensões e pesos estabelecidos
na especificação pertinente. Se os resultados desta inspeção conduzirem à recusa de 10%
ou mais das peças apresentadas, toda a partida será recusada. Somente as peças
aprovadas na inspeção serão submetidas aos ensaios respectivos.

Concreto

Os concretos deverão ser submetidos aos ensaios prescritos na ABNT.

Aço

Os aços deverão ser submetidos aos ensaios prescritos na ABNT. O ensaio de compressão
tem o objetivo de determinar a resistência à compressão da grelha e quadro de concreto
armado. Os ensaios deverão ser executados obedecendo ao seguinte roteiro:

 O quadro será assentado horizontalmente sobre uma mesa plana, rígida, nivelada,
indeformável;

 Coloca-se em seguida a grelha assentada devidamente no quadro, de forma idêntica


a que ocorrerá durante o período de utilização;

 Dispõe-se o conjunto de modo que o ponto de aplicação da carga seja o meio da


grelha;

 Eleva-se gradualmente a carga, de modo constante e aproximadamente igual à


velocidade de 6000 kg por minuto;

 A carga será aplicada no centro da grelha por intermédio de um bloco de aço de 200
x 300 mm, colocado transversalmente, à velocidade especificada no ensaio;

48
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 Aumenta-se o esforço até atingir a carga de trinca, que será anotada, em seguida
eleva-se o ensaio até a carga de ruptura.

Nenhuma peça deverá trincar ou romper com carga inferior à estabelecida no quadro a
seguir:

Quantidades

Dimensões

O conjunto grelha, quadro e cantoneira deve atender às dimensões estabelecidas nos


projetos específicos admitindo-se as tolerâncias a seguir determinadas:

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6.6 Rede tubular de concreto

Esta especificação tem como objetivo classificar e estabelecer os formatos, dimensões e


performances exigíveis nos tubos pré-moldados de concreto a serem utilizados na
constituição das redes tubulares de concreto.

Definições

Tubo de concreto: É o elemento pré-moldado de seção circular de concreto armado a ser


utilizado nas redes de águas pluviais.

Berço: É a estrutura sobre o qual o tubo de concreto é assentado.

Aplicação

Os tubos de concreto assentados sobre o berço aqui especificados serão utilizados em


todas as redes tubulares de concreto executadas nas obras.

Execução

Berço: O concreto do berço será constituído por cimento Portland comum (NBR 5732/80),
agregados (NBR 7211/83) e água. A composição volumétrica da mistura deverá ser de
1:3:6, cimento, areia e brita, devendo ser alcançado o fck mínimo de 9 MPa. Argamassa: os
tubos serão rejuntados com argamassa de cimento e areia, no traço volumétrico de 1:3.
Reaterro: o reaterro envolvendo os tubos será manual até a altura de 20 cm acima da sua
geratriz superior.

Tubos

Os tubos serão pré-moldados de concreto armado, tipo macho e fêmea, classes CA-1, CA-
2, ou CA-3 conforme indicação de projeto, devendo ser produzidos conforme o estabelecido
na especificação EB 103/57. Deverão ainda obedecer às dimensões estabelecidas na tabela
aqui apresentada, sendo admitidas as tolerâncias previstas na referida especificação. As
peças serão inspecionadas segundo prevê a especificação EB 103/57, sendo imprescindível
que apresentem, na face externa, em caracteres bem legíveis, o nome do fabricante, a data
de fabricação, diâmetro interno nominal e a classe a que pertencem. Para os tubos de
armadura elíptica, deve ser determinada a geratriz, posicionada superiormente, com a

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palavra “Alto”. Os lotes de tubos devidamente inspecionados e amostrados deverão ser


submetidos aos seguintes ensaios previstos na EB 103/57 – MB 113/58: ensaio de
compressão diametral (NBR 6586/81) e ensaio de absorção d’água.

DIMENSIONAMENTO DE VALAS EM CAIXÃO


DN (mm) H (m) B (m) DN (mm) H (m) B (m)
400 ≤ 1,50 0,80 1000 ≤ 1,50 1,60
400 > 1,50 0,90 1000 > 1,50 1,90
500 ≤ 1,50 0,80 1100 ≤ 1,50 1,70
500 > 1,50 1,10 1100 > 1,50 2,00
600 ≤ 1,50 1,00 1200 ≤ 1,50 1,90
600 > 1,50 1,30 1200 > 1,50 2,20
700 ≤ 1,50 1,10 1300 ≤ 1,50 2,00
700 > 1,50 1,40 1300 > 1,50 2,30
800 ≤ 1,50 1,30 1500 ≤ 1,50 2,40
800 > 1,50 1,60 1500 > 1,50 2,70
900 ≤ 1,50 1,40 - - -
900 > 1,50 1,70 - - -
Legenda:

DN = Diâmetro nominal da rede tubular

H = Profundidade da vala

B = Largura da vala

Rede tubular de concreto

ALTURA DE ATERRO SOBRE A GERATRIZ SUPERIOR

Classe do tubo
Utilização
CA-1 CA-2 CA-3
1° CASO: Valas escavadas em caixão, ou berços 3,50 < h 4,30 < h ≤ 6,40 < h
assentados sobre enrocamento de pedra ≤ 4,50 5,70 ≤ 11,00
2° CASO: Valas escavadas em talude ou redes 2,60 < h 3,30 < h ≤ 6,00 < h
salientes ≤ 3,70 4,60 ≤ 9,00

DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO

CA-1 / CA-2
DN (mm)
E (mm) K (mm) F (mm) G (mm) J (mm) De (mm)
400 40 580 105 50 155 480
500 50 700 90 110 200 600
600 60 830 100 130 230 720
700 70 960 180 100 280 840
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800 80 1120 150 110 260 960


900 90 1250 170 140 310 1080
1000 100 1400 170 140 310 1200
1100 110 1520 180 160 340 1320
1200 115 1650 180 160 340 1430
1300 122 1770 150 135 285 1544
1500 120 1980 180 160 340 1740

DIMENSIONAMENTO DO TUBO DE CONCRETO

CA-3
DN (mm)
e (mm) k(mm) f(mm) g(mm) J(mm) De(mm)
400 ۛ ۛ ۛ ۛ ۛ ۛ
500 ۛ ۛ ۛ ۛ ۛ ۛ
600 60 830 100 130 230 720
700 70 960 180 100 280 840
800 80 1120 150 110 260 960
900 90 1250 170 140 310 1080
1000 100 1400 170 140 310 1200
1100 110 1520 180 160 340 1320
1200 150 1660 160 130 290 1500
1300 ۛ ۛ ۛ ۛ ۛ ۛ
1500 190 2150 155 250 405 1880
NOTAS

 As quantidades de apiloamento e regularização de fundo de vala e reaterro manual,


são válidas apenas para o caso da largura do berço (d) ser igual à largura da vala
(B).

 As formas somente serão executadas quando for necessário o escoramento das


valas.

6.7 Poço de visita tipo A

Esta padronização tem como objetivo estabelecer as bases fundamentais para a


construção, adequada dos PV(s) – poços de visita – bem como suas formas, dimensões e
especificações técnicas.

Definições

Poços de visita: São os dispositivos auxiliares implantados nas galerias de águas pluviais, a
fim de possibilitar a ligação das bocas-de-lobo, às mudanças de direção, declividade e

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diâmetro de um trecho para outro, e permitir a inspeção e limpeza das galerias devendo,
para isto, serem instalados em pontos convenientes.

Para atender as diversas situações encontradas durante a elaboração do projeto foram


padronizados 2 (dois) tipos de poços de visita.

Tipo A: São poços de visita que não possuem dispositivo de queda interno (degrau).

Câmara de trabalho: É a parte inferior do poço de visita tendo a forma retangular ou


quadrada.

Chaminé ou câmara de acesso: É a parte superior do poço de visita e terá sempre a forma
circular com diâmetro de 80 cm (oitenta centímetros).

Tampões: Todos os poços de visita serão vedados com tampões articulados conforme
padrão.

Escada de marinheiro: Todos os poços de visita serão dotados de escada de marinheiro


para permitir o acesso ao seu interior conforme desenho padrão.

Aplicação

Os postos de visita padronizados se aplicam a todas as galerias de águas pluviais a serem


construídas, não permitindo qualquer dispositivo de características diferentes, sendo de uso
obrigatório nos seguintes casos: Em todos os cruzamentos de vias salvo quando o
espaçamento for inferior ao mínimo estabelecido no item dimensões.

Em trechos de mudanças bruscas de direção no caminhamento das galerias pluviais. Em


trechos de mudanças do diâmetro das galerias. Os poços de visita serão também aplicados
para: ligações das bocas-de-lobo, que poderão ser tanto na câmara de acesso quanto na
câmara de trabalho desde que analisadas suas cotas, dimensões e números de ligações em
trechos de mudanças de declividades no caminhamento das galerias pluviais.

Execução

Os poços de visita serão sempre da forma padronizada obedecendo ao desenho tipo


constante desta especificação. Concreto: As paredes laterais e o fundo do poço de visita
serão em concreto estrutural com fck>15 MPa e nas espessuras indicadas nos desenhos.

Enchimento interno: Para conformação da calha interna do poço de visita será feito o
enchimento em concreto com fck>15 MPa. Laje da câmara de trabalho: A redução para

53
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instalação da câmara de acesso é feita através de uma laje de redução pré-moldada de


concreto armado de resistência fck>15 MPa, dotada de aberturas excêntricas de diâmetro
igual a 80cm (oitenta centímetros).

Materiais

Concreto: O concreto deve ser constituído cimento Portland, agregados e água.

Cimento: O cimento deve ser comum ou de alta resistência inicial e deverá satisfazer as
NBR-5732/80 e NBR-5733/80 respectivamente.

Agregados: Os agregados devem satisfazer as especificações da NBR-7211/83. Por ser um


concreto de provável desgaste superficial deverá ser atendida as exigências estabelecidas
para o agregado miúdo e agregado graúdo, bem como a abrasão Los Angeles.

Água: A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis e
substâncias orgânicas.

Formas: As formas devem ser constituídas de chapas de compensado resinado, travadas de


forma a proporcionar paredes lisas e sem deformações.

Ensaios

Os materiais e misturas deverão ser submetidos aos seguintes ensaios previstos nas
referidas normas da ABNT.

ARMADURA PARA
AGREGADOS PARA CIMENTO
CONCRETO CONCRETO
CONCRETO PORTLAND
ARMADO
NBR-6152/80 NBR-7216/82 NBR-7215/82 NBR-5739/80
NBR-6153/80 NBR-7217/82 NBR-7224/82
NBR-7477/82 NBR-7218/82 NBR-5743/77
NBR-7478/82 NBR-7219/82 NBR-5744/77
NBR-7220/82 NBR-5745/77
NBR-6465/80 NBR-5749/77

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Quantidades

Dimensões

Os poços de visita Tipo A deverão ser dispostos, para rede tubular, de modo a atender aos
seguintes espaçamentos, considerados a partir do centro de cada tampão:

A seguir apresenta-se quadro com as dimensões estabelecidas para o Poço de Visita Tipo A

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6.8 Poço de visita tipo C

Esta padronização tem como objetivo estabelecer as bases fundamentais para a construção
adequada dos poços de visita tipo C, bem como suas formas, dimensões e especificações
técnicas.

Definições

Poços de visita tipo C são dispositivos auxiliares implantados nas redes de águas pluviais, a
fim de possibilitar a ligação à boca de lobo, mudanças de direção, declividade e diâmetro de
um trecho para outro e permitir a inspeção e limpeza das redes, devendo por isso, serem
instalados em pontos convenientes. Os poços de visita tipo C são os que possuem um
dispositivo de queda interno (rampa) com altura maior que 50 cm e menor que 100 cm.

Câmara de trabalho

É a parte inferior do poço de visita tipo C tendo a forma retangular ou quadrada.

Chaminé ou câmara de acesso

É a parte superior do poço de visita tipo C e terá sempre a forma circular com diâmetro de
80 cm (oitenta centímetros).

Tampões

Todos os poços de visita tipo C serão vedados com tampões articulados conforme padrão
CONTRATANTE. São fixados sobre a extremidade superior da chaminé ou câmara de
acesso, ao nível da via pública.

Escada de marinheiro

Todos os poços de visita tipo C serão dotados de escada de marinheiro para permitir o
acesso ao seu interior, conforme padrão contratante.

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Aplicação

Os poços de visita tipo C padronizados se aplicam a todas as redes pluviais a serem


construídas pela contratante, não se permitindo qualquer dispositivo de características
diferentes, sendo de uso obrigatório nos seguintes casos:

 Em todos os cruzamentos de vias salvo quando o espaçamento for o inferior ao


mínimo estabelecido no item dimensões;

 Em trechos de mudanças bruscas de direção no caminhamento das redes pluviais;

 Em trecho de mudanças do diâmetro das redes.

Os poços de visita tipo C serão também aplicados para: ligações das bocas-de-lobo, que
poderão ser tanto na câmara de acesso, quanto na câmara de trabalho, desde que
analisadas suas cotas, dimensões e número de ligações em trechos de mudanças de
declividades no caminhamento das redes pluviais.

Especificações

Os poços de visita tipo C serão sempre da forma padronizada obedecendo ao desenho tipo
constante desta especificação.

Concreto

As paredes laterais e o fundo do poço de visita tipo C serão em concreto estrutural com fck
≥15 MPa e nas espessuras indicadas nos desenhos.

Enchimento interno

Para conformação da calha interna do poço de visita tipo C será feito o enchimento em
concreto com fck ≥ 15 MPa.

Laje da câmara de trabalho

A redução para instalação da câmara de acesso é feita através de uma laje de redução pré-
moldada de concreto armado de resistência fck ≥ 15 MPa, dotada de abertura excêntrica de
diâmetro igual a 80 cm (oitenta centímetros).

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Materiais Concreto

O concreto deve ser constituído de cimento Portland, agregados e água.

Cimento

O cimento deverá ser comum ou de alta resistência inicial, devendo satisfazer às NBR
5732/80 e NBR 5733/80, respectivamente.

Agregados

Os agregados devem satisfazer às especificações da NBR 7211/83. Por ser um concreto


sujeito a desgaste superficial, deverão ser atendidas as exigências estabelecidas para
agregado graúdo e miúdo, bem como a abrasão Los Angeles.

Água

A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, álcalis e substâncias
orgânicas.

Armaduras

O aço da armadura deverá ser CA-50 ou CA-60 e deverá satisfazer à NBR 7480/82.

Formas

As formas devem ser constituídas de chapas de compensado resinado travadas de forma a


proporcionar paredes lisas e sem deformações. A espessura do compensado deverá ser
compatível com os esforços que atuam durante e após a concretagem. Entretanto, é
estabelecida a espessura mínima de 12 mm.

Ensaios

Os materiais e misturas deverão ser submetidos aos seguintes ensaios previstos nas
referidas normas da ABNT.

 Armadura para concreto armado: NBR 6152/80; 6153/80; 7477/82 e 7478/82.

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 Cimento Portland: NBR 7215/82; 7224/82; 5743/77; 5744/77; 5745/77 e 5749/77.

 Agregados para concreto: NBR 7216/82; 7217/82; 7218/82; 7219/82; 7220/82 e


6465/80.

 Concreto: NBR 5739/80.

Quantidades

Dimensões

Espaçamentos

Os poços de visita tipo C deverão ser dispostos, na rede tubular, de modo a atender os
seguintes espaçamentos, considerando a partir do centro de cada tampão.

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6.9 Chaminés de poço de visita

Esta padronização tem por objetivo o estabelecimento de formas, dimensões e materiais a


serem utilizados nas chaminés de poços de visitas de obras.

Definições

Chaminé de poço de visita: É o dispositivo que tem como finalidade permitir o acesso de
homens aos condutos subterrâneos tubulares.

Aplicação: Se aplicam a todas as obras de drenagem pluvial tubular.

Execução: As chaminés de poço de visita serão executadas em aduelas de concreto.

6.10 Tampão de ferro fundido cinzento

Esta padronização tem como objetivo classificar e estabelecer os formatos, dimensões e


performances exigíveis nos tampões de ferro fundido cinzento a serem utilizados na
execução dos serviços de águas pluviais pela contratante.

Definições

Tampão: dispositivo constituído por tampa e caixilho em ferro fundido destinado ao


fechamento, não estanque, de acesso a câmara do poço de visita.

Tampa: dispositivo de abertura do acesso a câmara do poço de visita, sendo apoiada no


caixilho.

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Quadro ou caixilho: dispositivo destinado a receber a tampa.

Especificações técnicas

O tampão será de ferro fundido cinzento devendo apresentar textura compacta e granulação
homogênea. O processo de fabricação será a critério do fabricante, mas deverá atender as
exigências desta padronização. Os tampões que apresentarem imperfeições ou defeitos não
serão aceitos pela CONTRATANTE. Nenhum defeito poderá ser retocado ou corrigido por
qualquer processo. A tampa deverá ter 4 (quatro) furos.

Na tampa deverá constar a seguinte inscrição no segmento de círculo maior “contratante –


Águas Pluviais” com letras de no mínimo 25 (vinte e cinco) milímetros de altura e no
segmento de círculo menor, o ano. As tampas deverão ser providas de alça que permitam
seu levantamento de forma fácil e segura. As peças de ferro fundido cinzento devem
satisfazer as condições estabelecidas na norma NBR 6598/81. Deverão ser dimensionadas
para resistirem à ação do trem tipo brasileiro rodoviário TB-36.

Concreto

Deverá ser constituído de cimento Portland, agregados e água, com as seguintes


resistências:

 Para assentamento do tampão: fck ≥ 18MPa;

 Cimento Portland de alta resistência inicial;

 Para laje de redução: fck ≥ 18 MPa.

Cimento e agregados devem satisfazer as normas e submetidos aos ensaios previstos na


ABNT.

Armadura

Deverá ser utilizado aço CA-60 nos diâmetros indicados no projeto padrão contratante,
satisfazendo à NBR 7480/96.

Tijolos

Serão empregados tijolos de 1ª categoria (requeimados), conforme a NBR 7170/82 e

61
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submetido ao ensaio previsto na ABNT – NBR 6460/83.

Argamassa

Deverá ser constituída de cimento e areia lavada, traço volumétrico 1:3, com os
componentes satisfazendo às especificações e ensaios previstos na ABNT.

Ensaios

Os tampões de ferro fundido cinzento devem ser submetidos aos ensaios de resistência. A
aparelhagem deve ser provida de dispositivo que permita a elevação da carga de modo
contínuo, sem golpes, com velocidade constante de 6.000 kg/min. O tampão deverá ser
assentado horizontalmente sobre uma mesa plana, rígida, nivelada e indeformável;

 A carga será aplicada no centro do tampão por intermédio de um disco de aço de


200 mm de diâmetro e 50 mm de espessura a velocidade de 6.000 kg/min;

 Nenhuma peça deverá trincar ou romper com carga inferior a 9.000 kgf.

Amostra

A coleta da amostra será efetuada ao acaso normalmente pela contratante de acordo com a
seguinte tabela:

Coleta de amostras para ensaios

Tamanho da Tamanho do Número de


encomenda lote peças por lote
≤ 100 50 2
100 a 500 100 2
500 a 1000 100 3
1000 a 2000 200 4
> 2000 200 4

O lote será rejeitado totalmente se qualquer uma das peças falhar durante um ensaio. As
peças, mesmo aprovadas, que apresentarem defeito durante os 06 (seis) primeiros meses
de uso deverão ser repostas sem qualquer ônus para a contratante.

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Dimensões

Serão aceitas as seguintes tolerâncias nas dimensões e pesos das peças, conforme
quadros abaixo:

Tolerâncias de dimensões

Tolerâncias de pesos

6.11 Tampão de ferro fundido nodular

Esta padronização tem como objetivo classificar e estabelecer os formatos, dimensões e


performances exigíveis nos tampões de ferro fundido nodular a serem utilizados nos
serviços de águas pluviais pela contratante.

Definições

Tampão: dispositivo constituído por tampa e caixilho em ferro fundido destinado ao


fechamento, não estanque, de acesso a câmara do poço de visita;

Tampa: dispositivo de abertura do acesso a câmara do poço de visita, sendo apoiada no


caixilho;

Quadro ou caixilho: dispositivo destinado a receber a tampa.

Especificações técnicas

O tampão deverá ser articulado. O tampão será de ferro fundido nodular devendo

63
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apresentar textura compacta e granulação homogênea. O processo de fabricação será a


critério do fabricante, mas deverá atender as exigências desta padronização. Os tampões
que apresentarem imperfeições ou defeitos não serão aceitos pela contratante.

Nenhum defeito poderá ser retocado ou corrigido por qualquer processo. A tampa deverá ter
8 (oito) furos. Na tampa deverá constar a seguinte inscrição no segmento de círculo maior
“contratante – Águas Pluviais” com letras de no mínimo 25 (vinte e cinco) milímetros de
altura e no segmento de círculo menor, o ano. As tampas deverão ser providas de alça que
permitam seu levantamento de forma fácil e segura. As peças de ferro fundido nodular
devem satisfazer as condições estabelecidas na norma NBR 6916/81. As peças deverão ser
dimensionadas para resistirem à ação do trem tipo brasileiro rodoviário TB-36.

Ensaios

Os tampões de ferro fundido nodular devem ser submetidos aos ensaios de resistência
descritos a seguir:

 A aparelhagem deve ser provida de dispositivo que permita a elevação da carga de


modo contínuo, sem golpes com velocidade constante de 6.000 kg/min;

 O tampão deverá ser assentado horizontalmente sobre uma mesa plana, rígida,
nivelada e indeformável;

 A carga será aplicada no centro do tampão por intermédio de um disco de aço de


200 mm de diâmetro e 50 mm de espessura a velocidade de 6.000 kg/min;

 Nenhuma peça deverá trincar ou romper com carga inferior a 30.000 kgf.

Amostra

A coleta da amostra será efetuada ao acaso normalmente pela contratante de acordo com a
seguinte tabela:

Tamanho da Tamanho do Número de


encomenda lote peças por lote
≤ 100 50 2
100 a 500 100 2
500 a 1000 100 3
1000 a 2000 200 4
> 2000 200 4

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O lote será rejeitado totalmente se qualquer uma das peças falhar durante um ensaio. As
peças, mesmo aprovadas, que apresentarem defeito durante os 06 (seis) primeiros meses
de uso deverão ser repostas sem qualquer ônus para a contratante.

Dimensões

Serão aceitas as seguintes tolerâncias nas dimensões e pesos das peças, conforme
indicado nos quadros abaixo:

Controle executivo

O serviço deverá ser executado obedecendo ao projeto padrão contratante, constituindo-se


das seguintes operações:

 Assentamento da laje de redução sobre as paredes da chaminé;

 Execução de alvenaria 20 cm com diâmetro interno de 60 cm, acompanhando a


abertura da laje;

 Assentamento do tampão e caixilho sobre concreto de coroamento da alvenaria, na


espessura de 15 cm;

 Revestimento interno da alvenaria com argamassa traço 1:3.

A alvenaria executada sobre a laje de redução, deverá ter altura variável para permitir o
assentamento do tampão acompanhando as declividades transversal e longitudinal da pista.
O trânsito sobre o tampão, deverá ser evitado durante o tempo que for necessário à cura
inicial do concreto. Em situações em que haja necessidade de rápida liberação da via,
utilizar concreto de alta resistência inicial.

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6.12 Limpeza de sistema de drenagem

Estabelecer os procedimentos a serem seguidos na execução dos serviços de limpeza e


desobstrução de dispositivos de drenagem superficial e bueiros rodoviários, por processos
não destrutivos.

Definições

Limpeza manual de dispositivo de drenagem superficial - trabalhos de limpeza manual dos


dispositivos de drenagem superficial, construídos em concreto que, por se tratarem de obras
executadas com peças esbeltas, não poderão ser operados por equipamentos pesados ou
especiais. Limpeza mecânica de dispositivos de drenagem não revestidos - trabalhos de
limpeza e recomposição de sarjetas e valetas em terra, executados com motoniveladora, no
caso das sarjetas triangulares e por retroescavadeira ou valetadeira no caso das canaletas
trapezoidais ou retangulares. Limpeza de dispositivos de drenagem por processos especiais
- trabalhos de limpeza alcançados com a utilização de equipamentos específicos, realizados
sem danificação do revestimento, por arraste ou por desaterro hidráulico.

Condições gerais

As obras de limpeza dos dispositivos de drenagem somente poderão ser autorizadas após
sua vistoria, com a constatação da efetiva necessidade dos serviços e avaliação prévia dos
trabalhos a serem desenvolvidos. Para tanto deverão ser previamente planejadas e
programadas as atividades a serem desenvolvidas, inclusive indicação dos processos e
equipamentos a serem utilizados, para que se realize o trabalho no menor prazo possível.

Além, deverá ser feita a avaliação da capacidade de escoamento do dispositivo que


permitirá caracterizar a suficiência hidráulica ou a necessidade de sua substituição por outra
obra mais adequada. Deverá ser previamente determinado o ponto de descarga dos
entulhos e lixo removidos evitando que sejam reconduzidos para o sistema de drenagem. O
recolhimento dos entulhos junto aos dispositivos deverá ser feito por carrinhos-de-mão,
transportando-se o material para ponto escolhido para a carga nos caminhões, que farão a
remoção para bota-foras.

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Execução de Dispositivos de Concreto

A limpeza de dispositivos de concreto deverá ser feita por processo manual ou especial para
que as paredes e fundo não sejam danificados por impacto. No caso das sarjetas
triangulares revestidas poderá ser feita a limpeza através da passagem de lâmina da
motoniveladora, de forma cuidadosa e com velocidade controlada, desde que não formem
fragmentos que possam ser arrancados e acelerem o processo destrutivo. Existindo trechos
que apresentem ruptura das superfícies, deverão ser reparadas. A limpeza de dispositivos a
céu aberto será feita por ferramentas manuais. Alternativamente poderá ser feita com
equipamento de arraste, "bucket machine" ou por desagregação hidráulica com jateamento
d’água de alta pressão. Neste caso a remoção do material desagregado poderá ser feita por
vácuo.

Execução de Dispositivos sem Revestimento

Nas sarjetas triangulares, sem revestimento, o mais adequado para a remoção do entulho e
desobstrução é a utilização de motoniveladora, adotando-se cuidado na operação.

Nas canaletas, cujo fundo se situam em plano inferior às paredes laterais, impossibilitando o
trabalho de equipamento com lâmina, a limpeza será feita por retroescavadeira ou
valetadeira dispondo de caçamba adequada a forma da canaleta. Nas obras desprovidas de
revestimento não será feito trabalho por desagregação hidráulica.

Execução de Dispositivos Pontuais

Nos dispositivos pontuais como caixas, entradas ou descidas d’água, a limpeza deverá ser
manual. Todas as deficiências constatadas durante os trabalhos de limpeza deverão ser
reparadas e, quando não puderem ser imediatamente sanadas, deverão ser anotadas em
relatório encaminhado ao setor responsável pela conservação da rodovia.

Equipamento

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de


instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para
serviços similares.

 Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:

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 Caminhão basculante;

 Caminhão de carroceria fixa;

 Caminhão cisterna;

 Vassoura mecânica;

 Pá carregadeira;

 Retroescavadeira ou valetadeira;

 Motoniveladora;

 Equipamentos especiais, quando indicados:

- Caminhão equipado com alta pressão ("Sewer Jet")

- Caminhão equipado com vácuo ("Vacuum Cleaner")

- "Bucket-machines" (par)

Manejo ambiental

Durante a realização dos serviços deverão ser preservadas as condições ambientais


exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:

Todo o material resultante da limpeza deverá ser removido das proximidades dos
dispositivos, evitando entupimento, impedindo, ainda, que este material não seja conduzido
para os cursos d’água, provocando seu assoreamento.

No caso de remoção de galhos, folhas ou outros resíduos vegetais, somente será tolerada a
sua redução através de queima controlada, executada em área afastada da rodovia e
suficientemente segura para não promover acidentes por fogo ou fumaça.

A responsabilidade direta ou indireta por danos ambientais ou causados a terceiros é da


exclusiva responsabilidade do Executante.

Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção para
impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água.

Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros, necessários à implantação das


obras, deverão ser tomadas medidas que proporcionem a manutenção das condições locais
através de replantio da vegetação ou grama.

Durante a execução de obras, deverá ser evitado o tráfego desnecessário de equipamentos

68
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ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a desfiguração.

Nas áreas de bota-foras ou de empréstimos localizados nas imediações de vertentes,


deverão ser evitados os lançamentos de materiais de limpeza que possam afetar o sistema
de drenagem superficial.

Verificação Final da Qualidade

O controle do serviço consistirá na apreciação visual da limpeza efetivada e da verificação


da adequação do local escolhido para a deposição do material removido.

Controle Geométrico

O controle geométrico da execução da demolição será feito através de medidas a régua e a


trena para avaliação dos trabalhos. Da mesma forma será feito o acompanhamento dos
volumes.

Aceitação e Rejeição

Os serviços serão aceitos quando atenderem às exigências preconizadas nesta Norma. Em


caso contrário serão refeitos ou complementados.

6.13 Fundação

A fundação é um dispositivo de suporte da superestrutura de uma edificação que permite a


devida sustentação e estabilidade às construções. Pode ser classificada conforme a Tabela
1.

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Durante a execução dos serviços, a natureza ou o comportamento do terreno poderão


acarretar modificações no tipo de fundação adotada. Nestas hipóteses, deverá a contratada
submeter à supervisão as alternativas possíveis para a solução do problema. Aprovada pela
supervisão a solução mais conveniente, caberá à contratada todas as providências
concernentes às modificações do respectivo projeto.

De maneira geral, para a execução de qualquer um dos tipos relacionados, a contratada


deverá estar ciente que:

• Todos os escoramentos necessários ficarão à cargo da contratada.

• Na execução de subsolos, quando for o caso, será determinado o nível superior


efetivo do lençol d’água, com vistas à impermeabilização de cortinas e lajes, o que
será feito mediante escavação de poço - piloto.

• Quanto à agressividade do lençol d’água, caberá à contratada investigar a ocorrência


de águas agressivas no subsolo, o que, caso constatado, será imediatamente
comunicado à supervisão. A proteção das armaduras e do próprio concreto contra a
agressividade de águas subterrâneas será objeto de estudos especiais por parte da
contratada, bem como de cuidados de execução, no sentido de assegurar a
integridade e durabilidade da obra.

• O concreto a ser utilizado deverá satisfazer às condições previstas em projeto (fck,


“slumps”, etc.), bem como às prescrições contidas nas especificações da obra, em

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tudo que lhe for aplicável admitindo-se o emprego do concreto convencional ou o


concreto ciclópico, de acordo com o tipo de fundação.

• O preparo adequado da superfície sobre a qual o concreto será lançado será


governado pelas exigências de projeto, pelas condições e pelo tipo do material de
fundação.

Havendo a necessidade de melhor avaliar e pesquisar o terreno objeto da construção, na


medida em que as sondagens preliminares não foram suficientes em fornecer os dados
necessários à segura execução das fundações propostas pelo projeto, deverá ser
executada, a critério da supervisão, nova investigação geotécnica ou geológica extra (SPT
ou rotativa).

Uma vez detectada a necessidade de se realizar contenções especiais, do tipo cachimbo,


tubulão de contenção, parede diafragma, cortina atirantada, muro de arrimo, terra armada,
etc., estas deverão ser objeto de levantamento específico durante a elaboração do projeto
executivo.

Definições

Define-se como fundação em superfície - rasa ou direta - aquela colocada imediatamente


abaixo da parte mais inferior da superestrutura, onde as pressões se transmite pela base,
diretamente ao terreno de apoio, sendo desprezível a parcela correspondente à transmissão
pelo atrito lateral. Nestes casos pode-se citar:

Blocos de fundação

Trata-se de fundação em superfície, isolada, rígida ou indeformável.

São utilizados quando as cargas estruturais não são muito elevadas e a taxa admissível no
terreno não é muito reduzida. São caracterizados por sua grande altura.

As seções dos blocos deverão ter dimensões suficientes para que as tensões de tração não
ultrapassem a tensão admissível do concreto.

Os blocos de fundação poderão ter formas tronco cônicas ou tronco piramidais.

Os blocos de fundação poderão apresentar faces inclinadas ou degraus verticais.

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Sapatas

Sapata isolada: Trata-se de fundação em superfície, isolada, semi - flexível ou semi -


rígida, confeccionada em concreto armado.

Sapata corrida-contínua: Trata-se de fundação em superfície, contínua, rígida e que


acompanha a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga por metro linear, ou
quando a base de duas ou mais sapatas se superpõem, por exigência de cálculo. Para
edificações cujas cargas não sejam muito grandes, pode-se utilizar alvenaria de tijolos ou
blocos. Caso contrário, ou ainda para profundidades maiores do que 1,0m, torna-se mais
econômico o uso do concreto armado.

Vigas de fundação: Trata-se de fundação em superfície, semi-flexível ou semi-rígida, em


forma de viga contínua e comum a vários pilares, cujo centro, em planta, esteja situado em
um mesmo alinhamento. São de concreto armado, destinadas a transmitir, ao terreno, as
cargas provenientes de todos os pontos (pilares) a ela associados.

Condições específicas

Equipamentos: Os equipamentos para execução das fundações serão determinados em


função do tipo e dimensão do serviço. Poderão ser utilizados: escavadeiras para as
operações de escavação; equipamentos para concretagem tais como vibradores,
betoneiras, mangueiras, caçambas, guindastes para colocação de armadura; bombas de
sucção para drenagem de fundo de escavação e outros que se fizerem necessários.

Materiais: Os materiais utilizados para a execução das fundações em superfície (concreto,


aço e forma) obedecerão às especificações de projeto e normas da ABNT.

Execução: A metodologia de execução relativa aos itens forma, escoramento, desforma,


etc., integrantes do grande grupo fundações, encontra-se referenciada no Capítulo 6 -
“Estrutura de Concreto e Metálica” deste Caderno de Encargos.

Para a execução dos blocos, sapatas e vigas de fundação, deverão ser observadas as
seguintes condições:

• Durante a etapa de escavação das valas, a contratada deverá providenciar dispositivos


para a prevenção de acidentes, tais como cercas, gradis, tapumes, etc.

Estacas
Estacas de concreto pré-moldadas: No caso de estacas pré-moldadas, o diâmetro deverá
ser definido pelo projeto, em respeito à capacidade de carga necessária. Quando a
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supervisão julgar pertinente, poderá ser solicitada a realização de teste de cargas, com ônus
exclusivo à contratada;

Cravadas: As estacas pré-moldadas de concreto armado, cravadas no solo, deverão


atender as seguintes condições:

• Deverão ser dotadas de armadura para resistir aos esforços de transporte, manipulação
e cravação, além do trabalho normal a que estarão sujeitas, inclusive deslocamento
horizontal;

• O dimensionamento será conforme normas NBR 6122 e NBR 6118;

• O espaçamento mínimo entre os eixos será de 2,5 vezes o diâmetro da estaca ou do


círculo de área equivalente;

• O recobrimento mínimo das armaduras das estacas será de 25mm;

• O concreto apresentará uma resistência (fck) mínima de 20 MPa (200kg/cm2);

A cravação será executada por bate-estacas equipado com martelo especial apropriado, de
modo que a estaca penetre com maior verticalidade. Deverão ser obedecidas as
recomendações da NBR 6122, no que se refere à relação entre o peso do pilão e o peso da
estaca.
Durante a cravação deverá haver rigoroso controle com relação à verticalidade, corrigindo-
se qualquer irregularidade neste sentido.
As emendas, quando necessárias, deverão resistir a todas as solicitações que nelas
ocorrerem. As emendas deverão ser efetuadas mediante o emprego de luvas de aço, onde
o comprimento mínimo de cada aba de encaixe seja de 2 vezes o diâmetro médio da estaca.
Para se evitar a compactação indevida do solo, impedindo a penetração de estacas vizinhas
em um mesmo bloco, a sequência de cravação deverá ser do centro do grupo para a
periferia, ou de um bordo em direção ao outro.
Nas estacas vazadas de concreto, antes da concretagem do bloco, o furo central deverá ser
convenientemente tamponado.
Deverá ser utilizado um capacete de aço com coxim de madeira, para proteção da cabeça
da estaca durante a cravação.
A nega máxima admitida para as estacas pré-moldadas será de 20mm/10 golpes.
O comprimento mínimo de cravação das estacas deverá ser de 5,0m.
A supervisão admitirá a utilização de 3 tipos: concreto armado, concreto armado
centrifugado e concreto armado protendido.
Quaisquer dos tipos mencionados deverão satisfazer às condições de projeto e ser

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compatíveis com o tipo de solo.

Estaca Hélice Contínua: É uma estaca de deslocamento, executada através da introdução,


no terreno, de um trado helicoidal contínuo, com o comprimento integral previsto para a
estaca. O trado possui um tubo interno, pelo qual se executará a concretagem,
simultaneamente à retirada do mesmo, evitando, desta forma, o desconfinamento do solo.
Este tipo de estaca tem como principais características a alta produtividade, monitoramento
eletrônico durante todas as fases de execução e inexistência de vibração. Aplicável em
terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não de lençol freático. Não deverá ser
utilizada na presença de matacões e rochas. Em função do porte do equipamento, as áreas
de trabalho devem ser planas e de fácil movimentação.

A metodologia de execução obedecerá ao seguinte roteiro:


• Posicionamento do equipamento e perfuração do terreno com o trado até a
profundidade definida em projeto. Durante essa etapa, o solo é bloqueado pelo fundo, e
assim o material preenche as hélices do trado.
• Injeção de concreto bombeado pelo corpo central do trado até o topo, sob pressão.
• Retirada contínua e lenta do trado, sendo o espaço anteriormente ocupado pelo trado
preenchido com concreto, que é mantido sob pressão, medida no topo do trado, até o
final de concretagem.
• Nesta etapa é utilizado o “limpador mecânico”, que permite retirar o material das hélices
do trado.
• Posicionamento da armadura imediatamente após o término da concretagem, enquanto
o concreto ainda está em início de cura.
Os equipamentos disponíveis permitem executar estacas de, no máximo, 25m de
profundidade e inclinação de até 1:4 (H:V).
Para controlar a pressão de bombeamento do concreto, existe um instrumento medidor
digital que informa todos os dados de execução da estaca, tais como: inclinação da haste,
profundidade da perfuração, torque e velocidade de rotação da hélice, pressão de injeção,
perdas e consumo de concreto.
O sistema permite uma produtividade em média de 250m por dia dependendo do diâmetro
da hélice, da profundidade e da resistência do terreno.

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6.14 Cerca com mourões de concreto

Compreende o fornecimento e assentamento de cerca de arame farpado com mourões de


concreto armado, nos locais indicados em projeto e sob prévia aprovação da SUPERVISÃO.
As peças serão de mourões de concreto armado, seção “T” ponta inclinada, 7,5 x 7,5cm,
espaçamento de 3m, cravados 0,5m, com 11 fios de arame farpado nº 16. O arame farpado
será de aço zincado de dois fios n° 16, conforme a NBR-6317/82 “Arame farpado de aço
zincado de dois fios”, devendo ser obedecida a NBR-11169/97 “Execução de cercas de
arame farpado”.
Nos pontos de deflexão, interrupção, entres trechos superiores à 50 m os mourões deverão
ser escorados com escoras de concreto colocadas com inclinação de 45º.
Os fios deverão ser esticados com o uso de esticadores para posterior regulagem dos fios.
Os mourões deverão ser pintados com tinta látex em pelo, sendo aplicado quantas demãos
forem necessárias para o perfeito acabamento.

Ensaios
Os ensaios aqui preconizados são os exigidos pela ABNT, para arames farpados.

6.15 Portão para veículos ou pedestre

Compreende o fornecimento e montagem de portão, conforme projeto, incluindo a execução


dos pilares de concreto para fixação. Será em tela arame galvanizado nº 12, malha 2" e
moldura em tubos de aço com duas folhas de abrir, incluso ferragens.

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6.16 Assentamento de meio fio

Estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações para uso dos diversos


tipos de meio-fio aqui apresentado.

Definição
Meio-fio é a guia de concreto utilizada para separar a faixa de pavimentação, da faixa do
passeio ou separador do canteiro central, limitando a sarjeta longitudinalmente.

Aplicação
O meio-fio pré-moldado tipo A e tipo B será para aplicação geral, em função da indicação do
projeto. O meio-fio pré-moldado “in loco” com as mesmas dimensões do meio-fio tipo A, tem
aplicação limitada às vias com greide longitudinal máximo de 17% e com baixas taxas de
ocupação urbana, devido a dificuldades operacionais do equipamento de extrusão.

Especificações técnicas
O concreto deve ser constituído de cimento Portland, agregados e água, com resistência
mínima de 18 MPa. O cimento deve ser de alta resistência inicial, devendo satisfazer,
respectivamente, a NBR 5732/80 e NBR 5733/80. Os agregados devem satisfazer a NBR
7211/83.A água deve ser límpida, isenta de teores prejudiciais de sais, óleos, ácidos, álcalis
e substâncias orgânicas. O concreto para constituição do meio-fio moldado “in loco” deve ter
slump baixo, compatível com o uso de equipamento extrusor.
Após a passagem da máquina, deverão ser induzidas juntas de retração pelo
enfraquecimento da seção com espaçamento de 5,00 m, através do uso de vergalhão DN
12,5 mm produzindo sulco de 2,00 cm. As peças pré-moldadas de concreto devem ter as
dimensões e formas estabelecidas nos desenhos e produzidas com usos de formas
metálicas, de modo a apresentarem bom acabamento. Em qualquer situação o meio-fio
deverá ser escorado por solo compactado e revestido ou não por passeio, nas dimensões
indicadas no desenho.

Execução
Apiloar o fundo da cava de assentamento. Examinar se a forma e dimensões das peças
fornecidas atendem as especificações da norma. As faces externas do meio-fio (topo e
espelho) devem estar isentas de pequenas cavidades e bolhas. Evitar, no transporte dentro
da obra e no manuseio das peças, a danificação dos bordos, por pancadas e entrechoques.
Peças acidentalmente trincadas não podem ser empregadas na execução dos serviços. Não

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utilizar pedras ou pedaços de alvenaria, sob a base da peça para ajustar o assentamento,
por causar esforços concentrados e consequente recalque, desalinhamento e retrabalho no
serviço em execução. Observar alinhamento transversal e longitudinal da execução.
Concordar possíveis mudanças de direção na locação, em curvatura, evitando-se quinas e
saliências. Empregar nas curvaturas de raio mínimo, peças de comprimento metade do
padrão, para melhor concordância e simetria. Reforçar as curvaturas de raios mínimos, em
canteiros centrais de vias, assentando as peças em colchão de concreto e nas juntas do
lado interno do meio-fio, com a mesma resistência.
Não empregar pedaços de tijolos embutidos na junção do meio-fio com a cantoneira de boca
de lobo. Em casos de reassentamento de meio-fio de pedra, proceder o alinhamento pela
face de topo, desprezando as irregularidades da face espelho. Empregar areia fina, na
argamassa para rejuntamento do meio-fio assentado. Acrescentar acelerador de cura na
argamassa de rejuntamento das peças assentadas. Filetar o rejuntamento das peças com
ferramental apropriado. Limpar o espelho do meio-fio de eventuais rescaldos de concreto
advindos da execução da sarjeta.

Controle
Os concretos empregados deverão ser submetidos aos ensaios prescritos nas normas da
ABNT. Para aceitação das peças pré-moldadas e após a cura do meio-fio moldado “in loco”,
deverão ser procedidos ensaios de esclerometria, conforme a NBR 7584/82.

6.17 Gramação e jardinagem

Generalidades: Consiste o revestimento vegetal, na utilização de espécies diversas com a


finalidade de revestir as áreas expostas das vias, tais como taludes, áreas de empréstimos,
jardins, etc., dando-lhes condições de resistência à erosão. Deverá ser realizada de acordo
com esta especificação, considerando-se o estabelecido em projeto, podendo ser utilizados:
Leivas ou placas: Nos casos de facilidade de aquisição, proximidade do canteiro de serviço
e de cobertura de terrenos friáveis, não consolidados.
Mudas: As mudas deverão ser empregadas em caso de terrenos planos ou de pouca
declividade.
Semeadura: A semeadura deve ser feita em qualquer tipo de terreno, desde que
devidamente preparado.

Materiais
Terra vegetal: A terra vegetal será transportada de ocorrências indicadas pelo projeto ou

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pela Fiscalização. A espessura e extensão da camada a aplicar serão estabelecidas no


projeto ou pela Fiscalização.
Adubos e corretivos: Para a fertilização e correção do solo serão utilizados adubos
comerciais e corretivos, mediante fórmulas constantes do projeto, com indicação de
composição química desses produtos. Caso se utilize o estrume animal, este deverá ser
integral e não poderá conter sementes de ervas quaisquer, palhas, pedras e outros
materiais estranhos.
Preventivos químicos e herbicidas: Os preventivos químicos e herbicidas serão empregados
contra as pragas e doenças, em regiões susceptíveis de ataque, utilizando-se produtos
químicos específicos como preventivos. Os herbicidas serão usados para destruir vegetação
inconveniente ou daninha, no preparo do terreno para o plantio.
Sementes e leivas: As sementes empregadas serão de gramíneas e leguminosas indicadas
no projeto, contendo referência à porcentagem de pureza e de poder quantitativo e ainda à
fonte de produção. O emprego das leivas será controlado pela Fiscalização, no sentido de
indicação de local da extração e verificação das condições de sanidade e desenvolvimento
das mesmas.

Equipamento
Além dos utensílios comuns interligados em horticultura (pá, enxada, carrinho de mão,
ancinho, cavadeira, enxadão, soquetes de madeira ou ferro, regadores, trado, foice, alfanje,
etc.), poderão ser utilizados:
 trator de esteira ou de pneus, com plaina;
 carregadeira;
 caminhão basculante;
 caminhão de carroceria fixa;
 carro-pipa com dispositivo para regar;
 hidro-semeadeira para plantio com sementes;
 trado mecânico para abertura de valas;
 máquina para escarificação de áreas inclinadas;
 máquina para extração de leivas;
 equipamento para tratamento de pragas e doenças;
 regadeira mecânica;
 semeador de grama.

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Execução
Plantio de leivas: A execução dos serviços deverá obedecer às seguintes etapas, quando
relacionada no projeto:
Preparo de solo:
 revolvimento e/ou escarificação do solo;
 nivelamento do terreno no greide ou seção transversal;
 drenagem de área;
 camada de terra vegetal;
 tratamento de solo contra pragas e doenças;
 incorporação de adubação química e orgânica;
 adição de calcário (de preferência dolomítico).

Plantio: Para o plantio deverão ser utilizadas leivas de gramíneas de porte baixo, do sistema
radicular profundo e abundante, comprovadamente testadas, podadas rente ao solo antes
da extração, de preferência, nativa na região. As leivas deverão ter dimensões uniformes,
que sejam extraídas por processo manual ou mecânico. Nas áreas inclinadas, as leivas
serão sustentadas por estacas de madeira, após cobertura com uma camada de terra para
preenchimento dos vazios, devidamente compactada com soquete de madeira ou ferro.
Irrigação: A irrigação será feita com equipamento apropriado para alcançar grandes alturas,
processando-se à medida que as leivas forem implantadas, não se admitindo adoção de
métodos impróprios, que possam comprometer a estabilidade dos maciços.

Plantio de mudas
Preparo de solo:
 revolvimento e/ou escarificação do solo;
 nivelamento do terreno no greide ou seção transversal;
 drenagem de área;
 camada de terra vegetal;
 tratamento de solo contra pragas e doenças;
 incorporação de adubação química e orgânica;
 adição de calcário (de preferência dolomítico);
 plantio.

Mudas: As leivas serão transformadas em mudas no local de serviço e plantadas à razão de


100 (cem) por metro quadrado. A terra resultante da transformação da leiva em mudas será
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lançada sobre a área plantada.


Irrigação: A irrigação será feita com equipamento apropriado para alcançar grandes alturas,
não se admitindo adoção de métodos impróprios, que possam comprometer a estabilidade
dos maciços, processando-se à medida que as mudas forem plantadas.
Semeadura: Na aplicação deste processo poderão ser utilizadas sementes de gramíneas e
leguminosas.
Gramíneas: Para a semeadura de gramíneas será utilizado com equipamento apropriado
hidro-semeadeira ou, na falta deste, a semeadura poderá ser feita utilizando-se outros
processos e exigirá a prévia preparação da superfície do terreno, conforme as três primeiras
operações indicadas para o plantio de mudas. As outras operações serão realizadas
conjuntamente na semeadura hidráulica, mediante a mistura prévia no tanque da hidro-
semeadeira, salvo se houver incompatibilidade entre os elementos a misturar.
Leguminosas: A semeadura de leguminosas poderá ser executada tanto por hidro-
semeadura, obedecendo às mesmas regras estipuladas para gramíneas, como pelo
processo manual, em valas ou sulcos. Nessa última hipótese, o projeto indicará as
dimensões das valas e distâncias dos sulcos, outros tratamentos, como adubação e
colagem, e quantidades de sementes por vala. A semeadura com leguminosas deverá ser
executada em áreas inclinadas, situadas abaixo do plano da via, por não apresentarem, em
geral, bom aspecto paisagístico.

Controle
O controle da execução dos serviços será feito pela Fiscalização, através de engenheiros
agrônomos, que exigirão a correta aplicação destas especificações e de outras indicadas no
projeto ou contrato.
Após os serviços concluídos, as áreas revestidas serão vistoriadas, não devendo apresentar
falhas de implantação ou de incidência de ervas invasoras. Vencido o prazo de
consolidação, ou seja, 90 dias, no mínimo, após o plantio, será feita nova inspeção para
verificação se a área recebeu os tratamentos especificados e se 95% dela está coberta pela
vegetação especificada, em perfeito estado de vigor e sanidade.

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7. PAVIMENTAÇÃO

7.1 Regularização e compactação de subleito

Determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de regularização do subleito


para até 20 cm de espessura

Metodologia de execução

Esta especificação aplica-se à regularização do subleito de vias a pavimentar, com a


terraplenagem já concluída na cota estabelecida em projeto.

Regularização é a operação destinada a conformar o leito da via, transversal e


longitudinalmente, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de espessura. O que
exceder de 20 cm será considerado como terraplenagem. Será executada de acordo com os
perfis transversais e longitudinais indicados no projeto, prévia e independentemente da
construção de outra camada do pavimento.

Especificações de materiais

Os materiais empregados na regularização do subleito serão os do próprio subleito. No caso


de substituição ou adição de material, este deverá ser proveniente de ocorrências indicadas
no projeto, devendo satisfazer as seguintes exigências:

 Ter um diâmetro máximo de partícula igual ou inferior a 76 mm;

 Ter um índice de Suporte Califórnia, determinado com a energia do método DNER-


ME 47-64 (Proctor Normal) igual ou superior ao do material empregado no
dimensionamento do pavimento, como representativo do trecho em causa;

 Ter expansão inferior a 2%.

Equipamentos

Para a execução da regularização, poderão ser utilizados os seguintes equipamentos:

 Motoniveladora pesada, com escarificador;

 Carro-pipa distribuidor de água;

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 Rolos compactadores dos tipos pé de carneiro, liso vibratório e pneumático,


rebocados ou auto-propulsores;

 Grade de discos;

 Pulvi-misturador.

Os equipamentos de compactação e mistura serão escolhidos de conformidade com o tipo


de material na regularização.

Execução

Toda a vegetação e material orgânico, porventura existentes no leito da via, serão


removidos previamente.

Após a execução de cortes ou aterros, operações necessárias para atingir o greide de


projeto, proceder-se-á a uma escarificação geral na profundidade de 20 cm, seguida de
pulverização, umedecimento ou aeração, compactação e acabamento.

Os aterros além dos 20 cm máximos previstos serão executados de acordo com as


especificações de terraplenagem.

No caso de cortes em rocha, ou de material inservível para subleito, deverá ser executado o
rebaixamento na profundidade estabelecida em projeto e substituição desse material
inservível por material indicado também no projeto. Neste caso, proceder-se-á a
regularização pela maneira já descrita.

O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100%, em relação à massa específica


aparente seca, máxima, obtida no ensaio DNER-ME 47-64 (Proctor Normal) e o teor de
umidade deverá ser a umidade ótima do ensaio citado  2%.

Controle tecnológico

Ensaios a serem procedidos

Determinação de massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de 100m
na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de compactação.

Uma determinação do teor de umidade, a cada 100 m, imediatamente antes da operação de


compactação.

Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria, usando-

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se, respectivamente, os métodos DNER-ME 44-64, ME-82-63 e ME-80-64), com


espaçamento máximo de 250 m de pista.

Um ensaio do índice de Suporte Califórnia, com a energia de compactação do método


DNER-ME-47-64, (Proctor Normal), com espaçamento máximo de 500 m de pista.

Um ensaio de compactação, segundo o método DNER-ME-47-64 (Proctor Normal), para


determinação da massa específica aparente, seca, máxima, com espaçamento máximo de
100 m de pista, com amostras coletadas em pontos obedecendo sempre a ordem: bordo
direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito, etc., a 60 cm do bordo, ou a 30 cm do
meio-fio.

O número de ensaios de compactação poderá ser reduzido, desde que se verifique a


homogeneidade do material, a critério da CONTRATANTE. A amostragem (conjunto de
ensaios para a determinação do valor estatístico) deverá ser feita na mesma frente de
trabalho, e não em frentes de trabalho separadas.

Aceitação

Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontadas com os


especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

1,29 1,29
X max  x   0,68 X min  x   0,68
N N

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor, calculado de acordo com a fórmula
abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

1,29
  x
N

x  
x  X 
2

x
sendo: N N  1
N  9 (número de determinações feitas);

 = Índice de Suporte Califórnia;

 = tensão admissível do terreno;

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Controle geométrico

Após a execução da regularização do subleito, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento


do eixo e dos bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

 2 cm em relação às cotas do projeto;

 + 20 cm, para cada lado, quanto à largura da plataforma, não se tolerando medida a
menos;

 Até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta.

7.2 Sub-base estabilizada granulometricamente sem mistura

Esta especificação aplica-se à execução de sub-bases granulares constituídas de camadas


de canga ferruginosa, minério de ferro, laterita, escória siderúrgica, brita de bica corrida ou,
ainda, fundo de pedreira, executadas sem mistura de materiais. Eventualmente, poderão ser
utilizados outros materiais, desde que sejam atendidos os parâmetros da presente
especificação e as disposições do projeto. A procedência do material será indicada pelo
projeto ou pela Fiscalização. Sub base para pavimentação com bica corrida, inclusive
compactação

Especificações de materiais

Os materiais a serem empregados em sub-bases estabilizadas granulometricamente,


relacionados acima, devem apresentar Índice de Suporte Califórnia igual ou superior a 20%
e expansão máxima de 1%, determinados segundo o método DNER-ME 49-64 e com a
energia de compactação correspondente ao método do DNER-ME 48-64 (Proctor
Intermediário) ou correspondente ao ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado),
conforme indicação de projeto. O índice de grupo deverá ser igual a zero.

O agregado retido na peneira nº 10 deve ser constituído de partículas duras e duráveis,


isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria vegetal ou outras
substâncias prejudiciais. O diâmetro máximo dos elementos da sub-base deverá ser, no
máximo, igual a 5 cm (2”), devendo-se reduzir este diâmetro, sempre que possível.

As escórias a serem utilizadas deverão ser provenientes de alto-fornos, estas isentas de


refratário e devendo estar garantida a sua estabilidade em contato com água. Tal
estabilidade se dá normalmente pela ação de intemperismos durante longos períodos de
estocagem e pela exposição cíclica à saturação em água e secagem. Desta forma, exige-
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se que a escória de alto-forno a ser empregada se sujeite a depósito a céu aberto, pelo
período mínimo de 2 anos, após sua formação.

Entende-se por brita de bica corrida, o produto total de britagem do primário ou secundário,
o qual não é objeto de peneiramento. Para os fins da presente especificação, não se exige
que o material esteja isento de contaminação por solos residuais, sendo até mesmo
desejável que haja frações argilosas presentes, de modo a proporcionar-lhe certa
plasticidade (IP da ordem de 4%). Em se tratando de canga ferruginosa, minério de ferro ou
outros solos lateríticos, o índice de grupo poderá ser diferente de zero. Entende-se como
solos lateríticos, aqueles cuja relação molecular S/R (sílica sesquióxidos) * for menor que 2,
e que apresentem expansão inferior a 0,2%, medida no ensaio de ISC, DNER-ME 49-74,
com 26 golpes por camada.

Admitir-se-á o valor de expansão até 0,5% no ensaio do ISC, desde que o ensaio de
expansibilidade (DNER-ME 29-74) apresente um valor inferior a 10%.

A canga de minério de ferro a ser empregada deverá ser preferencialmente de natureza


limonítica, caracterizada pela cor avermelhada, sendo desejável que tenha índice de
plasticidade mínimo de 5% (IP ≥ 5%).

Equipamentos

São indicados os seguintes tipos de equipamentos para execução de sub-bases:

 motoniveladora pesada com escarificador;

 carro tanque distribuidor de água;

 rolos compactadores tipo pé de carneiro, liso vibratório e pneumático, rebocados ou


auto-propulsores;

 grade de disco;

 pulvi-misturador.

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Além destes, poderão ser usados outros equipamentos, desde que aceitos pela
Fiscalização.

Execução

Compreende as operações de espalhamento, pulverização, umedecimento ou secagem,


compactação e acabamento dos materiais importados, realizadas na pista devidamente
preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam após a compactação, atingir
a espessura constante do projeto.

Quando houver necessidade de se executar camadas de sub-base com espessura final


superior a 20 cm, elas deverão ser subdivididas em camadas parciais, sempre com
espessura máxima de 20 cm e mínima de 10 cm, após a compactação.

O grau de compactação deverá ser, conforme determinação do projeto:

 no mínimo, 100%, em relação à massa específica aparente seca, máxima, obtida no


ensaio DNER-ME 48-64 (Proctor intermediário); ou

 no mínimo, 100%, em relação à massa específica aparente seca, máxima, obtida no


ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado).

A determinação do desvio máximo de umidade admissível será estabelecida pelo projeto ou


pela Fiscalização, em função das características do material a ser empregado.

Controle tecnológico - Ensaios a serem procedidos

 Determinação de massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de 100
m na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para os ensaios de
compactação; a profundidade do furo será igual à espessura da camada compactada.

 Uma determinação do teor de umidade, cada 100 m, imediatamente antes da


compactação com peso mínimo da amostra de 500 g.

 Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria,


usando-se, respectivamente, os métodos DNER-ME 44-64, ME-82-63 e ME-80-64), com
espaçamento máximo de 150 m de pista, sendo as amostras coletadas do material
espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada;

 Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, de acordo com o método DNER-ME 49-74,


com a energia de compactação do método DNER-ME-48-64, ou com energia de
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compactação do método T-180-57 da AASHTO, com espaçamento máximo de 300 m de


pista; para o caso de solos lateríticos, o material deve ser moldado logo após a coleta da
amostra, sem alteração da umidade da pista;

 Sub-base estabilizada granulometricamente sem mistura

 Um ensaio de compactação, segundo o método DNER-ME-48-64 (Proctor Intermediário)


ou segundo T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado), para determinação da massa
específica aparente, seca, máxima, com espaçamento máximo de 100 m de pista, com
amostras coletadas em pontos, obedecendo sempre a ordem: bordo direito, eixo, bordo
esquerdo, eixo, bordo direito e assim sucessivamente, a 60 cm do bordo, ou a 30 cm do
meio-fio. As amostras devem ser coletadas do material espalhado na pista,
imediatamente antes da compactação da camada.

O número de ensaios de caracterização física e mecânica poderá ser reduzido, desde que
se verifique a homogeneidade do material, a critério da Fiscalização.

A amostragem deve sempre ser recolhida numa camada constituída de materiais da mesma
ocorrência (jazida).

Aceitação

Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontadas com os


especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor µ, calculado de acordo com a fórmula
abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

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Sendo:

N ≥ 9 (número de determinações feitas);

µ = Índice de Suporte Califórnia;

σ = tensão admissível do terreno;

No caso da não aceitação dos serviços pela análise estatística, o trecho considerado será
subdividido em subtrechos, fazendo-se um ensaio com material coletado em cada um deles.

Para os ensaios do Índice de Suporte Califórnia, cada um destes subtrechos terá uma
extensão máxima de 100 m e, para os demais ensaios, uma extensão máxima de 50
metros.

Os subtrechos serão dados como aceitos, tendo em vista os resultados dos ensaios, face
aos valores exigidos pelas especificações.

Controle geométrico

Após a execução da sub-base, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento do eixo e dos


bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

 + 10 cm, para cada lado, quanto à largura da plataforma;

 até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;

 a espessura média da camada de reforço, determinada pela fórmula:

Sendo:

N ≥9 (número de determinações feitas), não deve ser menor do que a espessura do projeto

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menos 1 cm;

µ = Índice de Suporte Califórnia;

σ = tensão admissível do terreno;

Na determinação de x, serão utilizados pelo menos 9 valores de espessuras individuais X,


obtidas por nivelamento do eixo de 20 em 20 m, antes e depois das operações de
espalhamento e compactação. Existindo meios-fios, o nivelamento será feito no eixo e junto
aos meios-fios.

Não se tolerará nenhum valor individual de espessura fora do intervalo de ± 2 cm, em


relação à espessura do projeto.

No caso de se aceitar, dentro das tolerâncias estabelecidas, uma camada de sub-base com
espessura média inferior à do projeto, a diferença será acrescida à camada de base.

No caso de aceitação de camada da sub-base dentro das tolerâncias, com espessura média
superior à do projeto, a diferença não será deduzida da espessura do projeto referente a
camada de base.

7.3 Base estabilizada granulometricamente com mistura

Determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de base estabilizada


granulometricamente com mistura. Base para pavimentação com brita graduada, inclusive
compactação

Metodologia de execução

Esta especificação aplica-se à execução de bases granulares, constituídas de camadas de


misturas de solos finos residuais do subleito a cangas ferruginosas ou minério de ferro,
escória siderúrgica nas seguintes proporções percentuais em peso:

 50% de solo local e 50% de canga de minério de ferro;

 50% de solo local e 50% de escória;

 40% de solo local e 60% de canga de minério de ferro;

 40% de solo local e 60% de escória.

As bases assim constituídas se aplicam as vias locais ou as coletoras com reduzido volume
e peso de tráfego.

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Especificações

Solos residuais

Os solos residuais a serem empregados na mistura com materiais mais nobres, poderão ser
da própria via a ser pavimentada (caso de segmentos em corte), ou ser proveniente de
empréstimos próximos (caso de segmentos em aterro), devendo preencher os seguintes
requisitos:

 A fração que passa na peneira n. 40 deverá apresentar índice de plasticidade


mínimo de 9%, sendo o limite máximo estabelecido pela própria trabalhabilidade do
solo.

 A expansão máxima média deverá ser de 2%, determinada segundo o método


DNER-ME 49-64 e com a energia de compactação correspondente ao método
DNER-ME 47-64 (Proctor Normal), sendo que nenhum valor individual deverá ser
superior a 2,5%.

 A fração que passa na peneira n° 200 deve ser superior a 35%.

Escórias siderúrgicas

a) Materiais granulares não lateríticos

Os materiais a serem empregados em base estabilizada granulometricamente, relacionados


no item acima, com exceção de canga de minério de ferro e outros solos lateríticos, deverão
preencher os seguintes requisitos:

Possuir composição granulométrica enquadrada em uma das faixas do seguinte quadro


abaixo.

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 Com um material muito sensível à segregação, deverá ser escolhida a faixa B ou a


faixa C, em vez da faixa A, a mais favorável à segregação.

 A fração que passa na peneira n. 40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou


igual a 25% e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%; quando estes limites
forem ultrapassados; o equivalente de areia deverá ser maior do que 30%.

 A porcentagem do material que passa na peneira n° 200 não deve ultrapassar 2/3 da
porcentagem que passa na peneira n° 40.

 O Índice de Suporte Califórnia não deverá ser inferior a 60% e a expansão máxima
será de 0,5%, determinados segundo o método DNER-ME 49-64 e com a energia de
compactação correspondente ao método DNER-ME 48-64 (Proctor Intermediário) ou
correspondente ao ensaio T-180-57 da AASHTO (Proctor Modificado), conforme
indicação de projeto. Para as vias em que o tráfego previsto para o período de
projeto ultrapassar o valor N = 5 x 106, o Índice de Suporte Califórnia do material da
camada de base não deverá ser inferior a 80%.

 O agregado retido na peneira n° 10 deve ser constituído de partículas duras e


duráveis, isentas: de fragmentos moles, alongados ou achatados, de matéria vegetal
ou outras substâncias prejudiciais. Quando o agregado for submetido ao ensaio de
abrasão “Los Angeles” não deverá apresentar desgaste superior a 55%.

 As escórias a serem utilizadas deverão ser provenientes de altos-fornos, estar


isentas de refratários, devendo estar assegurada sua estabilidade em contato com
água. Tal estabilidade se dá normalmente, pela ação de intemperismos durante
longos períodos de estocagem e pela exposição cíclica à saturação em água e
secagem.

Dessa forma, exige-se que a escória de alto-forno a ser empregada se sujeite ao depósito a
céu aberto, pelo período mínimo de 2 anos, após sua formação. Entende-se por brita de
bica corrida, o produto total de britagem do primário ou secundário, o qual não é objeto de
peneiramento. Para os fins da presente especificação, não se exige que o material esteja
isento de contaminação por solos residuais, sendo até mesmo desejável que haja frações
argilosas presentes, de modo a proporcionar-lhe certa plasticidade (IP da ordem de 4%).

Cangas ferruginosas, minérios de ferro e solos lateríticos

Caso os materiais empregados sejam de canga ferruginosa, minério de ferro ou outro solo

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laterítico, os mesmos deverão satisfazer a outros parâmetros. Entende-se por solos


lateríticos, aqueles cuja relação molecular S/R (sílica sesquióxidos), for menor que 2, e que
apresentem expansão inferior a 0,2%, medida no ensaio de ISC, DNER-ME 49-74, com 26
golpes por camada. Admitir-se-á o valor de expansão até 0,5% no ensaio do ISC, desde que
o ensaio de expansibilidade (DNER-ME 29-74) apresente um valor inferior a 10%.

SiO2
S 60

R AL O Fe O
2 3
 2 3
102 160

Tais materiais deverão satisfazer às seguintes condições:

O Índice de Suporte Califórnia (ISC) deverá obedecer aos seguintes valores, relacionados
ao número N de operações do eixo padrão de 8,2 t, para o período de projeto:

 ISC  60% para N  5 x 10 6;

 ISC  80% para N >5 x 10 6.

O material será compactado em laboratório, conforme ensaio DNER-ME 49-74, com 26


(Proctor Intermediário) ou 56 golpes (Proctor Modificado) por camada, para atender aos
valores mínimos de ISC especificados no item acima, conforme indicação do projeto. Os
valores mínimos do ISC devem ser verificados dentro de uma faixa de variação de umidade,
a qual será fixada pelo projeto e pelas Especificações Particulares.

Os materiais deverão apresentar:

 LL (limite de liquidez)  40%;

 IP (índice de plasticidade)  15%.

O agregado retido na peneira de 2 mm deve ser constituído de partículas duras e duráveis,


isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria vegetal ou outra
substância prejudicial e apresentando valores de abrasão “Los Angeles” menores ou iguais
a 65%. Os materiais devem satisfazer a uma das seguintes faixas granulométricas, em
peso, por cento:

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Faixas Granulométricas

A canga de minério de ferro a ser empregada deverá ser preferencialmente de natureza


limonítica, caracterizada pela cor avermelhada, sendo desejável que tenha índice de
plasticidade mínimo de 5% (5% ≤ IP <15%). Deverão obedecer às especificações
estabelecidas para o serviço de Base Estabilizada Granulometricamente Sem Mistura,
correspondente a Materiais Granulares não Lateríticos.

Misturas

As misturas obtidas por quaisquer das combinações descritas no item acima, deverão
possuir Índice Suporte Califórnia superior a 40% e a 50%, respectivamente para os casos de
misturas com 50% a 60% de material nobre, e a expansão máxima será de 1% sendo que
nenhum valor individual poderá apresentar valor superior a 1,5%, determinados segundo o
método DNER-ME 49-64, com a energia de compactação correspondente ao método
DNER-ME 48-64, com 26 golpes por camada (Proctor Intermediário).

Os equipamentos

São indicados os seguintes tipos de equipamentos para execução de bases:

 Motoniveladora pesada, com escarificador;

 Carro tanque distribuidor de água;

 Rolos compactadores tipos pé de carneiro, liso vibratório e pneumático, rebocados


ou auto-propulsores;

 Grade de discos;

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 Pulvi-misturador.

Além destes, poderão ser usados equipamentos aceitos pela contratante.

Execução

Compreende as operações de espalhamento, pulverização, umedecimento ou secagem,


compactação e acabamento dos materiais importados, realizadas na pista devidamente
preparada na largura desejada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir
a espessura constante do projeto. Quando houver necessidade de se executar camadas de
base com espessura final superior a 20 cm, estas deverão ser subdivididas em camadas
parciais, sempre com espessura máxima de 20 cm e mínima de 10 cm, após a
compactação.

Segmentos em aterro

A execução dos aterros obedecerá às seguintes etapas:

 Regularização do subleito;

 Lançamento do solo;

 Lançamento do minério ou escória;

 Execução da mistura e pulverização;

 Compactação da mistura.

Segmentos em corte

Quando se tratar de corte de material não aproveitável como solo para a mistura, as etapas
serão as mesmas anteriores, após a execução do corte, até a cota do subleito. Entretanto,
se o material for aproveitável, a execução obedecerá a seguinte ordem de serviços:

Cortes de pequena extensão

 Escavar até o nível do subleito, depositando o material em local determinado pela


contratante.

 Regularização do subleito.

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 Lançamento do material (solo) depositado na quantidade prevista no projeto.

 Lançamento do minério ou escória.

 Execução da mistura e pulverização.

 Compactação da mistura.

Cortes extensos

 Escavar até uma cota acima do subleito igual à espessura do solo prevista para a
mistura.

 Escavar um segmento de 100 m ou outra extensão designada pela contratante, até a


cota do subleito; o material extraído será depositado em local determinado pela
contratante.

 Regularizar o subleito desse segmento.

 Escavar, em seguida, o segmento de mesma extensão adjacente ao primeiro,


lançando material (solo) na quantidade necessária, sobre o subleito do segmento
anterior; eventuais restos do material serão depositados no local já designado pela
contratante.

 Realizar a mesma operação nos segmentos subsequentes, com a mesma extensão.

 Lançar o minério ou escória sobre o solo já colocado na pista.

 Executar a mistura e pulverizar.

 Compactar a mistura.

O solo que eventualmente sobrar no depósito, poderá ser aproveitado na execução da base
nos aterros. O grau de compactação deverá ser de, no mínimo, 100% em relação à massa
específica aparente seca, máxima, obtida no ensaio DNER-ME 48-64 (Proctor
Intermediário).

As determinações do desvio máximo de umidade admissível serão estabelecidas pelo


projeto ou pela contratante, em função das características dos materiais a serem
empregados.

Embora a mistura, nesta especificação, esteja indicada em peso, quando da execução, em


função das características dos materiais empregados, a contratante determinará a
sistemática para execução de mistura em volume, em termos de espessura de cada material

95
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a ser espalhada (espessura solta) na fase anterior à homogeneização e compactação da


mistura. Tais espessuras serão objetos de controle geométrico pela verificação das alturas
das camadas, após cada lançamento.

Controle tecnológico

Ensaios a serem procedidos

 Determinação de massa específica aparente, “in situ”, com espaçamento máximo de


100m na pista, nos pontos onde forem coletadas as amostras para

 Os ensaios de compactação; a profundidade do furo será igual à espessura da


camada compactada.

 Uma determinação do teor de umidade, a cada 100 m, imediatamente antes da


compactação com peso mínimo da amostra de 500 g.

 Ensaios de caracterização (limite de liquidez, limite de plasticidade e granulometria,


usando-se, respectivamente, os métodos DNER-ME 44-64, ME-82-63 e ME-80-64),
com espaçamento máximo de 150 m de pista, sendo as amostras coletadas do
material espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada.

 Um ensaio do Índice de Suporte Califórnia, de acordo com o método DNER-ME 49-


74, com a energia de compactação do método DNER-ME-48-64 (26 golpes por
camada), com espaçamento máximo de 300 m de pista, sendo o material moldado
logo após a coleta da amostra, sem alteração da umidade da pista.

 Um ensaio de compactação, segundo o método DNER-ME-48-64 (Proctor


Intermediário), para determinação da massa específica aparente, seca, máxima, com
espaçamento máximo de 100 m de pista, com amostras coletadas em pontos
obedecendo sempre a ordem: bordo direito, eixo, bordo esquerdo, eixo, bordo direito,
etc., a 60 cm do bordo, ou a 30 cm do meio-fio. As amostras devem ser coletadas do
material espalhado na pista, imediatamente antes da compactação da camada.

O número de ensaios de caracterização física e mecânica poderá ser reduzido, desde que
se verifique a homogeneidade do material, a critério da contratante. A amostragem deve
sempre ser recolhida numa camada constituída de materiais da mesma ocorrência (jazida).

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Aceitação

Os valores máximos e mínimos decorrentes da amostragem, a serem confrontados com os


valores especificados, serão calculados pelas seguintes fórmulas:

1,29
X max  x   0,68
N

1,29
X min  x   0,68
N

Para o caso de expansão da mistura, o valor x deverá ser no máximo igual a 1%, sendo que
nenhum valor individual deverá apresentar valor superior a 1,5%.

Para o caso do Índice de Suporte Califórnia, o valor µ, calculado de acordo com a fórmula
abaixo, deverá ser igual ou superior ao valor mínimo especificado.

1,29
  x
N

x  
x  X 2

x
sendo: N N  1
N  9 (Número de determinações feitas);

µ= Índice de Suporte Califórnia;

 = tensão admissível do terreno;

No caso da não aceitação dos serviços pela análise estatística, o trecho considerado será
subdividido em subtrechos, fazendo-se um ensaio com material coletado em cada um deles.

Para os ensaios do Índice de Suporte Califórnia, cada um destes subtrechos terá uma
extensão máxima de 100 m e, para os demais ensaios, uma extensão máxima de 50
metros.

Os subtrechos serão dados como aceitos, tendo em vista os resultados dos ensaios, face
aos valores exigidos por esta especificação.

Controle geométrico

Após a execução da base, proceder-se-á à relocação e ao nivelamento do eixo e dos


bordos, permitindo-se as seguintes tolerâncias:

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 + 10 cm, para cada lado, quanto à largura da plataforma;

 Até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;

 O desempeno longitudinal da superfície poderá apresentar flechas no máximo igual a


1,5 cm, quando determinadas por meio de régua de 3,00 m;

 A espessura média da camada de reforço será determinada pela fórmula:

1,29 
 = X-
mín. N

onde:

2
X =
 ( X - X)
X=
N N-1

N  9 (nº de determinações efetuadas)

Na determinação de x serão utilizados pelo menos 9 valores de espessuras individuais X,


obtidas por nivelamento do eixo e bordos de 20 em 20 m, antes e depois das operações de
espalhamento e compactação. Existindo meios-fios, o nivelamento será feito no eixo e junto
aos meios-fios. Não se tolerará nenhum valor individual de espessura fora do intervalo de
 2 cm, em relação à espessura do projeto. No caso de se aceitar, dentro das tolerâncias
estabelecidas, uma camada de base com espessura média inferior à do projeto, o
revestimento será aumentado de uma espessura estruturalmente equivalente à diferença
encontrada. No caso de aceitação de camada da base dentro das tolerâncias, com
espessura média superior à do projeto, a diferença não será deduzida da espessura do
revestimento.

7.4 Transporte de material de qualquer categoria inclusive descarga

Transporte local com caminhão basculante 6 m³, rodovia pavimentada (para distancias
superiores a 4 km) - Brita graduada e bica corrida

Transporte comercial com caminhão basculante 6 m³, rodovia pavimentada

Transporte local com caminhão basculante 6 m³, rodovia pavimentada (para distancias
superiores a 4 km) - Bota-fora (empolamento 30%)

Espalhamento de material em bota fora, com utilização de trator de esteiras de 165 hp

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Transporte local com caminhão basculante 6 m³, rodovia pavimentada (para distancias
superiores a 4 km) – Movimentação interna (empolamento 30%)

Metodologia de execução

Esta especificação refere-se, exclusivamente, ao transporte e descarga de material de


qualquer categoria, inclusive, o proveniente de demolição de edificações e estruturas, cujo
carregamento é feito por pás carregadeiras ou escavadeiras trabalhando em cortes,
empréstimos ou ocorrências de material destinados às diversas camadas do pavimento.

Em se tratando de entulho, o local de descarga será definido também pela Fiscalização que
indicará ainda, o trajeto a ser seguido pelo equipamento transportador.

Será permitido o transporte de carga com coroamento, desde que o complemento colocado
na báscula não permita o derramamento da carga durante o transporte.

A área da descarga será definida pela Fiscalização e deve oferecer segurança para o
tráfego e manobras do equipamento transportador.

Especificações de materiais

Os materiais transportados e descarregados abrangidos por esta especificação podem ser:

 de qualquer das três categorias estabelecidas para os serviços de terraplenagem;

 qualquer dos materiais utilizados na execução das diversas camadas do pavimento;

 proveniente da demolição de edificações ou quaisquer outras estruturas de alvenaria de


tijolo ou concreto.

Equipamentos

Para o transporte e descarga dos materiais relacionados no item anterior, serão usados,
preferencialmente, caminhões basculantes, em número e capacidade adequados, que
possibilitem a execução do serviço com a produtividade requerida.

Execução

O caminho de percurso, tanto no caso de cortes, como de empréstimos e jazidas, deverá


ser mantido em condições de permitir velocidade adequada ao equipamento transportador,
99
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boa visibilidade e possibilidade de cruzamento. Especialmente para o caso de empréstimos


ou jazidas, os caminhos de percurso deverão ser, quando necessário, umedecidos e
drenados com a finalidade de evitar excesso de poeira ou formação de atoleiros. O material
deverá estar distribuído na báscula, de modo a não haver derramamento pelas bordas
laterais ou traseira, durante o transporte.

Quando se tratar de material proveniente de demolições, este deverá ser distribuído na


báscula, de maneira que permita o cálculo do volume transportado em cada viagem.

A descarga do material será feita nas áreas e locais indicados pela Fiscalização, seja na
constituição dos aterros, seja nos locais de bota-fora ou depósito para futura utilização, seja
na pista para confecção das diversas camadas do pavimento.

Controle

Deverão ser providenciados meios para o controle das viagens do equipamento


transportador, a fim de se evitar que o material seja descarregado antes do local destinado a
recebê-lo ou em locais indevidos, ou não apresente as características exigidas no projeto
para emprego nas diversas camadas constituintes do pavimento.

7.5 Pintura de ligação

Consiste a pintura de ligação na aplicação de uma camada de material betuminoso sobre a


superfície de uma base ou de um pavimento betuminoso (betuminoso ou não), antes da
execução de um revestimento betuminoso qualquer, objetivando promover a aderência entre
este revestimento e a camada subjacente.

Especificações Materiais

Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor aprovadas pelo DNER.


Podem ser empregados os materiais betuminosos seguintes:

 emulsões asfálticas, tipo RR-1C, RR-2C; RM-1C, RM-2C e RL-1C;

 asfalto diluído CR-70, exceto para revestimentos betuminosos.

A taxa de aplicação será função do tipo de material betuminoso empregado, devendo situar-
se em torno de 0,5 l /m2. As emulsões asfálticas devem ser diluídas com água na razão de
1:1.

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Equipamentos

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela
Fiscalização, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a
ordem para o início do serviço. Para a varredura da superfície a receber a pintura de
ligação, usam-se, de preferência, vassouras mecânicas rotativas, podendo, entretanto, ser
manual esta operação, e jato de ar comprimido poderá, também, ser usado. A distribuição
do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de pressão e sistema
completo de aquecimento, que permitam a aplicação do material betuminoso em quantidade
uniforme.

As barras de distribuição devem ser de tipo de circulação plena, com dispositivo que
possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante. Os carros
distribuidores devem dispor de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais de fácil
observação e, ainda, de um espargidor manual, para tratamento de pequenas superfícies e
correções localizadas. O depósito de material betuminoso, quando necessário, deve ser
equipado com dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do
recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal, que possa armazenar a quantidade de
material betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.

Execução

Após a perfeita conformação geométrica da camada que irá receber a pintura de ligação,
proceder-se-á varredura da sua superfície, de modo a eliminar o pó e o material solto
existentes. Aplica-se, a seguir, o material betuminoso adequado, na temperatura compatível
com o seu tipo, na quantidade certa e de maneira mais uniforme. O material betuminoso não
deve ser distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10°C, ou em dias de
chuva, ou quando esta estiver iminente. A temperatura de aplicação do material betuminoso
deve ser fixada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade.
Deve ser escolhida a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para
espalhamento. As faixas de viscosidades recomendadas para espalhamento, são os
seguintes:

 para asfaltos diluídos: de 20 a 60 segundos, Saybolt-Furol;

 para emulsões asfálticas: 25 a 100 segundos, Saybolt-Furol.

Deve-se executar a pintura de ligação na pista inteira, em um mesmo turno de trabalho e


deixá-la fechada ao trânsito, sempre que possível. Quando isto não for possível, deve-se
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trabalhar em meia pista, fazendo-se a pintura de ligação da adjacente, logo que a primeira
permita tráfego. A fim de evitar a superposição, ou excesso, nos pontos inicial e final das
aplicações, devem-se colocar faixas de papel transversalmente, na pista, de modo que o
início e o término da aplicação do material betuminoso comece e pare de sair da barra de
distribuição sobre essas faixas, as quais, a seguir, são retiradas. Qualquer falha na
aplicação do material betuminoso deve ser logo corrigida. Antes da aplicação do material
betuminoso, no caso de bases de solo-cimento ou concreto magro, a superfície da base
deve ser irrigada, a fim de saturar os vazios existentes, não se admitindo excesso de água
sobre a superfície.

Quando o ligante betuminoso utilizado for emulsão asfáltica diluída, recomenda-se que a
mistura água ± emulsão seja preparada no mesmo turno de trabalho; deve-se evitar o
estoque da mesma por prazo superior a 12 horas.

Controle de qualidade

O material betuminoso deverá ser examinado em laboratório, obedecendo à metodologia


indicada pelo DNER, e considerado de acordo com as especificações em vigor. Este
controle constará de:

Para asfaltos diluídos

 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

 1 ensaio do ponto de fulgor, para cada 100 t;

 1 ensaio de destilação, para cada 100 t.

Para emulsões asfálticas

 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

 1 ensaio de resíduo por evaporação, para o carregamento a ser utilizado na obra;

 1 ensaio de peneiramento, para o carregamento a ser utilizado na obra;

 1 ensaio de sedimentação, para cada 100 t.

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Controle de temperatura

A temperatura de aplicação deve ser estabelecida para o tipo de material betuminoso em


uso.

Controle da quantidade aplicada

Será feito mediante a pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material
betuminoso. Não sendo possível a realização do controle por esse método, admite-se que
seja feito por um dos modos seguintes:

 Coloca-se, na pista, uma bandeja de peso e área conhecidos. Por uma simples
pesada, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade do material
betuminoso usado;

 Pintura de ligação

 Utilização de uma régua de madeira, pintada e graduada, que possa dar,


diretamente, pela diferença de altura do material betuminoso no tanque do carro
distribuidor, antes e depois da operação, a quantidade de material consumido.

Controle de uniformidade de aplicação

A uniformidade depende do equipamento empregado na distribuição. Ao se iniciar o serviço,


deve ser realizada uma descarga de 15 a 30 segundos, para que se possa controlar a
uniformidade de distribuição. Esta descarga pode ser feita fora da pista, ou na própria pista,
quando o carro distribuidor estiver dotado de uma calha colocada abaixo da barra
distribuidora, para recolher o ligante betuminoso.

7.6 Imprimação de base de pavimentação com emulsão CM-30

Determinar as diretrizes básicas para a execução dos serviços de imprimação.

Metodologia de execução

Consiste a imprimação, na aplicação de uma camada de material asfáltico com ligante de


baixa viscosidade sobre a superfície de uma base concluída, antes da execução de um
revestimento betuminoso qualquer, objetivando:

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 Aumentar a coesão da superfície da base, pela penetração do material betuminoso


empregado;

 Promover condições de aderência entre a base e revestimento;

 Impermeabilizar a base.

Especificações de materiais

Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor e aprovadas pela


contratante. Podem ser empregados asfaltos diluídos, tipo CM-30 e CM-70. A escolha do
material betuminoso adequado deverá ser feita em função da textura do material de base.

A taxa de aplicação é aquela que pode ser absorvida pela base em 48 horas, devendo ser
determinadas experimentalmente, no canteiro da obra. A taxa de aplicação varia de 0,8 a
1,6 l/m2, conforme o tipo e textura da base e do material betuminoso escolhido.

Equipamentos

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela
contratante, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a
ordem para o início do serviço.

Para a varredura da superfície da base usam-se, de preferência, vassouras mecânicas


rotativas, podendo, entretanto, ser manual esta operação. Também poderá ser usado jato
de ar comprimido.

A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de
pressão e sistema completo de aquecimento, que permitam a aplicação do material
betuminoso em quantidade uniforme.

As barras de distribuição devem ser de tipo de circulação plena, com dispositivo que
possibilite ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante.

Os carros distribuidores devem dispor de tacômetro, calibradores e termômetros, em locais


de fácil observação e, ainda, de um espargidor manual, para tratamento de pequenas
superfícies e correções localizadas.

O depósito de material betuminoso, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo
que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito
deve ter uma capacidade tal, que possa armazenar a quantidade de material betuminoso a

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ser aplicado em, pelo menos, um dia de trabalho.

Execução

Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder-se-á varredura da sua


superfície, de modo a eliminar o pó e o material solto existentes.

Aplica-se, a seguir, o material betuminoso adequado, na temperatura compatível com o seu


tipo, na quantidade certa e de maneira mais uniforme. O material betuminoso não deve ser
distribuído quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10 C, ou em dias de chuva, ou
quando esta estiver iminente. A temperatura de aplicação do material betuminoso deve ser
fixada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade.

Deve ser escolhida a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para


espalhamento. As faixas de viscosidades recomendadas para espalhamento são de 20 a 60
segundos, Saybolt-Furol, para asfaltos diluídos. Deve-se imprimar a pista inteira em um
mesmo turno de trabalho e deixá-la, sempre que possível, fechada ao trânsito. Quando isto
não for possível, trabalhar-se-á em meia pista fazendo-se a imprimação da adjacente, assim
que à primeira for permitida a abertura ao trânsito.

O tempo de exposição da base imprimada ao trânsito será condicionado pelo


comportamento da primeira, não devendo ultrapassar a 30 dias. A fim de evitar a
superposição, ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações, devem-se colocar faixas
de papel transversalmente na pista, de modo que o início e o término da aplicação do
material betuminoso situem-se sobre essas faixas, as quais serão, a seguir, retiradas.
Qualquer falha na aplicação do material betuminoso deve ser imediatamente corrigida. Na
ocasião da aplicação do material betuminoso, a base deve se encontrar levemente úmida
para o uso do CM-30; para o CM-70 a superfície deve se encontrar seca.

Controle de qualidade

O material betuminoso deverá ser examinado em laboratório, obedecendo à metodologia


indicada pela contratante, e considerado de acordo com as especificações em vigor.

O controle para asfaltos diluídos constará de:

 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser utilizado na obra;

 1 ensaio do ponto de fulgor, para cada 100 t;

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 1 ensaio de destilação, para cada 100 t;

 1 curva de viscosidade x temperatura, para cada 200 t.

Controle de temperatura

A temperatura de aplicação deve ser estabelecida para o tipo de material betuminoso em


uso.

Controle de quantidade aplicada

Será feito mediante a pesagem do carro distribuidor, antes e depois da aplicação do material
betuminoso. Não sendo possível a realização do controle por esse método, admite-se que
seja feito por um dos modos seguintes:

 Coloca-se, na pista, uma bandeja de peso e área conhecidos. Por uma simples
pesada, após a passagem do carro distribuidor, tem-se a quantidade do material
betuminoso usado;

 Utilização de uma régua de madeira, pintada e graduada, que possa dar,


diretamente, pela diferença de altura do material betuminoso no tanque do carro
distribuidor, antes e depois da operação, a quantidade de material consumido.

7.7 "binder" AC/BC

O concreto asfáltico pode ser empregado como revestimento, camada de ligação (binder),
base, regularização ou reforço do pavimento. Não é permitida a execução dos serviços,
objeto desta Especificação, em dias de chuva. O concreto asfáltico somente deve ser
fabricado, transportado e aplicado quando a temperatura ambiente for superior a 10ºC. Todo
o carregamento de cimento asfáltico que chegar à obra deve apresentar por parte do
fabricante/distribuidor NORMA DNIT 031/2006–ES 4 certificado de resultados de análise dos
ensaios de caracterização exigidos pela especificação, correspondente à data de fabricação
ou ao dia de carregamento para transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período
entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias. Deve trazer também indicação clara da sua
procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a
refinaria e o canteiro de obra.

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7.8 Concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ)

Concreto betuminoso usinado a quente faixa A com CAP 50/70

Concreto betuminoso usinado a quente faixa B com CAP 50/70

Concreto betuminoso usinado a quente faixa C com CAP 50/70

Metodologia de Execução

Concreto betuminoso usinado a quente é o revestimento flexível, resultante da mistura de


agregado mineral e ligante betuminoso, ambos a quente, com material de enchimento filler,
em usina apropriada, espalhada e comprimida a quente. Sobre a superfície existente,
imprimada e/ou pintada, a mistura será espalhada, de modo a apresentar, quando
comprimida, a espessura e a densidade de projeto.

Especificações Materiais

Todos os materiais devem satisfazer às especificações em vigor e aprovadas pelo DNER.

Material betuminoso

Podem ser empregados os seguintes materiais betuminosos, conforme indicação do projeto:

 cimentos asfálticos, de penetração 30/45, 50/60 e 85/100.

Agregado graúdo

O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória britada, seixo rolado, britado ou não, ou
outro material indicado nas especificações complementares e previamente aprovado pela
Fiscalização. O agregado graúdo deve se constituir de fragmentos sãos, duráveis, livres de
torrões de argila e substâncias nocivas. O valor máximo tolerado, no ensaio de desgaste
“Los Angeles”, é de 50%. Deve apresentar boa adesividade. Submetido ao ensaio de
durabilidade, com sulfato de sódio, não deve apresentar perda superior a 12%, em 5 ciclos.

O índice de lamelaridade deve ser menor ou no máximo igual a 35%. No caso de emprego
de escória, esta deve ter uma massa específica aparente igual ou superior a 1100 kg/m3.

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Agregado miúdo

O agregado miúdo pode ser areia, pó de pedra ou mistura de ambos. Suas partículas
individuais deverão ser resistentes, apresentar moderada angulosidade, livres de torrões de
argila e de substâncias nocivas. Deverá apresentar um equivalente de areia igual ou
superior a 55%.

Material de enchimento (Filler)

Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, inertes em relação aos
demais componentes da mistura, não plásticos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós-
calcários, etc., e que atendam à granulometria do quadro abaixo apresentado.

Granulometria

Quando da aplicação, deverá estar seco e isento de grumos.

Composição da mistura

A composição do concreto betuminoso deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte. A


faixa a ser usada deve ser aquela cujo diâmetro máximo seja igual ou inferior a 2/3 da
espessura da camada de revestimento, ou conforme indicação do projeto.

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Composição da mistura

A curva granulométrica, indicada no projeto, poderá apresentar as seguintes tolerâncias


máximas, apresentadas no quadro abaixo.

Curva granulométrica – Tolerâncias

Deverá ser adotado o Método Marshall para a verificação das condições de vazios,
estabilidade e fluência da mistura betuminosa, segundo os valores do quadro seguinte:

Método Marshall

A porcentagem de asfalto ótima é a média aritmética das seguintes porcentagens de


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asfalto:

 % de asfalto correspondente à máxima densidade;

 % de asfalto correspondente à máxima estabilidade;

 % de asfalto correspondente a porcentagem média de vazios prevista para o tipo de


mistura. Assim, para a camada rolamento é a porcentagem de asfalto correspondente a 4%
de vazios; e para as camadas de binder e nivelamento é a porcentagem de asfalto
correspondente a 5,5% de vazios.

Equipamentos

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado pela
Fiscalização, devendo estar de acordo com esta especificação, sem o que não será dada a
ordem de serviço. A Fiscalização emitirá um laudo de liberação de equipamento,
autorizando sua operação.

Depósito para material betuminoso

Os depósitos para ligante betuminoso deverão ser capazes de aquecer o material, às


temperaturas fixadas nesta especificação. O aquecimento deverá ser feito por meio de
serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios, de modo a não haver contato de chamas
com o interior do depósito. Deverá ser instalado um sistema de circulação para o ligante
betuminoso, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao
misturador, durante todo o período de operação. Todas as tubulações e acessórios deverão
ser dotados de isolamento, a fim de evitar perdas de calor. A capacidade dos depósitos
deverá ser suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

Depósito para agregados

Os silos deverão ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador
e serão divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar,
adequadamente, as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deverá possuir
dispositivos adequados de descarga. Haverá um silo adequado para o “filler”, conjugado
para a sua dosagem.

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Usinas para misturas betuminosas

As usinas poderão ser do tipo volumétrica ou gravimétrica; todavia deverão estar


constituídas dos componentes a seguir relacionados:

 silos frios com correia transportadora deverão ser de tamanho suficiente e


completamente separados, a fim de se evitar a mistura de agregados durante a operação de
abastecimento dos mesmos;

 elevador de agregado frio;

 cilindro secador;

 elevador de agregado quente;

 ciclone;

 peneiras separadoras;

 silos quentes;

 silo balança;

 misturador;

 transportador de filler, etc.

Acabadora

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído de pavimentadoras


automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e
abaulamento requeridos. As acabadoras deverão ser equipadas com parafusos sem fim,
para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de
direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras deverão ser equipadas
com alisadores e dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para
colocação da mistura sem irregularidades.

Equipamento para a compressão

O equipamento para compressão será constituído por rolo pneumático e rolo metálico liso,
tipo tanden, ou outro equipamento aprovado pela Fiscalização. Os rolos compressores, tipo
tanden, devem ter uma carga de 8 a 12 t. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem
ser dotados de pneus que permitam a calibragem de 35 a 120 libras por polegada
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quadrada.

O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade


requerida, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade. O equipamento
para compressão só entrará em operação após a emissão do laudo de liberação da
Fiscalização.

Caminhões para transporte da mistura

Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto betuminoso, deverão ter


caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão,
óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência de mistura às
chapas.

Execução

É de competência da fiscalização autorizar ou não a execução da pintura de ligação nos


casos onde tenha havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda, tenha sido a
imprimação recoberta com areia, pó de pedra, etc., autorização está por escrito, e sujeita,
pois, a indenização.

A temperatura de aplicação do cimento asfáltico deve ser determinada para cada tipo de
ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é aquela
na qual o asfalto apresenta uma viscosidade, situada dentro da faixa de 75 a 150 segundos,
Saybolt-Furol, indicando-se preferencialmente, viscosidade de 85 + 10 segundos, Saybolt-
Furol. Entretanto não devem ser feitas misturas a temperaturas inferiores a 107°C e nem
superiores a 177°C. Os agregados devem ser aquecidos a temperatura de 10°C a15°C,
acima da temperatura do ligante betuminoso.

Produção do concreto betuminoso

A produção do concreto betuminoso é efetuada em usinas apropriadas, conforme


anteriormente especificado.

Transporte do concreto betuminoso

O concreto betuminoso produzido deverá ser transportado, da usina ao ponto de aplicação,

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nos veículos basculantes antes especificados.

Quando necessário, para que a mistura seja colocada na pista à temperatura especificada,
cada carregamento deverá ser coberto com lona ou material similar, com tamanho suficiente
para proteger a mistura em total segurança.

Distribuição e compressão da mistura

As misturas de concreto betuminoso devem ser distribuídas somente quando a temperatura


ambiente se encontrar acima de 10°C e com tempo não chuvoso.

A distribuição do concreto betuminoso deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme já
especificado.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, as mesmas deverão ser sanadas


pela adição manual de concreto betuminoso, sendo esse espalhamento efetuado por meio
de ancinhos e rodos metálicos.

Imediatamente após a distribuição do concreto betuminoso, tem início a rolagem. Como


norma geral, a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa
suportar, temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

A temperatura recomendável, para a compressão da mistura, é aquela na qual o ligante


apresenta uma viscosidade Saybolt-Furol, de 140 ± 15 segundos, para o cimento asfáltico.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa
pressão (60 lb/pol2), aumenta-se em progressão aritmética, à medida que a mistura
betuminosa suporte pressões mais elevadas. A pressão dos pneus deve variar a intervalos
periódicos (60, 80, 100, 120 lb/pol2), adequando um conveniente número de passadas, de
forma a obter o grau de compactação especificado.

A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao


eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar
sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta, na
seguinte, de, pelo menos, a metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de
rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não serão permitidas mudanças bruscas de marcha para direção e
inversões, nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém rolado. As
rodas do rolo deverão ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da
mistura.

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Abertura ao trânsito

Os revestimentos recém acabados deverão ser mantidos sem trânsito, até o seu completo
resfriamento. Quaisquer danos decorrentes da abertura ao trânsito sem a devida
autorização prévia, serão de inteira responsabilidade da Contratada.

Controle

Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia de


ensaios indicada pelo DNER.

Instalações para controle de qualidade

A operação da usina, e consequentemente, o fornecimento da massa produzida por


quaisquer empresas cadastradas ou não na PMPA, estará condicionado ao funcionamento
concomitante de um laboratório de asfalto em área contígua à usina, de forma a garantir a
obtenção de massa asfáltica uniforme e dentro das características definidas na dosagem.

O preparo da mistura requisita o conhecimento prévio da dosagem que deverá ser


submetida à aprovação da PMPA. Sempre quando houver alterações dos agregados
constituintes da mistura, torna-se indispensável proceder as novas dosagens para
aprovação a priori da PMP.

Laboratório

Cada usina deverá possuir um cômodo fechado, para funcionar como laboratório,
apresentando as seguintes instalações:

 água, luz e gás;

 base de madeira para compactação;

 balcões de alvenaria, pia, tanque com torneira;

 locais para guardar e instalar equipamentos.

Equipamento mínimo para funcionamento do laboratório de asfalto

Para controle do agregado:

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 um quarteador de amostras;

 um jogo de peneiras da série “Tayler” com as seguintes peneiras: 1 ½”, 1”, ¾”, ½”, 3/8”,
nº 04, nº 10, nº 40, nº 80 e nº 200 com tampa e fundo;

 uma balança com capacidade para 10 kg sensível a 0,5 kg;

 seis bandejas de chapas com dimensões em torno de 60 x 20 x 8 cm;

 cinquenta sacolas de plástico com capacidade para 40 litros;

 colheres de jardineiro, pás tipo armazém, etc.

Para o controle do ligante:

 um visconsímetro (Saybolt-Furol) completo com 4 cálices, jogo de termômetro –


capaz de determinar viscosidade do CAP, asfalto diluído e emulsões asfálticas;

 seis provetas graduadas de 250 a 500 ml;

 seis copos tipo Becker de 200 a 500 ml;

Para o controle da mistura:

 uma balança hidrostática, com capacidade para 2 kg, sensível a 0,05 gramas;

 uma prensa Marshall: completa, mecanizada e com certificado de aferição;

 um cilindro de rompimento com “flow meter”;

 um balde plástico ou similar com capacidade de 30 litros para pesagem hidrostática;

 um “banho-maria” com termo regulador e capacidade mínima para 4 corpos de prova;

 cinco cilindros Marshall completos, com base e colar;

 um extrator para corpos de prova Marshall;

 dois tachos com capacidade de ± 10 litros;

 seis termômetros com capacidade até 300°C;

 uma estufa elétrica média, capaz de manter uma faixa térmica entre 105 e 110°C;

 um rotarex elétrico;

 dez bacias de alumínio com φ± 15 cm;

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 dez cápsulas de alumínio com 10 cm;

 um fogão a gás com duas trempes;

 marreta de 500 gramas;

 seis talhadeiras de aço;

 anel biselado para retirada de amostras;

 impressos para granulometria, ensaio Marshall, etc.

Pessoal técnico

Durante a operação da usina, um laboratorista da Contratada deverá controlar a preparação


da massa, além de proceder os ensaios rotineiros dos agregados, ligantes e mistura
betuminosa.

A fiscalização paralisará o funcionamento da usina, caso o laboratorista não esteja presente


para realizar tais controles.

Calibragem da usina

Antes de se iniciar a produção da mistura betuminosa, a usina deverá ser testada a fim de
verificar se todos os equipamentos estão em pleno funcionamento.

Após a revisão e estando a usina apta, proceder-se a calibragem da mesma, em função da


dosagem fornecida.

Terminada a calibragem, efetuam-se os testes abaixo relacionados, com o objetivo de


constatar se os resultados encontrados estão dentro dos limites especificados:

 granulometria da mistura de agregados dos silos quentes;

 teor de ligante da mistura;

 granulometria da mistura de agregação após a extração do ligante.

Controle de qualidade do material betuminoso

O controle de qualidade do material betuminoso constará do seguinte:

 1 curva de viscosidade x temperatura para cada 200 t;

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 1 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol, para o carregamento a ser empregado na


obra;

 1 ensaio de espuma para todo carregamento que chegar à obra.

Controle de qualidade dos agregados

O controle de qualidade dos agregados constará do seguinte:

 2 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por dia de operação


da usina;

 1 ensaio de desgaste Los Angeles, por mês, ou quando houver variação da natureza
do material;
3
 1 ensaio de índice de forma, para cada 900 m ;

 1 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por dia de operação da usina;

 1 ensaio de granulometria do material de enchimento (filler), por dia de operação da


usina.

Controle da quantidade de ligante na mistura

Devem ser efetuadas duas extrações de betume, de amostras coletadas na usina, para
cada dia de 8 horas de trabalho. A porcentagem de ligante poderá variar, no máximo, ±
0,3% da fixada no projeto.

Controle da graduação da mistura de agregados

Será procedido o ensaio de granulometria da mistura dos agregados resultantes das


extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve manter-se contínua,
enquadrando-se dentro das tolerâncias especificadas no item anterior.

Controle da mistura

Serão efetuadas, no mínimo, quatro medidas de temperatura, por dia, em cada um dos itens
abaixo discriminados:

 do agregado, no silo quente da usina;

117
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 do ligante, na mistura;

 da mistura betuminosa, na saída do misturador da usina;

 da mistura, no momento do espalhamento e no início da rolagem, na pista. Em cada


caminhão, antes da descarga, será feita, pelo menos, uma leitura da temperatura. As
temperaturas devem satisfazer aos limites especificados anteriormente.

Controle das características Marshall da mistura

Dois ensaios Marshall, com três corpos de prova cada, devem ser realizados por dia de
produção da mistura. Os valores de estabilidade e de fluência deverão satisfazer ao
especificado no item anterior. As amostras devem ser retiradas após a passagem da
acabadora e antes da compressão.

Controle de compressão

O controle de compressão da mistura betuminosa deverá ser feito, preferencialmente,


medindo-se a densidade aparente de corpos de prova extraídos da mistura comprimida na
pista, por meios de brocas rotativas.

Na impossibilidade de utilização deste equipamento, admite-se o processo do anel de aço.


Para tanto, colocam-se sobre a base, antes do espalhamento da mistura, anéis de aço de
10 cm de diâmetro interno e de altura 5 mm inferior à espessura da camada comprimida.
Após a compressão são retirados os anéis e medida a densidade dos corpos de prova neles
moldados. Deve ser uma determinação, cada 150 m de meia pista, não sendo permitidas
densidades inferiores a 96% da densidade do projeto.

O controle de compressão poderá também ser feito, medindo-se as densidades aparentes


dos corpos de prova extraídos da pista e comparando-as com as densidades aparentes de
corpos de prova moldados no local. As amostras para moldagem destes corpos de prova
deverão ser colhidas bem próximo do local, onde serão realizados os furos e antes de sua
compressão. A relação entre estas duas densidades não deverá ser inferior a 100%.

Controle de espessura

Será medida a espessura por ocasião da extração dos corpos de prova na pista, ou pelo
nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão da

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mistura. Admitir-se-á variação de ±10% da espessura de projeto, para pontos isolados, e até

+ 5% de variação da espessura, em 10 medidas sucessivas, não se admitindo reduções.

Controle de acabamento da superfície

Durante a execução, deverá ser feito o controle diariamente de acabamento da superfície de


revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3 m e outra de 0,90 m, colocadas em
ângulo reto e paralelamente ao eixo da via, respectivamente. A variação da superfície, entre
dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5 cm, quando verificada com
qualquer das réguas. Observar, constantemente, o acabamento do revestimento betuminoso
na junção com a sarjeta, afim de assegurar a impermeabilização desejada.

7.9 Execução de ranhuras na pista - grooving

Serão ranhuras realizadas na pista, para aumentar a aderência e melhorar o escoamento da


drenagem. Projeto seguira normas especificas, determinados no projeto executivo.

7.10 Camada drenante com brita num 3

Material drenante é a camada de grande permeabilidade, que serve para evitar o


carreamento da camada filtrante, além de conduzir as águas drenadas. A camada drenante
a ser usada será de brita 3: aquela cuja granulometria é 2,5 < D < 5,0 cm.

7.11 Execução de dreno com manta geotêxtil 400 g/m²

As mantas geotêxteis de poliéster não tecidas são os geossintéticos utilizados na execução


dos dispositivos de drenagem, com a finalidade de filtração, separação e proteção.

Materiais

Os materiais geossintéticos, aqui considerados, são as mantas geotêxteis não tecidas de


poli- éster, e devem satisfazer ao especificado na Tabela 1.

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Execução

A aplicação de mantas geotêxteis em dispositivos de drenagem, gabiões, drenos,


enrocamentos, canais e outros deve atender ao especificado em projeto, e as
recomendações dos fabricantes quanto aos cuidados necessários na aplicação do material.

As uniões longitudinais e transversais das mantas de geotêxteis devem ter sobreposição de


20 cm a 30 cm, ou conforme especificações dos fabricantes.

Durante o desenvolvimento das obras deve ser evitado o tráfego desnecessário de pessoal
ou equipamentos sobre a manta geotextil aplicada, evitando sua danificação.

7.12 Pavimentação em pedrisco, espessura 5cm

Esta especificação aplica-se à execução de pavimentação feita com pedra britada n. 0, ou


pedrisco (4,8 A 9,5 mm)

7.13 Escavação mecânica, inclusive transporte até 50m

Escavação mecânica de material 1ª categoria, proveniente de corte de subleito (c/trator


esteiras 160hp)

Em material de 1ª categoria
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A execução destes serviços compreende-se em escavações com trator de esteira, com


cortes em segmentos de vias, onde a distância de transporte do material escavado, não
ultrapasse 50 metros, ao longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto, que
definem a largura da via, ou em seções mistas, onde o material de corte é lançado no aterro
lateral. Compreendem-se solos em geral, residual ou sedimentar, seixos rolados ou não,
com diâmetro máximo inferior a 0,15m, qualquer que seja o teor de umidade que
apresentem, sendo classificados como material de 1ª categoria.

O desenvolvimento da escavação se processará, mediante a previsão da utilização


adequada ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados, para
constituição dos aterros, os materiais que sejam compatíveis com as especificações de
execução dos aterros, em conformidade com o projeto.

Os serviços e preços que remuneram as operações descritas nesta especificação, conforme


o volume geométrico do material extraído, medido no corte, em metros cúbicos (m3), e
pagos, mediante o preço unitário contratual.

7.14 Carga de material de qualquer natureza

Carga e descarga mecânica de solo utilizando caminhão basculante 5,0m³/11t e pá


carregadeira sobre pneus * 105 hp * cap. 1,72m³

Trata-se, a presente especificação, somente de materiais de quaisquer categorias


estabelecidas, para os serviços de escavação em terraplenagem, estando também
incluídos, entulhos de demolições independentemente de sua natureza.

Mecânica

Para se efetuar o carregamento do material, deverá estar adequadamente preparado e


amontoado de modo a possibilitar o trabalho das pás carregadeiras ou, das escavadeiras, e
a praça de trabalho desse equipamento, deverá permitir a sua movimentação, necessária ao
ciclo de operação.

O serviço de carga mecânica, será remunerado conforme o volume geométrico do material


extraído, em metros cúbicos (m3), e pagos, mediante o preço unitário contratual.

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7.15 Sarjeta

Sarjeta em concreto, preparo manual, com seixo rolado, espessura = 8cm, largura = 40cm

Definições e aplicações

Sarjeta é o canal triangular longitudinal situado nos bordos das pistas, junto ao meio-fio,
destinado a coletar as águas superficiais da faixa pavimentada da via e conduzi-las às
bocas de lobo ou caixas coletoras. É obrigatória a execução de sarjetas de concreto. A
sarjeta tipo A se aplica a vias, onde há grandes declividades longitudinais. A sarjeta tipo B
ou C terão uso obrigatório nas vias sanitárias. A sarjeta deverá ser dimensionada
hidraulicamente para cada caso específico.

Especificações técnicas

A espessura da sarjeta é de 10 cm e largura de 50 cm. Não é permitido produzir concreto no


canteiro de obras para este serviço. O mesmo será fornecido por concreteiras aprovadas
pela fiscalização. O concreto deve ter resistência fck mínima de 18 MPa. O cimento deve ser
de alta resistência inicial, atendendo à NBR-5732/80.

Metodologia executiva

A cava de fundação deverá ser regularizada e apiloada manualmente e não pode ser
liberada para a concretagem sem a execução deste serviço. O corte do bordo da capa
asfáltica deve estar corretamente perpendicular à estrutura do pavimento. Cortar a capa
asfáltica, na junção com a futura sarjeta, empregando ferramenta de corte adiamantado.
Empregar equipamento de corte convencional, como os marteletes pneumáticos, nas
situações de espessuras maiores por sobrecapas asfálticas ou pavimentos poliédricos
subjacentes. Realinhar o corte com ferramentas adequadas.

Adensar o concreto lançado e evitar manchas de cimento sobre a capa asfáltica. Em


hipótese alguma lançar o concreto usinado, a ser empregado na execução de sarjeta sobre
o revestimento asfáltico recém executado. Verificar a espessura e largura da sarjeta a cada
segmento de 25 m. Observar as tolerâncias mínimas de largura em ± 1 cm e espessura em
± 0,5 cm a cada segmento de 25 m. Fixar régua para direcionar a ação da desempenadeira
e evitar rescaldos de concreto sobre a capa asfáltica. Alisar a superfície com
desempenadeiras de aço para diminuir a rugosidade das peças.

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Observar declividade correta do escoamento pluvial, afim de evitar empoçamentos. Colocar


chapas de ferro ou madeira reforçada sobre os trechos de entrada de garagens, durante o
período de execução e cura. Reparar eventuais pisoteamentos, rolagem de pneus ou
vandalismos sobre as peças executadas, durante o período de cura do concreto. Proteger
toda extensão do serviço executado, empregando sinalizadores como cones, pedras,
demolições de asfalto existentes no local de serviço.

Inserir juntas secas para dilatação das peças, com espaçamento de 5 metros, antes do
endurecimento do concreto, utilizando ferramenta cortante como indução do processo, sem
seccionar totalmente a estrutura. Aspergir água para cura do concreto, em intervalos
conforme estado do tempo. Antes da execução de pavimento poliédrico, executar a sarjeta
conjuntamente com o meio-fio. Empregar formas para o correto alinhamento da sarjeta.

Controle tecnológico

Proceder ensaios conforme o fornecimento da concreteira, por caminhões recebidos, em


conformidade com norma específica da ABNT.

7.16 Meio-fio e cordão

Meio-fio de concreto moldado no local, usinado 15 mpa, com 0,30 m altura x 0,15 m base,
rejunte em argamassa traço 1:3,5 (cimento e areia).

Meio-fio concreto fck >= 18,0mpa, tipo a (12x16,5x35) cm.

Para melhor orientação deve-se, obrigatoriamente, consultar a seguinte norma: “NBR-6118


– Projeto e execução de obras de concreto armado.

Os meio-fios moldados “in loco”, com as mesmas dimensões do meio-fio tipo A, tem
aplicação limitada às vias com greide longitudinal máximo de 17% e, com baixas taxas de
ocupação urbana, devido a dificuldades operacionais do equipamento de extrusão.

O concreto para constituição do meio-fio moldado “in loco”, deve ter slump baixo, compatível
com o uso do equipamento extrusor. Após a passagem da máquina, deverão ser induzidas
juntas de retração, pelo enfraquecimento da seção, com espaçamento de 5,00m, através do
uso de vergalhão DN 12,5mm, produzindo sulco de 2,00cm.

Os meio-fios, serão levantados pelo comprimento real, em metros, considerando-se o tipo A


ou moldado “in loco”.

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O serviço será pago aos preços unitários contratuais, com os quais remuneram o
fornecimento, rejuntamento, transporte e aplicação de todos os equipamentos, mão-de-obra,
encargos e materiais necessários à sua execução.

Para os meio-fios pré-moldados:

Escavação;

Remoção do material escavado do corpo de prova;

Apiloamento do fundo de cava;

Assentamento das peças pré-moldadas;

Argamassa para rejuntamento;

Pequenos reaterros para fixação das peças;

Demais serviços e materiais atinentes.

Para os meio-fios moldados “in loco”:

Pequenos acertos para regularização do terreno para a correta performance do


equipamento extrusor;

Concreto para constituição do meio-fio;

Extrusão do concreto, com o uso do equipamento mecanizado;

Indução da junta de retração;

Demais serviços e materiais atinentes.

7.17 Regularização e compactação de terreno

Regularização e compactação manual de terreno com soquete

Regularização é a operação destinada a conformar o leito da via, transversal e


longitudinalmente, compreendendo cortes ou aterros de 20cm de espessura. O que exceder
de 20cm, será considerado com terraplenagem. Será executada de acordo com os perfis
transversais e longitudinais indicados no projeto, prévia e independentemente da construção
de outra camada do pavimento.

Os equipamentos de compactação e mistura, serão escolhidos de conformidade com o tipo


de material na regularização.

A medição dos serviços, será efetuada por metro quadrado de plataforma regularizada, com

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os dados fornecidos pelo Projeto.

7.18 Passeios

Passeio em concreto 15mpa preparo mecânico, espessura de 5cm

Estabelecer as formas, dimensões, especificações e recomendações técnicas para


execução de passeios, envolvendo os seguintes aspectos:

 Passeio de concreto “in loco”.

 Rebaixo permitido para rampas de garagem.

 Rebaixo recomendado, com passeio revestido com piso anti-derrapante (tipo Braille),
para facilitar o trânsito de deficientes físicos e visuais.

 Esquema de concordância de passeios (chanfros) nas interseções de vias públicas.

Definições

Passeio é a área da plataforma das vias públicas, localizada entre o alinhamento dos
imóveis e o meio-fio e/ou nos canteiros centrais, destinado ao tráfego de pedestres,
devendo ser revestido por concreto moldado “in loco” ou por outro tipo de revestimento,
como concreto betuminoso usinado a quente, concreto betuminoso pré-misturado a frio,
estes sempre na espessura de 3 cm.

Especificações técnicas

Os tipos de revestimento de passeio, assim como as normas para a execução de rebaixos e


para concordâncias, serão aplicados a todas as vias públicas conforme indicação do projeto.

Especificamente para o caso de rebaixos para deficientes físicos, não é conveniente o


posicionamento de dispositivos de captação de drenagem (bocas-de-lobo) e de outros
equipamentos de utilidades públicas (hidrantes, postes, outros) no alinhamento das rampas
de pedestres.

O concreto deverá ser constituído de cimento Portland, agregados e água com as seguintes
especificações:

 Concreto moldado “in loco”, fck = 15,0 MPa sarrafeado e desempenado.

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 Mureta divisória de concreto fck = 15,0 MPa.

 Ladrilho hidráulico tipo Braille em argamassa 1:3, com resistência fck = 15,0 MPa.

Cimento: O cimento deve ser comum ou de alta resistência inicial e deverá satisfazer as
NBR 5732/80 e NBR 5733/80, respectivamente.

Agregados: Os agregados devem ter diâmetros menores que um terço da espessura da


parede das peças e deverá satisfazer a NBR 7211/83.

Água: A água deverá ser límpida, isenta de teores prejudiciais tais como sais, óleos, ácidos,
álcalis e substâncias orgânicas.

Argamassa: As peças de ladrilho hidráulico serão assentadas sobre o concreto de


regularização com argamassa, no traço volumétrico 1:3 (cimento, areia).

Peças: As peças serão fabricadas e curadas por processos que assegurem a obtenção de
concreto homogêneo e de bom acabamento, de acordo com as medidas especificadas nos
projetos.

Juntas: O passeio de concreto moldado “in loco” terá juntas secas espaçadas de 3 m,
constituídas pelo corte, antes do endurecimento do concreto, utilizando-se ferramentas
específicas para este fim, como indutor de junta, sem secionar totalmente a estrutura.

Diversos

O terreno de fundação dos passeios deverá ser regularizado e apiloado manualmente, até
atingir 90% do proctor normal.

Os rebaixos e concordâncias de passeios deverão ser executados estritamente dentro do


estabelecido pela padronização.

Ensaios

Os materiais e misturas deverão ser submetidos aos seguintes ensaios previstos nas
referidas normas da ABNT:

 Agregados para concreto: NBR 7216/82; NBR 7217/82; NBR 7218/82; NBR 7219/82;
NBR 7220/82;

 Cimento Portland: NBR 7215/82; NBR 7224/82; NBR 5743/77; NBR 5744/77; NBR
5745/77; NBR 5749/77; cimento: NBR 5739/77;

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 As peças pré-moldadas de concreto deverão ser submetidas a ensaios de


esclerometria, conforme a NBR 7584/82.

Quantidades - Passeios de concreto

Discriminação Unidade Quantidade


Regularização m²/m² 1,00
Concreto 15 Mpa m³/m² 0,06
Sarrafo (junta) m/m² 0,67

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